7 de setembro de 2011

Rogério Ceni 1000 Jogos pelo São Paulo


Em mais uma tarde inspirada, Rogério Ceni, um dos maiores ídolos da torcida Tricolor comemora 1000 jogos com a camisa do São Paulo.
Para coroar o evento (difícil hoje em dia no futebol brasileiro) o time venceu o Atlético Mineiro por 2X1 com gols de Lucas e Dagoberto, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro.
60.000 espectadores foram prestigiar mais esse marco na carreira de um dos maiores goleiros brasileiros de todos os tempos no estádio do Morumbi, e além da festa, o time assumiu a liderança provisóriamente do campeonato.
Rogério merece mais essa comemoração pela história que ele ajudou a construir dentro do clube, por seus feitos dentro das quatro linhas e em especial por seu caráter. Criticado por ser "mascarado", bocudo e chato, Rogério incomoda na verdade pela sua sinceridade, o que nem de longe macula todas as brilhantes defesas e gols que já fez na carreira, como já comentei aqui.
Parabéns, Rogério Ceni por mais esse feito. Você marca ainda mais a sua estrela no hall dos maiores campeões dentro do São Paulo e firma seu lugar como o maior ídolo da sua torcida.

NAMASTE!

5 de setembro de 2011

Review: Lanterna Verde (Acreditem! Eu vi!)

DESPERDÍCIO.

Antes de começar a escrever eu fiquei pensando numa forma de começar esse texto e não achei nenhum argumento forte o suficiente, exceto a palavra com o qual eu o iniciei. O filme do Lanterna Verde é um imenso desperdício de um conceito que tinha tudo para ser fenomenal, mas que ficou bem longe disso. Afastei qualquer preconceito criado anteriormente pelas críticas negativas que o filme recebeu mundo afora e o assisti, durante as duas horas, procurando criar meu próprio julgamento, fugindo das outras opiniões. Mesmo assim não adiantou. Pouca coisa se salva na película se imaginarmos o conjunto, e é uma pena.

Lanterna Verde conta a história de Hal Jordan, um piloto que, embora destemido na maior parte das vezes, esconde um grande trauma que é a morte do pai após um voo mal-sucedido. As lembranças do jato do pai explodindo o fazem crescer com um temor desproporcional à sua coragem de se arriscar pelos céus em um caça americano, e isso faz com que ele, na primeira meia hora do filme, seja obrigado a destruir um jato para se salvar, durante um treino em que os militares e a empresa Ferris testam um novo tipo de avião não tripulado com inteligência artificial.

Em primeiro lugar, é justo comentar que esse tal trauma é uma característica nova na personalidade de Hal Jordan, que antes da revitalização pelo qual o personagem passou pelas mãos do escritor Geoff Johns, era conhecido como o “homem sem medo” da DC. Agora, como é dito no filme, é esse temor que o faz digno de portar o anel de energia.

Lanterna Verde é escrito em conjunto por Greg Berlanti, Michael Green, Marc Guggenheim e Michael Goldenberg, dizem as más línguas que o filme também teve a supervisão do próprio Geoff Johns, além da direção do competente Martin Campbell, então onde foi que todos esses caras erraram para filmarem algo tão incoerente e inconstante?

É certo que em muitos momentos mais parece que estamos vendo uma enorme colcha de retalhos costurada às pressas, e imagino que tantas regravações e inserções de novas cenas, além de remendos digitais pelo qual o filme passou alguns meses antes de seu lançamento, tenham prejudicado e muito a história, que me pareceu apressada e não-linear. Falei aqui da dificuldade de se transportar toda a origem de um personagem e condensar tudo em duas horas na tela nos reviews de Thor e Capitão América, mas para que isso aconteça de forma eficiente é preciso que se tenha uma boa história por trás de tudo, ou pelo menos uma que se sustente, o que não acontece com Lanterna Verde.

Primeiramente o Jordan de apenas uma expressão de Ben Stiller Ryan Reynolds destrói um caça que vale milhões e age como se nada tivesse acontecido. Os conflitos criados pela petulância dele com relação à Carol Ferris (Blake Lively) não convencem e mais parecem briguinhas infantis. Se essa era a intenção, que os dois parecessem duas crianças birrentas, a direção acertou.

Em segundo lugar a forma como Hal Jordan é “atraído” até o local da queda da nave de Abin Sur (Temuera Morrison) , o Lanterna Verde que até ser atingido mortalmente no início do filme pela entidade Parallax, defendia o setor 2814, é no mínimo inusitada, mas se assemelha bastante à forma como o mesmo fato acontece na animação Primeiro Voo, que aliás, a meu ver, podia ser, sem tirar nem pôr, o roteiro do filme. O que me incomoda, no entanto, não é a forma como Hal chega até o moribundo Abin Sur e nem como vai descobrindo tudo que o anel é capaz de fazer, e sim como ele é deslocado da Terra até Oa, o planeta sede dos Lanternas Verdes, como se ele tivesse apertado acidentalmente um botão ejetor no anel! Tudo soa muito ridículo, incluindo a forma destrambelhada com que Hal é arrastado até o planeta, dando destaque a inexpressão de Reynolds. “Oh, meu Deus! Estou voando pelo espaço, mas continuo com minha cara de que nada está acontecendo.”

Uma vez no planeta, o tom “engraçadalho” que Reynolds (ou o infeliz que o convidou para o papel) quer imprimir ao filme fica claro quando o anel forja pela primeira vez o uniforme folha de bananeira verde e ele sai caminhando todo malandro vendo sua imagem refletida em um espelho. E eu que reclamei da dancinha tosca de Tobey Maguire em Homem Aranha 3!


Quando Tomar-Re, o Lanterna xudariano defensor do setor 2813 entra em cena dublado por Geofrey Rush e fazendo as vezes de anfitrião da “festa”, pela primeira vez tive um feeling de que o filme iria engrenar e que a partir dali eu teria certeza de que os críticos estavam errados e não haviam entendido o filme, apesar da frase, “Um peixe que fala!” de Reynolds. Tal qual o Chaves a narrar a história de uma brincadeira, comecei a pensar com meus botões: “Agora vai! O Tomar-Re vai apresentar o Hal ao Kilowog, aí o grandalhão vai chamá-lo de poozer (algo como o “aspira” de Tropa de Elite”) e depois vai ensiná-lo a usar o anel, aí depois aparece o Sinestro todo arrogante falando que o Hal é um inútil e que não passa de um humano, aí os Guardiões em pessoa chamam Hal a sua presença aí...”

Muita coisa acontece exatamente como descrito, mas não há emoção nas cenas e “todo o treinamento” de Hal se restringe a algumas poucas cenas em que ele já se vê em meio a uma crise onde um monstro denominado Parallax está destruindo vários setores da galáxia e matando Lanternas Verdes.

Não há tempo para que o público e o próprio personagem se acostumem com a ideia de que ele ganhou um anel de poder quase ilimitado e que ele não sabe o que fazer com isso. Em um minuto ele está sendo esculachado pelo Sinestro (Mark Strong), que o manda tirar aquele uniforme verde porque ele é moleque, e no outro minuto ele está na Terra, choramingando porque é medroso demais para encarar um desafio daquela magnitude. A transição rápida da Terra para o espaço não me fez acreditar na coerência da história e a meu ver os escritores se perderam em não se firmarem mais em um território do que em outro.


Ao tentar humanizar demais o personagem, dando-lhes bases para que ele mostrasse que era digno de usar o anel, fizeram parecer que ir ao espaço e ali na esquina tivesse a mesma distância, e pior ainda, o filme não se sustenta em nenhum dos dois lugares.
No espaço não vemos quase nada dos Guardiões ou da Tropa dos Lanternas, e na Terra perdem um tempo desnecessário dando ênfase a Hector Hammond (Peter Sarsgaard) que na trama é usado apenas como uma extensão dos poderes do Parallax, bem como personagens secundários como o senador (deputado, vereador...Whatever!!) vivido por Tim Robbins. Aliás... Que roubada em que se meteu Tim Robbins, hein!

Nos quadrinhos, Hector Hammond era um ladrãozinho que descobre uma espécie de meteorito que concede poderes mentais a quem se expõe a ele. Mais tarde, em contato com a pedra alienígena, Hammond ganha poderes psiônicos (levitar objetos, ler mentes, etc., etc.) e acaba entrando em conflito com o Lanterna Verde.


No filme, Hammond é um cientista pouco acreditado e que é visto como um merdão não só pelo próprio pai (o personagem de Tim Robbins) como também por todos a seu redor. Apaixonado desde a infância por Carol Ferris, cujo pai é parceiro de negócio do personagem de Robbins, ele vê Hal Jordan como um obstáculo entre ele e seu grande amor, e de alguma forma o fragmento do Parallax nas entranhas de Abin Sur é atraído por essa raiva (tá, essa parte eu é que cogitei!). Pela influência do pai, Hammond é levado até um laboratório (que na Marvel pertenceria a SHIELD, provavelmente) para examinar o corpo de Abin Sur, que é recolhido pelo exército pouco depois que ele entrega o anel e a bateria a Hal, e é durante os exames que o cientista é “contaminado” pela essência de Parallax. Mais tarde, por conta disso, Hammond começa a desenvolver poderes psiônicos, e todo aquele ódio reprimido vem à tona, fazendo com que ele haja como um vilão.

Bem, se nos quadrinhos, por causa da influência do mesmo Parallax, o próprio Hal Jordan matou toda a Tropa dos Lanternas, acho que podemos perdoar Hector Hammond, não é mesmo? Afinal, o cara não era mal, ele só queria que a garota de seus sonhos lhe desse bola!

Hammond fica com um cabeção, destrói o laboratório, deixa o pai bem passado na chapa, faz Amanda Waller (a Nick Fury de saias da DC vivida por Angela Basset) levantar voo jogando-a contra uma vidraça, e faz com que Hal Jordan intervenha. O encontro entre os dois faz com que Jordan descubra os planos do Parallax para com a Terra, por intermédio dos pensamentos do monstro que comanda as ações de Hammond, e a partir de então ele descobre um propósito maior para continuar sendo um Lanterna Verde, já que ele havia desistido do cargo. Sabe como é, “com grandes poderes vem grandes responsabilidades”.

Nesse ínterim, Sinestro, se apresenta diante dos Guardiões (criados com um CG muito do fuleiro) pedindo uma retaliação em detrimento da morte de seus amigos Lanternas pelas mãos de Parallax. Os homenzinhos azuis (que não são os Smurffs e muito menos o Blue Man Group) concedem tal permissão e então Sinestro parte com um pequeno grupo de Lanternas, que é escorraçado pelo Parallax, tudo isso em uns dois minutos no filme. O público nem chega a ver quem são os membros do grupo de Sinestro e as mortes nem chegam a comover. Aliás, quem parou um segundo pra bocejar perdeu essa cena!


Com o rabo entre as pernas, o Senhor Fodão Sinestro volta para junto dos Guardiões, e é aí que Hal Jordan ressurge (como eu disse, Oa é ali na esquina de Coast City) pedindo ajuda para impedir que Parallax destrua a Terra. Tanto os Guardiões quanto Sinestro defecam e caminham para o pedido, e deixam o cara se virar, respeitando sua vontade de se sacrificar.

Pensem comigo.

Parallax é uma fumaça negra imensa que às vezes mais parece uma avalanche de barro (ou coisa pior) e que é capaz de destruir civilizações inteiras sem o mínimo esforço. Além disso, a criatura come Lanternas Verdes no café da manhã sem nem bagunçar o cabelo.

Os Guardiões deveriam possuir uma inteligência acima da média, já que eles desenvolveram uma bateria de energia em um planeta remoto que é a fonte da força de vontade (representado pela cor verde), certo?

Como é que eles me mandam um cara que nem se formou ainda como Lanterna Verde e que mal sabe usar o anel para deter sozinho uma porra de um monstro que devora Lanternas Verdes??? COMO??

Esse foi o maior “se fode aí” que eu já vi na vida.

OK. Nosso herói nem pensa no assunto e parte sozinho para deter a ameaça que assola seu planeta. Uma vez em casa, ele percebe que o monte de barro está tocando o terror na sua vizinhança , sugando a essência dos transeuntes, atraído por seu medo (que é a fonte da sua energia). Hal tem a brilhante ideia de atrair Parallax para fora de seu planeta usando a mesma tática que usou para despistar os aviões com inteligência artificial no início do filme (na verdade não tem nada a ver com nada esse plano!!). Tudo funciona como ele queria, e então após incitar o avanço da criatura, ele se lembra do seu treinamento intensivo com Kilowog, em que o porco gigante com a voz do Michael Clarke Duncan o ensinou que buracos negros podem ser mortais no espaço. Tal qual um Cavaleiro do Zodíaco, Hal usa o aprendizado de seu treinamento dinâmico, e faz com que o vácuo do buraco negro sugue Parallax, dando fim a sua ameaça diabólica ao universo. Nosso herói fica inconsciente após o esforço fenomenal e é aí que Sinestro, Kilowog e Tomar-Re surgem de trás da cortina gritando: “Ráááá! Pegadinha do Malandroo!”. Eles impedem que o humano inútil seja sugado pelo buraco negro e o levam para Oa, onde ele é recebido como um verdadeiro herói, provando que na Tropa dos Lanternas Verdes só tem bucha. Se um merda de um aspira consegue deter um monstro que vivia matando Lanternas Verdes sem ter tido quase nenhum treinamento e sem nem saber usar o anel direito provando ser melhor que todos eles juntos, imagine o tipo de heróis que formam as fileiras dessa Tropa! Bem feito que quase nenhum deles deu as caras no filme tendo alguma relevância!

Efeitos Digitais

Desde o começo eu sabia que um filme todo baseado em efeitos digitais não daria certo. A menos que a direção fosse de James Cameron e que o mesmo tivesse empregado sua inovadora tecnologia 3D (usada em Avatar) para tornar críveis seus personagens digitais, bem como o realismo dos cenários, isso não podia dar certo.

Ultimamente eu tenho me tornado meio chato para aceitar filmes que usam efeitos digitais como muleta, e Lanterna Verde usa em demasia.

Embora eu saiba que a simples menção a um filme sobre um personagem que usa o poder da força de vontade para criar construtos de energia já remeta imediatamente a efeitos especiais, e que de outra forma seria impossível construir um filme assim, ficou bem claro que os efeitos não atingiram a expectativa.

A construção dos personagens digitais como Kilowog, Tomar-Re, alguns membros da Tropa (que só aparecem de longe, portanto não incomodam muito) e dos próprios Guardiões foi equivocada. Os Guardiões em nada se assemelhavam aos anõezinhos azuis das HQs, além disso, possuíam uma movimentação falha e muito mal feita, parecendo que pertenciam a algum filme dos anos 90, quando essa tecnologia digital ainda não era perfeita.

Kilowog ficou com uma aparência de troglodita (Dãã! Ele é um troglodita!!), mas um troglodita sem essência. Fizeram o possível para que ele parecesse um porco gigante com a os trejeitos do Michael Clarke Duncan, embora o personagem só tenha ganhado a voz do ator negro muito tempo depois, na pós-produção, e não deve ter sido por acaso que a pele do monstro de Bolovax também tenha sido escurecida nessa mesma pós-produção, já que ele tinha a cor do Gaguinho (P-P-Por hoje é só p-p-pessoal!) quando foi apresentado nas imagens de divulgação.


O que menos apresentou falhas na construção digital foi mesmo Tomar-Re, que em alguns momentos me fez lembrar do personagem Abe Sapien do filme Hellboy, interpretado pelo mímico Doug Jones. Sua movimentação suave e seus trejeitos pacíficos remetiam ao personagem anfíbio do filme de Guilhermo Del Toro, e fora o mais caprichado, apesar de possuir algumas falhas que podem passar despercebidas a olhos leigos.

Parallax. Meu Deus! Quem foi o designer responsável pelo visual desse personagem??

O cara deve ter parado em frente a seu tablet antes de desenhar e pensado: “Hmm, farei um Parallax mais assustador do que aquele lagarto super-crescido das HQs. Vou misturar o Galactus do filme do Quarteto Fantástico com a Black Smoke de Lost e voilá! Hah! Sou muito inteligente!”.

Na história, Parallax é um Guardião possuído pela impureza amarela (Aquela que os Lanternas Verdes temem) e por isso ele tem aquele rosto feioso em frente aos tentáculos de barro...
OK. A ideia por si só já é idiota, mas o design da criatura não é assustador e nem funcional. Me pareceu mais uma solução de última hora para que o orçamento do filme não estourasse mais do que já estava estourado (o filme custou 322 Milhões), e ficou bem de fundo de quintal. Por que nessas horas os caras desprezam tanto os conceitos criados pelos quadrinhos? Um lagarto gigante amarelo me convenceria muito mais do que aquele monte de barro tosco.


Bom, pra não dizer que tudo ficou terrível, eu gostei bastante dos construtos criados por Hal Jordan e os demais Lanternas (tá, exceto aquela pista de corrida!), e os cenários de Oa, apesar de muito escuros, remetem a um cenário alienígena. Nessas horas vejo que poucos cineastas sabem trabalhar cenários de outros mundos tão bem quanto George Lucas. Nessa parte, a última Trilogia de Star Wars era um deleite aos olhos.
O uniforme folha de bananeira tão criticado acabou sendo uma das coisas mais legais do filme. Achei muito interessante a forma como a energia corre pelas fibras do uniforme toda vez que os Lanternas utilizam o anél, e achei uma solução criativa para dar um propósito à roupa espalhafatosa.

As cenas de voo ainda não convencem. Por que não usam a leveza de um Christopher Reeves voando em Superman 1 e 2?
Aiie, Rodman! Aqueles filmes são velhos e bobos.”
Sim, caro padawan, mas note como o realismo que algumas cenas do Superman voando nos filmes citados ainda hoje me fazem acreditar que o homem pode realmente voar.

Em Lanterna Verde todos os voos são durões e não possuem a sublimidade necessária para causar aquele efeito de “Uau! Que foda!”, por isso dou mais um ponto negativo ao filme por isso.

Atuações

O filme não tem quase nenhuma atuação de destaque por parte do time de atores e atrizes, mas esse, acho eu, é um mal que vem sofrendo a maioria dos filmes de super-heróis dos últimos tempos.

Apesar de rentáveis e estarem na crista da onda, os filmes desse gênero ainda são vistos como pura pirotecnia e cenas de ação vazias, o que fazem com que os atores atuem no piloto-automático, mais ou menos como fizeram Natalie Portman em Thor (atriz oscarizada que não fez mais do que uma boa atuação), Tommy Lee Jones em Capitão América e mesmo Anthony Hopkins na pele de Odin no filme Thor. Todos eles ligaram o automático e saíram atuando, sem fazerem nada de muito extraordinário como estão acostumados.


Em alguns casos, não há grande profundidade nos personagens ou nas cenas descritas pelos roteiristas, daí o motivo de tanta robotização por parte dos atores, mas filmes desse gênero não precisam ser assim, como bem provou Batman O Cavaleiro das Trevas com as brilhantes atuações de HeathWhy so seriousLedger e de Gary Oldman, que mesmo acostumado a papeis de vilões, se deu muito bem na pele de um bonzinho como o Comissário Gordon.

Talvez o maior destaque de Lanterna Verde seja mesmo Peter Sarsgaard com seu Hector Hammond, que consegue passar toda a angústia de ser alguém cuja competência todos desconfiam e que depois, quando ganha poderes, passa a ser alguém que consegue expor seu ódio reprimido de forma violenta.


Tim Robbins não tem muito espaço em cena para demonstrar seu talento e quem tem não aproveita, como é o caso do protagonista Ryan Reynolds que a meu ver, terá pra sempre aquela cara de Chris Bander, seu personagem gorducho da comédia Apenas Amigos cantando “I swear”.Ele não convence como um personagem sério, e nem seu Hal Jordan tem a pegada séria que consagrou o personagem a ser o segundo maior escoteirão da DC depois do Superman.

Após a revitalização de Geoff Johns ao personagem nos quadrinhos, Hal Jordan se tornou um cara arrogante e fanfarrão, mas na tela, Reynolds optou por ficar no meio do caminho, entre o escoteiro e o fanfarrão, e não convenceu em nenhum dos dois.

Chris Evans que possui quase o mesmo perfil que Reynolds (ator que só serve pra fazer comédia) convenceu bem mais na pele do super-soldado Capitão América, e embora não tenha dado um show de interpretação, conseguiu expressar suas reações em ao menos uma cena (a dos créditos finais quando Steve Rogers acorda no século XXI), Reynolds nem isso.

Feliz, triste, temeroso ou com raiva, Reynolds não muda a sua expressão, e só agrada mesmo nas cenas que faz o que sabe fazer de melhor: causar risos.

Nem preciso dizer que ele ficou a cara do Ben Stiller com a máscara do Lanterna, né?


Outro ponto forte no filme é a interpretação de Mark Strong como Sinestro. Mesmo sob quilos de maquiagem, um bigodinho ridículo e um cabelo ainda mais ridículo, Strong conseguiu passar toda a frieza que o personagem exige. Sinestro é um militar fodão que acredita que a única forma de se manter a paz é imprimindo medo àqueles que a ameaçam, por isso ele não é um cara de sorrisinhos ou de gracinhas, comportamento que ele condena em Jordan nas HQs. Strong em seu papel nos passa essa seriedade, e se tivesse tido mais tempo em cena, ou um destaque maior na história, aposto que o personagem teria roubado a cena e muita gente estaria torcendo por ele no filme em vez de Jordan. Quem sabe isso aconteça no 2º filme, se é que a Warner gastará dinheiro com uma bomba dessas.

Em resumo (depois de um texto desse tamanho!) Lanterna Verde é um filme que deve atrair um público mais jovem que não se importe tanto com roteiro e afins. Como bem disse o artista brasileiro Ivan Reis, o filme não foi feito na intenção de agradar os marmanjos e sim um público mais jovem. Mesmo as cenas de ação não são tão empolgantes, na verdade não consigo me lembrar de nenhuma que eu tenha gostado pra valer, então não sei se uma criança também aprova o filme. O ponto mais alto talvez, tenha sido a luta entre Jordan e Kilowog e Jordan e Sinestro durante seu treinamento intensivo, o resto é um grande apanhado de equívocos cinematográficos.

Como eu bem disse, Lanterna Verde é um filme desperdiçado. A cada cena, a cada minuto nós fãs vemos que as possibilidades são muitas, mas a execução do filme nem se quer chega aos pés do que gostaríamos. A história fala sobre força de vontade e o poder que a vontade humana tem em mudar o rumo das coisas, mas poucas cenas nos fazem acreditar nisso.

Quando Hal Jordan declama seu juramento “No dia mais claro na noite mais densa o mal sucumbirá ante a minha presença” quase sendo esmagado por Parallax, juro que quase rolou uma lágrima, mas a atuação de Reynolds estragou tudo. Muita gente critica a atuação de Tobey Maguire nos filmes do Homem Aranha, mas ele me fez acreditar que o cabeça-de-teia estava fazendo um esforço descomunal para frear o trem que ameaçava despencar de uma ponte na segunda parte da Trilogia.

Se Reynolds fosse mesmo presenteado com um anel verde, duvido que ele conseguisse construir sequer uma caneta de energia.

Claro que o problema não é só o ator. Se a história fosse boa e não o roteiro remendado que acabou se tornando, talvez a atuação de Reynolds não fosse um problema, ou talvez o fosse isoladamente. Lanterna Verde podia ser grandioso, mas por falta de cuidado acabou sendo no máximo um filme bom para crianças, com um protagonista engraçadinho, um vilão feio , bobo, cara de melão, uma heroína irritante e um show de efeitos especiais malfeitos.

NOTA: 6

NAMASTE!

29 de agosto de 2011

Top 10 - No meu tempo...

Vivi quase toda minha infância e adolescência na década de 90. Naquele tempo tudo era mais simples em matéria de diversão e entretenimento, e a maioria das pessoas não tinha as opções e facilidades que as crianças e adolescentes do século XXI têm.
Oh, meu Deus!! Como é terrível pensar que nasci no século passado!!!
Mas é verdade, caro Padawan. Eu sou do século passado e tenho me sentido como tal ultimamente.
As novidades tecnológicas surgem a cada piscar de olhos sem que possamos nem sequer absorvê-las totalmente, e o mesmo acontece com as informações, disparadas abundantemente e sem controle à medida que nos deslocamos para o trabalho ou que tomamos um café na esquina (pra quem toma café, é claro, eu não tomo).
Não falo só do avanço tecnológico, mas também de todas as mudanças que ocorreram (nem sempre para melhor) com a sociedade moderna, e como pareço cada vez mais um Marty McFly perdido no futuro sem um DeLorean que viaja no tempo para voltar para casa.
Começa agora o Top 10 da viagem no tempo.
Apertem os cintos, porque o piloto não faz nem ideia de como se conduz essa máquina!!


Vinil, cassete e MP3

Ei, você, garotinho de 14, 15 anos. Você mesmo!
Sabia que antigamente não existia arquivo de música MP3 e que nós, velhos dinossauros, tínhamos que esperar as músicas serem lançadas por rádios para que pudéssemos ouvi-la?
Sabia que o CD, hoje quase obsoleto, ainda era uma novidade naquela época e que muita gente só ouvia música em casa nos bolachões denominados LPs?
Você sabia que para termos uma música que pudéssemos ouvir a hora que quiséssemos tínhamos que esperar a mesma ser executada em uma rádio e então gravá-la com um artefato rupestre chamado de fita cassete?
Cara, só de pensar que conheço objetos que a molecada para a qual eu dou aula hoje em dia só conhece de ouvir falar, eu já sinto milhões de tufos de cabelos grisalhos crescerem em minha cabeça!
Até hoje ainda me lembro de como era comum sair para comprar um LP, e de como a engenhoca que o reproduzia (em muitos casos conhecida como vitrola e dotada de uma agulha que volte e meia enchia de poeira) parece hoje tão arcaica.
E o trabalho que dava gravar uma música em uma fita cassete??
Às vezes tinha que se esperar por horas até que a música desejada tocasse para gravar, e não era raro errar a mão e gravar só parte da música ou em alguns casos, NENHUMA PARTE da dita cuja.
E pra ouvir então??
Fitas não eram como LPs que podíamos simplesmente avançar a agulha para a faixa que quiséssemos com dois movimentos. Tinha que se esperar chegar até o ponto desejado apertando os malfadados FF ou RW para avançar ou voltar, e acredite: Não era uma tarefa rápida!
Claro que tinha o velho truque de avançar a fita usando uma caneta BIC, mas aí já fica para outro post, porque agora fiquei deprimido!

Quando as bandas não eram coloridas...


No meu saudoso tempo as bandas não eram coloridas, não cantavam refrões pegajosos/repetitivos nem tampouco variavam da cultura EMO. Aliás. EMOs nem existiam!
O mais próximo disso eram os góticos.
Antigamente bandas como Mamonas Assassinas e Raimundos despontavam nas paradas de sucesso com seu humor esdrúxulo (ou “somrisal”, como diria o Dinho), e a molecada daquela geração cresceu saudável e alegre, sem pensar em cortar os pulsos a cada desilusão amorosa ou a cada formiguinha que é pisoteada pelos humanos.
Na verdade hoje em dia todo mundo é mais bunda mole, mas naquela época a galera só queria saber de zoar e se divertir, cantando (e ouvindo) as letras dos garotos de Guarulhos e da turma de Brasília, representada pelos Raimundos, no último volume. Não havia nada de sério nas canções, não pensávamos na morte da bezerra em decorrência da melodia, e estávamos colocando para fora as emoções reprimidas e aquele certo ar de rebeldia que imperava em cada um. Éramos adolescentes, mas isso, não queria dizer que o mundo estava contra nós e que precisávamos nos revoltar. Era mais por curtição, afinal, algum sentimento tinha que ser exposto!
Correndo por fora, passada a época da explosão de hormônios, vinham as letras mais inteligentes da Legião Urbana (que enfrentou o auge e o fim na década de 90) e a continuação das carreiras dos Paralamas do Sucesso e Titãs, que já vinham embalados da década anterior.
Se fode aí, você que só tem Cine, Restart e NX Zero pra ouvir!


Boquinha da garrafa X Pentada Violenta

Acredita que houve uma época em que as músicas mais obscenas que existiam eram provenientes da onda chamada Axé Music, e que dançar na boquinha da garrafa era o máximo ao qual a cultura brasileira podia se rebaixar?
Quem diria que mais de dez anos depois o fundo do poço poderia se tornar ainda mais fundo, e no lugar do “Pinto do meu pai”, da “Dança da bundinha” e do “Rala tcheca” temos coisas ainda piores como “Pentada violenta”, “Soca nele” e a poética “A porra da buceta é minha”!
E pasmem! A molecada se amarra no pancadão!
Os jovens não só gostam como fazem questão de compartilhar com todo mundo ao redor, seja no ônibus, no calçadão e por que não no elevador, deixando até o menos puritano de cabelo em pé com o teor das letras do funk, ritmo que se originou nas quebradas cariocas.
É a tecnologia moderna mais uma vez prestando um “desserviço” para aqueles que humildemente ainda optam pelos bons e velhos fones de ouvido.
Se fode aí, você que ainda gosta de rock, seu velho!

As pesquisas antes do Google


Está aí uma facilidade trazida pela tecnologia que me agrada: O Google!
Na época de mil novecentos e guaraná com rolha quando o professor nos indicava um trabalho de pesquisa que deveria ser feito em papel almaço e com capas geralmente mal feitas com aquelas horrendas réguas de letras, éramos obrigados a recorrer às bibliotecas para procurar o conteúdo. Se hoje você reclama em ter que ler site após site atrás de uma única informação, pense como era divertido ter pouco mais de duas horas para ter que achar a mesma informação em uma pilha de livros velhos e mofados que eram nos dado quando você chegava na bibliotecária com uma simples pergunta: “Onde posso encontrar algo sobre a revolução industrial, moça?”.
CTRL+C e CTRL+V? Não existia isso, caro padawan!
O jeito era copiar tudo à mão mesmo (já fazendo aqueles resumos ocasionais de cortar metade do parágrafo para ter que escrever menos no processo), pois eram raros aqueles que dispunham de alguns Reais para xerocar as páginas.
Agora quero ver você reclamar de não estar achando o conteúdo numa página de internet com o traseiro confortavelmente sentado em uma poltrona, seu preguiçoso!
E viva o Google!


Nerd bobão e Nerd cool

Nerd sempre foi o sinônimo para molequefeiopracaralhointeligenteeantisocial, e costumeiramente o nerd era o sujeito que mais sofria bullyng na escola, vítima dos garotões metidos à atleta que pegavam todas as meninas bonitas do colégio, as mesmas que o nerd sempre quis, mas que nunca teve competência para pegar.
Lendo o resumo acima, me diga: Você gostaria de ser nerd?
Em alguns casos não havia muitas opções para o molequefeiopracaralhointeligenteeantisocial, então ele preferia se apegar aos livros, já que não tinha o menor talento para jogar futebol, basquete ou qualquer esporte que exigisse alguma habilidade física.
Era comum ver em filmes, séries e até em HQs o nerd ser representado de forma pejorativa como aquele personagem que sempre se dava mal e que era detestado por quase todo mundo por ser um tipo meio esquisito (a meu ver incompreendido, na verdade).
Ainda podemos ver esse nerd bobão de vez em quando em produções ficcionais, mas atualmente é cool ser nerd, e tem até gente que admite ser nerd e que acima de tudo quer ser nerd.
Tem séries para nerds (a meu ver Big Bang Theory é sobre nerds e não para nerds), tem personagens nerds que se dão bem (Peter Parker já viveu dias piores do que atualmente que ele faz parte da maioria dos supergrupos da Marvel), tem nerds na vida real se dando muito bem (Steve Jobs manda um alô!) e tem nerd levando muita porrada, mas ficando com a mocinha no final (o Kick Ass do filme).
A meu ver você não escolhe ser nerd. Você já nasce com aquele gene que te faz se comportar como um idiota completo sem qualquer tato social, e isso define o que você vai ser pelo resto da vida.
A grande maioria usa seus talentos cerebrais para se tornar um milionário e depois poder pisar em todos aqueles que praticaram bullyng com ele na infância, e é essa imagem que o nerd passa hoje em dia: Do cara que vai se dar melhor do que o metido à atleta que hoje está gordo, velho e barrigudo.
E aí, mulher? Você já escolheu o seu nerd hoje? Agora eles estão na moda!

Meu mundo se resumia a uma placa de 32 bits!

A geração Playstation não deve saber, mas há muito tempo numa galáxia muito distante, os jogos de videogame rodavam em placas de 32 bits (o amado Super Nintendo, por exemplo) e as pré-históricas fitas (ou cartuchos) conseguiam armazenar no máximo 2GBit (ou 256 MB). Comparando essa “capacidade absurda” de armazenamento com o que alguns videogames podem chegar atualmente, (O PS3 chega a ter um HD de 60 GB além de apresentar uma configuração com porta HDMI, conexão Wi-Fi e etc.), dá pra imaginar porque o mercado de games é o que mais cresce no mundo hoje, e porque a Microsoft praticamente abriu mão de seu velho e requentado Windows para investir em seu Xbox 360: O negócio é lucrativo, e a molecada pira com essas novidades tecnológicas, como os vindouros jogos em 3D e toda a jogabilidade alucinante que esses games trazem.
Há pouca coisa mais divertida (para nerds virgens e marmanjinhos que não pegam ninguém) do que um bom jogo de videogame, e não é difícil perceber que há um público crescente para esse tipo de entretenimento e que ele paga (e bem) para manter-se atualizado.
No meu tempo, mesmo com a qualidade gráfica defasada dos jogos e da jogabilidade durona de alguns deles, já era divertido jogar videogame, mas comparando com o que a molecada tem disponível hoje em dia, seja com jogos online para PC ou para os consoles Wii, Xbox e PS3, nós, velhos dinossauros (em especial aqueles que pararam no tempo e nunca mais seguraram um controle nas mãos desde Mortal Kombat Trilogy), não eramos tão felizes.


As madrugadas com Emanuelle...


Ah! A boa e velha sacanagem gratuita da TV.
Se você hoje, garoto punheteiro, pode simplesmente se trancar no quarto munido de muito gel e papel higiênico, ir para frente do seu computador e acessar as zilhões de páginas de sacanagem que a Internet disponibiliza e quase se perder com tantas opções, levante as mãos para o céu e agradeça! Você nasceu numa época muito boa!
Os computadores da minha época de adolescente espinhento ainda usavam internet discada, e quase ninguém tinha um PC em casa, o que nos obrigava a esperar a boa vontade da televisão para passar algum filme de conteúdo erótico... O que só acontecia de madrugada!
Era muito raro passar Instinto Selvagem, Invasão de Privacidade, Striptease (aquele da Demi Moore) ou Proposta Indecente em horário nobre, isso só mencionando filmes célebres que chegaram a ser lançados no cinema com conteúdo picante. Por isso, quando eles passavam, era quase um evento.
Filmes mais apelativos nós, jovens com hormônios pululantes, só víamos nas madrugadas (quando dava) nos chamados Cines Privés (obrigado Bandeirantes!), e mesmo assim não eram nada demais, se compararmos com os filmes disponíveis em sites de vídeos pornográficos da atualidade. Cenas de sexo ensaiadas em que nunca se mostrava algo além de seios, bunda e coxas (era um evento ainda maior quando se permitia ver as partes íntimas femininas) eram o que tínhamos de mais ousado, mas acredite, naquele tempo já dava uma aliviada na tensão de ser um jovem sem sexo real.
Se a geração antes da minha cresceu vendo as atrizes icônicas da Globo em cenas de sexo nas chamadas pornochanchadas, nós só conseguíamos ver, no máximo a Alessandra Negrini peladinha em A Engraçadinha ou a Ana Paula Arósio mostrando os peitinhos em Hilda Furacão, e tudo com muita classe e recato, o que a TV platinada sempre prima.
Se não me falha a memória, a primeira cena de sexo mais quente que vi na TV aberta em horário nobre foi no filme Instinto Selvagem, em que Michael Douglas manda ver na Sharon Stone, numa transa cheia de gemidos e urros animalescos. Eeee, lá em casa!

"Jogo X-Men"

O primeiro computador com que tive contato ainda operava no Sistema DOS, que posso resumir para os jovens de hoje como algo muito, muito velho.
Nele não haviam programas instalados, e a maioria dos aplicativos eram carregados na memória da velharia com o auxílio de disquetes, aqueles de 5 ¼ grandões e terrivelmente sensíveis.
Me lembro que não era possível fazer porra nenhuma naquele museu, exceto, claro, jogar muito Pacman (genérico) e Zaxxon, jogos que eu me amarrava e que me deixavam por horas preso diante daquela tela de fundo preto com caracteres verdes.
Ah, também dava para treinar digitação...
É.
Que tempo de merda!
O primeiro sistema operacional moderno em que coloquei as patas foi um Windows 95, e de lá para cá fui “enfrentando” cada uma das versões do Sistema e xingando muito, como todo bom usuário de Windows.
Acabei me formando técnico em informática (Não, isso não quer dizer que eu só sei consertar computador), e depois migrei para a parte da informática que mais me agradava: os softwares de design gráfico.
Embora reconheça que quem mais ganha dinheiro com informática são os nerds que programam computadores, desenvolvem sites e que são os responsáveis por tudo relacionado a softwares e jogos hoje em dia, nunca quis necessariamente saber programar, embora fosse essa visão que eu tinha desde que era um jovem padawan dessa máquina dos milagres e seus usuários malucos: de que só dava para fazer isso diante de um computador.
Hoje, parte de meu trabalho, é ensinar pessoas a manipularem desde os aplicativos básicos até os mais avançados, bem como fazê-las enxergarem que, embora às vezes pareça (e a Microsoft se esforce para essa crença se manter) o computador não é um bicho de sete cabeças.
Tá... Só um pouquinho.
Nota da vergonha:
Uma vez na época de escola, eu e meus amigos visitamos uma feira de ciências, e lá encontramos um computador. O desenho dos X-Men era febre na época, bem como o jogo lançado pela CAPCOM (que já mencionei aqui). Não sabíamos nada de informática, exceto o que víamos em filmes, então na nossa inocência, achávamos que qualquer coisa que digitássemos (em um editor de textos!!!) ele seria capaz de mostrar na tela.
Um dos nossos colegas foi lá, digitou “jogo X-Men” e, claro, nada aconteceu!!
HEHEHEHEHE!



"5 filmes por 10 Real"

Uma das coisas que mais sinto falta, e que eu fazia muito nos fins de semana, era alugar filmes nas, hoje quase extintas, vídeo-locadoras.
Você que está lendo esse post pode até estar falando agora “mas, Rodman, aqui onde eu moro ainda tem vídeo-locadora e mimimi”, mas eu não posso dizer o mesmo.
A acessibilidade de se conseguir DVDs graváveis e a ainda maior facilidade em se baixar filmes da Internet gratuitamente, mesmo aqueles que ainda estão em cartaz nos cinemas, diminuiu consideravelmente a necessidade de se buscar filmes em locadoras, o que antes, era regra, caso você fosse um aficionado por cinema ou que, no mínimo, tivesse grande interesse por eles. Antigamente eu ia muito pouco ao cinema, e mesmo que fosse todos os dias, ainda assim não teria visto todos os filmes que gostaria, o que me obrigava a ir a locadora e alugar dois ou três filmes para passar o sábado e o domingo de folga vendo. E sim, era divertido passear por entre os corredores da locadora escolhendo meticulosamente aquela película que garantiria o riso, a adrenalina ou o suspense do fim de semana.
A pirataria e os preços elevados dos filmes em DVD (hoje em dia à preço de bananas por causa do blu-ray) também colaboraram muito para a morte das locadoras de bairro, e das duas uma: Ou você começa a compactuar com a pirataria, vai ali na esquina e compra 5 filmes por “10 Real” ou vai no torrent mais próximo e baixa o mesmo em seu computador, lotando seu HD. Como bom colecionador, ainda compro meus DVDs originais nas lojas e vou estocando, até que os mesmos, num futuro próximo, se tornem sucata, assim como viraram um dia minhas fitas cassete. Aí bora colecionar Blu-ray... Até que ele também fique ultrapassado.

Sebos e HQs digitais

Eu coleciono HQs desde que ainda as chamava de gibi, e meu quarto quase já não tem mais espaço para elas.
Mensalmente eu ainda adquiro dois ou três exemplares daqueles títulos que possibilitam uma boa leitura sem que você tenha vontade de tacar fogo assim que vira a última página, e isso, em plena era dos scans digitais!Podem me chamar de antiquado, mas eu não curto ler nada no computador. Eu possuo arquivos completos em PDF de livros famosos que nunca li uma linha sequer, e HQs eu leio apenas aquelas que são indispensáveis, como um número perdido em banca ou uma edição rara que jamais consegui ler e que me causam traumas desde a infância.
Quando eu era pequeno, eu torrava a paciência da minha mãe para que ela me comprasse gibis em sebos, e duvido que houvesse criança mais feliz do que eu quando voltava com minha revistinha debaixo do braço depois da escola com o sorriso de orelha a orelha.
Me tornei um viciado em quadrinhos graças a meu irmão que comprou os primeiros exemplares que vi na vida, e desde então faço de tudo para não deixar morrer essa paixão pela nona arte. Poderia contar minha vida por cada história que já li em épocas diferentes, e nunca achei que fosse um dinheiro jogado fora (e olhe que foi um bocado de dinheiro!!), embora todo mundo que não seja fã como eu deva achar o contrário.
Assim como a pirataria vem matando as locadoras, é inegável dizer que a cultura dos scans ajudou bastante também para o começo do fim das histórias em quadrinhos impressas.
Como assim, Rodman? As HQs impressas vão acabar??”
Provavelmente, caro padawan. Isso não vai acontecer hoje, amanhã e nem ano que vem, mas em breve todos estarão acostumados a ler HQs em tablets e a necessidade de se imprimir as histórias vai começar a passar, assim como tantas outras coisas que se tornaram obsoletas da minha época para a atual.
Embora muita gente, como eu, não curta muito esse contato frio com o material desenhado, sem sentir a textura do papel, o cheiro das páginas novas e a mania de se passar minutos apreciando uma capa bem executada (acredite, eu faço tudo isso!), nós seremos voto vencido, e teremos que nos acostumar a comprar (Hehe! É ruim, hein!) HQs digitais e começar a “empilhá-las” nos HDs das tablets. Pelo menos o problema do armazenamento das revistas no quarto estará resolvido.
Melhor começar a pesquisar a melhor tablet do mercado...
Pensando bem... Melhor começar a comprar o maior número de HQs físicas possíveis. Vai que elas valerão uma nota no futuro!


O futuro está chegando, e o último a perceber é a mulher do padre!


NAMASTE!

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...