30 de abril de 2015

Review - Wayne de Gotham


Lançado em 2012, Wayne de Gotham surgiu na pegada dos games de sucesso do Homem Morcego (a série “Arkham”), e apesar de beber principalmente da fonte de onde ele nasceu, os quadrinhos, Tracy Hickman, o escritor, usa muitos elementos visuais dos jogos, em especial a tecnologia utilizada pelo Batman. Leitores de quadrinhos já estão acostumados com os chamados “Elseworlds” que nos apresentam realidades alternativas onde nossos heróis vivem, e Wayne de Gotham pode ser considerado um “Túnel do Tempo”, em especial pelo desfecho da história que foge da realidade com a qual estamos acostumados.

Quando estranhos crimes envolvendo uma carta contendo um resíduo químico que induz quem entra em contato com ela a ter reações pouco convencionais começam a assolar Gotham, o Batman é obrigado a entrar numa investigação que o leva ao passado de sua família. Quanto mais ele procura, mais os indícios o levam ao momento mais doloroso de sua vida: O Assassinato de Thomas e Martha Wayne.

Enquanto o Batman investiga o caso no presente, somos levados através de flashbacks, até o passado da década de 50, onde o jovem Thomas Wayne sofre com os métodos rudes de educação de seu pai, o velho Patrick Wayne. Disposto a transformá-lo num HOMEM nem que seja na marra, o avô de Bruce Wayne utiliza até mesmo de terror psicológico, o obrigando a manejar armas de fogo e atirar contra alvos móveis. A contragosto do velho, Thomas se forma em medicina e passa a exercer sua função, enquanto esconde uma paixão secreta por sua amiga de infância e vizinha, Martha Kane. Martha tem hábitos autodestrutivos e um gosto peculiar para homens, o que a mantem longe do pouco corajoso Thomas, que encara uma friendzone sofrida, acompanhando Martha as festas e a vendo se embebedar e dar mole para os caras mais cretinos da cidade. Hickman descreve um período da vida dos Wayne pouco explorado anteriormente, e por quase todas as páginas do livro vemos Thomas e Martha apenas como amigos, mesmo sabendo que ambos sãos os pais de Bruce.

Durante sua investigação, Bruce Wayne começa a descobrir que tudo que sabia sobre seus pais e até mesmo sobre seu fiel mordomo Alfred não era o que ele imaginava, o que o leva a uma cruzada solitária até as provas de que seu pai pode ter sido o responsável por toda a loucura que sempre esteve presente em Gotham. Quando uma mulher chamada Amanda Richter surge de forma misteriosa no jardim da mansão Wayne, Bruce forja uma identidade (Gerald Grayson) para abordá-la, e é aí que sua vida começa a virar do avesso. O suposto pai de Amanda, um renomado cientista, possuía ligações no passado com Thomas Wayne, e os segredos guardados dessa relação causam uma ruptura entre Bruce e Alfred, já que o mordomo escondia tais informações dele o tempo todo, sabendo o quão graves seriam seus efeitos sobre Bruce.

Enquanto procura descobrir o que Richter e Thomas Wayne faziam no Asilo Arkham na década de 50, o que isso tem a ver com o surgimento de tantos malucos homicidas em Gotham e em especial o porquê isso levou seus pais a serem assassinados, o Batman acaba reencontrando pelo caminho alguns de seus velhos inimigos, incluindo a Arlequina e o Coringa, que parecem estar ligados a grande trama que o envolve. Quem seria o grande mentor por trás de toda essa intrincada trama? A resposta surge de forma surpreendente nas páginas finais do livro.

Wayne de Gotham é uma viagem espetacular ao passado da família Wayne, e o texto é tão fluído que nos deixa curiosos o tempo todo para saber qual é o mistério que envolve a vida e a morte dos pais do Batman. Ao mesmo tempo que acrescenta novos elementos a história que nós pensávamos que já conhecíamos sobre os Wayne, de maneira nenhuma isso interfere no presente do personagem dos quadrinhos, funcionando como um retcon perfeito. O Batman no presente, no entanto, já está na ativa há bastante tempo, e não são raras as vezes que em suas descrições o personagem se diz “velho” e “cansado” para certos esforços físicos. É como se estivéssemos acompanhando as aventuras do Bruce Wayne do Cavaleiro das Trevas (de Frank Miller) com a tecnologia do Batman Beyond, o desenho animado que mostrava as aventuras de um jovem Batman comandado pelo velho (e ranzinza) Bruce Wayne. A bat-roupa funciona mais como uma armadura dotada de vários equipamentos como aumento de força, sonar e visão periférica computadorizada, e o traje comanda diretamente o Batmóvel, algo bem próximo do que vemos nos games do Homem Morcego criados pela Rocksteady.

Apesar de possuir capítulos muito instigantes e interessantes de um modo geral, algumas descrições das cenas de ação do Batman são muito confusas, o que acaba deixando o leitor perdido na narração. O Batman do livro se pauta tanto pelo uso da tecnologia, que as vezes não conseguimos acompanhar o que realmente ele está fazendo, como e por que, e isso faz com que o livro, que foi traduzido por Alexandre Martins, perca pontos importantes num dos detalhes específicos do Batman, que é sua perícia física. Não dá pra saber se o texto de Hickman é que se torna confuso quando ele tenta explicar as cenas de ação ou se algo se perdeu na tradução, mas esse ponto incomoda bastante. Seja como for, o livro vale a pena para quem é fã do Homem Morcego e para quem acha que já sabe tudo sobre o passado da família mais tradicional de Gotham. Você irá se surpreender.

Wayne de Gotham foi publicado pela editora Fantasy Casa da Palavra e pode ser encontrado nas principais livrarias por algo em torno de R$ 30,00.


NAMASTE! 

28 de abril de 2015

Review - Vingadores 2 – Era de Ultron


Os filmes da Marvel atingiram um patamar qualitativo tão incrível nos últimos anos, que ir ao cinema já esperando um arrasa-quarteirão é o mínimo que se pode exigir. “Ok, Marvel! De que forma você vai explodir a minha cabeça hoje?!”, e corre pra poltrona com a pipoca e a Coca em punho! Mas será que foi isso mesmo que Vingadores 2 – Era de Ultron nos entregou dessa vez?

Os anos assíduos de leitor de quadrinhos me deixaram ranzinza e rabugento com o tempo quanto às adaptações para o cinema e TV, e eu fui um dos que encabeçou as críticas quanto aos estúdios Fox e Warner pelas cagadas homéricas produzidas na última década. Quando a Marvel surgiu chutando a porta da frente com o elogiadíssimo Homem de Ferro 1, um salto de qualidade ainda maior precisou ser dado não só pela própria Marvel, mas também por todos os outros estúdios, que passaram a arrumar suas casas e começaram a apresentar filmes mais bem cuidados. Quando Vingadores 1 surgiu com seu sucesso estrondoso, uma pulga atrás da orelha dos nerds começou a incomodar: Como eles iriam superar o filme mais divertido e colossal sobre quadrinhos que já haviam criado?


O fato é que os tropeços de Homem de Ferro 3 e Thor 2 quanto aos críticos não abalou a Marvel Studios, e a empresa nos entregou os excepcionais Capitão América 2 e Os Guardiões da Galáxia, que mostraram ao mundo que era possível SIM tirar leite de pedra.


Devido o imenso sucesso do primeiro filme e das continuações (indiretas) competentes, Vingadores 2 passou a ser anunciado com um hype tão impressionante quanto o de sua divulgação maciça feita, agora, em conjunto com os estúdios Disney. Antes que se visse qualquer trailer ou vídeo-promo, não havia uma viva alma que duvidasse que o filme seria tão bem sucedido quanto o primeiro. Bem, os números falam por si só. Só no Brasil, no primeiro fim de semana, a película atraiu impressionantes 2,5 Milhões de espectadores, quantia que deve aumentar nos próximos dias, considerando a superlotação das salas na primeira semana e a procura obsessiva por ingressos.



O FILME

Dirigido mais uma vez por Joss Whedon, Era de Ultron mostra os Vingadores três anos após a invasão Chitauri em Nova York, agora ocupados em liquidar as cabeças da HIDRA e no processo recuperar o cetro de Loki, em poder do Barão Von Strucker (Thomas Kretschmann). Após corromper a SHIELD, agência que ajudava os heróis a proteger o planeta de ameaças globais (e extraterrenas), a HIDRA começou a trabalhar em experimentos genéticos envolvendo a fonte energética encrustada no cetro do deus da Mentira de Asgard, além de produzir armamentos. Desses experimentos, surgiram dois seres aprimorados, os gêmeos Maximoff conhecidos como Pietro (Aaron Taylor-Johnson) e Wanda (Elizabeth Olsen) dois jovens moradores do leste europeu que no passado foram vítimas do armamento bélico oriundo da empresa de Tony Stark.


A primeira cena de Avengers 2 já nos coloca de carona no ataque dos heróis a base da HIDRA, e com uma ação alucinante e envolvente, vemos os Vingadores sincronizados no combate corpo a corpo contra os soldados da organização criminosa. Vendo que suas forças vão sendo reduzidas a quase zero sob o ataque arrasador dos Vingadores, o Barão considera a rendição, quando então os gêmeos entram em ação contra os heróis. É bacana lembrar que nos quadrinhos, sob o comando do pai Magneto, tanto o Mercúrio quanto a Feiticeira Escarlate também iniciaram suas carreiras como vilões, e esse lado “vilanesco” foi muito bem representado na telona, assim como foi o do Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) no primeiro filme.


A queda da SHIELD foi mostrada com detalhes em Capitão América 2 – O Soldado Invernal, e é interessante notar como as pontas vão se amarrando daquele filme até os Vingadores 2, como numa grande história em quadrinhos. Os Vingadores agora agem como uma equipe de verdade, e cada um tem a sua posição em campo, agora organizados pelo próprio Capitão (Chris Evans) e possuindo o suporte tecnológico de Tony Stark (Robert Downey Jr), o Homem de Ferro. Thor (Chris Hemsworth) e Hulk (Mark Rufallo) abrem alas com a força bruta, destruindo os veículos mais pesados enquanto a Viúva Negra (Scarlett Johansson) e o Gavião agem como snipers, derrubando os alvos mais escondidos. 


Na tela do IMAX a cena inicial é do caralho, e parece que realmente estamos no meio do quebra pau. A qualidade técnica nesses últimos três anos se desenvolveu num ritmo absurdo, e tantos os cenários criados em CGI, quanto as explosões e a movimentação do Hulk estão tão perfeitas que quase já não conseguimos mais distinguir o que é real.


It’s real life?

Em paralelo ao crescimento da HIDRA, temos o sonho de Tony Stark em pacificar o mundo de uma vez por todas, o que o leva a desenvolver uma inteligência artificial aprimorada pelos estudos do cetro do Loki, chamada Ultron. Agindo pelas costas dos demais Vingadores, ele e Bruce Banner deixam que a IA se desenvolva sozinha sob a supervisão de Jarvis, missão que ele falha em cumprir quando Ultron se torna senciente e assimila o “mordomo artificial” em seu código fonte. Quando Ultron se apresenta para os Vingadores de forma nada amistosa, ele já é capaz de assumir formas humanoides, e dominando um dos servos mecânicos do Homem de Ferro, ele mostra que sua programação de se adaptar o levou a concluir que só há uma forma de acabar com todos os males do mundo, como assim o queria Tony Stark: Eliminando a humanidade.


A batalha dos Vingadores para deter Ultron que vai se aprimorando a cada novo corpo mecânico que assume é fenomenal, e isso os faz ganhar novos aliados como a Feiticeira Escarlate e o Mercúrio, que após fazerem parte da HIDRA, decidem ficar do lado da sobrevivência, já que Ultron significa a sua morte. 


Além disso, após uma visão de Thor, os Vingadores percebem que somente eles não bastam para deter a loucura desencadeada por Ultron, e o corpo sintético perfeito criado pelo robô é roubado e ganha vida na forma do Visão (Paul Bettany).

SPOILERS À PARTIR DAQUI!

 CURIOSIDADES

Vingadores 2 – Era de Ultron é grandioso, e dá pra se dizer que ele é um imenso filme de ação com ótimas cenas dramáticas e às vezes até engraçadas interligando o roteiro. 


Alguns detalhes durante o filme chamam a atenção, como os listados abaixo:

- Ao descobrir que existe um metal na Terra com propriedades únicas chamado vibranium através de sua intrincada rede de informação, Ultron busca a ajuda dos gêmeos para seu intento (roubar o vibranium), o que os leva até o traficante Ulisses Klaw (Andy Serkis). Klaw (que não lembro de ter sido chamado assim no filme!) consegue o material para Ultron, e acaba perdendo o braço quando ousa comparar o robô com Stark. Acontece uma grandiosa batalha em Wakanda, país de onde se origina o vibranium. Wakanda é o país governado pelo Pantera Negra, que ganhará filme solo em Novembro de 2017, e é bem provável que até lá, Klaw já tenha conseguido a tecnologia que o transforma no Garra Sônica dos quadrinhos;


- A frase de Ultron sobre o vibranium é sensacional: “Humanos! Eles descobrem o material mais resistente do planeta e fazem um frisbee com ele!”, se referindo ao escudo do Capitão América, que é feito com o mesmo material;


- Quando a Feiticeira Escarlate domina a mente dos Vingadores durante o combate em Wakanda, ela traz à tona pesadelos e desejos escondidos de cada um. Assim, ela leva Steve Rogers direto à noite em que ele dançaria com Peggy Carter (Hayley Atwell), algo que nunca aconteceu na realidade, ela leva a Viúva Negra até seu cruel treinamento na Rússia para se tornar a agente secreta perfeita, o Thor para uma realidade onde seus poderes descontrolados causam a destruição de Asgard e o Homem de Ferro vê a si mesmo como o responsável pelas mortes de todos os Vingadores


Essas realidades alternativas misturadas com o passado deles formaram cenas sensacionais, algo que eu não esperava ver com tal densidade num filme como os Vingadores;


- Eu disse na resenha anterior de Vingadores, feita há três anos, que ver os Maiores Heróis da Terra na tela era como ter um sonho realizado, e a segunda parte desse blockbuster meio que completou aquele sonho, inserindo o Visão no filme. Sério... O Visão, cara!! Interpretado pelo ator Paul Bettany que já fazia a voz do Jarvis desde o primeiro Homem de Ferro, o androide verde e amarelo ficou sensacional em sua versão live-action, e não por menos, ganhou status de um dos mais poderosos do grupo, assim como ele o era na época em que Roy Thomas e Jim Shooter estavam à frente do título dos Vingadores nas HQs. A cena do “nascimento” do Visão até ele tomar consciência que precisa ajudar os heróis a deter Ultron é uma das mais emblemáticas do filme todo;


Eu poderia escrever um texto de páginas e páginas aqui sobre o que vi no filme, mas creio que vocês se cansariam, o que me força a sintetizar Vingadores 2 como um excelente filme de aventura e ação, tão digno do nome quanto o primeiro Homem de Ferro, o segundo Capitão América e o filme dos Guardiões da Galáxia. Como falei em minha crítica no AIPOD #021 (do site AIJOVEM), o filme perde pontos com relação a Vingadores 1 devido seu vilão, que não conseguiu ser tão foda quanto o Loki foi. A culpa não é de James Spader, a voz e os gestos por trás do robô, mas sim de como a criatura foi roteirizada. Em primeiro lugar, em sua confusão de homem e máquina, ele acaba se humanizando demais, e essa humanização acaba incomodando em certos momentos. Os reflexos disso são tão claros, que até mesmo sua boca mecânica parece possuir “lábios” que se movem quando ele fala... O que nos faz pensar “QUE PORRA É ESSA!”. 


O Ultron dos quadrinhos também vive num conflito que o faz achar que é humano, e o personagem foi criado com essa base meio que filosófica da criação que pretende superar o criador, o que não sendo tão bem explorada no filme, acabou se tornando muito vaga. Até mesmo o plano megalomaníaco do vilão ao fim do filme se torna exagerado demais, e nem mesmo ele parece motivado o suficiente para fazê-lo. Somado isso a uma morte desnecessária de um personagem muito carismático no desfecho da história, o filme para mim, apesar de ter me levantado da poltrona por diversas vezes para gritar PUTA QUE PARIU, não me causou a emoção que o primeiro causou, perdendo um ponto nesse processo, o que não o diminui em nada. Avengers 2 continua sendo um excelente filme, e mais um capítulo espetacular de sucesso desse estúdio que chegou mesmo para quebrar barreiras chamado Marvel Studios. Bora buscar Vingadores 1 na bilheteria?


NOTA: 9

Meu ranking Marvel Studios agora ficou assim:



NAMASTE!   



9 de abril de 2015

Vingadores 2 - Era de Ultron e a expectativa!


A disputa pelo filme mais esperado do ano começou acirrada em 2015, em especial pelo nível de importância dos lançamentos que estavam previstos para essa temporada. 

Para tentar saciar essa curiosidade, o Blog do Rodman colocou no ar no início de Janeiro uma enquete que visava saber dos leitores, afinal, qual era o filme mais esperado pela nerdaiada. Vamos ao resultado?

Com 56% dos votos, Vingadores 2 - Era de Ultron despontou como O FILME MAIS ESPERADO de 2015, deixando Star Wars - o Despertar da Força em segundo (15 % dos votos) e Velozes e Furiosos 7 comendo poeira em terceiro (9% dos votos). Na disputa ainda estavam a conclusão da saga Jogos Vorazes - Esperança (5%), Jurassic World, Terminator 5 e Homem Formiga, todos empatados com 3% dos votos. 


Não é exatamente uma surpresa que Vingadores 2 seja o filme mais aguardado de 2015, até pelo sucesso estrondoso que foi o primeiro filme, e pela belíssima recepção que as sequência indiretas da franquia receberam no cinema. Capitão América 2 - O Soldado Invernal e Guardiões da Galáxia fecharam o ano de 2014 com um ótimo rendimento para a Marvel/Disney, e hoje em dia há quem diga que "se a Marvel conseguiu fazer sucesso com um guaxinim boladão e uma árvore ambulante, o céu é o limite para a Casa das ideias".


Alguém duvida?

A divulgação de material publicitário de Vingadores 2 - Era de Ultron anda frenética há alguns meses, e praticamente toda semana tivemos algo para nos fazer lembrar (como se fosse possível esquecer!!) de que o filme está batendo na porta da estreia. Foram tantos posteres, vídeos e promos que a ansiedade em ver o filme só fez aumentar, e nunca se quis que o tempo passasse tão rápido quanto agora.

Paul Bettany como Visão

O último material promocional mostrou com detalhes as fuças do androide Visão, que no cinema será vivido pelo ator Paul Bettany, o mesmo que dava a voz para a inteligência artificial JARVIS desde o primeiro Homem de Ferro. No enredo, Tony Stark desenvolve uma IA chamada Ultron para patrulhar o mundo e mantê-lo à salvo, só que o tiro sai pela culatra, e o sistema se torno senciente. Ultron ganha vida assumindo um corpo robótico a fim de aniquilar a raça humana, identificando nela o grande problema do mundo, e aí o pau vai comer para o lado do Homem de Ferro, Capitão América, Thor, HulkGavião Arqueiro e Viúva Negra


Cagando uma regra bonita, já que nada foi divulgado a esse respeito, podemos supor que o Visão seja algum programa de salvaguarda que Stark usará para tornar JARVIS operativo, e é bem provável que o androide acabe salvando o dia ao final do filme. 

Vingadores 2 - Era de Ultron estreia dia 23 de Abril, mas é claro que você já sabe disso, caro padawan. Se você estiver em São Paulo, com certeza você vai encontrar o tio Rodman numa das várias salas que exibirão o filme. A gente se vê!

NAMASTE!   

28 de março de 2015

Top 10 - AS MAIORES SURRAS DOS HERÓIS


As batalhas entre heróis e vilões nos quadrinhos parecem que nunca têm fim, ainda mais quando os mocinhos decidem apenas aprisionar seus adversários após suas lutas, o que se torna um ciclo interminável quando os infelizes decidem escapar e começar tuuuudo de novo.

Quando nossos heróis perdem as estribeiras e decidem resolver de uma vez suas rixas é que a JIRIPOCA PIA e o PAU CANTA para o lado dos vilões, e esse Top 10 especial, elenca as Maiores SURRAS que heróis da Marvel e DC já aplicaram em seus inimigos.

Prepara o Band-Aid!


10- Homem de Ferro X Dínamo Escarlate


Durante a Guerra das Armaduras, Tony Stark, sob a identidade do Homem de Ferro saiu para detonar com todas as armaduras que, ilegalmente, estavam utilizando de sua própria tecnologia para serem aprimoradas. Após construir um dispositivo capaz de anular a funcionalidade dos maquinários, Stark saiu pelo mundo acabando com vários vilões que usavam a tecnologia que lhe havia sido roubada, e um desses vilões era o russo Dínamo Escarlate.



Após criar uma armadura stealth (uma das mais emblemáticas que ele já usou nos quadrinhos) toda preta, Stark parte para encarar dois de seus mais fortes adversários, o Dínamo Escarlate e o Homem de Titânio. 



Visivelmente em desvantagem, já que para se manter fora de radares e camuflado, o traje não dispõe de muitos recursos de ofensiva, ele consegue abater os dois russos... E isso com rajadas repulsoras contadas!




O pobre Dínamo não tem muita chance contra um Homem de Ferro boladaço, e vira um brinquedo na mão do Vingador Dourado... Er, Vingador Negro... Branco...




9 - Batman X Coringa



O cenário?

Estamos em meio a Queda do Morcego, o vilão anabolizado Bane soltou todos os malucos do Asilo Arkham de uma vez e fez com que o Batman saísse à caça deles, um por um, o que esgotou a resistência do Morcego como nunca antes havia acontecido. Aproveitando-se do caos, o Coringa e o Espantalho se juntaram e sequestraram o prefeito de Gotham, e querendo mais é ver o circo pegar fogo, os dois começaram a espalhar armadilhas pela cidade, enquanto o Batman vinha em seu encalço.


Batman pirado no ácido

Quando finalmente o Morcego os encontra, o Espantalho dispara uma carga caprichada de seu gás do medo em Wayne, o que desencadeia emoções reprimidas há muito tempo, e revela seu maior medo: De falhar e ver outro Robin morrer como Jason Todd morreu!
Sob efeito do gás, o Batman fica PUTAÇO, e após se livrar do magriça Espantalho, ele espanca o Coringa com o restante da força que lhe sobra. 



Pela primeira vez tivemos uma espécie de vingança após o brutal assassinato do segundo Menino rodízio Prodígio. 



Aposto que o Coringa precisou de um bom tratamento dentário depois dessa!

8 - Capitão x John Walker


Eu já tive a oportunidade de falar por aqui dessa história clássica do Capitão América datada lá do finalzinho dos anos 80, mas não custa nada relembrar.

Quando uma Comissão para assuntos aleatórios super-heroizísticos se formou no mais alto escalão do Governo, e o bom e velho Steve Rogers teve que abandonar sua identidade de Capitão América para não se sujeitar a ser uma marionete de seu governo, Valerie Cooper (aquela mesma que formou mais tarde o X-Factor), uma das agentes governamentais, escolheu John Walker para substituir Rogers. 



O ex-Superpatriota, se mostrou de início um bom sucessor, já que também era dotado de força ampliada (na época até maior que a de Rogers), mas sua indisciplina e seu jeito truculento de lidar com as situações mostrou logo que o governo havia dado um tiro no próprio pé em escolhê-lo como símbolo. Violento ao extremo, Walker enlouqueceu quando teve a família assassinada por um grupo rival (que sabia de todo o passado dele como Superpatriota) e o cara pirou na batatinha de vez. 



Usando o uniforme do Capitão, ele assassinou a sangue frio os caras que mataram sua mãe, e deixou um rastro de sangue por onde passou.



Vendo que aquilo tinha passado de todos os limites, Steve Rogers, sob a alcunha de “Capitão” e empunhando seu velho escudo sob um traje negro, resolveu limpar seu nome, e botou pra quebrar. Mesmo com força ampliada, não deu para Walker, que tomou uma esculachada de Rogers no mano a mano.




Essa batalha é épica, e mostra do que, afinal, Steve Rogers é capaz, já que na época ele mesmo duvidava que podia vencer Walker, de quem já tinha tomado uma surra antes.



7 - Aranha Escarlate x Venom



Quando surgiu nas HQs, criado por Todd McFarlane, o Venom era o vilão mais PICA que o Homem Aranha tinha, isso porque, muito ajudado pelos roteiristas da época, além de anular o sentido de aranha do Peter, ele tinha os mesmos poderes que o cara, era mais forte e ainda conhecia sua dupla identidade. 



Como parar esse filho da puta?



Com o passar do tempo, toda essa fodacidade do personagem foi pra vala, e já em seu primeiro encontro com o clone (que depois não era mais clone e que depois voltou a ser!) de Peter Parker, o Aranha Escarlate, o dentuço tomou uma pisa do herói iniciante, isso graças aos equipamentos novos que ele incorporou a seu traje, como seus ferrões, as teias de impacto, e também a extrema força de vontade do roteirista da época Howard Mackie.



Forçada de barra? Pode ser, mas que o senhor Ben Reilly aplicou uma bela de uma surra no Venom (mesmo com o estômago aberto!), isso ninguém pode negar!




6 - Superman X Darkseid



O Superman é o super-herói mais poderoso das HQs, e poucos inimigos conseguem aguentar toda sua fúria quando ele realmente decide largar o braço pra cima deles.
Darkseid é um deles!

A chegada da prima do Superman do espaço, a linda e poderosa Kara de Zor-El, chamou a atenção do Senhor de Apokolips, que decidiu que a queria em seu time de Fúrias, seu esquadrão de elite pessoal formado pelas mais mortais mulheres do universo. Quando num debate, Batman e Mulher Maravilha decidem que o lugar mais seguro para Kara é a Ilha Paraíso, Darkseid resolve raptar a menina, enviando um exército de Apocalypses para distrair a Princesa Guerreira, o Homem Morcego e o Homem de Aço.



Você leu direito. UM EXÉRCITO DE APOCALYPSES! É pra exprudir tudo em BH o massaveiômetro (o que não é de se espantar, já que essa história foi escrita por Jeph Loeb)!

Os monstros, apesar de serem mais fracos que seu modelo original (o próprio Apocalypse, o monstro que matou o Superman na pancada!!) cumprem seu papel, atrasam os heróis enquanto o Senhor de Apokolips em pessoa sequestra Kara, não antes de matar a Precursora.



O Superman aceita a ajuda da Grande Barda e parte para Apokolips com Batman e Diana a fim de salvar sua doce prima. Quando chega lá, o Azulão sente na pele que ela mudou de lado, e os dois entram na porrada. Após esse imbróglio, Kara é calcinada pelos Feixes (Sansão, Raios... Sei lá!!) Ômega de Darkseid, e aparentemente vai pra vala.  Virado no Jiraya, não resta ao Homem de Aço nada além de sentar o braço na orelha do monstro cinza e fazê-lo pagar por seu crime.


Na animação “Apocalypse” da Warner (que eu já resenhei aqui), esse combate entre Superman e Darkseid vira um episódio de Dragon Ball Z absurdo, e a luta entre eles chega até a cansar. Fique com a versão da HQ que é bem mais contida... 



...Apesar de desenhada pelo falecido Michael Turner.

5 - Aranha X Sr. do Fogo



Hoje em dia pouca gente conhece esse personagem que costuma aparecer mais nas sagas cósmicas da Marvel ou sempre que o Thanos resolve voltar da morte, mas na época, ele era conhecido como um dos Arautos de Galactus, e só isso já bastava para fazer todo mundo se borrar de medo a seu redor. Capaz de emitir rajadas de energia poderosíssimas e obliterar meteoros com um bocejo, o Senhor do Fogo possui poderes cósmicos, o que obviamente o coloca fora fora do padrão de ameaças que o Homem Aranha está acostumado a encarar.



Ou será que não?



Numa história divertidíssima escrita por Tom de Falco e brilhantemente desenhada por Ron Frenz, o Escalador de Paredes acaba entrando no caminho do Arauto de Galactus, e é obrigado a tentar de tudo para salvar a cidade e a própria pele do poderoso adversário. Enquanto se esquiva dos disparos, Peter só pensa em arranjar ajuda com heróis mais poderosos, e quando ele percebe que nem o Quarteto Fantástico e nem os Vingadores vão poder ajudar, ele resolve encarar o Senhor do Fogo da forma que sabe: No braço!



E ele vence!!



Coitado do Senhor do Fogo que só queria comer uma pizza!

Consulte qualquer lista das melhores histórias do Homem Aranha, certamente “O Poder do Fogo” estará entre elas. 

4 - Demolidor x Mercenário



Os pega-pra-capar entre o Demolidor e o Mercenário são constantes na historiografia do Demônio Audacioso, mas esta história em especial, escrita por Jim Shooter e desenhada pelo mestre (ajoelhem e façam reverência, por favor!) Gil Kane tem uma pegada diferente, já que nela, o Demolidor está em desvantagem.



No começo da história, Matt leva uma bolada de golfe na cabeça do próprio Mercenário, que não sabe que ele e o Demolidor são a mesma pessoa, e isso faz com que o sentido de radar do herói fique desorientado. Quando o Mercenário sequestra algumas pessoas e ameaça matá-las diante das câmeras de TV se nada for feito para pagar sua recompensa, Matt é obrigado a entrar em ação, mesmo atordoado, e ele logo percebe que aquela não foi uma boa ideia.



Num cenário de TV, o caçador de recompensas usa tudo que pode para atingir o Demolidor, e consegue. Mesmo acabado após apanhar muito, ele consegue reagir e nem mesmo após ser baleado pelo vilão ele desiste, aplicando uma das maiores surras que o Mercenário já levou!




“Quero que se lembre, Mercenário, de que o Demolidor quebrou você, mesmo estando quase morto!”

Vixeeee! Vixeeeee! Oooorrra!

3- Gata Negra X Dentes de Sabre



A Gata Negra Felícia Hardy não é o que podemos chamar de heroína, já que no passado a maior parte do seu tempo hábil ela utilizava para assaltar bancos e joalherias, mas como nessa história ela faz de tudo para que seu frequente peguete, Peter Parker, o Homem Aranha, não tivesse a identidade secreta revelada por Victor Creed, o Dentes de Sabre (num visual Perigosas Peruas que meu Deus do Céu, hein!!), ela decide arriscar o pescoço encarando no mano a mano provavelmente um dos inimigos mais perigosos da sua vida.


Visual "ALOKA" do Dentes de Sabre

Estamos falando do Dentes de Sabre, porra!



Esse cara antes mesmo de virar aquele gigante mentecapto do filme X-Men, ele já encarava o Punho de Ferro e o Luke Cage AO MESMO TEMPO! O cara fazia parte de um grupo de extermínio de mutantes denominado CARRASCOS e caía na porrada com o Wolverine dia sim dia não!



Pois é... E não é que a Gata Negra, que na época nem estava com seus poderes de azar, foi lá e LITERALMENTE limpou o chão com a cara do Creed?



Essa história é sensacional, e está na minha lista de HQs preferidas do Homem Aranha. 



2 - Azrael X Bane



Não devo ter sido o único, mas na época da Queda do Morcego eu fiquei PUTO DA CARA com o Bane e com a forma humilhante com o qual ele não só derrotou o Batman, mas como ele também o quebrou ao meio. Aquele sentimento conflitante de ódio e de impunidade ficou no ar por um bom tempo, enquanto víamos o velho Bruce Wayne trocar o Batmóvel pela Batcadeira-de-rodas, o Robin (Tim Drake) ser expulso da Batcaverna e o Asa Noturna comendo as cocotas em Gotham enquanto a cidade chafurdava na lama do crime, agora comandado pelo próprio Bane.



E agora? Quem poderá nos defender?

O Batman Azrael, claro!



Mais pirado que o Torcedor do América, Jean Paul Valley assumiu o manto do morcego e decidiu que sua primeira missão seria fazer aquilo que seu antecessor havia falhado em fazer: Limpar Gotham.



Com seu estilão esquizofrênico e comandado por uma programação chamada de Sistema, o maluco botou pra foder com a bandidagem de Gotham, até que ele percebeu que aquilo não iria parar se ele não chegasse à fonte. Pegando um a um os asseclas de Bane, Valley não esperou muito para medir forças com o gigante anabolizado, e usando novos apetrechos, ele provou que era capaz de derrotá-lo, coisa que o próprio fugitivo de Santa Prisca percebeu. Quando Bane escapou do primeiro embate feito uma galinha acuada em busca de mais Veneno, a substância que despertava o Tigre em Você, Jean Paul Valley construiu a roupa mais feia que já vi o Batman usar um traje todo invocado e acabou com o vilão, aplicando uma surra de “criar bicho”.



“Você está quebrado, Bane! A prisão Blackgate poderá guardar seus pedaços!”.

Uhhhh! Vixeeeeeee! Vixeeeeee!



A meu ver, isso foi um erro. Já que o Azrael era pirado na batatinha mesmo, os roteiristas deviam tê-lo deixado liquidar com o Bane, até porque depois disso, o personagem se tornou um completo inútil nas histórias do Batman, servindo só de sparring pro próprio Bruce Wayne.    

1- Aranha x Rei do Crime



O Homem Aranha é conhecido por ser um personagem que usa as piadinhas infames para desestruturar seus adversários moralmente, além de esconder seu próprio medo. Poucas vezes se viu o Amigão da Vizinhança partir para a porrada completamente sedento de vingança, e olhe que ao longo desses cinquenta e tantos anos de carreira, o coitado já teve o sogro macetado no chão por uma chaminé, uma namorada jogada de uma ponte, outra namorada espancada pelo Dr. Octopus, a esposa aterrorizada pelo Venom, a vida virada do avesso por um clone e até enterrado vivo o infeliz foi. Se isso não causa um sentimento de vingança na pessoa, o que mais poderia?

Ter a tia brutalmente alvejada por um tiro, talvez?

Durante a Guerra Civil, o Homem Aranha foi à público e revelou sua identidade secreta diante das câmeras de TV do mundo todo, o que desencadeou uma reviravolta em sua vida. Achando que aquilo inspiraria outros heróis a fazerem o mesmo e para apoiar a Lei de Registro Super Humano, essa cagada só serviu, no entanto, para colocar um alvo nas testas de Mary Jane e de sua tia May. Logo que ele se viu obrigado a virar as costas para o Homem de Ferro (o lado pró-registro) e se aliar ao Capitão América, Peter se viu numa tremenda enrascada, já que não contava mais com a proteção do bilionário, playboy e filantropo Tony Stark.



Mesmo na prisão, Wilson Fisk, o Rei do Crime decidiu se aproveitar daquela situação, e usando seus contatos, ele mandou um assassino de aluguel para liquidar de vez com Peter. O tiro endereçado a ele acabou atingindo a pobre May, que depois disso ficou entre a vida e a morte no hospital.



Agindo como alguém que não tinha mais nada a perder, usando seu traje negro, o Aranha invadiu a prisão onde o gigantesco Fisk estava preso, e decidiu dar-lhe uma lição que ele jamais esqueceria.



O nível de sangue no zóio dessas páginas é tamanho, que essa história figurou como uma das mais marcantes na minha coleção, já que mostra um Peter Parker completamente diferente de TUDO que já se tinha visto. Sem que o Rei consiga nem reagir (e ele bem que tentou), o Aranha ACABA com Fisk de uma forma que o Demolidor daria gargalhadas se pudesse ver (TDUM-TSSS!!), e essa luta merece a posição NÚMERO UM do ranking de surras por ser algo totalmente fora dos padrões, pelo menos em se tratando do Homem Aranha.



E quem é que também não ficou de alma lavada depois dessa?




NAMASTE!

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