25 de junho de 2012

Top 10 - Os Maiores Vingadores


Sempre quando estreia um novo filme de algum super-herói “novato” para o grande público é fácil aparecer um bando de “fãs” dizendo que sabem tudo sobre os personagens só porque viram o tal filme.

Claro que o sucesso do filme Vingadores (a Terceira maior bilheteria de todos os tempos, tendo rendido algo em torno de US$ 1,355.2!!) vai trazer à tona um monte de entendidos “Vingadorescos”, dizendo um monte de impropérios do tipo: “O Nick Fury fundou os Vingadores”, “A Viúva Negra faz parte da formação original da equipe”, “O Gavião Arqueiro antes de entrar pro grupo era agente da SHIELD”, “O Jarvis é só uma Inteligência Artificial” e blablablabla. Os fãs mais “véios”, no entanto, sabem muito bem diferenciar o que é cânone nos quadrinhos do que não é, e isso inclui as formações dos Maiores Heróis da Terra ao longo do tempo.
Acompanho Os Vingadores desde a infância, quando suas histórias eram publicadas no Brasil na revista do Capitão América da Editora Abril, e a super-equipe liderada pelo Steve Rogers foi a primeira com a qual tive contato. Na época eu nem sabia o que era “Xis-Men” e pra mim Liga da Justiça era a mesma coisa que os Superamigos do desenho!

 Entre tantas formações diferentes ao longo desses quase 50 anos de publicação, eu destaco nesse Top 10 (+ 5 menções honrosas) aqueles personagens que, na minha opinião, são realmente os Maiores Heróis da Terra, e que formam o Dream Team dos Vingadores.
Obs.: Considero aqui apenas as formações clássicas dos Vingadores, portanto, não esperem caras como Homem Aranha, Luke Cage ou Wolverine na lista.


Simon Willians surgiu nas histórias dos Vingadores como um vilão (para variar!), e sob o comando do Barão Zemo, o herói carregado de energia iônica chegou a encarar o Poderoso Thor no mano a mano, e esculachou a terceira formação dos Vingadores, que na época já não contava com caras como Homem de Ferro, Homem Formiga e Hulk.
Sim, gente. Eu disse Hulk mesmo. Ou você não sabia que ele havia sido um membro fundador da equipe?


Ao se regenerar mais tarde (para variar) o Wonder Man, que em português, e por razões óbvias, jamais foi chamado de o “Homem Maravilha” e sim de Magnum (apesar do “W” enorme em seu peito), entrou para a equipe mais “bandida” dos Vingadores, que na época era quase toda formada por ex-vilões (Feiticeira Escarlate, Mercúrio e Gavião Arqueiro) e o Capitão América.

Não demorou para o cara começar a arrastar asa para o lado da Feiticeira Escarlate (aliás, nada bobo o malaco), mas quando seus próprios padrões mentais foram transferidos para o sintozoide Visão, criação máxima do vilão Ultron, o cara perdeu a vaga de conquistador para o robô de pele bronzeada.


Magnum passou o resto da vida nos Vingadores arrotando vantagens que havia derrotado o Thor em batalha, e na fase escrita por John Byrne ele era considerado um dos membros mais poderosos de todos, ao lado do Homem de Ferro e do próprio Thor.


Depois de morrer, ressuscitar, morrer de novo e ressuscitar de novo, atualmente Magnum pode ser visto de volta as suas origens vilanescas, e ele resolveu atacar os Vingadores recém-formados após o Reinado Sombrio, por acreditar que a causa dos males de tudo que aconteceu à comunidade heroica nos últimos anos (Guerra Secreta, Guerra Civil, Invasão Secreta e Reinado Sombrio) é culpa dos Vingadores.


Ele já foi o Homem Formiga, o Gigante, o Jaqueta Amarela e por um tempo usou um macacão vermelho se intitulando apenas de Hank Pym (uuii! Que medo!), mas pouca gente se lembra que, em meio essa crise de identidade eterna, o criador das partículas Pym, que permitem que um indivíduo diminua ou aumente de tamanho, foi um dos membros fundadores dos Vingadores, figurando ao lado de Homem de Ferro, Hulk, Thor e da esposa Vespa na primeira formação dos Maiores Heróis da Terra.


Se mesmo assim você não o considera grande coisa, tudo bem. Eu te dou razão, afinal, um sujeito que tem uma crise de inferioridade e que bate na esposa por se achar um merda, não pode ser considerado um bom exemplo de herói modelo.


De volta a seu equilíbrio mental, no entanto, Pym é com certeza um dos membros mais valorosos dos Vingadores, servindo como a mente brilhante da equipe na ausência de Tony Stark e do Fera.


Em Guerra Civil, sua versão “evil” se aliou as mentes de Tony Stark e Reed Richards à favor da Lei de Registro Super-Humano e ajudou o Sr. Fantástico a projetar a prisão da Zona Negativa para super-vilões de alta periculosidade, ideia, na minha opinião, genial. Já pensou mandar todos os bandidões para uma outra dimensão e ainda trancafiá-los lá?

O cara teria que ser muito ninja pra escapar de uma bagaça dessas!


Tá, gente.

Eu confesso que resisti ao pensar em colocar o senhor Clint Barton na lista dos maiores Vingadores de todos os tempos, mas embora ele seja apenas um arqueiro em meio a caras que podem dobrar barras de aço com as mãos, que soltam trovões por martelos, que se desmaterializam no ar e que evocam encantamentos que distorcem a realidade, não dá pra negar que ele é sim um dos membros mais importantes do grupo, em especial por seu espírito guerreiro.


Exceto as duas primeiras formações, o Gavião esteve presente em praticamente TODAS as demais formações dos Vingadores, e seu lado encrenqueiro e mulherengo acabou conquistando os leitores, o tornando um dos frequentadores da Mansão dos Vingadores mais carismáticos de todos.
Quem não vibrava cada vez que ele desacatava as ordens do Capitão América ou ficava de birra só por agir como um pela-saco? E quem aí não torceu por ele contra o Agente Americano, mesmo sabendo que o arqueiro não tinha a menor chance de vencer o herói anabolizado em um confronto mano a mano?


Todo mundo sabe que ele é um merda em meio a deuses, mas ele é um dos merdas mais queridos do grupo, e antes do Homem Aranha entrar para a equipe, era ele o piadista e cara que servia de alívio cômico nas histórias, além de só perder para o Wolverine no quesito “comedor”. Barton já passou o rodo em quase metade do elenco feminino da Marvel: Harpia, Vespa, Feiticeira Escarlate, Mulher Hulk, Viúva Negra, Felina são algumas de suas conquistas, e atualmente anda dando uns pegas na Mulher Aranha.


Isso que é um sujeito, digamos assim, persuasivo!  Só por suas conquistas amorosas o cara merece nosso respeito.


Ela é pequena, possui ferrões energéticos que usa como armas, era uma socialite antes de se tornar vingadora, teve parte de seus padrões cerebrais absorvidos por Ultron para que ele desse vida à sua esposa robótica Jocasta, troca mais de uniforme do que o Homem de Ferro troca de armadura, já foi líder do grupo e é uma das mais respeitáveis vingadoras de todos os tempos. Estou falando da incrível Vespa!


Janet Van Dyne esteve em praticamente todas as formações dos Vingadores e tem o histórico parecido com o do ex-marido Hank Pym por ser subestimada devido sua estatura.

Embora ela fosse vista como a “Sininho” entre os heróis, Jan sempre demonstrou grande presença de equipe, servindo como uma das mais leais ajudantes do grupo.
Nas batalhas, ela sempre surgia como o efeito surpresa, batendo no olho ou entrando no ouvido dos inimigos (tá, isso foi ridículo!), mas nas reuniões da equipe, com o passar do tempo ela começou a assumir ares de comando, sendo agraciada pela liderança da patota na fase desenhada por John Buscema (o irmão talentoso do Sal).
 

Em uma de suas últimas aventuras como vingadora, ela voltou a encarar uma versão metálica de si mesma, a encarnação feminina do Ultron, robô criado por seu ex-marido e um dos principais inimigos dos Vingadores.


Atualmente Jan se encontra sob sete palmos, e, por favor, respeitem um minuto de silêncio... Até que ela volte da tumba, claro.


Há quem torça o nariz para a personagem Miss Marvel, porém eu particularmente sempre a achei incrível, e se eu fosse o Nick Fury do filme e pudesse escolher meus Vingadores para uma batalha, certamente escolheria Carol Danvers para encabeçar minhas fileiras de ataque.


As células de Carol são carregadas por uma energia Kree (a raça alienígena do Capitão Marvel) com a qual seu corpo fora bombardeado no passado, e com isso ela é capaz de gerar rajadas de força, repelir objetos e absorver todo tipo de energia. Além disso, a moça possui super-força e poder de voo, e é versada em técnicas de combate corpo a corpo e estratégia militar. Aliás, foi por ser uma militar que ela acabou se envolvendo no acidente que lhe concedeu seus poderes.


Apesar dessa gama imensa de poderes, poucas vezes vi os roteiristas explorando suas habilidades de modo que dessem a Miss Marvel o status da heroína mais poderosa da Marvel, o que a meu ver, seria muito justo. Em Marvel Avengers Alliance, estou muito satisfeito de tê-la em meu time de ataque, e de todos que adquiri no jogo, ela é uma das mais poderosas. E olhe que meu time tem o Homem de Ferro e a Mulher Hulk!


Ok. Acabei de falar que a Miss Marvel deveria receber o status de heroína mais poderosa da Marvel por causa de suas incríveis habilidades, mas isso só é válido agora que a Feiticeira Escarlate está aposentada, depois de extirpar metade dos mutantes do mundo e de pirar feio na batatinha, causando a dissolução dos Vingadores, após uma crise brava de TPM.

Wanda Maximoff sempre fora a heroína mais presente dos Vingadores, e se na Liga da Justiça essa presença feminina é destacada pela Mulher Maravilha, nos Vingadores com certeza essa vaga é da Feitoca Vermelha.


Bastou ela pirar para que todo mundo no universo Marvel, incluindo os fodões como Dr. Estranho, Professor Xavier e Magneto começassem a temer por suas vidas, sabendo o poder incomensurável que a mulher controlava (e que vamos ser sinceros, nem a gente sabia que era tão grande!). Tal demonstração de poder, até então, só havia sido mostrado em pequena escala no crossover dos Vingadores com a Liga da Justiça, onde Wanda é responsável pelos principais momentos dos heróis da Marvel contra os bam-bam-bans da DC.

Usar uma das maiores heroínas do Universo Marvel como a grande vilã por trás de A Queda foi uma ideia de gênio, e uma das maneiras mais bacanas de homenagear todos aqueles anos de publicação de Vingadores.
Qual foi a causa da crise de Wanda?


Oras, seus melhores amigos deixaram que ela se afundasse psicologicamente num lamaçal do qual ela nunca poderia sair sozinha. Ela teve filhos “imaginários” conjurados por ela mesma, casou-se com um androide, fora torturada anos e anos por ser a filha de um dos maiores terroristas da história, sempre estivera sob a sombra do mal de Magneto e acima de tudo ela possuía o dom de manipular a realidade a seu redor.

 A mente de Wanda era frágil demais para que ela conseguisse conter tanto poder, e quando ela fraquejou, muitos pagaram com a vida por tantos anos de tortura mental que ela sofreu mesmo que indiretamente. Que o digam o Valete de Copas, o Homem Formiga Scott Lang, o Gavião Arqueiro e o próprio Visão!


É uma pena que a personagem acabou desaparecendo após os acontecimentos da Dinastia M (a realidade alternativa criada pela mente de Wanda), mas também, se ela retornasse aos Vingadores depois de tudo que fizera, seria o maior caso de adoção de vilão da história do grupo! Quem seria o próximo a integrar os Vingadores depois? O Thanos? O Mephisto?


Nos primórdios de sua criação, os roteiristas diziam que o androide Visão havia sido construído a partir do corpo do Tocha Humana original, que havia sido desativado nos badalados anos quarenta, pouco depois da Segunda Guerra.

Ultron, o modelo de vida artificial criado por Hank Pym, queria mostrar a seu “pai” que ele também era capaz de desenvolver a vida, e criou o Visão, com seus poderes de controle sobre a massa corpórea, com o intuito de destruir Pym e os Vingadores.

Visão surgiu como vilão (pra variar!) nas histórias dos Vingadores, e se não fosse a intervenção dos membros originais da equipe, o androide teria pisoteado e sambado em cima dos heróis mais poderosos da Terra... Grupo que na época, sejamos sinceros, não tinha nenhum membro que fizesse jus a alcunha. Dizer que Mercúrio, Feiticeira Escarlate (que mal conseguia controlar seus dons na época) e o Gavião Arqueiro são os maiores heróis da Terra é querer superestimar demais esses três.


Por possuir os padrões mentais de Simon Willians, o Homem Maravilha (BWAHAHA-HAHAHA!), o androide arrependeu-se de seus atos, e para não contrariar o histórico da equipe que costuma aceitar ex-vilões em suas formações, o Capitão América o aceitou como um membro do grupo.


Volta e meia a partir daí, o Ultron voltava para atazanar a vida do Visão e do Hank Pym, e só então o herói robótico começou a provar sua força de caráter, evitando que seu “pai” destruísse seus novos amigos.  

Com seu jeitão frio e imparcial, o Visão foi durante anos, um dos personagens mais interessantes a morar na Mansão de Tony Stark. Além de suas capacidades físicas de se tornar intangível (quando eu era pequeno eu achava que ele ficava invisível!), de tornar sua estrutura corpórea mais dura que o diamante para nocautear seus adversários, da super-força e dos raios solares que ele podia emitir pela joia encrustada em sua testa ou através dos olhos, o androide possuía um cérebro computadorizado, o que o fazia raciocinar mais rápido até mesmo que o membro mais estrategista da equipe, o Capitão América.


Quando algum super-vilão nocauteava o Visão, já dava aquele cagaço, porque se alguém era capaz de derrotá-lo, era indicação de que os Vingadores estavam encrencados!
Depois do Capitão América, do Homem de Ferro e do Thor, sempre achei o Visão o membro mais importante dos Vingadores, e queria muito que ele já aparecesse logo de cara no filme dos personagens. Quem sabe no segundo ou no terceiro filme ele surja interpretado pelo Keanu Reeves, pelo Brandon Routh ou qualquer um desses atores que parecem bonecos animados!

A definição de fodacidade do Visão para mim foi quando ele acabou com o Conde Nefária (na fase Byrne) subindo a uma altura impensável e caindo como uma bigorna na cabeça do vilão, apagando-o e decretando uma das vitórias mais suadas da carreira dos Vingadores.


Atualmente o personagem foi reprogramado após ser destruído pela Mulher Hulk em A Queda, e encontra-se como um robô adolescente (que merda!) ajudando os Jovens Vingadores.


Devo confessar que eu detestava as histórias do Thor que eram publicadas nas edições de Heróis da TV pela Editora Abril. Eu não sei se era a linguagem rebuscada que me incomodava (Vós sois, tu éreis...), se eram os desenhos ou se eram os personagens de Asgard, mas algo fazia com que eu não me interessasse pelas aventuras do filho de Odin. Se bobear tem material do personagem lá em casa que eu nunca li nas revistas antigas!


Porém, no entanto, todavia, eu curtia e muito quando o Deus do Trovão surgia para salvar a pátria nos momentos em que a coisa estava feia para os Vingadores, e toda aquela superioridade que o personagem nos passava, causava aquela sensação de “agora você vai ver só, seu vilão feio e bobo” comum de quando você é criança.


O Thor era o cara da decisão. Os inimigos tremiam quando ouviam um trovão ao longe, e não tinha um que não dava aquela amarelada quando o loirão surgia triunfante arremessando seu Mjolnir no peito do fascínora e bradando “Tu éreis um vassalo de Surtur, criatura batráquia e helps!”. Bons tempos.

A amizade entre o filho de Odin, Steve Rogers e Tony Stark era uma das características mais significativas no super-grupo. Os três eram vistos como a Trindade fundamental dos heróis Marvel, e quando a equipe tinha os três juntos não tinha Kree, Skrull, Kryptoniano, Marciano ou Vulcano que podia superá-la.


A abordagem de J.M Straczynski (saúde!) para o parrudão tornou a mitologia do personagem bem interessante, e consegui aceitar muito melhor o personagem e seu universo durante e após a fase Ragnarok.

A surra que ele aplica no Homem de Ferro logo que retorna para a Terra e que descobre que o milionário usou de seu código genético para cloná-lo, é um dos marcos dessa nova fase. Eu consigo ouvir os trovões daqui.


Até o 11 de Setembro de 2001, e a retaliação de George W. Bush no Afeganistão aos ataques terroristas infligidos pelo grupo Al Qaeda à nação estado-unidense, e a ojeriza que tal ato causou no restante da população mundial aos americanos, devo admitir publicamente e jurar (estou com a mão sobre a Bíblia nesse momento) que nunca tinha visto o Capitão América com a visão que muitos leitores tinham e ainda têm dele: A bandeira americana ambulante.

Ok. O cara veste a bandeira, volta e meia está posando ao lado da bendita, tem América no nome e muitas vezes fora usado como o símbolo do American Way of Life (hoje, conceito obsoleto), mas em minha cabeça juvenil, aquele era apenas mais um herói entre tantos, cujo conceito único que me passava era que ele estava agindo pelo bem de todos e salvando pessoas.


Tal qual Batman, Superman e Homem Aranha, o Capitão é um dos meus heróis de infância. Suas aventuras estão entre as primeiras com o qual tive contato, e aprendi desde pequeno a admirá-lo por isso e apenas por isso. Se ele veste azul, roxo ou verde, sempre me foi indiferente, e eu sempre o vi como o líder dos Vingadores.

Eu já defendi esse ponto de vista aqui antes, portanto não vou me alongar mais além desses três parágrafos iniciais!
Vamos a algumas considerações:

O Capitão América é um dos personagens com menor nível de poder dos Vingadores?

Comparado a Thor, Homem de Ferro e Magnum? Sim, com certeza.

Em missões espaciais ou contra caras gigantes como o Terminus e o Galactus ele é tão eficaz quanto uma gota d’água? É.

Mas e daí?


O mais importante no Capitão não é o fato dele conseguir ou não derrubar uma parede com um soco, e sim seu espírito de liderança e ar de comando, que faz com que todos sigam suas ordens no campo de batalha sem questionar (bem, quase todos!). O Capitão é capaz de coordenar o grupo de modo a utilizar ao máximo a capacidade de cada um visando seu objetivo, e essa com certeza é uma das características mais marcantes no personagem.

Gostei muito da atitude de Rogers quando ele questionou as razões pelo qual a SHIELD e o governo queriam que a Lei de Registro Super-Humano fosse instituída na comunidade heroica e se rebelou, mas sempre me chamou mais a atenção a coragem do personagem, que enfrenta o adversário não importando a força que ele possui.


Em Desafio Infinito o cara vai pra cima do Thanos que na época estava munido da Manopla do Infinito (e que transformou os ossos do Wolverine em borracha!), quando sua posição de liderança começa a ser questionada, ele desafia o Homem de Ferro na sala de reuniões dos Vingadores, dizendo que “já arrebentou vários canalhas de armadura” e em Liga da Justiça X Vingadores ele peita ninguém mais ninguém menos que o Superman!


Você pode chamar essas atitudes de burrice, mas eu vejo como uma coragem fora dos padrões normais, e uma vontade de defender seu ponto de vista de maneira inigualável, não importando o quão grande é a força opositora.

Desculpem, mas o Capitão América é foda!


Tony Stark não é apenas o financiador dos Vingadores, o cara que nos primórdios das aventuras dos Maiores Heróis da Terra fingia ser apenas o guarda-costas de si mesmo para manter secreta sua dupla identidade. Sem sua prodigiosa armadura, que é o revestimento metálico mais caro que o dinheiro pode pagar, Stark é “um filantropo, playboy, e gênio” nas palavras de Robert Downey Jr. no filme dos Vingadores, mas vestido com ela, o cara se torna um dos super-heróis mais fenomenais da Marvel, e personagem que, assim como os demais Vingadores, eu sou ligado desde moleque.

Como já disse antes aqui, meu irmão colecionava gibis muito antes de mim, e ele sempre fora fascinado pelo Hulk, tendo o Homem de Ferro como o seu segundo herói preferido. A primeira vez que vi o Homem de Ferro em sua terceira armadura (aquela mais famosa, dos discos nas laterais dos quadris) ele estava encarando o Dr. Destino, na capa da célebre Grandes Heróis Marvel nº11.


Sempre achei fantástico o conceito do personagem ser um cara invencível dentro de sua armadura, mas padecer de um mal que, se ele não a usasse, podia matá-lo. Desde o início já achava o design do personagem um dos melhores entre todos os heróis, seja Marvel ou DC, e sua armadura vermelha e dourada era tão icônica, que até hoje, quando por um motivo ou outro ela volta a aparecer nas histórias, parece um bom motivo para comemorar.

Claro que com o tempo, alguns roteiristas começaram a incorporar alguns conceitos de Inspetor Bugiganga no latinha, e alguns gadgets toscos como os patins nas botas e a lanterna no peito passaram a fazer parte de sua armadura.
Quando alguém destruía a armadura do Homem de Ferro parcialmente ou completamente chegava a doer no coração, tal qual a cena em De Volta para o Futuro 3 em que o DeLorean é feito em pedaços por um trem. O Hulk mesmo adorava arrancar-lhe os pedaços!


Nos Vingadores, fingindo ser o guarda-costas de Tony Stark, o Vingador Dourado era o membro mais poderoso na ausência do Thor, e era o primeiro que os vilões tentavam neutralizar, na tentativa de terem alguma chance de vencer os heróis. O Conde Nefária mesmo admite que se quisesse vencer os Vingadores primeiro teria que destruir o Homem de Ferro e roubar o Mjolnir do Thor.

Outra que usa dessa estratégia é a Mística, quando ao lado da “filha” Vampira ela se metamorfoseia de Janet Van Dyne para enganar Tony e ativa um inibidor que trava sua armadura, deixando-o indefeso antes de acabar com os demais Vingadores. Essa história, aliás, é fantástica.
Pra começar, não haveria Vingadores se não fosse Tony Stark e sua herança milionária. O cara financiou todas as regalias dos heróis desde o princípio (a mansão original onde os heróis moravam era de sua família), os jatos da equipe eram projetos dele, e todos os laboratórios onde Hank McCoy e Hank Pym brincavam de cientistas malucos eram bancados e equipados por ele.


Aqui no Brasil, o único bilionário que teria cacife para bancar uma equipe de super-heróis seria o Ike Batista!
Pensamento tosco do dia: Ike Batista voando por aí em uma armadura milionária...

Bom, propensão a extravagâncias ele já tem, afinal seu filho se chama Thor!!

Hoje em dia não há quem não reconheça o personagem devido a encarnação perfeita de Robert Downey Jr. no cinema, mas antes do primeiro filme, poucas pessoas (tirando os nerds, claro) sequer sabiam quem se escondia atrás daquele capacete reluzente. É bacana que as pessoas conheçam hoje, um personagem do qual já sou fã há mais de vinte anos, mas é bom saber que o Homem de Ferro dos quadrinhos não é o Downey Jr. e que sim, ele foi e é um dos personagens mais fantásticos que o titio Stan “the man” Lee já criou.


Magnum, Homem Formiga, Vespa, Gavião Arqueiro, Miss Marvel, Feiticeira Escarlate, Visão, Thor, Capitão América e Homem de Ferro. Com uma equipe como essas, pode vir “Xis-Men”, Não Liga pra Justiça, Esquadrão Supremo ou os Mercenários do Stallone que não tem pra ninguém. É Avante Vingadores e o pau quebrando.

NAMASTE!   

20 de junho de 2012

O pé que esmaga a serpente

Conheci os textos de Edgar Allan Poe há alguns anos, quando uma citação de um de seus contos mais famosos, O Corvo, apareceu no filme homônimo estrelado por Brandon Lee, o filho de Bruce Lee no longínquo ano de 1994.
Apesar da confusão que isto causa em algumas pessoas, o filme dirigido por Alex Projas e que ficou mais conhecido por ter sido o último da carreira do jovem Brandon (que morreu baleado nas filmagens), não tem nada a ver com o conto de Allan Poe, exceto a tal passagem declamada pelo personagem de Brandon, Eric Draven, um guitarrista que é brutalmente assassinado com a noiva no Dia das Bruxas.  
Recebi na faculdade a dura tarefa de "continuar" outro dos textos mais expressivos de Edgar Allan Poe, "O Barril de Amontillado", criando um texto narrativo que contasse o que teria acontecido após os fatos descritos pelo próprio Poe.
Ousado, não?
Pois eu encarei o desafio, e o conto a seguir, narra o que aconteceu logo após o ponto onde o escritor inglês encerrou sua história.

Para melhor compreendimento, é recomendado ler o conto original linkado abaixo:



Montresor raramente era visto à luz do dia. Quando o fazia, se assemelhava a uma gárgula cinzenta se arrastando de dentro de seu palácio com a capa negra arfando pesadamente e a bengala de adorno de rubi encrustado no cabo a bater no solo. A vizinhança o via como um velho tolo de hábitos rudes cuja família, esposa e filha, haviam-no abandonado. Parecia não possuir nenhuma estima por qualquer pessoa viva, olhava-as com extrema arrogância, mas durante suas raras rondas por Londres era visto sempre a caminho do cemitério onde visitava o túmulo dos pais, aparentemente sua única ligação com aquele mundo.
Num certo dia chuvoso de Julho, Montresor pediu que seu chofer estacionasse a charrete puxada por dois belos cavalos negros diante de uma casa suntuosa próxima a Baker Street. Sem nada dizer, ele permaneceu por duas intermináveis horas a observar as moradoras. Guinevere era ruiva, na casa dos trinta anos, a pele salpicada de sardas e dona de belíssimos olhos cor-de-mel. Estava prostrada sobre a cama da filha Sophie contando-lhe um conto de James M. Barrie, e por um instante Montresor pode ver seu rostinho. Tinha as feições do pai. O peito encheu-se de amargura.

As visitas soturnas a Guinevere e Sophie eram dolorosas, e Montresor sentia-se melhor entre os mortos. “Há quanto tempo dura essa angústia, velho? Cinquenta anos? Mais?”, indagava-se ele, incapaz de descobrir as próprias razões de sua inquietude. Via-se dia após dia como a definhar, sem saber ao certo o que o afligia, quando numa tarde nebulosa a resposta pareceu surgir-lhe como um solavanco.
Voltava do cemitério quando um envelope escarlate preso ao portão o sobressaltou. “Uma correspondência?”. Com as mãos trêmulas da velhice que o assolava, Montresor apanhou o envelope e meteu-se biblioteca adentro. O abridor de cartas oscilou e enfim a abriu. Os dizeres em letras muito bem caligrafadas lhe causaram um sobressalto, e então todo um passado muito bem enterrado em uma cave voltou-lhe à tona. Depois de tantos anos, vários malditos anos, alguém resolvera assombrá-lo.

No dia seguinte, após uma noite insone, Montresor arrastou-se até uma espigada igreja em estilo gótico que de destacava em meio à metrópole sombria. Há muito que havia esquecido aquele caminho do qual preferia não voltar a trilhar, mas aquela lhe parecia uma ótima oportunidade de reatar seus laços com o maldito Deus que o via morrer em vida sem nada fazer.
- Padre, perdoe-me, pois eu pequei.
De trás do confessionário o Padre Clarkson espantou-se em ouvir aquela voz grave uma vez mais.
- Montresor? Que bons ventos o trazem à casa de Deus depois de tanto tempo?
- Acho que Deus não tem muito a ver com os motivos que me trouxeram até aqui, Padre.
- Deus está presente em todas as coisas, Montresor, quer acredite ou não.
Houve uma pausa, então o Padre prosseguiu:
- O que o aflige a ponto de tirá-lo de sua casa, homem? Soube que não tem saído muito
à luz do dia já há alguns anos, exceto para visitar o túmulo dos pais.
Ouviu-se uma espécie de rosnado, então a voz rouca soou no confessionário.
- Meus pais me fazem lembrar de uma época mais próspera para minha família. Uma época onde o poder significava tudo.
- Você ainda é um homem abastado economicamente. O que o traz aqui não é a falta de riquezas.
- De certo que não. Ainda possuo meio de comprar metade dessa cidade decadente!
- Imagino que sim. Lembre-se, no entanto, que é mais fácil um camelo...
- O velho ditado que ricos não vão para o céu, Padre? Este é velho. Já me contaram pelo menos umas três vezes antes. Não estou aqui para ouvir ditados e ladainhas. Preciso confessar-lhe algo.
- Estou ouvindo.
O velho Padre ajeitou os óculos circulares sobre o nariz adunco e então começou a ouvi-lo. Montresor falou de um envelope escarlate, da caligrafia refinada no interior da carta e de repente estava mergulhado no passado. O salão carnavalesco, o bufão e a isca do barril de amontillado. O tom ficava cada vez mais sombrio à medida que Montresor e Fortunato desciam o porão rumo a cave. E então o ápice da confissão.

- Cometeu o pecado mortal, Montresor?
- Sim, Padre. Durante esses longos cinquenta anos não me arrependi um dia sequer. Faria tudo de novo, sem culpa. Até essa manhã. Até o envelope escarlate.
- Mas por que, em nome de Deus, cometeu esse crime? Ele não era seu amigo?
- Fortunato era um biltre. Um verme a ser eliminado. Seu erro fora ousar ofender o nome de minha sagrada família. Mereceu morrer naquela gruta escura.
Na sombra do confessionário, Clarkson parecia incrédulo.
- Quem o teria descoberto depois de todos esses anos?
- Não tenho ideia.
- Está aqui para mais do que se confessar, Montresor. Está querendo o perdão.
- Deus irá me perdoar, Padre?
- Deus talvez, Montresor, mas não eu.
Houve novo silêncio. O velho procurou balbuciar algo, mas as palavras escaparam-lhe.
- Havia uma assinatura na carta, não havia?
- Como eu disse, Padre. Apenas uma letra “c” manchada de vermelho...
De repente um instante de dúvida na mente de Montresor.
- Na noite em que levou Fortunato até o palácio eu estava presente no baile de carnaval. Observei-os conversando depois os segui. Acompanhei o momento que entraram juntos e metaforicamente aguardo meu irmão sair de lá desde então.
Novo sobressalto.
- Irmão? Que temeridade é essa, Padre?
- Sim. Fortunato era meu irmão de criação. Viera para Londres ainda infante. O mais querido da família. Esperei que minhas suspeitas estivessem erradas até o fim, mas você mostrou-se o ser vil do qual eu desconfiava desde sempre. Você, o homem que esperei que confessasse seu crime e que nunca o fez espontaneamente, como o covarde que é. Em desespero, qual não foi sua primeira reação ante uma carta que o incrimina? Procurar por Deus.
O ar faltava nos pulmões de Montresor. Depois de tanto tempo ele havia sido pego e tendo ele próprio confessado o crime, não havia o que fazer. O rubi encrustado no cabo da bengala antecedeu o peso de seu próprio corpo ao chocar-se no chão da sacristia. Clarkson olhou-o com desprezo, estirado, a procurar pelo ar que lhe fugia, e por um momento ele sentiu-se como um pé bruto a esmagar uma serpente venenosa. Em seguida tudo que restou foi o silêncio.
Rodrigo Lourenço





Quem é o maior herói da Marvel?


Há alguns meses publiquei no Blog do Rodman uma pesquisa para descobrir, dentro do público que acessa o site, qual era o filme mais esperado de 2012, entre Batman Dark Knight Rises, O Espetacular Homem Aranha, O Hobbit e Os Vingadores, e o resultado foi favorável aos Maiores Heróis da Terra.
Para alguns, não foi nenhuma surpresa, até porque, o filme dos Vingadores, dentre os concorrentes, era aquele que mais tinha cheiro de novidade, uma vez que tanto Batman quanto Homem Aranha já eram figurinhas carimbadas no cinema e o Hobbit era visto como uma sequência direta da trilogia do anel de Peter Jackson.
Pois bem. Passado o hype do filme dos Vingadores e praticamente às vésperas da estreia do filme do Cabeça de Teia, decidi desta vez, perguntar aos leitores quem é o maior herói da Marvel na atualidade, até para ver o quanto o cinema e outras mídias televisivas influenciam no resultado dessas pesquisas.
70 leitores se pronunciaram e o maior herói Marvel da atualidade é:



Com 33% dos votos, o Vingador Dourado é o preferido do público da última semana, desbancando pesos pesados de popularidade como Homem Aranha (27%) e Wolverine (24%), que vencia a disputa com folga nas primeiras semanas em que a enquete foi lançada. O Sentinela da Liberdade mostrou que ainda é visto como uma bandeira ambulante que não desperta tanto interesse na molecada e ficou na lanterninha, com apenas 14% dos votos.


O resultado dessa pesquisa reflete bastante que a popularidade dos super-heróis condiz com sua exposição atual na mídia, e atualmente, apesar de o Capitão América estar no mesmo filme em que o Homem de Ferro estrela nos cinemas, Tony Stark e todo seu carisma é o cara da vez para o público geral.
É engraçado notar que na Marvel sempre tem alguém diferente no topo da preferência do público, enquanto que na Distinta Concorrente, o Batman ocupa essa posição quase que sem concorrência há décadas.


Na década de 80 e até a metade dos anos 90, o Homem Aranha era o personagem mais importante da Marvel, sendo referenciado sempre como o símbolo da editora do Tio Stan Lee, deixando caras como o Hulk, e os até então desconhecidos Vingadores em segundo plano (notem que aqui estou me referindo ao público geral e não a leitores habituais). Com a explosão dos títulos dos X-Men nos anos 90, os desenhos de Jim Lee, a animação dos mutantes para a TV e os roteiros de Chris Claremont, o Wolverine começou a ganhar notoriedade, até se tornar o maior produto de vendas da Casa das Ideias. O heroi com garras de adamantium tornou-se na década seguinte o principal personagem da editora, e os efeitos disso refletem até hoje nas vendagens da Marvel. Ele não só faz parte de praticamente todas as equipes de super-heróis como também estampa a maioria das capas das demais edições, sempre fazendo participações especiais em revistas com menor vendagem, ajudando a alavancá-las.
Hoje, quando falamos em popularidade, no entanto, a imagem do Homem de Ferro vem em primeiro lugar, o que é compreensível, uma vez que o personagem teve dois filmes de relativo sucesso, ganhou ainda maior relevância nas próprias histórias em quadrinhos ajudando a arquitetar a Guerra Civil, sendo o responsável indireto pela Invasão Skrull, chegando para resolver O Cerco e ainda sendo representado pelo excelente Robert Downey Jr. nas telonas. 
Que essa rotatividade de personagens populares permaneça assim na Marvel, e que nomes como Demolidor, Luke Cage e Doutor Estranho um dia também tenham seu lugar ao sol como líderes de vendagens e de acalanto popular.

NAMASTE!   

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