30 de março de 2011

Sacanagens no MSN


Atire a primeira pedra quem nunca conversou coisas sacanas no MSN!

É fato, hoje muito tempo do relacionamento humano é gasto em frente a um computador, teclando com pessoas que nunca se viu pessoalmente ou com aquele colega que está na sala ao lado, mas que você tem preguiça de levantar e ir falar com ele olho no olho. Parte do tempo livre das pessoas é gasto em frente aos sites de relacionamentos, seja “tuitando”, mandando scrap, postando ou simplesmente teclando, e a outra parte desse tempo é gasto fuçando perfis alheios (e descobrindo que você não é o único sem vida social).

A tecnologia (e a inclusão digital) criou o ócio funcional; a pessoa passa o dia sentada em frente ao computador e se vê exausta após a jornada de tantos recados que mandou, se achando “pop” só porque tem mais de mil seguidores no Twitter e mais dois mil na lista do Facebook. O que me levou a escrever esse post foi algo que me chama a atenção já há algum tempo: a facilidade com que as pessoas são induzidas a falar sacanagem quando estão diante de uma janela do MSN. Bastou entrar aquela amiga peituda, aquela colega de trabalho sarada ou aquela cachorra que você nem lembra o nome (no Nick está aquele monte de caracteres indecifráveis!) para começar a safadeza. Não, não estou falando especificamente de mim, mas também de você que está lendo esse post. Sim, você mesmo. Ou acha que acredito que você nunca falou nenhuma sacanagenzinha pelos bate-papos da vida? Me engana que eu gosto!

Quando se está num relacionamento sério o bacana é apenas atiçar a curiosidade da pessoa amada com aquelas sacadas picantes, o que naturalmente ajuda a incrementar o relacionamento e a hora de se ver ao vivo. Nesses momentos o SMS também é bem vindo. Como é bom receber aquele torpedo cheio de más intenções!

Agora quando se está na “pista para negócios”, meu amigo, o bom é usar a metralhadora giratória e sair atirando para tudo quanto é lado. Vai que cola!

Descobri que por MSN a gente pode tirar de uma pessoa os segredos mais abstrusos (a palavra é essa mesmo) possíveis, aqueles que nem ela tem coragem de admitir que possui. Tudo depende, claro, de um bom jogo de palavras e da malícia envolvida entre os envolvidos. Se há pelo menos uma fagulha de lascívia em ambas as partes, a conversa rola solta madrugada adentro, e o papo se torna digno de Cine Privé (quiçá de Brasileirinhas, dependendo da desenvoltura da companhia).
O fato é que, quase todo mundo adora falar bobagens e insinuar algo através da segurança da tela do computador, e quem negar, está mentindo. Claro que tem que saber com quem se faz tal coisa. Tipo, acho que não colaria com a sua chefe, por exemplo. Ou colaria?


Pessoas desconhecidas em geral são um grande mistério e fazem com que nossa imaginação funcione à mil. A morena de cabelos lisos e corpo sarado do bate-papo e que põe a foto de uma tremenda modelo no perfil do MSN nunca necessariamente existe de verdade. As chances de você estar falando com um pervertido de 40 anos se passando pela “gatinha” é muito maior do que ela ser tudo aquilo que alega. Se for o caso, o bom é sempre tentar pegar a pessoa na mentira, tentando extrair dela o máximo possível. Ninguém consegue mentir 100% do tempo e uma hora cometerá um deslize. Se não for o caso, e você der o fora na tal morena antes de descobrir quem ela (ou ele) é na verdade, e mais tarde vir a saber que, por incrível que isso possa parecer, ela era de verdade, eu só tenho algo a lhe dizer: Perdeu, playboy! Chora na cama que é lugar quente.

Por MSN rola muita mentira, você lê histórias absurdas e pra lá de inverossímeis, mas quando rola sinceridade é muito interessante e um excelente meio de se passar aquele tempo ocioso depois da faculdade ou do trabalho. Rolam também as maiores fofocas e boatos, e você de repente pode descobrir, por exemplo, que a sua ex falava mal da sua capacidade sexual para os amigos dela, que ela se tornou a maior piriguete depois que te largou ou que ela te botava um belo par de chifres enquanto você trabalhava. É, caro leitor. Tudo tem seu lado ruim.

Se você conversa com sua amiga safadinha pelo MSN e tem namorada, prepare seu espírito: Ela pode estar fazendo a mesma coisa nesse momento, e o que é pior, te esculachando para o amiguinho e ainda comparando as performances sexuais. Já pensou? Quem com ferro fere... Será que é traição falar sacanagens com alguém que não é sua namorada (estando namorando, claro), mesmo que nunca role nada fisicamente? Pense bem, a questão é profunda.

Hoje é fato que o Orkut e o Facebook são grandes vilões entre os relacionamentos ditos sérios, isso porque qualquer gracinha postada ou comentada pode ser interpretada de forma errada e dar-se a desgraça. Não posso dizer com dados científicos, mas imagino que o nível de insegurança nos relacionamentos aumentou bastante nos últimos anos graças ao advento das redes sociais. A menos que você tenha a tranquilidade de um monge budista, ou tenha a carteira muito bem abastecida e que lhe garanta uma segurança em si mesmo sobre-humana, é muito comum ficar com aquela pulga atrás da orelha vendo aquela foto postada ou aquele recadinho cheio de malícia. É bom ficar de olho, como eu bem disse. Se no Facebook já está explícito assim, melhor nunca dar uma olhada no histórico do MSN da sua garota ao dar aquela fuçada enquanto ela conversa com a mãe na cozinha, ou a testa pode começar a coçar. O mesmo vale, claro, para as garotas e seus namorados.
Seja como for, é bom e saudável falar sacanagem com uma pessoa que você conheça (ou não). Nunca se sabe o que pode se esperar disso, e esse é o barato da coisa. Aquele papo mais caliente pode nunca mais se repetir, pode se resumir a apenas uma conversa ou pode, quem sabe, lhe render um novo relacionamento. A questão é: vale a pena começar um relacionamento já se baseando em safadeza? Se for o seu caso, aproveite, mas tenha em mente que você não é único adicionado na lista daquela danadinha que fala com você todo dia.
Outra coisa a se levar em consideração é que, nada substitui o bom e velho relacionamento pessoal, o bom e velho olho no olho, e somente neste é que se pode ter certeza das intenções reais da pessoa, sem grandes margens para mentirinhas e alegações falsas. Ou não. Você pode passar mais de um ano ao lado de uma pessoa e não conhecê-la totalmente. Não custa arriscar, no entanto.

De qualquer forma, levante esse traseiro gordo da cadeira e vá se relacionar com pessoas de verdade. O mundo irreal da internet é só parte do jogo da sedução, mas não se esconda pra sempre atrás dele. Uma hora você vai ter que mostrar serviço (se é que você me entende) e nessas horas não vai ter nenhum monitor entre vocês pra te salvar.


Ah, e siga também os 10 mandamentos do MSN:


1. Não encherás o saco nem torrarás a paciência de seus contatos. Ou serás bloqueado.

2. Respeitarás o status. Se um de seus contatos estiver “ocupado”, não escreverás “Ocupado nada, bichinha! Eu tô ligado que vc não faz p… nenhuma!”. E, se ele estiver “ausente”, não dirás “Eu sei que vc tá aí!!!!!!!!!!!!” 385 vezes.

3. Não usarás os winks exageradamente, sobretudo se você gostar de usar sempre aquele da gargalhada.

4. Não acessarás a sua conta com a namorada do lado. Certas mensagens podem deixar sua parceira puta da vida.

5. Não enviarás arquivos com mais de 98 mega. O seu contato não fica online 25 horas por dia como você.

6. Não escreverás poemas ou frases de efeito (retardado) no seu nick. Com certeza seus amigos preferem te procurar pelo nome.

7. Não falarás com 184 pessoas ao mesmo tempo. É capaz de você se confundir e chamar o seu melhor amigo para ir no motel. E, pior, é capaz de ele aceitar.

8. Não colocarás foto de outras pessoas na sua imagem de exibição. Se você não é bonito, seja pelo menos honesto.

9. Só farás sacanagens na webcam se for seguro. Instale um anti-vírus antes de começar.

10. Não deixarás o seu chefe ver que você conversa no MSN em horário de trabalho.

Rod Rodman está offline agora.


Mas talvez esteja aqui:






NAMASTE!

27 de março de 2011

Rogério Ceni 100 GOLS!

CLIQUE PARA AMPLIAR

Em tarde inspiradíssima no estádio da Arena Barueri, o maior goleiro do mundo nessa data que entra para a história do futebol, ajudou a equipe do São Paulo a bater o Corinthians por 2X1, marcando o seu centésimo gol da carreira.

A festa nem preciso dizer, foi geral entre os sãopaulinos espalhados por aí, e o feito tornou-se ainda mais saboroso por ter sido contra o Corinthians, ajudando o São Paulo a quebrar o tabú de 11 partidas (4 anos!) sem vencer a equipe do Parque São Jorge.


O São Paulo já vencia o jogo por 1X0 com golaço marcado por Dagoberto no primeiro tempo quando uma falta diante da área adversária, já no 2º tempo, deu a chance a Rogério Ceni de cobrar com perfeição contra a meta do goleiro corinthiano Júlio César. A coroação do gol alavancou o São Paulo que, assim como o Corinthians, vinha apresentado pouca criatividade até então, num jogo técnicamente fraco.


Rogério marca com certeza seu nome na história do futebol, até porque não é tão comum um goleiro artilheiro com tantos gols. Ceni é o primeiro a conseguir o feito, colecionando mais essa grande vitória em sua longa carreira. Os sãopaulinos da nova geração com certeza já tem um herói a adorar, porque nós da velha, já o temos desde o início!


Grande Rogério! Parabéns!!



NAMASTE!

24 de março de 2011

Top 10 - Homenagens & Gozações a Star Wars

Sou um fã incondicional de toda a saga Star Wars. Quase tudo no universo criado por George Lucas é fascinante e isso gerou e ainda gera inúmeras homenagens e gozações com os personagens icônicos que os seis filmes, as séries animadas, os jogos e os livros apresentaram. Os alvos principais são, como não poderia ser diferente, os personagens clássicos da primeira trilogia (dos episódios IV, V e VI) e um dos maiores vilões da história do cinema: Darth Vader.
Nesse top 10 reuni os vídeos mais engraçados e curiosos relacionados a Star Wars e tem de tudo, desde Snoop Dog empunhando sabre de luz até Darth Vader sofrendo por amor.
Liga a caixa de som e bom divertimento!

Que Justin Bieber e seu pegajoso hit "Baby" se tornaram febre entre as adolescentes, embora muita gente não curta, é inegável. Quem em sã consciência poderia imaginar, no entanto, que viveria para ouvir o maior vilão da história do cinema recitando os versos da música mais executada nos Ipods das menininhas de 13 anos do mundo? O que? Você não consegue imaginar isso? Então aperta o play:


A culpada disso foi a apresentadora do Gayle King Show que sugeriu a James Earl Jones, a icônica voz por trás da máscara negra de Darth Vader, a recitar a música do "astro pop" durante a entrevista, e o resultado é hilário. Se eu fosse o Luke, também me jogaria no foço ao ter que ouvir essa m$%*&!

Se ouvir Darth Vader cantando "Babby, baby, baby" não é o suficiente, que tal ver o rapper Snoop Dogg empunhando um sabre de luz? Ou David Beckham batendo um papo com o mercenário que atirou primeiro no encontro com Han Solo no primeiro filme da série?



Para o lançamento dos produtos com a marca Star Wars a Adidas aprontou essa gracinha de vídeo em que insere personalidades reais em meio ao cenário da cantina do episódio IV (Uma nova esperança). O resultado é bem interessante, visto que conseguiu recriar com perfeição as mesmas situações, desde o mercenário tomando um tiro diante de Beckham (no filme é diante de Han Solo) ao sujeito que implica com Luke no balcão do bar. Infelizmente pra ele, Snoop Dogg tem bem menos paciência do que o aprendiz jedi!

Além dos já citados, o vídeo tem a participação do Daft Punk (os maluquinhos com máscaras robóticas), Noel Gallagher (do Oasis) e do ex-jogador de futebol Franz Beckenbauer.

Este vídeo eu não conhecia e o encontrei enquanto fazia a pesquisa para o post. Nele encontramos uma compilação muito bem feita de vários trechos dos 6 filmes, misturando as duas trilogias em que os personagens contam suas aventuras e características no melhor estilo gangsta. Levante o braço e faça movimentos com as mãos enquanto curte o rap!




É ou não é hilário? As vozes estão perfeitas e casam bem com o som do rap. Nota 10!

Esse vídeo eu conheci na época da faculdade e me foi apresentado pela Fernanda Casas, que era expert em caçar vídeos que iam dos mais engraçados aos mais absurdos na internet. A ideia é genial: Darth Vader tem uma gaita por baixo do capacete e da máscara! (Vai falar que não parece!)



É muito idiota, mas exatamente por isso é engraçado. Eu me acabo de rir com as expressões do Luke como se tivesse mesmo ouvindo o pai arrepiando no solo de gaita! Sem falar no "yaaahooo" que o Vader solta!

Agora tá explicado por que ele respira daquele jeito. Fica sem fôlego de tanto tocar!

Mesmo quem não sabe absolutamente nada de Star Wars já deve ter ouvido a Marcha Imperial, tema clássico nos filmes da primeira trilogia que anunciava as cenas do Império e de seu maior defensor Darth Vader.
O tema virou uma espécie de hino Nerd, e é inconfundível para os ouvidos de qualquer um dessa "espécie". Fala a verdade. Se você a conhece, ela já deve estar tocando na sua mente nesse momento.
Como seria a célebre Marcha Imperial pela visão furiosa de uma das maiores bandas de metal do mundo, o Metallica?


Puta que o pariu, hein! Totalmente excelente, como diria o Bonfá!

Esse vídeo já é engraçado por si só, mas será melhor compreendido se você ver este antes:





Heheheheh! O pequeno David é hilário! Pense no pai dele filmando essa cena? Deve ter se divertido horrores!

O vídeo de David tornou-se febre na internet imediatamente, até porque é bem engraçado vê-lo sob o efeito da anestesia a dizer coisas totalmente desconexas. "This is real life?". Heheheh!

Bom, sucesso garantido. Aí me vem um cara que de repente tem uma ideia: "Ei, e se fizessemos o vídeo do David depois do dentista mas com o Darth Vader no lugar do garoto?"

De onde esses caras tiram essas ideias? São geniais. O resultado a gente confere a seguir:




"Do not touch you nose!" Hehehe! Ficou muito criativo esse vídeo. Esses videomakers e suas ideias estapafúrdias...

Esse vídeo caiu na rede recentemente (ou pelo menos virou febre recentemente), e de cara a maioria dos sites sobre assuntos nerds publicou.

A história? 4 velhinhos começam a discutir e no calor do momento se munem de cabos de vassoura passando a ameaçar um ao outro aos berros.

Por que não transformar os pedaços de pau em sabres de luz, pensou algum desocupado criativo. Pronto está criado o mais novo hit da internet.


Os efeitos e a sonoridade estão bacanas, exceto na hora que arranca a cabeça do velhinho zangado. Aí forçou, mas é uma sequência bem divertida.

Mais divertida que a luta do Obi Wan e do Darth Vader em Uma nova Esperança! Heheheh!

Conheci os Seminovos numa tarde loser de ócio em frente à televisão num domingo, no programa do Faustão, e logo percebi que o teor das letras dos caras era extremamente inteligente. "Luke, eu sou seu pai" não foge à regra, e prova de uma vez por todas que a veia nerd da banda fala mais alto.

A música não é sobre Star Wars no geral, como um filme qualquer, e só quem tem bastante conhecimento da série cinematográfica poderia conceber algo assim. Quem é fã dos filmes percebe a sagacidade dos caras na letra que é do Maurício Ricardo, que além de compositor é também chargista e cartunista.


Luke eu defendo o Império por convicção
E acho o lado negro uma evolução
Você é rebelde porque na verdade
Quase todo mundo é na sua idade!
Luke, eu sou seu pai!

Genial!

Esse não é só mais um vídeo pra sacanear ou homenagear o universo Star Wars, é uma big de uma produção muito bem feita, além de hilária, que conta o que aconteceria se o "senhor da malvadeza" Darth Vader um dia se apaixonasse completamente. Os diálogos são muito bons e as situações também. Confiram:


Pois é. Mulher faz estrago até mesmo no coração de caras que nem costumam utilizá-lo! Heheheh! O Vader todo exaltado lavando o "rosto" é uma das melhores cenas de humor que já vi. Muito criativa.

"Whaat!"

E pra fechar o Top 10 com chave de ouro um dos comerciais mais brilhantes que já tive a chance de ver: O pequeno Darth Vader e a Força, da Volkswagen.

Pra quem não lembra ou não viu, eu já postei o vídeo aqui em outra oportunidade, e ele volta agora para coroar a medalha de ouro do pódio.

Tenho cá minhas dúvidas se dentro do traje do "mini-mim" Darth Vader tem mesmo uma criança ou um anão, porque a interpretação do moleque é digna de Oscar. Heheheh! E ele nem precisa falar nada pra isso! Os gestos dele, a frustração por não conseguir mover os objetos e a surpresa quando ele percebe que "ligou o carro" são demais!

Nota 10 pra esse ator mirim, ou pra esse anão, sei lá!



Sensacional!

Quando eu tiver um filho vou dar uma roupa do Vader pra ele sair se divertindo pela casa com o poder da "força".

Alguém quer ser a mãe?


NAMASTE!

22 de março de 2011

A cultura dos palavrões

ATENÇÃO: O post a seguir não é indicado para pessoas sensíveis a palavras de baixo calão, xingamentos gratuitos e referências sexuais.

Os palavrões estão tão difundidos no linguajar moderno que ninguém mais nem deve pensar em sua origem. Você já se perguntou qual é a procedência daquele palavrão cabeludo que você não tira da boca e o utiliza das mais variadas formas em seus diálogos cotidianos? Por que ele tem esse nome? E por que a maioria desses palavrões tem conotação sexual? Pois então. Ninguém deve pensar nisso.
Independente de sua origem, todos concordam que é bom soltar um palavrão naquele momento de estresse e que isso de certa forma até dá uma relaxada depois do ápice do insulto. Tem coisa melhor do que encher a boca e gritar “filho da puta”, mas com bastante ênfase no “puta” (tanta ênfase que sai algo como “PULTA”) quando o goleiro adversário defende aquele chute indefensável naquele clássico de futebol? Por acaso tem algo que expresse melhor a nossa raiva quando topamos com o dedinho do pé na quina do sofá do que aquele “puta que pariu”? Ou existe frase que expresse melhor a frustração quando aquela ex-namorada ingrata fala meses depois “mas eu te amava” e você sente vontade de dizer “amava porra nenhuma!”. Pois é. É disso que estou falando. Poucas palavras ditas cultas da língua portuguesa traduzem com tanto impacto aquele sentimento que vem de dentro pra fora e é emitido com um som de um “porra” ou “caralho”. Fala a verdade. Você sabe do que estou falando.

Hoje em dia é comum soltar um palavrão a qualquer momento, mas você há de convir que em certas ocasiões é feio e inapropriado dar uma de Dercy Gonçalves e sair praguejando por aí. Pense na mesa do jantar com a sogra você mandar “caralho! Que macarronada foda, sogrinha!”. Ou na reunião com o chefe você soltar um “puta que pariu! Esqueci o relatório!”. Há situações certas para se falar um palavrão e ele só é bem utilizado e causa o impacto devido quando é usado no momento exato, causando a surpresa do interlocutor. Não há nada mais desagradável do que aquelas pessoas que usam esse recurso tão nobre como se fossem vírgulas nas frases. “Caralho, filho da puta. Essa porra é foda!”. Não há necessidade de se utilizar o palavrão dessa forma um tanto quanto gratuita. Tem que ter estilo. Quanto menos usar nas frases, mais impacto ele causa. Caso contrário ele se torna banal.

Não é pecado soltar um palavrãozinho de vez em quando, mas devo admitir que não acho nada sexy mulher que fala palavrão como se fosse um ogro da floresta. Tem seu certo charme uma mulher que diz um ou outro no calor do momento, mas aquelas meninas desbocadas que mais parecem o Zé Pequeno com um trinta e oito na mão são broxantes.

Claro que gírias em demasia também são deselegantes, mas em alguns guetos eles são até aceitáveis, o que não quer dizer também que você não tenha que conjugar um verbo sequer no tempo correto. A língua portuguesa se modificou, mas os verbos ainda são necessários, por favor! E mulherada, dê uma maneirada no palavreado. Tem hora e lugar pra soltar aquele palavrão cabeludo, se é que vocês me entendem.

Não sou puritano nem caxias. Falo meus palavrõezinhos sim e tento utilizá-los em situações chave do diálogo. É muito comum exageramos na expressividade deles quando estamos com os ânimos alterados, mas daqui a pouco eu comento porque isso acontece. Quero relembrar quando os palavrões chegaram em minha vida e como eles não saíram mais.
Em minha adolescência eu era o tipo certinho de cara que não falava palavrões. Substituía o foda-se pelo vai se ferrar, o porra por merda e o caralho por cacete. Não achava bonito denominações como boceta para o órgão genital feminino e evitava ao máximo dizê-los em voz alta. Em casa ninguém falava palavrão, daí a educação em também não dizê-los em frente aos pais. Não sei exatamente em que ponto de minha vida eles tornaram-se usuais em meu vocabulário, mas imagino que foi na fase rock n’ roll. Já que não tinha nem o sexo nem as drogas, pelo menos um palavrãozinho tinha que rolar, né!


Deixei de ser o certinho perfeitinho e tornei meus hábitos mais relaxados, embora minha consciência permanecesse a mesma (aquela que até hoje não me levou a lugar nenhum, mas que como virtude não posso renegar), e abracei os palavrões. Que orgulho, hein! Uau!
Mas de onde vem essa necessidade de se mandar um foda-se de vez em quando? A ciência explica, claro.

Pesquisas recentes mostram que as palavras sujas nascem em um mundo à parte dentro do cérebro. Enquanto a linguagem comum e o pensamento consciente ficam a cargo da parte mais sofisticada da massa cinzenta, o neocórtex, os palavrões moram nos porões da cabeça. Mais exatamente no sistema límbico, que funciona como o fundo do cérebro, a parte que controla nossas emoções. Trata-se de uma zona primitiva: se o nosso neocórtex é mais avantajado que o dos outros mamíferos, o sistema límbico é bem parecido. Nossa parte animal fica lá. E sai de vez em quando, na forma de palavrões.
Os palavrões, por esse ponto de vista, são poesia no sentido mais profundo da palavra. Duvida? Então pense em uma palavra forte. Paixão, por exemplo. Ela tem substância, sim, mas está longe de transmitir toda a carga emocional da paixão propriamente dita. Mas com um grande e gordo puta que o pariu a história é outra. Ele vai direto ao ponto, transmite a emoção do sistema límbico de quem fala direto para o de quem ouve. Por isso mesmo, alguns pesquisadores consideram o palavrão até mais sofisticado que a linguagem comum.
Simples assim. E se você não entendeu... foda-se! Hehehe! Brincadeira, caro leitor.

A origem etimológica de cada palavrão, aquelas raízes mais profundas, no entanto, tem origens diversas. Os nossos mais caros amigos de fúria e descontrole nasceram em sua grande maioria em terras lusitanas e foram trazidos pra cá, obviamente com as caravelas de Cabral.
A boa e velha FODA diz-se que surgiu da sigla ‘Fornicação Obrigatória por Despacho Administrativo’, decreto que era dado pelo rei ao moradores de Portugal para aumentar a taxa de natalidade.
Ora pois, quem diria. Os portugas não eram chegados a uma fornicação!
Eu penso nesse decreto como seria dado hoje em dia: “Senhoras e senhores eu exijo que vocês se fodam”.
O termo caralho, tem duas origens. Uma diz que o termo vem do latim characulu, diminutivo de kharax ou charax, palavra grega que significa “estaca” ou “pau” (pedaço de madeira). Ele passou a ser usado para designar o membro do touro na Antiguidade. Do membro do touro para o do homem deve ter sido um pulo.
A outra origem denota que caralho era como eram denominados os mais altos mastros das caravelas. Por serem mastros grandes, alguns portugas começaram a fazer comparações do tipo “o meu é tão grande quanto um caralho”, e desse jeito, a palavra acabou por perder seu sentido original virando sinônimo de... benga, pau... essas coisas eretas.
Outra palavra que tem origem interessante é boceta (essa tem até no dicionário) termo usado hoje como sinônimo de vagina, tem origem no latim buxis, “caixa de buxo” – buxo, por sua vez, é uma árvore. As gregas e romanas tinham preferência por essa madeira para suas pequenas caixas em que guardavam objetos de valor. Logo, com a evolução da língua, elas foram chamadas de bocetas. Há registros do termo associado ao órgão feminino em poemas portugueses do século 18.
Imagine o que um assaltante gritaria nessa época para uma dessas moçoilas, pedindo-lhe as tais caixinhas: “Me dá essa boceta!” Iau!
O palavrão hoje em dia está na boca do povo. E povo que eu digo é qualquer povo, não só das classes mais baixas. Pense numa pessoa que você considera pura e certinha. Essa pessoa com certeza fala palavrão. A Sandy (que agora é Devassa) fala palavrão, a Rainha da Inglaterra fala palavrão. Até a sua mãe deve falar palavrão. Às vezes soa ofensivo como um “vai tomar no cu”, mas pode ser um elogio também. Quem não gostaria de ouvir da boca da mulher amada que "é foda” no sexo? Até a Pitty já admitiu que é foda no refrão daquela música!
Então desencane. Fale palavrão. Desabafe. Se sentir-se culpado, diga que foi seu cérebro que o mandou agir dessa forma. Culpe o seu sistema límbico pelo palavrão e diga que você apenas estava cumprindo ordens dele. Apenas modere a quantidade de palavrões por segundo. Encaixe ele de forma consciente na conversa e use-o quando não houver outro recurso para extravasar seu sentimento. Grite “caralho” bem alto quando receber um aumento no emprego. Berre “puta que o pariu” quando seu time marcar um gol decisivo aos 45 minutos do segundo tempo e lembre-se de lavar a boca com sabão depois, menino malcriado, porque Deus tá vendo.

Pra fechar o post um dos melhores vídeos sobre palavrões.



"Um foda-se bem mandado relaxa, desestressa e te coloca no eixo."

NAMASTE!

20 de março de 2011

Reviews de HQs - Parte 2

Demorei, mas cheguei com os reviews de HQs, completando as edições de Fevereiro e dando início nas de Março.

Comentarei aqui as edições Homem Aranha nº 110, Homem de Ferro & Thor nº 11, A Noite mais densa nº 8, Wolverine nº 76 e os Novos Vingadores nº 85.

Se os comentários aqui nesse post não estiverem necessariamente inteligíveis, favor ler o post anterior com os reviews de Janeiro e Fevereiro.

Eu tentei. Deus é testemunha que eu tentei continuar acompanhando a revista do Aranha após o One more day, mas simplesmente não dá. A partir do mês que vem darei os 6,50 gastos nessa porcaria para algum morador de rua, pra algum trombadinha, sei lá. Definitivamente não dá.

O nível das histórias é muito baixo, sem falar na arte horrível que vem sendo usada para retratá-las.

O carro-chefe dessa edição é o "grandioso" encontro do Aranha com o mercenário tagarela Deadpool. Para os fãs putinhas do bocudo essa história deve ter sido o equivalente a um orgasmo nerd, mas para mim foi um lixo.



Olhem esses desenhos:



Gostou? Toma mais então:O (ir)responsável pela arte é Eric Canete e os roteiros ficam a cargo de Joe Kelly.
A história? Não importa muito. O Deadpool é contratado por uma figura misteriosa para manter o aracnídeo ocupado enquanto um acontecimento importante do outro lado da cidade ocorre sem que Peter Parker possa interceder.
O encontro dos dois é uma das coisas mais lamentáveis que já vi na vida. As piadas são tão sem graça, e os diálogos tão sem sentido que nem vale a pena descrever. História pra lá de gratuita que só serve para agredir com os desenhos horríveis de Canete e o roteiro meia-boca de Kelly. Deus me livre!
A situação da revista do Aranha está tão ruim, que a melhor história do mix é escrita pelo próprio Stan "the man" Lee e desenhada pelo eficaz Marcos Martin.
Nela, o Homem Aranha procura um famoso psicólogo para se consultar e acaba deixando o homem aterrorizado com suas múltiplas facetas. A história é uma tremenda zoação de Stan Lee com todas as merdas que já fizeram com o Aranha ao longo dos anos.


Enquanto dialoga com o doutor, o Aranha lembra que já teve seis braços, já virou um lagarto, um Aranha-Hulk, uma aranha-humana, um porco-aranha... Todas as transformações do personagem são descritas em poucas páginas. Destaque para o comentário do Aranha sobre o que fizeram com ele e Mary Jane:


"Primeiro a gente era amigo. Depois, namoramos e casamos. Aí não estávamos mais casados. Ela engravidou... mas não engravidou."


Haja psicólogo para o nosso herói entender as roubadas que os roteiristas metem ele!


A última história do mix é escrita por Fred Van Lente e desenhada por Barry Kitson. Nela vemos as origens secretas do Elektro e sua busca por um poder ilimitado que espera conseguir bombardeando seu corpo com um campo energético abastecedido por tecnologia Stark.
A história é até bem simpática (não mostra o Aranha em um quadro se quer) e revela um encontro entre Elektro e Magneto. O mestre do magnetismo é atraído até o covil de Max Dillon pela energia absurda que o vilão libera, achando que ele podia se tratar de um mutante, mas se decepciona com a sua mentalidade reduzida num breve diálogo trocado. O encontro ocorre na época em que Magneto recrutava mutantes para sua irmandade (seus filhos Wanda e Pietro ainda estão com ele) e se bem entendi a proposta da história, ela prepara um evento em que o Aranha será atacado por toda sua galeria de vilões num chamado "corredor polonês".
Que original, não? Quase nunca o Aranha foi atacado por todos seus vilões ao mesmo tempo, né?


E até mesmo essa busca do Elektro em deixar de ser um vilãozinho de terceira conseguindo mais poder não é inédita. Pouco depois da Saga do Clone ele já havia conseguido isso com a ajuda do Tentáculo (se não me falha a memória) e dá uma surra no Aranha.


Quem portará o escudo é escrita por Ed Brubaker e desenhada por Butch Guice e o brazuca Luke Ross. No enredo vemos um Steve Rogers angustiado após seu retorno a vida e dividido em voltar a vestir a velha cota de malha e retomar seu escudo, que está sendo utilizado por seu ex-parceiro Bucky Barnes e abandonar de vez sua antiga identidade.


Após uma ação conjunta em que ambos aprisionam o Mr. Hyde e depois de uma longa conversa, Steve decide que Barnes está desempenhando um bom papel como Capitão América e abdica de seu uniforme, deixando o ex-Soldado Invernal honrado.


Em sua identidade civil, Rogers vai até a Casa Branca "trocar uma ideia" com o Presidente Obama (antes dele vir ao Brasil, acho! Hehehehe!), e ambos assinam um acordo secreto para derrubar o Reinado Sombrio de Osborn. Começam então os preparativos para O Cerco, a nova saga da Marvel.
Apesar dos desenhos razoáveis, ainda acho que Luke Ross perdeu toda a identidade de seu traço de tanto emular o traço de terceiros. Comentei aqui sobre isso em outro review. Pena, porque os desenhos originais dele eram bem legais, apesar de mais cartunescos do que os atuais.



(O Capitão está parecendo o Senhor Incrível nessa foto!)

Na história dos Vingadores que fecha esse mix (após uma história curta e descartável do Homem de Ferro que nem fiz questão de ler) escrita por Brian Bendis e desenhada pelo ultra-realista Mike Mayhew, Clint Barton, o ex-Gavião Arqueiro e atual Ronin é derrotado e aprisionado pelos Vingadores Sombrios de Norman Osborn, e sob o jugo dos vilões que fingem ser os mocinhos, o cara come o pão que o Diabo amassou enquanto eles o torturam para que entregue a posição de seus amigos Vingadores (os clandestinos liderados pelo Capitão "Bucky" América).


De dentadas do Venon, porradas do Sentinela, ameaças do Mercenário até torturas mentais do Mentallo, Barton é submetido a tudo enquanto sua esposa Harpia e as demais "meninas super-poderosas" dos Vingadores procuram por seu paradeiro. Não é difícil para Miss Marvel, Mulher Aranha, Jessica Jones e a própria Harpia deduzirem, no entanto, que o cara está sendo mantido na Torre dos Vingadores, e elas partem para resgatá-lo.
Após a tortura mental, Clint acaba revelando o esconderijo de seus amigos, mas quando Osborn e sua equipe chegam na casa camuflada do Capitão América, os heróis já não se encontram mais lá, frustrando o chefão da MARTELO. A investida dos Vingadores Sombrios serve, no entanto, para desguarnecer o Aeroporta-aviões da MARTELO, onde na verdade Barton está. As Vingadoras invadem o local e resgatam o ex-arqueiro e rumam para um segundo esconderijo sugerido por Steve Rogers. Lá elas se encontram com o restante da equipe e eis que o próprio recém-ressuscitado Steve Rogers surge e decreta que está na hora da reação heróica. É hora de acabar com o Reinado Sombrio de Osborn.
Fala sério! Mal posso esperar pra ver o velho Rogers chutando o rabo do Duende Verde!


Fiquei impressionado de início com a arte de Mike Mayhew. O cara manda muito bem no tom realista de seus desenhos, só peca um pouquinho talvez na movimentação de seus personagens, que parecem meio "durões" em cenas de ação. A mulherada, todavia, está de parabéns. Até mesmo sua Miss Marvel que está a cara da cantora Kylie Minogue!


Quase consigo imaginar a Carol Danvers cantando Can't get you out of my head. Hehehe!


Aliás, que gostosa que ela tá nesse clipe!


Enfim terminou a saga mais chata de todos os tempos: A Noite mais densa! Com a edição de nº 8, Geoff Johns decide o destino dos principais personagens da DC e do samba do crioulo doido que virou as várias tropas de Lanternas multicoloridos e sua guerrinha particular.


A resolução da Noite mais densa foi a mais clichê possível: A luz vence as trevas.


ÓÓÓÓÓÓ!


Acho que nunca tinha visto um desfecho tão original para uma saga que partiu de coisa alguma pra lugar nenhum. E sim, eu estou sendo irônico.


Como comentei no videocast, Sinestro é banhado pelo poder do avatar branco e parte para cima do detentor da força negra Nekron, a fim de dar cabo de sua malidicência e de seus seguidores mortos-vivos.


Em certo ponto o homenzinho cor-de-rosa até consegue encarar Nekron no mano-a-mano e arranca seu coração (aliás, isso é um clichêzão em toda a saga, assim como comer cérebros em filmes de zumbis). Por não precisar exatamente de sua forma física, isso não detém o vilão, que revida arrancando à força a essência branca de Sinestro, que é vencido pela própria arrogância.


Uma pancadaria sem precedentes acontece entre as diversas Tropas de Lanternas, os heróis DC e os mortos-vivos de Nekron, incluindo a galeria de personagens que deviam ter continuado mortos (Superman, Caçador de Marte, Arqueiro Verde, etc., etc.) e é hora do leitor se deleitar com a arte incrível de Ivan Reis nos vários quadros de batalha.


Aí me pergunto: Como após conseguir levar o Superman para o lado negro da força, o Nekron ainda consegue perder essa briga? Que incompetente!


Em Crise Infinita o Superboy-prime sozinho quase consegue matar o universo DC todo! Definitivamente não consigo entender os quadrinhos!


Bem, no final a energia branca banha toda a galera a começar por Hal Jordan, e ela consegue recuperar até mesmo os mortos-vivos como Superman. A bateria branca revive Willian Hand, o arauto de Nekron, o cara começa a vomitar (!) anéis brancos, Deus diz faça-se a luz (hehehhe!) e Nekron é "exprudido" pela luz branca que dá vida a todos os seres vivos.


Claro, todos se regozijaram! Todo mundo começa a cantar "Age of aquarius", o céu se enche de pássaros e as borboletas voltam a colorir o ambiente. É o fim da escuridão! (Pra quem não sacou, estou sendo sarcástico, não tem nada disso na HQ).
Pra completar o show de clichês, Johns, que não é popozuda mas também perde a linha, sem mais nem menos revive praticamente todos os personagens que passaram a saga toda arrancando corações alheios. Com isso o Nuclear Rony Raymond, Gavião Negro, a Mulher Gavião, o Caçador de Marte, Aquaman e até mesmo personagens "nada a ver" como o Flash Reverso e o Maxwel Lord (que meteu uma azeitona na cabeça do Besouro Azul e que depois teve o pescoço virado pra trás pela Mulher Maravilha) voltam à vida como num passe de mágica. É sério! É totalmente sem explicação!


A entidade branca simplesmente decide reviver todo mundo, como se a porra do universo fosse a casa da mãe Joana. Dessa vez nem deram a desculpa esfarrapada das porradas na realidade do Superboy.
Comprei as 8 edições de A noite mais densa esperando que algo relevante fosse acontecer e Geoff Johns simplesmente insulta minha inteligência revivendo personagens que, aparentemente, só morreram pra serem trazidos de volta. Aiai!


Comentarei mais pra frente sobre a banalidade das mortes e dos retornos nas HQs. Aguardem.


O que valeu a pena afinal em a Noite mais Densa? Os desenhos do brasileiro Ivan Reis. O cara deve ter tido um prazo apertado para desenhar essas edições e mandou bem absolutamente em todos os capítulos. Apesar do roteiro "enrolão" e abestalhado de Johns, a história deve ter exigido muito do artista por envolver quase todos os personagens da DC, as vezes, juntos no mesmo quadro. Fiquei impressionado com a capacidade do cara de conseguir enquadrar tantos personagens numa mesma página e sem perder a qualidade do traço. Quase nível George Perez que desenha mais de 100 personagens num mesmo quadro.


Destaque para a página quádrupla em que ele desenha os principais personagens ressuscitados:


Como se não bastasse, se mostrando ainda mais safada que a Marvel, a DC já emenda uma nova mega-saga nessa que mal terminou, a chamada Dia mais claro, só que dessa passarei longe. Chega de ser enrolado!


Só falta agora eles matarem todo mundo de novo que acabou de ressuscitar. Seria muito para a minha cabeça!


Na última edição de Wolverine vimos o começo do arco o Amanhã morre hoje em que uma moça dotada de dons precognitivos avisa Logan de que uma ameaça está vindo do futuro para exterminar super-seres com o potencial para se tornarem o grande líder da força rebelde contra a Roxxon. Essa ameaça se denomina Deathlok, e um verdadeiro esquadrão de exterminadores do futuro vem para detonar com todo mundo de sua lista, incluindo o atual Capitão América Bucky Barnes.


Nessa edição vemos pouco do velho Logan em ação, e a história se concentra mais em nos mostrar quem é o Deathlok incubido de destruir a líder rebelde Miranda Bayer.


A diferença entre futuro e presente é totalmente deturpada nessa história, que em certo tempo fica bem confusa. A Miranda do futuro manda instruções mentais (!) para a sua contraparte do passado, e esta por sua vez as executa no presente. Numa dessas projeções mentais, Miranda (a do presente) é instruída a ameaçar um garoto que virá a ser aquele Deathlok do futuro que está ali para matá-la, e a partir daí todo o plano do ciborgue vai para o espaço, quando o computador em seu cérebro assume o comando de seu corpo e se volta contra seus colegas Deathloks, destruindo-os.


A banalização do enredo se torna visível ao fim da história. Toda aquela lenga-lenga de robôs do futuro que estão no passado para mudarem o futuro acaba não resultando em nada, exceto que o líder da resistência e general de Miranda Bayer é o próprio Deathlok que foi enviado ao passado para matá-la (!). Eu não entendi porra nenhuma. Eu estava torcendo para que o general da resistência fosse o Steve Rogers, já que o mote da história começa com ele na edição anterior. O velho Steve não serve para mais nada na história além de ajudar os Vingadores a enfiar a mão na cara dos Deathloks, e também para desfilar seu novo uniforme. Mais nada.


A história até tinha potencial para ser boa, embora estivesse puxando (muitos) elementos do fillme Exterminador do Futuro, mas terminou confusa e um tanto quanto sem sentido. O bom é que mês que vem não precisarei mais comprar a revista do Wolverine pra ver o que acontece!




Pra fechar o mix, vemos uma história estrelada por Daken, o filho meio viadinho do Wolverine.


Escrita por Daniel Way e Marjorie Liu e desenhada por Giuseppe Camuncoli, somos jogados bem no meio da saga O Cerco (que mal começou), e os eventos já mostram que o controle de Norman Osborn sobre sua equipe já está ruindo.
O maluco ordena um ataque contra a cidade de Asgard, e o Wolverine Jr. sai matando geral os "bem treinados" guerreiros de Asgard.


Confesso que nunca tinha lido uma história se quer com esse personagem, e me surpreendi com o grau de homoxessualidade que ele atinge para provocar seus colegas de equipe. Praticamente todos seus comentários tem duplo sentido e puxam para o lado sexual da coisa, e apesar de também dar em cima da Miss Marvel (A Rocha Lunar, na verdade), ele explicitamente mostra que é mais chegado nos cuecas do grupo.


Parte de sua característica é o mau caratismo. Ele provoca a todos com piadinhas e comentários sarcásticos, e nem mesmo o chefe fica ileso de suas gracinhas.


A história é curta, e termina com Daken empalando Osborn com suas garras.


Não saquei muito se aquilo aconteceu mesmo ou se era a imagem de algum futuro alternativo, sei lá, mas enquanto ele dá uma lição no chefe, o que me parecem ser oráculos asgardianas o observam dizendo que ele é o arauto do Ragnarok (!). Blablablabla!

Na última edição de Homem de Ferro & Thor vimos o Doutor Destino apelando para a armadura do Destruidor para enfrentar o Deus do Trovão, e pela demonstração inicial achamos que o Thor se daria mal.


Tudo nos leva a crer que sim, até que o Senhor de Asgard vira o jogo e faz picadinho da armadura baseada em projetos de Odin, obrigando Destino a se escafeder antes de ser derrotado.



Enquanto a batalha entre Thor e Destino se decide, Balder recupera o coração da deusa Kelda e utilizando seus dons místicos, o traiçoeiro Loki, a fim de garantir a tolerância de seu meio-irmão, recupera a vida dela. Caindo nas graças de todos novamente por seus feitos, Loki sugere que todos voltem para Asgard, e após a vitória sobre Destino, Thor volta à sua vida normal, uma vez que foi banido da cidade reluzente após assassinar o próprio avô.


Os eventos mostrados na revista do Wolverine devem começar a envolver Thor e seus amigos em breve. Foi dada a largada para O Cerco.


Stark: A queda parte 3. Como vimos na edição anterior, seguindo as orientações do próprio Tony Stark, o Dr. Donald Blake, Maria Hill, o recém-ressuscitado Steve Rogers e Pepper Potts se unem para fazê-lo voltar à vida. O último reator ARK da Terra é implantado em Stark e o disco rígido recuperado por Hill é instalado, mas Tony não volta à vida como previsto.


É necessária então a intervenção mística do Doutor Stephen Strange que entra no plano astral para resgatar a mente de Stark enquanto o Capitão América e Potts protegem seu corpo físico.


O Fantasma, à serviço da Madame Máscara continua à espreita, e numa primeira investida ele quase dá cabo da senhoria dona da pensão onde o Doutor Blake reside. Graças à Maria Hill ele falha, mas isso não o impedirá de tentar de novo.


A edição termina com o Doutor Estranho encontrando a consciência de Stark e oferece ajuda para resgatá-lo.


Imagino que a enrolação termina no próximo número e Stark volte à vida para ajudar o Capitão e o Thor contra Norman Osborn.


É isso aí. Por hoje é só pessoal!


NAMASTE!

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