20 de julho de 2015

A Maior Bilheteria de 2015 (até aqui!)


Em Maio e Junho, o Blog do Rodman colocou no ar uma enquete para que os leitores opinassem qual seria a MAIOR BILHETERIA de 2015, e seis grandes Blockbusters foram colocados no páreo.

Com 48% da preferência do público, Vingadores 2 - Era de Ultron foi o grande campeão, deixando Star Wars - O Despertar da Força em segundo (34%), Velozes e Furiosos 7 (7%) em terceiro, seguido de Jurassic World (4%) e Jogos Vorazes - Esperança Parte 2 e Cinquenta Tons de Cinza empatados com 2% da preferência. 


Assim como o grande público, eu também esperava BEM MAIS de Era de Ultron (resenhado aqui), um dos filmes mais aguardados do ano, só que o filme da Marvel não só perdeu em bilheteria para Velozes e Furiosos 7, como nem sequer conseguiu alcançar seu antecessor Vingadores (2012) no ranking de MAIORES bilheterias do mundo, que também foi atropelado pela franquia liderada por Vin Diesel, caindo para quarta posição. Jurassic World também bateu o primeiro Avengers no quesito melhor estreia em um final de semana, arrecadando US$ 208.806.270



Quem diria, hein!

Nunca na história desse país do cinema, a sétima parte de uma franquia conseguiu tanto destaque e popularidade, e Velozes e Furiosos 7 conseguiu mostrar que mesmo uma série de cinema tão extensa consegue SIM renovar seu fôlego e se manter interessante para o público, coisa que outras franquias como Jogos Mortais (também com 7 filmes) e Sexta-Feira 13 (com 12 FILMES... 12... Desgraçados... Filmes!) nunca conseguiram.


Mas Rodman, Fast & Furious 7 só conseguiu tanto destaque por causa da morte do Paul Walker!

Isso não é bem mentira. Paul Walker era um dos protagonistas da série Velozes e Furiosos desde o início, ele fazia as vezes do cara bonitão e bom moço que conquistava boa parte do público. Com o passar dos filmes, ele melhorou muito em atuação, e seu personagem cresceu e se desenvolveu a tal ponto que ele conseguia dividir espaço com o brucutu Vin Diesel. A relação de Brian e Toretto só melhorou depois que eles pararam de rivalizar e se tornaram amigos (amigos não... Família!), e pra quem acompanhou a saga toda até o sétimo filme, é de cortar o coração a forma como a história é obrigada a se encerrar após o trágico acidente que vitimou Paul Walker em 2013.


Muito gente criticou o filme por ele ter uma história superficial e com mais furos que queijo suíço (como se isso fosse alguma novidade em Velozes e Furiosos!), mas as pessoas que se ligaram nos filmes desde o primeiro têm sim o direito de se emocionar com os momentos finais de Velozes 7, que é uma linda homenagem da equipe de direção, da produção, do estúdio e PRINCIPALMENTE do elenco para com o amigo que se foi de forma tão dolorosa, deixando cenas inacabadas a serem filmadas e uma dura tarefa aos irmãos de Walker e aos animadores da WETA em recriarem o rosto do ator digitalmente para que o filme fosse, enfim, concluído após uma paralisação de quase um ano.


O resultado?

Quer saber? Velozes 7 é um PUTA de um filme de ação, igual a aqueles que a gente assistia quando era pequeno (Rambo, Comando para Matar, Duro de Matar), tão descerebrado quanto e tão divertido quanto. Me diverti pra caralho com as cenas de luta entre Jason Statham e The Rock, Paul Walker e Tony Jaa (Ong Bak) e a treta final entre o Toretto e o irmão de Owen Shaw (do Sexto Filme) Deckard, vivido por Jason Statham. E como bate esse filho da puta!


As cenas impossíveis estão lá, SIM, as marmeladas que seriam impossíveis de acontecer na vida real estão lá, SIM, mas é isso que queremos ver quando se trata de Blockbuster. Velozes e Furiosos tem nos entregado tudo que queríamos ver em Os Mercenários e que até agora não rolou, por isso dou uma nota 9 ao filme.



Por enquanto galera, a bilheteria (Mundial) dos filmes que entraram na enquete está assim:


1- VELOZES E FURIOSOS 7 - US$ 1.511.636.779
2- JURASSIC WORLDUS$ 1.465.838.000
3- VINGADORES 2US$ 1.388.522.000
4- CINQUENTA TONS DE CINZA US$ 569.651.467


Vale lembrar que da lista, os únicos que ainda não estrearam foram O Despertar da Força, que é um forte concorrente a BLOCKBUSTER DO ANO e o capítulo final da Saga Jogos Vorazes Esperança - parte 2. Será que algum deles consegue superar Velozes 7 e Jurassic World?

NAMASTE! 

COMBO BREAKER #002 - Poltergeist, Divertida Mente e Jurassic World


Um dos maiores prazeres que tenho na vida é ir ao cinema para ver um bom filme. E seja esse filme um Blockbuster no sentido amplo do termo, um filme mais cabeça ou mesmo um filme mais pipoca, o prazer deve ser invariavelmente o mesmo. Poltergeist, Divertida Mente e Jurassic World foram os últimos filmes que vi no cinema, e vou dividir com vocês minhas experiências com eles! Sigam me os bons!

POLTERGEIST

Dirigido por Gil Kenan (A Casa Monstro e Cidade das Sombras) Poltergeist é um remake do clássico filme de terror dos anos 80 que coloca a família Bowen de mudança para uma nova casa, onde, sem que eles saibam, estranhos fenômenos costumam acontecer. Nunca vi o Poltergeist clássico (podem jogar pedras) e dele só conheço mesmo a fama de maldito que permeou a produção durante um longo período. Não era raro surgirem boatos (pelo menos eu achava que eram boatos) sobre atores que morreram ao fim das filmagens ou objetos de cenas que pareciam MESMO ganhar vida no set, mas fora isso, eu pouco sei sobre o filme.


A versão de 2015, no entanto, não me convenceu NEM UM POUCO no quesito terror, e se esse era mesmo o objetivo dos produtores (coisa que comecei a duvidar do meio do filme pra frente), pelo menos comigo, a estratégia falhou miseravelmente. Sam Rockwell é o único rosto mais conhecido no começo do filme, e como o pai de família bonachão e divertido ele se sai bem. O problema é quando ele tem que demonstrar tensão, medo ou preocupação... O tom gozador não sai de seu semblante em nenhum momento, e mesmo quando os tais espíritos obsessores raptam sua filhinha e a levam para... dentro da TV (!!), Rockwell, que é um excelente ator e que já nos convenceu que pode fazer um sujeito completamente pirado em cena em À Espera de um Milagre, não consegue nos entregar esse sentimento. 


Sinceramente eu nem sei o que ele está fazendo nesse filme! Fiquei com aquela impressão de que ele estava precisando de uma grana pra pagar um agiota, sei lá, e aceitou o papel, mesmo sem ter o intuito de se entregar ao personagem.


O filme?

Cara! Eu não sei se esse argumento de espíritos obsessores que te levam para dentro de eletrodomésticos existia no filme original, mas achei esse lance de uma falta foda de criatividade, além de não causar QUALQUER medo nos espectadores os efeitos visuais exagerados que fazem as coisas na casa da família se moverem e tentar matar todos. Na animação A Casa Monstro (e se você prestou atenção até agora no texto, sabe que é do mesmo diretor), quem em teoria foi feita para um público mais jovem, esses recursos de “ai meu Deus a casa está querendo nos matar!!” são bem mais convincentes do que em Poltergeist, mas o fator terror ficou muito aquém do que deveria.


Sério! Eu vi o filme todo com um ar entediado na cara, enquanto esperava que a cada minuto a história virasse e me entregasse mais do que eu estava vendo. O roteiro mais do que batido de “família se muda para nova casa do subúrbio e coisas estranhas começam a acontecer” pode SIM ser bem trabalhado. Basta darem uma olhada em Invocação do Mal que é um dos melhores filmes de terror dos últimos dez anos, que te causa um cagaço inacreditável e que não soa clichezento. Poltergeist - O Fenômeno é de uma pobreza criativa de dar pena, e não recomendo a ida ao cinema. Espere chegar em DVD ou na Netflix.


Vale lembrar, que a produção do filme é de Sam Raimi, o criador da franquia Evil Dead e de Homem Aranha.

NOTA: 6


DIVERTIDA MENTE

Fazia tempo que a PIXAR não fazia um filme de animação tão tocante quanto Divertida Mente, e se você foi ao cinema, assistiu, acompanhou a história de Riley e seus sentimentos e não esboçou qualquer reação... Sério, cara. Provavelmente você já está morto por dentro!


Escrito pelos principais nomes envolvidos nas maiores animações dos últimos anos como Up, Toy Story e Monstros S.A., Divertida Mente é um resgate da alma da PIXAR, que parecia ter se desgastado nos últimos tempos com fracas animações como Carros 2, Aviões e até mesmo o apenas bacaninha Universidade Monstros. Desde Valente que a PIXAR não parecia mais ser capaz de fazer frente à própria Disney ou a Dreamworks, que nos últimos anos vinha ganhando cada vez mais espaço e fazendo animações senão melhores, pelo menos equivalentes à qualidade sempre entregue pela PIXAR. Divertida Mente é uma parceria PIXAR/Disney como tem sido desde Toy Story 3, e todo esse esmero e competência que os profissionais da empresa sempre fizeram questão de entregar exala por todo os quase 120 minutos de filme.


Como dito, anteriormente aqui, Riley é uma menina de onze anos que precisa se mudar de sua cidade junto com os pais. Deixando para trás seus amigos e o time de hockey onde jogava, Riley é obrigada a recomeçar sua vida num novo lugar, além de se adaptar à nova escola. Enquanto externamente esses problemas começam a afetar a menina, somos jogados para DENTRO de sua cabeça, onde conhecemos os avatares de seus principais sentimentos: A ALEGRIA, o MEDO, o NOJINHO, a RAIVA e a TRISTEZA. Cada avatar tem a sua vez de comandar as ações de Riley cada vez que as situações externas começam a exigir certas atitudes da menina, mas é a ALEGRIA quem sempre procura manter as coisas em seu devido lugar, afastando a Tristeza do controle e mantendo os demais sob rédeas curtas.


Os roteiristas desenvolveram uma forma tão espetacular de representar os sentimentos e toda a logística por dentro do cérebro humano, que é impossível não sair do cinema e começar a imaginar se não é daquele jeito que as coisas funcionam mesmo em nossa cabeça. Além da sala de controle dos sentimentos, ver que há uma espécie de “prateleira” onde as memórias-chave, aquelas que formam nosso caráter desde a infância, são armazenadas, ou saber que há funcionários responsáveis por organizar nossos arquivos de memória, excluindo aquelas que não estão mais sendo usadas, foi uma das saídas mais didáticas que vi para explicar o cérebro. 


Certamente esse filme será um sucesso entre as crianças durante um longo tempo, até pela forma lúdica como ele trata algo que até cientificamente é complicado de explicar. Colocar um pirralhinho em frente à TV para que ele entenda como funciona a sua cabeça, ou como ele deve se comportar para que as “ilhas” de sua mente não comecem a ruir, vai ser muito mais fácil nesse sentido.


E como Divertida Mente é bonito, gente!


O trailer do filme e os pôsteres nos entregam uma trama DIVERTIDA, alegre e alto astral, onde o elemento central é o humor, afinal, ter avatares coloridos comandando nossas ações parece mesmo engraçado... Só que o filme em si, chega a ser profundo, e se torna comovente, a tal ponto que é impossível segurar as lágrimas quando elas veem. A jornada na Alegria e da Tristeza para retornarem a sala de comando depois que elas se perdem procurando manter intactas as memórias-chave de Riley, é uma verdadeira aventura dentro da mente da menina, onde elas encontram os perigos do vácuo do esquecimento, pra onde vão as memórias apagadas ou esquecidas pela infância, e onde correm o risco de serem também esquecidas para sempre. 


A participação de Bing Bong, o amigo imaginário da Riley que é uma mistura de elefante, coelho e gato, é de cortar o coração. Ele representa aqueles anseios da infância que vão ficando para trás à medida que nós crescemos, e não há como fazer uma referência, por exemplo, à passagem da infância da dona da Jessie de Toy Story 2 à adolescência, que é quando ela abandona a pobre boneca por já não ter mais interesse nela. Com Bing Bong, o sentimento de abandono é o mesmo, e consegui ouvir alguns “Ahhhhh” no cinema quando o amigo imaginário se vai. :’(


Em geral a dublagem brasileira com sua mania de incorporar atores globais e gente sem o menor talento pra coisa tem estragado toda a experiência de ver uma boa animação nos cinemas, algo que prefiro ver em DVD, já que tenho a opção em meu controle remoto pelo som original. 


Porém, em Divertida Mente, a dublagem acabou sendo um ponto positivo. Não há exageros, maneirismos ou vícios de linguagem, e todos os sentimentos acabaram sendo bem interpretados por Miá Mello (Alegria), Otaviano Costa (Medo), Danni Calabreza (Nojinho), Léo Jaime (Raiva) e Katiuscia Canoro (Tristeza). 


Alguns deles se tornaram irreconhecíveis devido o excelente trabalho vocal empregado, algo que amadores não conseguiriam fazer (Luciano Huck, COF! COF!), e como todos têm experiência com atuação, suas vozes acabaram sendo um ponto positivo para a animação, deixando a história mais fluída. Todos foram muito bem, mas o destaque especial vai para Miá Mello que tornou a Alegria verdadeira e a Léo Jaime, que fez um engraçadíssimo Raiva, com várias entonações graves e seguras.


Não sei bem o que aconteceu, mas apesar de ter me emocionado e curtido à vera Divertida Mente, eu senti que ele ainda não foi perfeito, e que em alguns momentos se tornou meio que cansativo, algo que nunca senti em Toy Story 3 e Wall-E, duas animações que estão no topo de minha preferência. Seja como for, vale muito a pena ver no cinema seja com sua namorada, esposa, filho, filha ou amante. Emoção garantida!

NOTA: 9

JURASSIC WORLD

Seria injusto pautar a avaliação de Jurassic World apenas pelo ridículo que foi ver uma mulher correr em terreno irregular, fugindo de dinossauros, o filme todo em seu sapato de salto inquebrável. Algo desse tipo soa estranho em um filme de aventura? Soa! Mas a continuação de Jurassic Park vai muito além do que o salto alto de Bryce Dallas Howard!

Devo salientar, claro, que Jurassic World é o PRIMEIRO filme da franquia que vejo no cinema, e por ser um fã incondicional do primeiro filme, dirigido em 1993 por Steven Spielberg, me senti comovido pelas homenagens que Jurassic World presta a Jurassic Park. Dirigido por Colin Trevorrow, que não tem quase nada relevante no currículo, O Mundo dos Dinossauros mais parece uma continuação direta de Jurassic Park, fazendo questão de ignorar o segundo (Mundo Perdido, de 1997) e o terceiro filme (Jurassic Park 3, de 2001), nos jogando na história 20 anos após o fracasso da inauguração do parque de John Hammond (Richard Attenborough), que é citado o tempo todo.


O novo parque, reforçado com recursos tecnológicos de ponta (pero no mucho!) funciona agora como um Sea World ou qualquer parque da Disney, e por incrível que pareça, seus administradores encontram dificuldades para tornar as pessoas interessadas por “esses dinossaurozinhos aí”. Ao que consta na história, o novo parque já parece estar em funcionamento há algum tempo, sob a batuta da doutora Claire Dearing (Bryce Dallas Howard) e financiado pelo bilionário Simon Masrani (Irrfan Khan), que investe boa parte de sua grana em aprimoramento genético. 


A maré vira para os dois ambiciosos administradores quando os cientistas da InGen (empresa de pesquisas desenvolvida por John Hammond), tendo em vista a criação de algo nunca visto no parque, resolvem mexer alguns “pauzinhos genéticos” para desenvolver um dinossauro híbrido e consequentemente mais aterrador e mais poderoso. Afinal, quem ainda se impressiona com um T-Rex de algumas toneladas, não é mesmo???


Esse super-dinossauro chamado de Indominus é desenvolvido em cativeiro dentro dos limites do parque, e passa por testes enquanto cresce e se desenvolve sem a presença de qualquer outro dinossauro por perto. É dito inclusive que haviam sido feitos dois espécimes fêmeas, e que o Indominus teria devorado sua pobre irmã, mostrando o quão foda é o bichão!


Cê é bichão mesmo, hein Indominus!

Claro que dá merda, e após enganar os tratadores fingindo que escapou de seu isolamento simulando que pulou o muro, o Indominus consegue fugir DE FATO de sua prisão, e passa a tocar o terror no parque, que naquele dia está recebendo mais de vinte mil visitantes, incluindo os dois sobrinhos de Claire, Zach (Nick Robinson) e Gray (Ty Simpkins).


Cabe ao encantador de velociraptores, Owen Grady (Chris Pratt) assumir a caçada ao Indominus e tentar salvar os dois meninos, que àquela altura dos fatos, estão perdidos pelo parque alheios ao perigo que estão correndo.


Diferente do que aconteceu em Jurassic Park, o elenco jovem de Jurassic World não consegue convencer nas cenas de susto e medo. 


Simpkins e Robinson são bem mais fracos em atuação que os irmãos Murphy Ariana Richards e Joseph Mazzello. Como esquecer a clássica cena em que a menina percebe que algo muito grande está se aproximando, vendo o líquido de um copo tremer no painel do carro? Ou quando o irmão da menina se vê perseguido por velociraptores em um ambiente fechado?


A cena da girosfera (veículo terrestre que conduz os visitantes pelo parque) em que o Indominus tenta despedaçar a esfera e matar os sobrinhos de Claire é o único momento em que realmente vemos os garotos em perigo, e mesmo assim, ambos não parecem saber demonstrar isso para o público. Não sentirmos medo pelos personagens também é algo que se estende no restante do filme, e apesar de estarem sendo seguidos por monstros gigantes assassinos, não nos parece que algo de ruim vai acontecer a eles. Jurassic Park é bem mais competente nesse sentido.


As cenas de ação, no entanto, são de um impacto visual bem expressivo, e são a força-motriz que fazem de Jurassic World o grande arrasa-quarteirão que em um único final de semana conseguiu desbancar a marca que pertencia a Vingadores desde 2012, com $ 208.806.270. Difícil descolar os olhos da tela quando o bicho começa a pegar (LITERALMENTE) no filme, e quanto a isso, Jurassic World deixa pouca coisa a dever para seu antecessor de 1993.


Para contrabalancear o elenco infantil que é bem fraco, Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Vincent D’Onofrio (o Rei do Crime de Marvel’s Daredevil) e Omar Sy estão muito bem em cena, nos passando toda a realidade das cenas de perigo e ação.


Não vá ao cinema esperando que Jurassic World vá ser melhor que Jurassic Park, mas vá esperando ver um filme Blockbuster de costume, daquele que te convence pelas cenas visuais e os efeitos digitais. Nisso, ele cumpre seu papel.

NOTA: 8,5


NAMASTE! 

7 de junho de 2015

REVIEW- Arrow - Terceira Temporada


No final de minha resenha sobre os nove primeiros episódios da mid-season, eu escrevi que Arrow continuava sendo minha série de ação da atualidade preferida. Com o fim da terceira temporada, no entanto, cheguei a conclusão que essa afirmação não faz mais sentido, até porque das três, essa foi a pior temporada de todas!



Nos primeiros episódios, comentei que a falta de um vilão do gabarito de Slade Wilson (Manu Bennett), que se tornou de fato o Deathstroke na segunda temporada, estava sendo um problema para Arrow, e isso se perpetuou por quase todos os episódios da série. Slade dava um sentido de urgência a Oliver Queen (Stephen Amell), o cara não só sabia sua identidade secreta como também nutria um ódio (infundado, de fato!) irrepreensível por ele, o que só aumentava o drama, já que Slade era humanamente mais forte que Ollie, devido a presença do soro mirakuru em sua corrente sanguínea. Com Slade trancafiado na “prisão de segurança máxima” (do qual Slade poderia ter saído A HORA QUE QUISESSE!) da ARGUS (a agência de segurança da Amanda Waller), Oliver pode, enfim, voltar a sua vida de vigilante, sem precisar se preocupar que sua família fosse atingida novamente.


Então um problema se criou para os produtores da série (incrivelmente os mesmos de The Flash):

Que vilão poderíamos inserir na série que fosse tão ameaçador quanto Slade Wilson?

Ra’s Al Ghul, é claro!



Nas HQs, Ra’s Al Ghul é um dos vilões mais picas que o Batman já encarou. Além de poder encarar o morcego no mano a mano, ele possui um poder financeiro tão invejável quanto o de Bruce Wayne e ainda possui asseclas mortais, que atendem pelo singelo pseudônimo de mariposa apaixonada de Guadalupe Liga dos Assassinos. Na série do Batman Verde, no entanto, essa fodacidade toda se diluiu, e Ra’s se tornou apenas um vilão raso com um sonho de tornar Queen em seu sucessor no trono de Nanda Parbat. E isso tudo por que? Porque Queen sobreviveu ao toque mortal de sua espada!



Ah, Rodman! Isso também acontece nas HQs. O Ra’s quer que o Bátema assuma seu lugar no comando da Liga dos Assassinos. O que tem demais?

O que tem demais, jovem padawan, é que após ser humilhado em combate pelo Ra’s, ser trespassado por sua espada e arremessado de um desfiladeiro, o filho da puta sobreviveu graças a penicilina. PENICILINA!



Ao fim da mid-season, todos já sabiam que Oliver retornaria dos mortos, óbvio, senão a série teria que acabar, mas esperávamos que arrumassem uma desculpa mais plausível para seu retorno, que segundo a própria mitologia da série, seria um banho rápido no Poço de Lázaro, que SIM, aparece e é citado nos episódios. Em vez disso, eles arrumaram a desculpa bunda de que a Tatsu Yamashiro (Rila Fukushima) tratou seus ferimentos com penicilina. PENICILINA, PORRA! Se fosse no Brasil, ele tomaria uma Dipirona receitada por um médico cubano do SUS e estaria novinho em folha!



Em primeiro lugar, se a espada não tivesse arrebentado algum órgão importante de Oliver, a queda em si o teria matado ou pelo menos quebrado algo. Ele não só não quebrou nada, como mal se recuperou, já estava lutando de novo como se nem tivesse ACABADO DE MORRER! Aliás, enquanto Oliver “permanece morto”, embora seus amigos em Starling sintam sua falta e comentem isso, para o espectador é só uma questão de tempo até que ele retorne a bater na bandidagem, já que eles não fazem mistério que alguém o salvou e que logo ele retorna. 



É dito que ele ficou fora por semanas, e enquanto isso a “Arrowsquad” formada por Ricardito (Colton Haynes), Canário “Magrela” Negro (Katie Cassidy), John Diggle (David Ramsey) e Felicity (Emily Bett-Rickards) tenta manter a ordem na cidade, que está sendo aterrorizada pelo novo chefão do crime Brick (Vinnie Jones).



Enquanto Oliver se recupera (o que não demora mais do que dois episódios), Laurel Lance decide assumir de vez o manto da irmã falecida, e após treinar com o boxeador Ted Grant (J.R. Ramirez) ela descobre nas ruas que força de vontade não é tudo que ela precisa para cair na porrada com os malandros da cidade, e apanha feito china de bugre! Aliás, é tudo que essa Canário sabe fazer! Apanhar!



Resolvido o morre “desmorre” do Arrow, (que já começou a afundar a série), vemos que a sombra de Ra’s Al Ghul continua a pairar sobre as cabeças de todos os envolvidos com o combate de honra proposto por Oliver a Ra’s com o intuito de salvar sua irmã Thea (Willa Holland), a verdadeira responsável pela morte de Sara Lance (Caity Lotz), e a Malcolm Merlyn (John Barrowman) fica claro que seu antigo mestre não vai desistir tão fácil da dívida pela morte de Sara, a amada de sua filha Nyssa (Katrina Law). Através de seu discípulo Al Sarab, o Maseo Yamashiro (Karl Yune) que decidiu mudar de vida após a morte de seu filho com Tatsu, Ra’s Al Ghul propõe uma conversa com Oliver, e nela, ele revela que quer que o defensor de Starling City seja seu sucessor. À princípio, Oliver se sente tentado, em especial quando o Cabeça do Demônio lhe diz que com o poder da Liga dos Assassinos ele poderia expandir suas ações para defender a cidade e mantê-la em paz definitivamente, mas por fim, ele decide recusar, sem saber, que na verdade, ele não tinha escolha.



Como resultado à recusa de sua proposta, numa ação de vingancinha, Ra’s começa a denegrir a imagem do Arqueiro Verde, colocando sósias dele para matar geral na vizinhança de Starling. Quando a polícia, incluindo o Detetive (agora Capitão) Lance (Paul Blackthorne) se volta contra o Arrow, Ra’s dá o golpe final, e revela a identidade secreta do vigilante para toda a mídia. Nesse meio tempo, o Capitão Lance, que já tinha descoberto que sua filha Sara estava morta, e que a mulher de preto que andava sentando o braço na bandidagem atualmente era sua outra filha Laurel, tornou a perseguição a Oliver Queen algo pessoal, levando-o inclusive à prisão e mais tarde a desmantelar o esconderijo do herói. 


Isso tudo também culminou em algumas situações constrangedoras na série, como Roy Harper assumindo ser o Arqueiro para livrar Oliver da prisão, e ao mesmo tempo se redimir de seu crime (quando ele matou um policial sob efeito do mirakuru), e sua posterior “morte” na prisão, forjada para tirar Roy da equação.  



À partir daí, morrer e voltar logo em seguida se tornou algo comum em Arrow. Nesse ponto, algo bem fiel às histórias em quadrinhos, mas péssimo numa adaptação live-action!

Obrigado a se aliar a Malcolm Merlyn, Oliver viu a confiança de seus amigos começar a enfraquecer, até o ponto em que ele percebeu que a única forma daquilo tudo acabar era, enfim, assumir o manto de Ra’s Al Ghul. Decidido a aceitar a proposta do Cabeça do Demônio, Oliver partiu em uma viagem sem volta, onde após um treinamento intenso, ele se tornou Al-Sahim, o substituto de Ra’s Al Ghul!



Falando assim, até parece algo foda, não é mesmo? Mas não foi. A série que já estava virando um melodrama insuportável foi afundando cada vez mais, em especial pelas cenas de lamentação entre Oliver e Felicity (que era bonitinho no começo da série, mas que se tornou um saco) e também entre Oliver e Diggle. Sem falar na mala da Laurel que buscava vingança pela morte de Sara! 



Decidido a passar para o lado negro da força, Oliver traiu a confiança de Felicity, Diggle, Laurel e até mesmo do boneco de cera Ray Palmer (Brandon Routh), mas mal sabiam eles que o vigilante tinha um plano, e esse plano consistia em se fingir de mal, sequestrar a mulher do Diggle, sentar-lhe a porrada, voltar a matar geral e fazer a galera de casa imaginar como é que toda essa merda seria desfeita!



Estava algo no nível de “e se o Anakin Skywalker resolvesse se arrepender de seus atos depois de matar as criancinhas jedis no templo e arrancar a mão do Mace Windu?”. Seria tenso, não é mesmo? Na série, uma conversinha básica com Diggle e um soco na cara acabou resolvendo a treta entre eles causada pela falta de confiança, e depois disso, todos resolveram partir juntos para tentar deter o plano malévolo que Ra’s queria colocar em prática de espalhar a arma química Alfa-Ômega em Starling e dizimar sua população.

Lembra os flashbacks medonhos de Oliver e o casal Yamashiro na China que tanto critiquei na outra resenha? Só serviram para introduzir esse vírus Alfa-Ômega na série, além de mostrar uma irmã gêmea da Shado de forma completamente inútil!



O episódio final que tinha tudo para ser épico, afinal, mostraria a revanche de Oliver contra Ra’s Al Ghul foi patético, e acabou com Ra’s sendo derrotado em combate por Oliver e a força policial metendo bala no Arqueiro após sua vitória. Pareceria um final claro de redenção do herói depois que ele passou para o lado negro, não é mesmo? Mas para piorar, quando ele despenca da ponte onde se deu a luta contra Ra’s, eis que a Felicity surge voando dentro do traje ATOM, já que Ray Palmer se encontrava impossibilitado de ajudá-lo por estar cuidado do antídoto para os infectados por Alfa-Ômega. Show de horror, gente!



Mas e os tiros que ele levou, Rodman?

Relaxa. O traje da Liga dos Assassinos que ele usava era à prova de bala!

Talvez eu tenha exigido demais de uma série para canal aberto cujo meio de transmissão é conhecido por fazer séries água com açúcar que forçam no drama, mas que costumam resolver essas situações dramáticas de forma bem banal (Supernatural, Cof! Cof!), mas pelo potencial mostrado na segunda temporada em especial, Arrow parecia que nos proporcionaria bem mais do que o que nos foi oferecido nessa terceira temporada. A mulherada adora a parada romântica, e mesmo entre os espectadores homens havia muita gente torcendo pelo casal “Ollicity”, mas deram uma forçada monstruosa na barra nos 23 episódios para fazer com que eles terminassem juntos. 



Mesmo as cenas de ação deixaram a desejar, e o vilão Ra’s Al Ghul não era assustador como o Slade. Ele só era um velho chato que não conseguia responder nenhuma maldita pergunta sem ficar duas horas filosofando e dando voltas e voltas em um discurso monótono



Porra! O Ra’s Al Ghul do Liam Neeson comeria (no sentido gastronômico) esse Ra’s mala no café da manhã!



Arrow me desapontou muito (fazendo uma paráfrase à expressão famosa da série) nesse final de terceira temporada, e pouca coisa se salvou na temporada inteira. Parece que a criação do Flash nesse universo televisivo meio que apagou a importância do Arqueiro Verde de tal forma que ele não parece mais ser capaz de sustentar a própria série. Flash foi excelente em sua temporada solo, o que não parece que vai se repetir com o restolho de personagens das duas séries que vai ser Legends of Tomorrow, o spin-off que, inclusive, já vai reviver a Sara Lance e que reaproveitará o Eléktron (ATOM, NEUTRON, enfim!) genérico do Homem de Ferro nas aventuras dos heróis do amanhã. Acho que isso vai fedeRRR. E digo fedeRRR com todos os éRRes!



Nota: 6,5

NAMASTE! 

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...