27 de junho de 2011

Eu vi: Qualquer gato vira-lata

Qualquer gato vira-lata não era meu alvo de expectativa cinéfila quando eu saí de casa para o cinema, mas mais uma vez aconteceu outra daquelas gratas surpresas, quando me vi passando boas duas horas de grande diversão assistindo o filme.
Baseado na peça "Qualquer gato vira-lata tem uma vida sexual mais saudável que a nossa" de Juca de Oliveira (que é um dos roteiristas do longa), o filme dirigido pelo estreante Tomás Portella não possui nada de revolucionário nem tampouco original, mas conta com uma fórmula infálivel: O humor romântico.
Na trama Cléo Pires vive Tati, uma moça apaixonada que se vê vítima da repentina indiferença do namorado, o galanteador e bon vivant Marcelo, vivido por Dudu Azevedo. Acostumado a ter as mulheres a seus pés, o cara não se incomoda em deixar a gata de lado para viver novas aventuras com todo tipo de piriguete que ele puder pegar, e essa atitude deixa Tati arrasada, uma vez que ela não consegue entender o que há de errado com ela para ter sido deixada de lado daquela forma. Em meio à crise de desespero ela conhece o professor de biologia Conrado (Malvino Salvador) que defende uma tese de que as mulheres não devem tomar a iniciativa em nenhum relacionamento e que essa evolução dos novos tempos está alterando a ordem natural das coisas, quando então só os homens davam o pontapé inicial para o começo de um namoro. Um tanto quanto machista, a teoria é colocada à prova quando Tati se oferece para ser a "cobaia" de Conrado para sua tese, e assim de professor de biologia ele passa a ser uma espécie de guru sentimental da garota, que aprende com ele uma forma eficaz de reconquistar o ex-namorado festeiro, começando por ignorá-lo.

O filme tem momentos hilários envolvendo o triângulo amoroso que se forma entre Tati, Marcelo e Conrado, e a plateia cai na gargalhada por diversos momentos de um jeito muito extasiante. Poucas vezes ri tanto vendo um filme nacional, e até me surpreendi com esse fato, uma vez que, como eu disse no começo do post, a fórmula da película já foi exaustivamente utilizada no cinema. O roteiro é bem semelhante ao de A verdade nua e crua, comédia hollywoodiana estrelada por Gerry Butler, uma das últimas comédias românticas do qual realmente gostei, e só por esses momentos de gargalhadas já teria valido a pena ter visto Qualquer gato vira-lata.

Todos estão muito bem em cena. Cléo Pires esbanja charme o filme quase inteiro além da plástica impecável (êêê lá em casa! A cena em que ela deita chorando na cama é um deleite!), Malvino Salvador se sai bem interpretando o por vezes atrapalhado professor Conrado e Dudu Azevedo apenas não compromete seu papel, que aliás, não é muito diferente do que ele interpreta em Muita calma nessa hora, que comentei aqui. O elenco de apoio também é muito bom e conta com Rita Guedes que vive a ex-mulher de Conrado, Letícia Novaes como a melhor amiga de Tati e o impagável Álamo Facó, que vive Magrão, o amigo porra-louca de Marcelo, um dos maiores responsáveis pelas risadas durante a sessão.

Além da clara fonte de diversão, Qualquer gato me ofereceu também alguns questionamentos sentimentais daqueles que tenho experimentado e teorizado nos últimos meses, e me fez pensar bastante, durante e depois do filme, nas reações humanas com relação a casos amorosos.
Na história, Tati só recebe a atenção que ela sempre quis de Marcelo quando faz aquilo que Conrado lhe propõe (o contrário que seus sentimentos mandam ela fazer), e foi aí que me lembrei dos tais mind games que comentei aqui anteriormente. Ao ignorar Marcelo e tratá-lo com indiferença, ela consegue fazer com que ele volte a se interessar, e o jogo ganha um elemento ainda mais importante representado pelo próprio Conrado, que se torna a pulga atrás da orelha do bon vivant, que até então não tinha qualquer concorrente. Os três personagens representam muito bem os tipos mais comuns existentes por aí: A moça apaixonada e sonhadora que se vê feita de trouxa pelo namorado, o estereótipo do "garanhão" e o professor bom moço, que é o tipo de cara certinho que as mulheres pregam achar o homem ideal, mas que na realidade é o menos escolhido quando a teoria se torna prática.

Na própria tese de Conrado, os homens são retratados como animais instintivos que veem as fêmeas como nada além de um espécime pronto a procriar (e procriar entendemos gratinar, copular, etc., etc.), enquanto que as mulheres fazem o papel passivo, aquele que só espera ser copulada, sem grande participação na ação. A meu ver, muitos homens agem exatamente como o personagem de Dudu Azevedo (os leões predadores), dando pouco valor as mulheres que têm em casa, enquanto cada vez menos caras querem o que o personagem de Malvino Salvador queria, ter apenas uma mulher para chamar de sua (sendo ele então representado pela Arara Azul, um raro caso de animal monogâmico da natureza).

No post do Afinal, o que querem as mulheres levantei o questionamento sobre esse joguinho feminino de fingir aquilo que não se sente apenas para não se dar o braço a torcer, e é exatamente isso que a personagem de Cléo Pires é levada a fazer quando seu "guru" percebe que da outra forma ela nunca seria levada a sério. No caso da Tati do filme, o alvo de sua paixão é um completo idiota que merecia comer um pouco do pão que o Diabo amassou pelo que fez a ela, mas é fato que muitas mulheres usam desses joguinhos o tempo todo, o cara merecendo a indiferença ou não. O mais triste nessa história toda é que no final, com tantos joguinhos, muito do sentimento verdadeiro que se pode ter por outra pessoa se perde, até porque uma hora o jogo se torna realidade e aí pode acabar ficando tarde demais para se voltar atrás. Daí o motivo de eu ser contra qualquer mind game no amor. Se você ama realmente uma pessoa, não quer saber de ficar brincando com ela. Você faz de tudo para que ela fique cada vez mais perto de você. E ponto final.

Qualquer gato vira-lata não vai mudar sua vida, mas é mais um ótimo exemplo de que os filmes nacionais podem sim serem bons sem apelar para putaria desenfreada e sem extrapolar na ambientação das favelas. Pode não ser um primor do cinema, mas garante bons momentos de riso sincero.


NOTA: 7,5

Ah... broxante também a trilha sonora com Marcelo Camelo fazendo dueto com Malú Magalhães.
Pô! Não tem o que tocar coloca um fundo neutro, mas não apela! Heheheh!

NAMASTE!

24 de junho de 2011

Top 10 - Maiores hits de Michael Jackson


Sou fã declarado de Michael Jackson desde sempre, e já escrevi sobre isso aqui, aqui e aqui. Escolher 10 hits entre toda a discografia desse artista fenomenal não é tarefa fácil, e devo admitir que mesmo agora, com essa dezena de música escolhida, eu ainda não me acho seguro que fui justo o suficiente.
Tentei apelar para o feeling, e escolhi dentre todas as que mais me tocam, sejam por sua letra ou por seu ritmo, recurso que as músicas de Michael tem de sobra.
Lembrando que não estou julgando aqui os melhores clipes e nem os hits mais importantes da carreira de Michael e sim, as músicas que na playlist são as minhas prediletas:
Eis os 10 maiores hits do melhor artista de todos os tempos:


Is It Scary faz parte de um dos álbuns menos conhecidos de Michael Jackson, o Blood on the dance floor, considerado por alguns, fruto da parte decadente de sua carreira. Lançado em 1997, o disco possuía apenas cinco hits inéditos e 8 regravações do álbum HIStory (em ritmo de balada), e a letra dessa música fala de coisas assustadoras.
Is It Scary conta com uma das mais brilhantes interpretações de Michael como cantor, além de possuir um arranjo emocionante e vibrante ao mesmo tempo. Embora a letra não tenha nada de motivador, ela é uma dessas músicas que só de ouvir você se sente mais determinado e com vontade de encarar os desafios de peito aberto.

Eu vou ser
Exatamente o que você deseja ver
É você quem está me provocando
Porque você está me querendo
Para ser o estranho na noite
Estou te divertindo?
Ou só te confundindo?
Eu sou o monstro que você visualizou



Ao longo de sua carreira Michael Jackson gravou e compôs várias baladinhas românticas carregando as letras de amor verdadeiro, e não só sobre amor entre homem e mulher, mas também para ratinhos (Ben), baleias (Will you be there tema de Free Willy), seus filhos (Little Susie) e a natureza (Earth Song).
You are not alone, é no entanto, seu hit romântico mais emblemático, aquele que remete logo ao amor entre um homem e uma mulher e a preferida da maioria dos casais apaixonados na playlist do Rei do Pop.
Longe de remar contra a maré, a música também é minha preferida no quesito "músicas fofas" e como não balançar o pescoço ao som daquelas batidas iniciais e com aquele refrão pra lá de emotivo?

Mais um dia se passou
E eu continuo sozinho
Como pode ser?
Você não está aqui comigo
Você nem se despediu,
Alguém me diga por quê
Você teve que partir
E deixar meu mundo tão frio?


Oh... Sussurre três palavras e eu virei correndo
Voando... E menina você sabe que vou estar lá
Eu estarei lá



Essa música me faz pensar na vida...


Apesar de ser a música que dá nome ao álbum, Dangerous não é um dos hits mais lembrados desse disco lançado em 1992, mas curiosamente ela se tornou com o tempo a minha preferida.
Pra quem não lembra, Dangerous, o álbum, tem entre outros hits Black or White e Remember the time, canções que apresentaram o disco com seus videoclipes cheios de efeitos visuais e de participações especiais. A música Dangerous não tem clipe, mas uma das mais célebres apresentações ao vivo de Michael é dançando e cantando essa música, como pode ser conferido no vídeo abaixo, durante a apresentação do MTV Music Awards de 95. Além da letra que fala de uma mulher perigosa (como toda mulher pode ser) do tipo que pode levar um homem à ruína, Dangerous ganhou uma coreografia única, assim como as aclamadas Thriller e Beat it, e entre outros inúmeros motivos o 8º lugar é merecido na lista das 10 mais!



Enquanto ela adentrava a sala
Eu podia sentir a aura de sua presença
Todas as cabeças se voltaram sentindo paixão e luxúria
A garota era persuasiva
Nessa garota eu não podia confiar
A garota era má
A garota era perigosa



Man in the Mirror faz parte do álbum Bad de 1988 e provavelmente abriu as portas para as demais canções carregadas de emoção que Michael viria a fazer em seguida, com corais femininos que lembram aqueles de música gospel e com letras que falam de mudanças e de fé. Depois dela e seguindo esse mesmo estilo de ritmo negro que pende para o gospel, Michael ainda gravaria Keep the faith em Dangerous, Earth Song em HIStory e a própria Is It Scary já citada aqui.
Diz-se que Man in the mirror era a música preferida do próprio Michael entre todas as demais, e ela fala que para se pensar em mudanças externas, primeiro deve haver uma mudança interna em todo ser humano. É uma letra carregada de mensagens fortes além de contar com uma das mais inspiradas interpretações do Rei do Pop nos vocais.


Eu estou começando com o homem no espelho,
Eu estou pedindo a ele para mudar os seus modos,
E nenhuma mensagem poderia ter sido mais clara:
Se você quer fazer do mundo um lugar melhor,
(Se você quer fazer do mundo um lugar melhor)
Olhe para si mesmo, e então faça uma mudança.
(Olhe para si mesmo, e então faça uma mudança)


Todos a essa altura do campeonato conhecem a história da infância sofrida que Michael Jackson teve e como muitos dos seus traumas e manias surgiram pela forma como ele era tratado pelo pai. O jovem Michael cresceu em um ambiente nada saudável e foi obrigado a presenciar cenas para lá de perversas protagonizadas pelo velho Joe Jackson.
Michael cresceu de forma pouco ortodoxa e algo que ele foi obrigado a reprimir foi sua própria sexualidade.
Como símbolo dessa libertação veio a agitada Don't Stop 'Til You Get Enough lançada em 1979 no disco Off the Wall, e o garoto tímido e recluso começou a mandar a seguinte frase no refrão:

Continue com força não pare,
Não Pare Até que esteja satisfeito
Continue com força não pare,
Não Pare Até que esteja satisfeito

Essa é com certeza uma das músicas mais sexuais de Michael, e nem é preciso ler nas entrelinhas que ele está descrevendo uma tórrida cena de sexo. É explícito!

Encantador é o sentimento agora,
Febre, temperaturas subindo agora,
Poder é a força, a promessa,
que as fazem acontecer
Elas não perguntam os porquês,
Assim fique junto ao meu corpo agora,
Somente ame-me até você não saber como.

Quando li a tradução dessa letra pela primeira vez demorei a acreditar que aqueles Ohh e ohhhh eram de excitação, mas hoje está mais do que claro as intenções da letra que é do próprio Michael. Off the Wall marcou além do começo da parceria de Michael com o produtor Quincy Jones, o fim definitivo do "pequeno Michael Jackson que cantava com os irmãos mais velhos", e talvez por isso uma música emblemática cheia de ritmo fosse necessária.
A célebre trilha de abertura do Video Show é até hoje uma das mais gostosas músicas dançantes de Michael, e é difícil ficar parado ouvindo.


Encantador é o sentimento agora,
Eu não vou reclamar,
A força é o poder do amor.

Ou isso ou o Michael estava falando da Força de Star Wars e eu aqui pensando besteira!
Heheheheh!


Beat it conta a história de um amigo que aconselha o outro a não dar uma de machão querendo encarar o valentão do bairro, e por isso o refrão é insistentemente cantado enquanto Eddie Van Halen arrepia nos solos de guitarra.
Isso mesmo! Beat it é a primeira música de Michael que liga seu som pop a fúria do metal e o casamento dessas duas vertentes gerou uma combinação que é uma das mais lembradas na discografia de Michael.
O clipe, na época, devia passar todo o clima de "valentia", mas hoje não dá pra assistir sem dar boas risadas dos protagonistas e da briguinha das duas gangues.
De bom, esse clipe rendeu aquela coreografia espetacular do "joga o braço direito pra cima, depois o esquerdo, puxa pro lado, vira de costas, cruza as pernas e vira de frente" que até hoje eu não consigo fazer, mas toda vez que ouço o Just beat it, beat it, beat it, beat it eu tento reproduzir em vão. Quem sabe um dia?



Smooth Criminal era parte integrante do filme Moonwalker, e um trecho do clipe se passava no decorrer do filme.
A música faz parte do álbum Bad, e é sem dúvida uma das tentativas de Michael superar Thriller que mais chegaram perto de seu objetivo.
A música é sensacional. Tem um ritmo contagiante, uma letra redonda (apesar de repetitiva) e tira de dentro de qualquer pé de chumbo o bailarino interior. Dentre as músicas dançantes do astro pop é com certeza uma das minhas preferidas, e consta obrigatoriamente na playlist do meu MP3.

Assim que ele entrou pela janela
Ouviu-se um som crescente
Ele entrou no apartamento dela
Ele deixou a mancha de sangue no tapete
Ela correu para debaixo da mesa
Ele podia ver que ela estava incapacitada
Então ela correu para dentro do quarto
Ela foi golpeada, era o seu fim.





A coreografia é impecável e as cenas de ação em meio ao clima mafioso do clipe iniciaram uma tendência do qual Michael experimentaria outras vezes no MTV Music Awards na apresentação de Dangerous e também no clipe do hit You Rock my World do álbum Invincible de 2001.
A "caidinha pra frente" era outro segredo guardado à sete chaves na época, e Michael repetia nos shows só pra deixar o público boquiaberto. O cara era um gênio.
Só me expliquem o que é aquela viagem de LSD que pára o clipe e em que todo mundo começa a gemer e miar?


Se em Beat it Michael fazia o papel do garoto certinho que apartava a briga do amigo valentão, em Bad, Michael é o próprio cara marrento e mostra ao público que ele não é mais o mesmo garotinho medroso e que agora ele é Bad. Who's bad...
OK, eu comecei a gostar de Michael Jackson e toda sua mitologia a partir dessa música. Como bem mencionei aqui, a primeira imagem que vi do artista era ele paramentado com a jaqueta de couro negra fazendo pose de "mau" na capa do álbum que leva o mesmo nome da música, e aquela introdução até hoje me causa a mesma sensação de quando a ouvi pela primeira vez.
É difícil explicar o que te faz gostar de uma música. Pode ser a harmonia entre som e voz, pode ser um detalhe de arranjo, pode ser a forma como a voz do vocalista soa aos ouvidos e no caso de Michael é tudo isso ao mesmo tempo.
Bad é a música que me fez ser apresentado ao personagem Michael Jackson e é com certeza uma das melhores de toda sua carreira.

Sua bunda é minha

Vou lhe dizer umas verdades
Trate de mostrar seu rosto
Em plena luz do dia
Eu estou lhe dizendo
Que o que eu sinto
Vai ferir sua mente
Não atire para matar.
Vamos lá
Vamos lá
Deixe comigo
Tá certo.




Como eram engraçados os caras marrentos da década de 80!! Hehehehe!
Who's Bad?


Tudo que eu falar da música Thriller vai soar clichê e previsível, porque é simplesmente a mesma coisa que qualquer entendido do assunto ou mero fã irá falar.
Thriller foi a divisora de águas não só do cenário pop mundial mas também de toda uma tendência que passou a ser ditada a partir dela. A música não é só emblemática para a carreira do próprio Michael, ela conseguiu ir muito além disso, se fundindo ao início de toda a mídia musical que se criou depois dela. Existe o antes de Thriller e o depois de Thriller. E eu nem estou falando do videoclipe!
A música conta uma história de terror no melhor clima hollywoodiano, e incorpora elementos aterrorizantes como uivos na noite, o abrir de caixões, o farfalhar da roupa de zumbis e o remover de terra. Sem ver o clipe, a música já seria uma viagem impressionante para dentro da mente criativa de Michael, ela tem ritmo, conta uma história interessante e tira literalmente os mortos das suas tumbas. Fala sério! Jogue a primeira pedra quem nunca arriscou fazer os passinhos da coreografia magistral criada por Michael para o clipe ou já não tentou imitar a risada macabra do Vincent Price ao fim do vídeo?
Thriller é uma obra prima em todos os sentidos, e é digna de aplausos de pé toda vez que é executada.

A escuridão cai sobre a terra

A meia noite está próxima
Criaturas rastejam em busca de sangue
Para aterrorizar a vizinhança
E todos que forem achados
Sem a alma no corpo
Deve ficar e enfrentar os cães do inferno
E apodrecer dentro de uma casca de cadáver


O que dizer mais desse clipe??
Fecha a conta e passa a régua. Michael Jackson era gênio!
Um dia ainda danço essa coreografia completa! Heheheheh!


A música Billie Jean era tocada sempre no ápice de todos os shows de Michael desde que ela fora lançada no célebre show de 25 anos da gravadora Motown (vide clipe mais abaixo), onde ele apresentou ao mundo o seu impressionante moonwalk pela primeira vez. Daquela apresentação até bem perto de sua morte, a música era cultuada pela legião de fãs que aguardava ansiosa a execução do passo que hoje em dia é reconhecido no mundo todo. "Meu Deus! O homem desliza para trás!"
Antes do mega sucesso de Thriller, Billie Jean que pertence ao mesmo álbum, abriu as portas do sucesso estrondoso na carreira de Michael e a história da atriz/bailarina Billie Jean ganhou o foco do mundo, tornando-se a música que com certeza é A mais emblemática na carreira do artista.
Billie Jean instrumental me acorda todos os dias de manhã pelo celular, eu uso a batida da música como toque e simulo a mão segurando o chapéu característico de Michael na cabeça sempre imaginando aquela pausa que ele fazia nos shows em que só ele e uma luz vinda do alto brilham durante a coreografia completa criada por ele. O moonwalk? Aprendi, claro, mas não chego nem aos pés do esplendor de quem o consagrou.
Billie Jean é na minha opinião a música símbolo de Michael Jackson e me vem à mente sempre o homem deslizando pelo palco fazendo parecer simples um dos passos de dança mais icônicos de todos os tempos.


Michael continua vivo na lembrança e a obra que ele criou é eterna, daí a importância de celebrá-la sempre. Já se fazem dois anos desde que ele partiu, mas ele continuará presente enquanto sua música tocar.

Michael, you are not alone!

NAMASTE!

7 de junho de 2011

O Adeus de Ronaldo

Eu não acompanhei a trajetória do Pelé no futebol, não tive o privilégio de ver um jogo do Zico se quer, devo ter visto uns dois jogos do Maradona a minha vida toda e peguei a carreira do Romário da metade para frente. Todos os jogadores citados foram e são considerados até hoje os maiores ícones do futebol mundial, porém eu não pude acompanhá-los em campo como acompanhei Ronaldo Nazário de Lima, mais conhecido como Fenômeno!
O ciclo de Ronaldo se encerrou numa comemoração modesta até para o nível de uma estrela como ele no Estádio do Pacaembu, enquanto a Seleção Brasileira enfrentava a Romênia num jogo amistoso, porém esta comemoração fez jus ao que o cara sempre representou dentro e fora do gramado, uma pessoa acima de tudo humilde e que nunca renegou as origens.
Não dá pra negar que é triste ver um jogador que fez tanto pelo futebol (15 gols em Copas não é pra qualquer um!) encerrar sua carreira assim tão cedo, se considerarmos sua idade, e é mais triste ainda vê-lo ser forçado a parar devido a sua já não mais condizente forma física. As lesões ao longo da carreira, o desgaste e a superação dos limites marcaram Ronaldo tanto quanto seus momentos brilhantes com a bola nos pés, e hoje tudo isso se mostrou o grande inimigo do Fenômeno, mais até do que sua idade.
Reconheço o que o craque representou para o futebol (agora já dá pra usar o termo no passado), mas devo confessar que não era um grande fã de Ronaldo no passado por causa da "amarelada" na Copa de 98 e todos os escândalos que surgiram em seguida sobre a Seleção ter sido forçada a entregar o jogo da final para a França e que a Nike (que possui contrato vitalício com Ronaldo) estava por trás das armações como a grande articuladora. Talvez a verdade do que houve naquele frustrante jogo nunca venha à tona, mas ficou um gosto amargo na boca dos brasileiros, embora Ronaldo, talvez, não pudesse ser unicamente responsabilizado.
Aprendi com o tempo, no entanto, a respeitar a figura de Ronaldo em grande parte por aquela humildade que citei mais acima, sem estrelismos, e claro, pelo futebol que ele sempre demonstrou fazer parte do seu sangue, e fator indiscutível em sua trajetória. Tantos lances de tirar o fôlego, tantos gols memoráveis e decisivos... Impossível não manter na lembrança tudo que esse cara fez, seja vestindo a camiseta amarelinha, seja a do Barcelona ou a do Real Madrid.
Sinto-me saudoso já tal qual aconteceu na(s) despedida(s) de Michael Jordan das quadras ou de Michael Schumacher das pistas (embora ele tenha retornado depois), e vendo o jogo pela televisão aconteceu algo que eu já esperava que fosse acontecer: Passou um filme em minha cabeça com todos os jogos em que vi Ronaldo atuando. A admiração pela figura do jogador Ronaldo aumentou.
Independentemente do que Ronaldo fez fora dos gramados, dentro das quatro linhas ele foi único e vai permanecer insuperável por muito tempo, uma vez que o futebol de alto nível já não é mais jogado há muito tempo. O "futebol de várzea", o "futebol moleque" foi substituído por essa coisa quadrada e robótica que jogam os europeus, e os talentos individuais estão cada vez mais minguados, escondidos atrás dos milhões que fazem girar a indústria do futebol mundial. Até que Neymar, Pato, Ganso ou Lucas tenham a maturidade futebolística necessária para se tornarem ídolos (se é que se tornarão antes de se corromperem) Ronaldo continuará sendo insubstituível em seu hall inatingível, e nós, amantes do bom e velho futebol continuaremos saudosistas.
Parabéns a Ronaldo por sua trajetória e que o futuro nos reserve (embora eu duvide) outros bons momentos como os que você nos proporcionou na Copa de 2002, nos pés de outro jogador igualmente talentoso.


Valeu RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRonaldinho! Boa aposentadoria!



NAMASTE!

5 de junho de 2011

Eu vi: X-Men Primeira Classe

O episódio conhecido como a crise dos mísseis de Cuba , ocorrido em Outubro de 1962, foi um dos momentos de maior tensão da Guerra Fria. A crise começou quando os soviéticos, em resposta a instalação de mísseis nucleares na Turquia em 1961 e à invasão de Cuba pelos estado-unidenses no mesmo ano, instalou mísseis nucleares em Cuba. Em 14 de Outubro, os Estados Unidos divulgaram fotos de um voo secreto realizado sobre Cuba apontando cerca de quarenta silos para abrigar mísseis nucleares. Houve uma enorme tensão entre as duas super-potências pois uma guerra nuclear parecia mais próxima do que nunca. O governo de John F. Kennedy, apesar de suas ofensivas no ano anterior, encarou aquilo como um ato de guerra contra os Estados Unidos.

Nikita Kruschev, o Primeiro-ministro da URSS à época, afirmou que os mísseis nucleares eram apenas defensivos, e que tinham sido lá instalados para dissuadir uma outra tentativa de invasão da ilha, indignando assim ainda mais os americanos. Anteriormente, em 17 de abril de 1961 , o governo Kennedy já tinha tentado um fracassado desembarque na Baía dos Porcos (operação planejada pela CIA, que usou os refugiados da ditadura de Fulgêncio Batista como peões na fracassada tentativa de derrubar o regime cubano). Mas agora a situação era muito mais séria.

Nenhum presidente dos Estados Unidos poderia admitir a existência de mísseis nucleares daquela dimensão a escassos 150 quilômetros do seu território nacional. O presidente Kennedy acautelou Khruschev de que os EUA não teriam dúvidas em usar armas nucleares contra esta iniciativa russa. Ou desativavam os silos e retiravam os mísseis, ou a guerra seria inevitável.

Foram treze dias de suspense mundial devido ao medo de uma possível guerra nuclear, até que em 28 de Outubro Kruschev, após conseguir secretamente uma futura retirada dos mísseis estadunidenses da Turquia, concordou em remover os mísseis de Cuba.

(Fonte Wikipédia)


Há pouquíssimos dias eu comentei aqui as minhas expectativas sobre X-Men Primeira Classe, a mais recente empreitada da FOX com os mutantes da Marvel, e depois de conferir o filme no cinema só posso dizer que minhas expectativas foram superadas.

Em primeiro lugar é importante ressaltar que apesar de ter pontos que ligam Primeira Classe a X1, X2 e X3, ele é um filme muito diferente de seus antecessores por não primar apenas pelas cenas de ação e sim em contar bem uma história acima de tudo. O que lembramos de X2(considerado até então o melhor filme da franquia)? A cena da invasão da Casa Branca pelo Noturno? A invasão na Mansão X que fez com que Wolverine fosse enfim reconhecido no cinema? Sim e é disso que estou falando. Os filmes anteriores se preocupavam em nos mostrar cenas impactantes de ação, e embora elas também apareçam em Primeira Classe, a marca que fica do filme desta vez é sua história e a contextualização dos personagens. Exatamente por isso comecei o post elucidando um pouco do clima onde o filme é criado, falando sobre o que acontecia no mundo em 1962.

Primeiro ponto positivo de Bryan Synger e Josh Schwartz nos roteiros é a ambientação da aventura. Somos presenteados de novo logo de cara com a melhor cena de X-Men 1, a que mostra Erik Lensherr ainda criança sendo separado dos pais nos campos de Aushwitz e exibindo seus poderes magnéticos pela primeira vez ao retorcer um portão de ferro. A cena ganha uma continuação, e então somos apresentados a Sebastian Shaw (Kevin Bacon) interpretando uma espécie de agente da Gestapo que obriga Erik a mostrar seus poderes em troca da vida da mãe. Essa foi a cena de abertura de um filme mais tensa que já me lembro de ter visto (superada talvez pela de Missão Impossível 3), e a interpretação do menino que vive Erik e a de Bacon são excepcionais. Aliás, Bacon, a meu ver, nasceu para viver vilões sádicos. Ele está muito bem como Sebastian Shaw, embora ainda não tenha se livrado totalmente da canastrice que o persegue.

O início do filme é um contraponto perfeito entre a vida dramática de Lensherr nos campos nazistas e a vida tranquila e segura de Charles Xavier nos Estados Unidos. Embora não mostre a relação de família de Xavier, sabemos o tempo todo como as coisas para ele são muito mais fáceis em seu mundo seguro, e isso é desenvolvido o filme todo, criando um equilíbrio entre os dois personagens que acabam se tornando amigos posteriormente.

Falando ainda da ambientação do filme (numa passagem de tempo de 1944 até 1962), tudo é muito sutil e nos remete completamente aos períodos mais negros da humanidade (A 2ª Guerra Mundial e a Guerra Fria), misturando com maestria realidade e ficção. Viajei em pensamento para a minhas aulas de história na escola assistindo o filme, e o cuidado de Matthew Vaughn com o período, cenários e vestimentas é impecável. Segundo ponto positivo.

A história nos mostra um jovem Charles Xavier (James McAvoy) bem mais fanfarrão do que de costume (beberrão, xavequeiro), mas igualmente brilhante, o que o faz se formar cedo em Harvard (ou seria Oxford? agora não lembro). Curiosamente ele e Mística desenvolvem um relacionamento fraterno desde a infância, quando então ela invade a mansão de Xavier em busca de comida, e assim eles crescem juntos, ele a protegendo como um irmão mais velho e ela disfarçando sua verdadeira natureza na pele de uma bela jovem loira (Jennifer Lawrence). Seu destino se cruza com o de Erik Lensherr quando Moira Mactaggert (Rose Byrne), uma agente da CIA infiltrada para descobrir os verdadeiros planos de um Coronel americano, descobre que existem pessoas com capacidades fora do comum envolvidas com o Coronel (Glenn Morshower, o agente Pierce de 24 Horas) e decide pedir ajuda ao maior especialista em mutações nos EUA, o próprio Xavier. Orientando uma importante caçada ao suspeito de crime de guerra Sebastian Shaw após convencer os altos-escalões da CIA de que os mutantes podem utilizar seus poderes para o bem (com a ajuda dos poderes transmorfos de Mística), Xavier ajuda Moira a encontrar Shaw e sua sensual (bem, nem tanto) colaboradora Emma Frost (January Jones). Nesse meio tempo Erik Lensherr que buscava o responsável pela morte de sua mãe por todo o mundo (numa das cenas ele vai até a Argentina!) chega até Shaw, mas é detido pelos poderes psíquicos de Frost e jogado fora do submarino, por onde os dois fogem antes que o mutante possa detê-los com seus poderes magnéticos. Para salvá-lo do provável afogamento, Xavier se lança ao mar e o resgata, começando assim a longa amizade entre os dois.

A parceria entre Xavier, Lensherr e Mactaggert possibilita que eles conheçam o personagem de Oliver Platt, um homem que dentro da CIA possui uma espécie de divisão que cuida de avanços tecnológicos à cargo do genial Hank McCoy (Nicholas Hoult), um jovem cientista que projeta de soros para retardar a evolução das mutações até aviões supersônicos (Ah, vá!). Uma das criações de McCoy é uma máquina capaz de localizar mutantes pelo mundo, que funciona com a ajuda de uma mente poderosa capaz de se conectar a ela (o Cérebro).

Com o intuito de abrir contato com outros jovens com capacidades igualmente fantásticas como as deles, Xavier usa seus poderes para localizá-los e acaba chegando até Angel (a deliciosa Zoë Kravitz) a mutante com asas de fada (inseto, anjo??), Darwin (Edi Gathegi) o mutante cujo corpo é capaz de evoluir para que ele sobreviva, Alex Summers (Lucas Till) que dispara rajadas plásmicas e o jovem Sean Cassidy (Caleb Landry Jones) capaz de emitir rajadas supersônicas das cordas vocais.

Juntando McCoy, que possui pés em forma de mãos enormes e a própria Mística, capaz de se metamorfosear, Xavier ganha seus primeiros X-Men, grupo que ele é obrigado a treinar após uma invasão de Shaw ao instituto da CIA que acaba causando a morte de Darwin.

Com sua equipe do Clube do Inferno formada por Emma Frost, Azazel (Jason Flemyng) e Maré Selvagem (Alex Gonzales que não abre a boca uma só vez no filme), Sebastian Shaw começa a colocar seus planos malignos em ação, jogando as superpotências umas contra as outras no intuito de que haja uma 3ª Guerra Mundial e assim um inferno nuclear. Xavier e Magneto se veem obrigados a intervir e partem para deter os planos do rei negro do Clube do Inferno.

X-Men Primeira Classe é um filme de ótimos momentos, e embora a história deslize uma hora ou outra como no próprio plano de Shaw de criar um inferno nuclear para que assim os mutantes reinem soberanos, ou da forma rápida como a amizade entre Xavier e Magneto se desenvolve e como ela acaba quando eles se tornam rivais ideológicos, há sim muito o que se aplaudir no filme, e muito que se elogiar de Synger, que parece ter encontrado sua redenção depois de Superman Returns, e do diretor Matthew Vaughn.

Algumas atuações também me incomodaram como a da ossuda Janury Jones, que me pareceu pouco confortável em seu papel de Emma Frost, que a meu ver, deve ser uma mulher dominadora e igualmente má. Além de muito magra para o papel, apesar dos belos seios, Jones deixou a desejar mostrando pouco talento, e pra ela acabou sendo uma mão na roda que seus colegas de elenco mal abrissem a boca, como foi o caso de Flemyng como Azazel e de Gonzales, como o Maré Selvagem, que aliás não chega a ser chamado assim no filme.

A motivação de Erik para se tornar Magneto também me soou um tanto quanto forçada, e me fez lembrar de outra passagem para o lado negro do cinema que aliás usa o mesmo mote: o assassinato da mãe. Alguém se lembra de Anakin Skywalker?

Claro que a morte de um ente querido provoca ira e não há nada mais doce que se vingar do responsável, só que a passagem do personagem racional para o raivoso acontece de forma pouco trabalhada. Shaw é usado no filme como a motivação de Erik em se tornar um ser vingativo, mas pelo vilão ser igualmente mutante, esse ponto perde metade do sentido, já que o Magneto dos quadrinhos odeia a humanidade por eles terem sido responsáveis pela morte de toda sua família nos campos de concentração, o que o leva a rivalizar com seu amigo Xavier, que acredita que possa haver uma convivência pacífica entre humanos e mutantes. A suposta raiva de Erik pelos humanos é engendrada nos últimos minutos do filme, quando então russos e americanos se juntam para exterminá-los ao se verem ameaçados por seus poderes fantásticos, mas pouco se é usado do tema "ódio dos humanos" para justificar a ascensão de Magneto.

O questionável plano de Sebastian Shaw em jogar as superpotências umas contra as outras também me pareceu coisa daquele Lex Luthor pateta do filme de Synger. Causar um inferno nuclear para que assim nasçam mais mutantes devido a radiação? Que coisa ridícula!

Primeiro Magneto quer transformar todos os humanos em mutantes com uma máquina ligada na Estátua da Liberdade, depois William Stryker quer matar todos os mutantes porque o seu filho é um mutante, e agora isso?

Pelo jeito a criatividade meio que se esgota quando se trata em dar alguma motivação para o vilão da história!

Seja como for, digo e repito, X-Men Primeira Classe é um filme recheado de ótimos momentos, e eles são tão numerosos que eu ficaria horas aqui descrevendo. Chego a arriscar a dizer que em matéria de empolgação e narração, ele rivaliza sim com o 2º filme, e Magneto se provou ser um protagonista tão empático quanto Wolverine no restante da franquia. Nós torcemos por ele, vibramos com suas peripécias com os poderes magnéticos (usados, aliás, com extrema criatividade) e até gostamos quando ele finalmente se entrega aquilo que ele foi criado para ser: O mestre do magnetismo e melhor vilão da Marvel.

Devido as incoerências citadas, pelo afastamento das histórias em quadrinhos e pela descaracterização de alguns personagens (achei a Mística muito menininha indefesa), X-Men Primeira Classe não é nem de longe um filme perfeito, mas é um ótimo recomeço para uma franquia que descia ladeira abaixo depois do fracasso de X-Men Origens: Wolverine. O filme é empolgante, chega a ser emocionante em alguns momentos e possui personagens muito carismáticos em cena, começando pelo ótimo Profº Xavier interpretado por James McAvoy e pelo excelente Erik Lensherr que o versátil Michael Fassbender dá vida. Fiquei bastante satisfeito com o resultado final, e pra quem não estava dando a mínima para os mutantes no cinema, devo dar o braço à torcer para a Fox por ter conseguido revitalizar a franquia. Que venham mais filmes bem cuidados como esse no futuro, e que a Fox e seus produtores continuem aprendendo com seus erros.

NOTA: 8,5


NAMASTE!

3 de junho de 2011

Ah, tá e eu sou o Bozo!

'Não fiz tráfico de influência', diz Palocci

Em entrevista à TV Globo, ministro afirma que sua empresa 'jamais atuou junto a órgãos públicos'. Ele se recusou a nomear clientes e não detalhou faturamento do negócio.


O coelhinho da Páscoa também existe e ele é o mascote do Papai Noel, o bom velhinho que vive em Neverland, e que também não sabe nada sobre mensalões em seu governo.

NAMASTE!

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