31 de dezembro de 2012

Qual a adaptação de HQs mais esperada para 2013?


Um novo ano bate na porta agora que nos acostumamos com a ideia de que, enfim, o mundo não acabou mesmo, para desespero de alguns. O que nos resta então é nos programarmos para 2013, o que inclui colocar nossa agenda em dia com relação aos lançamentos do cinema.

Muita coisa boa (na teoria) vem por aí, e para satisfazer minha curiosidade em saber qual dos filmes nerds baseados em histórias em quadrinhos prometidos para o próximo ano era o mais esperado pelos leitores do Blog do Rodman, coloquei no ar há alguns meses a enquete “Qual o filme sobre HQs mais esperado para 2013?”. 

92 leitores se manifestaram e a porcentagem de votos ficou assim:

Seis títulos entraram na disputa, o que torna 2013, de longe, o ano mais agitado nerdisticamente falando dos últimos tempos. Como não podia deixar de ser, a Marvel encabeça essa lista com quatro filmes, sendo que Iron Man 3 é o principal deles.

Na sequência da principal e mais divertida franquia da casa (A Marvel Studios), Tony Stark em sua invencível armadura do Homem de Ferro terá que lidar com as consequências de sua identidade exposta e dos zilhões de inimigos que ganhou desde que se tornou o Vingador Dourado. Como ele fará para defender aqueles que ele ama e ao mesmo tempo manter os vilões em seus devidos lugares?

Com direção de Shane Black (escritor de Máquina Mortífera) e supervisão de Jon Favreau, Iron Man 3 estreia em 26 de Abril de 2013, e conta no elenco com Robert Downey Jr., Gwyneth Paltrow, Don Cheadle, e Ben Kingsley, como o ardiloso Mandarim.  

 


Depois do fracasso de crítica que foi Superman Returns de Bryan Synger, muita gente estava curiosa para saber como seria a abordagem que Zack Snyder (de Watchmen e 300) daria ao maior ícone dos quadrinhos de todos os tempos, e o primeiro trailer surpreendeu bastante. Com uma carga dramática muito bem direcionada, mas sem grandes “homenagens” aos filmes da década de 70 de Richard Donner, o que muitos apontaram como a principal falha de Bryan Synger, Superman – Man of Steel aparentemente conseguirá equilibrar boas doses de drama com uma pancadaria de responsa.  

O elenco afiado conta com presenças como Kevin Costner (Jonathan Kent), Amy Adams (Lois Lane), Lawrence Fishburne (Perry White) e Russel Crowe (Jor-El), além de Henry Cavill como Superman/Clark Kent e Michael Shannon como General Zod.
Segundo boatos, Superman – Man of Steel será a ponta de lança da expansão cinematográfica que a Warner/DC pretende fazer até a estreia do filme da Liga da Justiça, prevista para 2015, portanto, é possível que role alguma ligação entre universos em cenas pós-créditos ou em easter-eggs.
Será que agora vai, DC?
O filme estreia em 12 de Julho de 2013.


 


Após a bomba que foi X-Men Origins – Wolverine, a 20TH Century Fox procurou corrigir os erros que haviam afundando a franquia mutante desde X-Men 3 e trabalhou decentemente em X-Men First Class, considerado um dos melhores filmes sobre os mutantes.
Ainda em busca da batida perfeita de se redimir, a Fox lançará em 2013 o segundo filme do carcajú canadense, sem necessariamente ter que considerar a primeira parte, e para tal tarefa, decidiu mergulhar fundo na fonte. O roteiro do filme foi escrito com base no arco “Eu, Wolverine” de Frank Miller, e levará o mutante enfezado ao Japão, onde em busca de aquietar a fera interior, ele acaba se metendo em “altas confusões com uma turminha de ninjas do barulho”. 


A premissa é boa, vamos ver se a Fox não fode com tudo novamente e começa a encher o filme de personagens que só servem para fazer volume, como aconteceu anteriormente.
Wolverine é simples de adaptar: Ele é um cara com garras de metal que quando fica zangado mata todo mundo que está em sua frente. Basta colocarem uma porção de ninjas para ele retalhar em cena que já ficaríamos muito felizes em nossas poltronas.
O filme estreia dia 26 de Julho, o que o coloca em rota de colisão com o próprio Superman, que terá estreado semanas antes nos cinemas . Essa briga será boa!


Thor: The Dark World pretende nos mostrar mais do universo épico de Asgard e os Nove Reinos, aprofundando a história do filho de Odin pra lá da Ponte do Arco-Íris, em vez de sua interação com os humanos da Terra, como aconteceu no primeiro filme, causa também da maior parte da rejeição do público que sempre esperou algo mais “Senhor dos Anéis” para Thor e seus amigos.

Thor saindo na mão com Elfos do Mal

Em resposta a isso, um dos desafios de Thor, desta vez,  será enfrentar Malekith, um elfo das trevas que pretende destruir os Nove Reinos, incluindo aí a Terra.
Como o filme será interligado aos demais títulos Marvel e a chegada inexplicável de Thor em Vingadores após a destruição da Bifrost, não se sabe, mas o clima do filme parece mais apropriado para a Paquita Marteluda nesse novo roteiro.
O filme tem data prevista de estreia para 8 de Novembro de 2013


O primeiro Kick Ass foi quase uma produção de “fundo de quintal” se comparada a outros títulos de heróis que começaram a bombar nos cinemas na mesma época, e mesmo assim rendeu uma fita bem divertida e fiel a muitos aspectos dos quadrinhos escritos por Mark Millar, O Louco.
Essa sequência provavelmente terá mais grana de investimento, e mostrará o que acontecerá com Dave Lizewski quando sua identidade secreta heroica ameaça se tornar pública, e qual sua reação quando outros “super-heróis” começam a surgir em sua cidade para ajudá-lo na luta contra o crime. 

Jim Carrey e a Justice Forever

Praticamente todo o elenco estará de volta em Kick Ass 2, e Jim Carrey se junta aos malucos como o personagem Coronel Estrelas, um ex-mafioso que lidera a Justice Forever, uma espécie de Liga da Justiça dos pobres.
A direção agora está a cargo de Jeff Wadlow e o filme estreia em 13 de Setembro de 2013


Quase nada foi divulgado sobre Sin City 2 e o filme está sendo produzido quase que na surdina, longe dos holofotes principais que continuam sobre os lançamentos de Marvel e DC.
O que sabemos é que o filme, assim como seu antecessor, também será baseado nas histórias e nos personagens criados por Frank Miller, e trará no elenco nomes como Mickey Rourke, Rosario Dawson, Jessica Alba, Jaime King, Jamie Chung Michael Madsen, quase todos presentes também na primeira parte da aventura.


O que mais chamou a atenção de Sin City (2005) foi a impressionante fidelidade do visual tirado diretamente da HQ de Miller, uma vez que aquele clima meio Noir e meio Trash nos remetia a filmes pulp do tipo que só Quentin Tarantino e Robert Rodrigues (diretor de Sin City) sabem produzir. O que Miller e Rodrigues nos trarão de novidade dessa vez?

O próprio Miller tentou repetir a fórmula em seu Spirit, e o resultado foi terrível. Se não souber se reinventar, Sin City 2 tem tudo para ser o grande fracasso de 2013.
Esperamos que não, porque eu gosto bastante do primeiro.
A data de estreia é 4 de Outubro de 2013.

Robert Rodrigues e Frank Miller

Lembrando que esses seis títulos se referem apenas a adaptações de quadrinhos e que 2013 tem mais uma porção de títulos eletrizantes para serem vistos como, O Hobbit - A Desolação de Smaug, Star Trek: Além da Escuridão, Pacific Rim e Duro de Matar: Um bom dia para Morrer.


Cara! Vou precisar de um “Bolsa Cinema” para bancar tudo isso esse ano. 

NAMASTE!

30 de dezembro de 2012

Afinal, qual foi o melhor de 2012?



No agora longínquo mês de Março, esse que vos fala, publicou um post mostrando o resultado de uma pequena enquete que havia feito com os leitores do Blog, sobre Qual era o filme “Nerd” (e aí entenda como quiser) mais esperado de 2012. Na época, claro, nenhum dos títulos citados havia estreado em rede nacional, e a expectativa era alta por parte da comunidade sem vida social.  Ou seja, nós!

Nessa enquete, 42% dos participantes se mostraram afinzões de ver Os Vingadores no cinema, mais do que Batman Dark Knight Rises, O Hobbit e o Espetacular Homem Aranha.


Ainda no post citado, eu prometi que quando tivesse assistido todos os títulos no cinema, de pipoca e Coca Cola em punho, eu voltaria para dar minhas impressões gerais, e comigo, missão dada é missão cumprida, parceiro!

2012 está no pó da rabiola no que se refere à questão de duração, e pode-se dizer que cinematograficamente, esse foi um bom ano para os nerds. Tivemos o tão aguardado fechamento da trilogia Batman de Christopher Nolan, conhecemos melhor o protagonista de Superman – Man of Steel (e choramos elegantemente com o primeiro trailer do filme), tivemos a tentativa falha de revitalização do universo do Homem Aranha com um Peter Parker mais moleque, um Peter Parker mais de várzea, tivemos a boa volta do universo de Tolkien aos cinemas (apesar das críticas negativas) e fomos literalmente atropelados pelo sucesso estrondoso que foi o filme dos Vingadores

Marvetes, Decenetes e Tolkenetes fecham o ano com um sorriso de orelha a orelha devido à ótima repercussão e popularização de seus personagens favoritos, mas a pergunta que não quer calar é:

O que você achou desses filmes, Rodman?


Embora eu tenha feito um review especial para cada um dos filmes (links ao fim do post), é importante ressaltar que o balanço é bom, considerando o que cada um dos filmes trouxe de positivo ao cinema Blockbuster. Dark Knight Rises mostrou um Batman mais próximo dos quadrinhos e não tão realista, sem falar que o filme conseguiu encerrar bem a trilogia, apesar das escorregadas que desta vez (sorry, Nolanzetes) Nolan cometeu no comando. 


De bom, o Homem Aranha de Marc Webb trouxe a humanização do personagem, deixando um pouco de lado os efeitos digitais desnecessários e nos fazendo crer que o Homem Aranha pode existir de verdade e se balança por aí em sua teia. 


O Hobbit veio com uma aura meio nostálgica, e nos fez voltar a um passado não muito distante, onde o Senhor dos Anéis era a trilogia mais fantástica que existia no Universo. Algumas críticas apontaram o despreparo de Peter Jackson, diretor e idealizador do filme, em trabalhar com o 3D, outras alegaram que O Hobbit não trouxe nada de muito inovador ao que já havia sido mostrado nos filmes anteriores baseados na literatura de Tolkien, e claro, teve muita gente (assim como eu) que curtiu tudo, vibrando feliz tal qual um infante com a aventura do hobbit Bilbo e seus amigos anões. 
E tivemos os Vingadores...


A meu ver, Vingadores é o filme do ano. Há muito de paixão nessa minha opinião, mas analisando friamente (ou tentando), eu não consigo me lembrar de experiência cinematográfica  mais proveitosa do que a que tive com Vingadores esse ano, e isso vai muito do que eu esperava do filme e o que ele me deu em retribuição. Assisti a película duas vezes, em 3D legendado e 2D dublado, e a sensação de euforia foi a mesma nas duas exibições. Joss Whedon levou pra tela aquilo que ele sempre soube fazer muito bem nos quadrinhos, e o fã dos personagens da Marvel souberam reconhecer o esforço do cara em colocar tantos personagens diferentes em um mesmo barco de forma coesa, sem que nenhum deles tivesse mais ou menos destaque. Aqueles que nunca tinham ouvido falar de “Vingadores” antes do filme também saíram satisfeitos do cinema, até porque o filme é muito divertido além de ágil.
Vingadores acertou em cheio os diversos públicos que ele pretendia alcançar, e como um bom “arrasa-quarteirão” atropelou tudo, alcançando a segunda maior bilheteria do cinema de todos os tempos.


O filme é perfeito?
Não.
O filme retrata os personagens fielmente ao que eles são nos quadrinhos?
Nem de longe.

Mas como uma adaptação, ele soube representar muito bem a aura de seu material de origem (as HQs), e mais do que tudo soube criar uma coexistência sólida entre os universos de Hulk, Capitão América e Homem de Ferro.

O resto é mimimi de crítico que nunca vai conseguir vivenciar a experiência de ver seus heróis sendo transportados para a tela de forma tão competente, do mesmo jeito que os leitores de quadrinhos. E quem é que disse que eles precisam gostar de Vingadores?

O meu ranking de melhor filme nerd de 2012, baseado nas notas que dei para cada filme em suas resenhas, ficou assim:




Pra quem não leu, abaixo as resenhas dos quatro filmes. Clique nas imagens para visitar os posts:






E que venham os filmes nerds de 2013, já que o mundo não acabou!

NAMASTE!

28 de dezembro de 2012

O Hobbit – Parecia que não ia, mas acabou “fondo”



Se eu pudesse descrever o filme O Hobbit com apenas uma palavra, eu diria Grandioso.

E não. Não há nenhum trocadilho no que se refere à questão da estatura de nosso diminuto herói de orelhas pontudas e pés peludos.


O Hobbit não era nem de longe o filme mais esperado por mim no ano, eu também não estava contando os dias para sua estreia e tampouco criei expectativas para assisti-lo. A meu ver, aquele seria apenas o reencontro com os personagens que conheci lá no início dos anos 2000 e que, como todo mundo, acabei me afeiçoando, mas não era um momento mágico ou especial. Era só mais um filme
O Hobbit - Uma Jornada Inesperada parecia que não ia ser nada demais, mas acabou "fondo". 
Não é que fomos surpreendidos novamente??



Minha história com o Senhor dos Anéis não começou com os livros de J.R.R. Tolkien, que eu nunca li (ok, podem me julgar!), e foi através do primeiro filme de 2001 dirigido por Peter Jackson que conheci a Terra Média e sua narrativa fantástica. Até então, não me lembrava de muitos filmes épicos de capa e espada que tivessem feito a minha cabeça (Coração Valente, talvez), e a paixão por aquele universo mágico criado por Tolkien, trazido à vida por Jackson, foi algo imediato. Na época aluguei o filme em uma locadora (hoje “falecida”) única e exclusivamente por causa da presença de Liv Tyler (Ahhh, Liv Tyler!!) no elenco, e somente nos anos subsequentes é que pude entender a importância que a série de livros do qual o filme era baseado tinha, e a real dimensão que a iniciativa de Peter Jackson iria tomar no mundo pop.



Claro que os nerds que rolavam os dados em partidas de RPG e que haviam lido os livros de J.R.R. Tolkien já tinham conhecimento desses seres mágicos que habitavam o imaginário das terras medievais, mas depois da trilogia cinematográfica O Senhor dos Anéis, trolls, goblins, orcs, elfos e anões se tornaram personagens comuns em nossa cultura, e hoje muito mais gente reconhece esses seres fantásticos em outras mídias como jogos e livros, por causa de O Senhor dos Anéis. Se Tolkien criou a Bíblia da literatura fantástica lá nas décadas de 40 e 50, Peter Jackson foi o responsável pela revitalização dessa magia nos anos 2000. 


Alguém discorda?



A história de O Hobbit é baseada no primeiro livro (homônimo) escrito por Tolkien para representar a Terra Média, e Uma Jornada Inesperada é a primeira parte de três filmes já programados paras os anos seguintes, exatamente como aconteceu com o Senhor dos Anéis.

No enredo, voltamos ao passado de Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) e desvendamos sua primeira aventura ao lado do velho amigo Gandalf (Sir Ian McKellen) e de treze anões que tentam reaver o Reino de Erebor, as terras tiradas de seus ancestrais devido a fúria de um poderoso dragão conhecido como Smaug



Pra quem não lembra, muitos detalhes das aventuras de Bilbo em O Hobbit são citados em o Senhor dos Anéis (em especial no primeiro, A Sociedade do Anel), incluindo aí a história do dragão Smaug e dos Trolls petrificados. Além dos personagens que voltam a dar as caras, alguns objetos são facilmente identificados, como a espada Ferroada de Bilbo, encontrada em uma caverna de trolls. Embora estejamos no passado dos personagens, é como se estivéssemos revisitando nossos velhos amigos de outrora, como Elrond (Hugo Weaving), Galadriel (Cate Blanchett) e até mesmo Saruman (Christopher Lee), para entender como o pacato hobbit tornou-se um aventureiro ao lado dos corajosos anões Balin (Ken Stott), Dwalin (Graham McTavish), Bifur (William Kircher), Bofur (James Nesbitt, o Black smoke de LOST), Bombur (Stephen Hunter), Fili (Dean O’Gorman), Kili (Aidan Turner), Oin (John Callen), Gloin (Peter Hambleton), Nori (Jed Brophy), Dori (Mark Hadlow) e Ori (Adam Brown), liderados por Thorin Escudo-de-Carvalho (Richard Armitage), o real herdeiro de Erebor.



O livro O Hobbit pertence à literatura infanto-juvenil, o que faz com que o filme às vezes, também se transforme em um daqueles musicais estilo Disney, mas nem isso nem as trapalhadas dos anões trazem qualquer desmerecimento ao filme, ou o transformam em uma obra infantilóide. Pelo contrário. Me recordo muito mais das cenas de tensão e ação do que das cenas engraçadinhas, das quais, sim, eu ri! 
O clima sombrio que envolve a história conforme Gandalf, os anões e Bilbo vão mergulhando cada vez mais em sua aventura é surpreendente, e nos segura à poltrona de uma forma impressionante, absorvendo o enredo e esperando ansiosamente pelo que vem à seguir.

Os efeitos digitais do filme são extremamente bem cuidados e vi um 3D espetacular, do qual já estava sentindo falta há muito tempo, desde que assisti Thor. O efeito não é usado apenas e tão somente para nos jogar alguma coisa na cara (literalmente), e além da profundidade das cenas e dos enquadramentos, o 3D está ali para nos inserir dentro das cenas. Dessa forma, estamos nas montanhas junto com a comitiva enquanto os diminutos personagens tentam escapar de dois gigantes de pedra enfurecidos que digladiam, e também estamos em cima das árvores enquanto wargs predadores tentam nos despedaçar.



Os cenários devem ser citados à parte.

Eu não me lembro de ter visto no cinema cenários tão ricos em detalhe quanto os de O Hobbit, e as primeiras tomadas, mostrando o Reino de Erebor são tão perfeitas que conseguimos ter a noção exata de o quão rico é o soberano dos anões, além de o quão grandiosas são suas terras. A viagem ao interior de Erebor e posteriormente a destruição causada por Smaug duram apenas alguns minutos, seguindo a narrativa de Bilbo Bolseiro (ainda como Ian Holm) que escreve o livro sobre suas aventuras para o sobrinho Frodo (Elijah Wood), mas foi uma das cenas mais marcantes do filme inteiro.



Desacreditado durante todo o caminho pelo líder dos anões, Bilbo se vê em desvantagem com relação a seus companheiros, alguns deles guerreiros natos, porém, segundo Gandalf, sua força não está em sua habilidade de manusear armas ou em batalhar, e sim em algo muito mais puro e terno, que é sua coragem e determinação (além de uma boa dose de lábia, claro!).
Levado a reinos nunca antes desvendados por um hobbit do Condado, Bilbo acompanha seus colegas com bravura, sempre tendo sua força de vontade testada, até o momento em que ele conhece a criatura que irá mudar a sua vida para sempre, o sinistro Gollum e um certo artefato dourado que ele guarda no bolso.
Graças aos movimentos de Andy Serkis, o dublê corporal das criaturas digitais mais famosas do cinema moderno, o Gollum mostra que mesmo mais de dez anos depois de seu surgimento no cinema, ele ainda é o ser digital mais perfeito de todos. Em alguns momentos esquecemos que ele é gerado por CG e tanto suas expressões quanto seus movimentos são dignos de nota, e nota 10



É muito interessante entender e acompanhar como foi o primeiro encontro entre Bilbo e o Gollum, e o conflito cheio de tensão de ambos no “concurso de charadas” é extarordinário. Ver o Gollum em cena é um deleite, e uma prova de que o CG bem utilizado pode fazer parte dos grandes momentos de um filme, e não apenas ser usado como uma muleta desnecessária.



Pouca coisa me desagradou em Uma Jornada Inesperada, e como disse, tenho muito mais pontos positivos a enaltecer do que negativos a mencionar. Por ser uma história fantástica, repleta de magia, consigo relevar o fato de que os anões parecem feitos de aço tal qual sua resistência em cair de alturas inimagináveis ou serem esmagados por rochas e continuarem vivos e sem qualquer arranhão, mas algumas criaturas digitais e suas movimentações, ainda não conseguem convencer, em especial quando a cena é à luz do dia. As terríveis wargs cavalgadas por orcs ainda não passam no teste, as criaturas digitais não parecem ter peso e se movimentam um tanto quanto desengonçadas pelos campos. No caso dos trolls, seus movimentos conseguem ter alguma lentidão típica de seres tão grandes, mas eles parecem feitos de borracha se observados por muito tempo, não nos passando credibilidade de sua existência física como o Gollum, por exemplo. Sem falar em suas atitudes de “Os Três Patetas”!



Tirando esses pequenos detalhes, o filme é espetacular. Empolga na maioria das cenas e não nos deixa tirar os olhos da tela, nem mesmo quando sua namorada tenta te distrair a seu lado. Saí da sessão maluco pra rever a trilogia do anel e pegar as referências de O Hobbit.


Destaque para Azog, o gigantesco orc branco que é o grande vilão do primeiro filme e que nos faz acreditar que, afinal, os Uruk Hai de o Senhor dos Anéis não eram tão badass mothafuckers assim. A Terra Média esconde criaturas bem mais terríveis que os lambe-botas do mago Saruman!


E quem podia imaginar que um anão (depois de Tyrion Lannister!!) balançaria os corações das moçoilas?



Eram só suspiros no cinema quando o anão gatão Kili (vivido por Aidan Turner) aparecia em cena. Nem o Escudo-de-Carvalho, que dos treze, é o anão mais versado na arte da fodacidade conseguiu mexer tanto com os corações femininos. Tempos modernos. Os heróis agora são outros.


O Hobbit – Uma jornada Inesperada custou a bagatela de 270 Milhões de Doletas e na segunda semana após sua estreia, já tinha batido a marca de US$ 36.7 Milhões só nos Estados Unidos e no Canadá, e a meu ver, valeu cada centavo. Entretenimento puro e satisfação garantida.


NOTA: 9,5


NAMASTE!

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