23 de julho de 2017

COMBO BREAKER #005 - Pantera Negra, Thor e Liga da Justiça


Ir a CCXP no final do ano em São Paulo é uma experiência e tanto, mas estar na San Diego Comic Con deve ser algo de explodir a cabeça! Nesse momento o grandioso evento está rolando, e diretamente de lá, trailers inéditos e fresquinhos estão pipocando para todo o mundo. Nesse post especial vou comentar um pouco sobre as minhas impressões dos trailers de PANTERA NEGRA, THOR RAGNAROK e LIGA DA JUSTIÇA


PANTERA NEGRA





Apesar de várias artes promocionais do soberano de Wakanda terem sido lançadas na SDCC, o trailer em si já tinha sido exibido há algum tempo antes do evento.

O que eu achei?



Conheço muito pouco da história do personagem Pantera Negra criado pela dupla Stan Lee e Jack Kirby, exceto que ele surgiu numa história do Quarteto Fantástico (desafiando o grupo inteiro na cara e na coragem) e que mais tarde ele viria a fazer parte dos Vingadores. Li muitas histórias do personagem já fazendo parte das fileiras dos Maiores Heróis da Terra, mas pouquíssimas aventuras solo dele. Uma que li e recomendo é a que recontou a origem do Pantera escrita por Reginald Hudlin e desenhada por John Romita Jr. lançada já nos anos 2000. 

Mas o que tem a ver o cu com as calças?



Tem que olhando o trailer eu percebi que, tirando o próprio Pantera e o Ulysses Klaw (Andy Serkis), eu não sou capaz de reconhecer MAIS NENHUM personagem ali, ou mesmo criar uma relação de suas aparências com a das HQs. Seja como for, isso não piora ou melhora o trailer, que de todos os últimos lançamentos eu achei o mais morno de todos.

A mitologia em cima de Wakanda é muito bem utilizada, tratando-a como uma espécie de lenda "nunca vi nem comi, só ouvi falar". Toda essa mística sobre a nação deve criar um interesse do governo americano em conquistar essa nação, o que pode gerar um conflito diplomático interessante na história, mais ou menos como acontece no enredo escrito por Reginald Hudlin que já mencionei. 



As cenas de ação parecem muito pouco orgânicas, muito ensaiadinhas e o CGI continua sendo usado em momentos ruins. A primeira aparição do Pantera Negra em Capitão América 3 foi justamente o contrário. O personagem parecia ser um profundo conhecedor das artes marciais africanas de Wakanda e fez o Bucky (Sebastian Stan) suar em um combate corpo a corpo. Mesmo sem seu traje de vibranium à prova de balas, o ator Chadwick Boseman na pele de seu T'Challa conseguia nos fazer acreditar que ele manjava de combate direto, e isso ficou pouco claro nesse trailer.


A trilha sonora é muito boa e todo o visual tecnológico de Wakanda é de cair o queixo. Embora pouco tenha sido mostrado nesse primeiro trailer, é possível que Pantera Negra seja um dos filmes mais diferentes da Marvel Studios e que valha a pena mergulharmos fundo nessa aventura selvagem protagonizada pelo primeiro personagem negro relevante da Marvel. Que ele traga a representatividade negra aos cinemas que o filme da Mulher Maravilha trouxe às mulheres. Lacra tudo, Pantera!

O filme dirigido por Ryan Coogler estreia em Fevereiro de 2018.



THOR RAGNAROK


Considerem todos os 15 (16? sei lá! perdi as contas!) filmes da Marvel Studios até hoje e respondam sinceramente: Qual foi o filme mais fraco de todos?

Eu tenho uma leve implicância com o filme do Homem Formiga por considerá-lo engraçadinho demais (mas demais da conta mesmo) e com o Doutor Estranho, que se tornou pra mim o filme mais ESQUECÍVEL de todos esses com super-heróis, mas muita gente irá descordar de mim e falar que o primeiro Thor (dirigido por Kenneth Branagh) é o filme mais fraco do MCU. Thor 2, dirigido por Alan Taylor tem momentos muito marcantes, mas consegue ser ainda mais genérico que seu antecessor, o que dá a Thor 3 uma responsabilidade DESGRAÇADA de recuperar a franquia, já que aqueles que o precederam não servem para mais nada além de apresentar o personagem e fazê-lo se juntar a história das joias do infinito que vai ser o mote principal de Vingadores 3 - Guerra Infinita



Dirigido por Taika Waititi (de Uma Fuga para a Liberdade), Thor Ragnarok tem um clima muito louco de anos 70, com cores berrantes e músicas que parecem ter saído da trilha de Guardiões da Galáxia. Aliás, olhando com calma o trailer, é bem fácil fazer algumas relações com os filmes de James Gunn, desde o clima "espacial", as criaturas alienígenas e até aos letreiros, o que não deve espantar ninguém, já que o Grão Mestre (Jeff Goldblum), personagem que faz parte do elenco de Thor faz uma pequena aparição nos créditos finais de Guardiões da Galáxia 2, dançando com o restante dos personagens do filme. 

Diferente de Pantera Negra, o trailer de Thor Ragnarok traz elementos muito empolgantes que criam uma expectativa muito grande, que antes mesmo dele ser lançado NÃO EXISTIA, já que ninguém se importava com o loiro do martelo nos cinemas. 



Mas Rodman, o trailer é todo engraçadinho, e você criticou o Homem Formiga por ele ser muito engraçadinho. Você está se contradizendo, seu pau no cu do caralho!

Não é problema o filme não se levar a sério, meu problema com Homem Formiga é que os coadjuvantes ficam querendo ser engraçadinhos o tempo todo e isso não acrescenta em NADA na história, diferente da interação do Thor com o Hulk (Mark Rufallo) em Ragnarok, por exemplo. Os dois ficarem se sacaneando faz parte da relação deles desde o começo. Ambos se acham os mais fortes do mundo e querem provar isso o tempo todo um ao outro, o que vai criar situações muito engraçadas no filme. 



O clima de "Planeta Hulk" deve ser um dos momentos mais épicos de Ragnarok, mas todo o restante do enredo envolvendo a Hela (Cate Blanchett maravilhosa no papel) e a destruição de Asgard deve explodir algumas cabeças no cinema. Muitos pontos me chamaram a atenção nesse trailer, mas em especial a forma como vão usar o Hulk para encarar o que há de pior em Asgard, como o Fenris (o lobo gigante) e o próprio SURTUR ao final do trailer. Além desses personagens, a Valquíria (Thessa Thompson), o Executor (Karl Urban) e a volta de Heimdall (Idris Elba) e de Loki (Tom Hiddleston) também vão fazer desse elenco um dos mais estelares dos filmes da Marvel... antes claro, de Guerra Infinita. Vale lembrar que Benedict Cumberbatch está cotado para aparecer em Ragnarok, embora não tenha dado as caras no trailer 2. O Thor fez aparição numa das cenas pós-crédito do filme do Doutor Estranho, e provavelmente os elementos místicos envolvidos farão necessárias a presença do mago supremo. 



Não estava, mas depois desse segundo trailer, estou pelo menos curioso para ver Thor Ragnarok. O filme estreia em Outubro de 2017.

LIGA DA JUSTIÇA



O segundo trailer de Liga da Justiça era regado de piadinhas e cenas de ação lotadas de CGI (comentei aqui sobre ele), mas esse terceiro trailer trouxe um pouco mais de seriedade a coisa toda. A chegada do Lobo da Estepe (ainda acho esse nome escroto!) traz uma sensação de "Agora fodeu" ao planeta, e como citado no próprio trailer "Não há protetores aqui. Não há Lanternas. Não há kryptonianos. Esse mundo irá cair" a Terra parece desguarnecida após a morte do Superman, o que faz necessária mais do que nunca a união da Liga da Justiça. 



São vários os pontos interessantes nesse trailer, e até mesmo a citação a "Lanternas" nos faz conjecturar várias coisas: Teria havido algum Lanterna Verde da Terra? E se houve, o que teria acontecido com ele?

Ao mesmo tempo que esse novo DCU nos faz entender que o Superman foi o primeiro meta-humano a dar as caras na Terra, é bem difícil de acreditar nisso, já que a citação ao Lanterna Verde, a aparição da Mulher Maravilha na Primeira Guerra Mundial e a existência do Aquaman contestam isso. Seja como for, é colocado no trailer que o Superman "era um exemplo para o mundo" e que ele não só salvava pessoas, mas que também as inspirava. Pensando seriamente nisso... Lembrando de Man of Steel e Batman V Superman, alguém pode dizer com certeza que tenha visto isso acontecer praticamente nos filmes? Essa é a lembrança do Superman clássico dos quadrinhos, mas ele nunca foi mostrado assim na telona! Engraçado que se lembrem dele dessa forma só porque morreu. É o famoso "morreu, virei fã"!



O clima do trailer inteiro é o de "somos a Liga da Justiça, mas claramente não somos suficientes para deter a ameaça representada pelo Lobo da Estepe e seus parademônios", e isso fica bem explícito nas falas do Aquaman de "vamos todos morrer" e do Batman, à pergunta do Comissário Gordon "quantos vocês são?", "não o suficiente". No meio do trailer vemos Bruce Wayne a olhar desolado para uma espécie de holograma do Superman e ao final do trailer... TARAAAAMMMM! Alguém de capa vermelha surge na Batcaverna e parece deixar o Alfred surpreso: "Ele disse que você viria. Vamos torcer para que não seja tarde!". 

É O SUPERMAN, CARALHO!!

(Seria muito frustrante que não fosse e eles colocassem, sei lá... o Tornado Vermelho ali para salvar o dia! HEHEHEHEHE!)



É impressionante que mesmo depois de um filme todo cagado como Batman V Superman a gente ainda tenha esperanças de ver algo bom saindo da mente maligna de Zack Snyder. Mesmo com alguns dedos dele em Mulher Maravilha o filme da Princesa Amazona foi o melhor filme do DCU, e temos que torcer muito para que Joss Whedon tenha tido chances de ter influenciado alguma coisa nesse filme e impedido ele de ser OUTRO desastre. O trailer pelo menos é bem empolgante. 

Liga da Justiça estreia em Novembro de 2017.

NAMASTE!   

5 de abril de 2017

Precisamos falar sobre as séries da Marvel/Netflix


Em meados de 2014 nós recebemos a ótima notícia de que os direitos do personagem Demolidor, que até então pertenciam a Fox, haviam retornado para sua casa de origem, e que em parceria com a empresa de streaming e produtora Netflix, a Marvel Studios iria começar a apresentar novos personagens baseados em seu universo cinematográfico. O Demônio Audacioso de Hell’s Kitchen foi o primeiro nome citado desses personagens, e era difícil acreditar, até então, que algo de bom ainda podia ser feito com o pobre Demolidor depois do DESASTRE que havia sido o filme de 2003 dirigido por Mark Steven Johnson e protagonizado por Ben Affleck.

Encarado como um personagem de “segundo escalão” na Marvel e sempre na sombra do Homem Aranha, Wolverine e Vingadores, o Demolidor tinha tudo, no entanto, para render ótimos arcos para uma série de TV, assim como o tinha rendido nas HQs, roteirizado por caras (e minas) como Frank Miller, Ann Nocenti, Brian Michael Bendis e mais recentemente por Mark Waid. Foi acreditando nesse potencial de histórias que Steven S. DeKnight (o showrunner) e Drew Goddard (o diretor) deram o pontapé inicial naquilo que parecia ser o GRANDE acerto da Marvel em matéria de séries televisivas baseadas em seu universo cinematográfico. E com o final dos treze excelentes episódios da primeira temporada de Marvel's Daredevil, quem poderia duvidar?


Desde o princípio era de conhecimento público que Marvel’s Daredevil era a primeira de uma leva de quatro séries que nos apresentariam ainda os personagens Jessica Jones (de ALIAS, criação de Brian Michael Bendis para as HQs), Luke Cage e Punho de Ferro. Era sabido também, que os quatro personagens ainda protagonizariam uma série em conjunto chamada de Os Defensores, o que deixou todo mundo que havia adorado a primeira temporada de Demolidor ainda mais empolgado, já que “É Marvel, cara! O que pode dar errado?!”.


E realmente parecia que NADA poderia dar errado, já que a crítica (em especial o Rotten Tomatoes) havia ADORADO Demolidor, e classificado a série com quase 98% de aprovação e notas 8/10. Salvo um detalhe ou outro que poderia ser alterado (como o ritmo LENTO causado talvez pelo excesso de episódios padrão Netflix), a iniciativa da Marvel parecia ter dado certo, e as portas pareciam abertas para o sucesso.

Não teve quem não mergulhou de cabeça na série da Jessica Jones (lançada no segundo semestre de 2015) confiando no “É Marvel, cara! O que pode dar errado?!”, porém, dessa vez, a queda foi dolorida. Criada por Melissa Rosenberg, produzida por Tim Iaconfano e em grande parte roteirizada pelo próprio Brian Michael Bendis (que criou a personagem) em parceria com Michael Gaydos, Marvel’s Jessica Jones teve a dura missão de apresentar ao grande público uma personagem praticamente desconhecida e obscura dos quadrinhos, que funcionava muito bem nesse clima meio noir de investigação e submundo super-heróico. Interpretada por Krysten Ritter, a Jessica Jones da série é irritantemente apaixonante, já que nos diverte com seu constante mau humor e seu pavio curto.


Aiiiinn, Rodman! Eu adorei Jessica Jones, vai tomar no seu cu!

E a personagem é EXCELENTE mesmo, Padawan! De todos os “super-heróis” apresentados até aqui, ela de longe é a que tem mais personalidade, e a única a apresentar um contraponto ao comportamento meio certinho de Matt Murdock, Luke Cage e Daniel Rand, o que pode render boa interação aos Defensores


O fato é que o roteiro da série não sustenta 13 episódios, o que a torna chata e cansativa em seu miolo, nos trazendo uma sequência de situações que não fazem a história andar e causam SONO. A perseguição ao Homem Púrpura Killgrave (David Tennant) e toda sua relação de abusos ao passado recente de Jessica, faz com que a série se desenvolva bem, mas temos a impressão de que toda essa história poderia ser contada em 8 episódios, sem a necessidade de se estender mais que isso, o que acaba prejudicando a nossa imersão.  Ainda assim, Marvel’s Jessica Jones foi avaliada com 93% de aprovação no Rotten Tomatoes.


Apresentado já em Jessica Jones o personagem Luke Cage (Mike Colter) teve a estreia da sua própria série no final de 2016, e bastaram os 13 episódios aparecerem na Netflix para as críticas negativas choverem em cima da história do protetor do Harlem.


Desenvolvida por Cheo Hodari Coker e produzida por Aïda Mashaka Croal, Akela Cooper e Gail Barringer entre outros, Marvel’s Luke Cage foi vendida como uma série que falava ao público negro, ou uma Neo-Blaxpoitation, e era EXATAMENTE isso que esperávamos, dado o histórico do personagem que foi criado nos anos 70 por Archie Goodwin, John Romita (Sr) e George Tuska. Queríamos ver o Luke Cage badass motherfucker limpando as ruas da bandidagem do Harlem e redondezas com sua pele invulnerável e sua super-força, em vez disso acompanhamos um DRAMALHÃO quase que insuportável vivido por um protagonista fraco e o tempo todo em dúvida, que nos faz querer que ele tome alguma atitude (qualquer uma que seja) ao nascer de cada episódio. É importante dizer também que as capacidades interpretativas de Colter são bem limitadas, o que dificulta que criemos empatia com sua história e seu drama, que dirá com suas motivações (que são quase nulas)!


A série só tem alguma relevância em seus primeiros episódios graças ao antagonista do Luke Cage, o vilão Boca de Algodão vivido por Mahershala Ali, ator que ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por Moonlight. Ali faz as vezes do grande gangster do Harlem, que usa uma boate de shows como fachada para seu tráfico de armas e drogas junto com a prima Mariah Dillard (Alfre Woodard), e quando ele acaba atravessando o caminho de Luke Cage (que trabalha no bar do local) é que as coisas parecem que vão ficar interessantes. Mas só parecem.


A saga de Cage para deter Boca de Algodão (que é eliminado prematuramente na série), depois Dillard e mais tarde seu “meio irmão invejoso” Willis Stryker (Eric LaRay Harvey) é chata e cansativa (adjetivos que vocês já conheceram em Jessica Jones), e é complicado se manter acordado enquanto essa enrolação toda TENTA se desenrolar ao longo dos 13 episódios. 


Sem Claire Temple (Rosario Dawson), personagem que serve como elo entre TODAS as séries e também sem a feroz Misty Knight (Simone Missick), personagem que com mais tempo de tela obrigaria a Netflix a mudar o nome da série, já que roubou fortemente a cena com sua personalidade forte (que não dura até o fim dos episódios) e com seu jeitão badass, a série seria intragável, e não chegaria nem a uma nota 3.


Lançada em Março de 2017, Marvel’s Iron Fist veio para lavar a alma marvete, que já estava começando a ficar com os dois pés atrás quanto a qualidade antes INDISCUTÍVEL das séries Marvel/Netflix. Aquele lance de que “É Marvel, cara! O que pode dar errado?!” já não estava bastando para fazer o público consumir o produto apenas pela capa, e após as péssimas experiências com Jessica Jones, Luke Cage (e até mesmo com a segunda temporada de Demolidor, que para muitos foi muito INFERIOR à primeira), Punho de Ferro foi recebida com grande desconfiança, e essa má vontade acabou influenciando na audiência do programa e nas notas negativas que antecederam a estreia no Brasil. Antes de estrear por aqui, a série já estava recebendo nota 4/10 e uma avaliação baixíssima de 17% no Rotten Tomatoes.


E olhe que pra ser ruim, a série ainda precisava melhorar muito!

Independente das críticas, assisti bravamente os 13 episódios. Eu mantinha a esperança de que pelo menos os elementos das HQs que fazem com que o personagem seja minimamente interessante fossem convertidos para a tela, já que esperar fidelidade de adaptação se tornou algo impossível nessa época de transição midiática. E isso não aconteceu.

Ok. O Punho de Ferro não é um dos grandes personagens da Marvel, mas essa mistura que sua origem faz entre o misticismo e as artes marciais daria sim um ÓTIMO roteiro para um filme e uma série. Até a metade dos anos 2000 ninguém dava a mínima para ele e seu parceiro Luke Cage, que nas HQs fundaram a empresa Heróis de Aluguel. Foi Brian Michael Bendis que resolveu tirar leite de pedra reintroduzindo os personagens em sua série ALIAS, e a pegada realista que o autor inseriu no personagem fez toda a diferença.  

Rodman... Eu nunca tinha ouvido falar de Punho de Ferro antes da Netflix!


E provavelmente ninguém que tenha contato com o universo Marvel apenas pelos filmes também tenha ouvido, jovem Padawan. É inegável, no entanto, que o personagem renderia um PUTA de um roteiro legal para a TV sem necessariamente precisa gastar milhões com efeitos digitais.

Na série, Daniel Rand (Finn Jones) é um jovem bilionário que é dado como morto junto dos pais após um acidente de avião na região do Himalaia, onde fica desaparecido por 15 anos. Enquanto o sócio de seu pai nas indústrias Rand, Harold Meachum (David Wenham) assume a empresa ao longo dos anos seguintes, a deixando para os dois filhos Ward (Tom Pelphrey) e Joy (Jessica Stroup) após sua suposta morte por câncer, Danny cresce na cidade mística de K’un-Lun, onde após ser resgatado por monges nas montanhas do Himalaia, aprende artes marciais e o domínio do punho de ferro, uma arte que lhe dá um poder além de seus limites tanto para o ataque quanto para a defesa.


Na série NÃO HÁ K’un-Lun. Vemos duas ou três cenas (algumas delas que se repetem apenas) situadas na tal cidade mística, mas não vemos NADA de místico nelas. Existem citações ao mestre de Danny Lei Kung (o Trovejante nas HQs) e a seu treinamento, mas a série faz questão de ignorar os elementos que mais podiam contribuir para deixá-la interessante e rica, deixando de lado K’un-Lun e se focando no retorno de Rand ao mundo dos vivos, em Nova York e a árdua retomada da empresa de seu pai.  

Como é K’un-Lun?

Como se parece Lei Kung?

Como Danny passou sua infância sozinho em um mundo místico e como ele se tornou forte o suficiente para vencer o torneio que o tornou o Punho de Ferro?

Essas não parecem respostas importantes para serem ditas.


Tudo que o público sabe a essa altura é que ele é um garoto que sabe artes marciais (mais ou menos, mais ou menos), que é muito mimado e que não tem quase nenhum controle sobre sua raiva, já que retornou única e exclusivamente para vingar a morte dos pais, algo que ele nem sabia que tinha sido causada pelos inimigos mortais de K’un-Lun, o Tentáculo.


O Danny Rand de Finn Jones não passa NENHUMA segurança quanto a seu “vasto conhecimento” nas técnicas orientais das artes marciais, muitas das quais pregam paciência e obediência, e o tempo todo o vemos cometer atitudes inconsequentes dignas de um moleque birrento e não de um mestre do kung fu. A sua cena de apresentação já chega a ser ridícula quando por duas vezes ele é colocado para fora das indústrias Rand tentando convencer os seguranças de que ele é Daniel Rand, o herdeiro da bagaça. Vestido como mendigo (humildade também é pregada no kung fu!) ele não só não consegue convencer os antigos amigos de infância Ward e Joy de que ele é quem diz ser, como cria situações vergonhosas como invadir a antiga casa que agora é ocupada pela herdeira de Harold Meachum.


Para piorar, a personalidade de Rand É TÃO FRACA que nem mesmo seus aliados conseguem confiar nele e em sua capacidade de tomar decisões ou resolver situações. Ele é visto o tempo todo como "o moleque de cabeça quente".


Os primeiros episódios são uma perda de tempo incrível nessa lenga-lenga de tentar provar que ele é realmente Daniel Rand, e fazendo um comparativo com outra série sobre super-heróis, Arrow conseguiu resolver isso - rapaz rico desaparece e retorna para reaver seu legado -  e partir logo para o que interessava em um único episódio. A jornada de Rand para provar a veracidade de sua identidade enquanto os dois irmãos Meachum se recusam a acreditar em sua palavra (e ter que compartilhar a grana toda com o recém “desfalecido”) NÃO É INTERESSANTE, e nos parece uma perda de tempo imensa, onde nem que fosse em flashbacks podíamos estar visualizando o passado de Daniel em K’un-Lun.

Ok, Rodman. Desapega de K’un-Lun!

Há de se esperar que em uma série cujo protagonista se diz mestre nas artes marciais, que as cenas de luta sejam de cair o queixo e o cu da bunda ao mesmo tempo, certo?


ERRADO!

Em vista do que já havia sido feito na primeira temporada de Demolidor, os coreógrafos e diretores de cena de Punho de Ferro erraram muito feio nesse quesito, e me pareceu que qualquer filme B de artes marciais possuía lutas melhores e mais empolgantes do que Iron Fist. É fato que o ator Finn Jones, que filmou a série entre Março e Outubro de 2016, não havia tido tempo suficiente para se preparar para o papel, já que artes marciais não se aprende da noite para o dia, mas em tempos muito mais remotos, todo mundo acreditava que o Michael Dudikoff era realmente um ninja (em American Ninja) ou que o ator Hikaru Kurosaki que interpretava o Jaspion sem armadura sabia mesmo artes marciais.  Por mim podiam colocar dublês em 100% das cenas de luta de Finn Jones, desde que tivéssemos a impressão que o Daniel Rand é de verdade um mestre das artes marciais, mas isso também não aconteceu.


As lutas não só são comuns demais como também fazem acreditar que Rand é no máximo um lutador mediano e que tem trabalho para encarar soldados rasos em um espaço fechado. Sem a ajuda da bela Colleen Wing (Jessica Henwick), atriz que possui mesmo algum treinamento marcial, Rand passaria grandes apuros na série.


Quem não se lembra da icônica cena do corredor logo nos primeiros episódios de Demolidor? Quem não se lembra da impactante cena do Justiceiro retalhando seus colegas de prisão no corredor de Blackgate usando as mãos, os dentes ou qualquer coisa afiada com a qual ele podia estripar alguém?

Claro que meus exemplos não denotam técnica apurada de artes marciais, já que tanto Murdock quanto Castle se valem mais da força bruta para vencer, mas são cenas que ficam na mente do espectador depois que acabamos de assistir. Iron Fist não tem sequer UMA CENA memorável de combate, dessas de lavar a alma, de causar uma catarse. 

Nada. 

No máximo temos lutas simples, sem nenhum efeito bacana de câmera ou tomada inovadora que nos faça pensar “caralho! Senti essa porrada aqui de casa!”. E sim, Punho de Ferro é uma Arma Viva, um dos maiores lutadores da Marvel.


Assim como aconteceu em Luke Cage, em que a coadjuvante feminina é mais interessante e porradeira que o protagonista chato e dramático, Colleen Wing é o grande colírio para os olhos de Iron Fist. Além de carismática, a atriz Jessica Henwick se vira bem nas cenas de luta, e convence em seu drama pessoal ao se revelar uma ninja do Tentáculo e logo depois ter que abdicar de seu cargo entrando em conflito com seu sensei em detrimento a sua paixão por Danny Rand.

Caralho, Rodman! Os ninjas do Tentáculo aparecem na série??


Não, amiguinhos. 

A gente não consegue ver as fuças de UM ninja sequer nessa merda. 
Em Demolidor somos apresentados ao clã do Tentáculo e sua chefe Madame Gao (Wai Ching Ho), e dando continuidade ao que vemos lá, a organização continua infiltrada nas principais centrais de poder da cidade, incluindo a própria Rand. Ao final da segunda temporada de Demolidor, o herói cego combate ao lado de Elektra vários ninjas do Tentáculo chefiados em campo por Nobu (Peter Shinkoda), ninja apelão que RETALHA Matt Murdock numa luta sensacional ainda na primeira temporada. Contra o Punho de Ferro, o Tentáculo manda o sósia do Caio Blat Bakuto (Ramón Rodriguez), o sensei de Colleen, que só dá trabalho físico para Rand, porque afinal, QUALQUER um daria trabalho para ele nessa série. Esse Punho de Ferro não duraria três minutos contra o Nobu e cinco segundos contra o Rei do Crime!


 Quando Rand deixa as emoções e a raiva pelo assassinato de seus pais falarem mais alto que sua “técnica”, ele perde o controle sobre seu punho de ferro, e se torna vulnerável nos momentos mais decisivos de sua jornada. O efeito do punho brilhando é legal, mas fora o momento em que ele derruba uma parede com um soco (chupa, Capitão América!) o recurso visual é pouco aproveitado na série, o que dá a entender que orçamento é um problema, pela economia que fazem em cenários (K’un-Lun, cadê K’un-Lun? Cadê o dragão Shou-Lao, símbolo do peito do herói?) e nos efeitos digitais, que pelo roteiro fraco nem são lá muito necessários, já que 70% das cenas se passam dentro do escritório dos Meachum ou no Dojô da Colleen.


Davos (Sacha Dhawan), que nos quadrinhos é filho do Lei Kung e o amigo invejoso de Danny Rand ao longo de seu treinamento, é apresentado de forma rápida já quase ao final da série, embora esteja à espreita do herói desde o começo, observando os passos de Rand na Terra. Nas HQs ele se torna o principal inimigo do Punho de Ferro, o Serpente de Aço, ao falhar em obter o poder do dragão Shou-Lao no torneio que dá os poderes do punho ao melhor combatente. Incapaz de vencer seu adversário, Davos guarda um grande ódio por seu antigo amigo, e isso fica bem claro no último episódio da série, quando após se dizer em missão de K’un-Lun para levar Rand de volta, Davos se volta contra ele, alegando que Danny está manchando o legado do Punho de Ferro e que ele não merece o poder que tem (bom, até aí até a gente concorda com isso!). Embora ainda não tenha se tornado o Serpente de Aço, é possível perceber que Davos pretende destruir o ex-amigo, e dá-se a entender que ele vai se aliar a Joy Meachum num futuro próximo, e quem sabe também ao Tentáculo para destruir o Punho de Ferro.


Então quer dizer que na segunda temporada teremos muito mais ação e emoção, hein, Rodman! A primeira serviu só para apresentar os personagens. Você é um cuzão apressado!

Porra nenhuma, caro Padawan!

Os produtores e diretores tiveram 13 episódios para deleitar os espectadores com uma história de um potencial absurdo, e só conseguiram nos enrolar com uma história fraca sobre mercado imobiliário e sucessão empresarial, aí querem que acreditemos que na segunda temporada as coisas vão melhorar?

Foda-se a segunda temporada!

Eles tinham que conquistar nossa atenção e nos pegar pelos bagos já nessa primeira, nos deixando ansiando por uma segunda temporada, como Demolidor conseguiu fazer, e não segurar tudo se garantido que a audiência estaria cativa pelo “É Marvel, cara! O que pode dar errado?!”. Amigo, não sei pra você, mas desde Luke Cage que essa máxima não funciona mais! A Marvel começou dando tapa na cara da concorrência com Demolidor, mas deixou a bola cair absurdamente depois disso, algo que aconteceu também com as fracas séries Agents of SHIELD e Agente Carter. Enquanto a DC e o CW nos enche de super-heróis saltando da tela a cada novo episódio de The Flash e Supergirl, inserindo conceitos típicos das HQs como multiverso, viagem temporal, a Marvel tem uma mania muito estúpida de preservar seus personagens e não expô-los nas séries. Sem colhões de sequer mencionar os nomes “Capitão América”, “Hulk” ou “Homem de Ferro” nas suas séries, quase não conseguimos ver que esses heróis compartilham o mesmo universo, salvo alguns easter-eggs sutis. Nem personagens menores aparecem. Eu ficaria feliz de ver o Açor-Assassino, o Corisco ou o Bumerangue que fossem tomando umas bordoadas do Demolidor ou do Luke Cage em alguns episódios aleatórios, mas essa atitude precavida demais acaba tornando a Marvel covarde em alguns momentos.


Punho de Ferro é com segurança a pior série da Marvel/Netflix, e depois desse resultado pífio (que segundo o ator Finn Jones é culpa do Donald Trump!), a expectativa para Os Defensores não está lá muito alta. A série que vai reunir os elencos das quatro séries individuais PRECISA deixar esses medos e pudores de lado e apresentar uma história que faça jus a união desses personagens, além de colocá-los para papear no bar. Murdock, Cage e Rand não apresentam características muito incomuns entre eles para que haja um conflito que torne sua interação interessante, e esse papel vai ser mesmo de Jessica Jones, que é a mais porra-louca de todo o grupo. 


A união das coadjuvantes também deve ser muito bacana, visto que Misty Knight e Colleen Wing já são parceiras de longa data nas HQs e que já fizeram parte da agência Heróis de Aluguel de Cage e Punho de Ferro. Claire Temple é disparado a melhor personagem de todas as séries, e ela foi a única que conseguiu me tirar algumas risadas durante os insossos episódios de Iron Fist. Sua ligação com todos eles deve dar um tempero bem apimentado a relação do grupo, além do que é possível que vejamos o Justiceiro (Jon Bernthal), a Elektra (Elodie Yung) e até mesmo os vilões Rei do Crime (Vincent D’Onofrio), Madame Gao e o próprio Serpente de Aço para dar liga a essa mistura.


A série Os Defensores já terminou de ser filmada nos EUA, e estreia em Agosto desse ano, enquanto a terceira temporada do Demolidor e a primeira do Justiceiro devem estrear só em 2018. Depois da decepção com Punho de Ferro, já não dá mais pra contar que “vai ser bom porque é Marvel”. Agora vai ser necessário um pouco mais de empenho para me fazer QUERER ver Os Defensores. Vamos aguardar.


Demolidor 1ª Temp. Nota: 9
Jessica JonesNota: 7
Demolidor 2ª Temp. Nota: 8
Luke CageNota: 6
Punho de FerroNota 5

NAMASTE!

31 de março de 2017

Trailer 2 - Homem Aranha De Volta ao Lar


Era o sonho de quase todo mundo que o Homem Aranha voltasse para as mãos da Marvel Studios, já que a Sony não vinha fazendo um bom trabalho com o personagem desde Homem Aranha 2 (2004), aquele ainda dirigido por Sam Raimi e que ATÉ HOJE é visto como o MELHOR FILME sobre o Amigão da Vizinhança nos cinemas. Após o acordo da Sony com a Marvel, que incluía a inserção do Aranha no universo Marvel de Homem de Ferro, Hulk, e Os Vingadores, que possibilitou a participação do herói aracnídeo já no filme Capitão América - Guerra Civil, cabeças explodiram no mundo todo, e os fãs que haviam ODIADO o reboot de Marc Webb acabaram recebendo de braços abertos o NOVO Homem Aranha de Tom Holland



Dois trailers depois e há alguns meses da estreia do PRIMEIRO filme do Aranha pela Marvel, já podemos tirar algumas conclusões do que podemos esperar para essa ousada empreitada. 

A bagaça é dirigida por Jon Watts, diretor americano de 35 anos que não dirigiu NADA RELEVANTE em sua curta carreira em Hollywood, e que provavelmente só foi chamado à bordo devido sua "maleabilidade" em aceitar ordens, algo que dificilmente aconteceria com um diretor mais tarimbado. Seja como for, as cenas de ação do segundo trailer parecem muito bem montadas, assim como o ritmo do filme, que precisava ser algo condizente com a apresentação do personagem no universo, o que foi MUITO BEM FEITO em Guerra Civil com os irmãos Russo, os melhores diretores de cenas de ação da atualidade em poder da Marvel. 


Está quase tudo lá. O trailer tem ação, tem porrada, tem o Aranha usando sua agilidade e tem piadinha (característica que MAIS FALTOU nos três primeiros filmes de Sam Raimi), mas algo claramente incomoda nos trechos usados, e ele atende pelo nome de Tony Stark.



Aiiinnnn, Rodman! Mas o Tony Stark é massa! Ele é legal, ele é lindo e vai tomar no seu cu!

Sim, caro Padawan. Nós sabemos a importância de Tony Stark e seu Homem de Ferro para o universo Marvel, e como provavelmente NADA disso existiria agora se o primeiro filme do Cabeça de Lata não tivesse dado certo, mas acho extremamente FORÇADA a inserção do personagem como algo mais do que uma pequena participação especial em De Volta ao Lar. No trailer vemos Tony como um mentor de Peter Parker, algo que chegou a acontecer nos quadrinhos na época da Guerra Civil, quando então Peter revelou sua identidade secreta para o mundo e passou a morar na Torre dos Vingadores junto a Mary Jane e a Tia May



Nesse período, Peter se apegou a Stark, que aproveitou dos conhecimentos científicos do rapaz para criar um vínculo com ele, servindo-lhe meio que como um "paizão". Assim como no filme, Stark chegou a projetar um traje tecnológico para Peter e ele se tornou o Aranha de Ferro, ostentando inclusive, as mesmas cores do Homem de Ferro. 



Claro que mais tarde isso tudo deu merda, e quando Peter percebeu que estava do lado errado da Guerra Civil, ele foi abandonado por Stark, que pouco fez para impedir que uma horda de vilões liquidassem o Aranha pouco antes dele se juntar ao Capitão América (no lado contra o registro de super-heróis) e voltar a usar o uniforme clássico de tecido. 



Obviamente que NADA DISSO vai acontecer no cinema. Nunca que eles vão colocar o Tony Stark de Robert Downey Jr. como vilão da história, já que ele é o carro-chefe da Marvel, mas não dá pra dizer que não incomoda ver o gênio, bilionário, playboy e filantropo dando lição de moral no jovem Peter Parker após o fiasco com a barca partida ao meio. Convenhamos... Em seus três filmes solo e também em A Era de Ultron, o PRÓPRIO Tony Stark é o responsável pela criação de todas as ameaças (direta ou indiretamente) que ele e os Vingadores enfrentam, o que não o gabarita para pagar de moralista para o Homem Aranha colegial. 



Falando em colegial, o fato do Aranha ainda frequentar a escola deve incomodar muita gente, mas é importante lembrar que as primeiras histórias do herói lá no anos 60 escritas por Stan Lee e desenhadas por Steve Ditko cobriam justamente esse período da vida dele, onde ele tinha que se virar para deter seus inimigos enquanto tinha que ir a escola e fazer seu dever de casa. Além de Ned Leeds (no filme interpretado por Jacob Batalon) e da garota dos sonhos de Peter interpretada pela atriz Zendaya (que muitos acreditavam ser a nova Mary Jane, mas que nas sinopses é descrita como "Michelle"), poucos personagens do cânone do universo do Aranha são apresentados, o que nos faz acreditar que a ideia é abrir espaço para novas caras, a não ser que o contrato com a Sony limite até mesmo os coadjuvantes. Vai saber.



Em algum ponto do trailer, Tony Stark pede o traje do Homem Aranha de volta após passar-lhe um sermão sobre "poderes e responsabilidades" (criando a grande frase de impacto "se você não é nada sem esse uniforme você não deveria usá-lo"), e é possível perceber que existem MUITAS cenas no trailer em que o Homem Aranha aparece usando seu primeiro traje, aquele improvisado que aparece na gravação do Youtube ainda em Guerra Civil, o que nos leva a crer que o herói vai ficar em algum momento SEM seu traje tecnológico e vai ter que se virar na base do improviso. 



Aiiiinnn, Rodman! Como você é burro! Essas cenas são ANTES dele se tornar o Homem Aranha oficialmente!

Eu conseguiria acreditar nisso se no trailer ele não aparecesse enfrentando o Abutre com esse uniforme tosco, além do Shocker! Meu palpite é que Tony Stark pega de volta o traje que criou para o Homem Aranha, mas que em vez de pendurar as chuteiras, Peter veste seu velho uniforme e sai as ruas para provar que não precisa de uma roupa cheia de traquitanas para ser um verdadeiro herói. #ChupaTonyStark



Já tinha sido mencionado que o Shocker (ou "Homem Acolchoado") seria o segundo vilão do filme, mas no trailer vemos muito pouco dele para tecer qualquer comentário. O Abutre de Michael Keaton é mesmo a grande ameaça do Cabeça de Teia, e é importante citar que qualquer coisa que fizessem minimamente para "enfodecer" o Abutre no cinema já seria um grande avanço, já que nos quadrinhos o vilão é só um velhinho careca numa roupa justa com asas. Pensa na vergonha que seria isso em IMAX?



O visual do Abutre com aquela asa que mais parece um drone gigante, além da máscara e das garras, parece bem mais ameaçador do que na sua versão das HQs, o que somado ao talento de Keaton (mais do que provado em Birdman) deve render um trabalho bom de interpretação, uma vez que a Marvel, tirando o Loki em Avengers, costuma ERRAR feio nos antagonistas de seus filmes. A conta de vilões ruins é imensa nos treze filmes feitos até agora pelo estúdio, e não é possível que ninguém do alto escalão tenha percebido isso até hoje! 



Pra finalizar minha crítica, é impossível não citar essa necessidade que o Homem Aranha tem de tirar a porra da máscara durante as lutas em todos os filmes em que aparece. A minha vida toda eu vi Peter Parker escondendo sua identidade secreta a todo custo para que ninguém descobrisse que ele e o Homem Aranha eram a mesma pessoa nos quadrinhos, e para que isso não recaísse sobre seus entes queridos, mas nos filmes, para mostrar a cara dos atores e para justificar seus salários (já que metade das aparições do Homem Aranha são criadas em CGI!) o desgraçado precisa estar sem máscara cena sim, cena não, seja na frente dos amigos, da namorada ou do seu inimigo mortal. Por que não, né? 



Queria estar mais empolgado para ver Homem Aranha: De Volta Ao Lar, mas como comentei aqui no trailer da Liga da Justiça, não devo mais ter essa capacidade de me empolgar com trailers. Que venha Julho para acompanharmos em tela grande essa bagaça, e que o Tio Ben nos abençoe para que tenhamos PELO MENOS um filme melhor que Homem Aranha 3, O Espetacular Homem Aranha e O Espetacular Homem Aranha 2 - A Ameaça de Electro

NAMASTE! 

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...