Oi!
Ainda tem alguém por aí?
Há quanto tempo não apareço por aqui, hein!
Foi uma longa temporada de muito trabalho e QUASE NENHUM
momento de lazer, e por isso, jovem padawan, acabei me ausentando do meu velho
e combalido Blog. Não fiz nem sequer UM post por mês, e acabei 2016 como o ano
em que menos escrevi para vocês.
Aos que ainda estão por aí, hoje farei um RESUMÃO dos três
principais filmes do final do ano e o que eu achei de cada um deles. Sigam-me
os bons!
DOUTOR ESTRANHO
Esse é décimo quarto filme da Marvel Studios e o que mais se
diferenciou dos demais por abordar um tema que até então não tinha sido muito
aprofundado em um mundo onde deuses (alienígenas?), homens em armadura e homens
modificados pela ciência eram maioria. Estou falando, claro, da magia!
À princípio eu achava que Benedict Cumberbatch não tinha ABSOLUTAMENTE NADA A VER com o doutor Stephen Strange e seu extravagante bigodão, mas depois de assistir o filme (e em paralelo a série Sherlock também protagonizada por ele) percebi queme tornei uma Cumberbitch Cumberbatch
pode interpretar o papel que ele quiser, porque o cara é um dos melhores atores
de sua geração. Além de versátil, Benedict se entregou ao papel de uma forma
que eu só tinha visto Robert Downey Jr. até agora fazer com seu Homem de Ferro
no universo Marvel, o que coloca os filmes de super-heróis DE UMA VEZ na rota
de atores importantes. E pensar que o gênero até pouco tempo era visto com
desconfiança e desdém!
À princípio eu achava que Benedict Cumberbatch não tinha ABSOLUTAMENTE NADA A VER com o doutor Stephen Strange e seu extravagante bigodão, mas depois de assistir o filme (e em paralelo a série Sherlock também protagonizada por ele) percebi que
A origem do personagem do filme é até bem semelhante ao do Doutor Estranho criado por Stan Lee e desenhado por Steve Ditko na década de 60, e para os dois ou três fãs do cara no mundo todo, isso deve ter somado alguns pontos. Para nós que estamos mais acostumados a ver o Doutor como coadjuvante em histórias como Desafio Infinito, Guerra Infinita ou até mesmo alguma aventura genérica do Homem Aranha ou dos Vingadores, a modernização nos conceitos de magia, plano astral e apetrechos místicos até que foi bem vinda. Até o upgrade do Wong (vivido por Benedict Wong) que no filme é um mago do alto escalão em vez de apenas um Alfred oriental, foi bem aceita.
O roteiro do filme escrito por Jon Spaihts, Thomas Dean
Donnelly e Joshua Oppenheimer é bem linear e se assemelha MUITO ao primeiro
filme do Homem de Ferro. Homem arrogante e cheio de si sofre um acidente quase
fatal que o deixa debilitado. Em busca de recuperação, ele procura uma forma nada
ortodoxa de reabilitação, o que o faz se tornar um herói.
Eu esperava um filme muito mais pirado e de difícil
assimilação do que o que Scott Derrickson nos apresentou, e mesmo o confuso
multiverso não nos parece lá muito confuso pela forma como tudo é mostrado ao
longo da história. Os efeitos visuais são DO CARALHO para não dizer menos, e
quem sugeriu que o filme devia pelo menos ser indicado ao Oscar nesse quesito
não exagerou nem um pouco. Por um defeito no equipamento do IMAX eu acabei
vendo uma cópia 2D após pagar o salgado preço do IMAX, o que fez com que minha
imersão no universo da magia do filme não fosse 100%, infelizmente, mas pra
quem viu, deve ter sido uma experiência incrível.
Assim como todo filme Marvel, Doutor Estranho é recheado de gags engraçaralhas e tiradinhas de humor, e apesar de ser o filme mais diferentão do estúdio devido o tema ter sido pouco explorado, ao final da sessão temos aquela sensação de desgaste no ar. Mais uns dois ou três filmes Marvel nesse mesmo estilo e nós nerds velhos e reclamões já estaremos saturados da fórmula. Não tem como dizer que Doutor Estranho é um filme ruim, mas a caminho de casa eu já tinha o esquecido quase que completamente, o que é um mau sinal para um produto de entretenimento. Tanto Cumberbatch, Tilda Swinton (Ancião versão escandinava), Mads Mikkelsen (Kaecilius), Chiwetel Ejiofor (Mordo) quanto Rachel McAdams estão muito bem em cena, mas passamos o tempo todo com aquele gosto estranho (Hãn! Hãn!) na boca de que algo errado não está certo. Mais uma vez os vilões não engrenam, e tanto Kaecilius quanto o todo poderoso Dormammu (cuja voz e captura de movimentos são do próprio Cumberbatch) não convencem com seus planos medíocres e pouco objetivos. Aliás... A versão cinematográfica do Dormammu ficou bem mais ou menos, hein! Uma mistura vergonhosa do Parallax feito de bosta do Lanterna Verde com o Galactus gasoso de Quarteto Fantástico!
Bota aí uma nota 8 que está bom demais.
Dirigido por David Yates (que dirigiu todos os últimos
filmes de Harry Potter, desde a Ordem da Fênix) e escrito pela própria J.K.
Rowling, Animais Fantásticos e Onde Habitam traz de volta o fantástico universo
criado pela autora inglesa, mas dessa vez de um ponto de vista diferente e
quase quarenta anos ANTES do primeiro Harry Potter.
O protagonista da aventura dessa vez é um adulto chamado
Newt Scamander (Eddie Redmayne), um excêntrico magizoologista, ex-aluno de
Hogwarts e que vem para Nova York a fim de libertar uma criatura mágica que traz
consigo dentro de sua nada peculiar maleta. Enquanto procura se adaptar ao mais
exigente mundo bruxo americano, Scamander é obrigado a embarcar numa louca aventura,
aprontando várias confusões com uma turma do barulho, enquanto tenta recuperar
os animais fantásticos que escapam de sua maleta.
Ao lado da ex-auror Tina Goldstein (Katherine Waterston) e
do nomagi (os trouxas americanos!) Jacob Kowalski (Dan Fogler), Scamander acaba se metendo em uma
intrincada trama envolvendo um senador (Henry Shawn, vivido por Jon Voight) e
uma ameaça muito acima de suas capacidades, o temível bruxo das trevas Gerardo
Grindelwald, o grande inimigo de Alvo Dumbledore.
Para quem estava com saudades do universo de magia criado
nos sete livros e nos oito filmes de Harry Potter Animais Fantásticos é um deleite
para todos os sentidos. Diferente dos primeiros filmes da série que pendiam
mais para o lado infantil da coisa, Animais Fantásticos é extremamente adulto,
e respeita muito os fãs de Harry Potter que cresceram com o personagem. Apesar
da citação de alguns personagens comuns dos filmes anteriores, a nova criação
de J.K. Rowling funciona muito bem à parte de Harry Potter, e empolga até os fãs mais novos, já que apresenta com muita cautela seus novos
personagens, nos fazendo nos importar com eles e suas motivações. É certo que
Newt Scamander não tem nem DE LONGE a empatia que Harry Potter nos desperta por
ser um personagem muito introspectivo e pouco preocupado com outras coisas além
de seus animais fantásticos, mas por sorte, seus companheiros de cena são muito
interessantes, inclusive o engraçadíssimo Kowalski, que rouba para si o filme
no quesito humor.
Os novos conceitos apresentados, como as criaturas mágicas
escondidas dentro da maleta são muito bem pensadas, assim como as novas ameaças
representadas por Percival Graves (Colin Farell) e seu pupilo Credence (Ezra
Miller), que no clímax do filme nos faz temer pela segurança dos personagens
principais. Mais sombrio que todos os Harry Potter, Animais Fantásticos e Onde
Habitam é definitivamente um passo além do universo de J.K. Rowling, e essa
expansão trará um novo vigor ao cinema, que ficou órfão desse tipo de filme
após a conclusão da saga mais famosa da autora britânica.
ROGUE ONE – UMA HISTÓRIA STAR WARS
Ok.
Eu posso viver em um mundo que me dá um filme de Star Wars
por ano!
Rogue One é o primeiro spin-off de Star Wars (que vale)
agora que a franquia está nas mãos da Disney, e por que não começar logo
contando como foi que os rebeldes roubaram os planos da Estrela da Morte,
possibilitando assim, pela primeira vez, uma chance da aliança contra o
terrível Império galáctico?
Quem assistiu Star Wars – Uma Nova Esperança deve se lembrar
que o letreiro inicial falava de um grupo de rebeldes que havia se sacrificado
para roubar os planos da Estrela da Morte, mas nós nunca tínhamos visto como
isso acontece. Rogue One conta a história de Jyn Erso (Felicity Jones), uma
jovem que é obrigada a se afastar do pai Galen Erso (Mads Mikkelsen) ainda na
infância, que vê a mãe sendo assassinada pelo comandante do império Orson
Krennic (Ben Mendelsohn) e que nunca mais ouve falar do próprio pai. Sendo
criada por um tempo por Saw Gerrera (Forest Whitaker), amigo de seu pai e um
guerrilheiro separatista, Jyn acaba crescendo como uma nômade, ocultando seu verdadeiro
nome, até que é resgatada de uma prisão pelos rebeldes que dizem saber quem ela
é, e onde está seu pai. Jyn descobre que seu pai fora recrutado pelo império
para ajudar a criar uma arma definitiva de destruição em massa chamada Estrela
da Morte, e que somente ela, aliada a um grupo de rebeldes, é capaz de frustrar
os planos do Império e destruir a tal arma.
Auxiliada pelo Capitão Cassian Andor (Diego Luna) e seu androide
K-2 (Alan Tudyk), e os mercenários Baze (Jiang Wen) e Chirrut (Donnie Yen), um
cego devoto dos conhecimentos da Força (o único personagem NÃO-JEDI da série
Star Wars a usar o conceito de Força), Jyn arrisca a própria vida em busca dos
planos da estação destrutiva, que segundo informações dadas por seu próprio
pai, num reencontro emocionante, possui uma falha proposital, a ser explorada
pela Aliança Rebelde em Uma Nova Esperança.
Rogue One é espetacular pela forma como leva a sério o
cânone de Star Wars, e por não desconsiderar completamente o filme de 1977
dirigido e criado por George Lucas. Como spin-off ele cumpre seu papel, e faz
até mesmo com que o clássico se torne ainda mais importante depois de tudo que
vimos. Apesar dos personagens pouco interessantes, em especial o casal de
protagonistas Jyn e Cassian, Rogue One faz com que nós nos sintamos DE NOVO
dentro do Universo Star Wars, nos importando com cada detalhe, e apreciando os
diversos fan-services a que somos submetidos. Existe uma ligação com o
personagem de Donnie Wen (pra mim, a morte mais sentida do filme todo!) e seu
respeito pelo conceito, na época, quase obsoleto da Força.
O carisma do robô rabugento K-2 é um dos pontos fortes do filme, e ele acaba sendo mais interessante que seu dono, a versão americana do ator Domingos Montagner.
O carisma do robô rabugento K-2 é um dos pontos fortes do filme, e ele acaba sendo mais interessante que seu dono, a versão americana do ator Domingos Montagner.
Sério... É a cara!
Não devia ser surpresa que TODOS ELES MORRERIAM ao final do
filme, afinal, nunca ouvimos falar de nenhum deles nos filmes subsequentes, mas
mesmo assim teve quem ficou boquiaberto com a forma que a Disney chacinou
TODOS os seus protagonistas no ato final de Rogue One, um ato corajoso, mas
significativo, já que era necessário um sacrifício para que Leia Organa (Carrie
Fisher) conseguisse enviar os planos da Estrela da Morte para Obi Wan Kenobi
(Alec Guiness) através do androide R2-D2.
Muito se falou das inserções digitais de dois personagens
importantes para a saga clássica e como ambas “ficaram fakes” no decorrer do
filme, mas tanto o CGI usado para recriar o ator Peter Cushing (falecido em
1994) quanto o da Princesa Leia (Carrie Fischer, atriz que ainda estava viva
quando o filme foi rodado) foram satisfatórios, ainda mais em telas de alta
resolução como as dos cinemas em IMAX. É claro que sacamos que os personagens “não
são reais” enquanto eles “interagem” com atores de verdade, mas no cinema
moderno em que vemos muitas vezes personagens digitais em meio a cenas reais, isso não chega a incomodar. Ainda não alcançamos a perfeição que vai fazer com
que num futuro não muito distante os diretores de cinema nem precisem mais contratar
atores de carne e osso para rodar suas histórias, mas com o General Tarkin e a
Princesa Leia de Rogue One, descobrimos que isso está muito mais próximo do que
pensamos.
E o Darth Vader, Rodman? Você não vai falar nada?
A meu ver a aparição de Darth Vader em Rogue One foi A
MELHOR APARIÇÃO DE TODOS OS TEMPOS QUE O PERSONAGEM JÁ FEZ!
Vamos ser sinceros... Na trilogia clássica nós tínhamos um Darth vader lento e velhinho tocando o terror nos corredores da Estrela da
Morte, mais ameaçando do que matando de verdade, mas dessa vez nós sentimos
medo do personagem, numa cena de terror real protagonizada por ele. Um corredor
escuro, um sabre de luz vermelho, uma respiração sinistra e dezenas de corpos
começando a se empilhar enquanto soldados rebeldes procuram desesperadamente
fugir e passar para frente os planos da Estrela da Morte. PORRA! Sensacional! A
direção de Gareth Edwards nessa cena fez com que sentíssemos medo do Darth
Vader, e que ele como um monstro implacável fosse invencível, avançando pelo
corredor e passando seu sabre de luz sem dó a fim de alcançar seu objetivo.
Se o filme todo tivesse sido uma merda incrível, somente
essa cena teria valido o ingresso.
Obviamente Rogue One não terá continuação, mas a ansiedade só
aumenta para o Episódio VIII, filme que será lançado em Dezembro de 2017. Já
que Jyn e Cassian não chegaram aos pés do carisma de Rey e Finn (O Despertar da
Força), mal podemos esperar para acompanhar o destino dos dois personagens, além
de Luke Skywalker, Chewbacca e claro da General Leia, o que nos trará imensa
tristeza, já que Carrie Fisher veio a falecer depois de um enfarte nos últimos
dias de 2016, ironicamente após ter sido reconstruída digitalmente para Rogue
One.
Nota: 9
Que a Força Esteja Com Você!
Que a Força Esteja Com Você!
Que alívio saber que o Blog não morreu! Força (e tempo) para mais posts em 2017! Abraço!
ResponderExcluirRodman não abandone o blog , o conteúdo daqui é de maior qualidade !
ResponderExcluir