21 de agosto de 2016

Rio 2016 - A Olimpíada do Brasil!


Em 2012 eu ainda tinha cabelo escrevi sobre o desempenho dos atletas brasileiros na famigerada Olimpíada de Londres, e de lá pra cá, pouca coisa mudou com relação a investimento e oportunidades no que se refere à questão de esportes olímpicos, mesmo assim, o Brasil pode se orgulhar de ter feito sua melhor participação nas Olimpíadas, conquistando 19 MEDALHAS, sendo 7 de OURO, 6 de PRATA e 6 de BRONZE.

Sim.

Tinha tudo para ser um fiasco televisionado para todo o mundo, mas assim como aconteceu na Copa do Mundo (igualmente sediada em terras tupiniquins) os organizadores provaram que podiam fazer milagres mesmo com pouco dinheiro de investimento. Afinal, o que são módicos R$ 37,7 Bilhões (a Copa 2014 custou R$ 25,6 Bilhões) para se fazer um evento desse calibre, não é mesmo?


APESAR das enormes adversidades, a Rio 2016 pode ser considerada um SUCESSO. Entre piadinhas engraçaralhas do Prefeito Eduardo Paes (canguru é a mãe!), problemas no Estádio Olímpico como as acomodações mal terminadas dos atletas estrangeiros, da comum falta de segurança nos arredores do mesmo Estádio e do assim encarado como “mal comportamento” da torcida brasileira, que foi acusada de mal educada pela maioria dos atletas que tiveram que aguentar vaias, gritos e xingos enquanto tentavam se concentrar para completar séries, ainda assim, entre mortos e feridos, salvaram-se todos, e a torcida se divertiu.


Numericamente falando, a Rio 2016 foi a nossa MELHOR OLIMPÍADA, considerando a quantidade de medalhas conquistadas. Sim, povo brasileiro! O Brasil NUNCA alcançou a 13ª posição no ranking geral e nem tampouco conquistou tantas medalhas douradas numa mesma edição. O mais próximo disso foi em Atenas, edição em que o Brasil trouxe para casa 5 douradas.


Em 2016, nossa primeira medalha de Prata saiu no TIRO! Felipe Wu, de 24 anos foi o primeiro medalhista na modalidade pistola de ar 10m DA HISTÓRIA do Brasil, e isso NO PRIMEIRO dia de competição. O esporte não é nada badalado em nosso país (exceto no mundo da criminalidade), mas claro que a medalha conquistada por Wu foi muito bem vinda.


A PRIMEIRA medalha de Ouro saiu no Judô, graças aos esforços de Rafaela Silva de 24 anos, que derrotou na final a atleta da Mongólia Sumya Dorjsuren, vencendo não só o desafio representado por sua adversária, como também toda a desconfiança e preconceito racial que sofreu desde que foi derrotada em Londres 2012.


O Boxe brasileiro também havia feito bonito em Londres (com três medalhas), e dessa vez foi representado (e MUITO BEM) pelo baiano Robson Conceição, de 27 anos, que sentou o braço no francês Sofiane Oumiha pela categoria leve (60 Kg) e trouxe o Ouro inédito.


Em 2016 tivemos medalhas inesperadas e grandes decepções por parte de atletas que tínhamos CERTEZA que trariam o Ouro olímpico, mas nenhum atleta foi tão subestimado quanto Thiago Braz, de 22 anos, que no Salto com Vara foi lá, fez sua parte e deixou para traz vários atletas gabaritados, alcançando a incrível marca de 6,03 metros. Sejam sinceros: Quem conhecia o jovem atleta de Marília – SP antes dos jogos de 2016? Agora ele entra para a história!


Com Torben e Lars Grael e Robert Scheidt o Brasil sempre teve alguma tradição na vela ao longo dos jogos olímpicos, e em 2016 não foi diferente. A sobrinha de Lars, Martine Grael e sua dupla Kahena Kunze trouxeram mais um Ouro para o Brasil na classe 49er FX da vela. A dupla bateu continência na hora de subir no degrau mais alto do pódio em respeito ao título militar que receberam por poder treinar no quartel e receber incentivo do Exército Brasileiro. 


O gesto ainda foi repetido no pódio nas conquistas de Alison e Bruno, que na areia, confirmou o favoritismo do Brasil no vôlei, vencendo a dupla italiana Nicolai e Lupo por 2 sets a 0 na final, o que garantiu mais um Ouro para o país varonil.


Desde 1992 em Barcelona, o Brasil NUNCA deixou de trazer uma medalha para casa com o vôlei, seja os de quadra (masculino e feminino) ou os de areia (masculino e feminino). Nossa tradição é tão grande, que há muito tempo somos considerados uma POTÊNCIA olímpica nesse esporte, e já colocamos na roda grandes adversários como os russos, os sérvios, os italianos e americanos. Em 2016, infelizmente as meninas do vôlei de quadra não conseguiram passar pela muralha da China chamada Ting Zhu de 21 anos, e saíram da competição sem NENHUMA medalha. Na praia, a dupla favorita Talita e Larissa foi derrotada no confronto pela medalha de Bronze pelas americanas Walsh e Ross após uma campanha de certo modo irregular. Sobrou para Ágatha e Bárbara (que derrotaram as mesmas Walsh e Ross) a disputa pelo Ouro, mas a segunda dupla feminina brasileira acabou parando no forte ataque das alemãs Ludwig e Walkenhorst, ficando apenas com a medalha de Prata.


Completamente desacreditada, e com uma campanha bem irregular ao longo da Rio 2016, a seleção do Bernardinho cresceu inacreditavelmente nas duas últimas partidas, e após despachar a Rússia com 3 sets a 0 na semifinal e a Itália na emocionante partida valendo o Ouro, o Brasil se tornou Tri-Campeão Olímpico (92-04-16), tirando aquele gosto amargo que havia ficado em Londres com a virada no final que nos custou o Ouro. Serginho aos 40 anos, foi coroado com um segundo Ouro olímpico, e se despede da seleção em GRANDE ESTILO. Já pelo lado da nova geração, fica claro o nosso agradecimento a força de Lucão, Lipe, Walace e Lucarelli, que jogou no sacrifício com várias dores musculares, mas que ajudou o time a conquistar o lugar mais alto do pódio.


E o futebol, hein?

Em 2012 a Seleção feminina passou em branco pelo quadro de medalhas, e em 2016, apesar do apoio popular da torcida que viu na artilheira Marta a esperança olímpica, a Seleção acabou caindo na disputa pelo Bronze. Ao lado das igualmente guerreiras Cristiane e Formiga e da excelente goleira Bárbara, Marta não conseguiu superar a força das canadenses e o time brasileiro foi derrotado por 2x1 após a vitória suada e emocionante contra as australianas pelas quartas de final nos pênaltis e a derrota para as suecas (também nos pênaltis) nas semifinais. As meninas pediram emocionadamente para que a torcida brasileira NÃO DESISTISSE delas após o resultado negativo, e com a falta de apoio midiática elas não têm nada do que se envergonhar. O Brasil é quem está em falta com elas.

O mundo dá voltas, não é queridinha?


Nem eu e nem NINGUÉM que gosta de futebol esperava que a Seleção Masculina fosse sequer chegar ao pódio, e olha só o que aconteceu!

Desacreditada desde os 7x1 da Copa do Mundo de 2014 e pelos resultados pífios nas últimas competições que disputou, a Seleção Masculina de Futebol chegou execrada nas Olimpíadas, com direito a troca de camisas do Neymar pelas de Marta por parte da torcida. Mascarados e peladeiros eram os apelidos preferidos das jovens “estrelas” que contavam em seu elenco com Gabigol e Gabriel Jesus, os mais criticados ao longo da Rio 2016. Neymar e sua eterna troca de farpas com torcedores e representantes da mídia esportiva foi o mais cobrado de todos, e assumiu a posição de Capitão sem qualquer confiança. 


Com duas partidas sem marcar gol contra duas seleções consideradas fracas (África do Sul e Iraque), o time caiu em desgraça total, ainda mais comparado às meninas da seleção, que àquela altura goleavam todas as adversárias. Marta > Neymar era a hashtag preferida de 11 entre 10 brasileiros, mas o jogo virou quando a seleção goleou a Dinamarca (4X0), escorraçou Honduras (6X0) nas quartas e venceu a Alemanha na final, após defesa EXCEPCIONAL do goleiro Weverton, que assumiu a vaga após a lesão que tirou Fernando Prass das Olimpíadas. Após o resultado de 1X1 no tempo regulamentar e na prorrogação, a disputa de pênaltis foi inevitável, e no último chute da Alemanha, o goleiro acabou levando a melhor, jogando para Neymar a responsabilidade de converter a última cobrança e garantir o Ouro inédito para a seleção pentacampeã do mundo. Para alguns, a “selecinha” dos mascarados e milionários não fez mais do que sua obrigação, até porque de todos os atletas brasileiros que disputam as Olimpíadas, eles têm os salários mais gordos e o incentivo mais invejado por parte do governo e da mídia. Você se lembra de algum ano em que não se teve cobertura de campeonatos de futebol no Brasil?


E não só de Ouro vivem os atletas olímpicos. Para atingirmos a melhor colocação nas Olimpíadas de todos os tempos, os atletas de Prata e Bronze também precisaram se esforçar MUITO. O que dizer do baiano Isaquias Queiroz que se tornou o PRIMEIRO brasileiro a ganhar TRÊS MEDALHAS em uma mesma edição dos jogos, conquistando duas de prata e uma de bronze na canoagem?


E de Rafael “Baby” Silva que conquistou sua segunda medalha de bronze em Olimpíadas no Judô (peso pesado)?


E de Mayra Aguiar que também repetiu seu feito em Londres, conquistando o bronze em 2016?


E do nosso campeão Arthur Zanetti da ginástica artística, que trouxe a prata?


E de Poliana Okimoto que descolou um Bronze após a desclassificação de uma atleta francesa na maratona aquática?


E da COMEMORADA medalha de Prata (com gosto de Ouro) conquistada por Diego Hypólito na ginástica artística após os fracassos de Pequim e de Londres? Coadjuvante até então, Arthur Nory conquistou a medalha de bronze na MESMA prova em que Hypólito levou a prata, e foi emocionante ver a bandeira brasileira tremular duas vezes na mesma competição.


Na reta final dos jogos olímpicos o taekwondo conquistou mais uma medalha de bronze, e o autor do feito foi Maicon Andrade de 23 anos, que antes disso, não estava nem entre os 10 melhores do ranking de sua categoria.


O Brasil só tem a agradecer a esses guerreiros olímpicos, que contra todas as ADVERSIDADES conseguiram arrancar 19 medalhas no ranking olímpico contra as potências representadas por Estados Unidos (121 medalhas), Grã-Bretanha (67 medalhas) e da China (70 medalhas).Talvez nunca cheguemos a ser tão grandes quanto eles, talvez nunca tenhamos a mesma disciplina e garra que eles têm, talvez nunca formemos Usain Bolts, Michael Phelps e Simones Biles por aqui, mas uma coisa é certa: Sempre seremos capazes de cair e nos levantar, mostrando que no quesito competição, somos IMBATÍVEIS!

Obrigado a todos os atletas pela festa linda que foi a Rio 2016. A disputa olímpica provou que corrupção, mandos e desmandos nunca poderão ser mais importantes que o ESPORTE.

Ps.: Assim como muitos de vocês, eu não pude acompanhar nem 50% da cobertura da Rio 2016, e olhe que eu tinha acesso a 16 CANAIS de transmissão da SporTV. ¬¬’

Ps.2: Eu também estava achando que os jogos olímpicos no Rio iam ser um fiasco até ver a Festa de Abertura e queimar a língua. Toma no cu aí, Rodman!

Ps.3 – Por falar em festa de abertura... Ivete > Anitta!

NAMASTE!


24 de julho de 2016

Qual a série de SUPER-HERÓIS DO MOMENTO?


Entre maio e Junho de 2016, o Blog do Rodman colocou no ar a ENQUETE sobre Qual é a série de Super-Heróis do Momento, e a lista incluía quatro seriados da Warner/DC (e afiliados) e quatro seriados da Marvel (e afiliados). A ideia, claro, não era apimentar a ETERNA rivalidade entre DC e Marvel, mas sim saber, afinal, entre tantas opções televisivas com o tema super-heróis, qual tem sido a melhor e a que mais tem atraído público.

Pela DC, estavam na disputa as séries The Flash, Arrow, Legends of Tomorrow (as três transmitidas pela CW) e Supergirl (transmitida nessa primeira temporada pelo canal NBC). Pelo lado da Marvel tínhamos Agents of SHIELD, Agent Carter (ambas da ABC), Jessica Jones e Demolidor (ambas produzidas e transmitidas exclusivamente pela Netflix).

Empatadas em Terceiro lugar, todas com 9% da preferência dos leitores do Blog do Rodman, ficaram Jessica Jones, Supergirl e Arrow


Não tive a vontade oportunidade de escrever aqui sobre a série da Jessica Jones, cuja ideia surgiu do competente arco escrito por Brian Michael Bendis para o selo adulto Marvel Knights, no início do século, mas a série apesar de arrastada, consegue agradar a gregos e troianos. Toda a relação doentia de Jessica com Zebediah Killgrave (o Homem Púrpura) vivido magistralmente por David Tennant consegue conduzir muito bem a história, mas o fato dela o capturar pelo menos umas TRÊS VEZES ao longo dos treze episódios, e SEMPRE o deixar fugir, acaba incomodando bastante, além de nos fazer pensar porque RAIOS ela já não tinha acabado de vez com ele, já que era imune a seu controle mental? 


Krysten Ritter é a intérprete perfeita para a heroína porra-louca criada por Bendis nas HQs, e é realmente impressionante a forma como ela combina com a petulância e arrogância que Jones nos passa. A falta de saco (e não estou falando de forma literal) de Jessica e a incapacidade TOTAL de seguir ordens ou conselhos nos faz torcer pela personagem, e até a maneira como ela se interessa romanticamente por Luke Cage (um cara invulnerável) é convincente, já que sua super-força a torna uma mulher um tanto quanto difícil de se relacionar. 


Jessica Jones fala muito sobre ABUSO, e como esse tipo de crime pode reverberar negativamente na vida de uma pessoa. Uns três ou quatro episódios a MENOS deixariam a história da série bem mais enxuta, mas nada que algumas cochiladas entre os episódios não resolva!

Por falar em cochilada... Puta que pariu! O que foi essa quarta temporada de Arrow?


A série do Arqueiro Verde já vinha num declínio impressionante desde a terceira temporada, mas na quarta deu-se a impressão que os produtores PERDERAM COMPLETAMENTE A MÃO na direção da história dos personagens. A chatice que se tornou a relação entre Oliver e Felicity foi só um dos pontos negativos da série, que continuou se afundando ao colocar um vilão com poderes místicos para enfrentar as pífias habilidades de um cara que dispara flechas... E mais nada! Vivido por Neal McDonough, o vilão Damien Darhk a todo momento parece ser MAIS do que o Arqueiro Verde pode enfrentar, e ao longo dos 23 episódios da arrastada série, ele tem VÁRIAS oportunidade de ACABAR com o herói, e apesar de ser um cara frio e calculista, ele se recusa a matar Oliver... Sem qualquer razão. Embora tente, Oliver nunca consegue atrapalhar os planos de Darhk, e mesmo assim o vilão não o liquida de vez. 


A disputa entre os dois não faz o menor sentido, e os conflitos ideológicos de ambos só não são piores que as coreografias de luta que antes eram o ponto forte do seriado. Sem exceções, os personagens de Arrow se tornaram insuportáveis, e a certo ponto da série a gente até torce para que o Damien Darhk acabe de uma vez com todos eles. Tem conflitinho entre Oliver e Diggle, conflitinho entre Oliver e Thea, conflitinho entre Thea e seu pai Malcolm Merlyn... E nenhum desses conflitos levam a série para frente. Pelo contrário! O climão de novela ruim das oito faz com que o enredo principal não se desenvolva, e que fiquemos torcendo a cada episódio para alguma reviravolta que faça com que as coisas se movam. 


Não sei como conseguiram, mas a quarta temporada conseguiu ser pior do que a anterior.


Produzida pelos mesmos criadores de Arrow e The Flash (Andrew Kreisberg e Greg Berlanti) a série da Supergirl teve sua primeira temporada exibida pelo canal NBC, e nos mesmo moldes de suas antecessoras, conseguiu certo sucesso reaproveitando personagens secundários do universo do Superman e os tornando relevantes. 


Após dois episódios mornos, devo confessar que havia desistido prematuramente da série, após me desagradar com o climinha água com açúcar de Malhação que a série parecia insistir. O triângulo amoroso entre Kara Danvers, James Olsen e o técnico de TI Nerd da CatCo. me parecia extremamento forçado, mais ainda por achar que Winn Schott (que na história é filho do Homem-Brinquedo) tem muito mais a personalidade atrapalhada de Jimmy Olsen que o PRÓPRIO Jimmy Olsen, que na série é completamente diferente de todas as suas versões midiáticas.


Desde os primórdios James Olsen sempre foi retratado como um moleque atrapalhado e por vezes tímido que servia de sidekick para o Superman, e na série ele não só é atlético como também tem a maior pinta de pegador, namorando inclusive a irmã de Lois, Lucy Lane. Não entendi a razão de se criar o Winn sendo que seria mais fácil só termos James Olsen, desde que ele tivesse a personalidade do Winn... Mas enfim, divaguei.


O elenco de apoio da série é muito bom, e a maioria dos personagens são velhos conhecidos das histórias dos anos 80 e 90 do Superman. Temos a tempestiva Cat Grant (antiga repórter do Planeta Diário e que na série tem agora sua própria empresa de mídia), Hank Henshaw (que mais tarde se torna o Superciborgue no período da Morte do Superman), o Tornado Vermelho (numa das piores caracterizações da série!) e até mesmo algumas vilãs como a LiveWire (que esqueci o nome dela em português!), a Banshee Prateada e a Máxima, a alienígena que queria casar com o Superman. Uma das grandes surpresas é a aparição do Caçador de Marte, que se torna uma espécie de mentor para a Supergirl.


As homenagens ao passado televisivo e cinematográfico do Superman e da própria Supergirl também são levadas em consideração, colocando o ator Dean Cain como Jeremiah Danvers (pai adotivo de Kara) e Helen Slater como Eliza Danvers, a mãe adotiva da kriptonyana. Para quem não sabe, Dean Cain era o protagonista da série Lois & Clark nos anos 90 e Slater viveu a Supergirl no filme que veio na onda do sucesso dos clássicos de Richard Donner e Christopher Reeve dos anos 80. 


Com bons momentos de emoção brilhantemente interpretados pela lindíssima Melissa Benoist a série tem pontos altos que merecem ser destacados, mas sofre de efeitos visuais ruins e momentos de vergonha alheia como o "não aparecimento" do Superman em momentos chaves da história. Sabemos que o foco do enredo é na Supergirl, mas fingir que o Superman "está ocupado", ou que está "incapacitado" ou somente mostrar seus pés (!) é meio que forçar a  inteligência do espectador. Sabemos muito bem que não havia orçamento para que o Homem de Aço aparecesse, e que seu ator ainda não havia sido escolhido! Era mais fácil ignorar a existência dele, ou então dizer que ele estava em alguma missão intergaláctica. Pegou mal esse tapa-buraco de roteiro.  


Com 32% da preferência do público, The Flash abocanhou o SEGUNDO lugar na enquete, como a melhor série do momento.

Não há como negar que a série do Homem Mais Rápido do Mundo é um sucesso de público, e isso porque conseguiu se libertar de Arrow e construir sua própria cronologia. A ideia de existir um Multiverso tornam as possibilidades de roteiro quase infinitas, e essa brincadeira de saltar entre mundos foi com certeza a melhor coisa que já aconteceu em The Flash


Quando pensávamos que não podia surgir um vilão pior do que o Flash Reverso, os produtores nos presentearam com o fodástico Zoom, um cara literalmente viciado em velocidade e que almeja ser o Homem mais Rápido de todos os universos conhecidos. Quando ele derrota Barry Allen (num dos episódios mais fantásticos dessa segunda temporada), o espectador passa a acreditar que nada que o Flash e seus amigos possam fazer vai conseguir detê-lo, e do meio da temporada para frente Allen entra num jogo psicológico arriscado na tentativa de vencer aquele que se torna o seu pior pesadelo. 


Nevasca, Vibro, Tubarão-Rei, Zoom e Jay Garrick (Joel Ciclone!) são só algumas das participações especiais da segunda temporada de The Flash, cuja season-finale deixou os fãs em polvorosa ao notarem que com seu último ato, Barry Allen acabou criando o Flashpoint, arco que nas HQs, deu origem ao criticado universo dos Novos 52. Ansiedade pura para a Terceira temporada que estreia em Outubro.


Com 38% dos votos dos leitores, Marvel's Daredevil foi escolhida a série DO MOMENTO, o que comprova que a parceria Marvel/Netflix foi um dos MAIORES acertos dos últimos anos. 

Após a avassaladora primeira temporada que conquistou não só os cinco ou seis fãs do Demolidor pelo mundo, mas também o público civil que só o conhecia pelo horrível filme dirigido por Mark Steven Johnson, a Marvel e a Netflix resolveram produzir logo uma segunda temporada, algo que pelo que tinha sido apresentado, NÃO ESTAVA nos planos das duas empresas. Inicialmente havia se falado em uma série solo de cada um dos buchas personagens que mais tarde formariam Os Defensores, Demolidor, Luke Cage, Jessica Jones e Punho de Ferro, e não haviam planos para uma segunda temporada de nenhum deles. O sucesso de Demolidor foi tão grande, e os personagens da série caíram tanto no gosto do público que a Netflix mandou ver na produção de uma segunda temporada, antes mesmo que Luke Cage ou Punho de Ferro estreassem. 


A série de Danny Rand, inclusive, chegou a ser ameaçada de cancelamento antes mesmo de ser produzida, isso porque na segunda temporada de Demolidor outro anti-herói acabou caindo no gosto do povo: O Justiceiro.


O Justiceiro faria apenas uma ponta em Demolidor, e a Netflix chegou a jurar de pé junto que não havia planos para uma série solo. O personagem de Jon Bernthal foi tão espantoso, no entanto, que chegou a se boatar que o Justiceiro tomaria o lugar do Punho de Ferro nos planos para os Defensores, o que foi desmentido mais tarde. O que se sabe hoje é que ambos os personagens terão suas séries solo, o que empolga ainda mais quem curtiu ver Frank Castle retalhando seus adversários na prisão Blackgate. 

Em muitos anos, temos um Justiceiro bem fiel a sua persona das HQs, e o maluco Shane de The Walking Dead caiu como uma luva na pele do sanguinário personagem criado na década de 70 por John Romita Sr. e Gerry Conway


A porradaria é ainda mais intensa nessa segunda temporada, e se nos deleitamos com a famosa cena do corredor da primeira temporada, desta vez fomos presenteados por dois momentos memoráveis: Demolidor descendo as escadas de um prédio sentando o braço em ninjas e o Justiceiro num corredor da prisão socando e esfaqueando bandidos a mando de Wilson Fisk. Sensacional! 


Com um plot muito inchado com várias tramas e sub-tramas sendo tratadas ao mesmo tempo, a Season 2 de Demolidor se tornou um tanto quanto exagerada e um pouco inferior a Season de estreia. Dava para lidar apenas com o Justiceiro em uma temporada e com Elektra e o Tentáculo em outra, sem que as tramas ficassem muito extensas. Adicionando Wilson Fisk novamente, sendo que seu arco havia sido encerrado com o fim da primeira temporada, tivemos muita coisa para lidar em apenas 13 episódios, mas isso não foi um desastre como poderia ter sido, graças a Odin! 

Enquanto Agents of SHIELD e Agent Carter mergulharam na mesmice em suas últimas temporadas, Demolidor desponta como a MELHOR série em live-action da Marvel em muitos anos, e esperamos que continue assim.


Por falar em AOS, a série teve 3% dos votos do público, o que demonstra que o interesse sobre as aventuras dos pupilos de Nick Fury anda bem baixo, mesmo incorporando elementos sobrenaturais como os Inumanos e os Krees. A resistência em NÃO ampliar a visão sobre o universo super-heróico da Marvel na TV afasta o público gradativamente, e para piorar, seus personagens já não são mais tão cativantes.


Agent Carter, a série que conta(va) a história da criação da SHIELD foi cancelada prematuramente após sua segunda temporada, que aliás, ficou muito aquém da temporada de estreia. Apesar de ter personagens cativantes (Jarvis era disparado o MELHOR personagem) a série se perdeu completamente ao sair do clima Noir de espionagem para a pseudo-científico, e mesmo mostrando o passado da agência russa que criou a Viúva Negra, mostrando os talentos de Howard Stark e da própria Peggy Carter, Agent Carter não resistiu, e se tornou um dos poucos fracassos recentes da Marvel. A série também ficou com 3% da preferência dos leitores.  

Finalizando a enquete, a série que juntou os maiores refugos de Arrow e The Flash também ficou com 3% da preferência dos leitores, e Legends of Tomorrow deve ter conquistado algum público, já que anunciou uma segunda temporada. Vi os dois primeiros episódios e para mim bastou. Chega de ver coisa ruim! 

NAMASTE!

12 de junho de 2016

REVIEW - O APOCALIPSE DOS X-MEN


Ultimamente tenho recebido várias críticas de amigos questionando meu mau humor constante sobre as recentes produções cinematográficas baseadas em histórias em quadrinhos, e admito que não tenho sido muito tolerante à FORMA como essas adaptações têm sido feitas. Minha rabugice só aumenta quando percebo que essas produções, em sua grande maioria, NÃO SÃO mais feitas para pessoas da minha idade, o que não diminui minha vontade de dar minha opinião acerca delas, e nem o meu poder de criticá-las. 

Vou dizer logo: Eu não gostei de X-Men : Apocalipse.

Aiiinnn, Rodman! Você é velho, feio e bobo! O filme é massa, a Mística é nossa heroína e o Apocalipse é o maior vilão do cinema e mimimimi!


Que bom pra você que foi lá assistir, sentou a bunda na poltrona, encheu o rabo de pipoca e Coca Cola e ainda gostou do filme. O seu ingresso foi muito bem gasto. Não ouso dizer que gastei dinheiro pra ver X-Men, mas esperava muito mais do encerramento da nova trilogia dos Filhos do Átomo. O mais irônico é que no próprio filme existe uma citação da personagem Jean Grey (Sophie Turner) apontando o que nós já podíamos esperar do meio para o fim do filme: "O terceiro filme sempre é o pior!", se referindo ao Retorno de Jedi, sucesso que estava em cartaz na época do filme, 1983.


Após se aventurar pela Warner/DC com o fracasso de Superman Returns e ser MUITO criticado por sua direção equivocada levada a homenagear DEMAIS os clássicos de Richard Donner, Bryan Singer, o diretor dos primeiros dois X-Men (2000 e 2003) aceitou voltar ao universo que alavancou a sua carreira, e ele foi o produtor executivo de X-Men: Primeira Classe (2011) o primeiro e muito bem sucedido filme da nova trilogia. Singer voltou a dirigir os mutantes em Dias de um Futuro Esquecido (2014), filme que já começou a dividir a opinião dos fãs, e topou retornar para encerrar a nova trilogia, trazendo para antagonizar os heróis, um dos vilões mais emblemáticos do final dos anos 80 e todo os anos 90: Apocalipse.


X-Men: Apocalipse já começou a receber críticas muito antes de emplacar nos cinemas, e isso pela escolha de caracterização do vilão, que mais parecia o errático Ivan Ooze do filme dos Power Rangers. Vivido por Oscar Isaac (O Poe Dameron de O Despertar da Força), o vilão Apocalipse do filme não consegue nos passar a seriedade e a imponência pelo qual ele é conhecido nos quadrinhos e também nas animações (X-Men Série Animada e X-Men Evolution). A culpa nem é de Isaac, cujo talento interpretativo fica oculto por baixo de QUILOS de maquiagem e próteses, mas sim da direção fraca de Singer e pelo roteiro pior ainda de Simon Kinberg, que não consegue fazer com que o vilão sequer PAREÇA ameaçador.


Você que viu o filme e gostou, responda sinceramente: Quais são os poderes do Apocalipse no filme?


O roteiro entrega que ele é um amálgama de vários mutantes para os quais ele transferiu sua consciência (o que o torna imortal), mas diferente de sua versão de papel, o Apocalipse do filme parece possuir poderes sobre a areia (?) vide a cena em que ele decapita alguns indivíduos ou os mescla a paredes (?), além de poder se teletransportar. Nas animações ou nos games estamos acostumados a ver o Apocalipse em sua forma gigantesca ou com algum tipo de controle mecânico, o que nunca explicou necessariamente qual era seu poder mutante. Até aí está bem fiel a sua origem, já que NINGUÉM nunca soube explicar o que diabos esse merda sabe fazer!


O visual do Apocalipse, no entanto, é indefensável, já que ele não se assemelha em nada aos faraós do qual se origina (representado no início do filme, que tem ligação com a cena pós-crédito de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido) e muito menos ao personagem dos quadrinhos e sua aparência robótica. Mais ainda do que seu visual pouco assustador (e que as provas de figurino mostram que podia ser MUITO MELHOR), as motivações do primeiro mutante da história não são convincentes. 


Aiiin, Rodman! Ele queria conquistar o mundo, matar os humanos e fazer os mutantes evoluírem. Deixa de ser burro!!

Sim, ele queria isso, mas quais foram as suas ações no filme que justificaram essa sede de conquista? 

Para concretizar seus planos, En Sabah Nur escolhe seus novos quatro cavaleiros do apocalipse no presente, depois que é acordado por acaso de seu sono milenar por uma fresta de sol, e revivido por acaso por alguns fanáticos religiosos, aos olhos de Moira McTargget (Rose Byrne). Enquanto procura entender o mundo moderno absorvendo as ondas da TV (?), En Sabah Nur recruta Ororo Munroe (Alexandra Shipp) no Cairo, mutante capaz de controlar os ventos, indo em seguida atrás de Psylocke (Olivia Munn), o Anjo (Ben Hardy) e por último de Magneto (Michael Fassbender), homem cuja alma está destruída mais uma vez pela morte da esposa e da filha pelas mãos dos humanos.


Alheio ao surgimento dessa nova ameaça, o Professor Xavier (James McAvoy) abre sua Escola para Jovens Superdotados em sua mansão, acolhendo mutantes inexperientes na utilização de seus dons, entre eles o irmão de um de seus primeiros X-Men, Alex Summers (Lucas Till), o jovem Scott Summers (Tye Sheridan). Com a ajuda de Hank McCoy (Nicholas Hoult), Xavier treina seus jovens mutantes para uma convivência pacífica com a humanidade sem que nunca percam o controle de seus poderes, mas é inserido diretamente no conflito contra Apocalipse quando é raptado pelo antigo faraó. Apocalipse percebe que Xavier possui a mente mais poderosa do mundo, e ele planeja transferir sua consciência para o corpo do professor para que com seus poderes mentais ele possa influenciar o restante dos mutantes, é aí que sob o comando de Mística (Jennifer Lawrence) os jovens pupilos de Xavier decidem ajudar seu mentor, partindo para o combate contra Apocalipse e seus Cavaleiros. 


Cara... Essa história podia ter dado TÃO CERTO!!

Para começar, se eu fosse o roteirista, não apostaria MAIS UMA VEZ na dualidade de personalidade de Magneto, o colocando como o cara amargurado que no final acaba fazendo o certo. Já vimos isso nos dois primeiros filmes! Desta vez, a aposta poderia ser no lado heroico de Erik, o colocando como o adversário principal de Apocalipse, algo que vimos na saga em quadrinhos A Era do Apocalipse. Nela, com a morte de Xavier, Erik se torna o líder dos X-Men, e sua visão paramilitar leva os heróis mutantes a um conflito direto com o vilão faraônico num futuro não muito distante. 


No filme, uma vez que Xavier havia sido raptado, a Mística poderia apelar para a ajuda de Magneto, que vendo a grandiosidade da ameaça que Apocalipse representava para o mundo, se interporia ao vilão, aproveitando para salvar o amigo. Veríamos uma batalha épica de um time de X-Men comandados por Magneto contra os Cavaleiros do Apocalipse, e não só algumas lutas mequetrefes feitas num CGI porco (produzidos por John Dykstra) e com coreografias fuleiras usadas apenas para justificar a presença de alguns personagens.


Quem seria seu quarto cavaleiro do apocalipse no lugar de Magneto, Rodman?

Sei lá! Qualquer mutante meia-boca poderia ficar no lugar do Magneto ao lado do Apocalipse, já que ele não os havia escolhido pela grandiosidade de poderes, e sim por alguma conveniência de roteiro.

Peraí... Quem foi cavaleiro do apocalipse nas HQs? O Anjo! Sim! Ele é massa! Ele tem asas metálicas! Ele é rock n' roll! Vamos colocá-lo no filme!
Quem mais?
Aquela gostosa de roupa azul, a Psylocke. Ela só servia para dar voadoras de pernas abertas nas HQs. Não precisamos dar falas para ela no filme e nem explicar sua origem. Aliás, nem vamos falar que ela é inglesa e se chama Elisabeth Braddock. Apenas vamos usá-la como uma estátua de luxo!



A única que fez algum sentido como "cavaleira" do Apocalipse foi mesmo a Tempestade. Ao menos ela teve diálogos, seus poderes foram explorados antes dela receber um boost e até mesmo seus cabelos brancos foram justificados. No lugar de Magneto, eu colocaria até mesmo o Caliban, que no filme, me pareceu bem caracterizado fisicamente e que não teve lá muito função ou então usaria o Wolverine como um Cavaleiro da Morte secreto que se revelaria no final do filme como sendo o carcaju. Os roteiristas perderam uma chance monstruosa de tornar o Magneto de vez aquilo que ele vinha despontando a ser desde X-Men: Primeira Classe: O grande protagonista da história


Bom, foda-se minha ideia do que ficaria bom no filme!

Na realidade de Apocalipse, Magneto se torna um cavaleiro depois de perder a esposa e a filha, conquistadas no vácuo de tempo de 10 anos entre Dias de um Futuro Esquecido e o filme atual. Abalado mentalmente, Erik aceita seu lugar ao lado do déspota faraônico acreditando que seu destino é mesmo o de um destruidor, e que o sonho de Xavier não pode salvá-lo. No auge da batalha, Magneto fica na metade do tempo ocupado criando um campo magnético sei lá pra que, e quase nem entra em conflito com Ciclope, Jean Grey, Noturno (Kodi Smit-McPhee) e Peter (ou Mercúrio, que nunca é chamado assim, vivido novamente por Evans Peters). 


Cabe a modelo bonitinha de cabelos roxos que não sabe falar, usar suas katanas psíquicas contra o Fera enquanto Jean Grey, Noturno e Ciclope lutam aleatoriamente contra o Anjo (que também não é chamado de Warren Worthington no filme e que também não tem quase NENHUMA fala). Peter, que possui uma ligação familiar com Magneto se une a Mística para tentar dissuadi-lo de suas ações para exterminar a raça humana, mas tudo é feito de forma tão superficial e tosca que não causa qualquer emoção ou aquele efeito de catarse durante os momentos decisivos do filme. 


Uma hora depois de ver o filme, eu já tinha esquecido grande parte das cenas de ação, e eu só conseguia me lembrar dos efeitos visuais extremamente ruins usados nos principais momentos do filme. Se isso quer dizer que estou ficando cada vez mais velho e ranzinza, e não necessariamente que essas produções baseadas em quadrinhos SÃO RUINS MESMO, então devo aceitar a opinião de meus amigos. Estou mesmo!  

Nossa, Old Man Rodman! Você não gostou de nada no filme?

Gostei sim, jovem padawan. Apesar da construção do filme ser bem qualquer nota, existem pontos muito bons em meio a X-Men: Apocalipse, e muitas delas envolvem o elenco da bagaça.


Desde Primeira Classe, os filmes dos X-Men têm um elenco de primeira, que salvo um ou outro elo fraco, consegue sustentar a história. Michael Fassbender, James McAvoy e Jennifer Lawrence não são as estrelas da franquia X a toa. Eles realmente abraçam seus papeis com unhas e dentes, dando o máximo de suas interpretações para tornar Magneto, Charles Xavier e Mística condizentes com suas personalidades. É fato que Bryan Singer poderia ter tirado MUITO MAIS emoção de Fassbender na cena em que sua família é morta por acidente, ou no momento em que ele percebe que está do lado errado e se volta contra Apocalipse, mas ali não é o Fassbender quem está no comando. O cara é um puta de um ator, e quase 70% do sucesso de First Class se dá pela imponência que ele dá a seu Magneto. Matthew Vaughn (diretor de First Class) consegue extrair bem mais do ator do que Bryan Singer, e é uma pena que o cara estava envolvido com a produção de Kingsman 2 e não podia estar em X-Men Apocalipse na equipe criativa, como também estava em Dias de um Futuro Esquecido.


A estrelinha de Jennifer Lawrence brilhou mais uma vez no terceiro filme da franquia, e fica bem nítido o que o peso de seu Oscar sua presença acaba resultando na história. A Mística desse X-Men não é nem de longe a vilã sórdida que ela é nos quadrinhos, e ela é facilmente alçada a posição de heroína quando salva o Presidente em Dias de um Futuro Esquecido. Não por acaso, ela se torna a líder (?) de campo dos jovens mutantes, mas não é difícil imaginar que toda essa virada só ocorre porque a personagem é vivida por Lawrence, a nova queridinha de Hollywood. A atriz já não parece mais com saco para voltar a viver a mutante azul, e acho realmente difícil que ela retorne para um possível quarto filme. Seu destino parece mesmo ser o de ganhadora de Oscars.


O elenco juvenil do filme é encabeçado pela talentosa Sophie Turner, a Sansa de Game of Thrones, cujo sotaque britânico não chega a ser exacerbado na pele da poderosa Jean Grey. Ela tem bastante tempo de tela e forma uma dupla interessante com Tye Sheridan, o que nos faz pensar que o futuro da série pode ser bem promissor se ambos amadurecerem enquanto interpretam Jean e Scott. 


Por sua vez, Sheridan consegue trazer um frescor para o combalido Ciclope, personagem que foi praticamente deixado de escanteio por Bryan Singer na trilogia anterior, e que teve um final melancólico, morto por sua amada no discutível X-Men 3. Totalmente apagado devido a presença de Wolverine nos filmes antigos, o Ciclope cinematográfico nunca chegou a ser sequer a sombra do que herói era nos quadrinhos na era Chris Claremont, mas Sheridan acabou apresentando mais momentos bons do personagem do que seu antigo intérprete, o ator James Marsden.


Por incrível que isso possa parecer, eu também gostei dos visuais do Anjo e da Psylocke. Fisicamente os dois atores se assemelhavam muito com suas contra-partes das HQs, e disso NINGUÉM pode reclamar. As inúteis asas do Anjo conseguiram ganhar alguma importância em um combate físico, e mesmo antes das próteses metálicas inseridas nele por Apocalipse, o cara já conseguia se virar com elas. Em nenhum momento se preocuparam em explicar porque ele parecia um bêbado maltrapilho, e o personagem só serviu para representar o fan service: "Olha lá o Arcanjo!". Nem vou falar nada da maneira idiota com que ele é derrotado no filme.


Olivia Munn é com certeza a MELHOR Psylocke dos cinemas... Mas isso não é nenhum mérito. Sua concorrente em X-Men - Last Stand nem sequer possui os mesmos poderes que a das HQs, e só sabemos que se chama Psylocke porque a atriz que a interpreta é denominada assim nos créditos finais! Saquem o profissionalismo do negócio!


Quando a recatada e medrosa inglesinha com poderes psíquicos se torna a ninja chinesa fatal nos quadrinhos, temos uma mudança profunda de personalidade na personagem. Psylocke não só se torna mais capaz fisicamente (ganhando o upgrade de Matrix do "I know Kung Fu") como também se torna mais sensual. Quanto a isso, Olivia Munn está de parabéns. 

No filme, no entanto, sua personagem tem a profundidade de um pires, e nos poucos diálogos que tem, não explica em nada porque diabos ela está no filme. Como eu disse, seu visual pelo menos está impecável.


Presente em TODOS os filmes sobre X-Men até agora (incluindo o microssegundo em que ele manda Magneto e Xavier se foderem em First Class e a máscara do ator que o interpreta por baixo da máscara do Deadpool!!), é claro que o Wolverine não podia ficar de fora de Apocalipse. A sequência em que ele é apresentado não muda em nada a história do filme e não serve para NADA além de fazer a audiência ter orgasmos nas salas de cinema, mas devo confessar que é uma das melhores em que o personagem aparece na telona. Hugh Jackman está prestes a se aposentar do papel que o alçou ao estrelato (ou vocês acham que Swordfish o faria famoso???), e a cena baseada na HQ Arma X provavelmente vai ser a melhor coisa que vamos ver com relação ao personagem nesses quase vinte anos de X-Men no cinema. 


Aiiiin, Rodman! Ainda tem Wolverine 3. Esse vai ser o MELHOR filme de todos, Todos, TODOS! 

Aham. Vai sim. 

Com certeza vai! 

Não podemos esquecer a dedicação que Jackman sempre entregou ao viver o Wolverine na tela, mas temos que ser realistas que esse Logan nunca foi o Logan dos quadrinhos. Assim como o Ciclope nunca foi o Ciclope, a Tempestade nunca foi a Tempestade...

Sei que esse é o bloco em que eu deveria falar das coisas boas do filme, mas não dá pra negar que a cena da batalha psíquica entre Xavier e Apocalipse também podia ser bem melhor, não é mesmo?


No desenho, as batalhas psíquicas entre Xavier e o Rei das Sombras (personagem um pouco mesclado a esse Apocalipse do filme) são épicas, isso porque no Plano Astral Xavier está em seu verdadeiro elemento. Na realidade ele é um cadeirante fisicamente indefeso, mas no Plano Astral ele se torna poderosíssimo, porque lá ele só precisa usar o poder de sua mente. Perdemos a chance de ver um Xavier fodão lutando de armadura contra o En Sabah Nur, e em vez disso, mais uma vez apelaram para a Fênix, mostrando que Jean Grey por si só nunca foi grande coisa. Mesmo antes de ser dominada pelo Efeito Fênix, Jean já treinava para ser uma telepata tão poderosa quanto Xavier, mas nos filmes, fazem parecer que a Fênix é parte dela, e que ela se manifesta quando a própria Jean não vai dar conta. Achei essa mais uma grande falha do filme, mas o que é um peido para quem já está cagado?


X-Men: Apocalipse é quase tão ruim quanto X-Men: Last Stand, mas se salva um pouco por seu elenco carismático e por nos fazer lembrar de uma era em que os heróis mutantes eram os personagens mais importantes da Marvel. Num semestre onde ele disputou atenções com Deadpool, Batman v Superman e Capitão América: Guerra Civil, até que receber uma nota 7 não é um desastre total. E que venha o Sr. Sinistro no próximo filme!

PS.1 - As feministas estão exagerando. Quer dizer que o cartaz promocional mostrando o Apocalipse estrangulando a Mística é uma apologia a violência contra a mulher? Ah, pelo amor dos meus filhinhos! Ele é um vilão!! O que vocês esperavam que ele fosse fazer com ela? 


PS. 2 - Alguém mais achou que Alexandra Shipp com o pouco de tela que teve, se saiu melhor no papel da jovem Ororo do que Halle Berry em TRÊS filmes? 


PS. 3 - Alguém sabe explicar pra que serviu a Jubileu no filme?


NAMASTE!  

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