20 de maio de 2014

O Espetacular Homem Aranha 2 - A Ameaça do Bobalhão Elétrico

ATENÇÃO! ESSE POST POSSUI SPOILERS!!


Quem acompanha o Blog do Rodman ou conhece seu dono e proprietário sabe que o Homem Aranha é meu personagem preferido, e sabe também o quanto fiquei #xatiadu com O Espetacular Homem Aranha, filme que resenhei aqui e do qual não tenho nenhum apreço.

Como até comentei no Podcast do A.I.Jovem não estava nem um pouco a fim de ver a sequência desse filme, visto que nada no primeiro havia me agradado e que, portanto, preconceituosamente já achava que nesse seria semelhante. Pois bem. Apesar de todos os fatores contra, decidi ir ao cinema para ver O Espetacular Homem Aranha 2 – A Ameaça de Electro, e apesar de não achar essa Coca-Cola toda de que muita gente na mídia tem falado, confesso que esse filme tem alguns fatores que me fizeram aumentar a nota para o esforço de Marc Webb (oooooo diretor) em rebootar o Homem Aranha para a tela grande.


Pra começar, A ameaça de Electro tem atuações muito boas em especial por parte de seu protagonista Andrew Garfield, de Sally Field que vive a Tia May, de Emma Stone (Gwen Stacy) e de Dane DeHaan (Harry Osborn), que me fizeram enxergar o lado humano em um universo em que pessoas andam pelas paredes e soltam raios pelas mãos. Algumas cenas chegam a emocionar (sem sacanagem!) tal é a veracidade com que os atores as vivem contracenando uns com os outros, e de repente, me vi pensando “ué, não é que essa porra de filme é legal!”. Sou péssimo em aceitar mudanças e ainda sou muito apegado aos antigos filmes de Sam Raimi, que, embora hoje pareçam defasados devido a tecnologia de CGI que avançou muito em pouco mais de dez anos, foi o grande estopim para a invasão de super-heróis no cinema. 


Eu nunca havia visto o Aranha se balançando em sua teia numa tela grande, e pra época isso foi do caralho, algo que me levou a fechar Homem Aranha 1 e 2 numa redoma onde ninguém poderia falar mal ou achincalhar. Pois é. Mas o tempo passou, e tenho que admitir que em alguns aspectos (e não estou falando de tudo), O Espetacular Homem Aranha 2 é SIM (oh, Deus! Estou admitindo!) superior aos três primeiros filmes do aracnídeo, o que não diminui em nada a emoção que vivi quando vi a população nova iorquina defendendo o Aranha do Duende Verde ou dele freando um trem na marra após um ataque do Dr. Octopus.


Garfield já está visivelmente velho pro papel, pelo menos no que diz respeito as rugas, que saltam em seu rosto na cena em que ele mais deveria parecer um moleque na formatura. As mesmas rugas que estão em sua cara, estão nas minhas, o que levanta a questão de em quantos filmes mais ele ficaria bem vestindo o pijama cheio de teias?

Seja como for, nada disso o impede de atuar com veracidade, chegando a dar show na cena em que ele explica para a Tia May que o fato dele querer saber mais sobre o passado de seu pai não o faz ser menos grato ao fato dela ter cuidado dele desde os 6 anos. Porra, velho! A forma como ele fala essas coisas para May chega a ser tocante.


A química entre Garfield e Emma Stone (que se pegam também fora do cinema) é infinitamente maior do que a que (não) havia entre Tobey Maguire e Kirsten Dunst. Enquanto o primeiro Peter Parker mais parecia um abestado (como diria o Tiririca), morrendo de medo de se declarar para sua amada Mary Jane (como todo bom Nerd), o Peter Parker de Garfield é mais malandro e decidido, e as cenas em que ambos precisam demonstrar que se importam um com o outro são autênticas, e nos fazem acreditar que Peter realmente ama Gwen, e vice-versa. Destaque para a cena em que os dois estabelecem regras para o relacionamento deles agora que são só “amigos”.


O namoro naturalmente se desenvolve desde o primeiro filme, e em nenhum momento vemos que Gwen está com Peter por ele ser o Homem Aranha, como a Mary Jane de Kirsten Dunst transparece a torto e a direito nos filmes de Sam Raimi. Diferente da MJ biscateira que não sabe se fica com o herói ou com o milionário, Gwen é sincera com Peter e até chega a tomar as rédeas quando ele fica com a famosa lenga-lenga de “se eu ficar com você estarei arriscando a sua vida. Se algum vilão descobrir que a amo bláblábláblá”. Foda-se, meu filho! Todos os vilões dos filmes do Homem Aranha descobrem que ele é na verdade Peter Parker, então relaxa.


Sei que é uma bosta ficar comparando, mas Dane DeHaan é um Harry Osborn muito melhor do que James Franco, e principalmente no quesito obsessão e sangue no zóio. Eu não conhecia esse ator, mas gostei muito do que ele fez com seu Harry Osborn, dando-lhe um caráter muito mais assustador e obsessivo, que combina bastante com a fase do personagem nos quadrinhos em que ele, enfim, descobre que seu melhor amigo era na verdade o Escalador de Paredes (não disse que todo mundo sabe?) e o culpa pela “morte” de seu pai Norman Osborn.


Em Ameaça de Electro, não existe essa de “você matou meu papai e vou fazê-lo pagar”, na verdade o velho Osborn morre sozinho de uma doença (pelo que entendi) hereditária, e a razão de Harry depois querer a morte do amigo de infância é exatamente essa: Querer seu sangue para curar a si próprio da tal doença. Tá, eu sei. A razão é uma bosta, mas a interpretação de DeHaan é impressionante, o que o faz ficar ainda mais assustador com aqueles olhos azuis hipnotizantes. Lembrando que tudo que estou citando aqui é antes dele virar o Duende Verde no filme, porque depois... Tsc! Tsc!


Dessa vez não temos Peter Parker treinando os poderes ao som de Coldplay, mas a ação é desenfreada, o que infelizmente não justifica o 3D, que é outra merda. Marc Webb dessa vez abusou nos efeitos digitais, e aquilo que elogiei no primeiro filme ficou de fora, que foi ver mais Homem Aranha feito de carne e osso na tela. O Aranha digital está presente o tempo todo (mais do que o necessário) e embora muito melhor do que aquele bonequinho de borracha de Homem Aranha 1 e 2, ainda não convence quando quer passar naturalidade. Notem o Aranha subindo na torre próximo da sequência final do filme. Tsc! Tsc! Um fiasco!


Outra coisa que me incomodou (pra caralho) no filme foi o exagero nas cenas de ação. Uma história que se sustenta inteira na pirotecnia já não me agrada (aconteceu em Homem de Ferro 3 da Marvel) e chega até a entediar, o que acontece em TODAS as cenas de pancadaria entre o Aranha e o Electro (Jamie Foxx). Webb deve ter tido algumas aulinhas de filmagem em slow-motion com Zack Snyder, porque o recurso é usado a exaustão durante o filme, tornando as sequências lentas, longas e até mesmo previsíveis. A última luta entre os dois parece uma PORRA DE UMA ENORME CUTSCENE DE VIDEOGAME sem nenhuma graça e nenhuma emoção. Eu poderia estar jogando aquela merda num Xbox em vez de estar sentado assistindo. Nesse momento eu não torci para o Aranha e nem para o Electro, só queria ver logo o desfecho daquilo para levantar e ir embora.


O que dizer também do Homem Aranha se movendo na velocidade da luz para salvar as pessoas na cena da escadaria? Seria Webb antevendo um novo seriado do Flash por aí? Não sei, talvez!


Deixei para o final para falar do grande vilão do filme, que a meu ver deixou bastante a desejar, não pelos efeitos especiais que são grandiosos, impressionantes e nos fazem crer realmente que o Electro é um grande inimigo (o que nunca foi nos quadrinhos), mas pela atuação (pasmem) do oscarizado Jamie Foxx. Bem, em primeiro lugar é bom acrescentar que o roteiro nem exige uma grande atuação do Sr. Foxx, dando-lhe o papel de um Max Dillon bobalhão e fracassado do qual sentimos mais pena do que achamos graça. Toda a frustração de sua vida de ser um eterno “homem-invisível” parece realmente se potencializar quando ele sofre o acidente na Oscorp que o transforma no Electro, mas o problema é realmente esse. Dillon desaparece muito rápido quando os poderes elétricos começam a se manifestar, e o sujeito fraco e bobo dá lugar a um homem amargurado e cruel sem nos darmos tempo de assimilar isso. Não funciona bem como um reprimido Bruce Banner que se torna um monstro selvagem na pele do Hulk, é mais como se a eletricidade desse curto em seu cérebro e o fizesse distorcer as coisas. O Aranha nunca foi seu inimigo antes, porque ele se torna depois, segundo sua visão?


Ai, Rodman! Você é burro! A cena do telão mostra muito bem isso aí que cê disse!

Não mostra não. Ali mais parece que Dillon foi seduzido pelo Lado Negro da Força do que perdeu sua personalidade frágil de um homem abobalhado que cansou de sofrer bullyng. É tão Star Wars que ele usa capuz, solta raios pelas mãos e ainda ouve vozes!


Depois que ele se torna Electro não é mais necessário uma grande atuação de Jamie Foxx, porque o personagem se torna um estereótipo do típico vilão pau- mandado, que vive recebendo ordens de Harry Osborn, mais ou menos como o Homem Areia no terceiro filme do Sam Raimi. Assim sendo, qualquer ator mais meia-boca (e mais barato) justificaria a presença de Electro, não precisando necessariamente de Jamie Foxx para o papel.

Continuo achando toda essa história do passado secreto de Richard Parker uma besteira sem fim. Sei que é mais ou menos assim que as coisas funcionam no Universo Ultimate da Marvel e que o pai de Peter tem mais relevância na história do que o tem no Universo tradicional 616 (exceto que ele era um agente secreto!), mas continuo achando forçação de barra pura levar isso a enésima potência, em vez de apenas considerar que os inimigos de seu filho surgem naturalmente, seja por suas próprias ambições ou por quererem rivalizar  com ele.


Achei as motivações dos dois vilões principais terrivelmente fracas e tênues, e se o novo Harry Osborn esbanja atitude e maldade por um lado, por outro lado seu Duende Verde nada mais é do que uma criatura que age por impulso e totalmente descerebrada, mesmo tendo pouco tempo de participação na tela. O Duende Verde Curupira (admita que parece, vai!) não serve para mais nada além de MATAR GWEN STACY, e a razão pelo qual ele faz isso não é plausível. A amizade entre Peter e Harry nem nos convence tanto assim para nos causar aquela comoção de ver dois amigos saindo na porrada, como acontece nos filmes de Raimi, e isso enfraquece bastante o filme, apesar do desfecho explodir a cabeça de qualquer um. 


Ver Gwen despencando da torre  em câmera lenta (aí sim esse recurso se justifica), a teia lentamente tentando alcançá-la e seu corpo batendo violentamente no chão antes da teia amortecer foi de partir o coração. Valeu pela referência a cor da roupa de Gwen, que é idêntica a que ela usava nos quadrinhos quando morreu. As frases de Peter quando percebe que ela está morta também são parecidas com as que ele diz no gibi, e confesso que deixei algumas lágrimas rolarem por conta dessa cena. 


Apesar dos erros e dos exageros, O Espetacular Homem Aranha – A Ameaça do Electro (nome grande da porra!) é sim um bom veículo de entretenimento, melhor que o primeiro e alguns pontos acima da trilogia de Sam Raimi, em especial pela personalidade do Homem Aranha, o deixando mais engraçado e sarcástico (a cena inicial em que ele dá uma zoada no Aleksei Sytsevich vivido por Paul Giamatti é hilária). Seja como for, ainda prefiro o Peter Parker menos malandrão e mais Nerd, o que justifica que o Aranha seja piadista e infame.


Até aqui a Oscorp (com alguns projetos de Richard Parker) já criaram o Lagarto, o Electro, o Rino e o Duende Verde, já temos uma assistente chamada “Felícia” (a Gata Negra das HQs) que pode vir a substituir o lugar de Gwen no coração de Peter para o terceiro filme e temos um sujeito de chapéu cuja identidade continua oculta desde o primeiro filme. Qual outro vilão gostaríamos de ver na telona? Eu aposto em McGargan, como Escorpião ou como Venom.

NOTA: 8

NAMASTE!

17 de maio de 2014

The Walking Dead - 4ª Temporada

Esse post possui SPOILERS sobre a série!


Após estabelecer uma ditadura no final da segunda temporada com a célebre frase “isso não é mais uma democracia!”, Rick Grimes (Andrew Lincoln) decidiu dividir o comando da prisão criando um Conselho, onde além dele, Hershel (Scott Wilson), Daryl (Norman Reedus) e Michonne (Danai Gurira) debatem sobre o que é melhor para a comunidade.

Com a destruição de Woodbury, Grimes resolveu abrigar os sobreviventes da cidade antes comandada pelo Governador (David Morrissey) na prisão, e novos personagens se juntaram aos já conhecidos do grande público como Carol (Melissa McBride), Glenn (Steven Yeun) e Maggie (Lauren Cohan).


Para atrapalhar a aparente calmaria que reinava na comunidade, uma estranha peste espalhada depois do consumo da carne de um porco contaminado passou a matar alguns habitantes do local, fatalmente os transformando em errantes. E se os zumbis do lado de fora dos portões não conseguiam entrar, nada pior do que vê-los surgindo do lado de dentro dos muros, onde menos se esperava. O que dizer do pobre Greg (Vincent Martella) de Todo Mundo Odeia o Chris virando um errante?


Enquanto Daryl tenta encontrar suprimentos na cidade para tentar conter a peste que se alastra na prisão que serve como lar para os sobreviventes do Dia Z, descobrimos que Michonne estivera seguindo o rastro do Governador todas as vezes que saia em ronda. Após chacinar seus próprios parceiros, o enlouquecido comandante de Woodbury havia desaparecido, o que não fez com que ele esquecesse sua vingança contra Rick e os moradores da prisão.


O episódio do retorno do Governador foi um dos mais esclarecedores dessa temporada, uma vez que mostrou alguns pontos que só haviam sido descritos no livro baseado na série de quadrinhos A Ascensão do Governador (escrito por Robert Kirkman e Jay Bonansinga), e que trouxe desse mesmo livro alguns personagens como Tara, April e o senhor David Chalmers (a pequena Megan não existe no livro). Logo depois que foi derrotado por Rick e obrigado a fugir, Brian Blake (o verdadeiro nome do Governador) caiu na estrada, e como um verdadeiro morto-vivo perambulando a esmo, acabou se deparando com a família Chalmers, que lhe deu abrigo e proteção. Incapaz de se manter em “família” novamente, Brian acabou sendo encurralado por seus antigos parceiros (entre eles Martinez) e após se livrar deles, junto a uma nova comunidade e o apoio de Tara (Allana Masterson), ele decidiu atacar a prisão, que naquele momento era o mais próximo que ele conhecia de um local seguro. Blake mataria dois coelhos com uma mesma cajadada: abrigaria sua nova comunidade e teria sua vingança contra o grupo de Rick.



Após o bem sucedido ataque do Governador (num dos episódios mais chocantes da série) à prisão, o local destruído se tornou incapaz de continuar mantendo seus moradores seguros dos errantes que a invadiram, e dolorosamente aqueles que conseguiram sobreviver tiveram que debandar, separados dessa vez em pequenos grupos. Após uma surra vergonhosa aplicada pelo Governador, Rick se viu salvo por Michonne e muito ferido, ele o filho Carl fugiram da prisão sem saber o destino da pequena Judith, cujo berço apareceu vazio e ensanguentado.


Dali pra frente os personagens voltaram a colocar o pé na estrada em busca de abrigo, e cada um deles começou a encarar seus próprios demônios, Daryl e Beth (Emily Kinney) de um lado, Carol, Tyreese (Chad Coleman) e as meninas Lizzie e Mika de outro, Carl (Chandler Riggs) amparando o pai ferido, Maggie com Bob (Larry Gilliard Jr.) e Sasha (Sonequa Martin-Green), e Glenn, que fica para trás desacordado após sofrer com os sintomas da febre quase o começo da temporada toda. Os destinos de todos eles voltam a se cruzar quando eles começam a seguir o caminho para O Terminal (Terminus) alardeado em todos os cantos da cidade como o último refúgio seguro na Terra. A temporada acaba quando os sobreviventes chegam ao Terminal e descobrem que estavam mais seguros do lado de fora!


Já assisti The Walking Dead com maior empolgação, mas atualmente acompanho mais como torcer para um time que já não te traz mais alegria. A velha lenga-lenga de fugir de zumbis já me parece saturada a essa altura, e embora se perceba bem claramente que o foco é nos personagens e sua obstinada luta pela sobrevivência (e já não o era assim em LOST?), ainda assim me entedio fácil com os episódios mais lentos, em que nada parece acontecer. 



A meu ver, nessa quarta temporada houve três episódios que realmente me explodiram a cabeça, o 8 em que acontece o ataque do Governador à prisão e a chocante morte de Hershel, o 14 em que Carol e Tyreese são obrigados a tomar uma difícil decisão com relação as irmãs Lizzie e Mika para salvar a pequena Judith, e o episódio final em que Rick percebe que suas ações agora estão intimamente ligadas a sua sobrevivência e a de seu filho Carl, quando ele é obrigado a matar à sangue frio um dos agressores que os emboscam na estrada.


O antigo formato de seis episódios (como na primeira temporada) a meu ver funcionaria melhor para condensar os acontecimentos, ou mesmo uma temporada de 10 episódios, como acontece em Game of Thrones, que adaptam um livro de mais de 400 páginas de forma bem competente. Embora agora a série The Walking Dead esteja anos-luz de distância de sua origem nas HQs, e enquanto personagens que já morreram nos quadrinhos há muito tempo ainda estão vivos na série, esticar demais as temporadas parece um erro, já que a lentidão de alguns episódios em que parece que NADA ACONTECE são bem irritantes. Seja como for, a série é um sucesso inegável, e atinge todo tipo de público, desde os que só conhecem os personagens pela TV àqueles que acompanham também as HQs, mesmo sabendo que a fidelidade ao que acontece lá passou bem longe. Como já disse antes por aqui, são duas mídias bem distintas e as duas valem a pena de serem acompanhadas, mesmo já não me agradando tanto assim.


Nota: 7

Ps.: Não há nenhuma menção na série com relação ao personagem Governador se chamar "Brian" Blake na realidade em vez de "Phillip" Blake. A confusão é explicada no livro A Ascensão do Governador, em que Brian, assume a identidade do irmão Phil (que era o verdadeiro fodão enquanto Brian era um bosta asmático) depois que ele é dilacerado por errantes.  Se você odeia o personagem, vai até ter certa simpatia por ele logo que ler o livro. 


NAMASTE!

6 de maio de 2014

Top 10 - Porra, Warner/DC!!


Enquanto a Marvel nada de braçada lançando um sucesso de bilheteria atrás do outro, utilizando um cronograma definido num universo cinematográfico tão coeso quanto o dos quadrinhos, a Warner/DC demonstra cada vez menos preparo em fazer o mesmo com seus super-heróis, anunciando filmes, séries e adaptações de forma absolutamente apressada e aleatória, vendo a concorrente sumir no horizonte. Em suma, a impressão que a empresa passa é que ela está mais perdida que puta em procissão, deixando seus fãs não com uma, mas com um circo inteiro de pulgas atrás da orelha.

De maneira mais organizada que a Warner/DC, o Blog do Rodman lista aqui um Top 10 com as notícias e boatos mais absurdos que surgiram nos últimos meses acerca daquela que era para ser a sequência de Man of Steel, mas que hoje mais parece um filme dos Superamigos!

Será que rola a aparição dos Super-Gêmeos?




Em forma de gelo!


Essa notícia foi uma das últimas veiculadas com relação ao filme que na última ComicCon havia sido designado apenas como Superman X Batman. Segundo a revista Variety, Victor Stone, o Cyborg é mais um dos personagens que vai dar as caras no filme. Após a reformulação do Universo DC conhecido como Os Novos 52, o Cyborg deixou de ser apenas um membro aleatório dos Titãs e se tornou membro efetivo da Liga da Justiça, cobrindo a cota de negros (que parece MESMO existir na equipe) que antes era ocupada pelo Lanterna Verde John Stewart e as vezes pelo herói Raio Negro. Segundo a mesma Variety e por vários outros meios midiáticos logo depois, quem viverá o ex-jogador de Futebol Americano que tem o corpo reconstituído por partes biônicas será o ator de teatro Ray Fisher, rosto pouco conhecido em Hollywood.


Nada contra easter-eggs e pontas de outros personagens conhecidos em filmes de heróis, mas o Cyborg não parece ser o único a enfileirar as presenças ilustres no filme Superman X Batman. A menos que ele seja bem inserido e que seu personagem tenha alguma relevância para a história, mesmo que só faça uma simples aparição, acho bem desnecessário desgastar um personagem tão bacana quanto Stone dessa forma.


No desespero de tentar fazer um filme tão grandioso quanto foi Os Vingadores não só pra Marvel quanto para o cinema de aventura, a Warner parece a fim de enfiar heróis goela abaixo dos espectadores, mesmo que isso não faça NENHUM sentido para o enredo.


Após o fim da Trilogia bem sucedida do diretor Christopher Nolan à frente do Batman, o único acerto da Warner/DC fora do cinema foi mesmo com a série Arrow (que já resenhei aqui e aqui), que insere o personagem Arqueiro Verde em um cenário realista e crível, tal qual os dois primeiros filmes de Nolan (relembre o que achei do Terceiro filme aqui). O sucesso de Arrow tem sido tão grande, que os mesmos criadores da série Greg Berlanti Andrew Kreisberg resolveram criar uma série derivada do universo do Arqueiro Verde, escalando ninguém menos que Barry Allen, o Flash, nos episódios 8 e 9 da Segunda Temporada.


A série solo do Flash já é uma realidade, mas uma notícia que pegou todos de surpresa dada pelos executivos da Warner, foi que o universo das séries de super-heróis seguirá separado do cinema, o que joga um balde de água fria em quem esperava uma interação do Arqueiro Verde e do Flash da TV com o Superman e o Batman da telona. Indo totalmente na contramão do que a Marvel tão bem fez em interligar a série Agents of SHIELD com seu universo cinematográfico, a DC prefere manter as coisas como já o eram na época do lançamento de Superman Returns que cagou e andou para o que acontecia na série Smallville (“Somebody saaaaaaave me!”).


Sem uma ligação, é possível que vejamos dois “Flashes” diferentes correndo por aí, o ator Grant Gustin na TV e algum outro mais famoso que ele (Uia!!) na tela grande. Não seria mais fácil integrar tudo e aproveitar o hype de uma produção sobre a outra, Warner? ÊÊ, Warner!
 

Todo mundo conhece a carreira meteórica de Zack Snyder. O cara fez uma excelente refilmagem de um clássico de terror com Madrugada dos Mortos, ganhou o mundo com a adaptação da HQ de Frank Miller 300 e quando a Warner lhe jogou nas mãos a adaptação de Watchmen, do escritor Alan Moore, ele já era O visionário.


Ninguém pode questionar a qualidade imagética que Snyder agrega em seus filmes. 300, Watchmen e Man of Steel são primorosos no quesito visual, mas o diretor mostra muita imaturidade quando tenta lidar com a linha narrativa de seus filmes, deixando-os demasiadamente superficiais e pueris, sem qualquer resquício de alma.


Ele quis melhorar a HQ de Moore e entendeu que seu Superman precisava matar seu oponente para que ele se enquadrasse nos padrões de “justiça” atuais, e isso mostra bastante o que podemos esperar da sequência de Homem de Aço, agora que o Batman também dará as caras no filme. Lembrando que se o Superman desse universo mata, imagina o que fará o fascistinha do Batman!!


Snyder também foi promovido à pica das galáxias do departamento “heroizístico” da empresa (mais ou menos o que Kevin Feige é na Marvel), e além de dirigir o vindouro filme da Liga da Justiça (?), ele também será o coordenador artístico de todos os filmes que envolvem heróis da DC.

É. Foi exatamente o que você leu.

Agora calculem o que teremos daqui pra frente. Um espetáculo visual deslumbrante de causar epilepsia nos filmes e roteiros mais vazios que lata de cerveja na mão de bêbado.


Dwayne “The Rock” Johnson é um dos caras mais carismáticos da atualidade em Hollywood. Seu porte físico gigantesco o coloca como alvo de especulações acerca de filmes de heróis há muito tempo (e isso não é nenhuma novidade), mas uma postagem sua no Twitter de Novembro de 2013 deixou a galera mais alvoroçada que torcida do Corinthians em dia de jogo. O grandalhão falou que estava em negociação com a Warner, e logo em seguida escreveu a seguinte frase com bastante ênfase no microblog: “John Stewart chutaria o rabo do Superman!”.


O que se seguiu logo após, foram diversas especulações e boatos de que The Rock havia conquistado o papel de John Stewart, o Lanterna Verde negro que certa vez substituiu Hal Jordan como protetor do Setor 2814, em um filme da Warner, mas ninguém sabia exatamente qual filme seria.


Qualquer fã ficaria muito empolgado de ver um quebra pau (como ele mesmo sugeriu) entre o Lanterna e o Superman, ainda mais tendo The Rock de um dos lados do ringue, mas duas coisas incomodam nessa notícia: Uma, Dwayne não é exatamente negro e Duas, existem zilhões de personagens que ele poderia interpretar no cinema sem necessariamente precisar “roubar” o papel que, faria muito mais sentido, na pele de um negro de verdade. Até porque Stewart não é qualquer personagem negro. Ele possui um background  e isso precisava ser levado em consideração. 


Sempre vi The Rock como um Adão Negro perfeito, até mesmo como Lobo, Órion... Mas John Stewart sinceramente seria forçar a barra demais!


Em entrevista, o ator chegou a sugerir que a população em geral o vê como uma pessoa negra e que não teria nenhum problema em interpretar Stewart, mas como diretor de casting eu conseguiria encaixar The Rock em papeis muito mais bem direcionados do que o Lanterna Verde. Seja como for, essa notícia nem chegou a ser confirmada, e The Rock segue mais como uma esperança do que como uma certeza no universo cinematográfico da DC.


Se há realmente um filme somente da Liga da Justiça nos planos da Warner/DC e que até lá a empresa pretende lançar mais um filme solo do Superman, POR QUE CARALHOS ENFIAR TANTOS SUPER-HERÓIS NESSA PORRA DE SUPERMAN/BATMAN?


Com todas as participações especiais que já foram boatadas para esse filme, e se for mesmo verdade que Aquaman, Flash, Mulher Maravilha e Cyborg farão aparições no filme, que até então colocaria o Homem Morcego de Gotham contra o Homem de Aço de Metrópolis, não há qualquer necessidade de existir um filme APENAS da Liga da Justiça. Façam DESSE filme a tal Liga da Justiça e parem de fazer cu doce enquanto a Marvel enche as burras de dinheiro até mesmo com personagens pequenos como um guaxinim de trabuco! Porra DC!


Man of Steel dirigido pelo visionário Zack só sei filmar em slow motionSnyder faturou US$ 291 Milhões em bilheteria, e longe de ser um fracasso, recolocou o personagem no eixo após o fraquíssimo Superman Returns do competente Bryanprefiro Wolverine do que o CiclopeSynger. Em um filme elogiadíssimo e também muito polêmico, a Warner decidiu apostar alto colocando um elenco de primeira linha encabeçado por Russelacho o Brasil uma merdaCrowe para encenar o reboot do super-herói mais popular do universo nos cinemas. A DC não só provou que ainda havia público para o escoteirismo do Azulão, como também criou um buzz gigantesco com o final questionável em que Superman, não vendo alternativa, dá cabo do General Zod.


Apesar de algumas críticas negativas, o filme foi um sucesso, e conseguiria garantir uma sequência digna, talvez apostando em outros vilões da galeria do Azulão como o Parasita, Metallo ou mesmo o Superciborgue. O fato é que nem mesmo a Warner pareceu acreditar que o Superman sozinho conseguiria fazer frente aos populares e divertidos filmes da Marvel, e decidiu não dar uma segunda chance a ele e juntá-lo logo com o personagem mais popular (e mais rentável) de seu panteão, o Batman.


Quando o filme que uniria os dois maiores personagens da DC foi anunciado, os fóruns de discussão e os nerds gordos e sebentos não falavam em outra coisa, e um show de especulações teve início. Falava-se até que seria uma filmagem em live-action de o Cavaleiro das Trevas (a HQ) com o Batman limpando o show com a cara kryptoniana do Superman, mas então a DC deixou a poeira assentar e não deu mais qualquer esclarecimento sobre o que podia se esperar desse filme. Ficava uma amarga sensação de que o anúncio só havia sido feito para rivalizar com o principal filme da concorrência para 2015, Os Vingadores 2 – A Era de Ultron. E foi mesmo!


De lá pra cá, as coisas só foram piorando, e entre uma notícia atravessada e outra, tudo que sabemos é que o Superman estará no filme, mas longe do glamour de ter todos os holofotes voltados somente para ele. A sombra do Morcego o espreita, e o lançamento do filme foi remarcado para 2016!


O Flash é um personagem complicado de se adaptar devido seus poderes de velocidade. No cinema, onde produtores, diretores e artistas em geral possuem um orçamento milionário para trabalhar em efeitos visuais de última geração (cada vez mais necessários atualmente) o Homem Mais Rápido do Mundo teria variadas possibilidades de dar certo numa mídia fora dos gibis... Mas em uma série semanal de TV? Tenho lá minhas dúvidas.


Arrow, série do qual Flash foi derivado, contém cenas de ação, perseguições e muita porradaria em um cenário urbano, o que não exige uma quantidade muito grande de efeitos visuais. No caso de Flash, não há como imaginar uma série em que só teremos Barry Allen investigando crimes em sua identidade civil sem um grande envolvimento do personagem título. E os poderes de velocidade? Correndo sobre a água? Vibrando através das moléculas? Viajando no tempo?


Para que tudo isso funcionasse, ia ser necessário que a Warner despendesse um valor alto de investimento, o que sinceramente, eu nunca vi na TV. Alguém lembra dos efeitos toscos de Smallville?



Na TV acho difícil manter uma série com o personagem sem que efeitos visuais sejam a grande cereja do bolo.


Quanto o visual do novo Flash o que mais me incomodou particularmente foi a cor sombria do uniforme. Sempre vimos o Flash como o corredor ESCARLATE, seu traje necessita de um tom mais intenso, que lembre a urgência do personagem. Sem falar que o material lembra couro, o que deixaria o pobre Barry Allen assado se tentasse correr vestido com essa porra! O visual meio magrelo do ator Grant Gustin o faz parecer, sei lá, o Bart Allen em vez do Barry, e tudo isso me fez meio que não acreditar muito no futuro dessa série. Até o uniforme do Flash dos anos 90 era mais crível que esse. A Warner vai ter que rebolar pra fazer “The Flash” funcionar.   


A disputa pelo papel de Lex Luthor tinha nomes como Bryan Cranston (de Breaking Bad), Terry O’Quinn (O Locke de LOST) e Mark Strong (que já viveu o Sinestro no filme merda do Lanterna Verde). Todos atores altamente gabaritados e com carreiras solidificadas na TV e no cinema. E quem Zack Snyder escolheu? 


Jesse Eisenberg!

Jesse Eisenberg é um daqueles casos de cara que tem 30 anos com aparência de 18, e essa é a principal razão para que ele seja uma escolha ruim para o papel de Lex Luthor, o grande arqui-inimigo do Superman. Assisti uns dois ou três filmes com ele (Zumbilândia é meu preferido), o garoto realmente é um bom ator, mas onde que ele vai me convencer que é uma das mentes mais brilhantes do mundo e que pode rivalizar mentalmente com o único sobrevivente de Krypton? Onde que Eisenberg vai ter peito pra encarar a montanha de músculos que se tornou Henry Cavill?


Nos quadrinhos Lex Luthor nunca foi um adversário físico para o Superman (exceto quando apela para sua armadura de combate), isso nós entendemos, mas nunca antes o vimos como um garoto que tenta destruir o kryptoniano. Em todas suas versões, ele parecia um cara mais velho e mais experiente, o que faria sentido seu "recalque" em não querer um alienígena mudando o destino dos cidadãos da cidade onde ele mora. Eisenberg pode ter na vida real quase a mesma idade que Henry Cavill, que vive o Superman, mas sua aparência não diz isso. Até Michael Rosenbaum, de Smallville, convencia mais na pele do empresário e cientista genial...



Começo a suspeitar que o diretor de casting da Warner é algum chimpanzé treinado, ou então eles possuem algum sistema randômico de escolha de elenco!


A única coisa que vi com Gal Gadot foi seu papel na franquia Velozes e Furiosos, desde o quarto filme. Mais nada.

Porém, no entanto, todavia, não é necessário muito esforço para perceber que por seu porte físico um tanto quanto esquálido, ela está longe de sequer parecer com alguma versão já concebida da Mulher Maravilha.


Faça um teste simples. Feche seus olhos e lembre o nome Mulher Maravilha. O que vem em sua mente? Alguma modelo magrela de passarela ou uma cavalona de coxas grossas, quadril bem desenhado, seios fartos e um rosto de deusa completado por belíssimos cabelos negros e olhos azuis?


Essa é a Mulher Maravilha, porra! Gal Gadot poderia fazer no máximo o papel da Donna Troy na adolescência, ou a Cassandra Sandsmark, a Moça-Maravilha loirinha.


Ninguém quer alguma mulher-macho musculosa pro papel, mas alguém que, no mínimo, tenha algumas curvas pra ficar bem dentro do shortinho estrelado ou da armadura grega de combate.

Não fode, Warner!


Logo que a Trilogia do Nolan se encerrou e que Christian Bale jurou de pé junto que não voltava mais para o papel de Morcego nem amarrado, a vaga para o emprego se abriu, e a boataria começou forte. Caras como Josh Brolin (46 anos), que se enquadrariam no perfil de um Bruce Wayne mais velho e cansado foram um dos primeiros a serem citados. Brolin tem uma carranca fechada e um bom porte para usar o traje do Morcego, porém sua escolha não passou mesmo de boatos. 



Outros atores mais franguinhos como Ryan Goslin (Drive) e Armie Hammer (O Cavaleiro Solitário) também chegaram a ser cogitados, e até o primeiro Flash Thompson do filme do Sam Raimi e atual brucutu (atuando ao lado de Schwarzenegger em Sabotage) Joe Manganiello foi considerado para o papel. Manganiello tem a força física para um Batman style Jim Lee, mas não teria a agilidade que o personagem necessita, algo que Goslin e Hammer teriam bem mais. De todos os citados, Brolin me agrada bem mais, apesar da idade, mas a escolha de Zack Snyder foi muito mais ousada.


Ben Affleck já havia participado de um criticado filme de super-herói nos anos 2000 e parecia longe da boataria devido sua recente, premiada e bem sucedida carreira como diretor. Com o filme Argo, Affleck havia ganhado o respeito e a credibilidade que poucos atores/diretores já haviam conseguido em Hollywood, e parecia um retrocesso que ele aceitasse o papel de um super-herói novamente, sendo que seu Demolidor pela Marvel já havia dado errado. 


Pois é. 

Pois ele aceitou o papel, e causou uma das maiores revoltas que já presenciei nas Redes Sociais, deixando os fãs mais putos da cara que o Alborguetti.


Para o esguio Demolidor, Affleck era um bom candidato, e particularmente nem acho sua atuação tão ruim assim como o advogado cego da Cozinha do Inferno, a meu ver, os problemas desse filme são outros. Para o Batman, no entanto, sempre esperamos alguém que imponha respeito por debaixo daquele traje negro, o que nem de longe é o caso de Affleck, cuja característica principal é aquela sua cara de aparvalhado. Suas interpretações no cinema também nunca foram consideradas dignas de Oscar, e como ator ele sempre foi bem mediano fazendo papeis sem sal e totalmente insossos. Como ator de ação, não temos muitas referências, exceto o próprio Demolidor - O Homem sem Medo e O Pagamento, filme bem movimentado em que ele atua com Uma Thurman. E sinceramente? Nem como astro de ação ele serve.


Juntando todas essas características negativas, acho difícil esperar algo de positivo do Batman de Affleck, e menos ainda do filme Superman/Batman/Mulher Maravilha/Aquaman/Cyborg em si, que até agora não mostrou nada de definitivo para que tenhamos uma noção, mesmo que rasa, do que vem pela frente. A ideia inicial (Superman X Batman) era boa, e embora tivéssemos esse Batman meio frango, esperávamos ótimas sequências de ação e conflitos ideológicos interessantes entre os dois personagens. A Warner/DC quer colocar tantos ingredientes nessa sopa, no entanto, que no final ela vai nos servir um ensopado frio e daqueles bem mal temperados, do qual a gente só come pra não fazer desfeita com a dona da casa.


Pela expectativa quase nula, já saio com uma nota 4 de 10 para esse filme, e espero muito ser contrariado. Me surpreenda, Warner/DC!

NAMASTE!

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