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16 de dezembro de 2021

DESAFIO DOS 50 FILMES



Vocês já pensaram alguma vez em relacionar os melhores filmes da sua vida?

Eu adoro listas e sou obcecado em organizar coisas em planilhas, mas confesso que quando o assunto é cinema, tenho certa dificuldade em ranquear o que de melhor assisti em tantos anos de vida.

Para essa tarefa ingrata, no entanto, decidi recorrer à lista de 50 melhores filmes que encontrei dia desses na rede mundial de computadores internet e cheguei o mais perto possível de elencar as minhas obras cinematográficas preferidas...

Quer dizer… Depende também do objetivo da pergunta do tópico… No caso de “o pior filme” acredito que o termo “filme da vida” não se aplique, mas acho que vocês entenderam o cerne da questão. Se não, sigam-me os bons!



1 – Um filme que lembre a sua infância



E.T. – O Extraterrestre
(1982), provavelmente, foi o filme que mais assisti em minha infância e lembro de ter ficado bastante maravilhado com toda a história do pequeno alienígena simpático e inocente, que perdido na Terra, acaba encantando o menino Elliott e toda a sua família.

E.T. era um clássico filme de sessão da tarde que eu assistia com minha mãe e a minha irmã caçula lá nos idos anos 90 e pra gente, era sempre um evento quando a TV aberta transmitia. Feito para encantar as crianças, E.T. é de uma singeleza que só Steven Spielberg é capaz de proporcionar com sua direção e tenho muito carinho por essa obra-prima do cinema.

Faz alguns anos que não assisto, mas provavelmente, se eu rever a cena em que o E.T. é capturado e fica às portas da morte, as lágrimas vão escorrer dos olhos, como sempre acontecia quando eu era criança.


2 – Um filme que marcou a sua adolescência




Por muitos anos, eu considerei — exageradamente — O Máskara (1994) de Chuck Russell simplesmente como o “melhor filme da vida” por várias razões. Além, obviamente, da atuação impagável de Jim Carrey em todo o filme, O Máskara tinha um clima incrivelmente divertido que me tirava não apenas “risos” em frente à TV, mas verdadeiras gargalhadas. Até hoje, tenho memorizados diálogos inteiros de cabeça e sei cada detalhe da história de tantas vezes que assisti.

Demorei anos para, enfim, assistir a versão original sem a dublagem clássica brasileira — que aliás, é espetacular. Marco Ribeiro, que dubla Carrey, é maravilhoso! —, isso porque a Globo sempre transmitia dublado, mas mesmo quando isso aconteceu, toda a nostalgia da adolescência estava lá.

Como um eterno loser dos tempos da escola, eu me identificava com o jeitão “perdedor” e tímido de Stanley Ipkiss — tipo, aliás, que Jim Carrey encarna muito bem em seus filmes — e sempre quis dar a volta por cima, me tornando um sujeito descolado, como acontece quando Ipkiss encontra a máscara que lhe concede poderes. Para um adolescente como eu, o Máskara era exatamente o que eu queria ser se “ganhasse dons especiais”, por isso esse filme conversava diretamente com quem eu era na época.

Além disso, os números musicais protagonizados por Carrey durante a história são hilários. Até hoje, não consigo ficar quieto quando toca “Coco Bongo” em algum lugar e a música me remete imediatamente ao filme.

O Máskara também estreou a belíssima Cameron Diaz em Hollywood e como não ficar apaixonado por essa mulher que no enredo, se torna o alvo romântico de Ipkiss?

Devo confessar que, na época, senti os primeiros comichões da puberdade dentro das calças vendo a Cameron dançando com aquela saia curtinha no palco do Coco Bongo!



Que demais! Alguém me segure!


3 – Um filme que passa na Sessão da Tarde e que você adora




Ainda na época de adolescente, era difícil eu estar em casa quando a Sessão da Tarde era transmitida porque eu estudava naquele horário, mas na época de férias e feriados eu “se” amarrava quando passava De Volta para o Futuro (1985) na TV.

Eu tenho verdadeira paixão pela trilogia inteira dirigida por Robert Zemeckis, tenho os filmes em box de Blu-ray, comprei um livro que fala sobre os bastidores dos longas e ainda me divirto muito quando revejo, numa tradição que é anual. Assim como Star Wars e O Senhor dos Anéis, é de lei rever pelo menos uma vez por ano a trilogia De Volta para o Futuro.

Sem falar que a trilha sonora é do caralho! 
Basta tocar um riff que seja de “Johnny B. Goode” do Chuck Berry para a mente ser transportada imediatamente para o palco do “Encanto Submarino” e de ver o Martin McFly tocando freneticamente sua guitarra. Além disso, o próprio tema “Power of Love” de Huey Lewis, que abre o primeiro filme, é muito bom. De Volta para o Futuro foi o primeiro longa-metragem a plantar a semente do Rock N' Roll no pequeno Rodman.


4 – Um filme que você considera um clássico




O que é um “clássico”?

De acordo com a internet:

1 Relativo à literatura, às artes e à cultura da Antiguidade greco-latina. 2 Que tem como referência a tradição de Antiguidade greco-latina. 3 Diz-se da obra ou do autor que é de estilo impecável e constitui modelo digno de admiração.

Muita gente responderia com as opções mais clichês a essa pergunta. Os mais cultos citariam “Metrópolis” de Fritz Lang, os mais inteligentes diriam “O Poderoso Chefão” de Francis Ford Copolla, mas o filme que mais agrada a esse parco apreciador de cinema pop é Se7en – Os Sete Crimes Capitais (1995) de David Fincher.

Eu assisti a esse filme na adolescência, acompanhado da minha irmã, numa dessas sessões noturnas que passavam na TV aberta e a primeira vez foi uma explosão de cabeça.

Tudo no filme me soava inovador, desde o estilo de filmografia de Fincher, o enredo e passando, é claro, pela atuação do elenco. Eu via o Brad Pitt, até então, como um mero “colírio da Capricho”, do tipo que só estampava as páginas das revistas para meninas na época, e de repente, o cara estava entregando uma atuação muito boa do policial estourado que serve como a antítese perfeita do sujeito centrado e paciente representado pelo experiente Deus Morgan Freeman.

Desde que me conheço por gente, eu adoro o estilo thriller noir — mesmo quando nem sabia o significado dessas palavras… Pra mim “Thriller” era só o álbum do Michael Jackson! —, investigações criminais, policiais caçando assassinos misteriosos… Isso tudo sempre me empolgou muito e foi com Se7en que isso acabou se consolidando em meu gosto particular.

O enredo, que conta a caçada da polícia a um serial killer que usa os sete pecados capitais como “tema” para seus crimes, me chamou muito a atenção — eu tinha acabado de fazer a Primeira Comunhão da igreja católica e o assunto ainda estava fresco na memória — e ver aquilo traduzido com a linguagem suja proposital de Fincher, me abriu para novos horizontes.

Sem falar na atuação putaqueparísticamente foda de Kevin Spacey como o serial killer obcecado pelo personagem de Brad Pitt, além do plot twist, que a meu ver, até hoje, é uma das mais incríveis reviravoltas de terceiro ato da história do cinema.

Se7en está facilmente no meu Top 5 filmes da vida. Tudo nele é perfeito e se você não concorda, discorde aí na sua casa, seu mau caráter do caralho!


5 – O melhor filme de seu diretor favorito




Nenhum outro diretor conseguiu me tirar de casa para ir ao cinema assistir a um filme única e exclusivamente por conta de seu trabalho, não importando em nada o elenco ou mesmo o enredo.

Houve uma época em que se tinha “Quentin Tarantino” no pôster, eu simplesmente entrava na sala de exibição para assistir. Não precisava nem de trailer ou sinopse, eu sabia que vinha coisa boa.

Depois de Pulp Fiction – Tempo de Violência (1994), passou a ser assim com tudo que o cara produzia, até algumas decepções mais recentes com ele… Mas volto ao assunto ainda nesse post.

A minha pré-adolescência e adolescência ocorreu em uma época que não existia internet ou mesmo programas de TV sobre cultura pop. A gente não sabia quando estrearia algum filme bom de algum diretor cultuado e no meu caso específico, nem a cinema eu tinha acesso.

Em 1995, Quentin Tarantino ainda não era o puta diretor criativo pelo qual passou a ser designado anos depois e eu mesmo nem fazia ideia quem ele era. Pulp Fiction me foi recomendado por um colega de escola, que tinha assistido — provavelmente no cinema — e que me contou um pouco da história a caminho de casa. Naquele dia especificamente, o SBT ia transmitir o filme pela primeira vez na TV e eu fiquei bastante interessado em assistir.

E era realmente tudo que aquele colega tinha dito.

Para situar bem a galera, eu era um nerdão que lia quadrinhos do Homem-Aranha, que via a animação dos X-Men na TV Colosso e que o máximo de violência e pornografia que assistia, era nos filmes de Kickboxer que passavam à noite na Band. Entre uma porradaria e outra de atores ruins, sempre apareciam os peitinhos de alguma mina.

O meu irmão adorava aqueles filmes de qualidade duvidosa e eu o acompanhava porque, afinal, não tinha mais nada passando na TV aquele horário.

Pulp Fiction modificou completamente o que eu entendia por “violência” e o universo de Tarantino me transportou do mundo colorido onde vivia até então, para um negócio todo preto e branco com manchas IMENSAS de vermelho-sangue jorradas na parede.

Deu pra sacar a analogia?

Eu tinha visto o Alex Murphy ser metralhado com requintes de crueldade em Robocop, mas na minha cabeça, aquele ainda era um filme de um "robô super-herói" e eu nem era capaz de assimilar, na época, o humor negro que Paul Verhoeven (diretor de Robocop) pincelava em sua história.

De repente, eu estava vendo o John Travolta perguntando se “podia se picar” na casa de um traficante de drogas. Depois, era a Uma Thurman sofrendo uma overdose de cocaína após dançar no palco com o cara engraçado que eu assistia nas comédias “Olha quem está falando”. Para desgraçar ainda mais a minha cabeça, acontecia uma cena de estupro entre dois caras e depois eram os miolos de um sujeito sendo espalhados dentro de um carro.

Eu nunca tinha visto nada daquilo em nenhum outro lugar e assistir Pulp Fiction pela primeira vez foi como perder a inocência… para sempre!

Ainda assim, apesar de adorar Kill Bill — já resenhei os dois filmes aqui —, de ver Bastardos Inglórios como uma das melhores produções sobre nazismo da história, de curtir muito Django Livre, acho que Tarantino nunca conseguiu superar o brilhantismo de Pulp Fiction. Tudo no filme é perfeito, da narrativa não-linear em que a história é contada, aos diálogos, passando pelas atuações e o elenco… Tudo é perfeito.

Assim como Se7en, Pulp Fiction também faz parte do meu Top 5 de filmes da vida e revejo todos os anos, maratonando também os demais filmes de Quentin Tarantino, mesmo ele tendo “cagado no pau” com suas duas últimas produções.


6 – Um filme de vampiro




Se eu fosse sincero com o meu gosto peculiar para filmes fantásticos — alguns duvidosos — eu responderia nesse tópico Blade (1998) ou Anjos da Noite (2002), mas depois que assisti Drácula de Bram Stoker (1992), o filme assumiu de vez a posição de destaque entre meus filmes favoritos de vampiros.

Apesar de todo o hype em cima do livro que o originou e também pela atuação de Gary Oldman no filme, eu nunca tinha assistido Drácula completo, seja porque raramente ele passava na TV, seja por desinteresse em alugar na época de locadora ou por ele não constar no catálogo dos serviços de streaming que eu assinava.

A obra esteve na Netflix durante um tempo não muito extenso e lembro de ter colocado em minha lista antes do serviço resolver tirá-la do catálogo. Por conta dos meus estudos para o livro “Alina da Valáquia” que escrevi há alguns anos, até tentei procurar em algum lugar para assistir, mas para evitar a fadiga, confesso que não me dediquei o suficiente.

E então, num belo dia de 2021, eis que Drácula retornou ao catálogo da Netflix e decidi assistir, enfim.

Logo de início, dá para entender porque a obra de Francis Ford Copolla é considerada um clássico do gênero e isso não se deve apenas ao fato de Gary Oldman estar impressionantemente bem em todas as versões do conde romeno que aparecem durante a projeção. Até mesmo os efeitos visuais — em sua grande maioria práticos, afinal, estamos falando de 1992! — não parecem datados para os nossos olhos atuais e a maquiagem aplicada nas criaturas das trevas são incríveis, o que rendeu um Oscar para a produção de Melhor Maquiagem e Penteados.

O elenco que ajuda a conduzir a história não deixa nada a desejar ao talento de Oldman e tanto Anthony Hopkins (como Van Helsing) quanto Winona Ryder (que interpreta Mina, a amante do Drácula) estão perfeitos em cena.

Aliás, destaque para o sotaque britânico que Ryder simula o filme todo, que é uma delícia de ouvir pelo fone de ouvido. Chega até a dar um certo tesão enquanto ela lê as cartas de seu amado e corno marido com aquela voz sussurrada e o sotaque inglês.

Para fins didáticos, fui verificar e Winona é mesmo norte-americana, nascida no estado de Minnesota. O sotaque foi apenas para o papel.

O elo mais fraco do elenco fica por conta de Keanu Reeves, que em começo de carreira, ainda não tinha alcançado toda a carga dramática que ele só veio atingir anos depois em…

Em…

Em…

É, esquece. A gente adora o Keanu Reeves, mas ele é um pouco limitado como ator dramático!

Destaque também para uma das esposas vampiras do Drácula, que é ninguém menos que a maravilhosa Monica Bellucci, coisa que ficou na minha cabeça quando bati os olhos nela enquanto ela “chupava” o personagem do Reeves e que só fui comprovar nos créditos finais.

7 – Um filme que você gostaria de ter assistido no cinema e não viu




Por tudo que representou e pela grandiosidade daquelas sequências finais do naufrágio após o impacto do navio contra o iceberg, eu gostaria de ter visto Titanic (1997) de James Cameron numa sala de cinema confortável.

Muitos filmes caberiam como resposta a essa pergunta — Exterminador do Futuro 2 e Star Wars V – O Império contra-ataca seriam bons exemplos — mas acredito que o romance entre Jack e Rose no transatlântico que “nem Deus afunda” seria bastante satisfatório.

E sim… O pobre do Jack cabia em cima daquela madeira à deriva, Rose, sua egoísta mimada do caralho!

8 – Um filme ruim de um diretor bom




Eu pensei muito antes de responder esse tópico, mas tive dificuldade em achar filmes ruins de diretores que são considerados muito bons.

Jurassic Park 3 de Steven Spielberg pode ser considerado um filme ruim ou ele é só fraco?

O fato de eu não ter entendido porra nenhuma de Vanilla Sky da primeira vez que assisti faz dele um filme ruim do Cameron Crowe, que é um excelente diretor?

Como eu não soube responder a essas perguntas e já que reconheci na categoria acima que ele é meu diretor favorito, decidi elencar aqui “Os Oito Odiados” (2015) como o PIOR filme da vida de Quentin Tarantino.

Cara… Eu assisti uma vez no cinema, tentei rever quando estava na Netflix e simplesmente não consegui.

Não sei explicar muito bem, mas “garrei” um ódio nesse filme que não consigo me importar com nada que acontece em suas duas horas de projeção.

Arrastado, lento, chato… Nem os diálogos, que são tão característicos nas produções de Tarantino, conseguem me entreter.

Eu sinto que conseguiria assistir três horas seguidas de um filme que fosse do Hans Landa de Christoph Waltz interrogando um judeu em sua fazenda enquanto prova um copo de leite, mas mal consigo ver meia hora de “Os Oito Odiados”.

É como se o Tarantino quisesse dar continuidade à história de Django Livre, usando o mesmo cenário e época parecida, mas não tivesse nada realmente interessante para contar com seu filme. Acho “Os Oito Odiados” vazio e gratuito e não me serviu como entretenimento. De todos os filmes de Tarantino, esse é o único que não comprei blu-ray ou sequer fiz questão de gastar banda para baixar no Torrent


9 – Um filme de baixo orçamento que você tenha gostado



“A Bruxa de Blair”
(1999) dirigido por Eduardo Sánchez e Daniel Myrick custou apenas 300 mil Dólares à Haxan Films, estúdio que o produziu e rendeu 300 milhões de faturamento.

Só para termos de comparação, o filme brasileiro Até que a sorte nos separe (2012) custou para os cofres da Globo Filmes a bagatela de 6 milhões de Reais, o que para o mercado nacional, é considerado um valor relativamente alto.

Na época, vendido como uma produção baseada em fatos reais, A Bruxa de Blair fez muita gente acreditar que o que acontecia na tela era mesmo o resultado de uma gravação caseira feita por um grupo de aventureiros que procuravam em uma floresta indícios da existência de uma bruxa, e os sustos foram grandes nas salas de exibição pelo mundo.

Ainda não havia internet acessível naquela época e eu fui assistir de orelhada, tendo ouvido muito por alto sobre o que era o filme.

Meu amigo!

Devo confessar que só não me borrei a primeira vez assistindo porque eu não costumo fazer nas calças com tanta facilidade, mas que a primeira experiência foi tensa, isso foi!

A cena em que eles estão perdidos na mata, dentro de uma cabana e começam a ouvir vozes de crianças ao seu redor, enquanto mãozinhas infantis passam a empurrar o tecido da cabana, arrepia até os cabelos do cu… Até hoje!

Não sei precisar com exatidão, porque não tenho os dados de outros filmes — e nenhum outro me veio à mente — mas A Bruxa de Blair é para mim, o melhor filme “mais barato” que já assisti na vida.


10 – Um filme com uma ótima música-tema




Eu fiquei remoendo essa lista dos 50 filmes algum tempo antes de escrevê-la e muitos filmes passaram pela minha cabeça nesse tópico. Quando me lembrei de toda a emoção que a música — e também o filme — sempre me proporcionou, vi que não podia escolher outro senão Armageddon (1998), dirigido por Michael “explosões” Bay.

Por alguma razão que não sei explicar, minha família tinha em casa a fita VHS original de Armageddon e era muito comum que eu visse e revisse esse longa-metragem inúmeras vezes em nosso videocassete, na época, recém-comprado.

Eu tive uma infância e adolescência muito fodida, assisti televisão em preto e branco por anos até que conseguisse enxergar pela primeira vez as cores nos filmes que eu adorava e quando chegou um videocassete em casa, era como se eu tivesse ganhado na loteria.

Armageddon tem uma história muito clichê e exagerada que fala sobre um grupo de perfuradores de plataforma de petróleo que são destacados para detonar um asteroide gigante em rota de colisão com a Terra, mas é justamente essa farofada toda que faz ele ser um bom filme.

Perto da virada do século, os filmes-catástrofes eram muito comuns, mas esse é de longe o meu preferido.

Tem Bruce Willis — antes dele entrar no "modo foda-se" de atuação automática —, tem Steve Buscemi num papel engraçado pra caralho, tem a maravilhosa Liv Tyler — e foi aqui que me apaixonei por ela na adolescência — e tem até o Ben Affleck, que está bem no papel do genro rebelde do Bruce Willis.

E a música-tema?

Eu aprendi a gostar de rock assistindo aos clipes musicais do Aerosmith no Multishow e “I Don’t Want To Miss A Thing” se tornou muito rápido um verdadeiro hino que embalava os meus devaneios românticos. A letra, que não foi escrita por nenhum dos caras da banda, faz sentido do começo ao fim, mesmo na tradução e a interpretação do Steven Tyler é algo orgasmico!

O álbum “Nine Lives” do Aerosmith quase furou de tanto que eu tocava essa porra no aparelho de som de casa e até hoje eu dou uma engasgada de emoção quando ouço tocar o tema de Armageddon em algum lugar.

Não obstante, após o filme, aquela minha fita VHS tinha o clipe do Aerosmith e nem preciso dizer que quase estourei a tarja magnética do negócio de tanto que fui e voltei com o “Rew” e o “FF” para assistir.



Graças aos deuses que hoje a gente tem Youtube, né! Trabalho do cacete só pra assistir um clipe!


11 – Algum filme que te traga ótimas lembranças




Não posso dizer que tenho boas lembranças da infância, mas o filme Goonies (1985) do já saudoso Richard Donner, desperta em mim uma nostalgia daquele tempo de criança em que “buscar o tesouro escondido de um pirata” parece ser algo possível e que a nossa imaginação trabalha o tempo todo a nosso favor. Esse filme continua maravilhoso até hoje e a dublagem brasileira é impagável!


12 – Um filme que você dormiu antes de terminar




Jamais em minha vida consegui passar da cena em que a protagonista luta contra um samurai gigante com vários efeitos visuais massa véio e inúteis em Sucker Punch (2012), do “visionário” Zack Snyder. Toda essa sequência deve causar um apagão em meu cérebro, porque quando chega nessa hora, eu sempre durmo.

13 – Algum filme que você nunca conseguiu assistir inteiro




Me perdoem os cinéfilos, os intelectuais de tênis verde fãs de Stanley Kubrick, mas 2001 – Uma Odisseia no Espaço (1968) é outro filme que me causa efeitos soníferos. Sei o quão importante essa obra é para o cinema, mas eu nunca consegui passar da cena dos macacos socando o crânio enterrado no chão… E olhe que isso deve acontecer nos cinco primeiros minutos de filme!

Meu cérebro deve pensar “essa história tem camadas demais para eu processar, vou me autodesligar! ”.


14 – Um filme que tenha sido baseado em um livro




Já o citei aqui antes, mas como não podia deixar de ser, O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel (2001) de Peter Jackson, que é baseado na obra literária homônima de J.R.R. Tolkien, é o meu filme cujo roteiro foi originado de um livro, preferido de todos os tempos. A meu ver, a trilogia inteira é um desbunde cinematográfico espetacular e não é à toa que os filmes foram premiados com a quantidade absurda de Oscars que ganharam. Feito merecido, porque a saga é realmente brilhante…

E pensar que eu só decidi alugar A Sociedade do Anel porque tinha a Liv Tyler na capa. Eu nunca tinha ouvido falar de Tolkien e nem fazia ideia que o filme era baseado num livro!

Me desculpem deuses nerds do olimpo, pois eu pequei!


15 – Um filme que tenha a participação de algum famoso que não seja ator



Michael Jordan já tinha alcançado o auge da carreira no basquete em 1996 e se preparava para voltar aos Bulls após sua curta carreira no baseball. Um pouco antes da sua “last dance”, no entanto, o maior jogador de todos os tempos decidiu encarar as câmeras como ator e atuou como ele mesmo em Space Jam – O Jogo do século, contracenando com Bill Murray e a turma do Looney Tunes em um filme bem divertido na época e cheio de cenas absurdas, como só um desenho animado poderia ter.

Ano passado, eu revi o filme e confesso que já não achei mais tanta graça, porém, a sequência inicial que encena a infância de Jordan em seu quintal com o velho pai o incentivando a acreditar em seus sonhos de se tornar um jogador profissional com “I Believe I Can Fly” do R. Kelly tocando de fundo, continua sendo linda para caralho.


16 – Um filme que utilizou de cenas reais



Forrest Gump (1994) dirigido por Robert Zemeckis se utiliza de várias cenas reais da história dos Estados Unidos para contar a aventura de vida do ingênuo Forrest, um homem que possui baixo QI, mas que é dono de um coração maior do que o mundo.

Entre encontros com vários presidentes da república americanos a astros do rock como Elvis Presley e John Lennon — esse último, tirado de uma entrevista real do ex-beatle para um canal de TV —, Forrest se torna uma figura muito famosa por se destacar como alguém dotado de muita sorte e com muitas histórias para contar.

Ganhador de vários Oscars — entre eles, Melhor filme, Melhor diretor e Melhor ator para Tom Hanks —, Forrest Gump é simplesmente, para mim, o filme da minha vida — o nº 1 do Top 5 já citado — e me emociona todas as vezes que assisto desde a adolescência.


17 – Um filme que ganhou o Oscar merecidamente




Hollywood é conhecido como o berço da hipocrisia, do racismo estrutural e do preconceito com o que é diferente, por isso, num ano que pouquíssimos negros tinham sido indicados às principais categorias ou que quase nenhuma mulher havia ganhado nada — exceto os prêmios próprios como melhor atriz e melhor atriz coadjuvante —, a academia premiar com um Oscar de melhor filme uma produção sul-coreana foi realmente algo surpreendente.

Depois que Parasita (2019) de Bong Joon-Ho levou para a Coreia a estatueta de melhor filme — e de melhor diretor — merecidamente, porque o filme é realmente muito bom, um sinal verde pareceu ser acionado para todos, indicando que, talvez, as coisas estivessem mudando em Hollywood. Quem sabe, para melhor?


18 – Um filme que você nunca assistiria de novo




Sabe aquele filme que lá pela metade você já começa a rezar para que acabe logo porque está tomando um caminho detestável e porque você já não se importa mais com o que está acontecendo com os personagens?

Esse filme para mim foi, recentemente, A Visita (2015) de M. Night Shyamalan.

Quando terminou, eu me senti ofendido pessoalmente por ter assistido essa atrocidade e não recomendo essa bosta nem para o meu pior inimigo. Nem queiram saber o enredo, porque nada nesse filme vale o tempo perdido de assisti-lo. Vejam o a grama crescer, o gelo derreter. Qualquer coisa é melhor que A Visita.

Obs.: E já que eu falei em bosta, tem uma cena que se resume a, literalmente, um personagem esfregar uma fralda cheia de bosta na cara do outro.


19 – O melhor documentário




Eu fiquei devastado com a morte do Rei do Pop em 2009 e me lembro, até hoje, da sensação que foi receber a notícia que Michael Jackson havia falecido em decorrência de uma overdose de medicamentos.

Anunciado como “o filme definitivo” do astro pop e como algo que só seria exibido por pouco tempo, eu comprei os ingressos para assistir This Is It (2009) de Kenny Ortega no cinema e mesmo depois disso, tive a oportunidade de rever algumas vezes em DVD.

Ainda é doloroso assistir ao doc e saber que aquele ensaio que Michael estava fazendo para o show de abertura da turnê This Is It — que jamais aconteceu — são as últimas imagens dele ainda com vida. Todas as vezes que termina o documentário, com o depoimento emocionado dos bailarinos que o estariam acompanhando nas turnês, as lágrimas explodem no rosto sem controle.

Michael Jackson é até hoje o meu ídolo máximo de todos os tempos e o seu lugar no hall da fama dos melhores do universo jamais vai poder ser tirado.


20 – Um filme que possui uma excelente trilha sonora



Baby Driver – Em Ritmo de Fuga (2017) de Edgar Wright é com certeza uma das produções recentes mais bem executada dos últimos anos e a trilha sonora, nesse caso específico, simplesmente não pode ser desassociada da história.

No enredo, Baby (vivido por Ansel Elgort) é um jovem piloto de fuga que sofreu um acidente de carro na infância que lhe causa um zumbido terrível no ouvido desde então. Para poder abafar o som perturbador e para que ele possa se concentrar em seu trabalho, o moleque ouve música o tempo todo e nós, como espectadores, somos presenteados por uma trilha sonora espetacular, que muitas vezes, está perfeitamente sincronizada com as cenas.

Batidas de bateria são sincronizadas com o som de disparos de armas, palavras da música que está tocando aparecem pelo cenário em que o personagem anda e até as letras das canções contam parte da história que estamos vendo.

Depois que assisti Baby Driver a primeira vez, simplesmente viciei na trilha sonora que é bastante impactante. Minhas músicas preferidas do filme são “Bellbottomns” de Jon Spencer Blues — que acompanha a melhor cena de perseguição de carros que já vi na vida, logo na abertura do filme —, “Harlem Shuffle” de Bob & Earl que tem um conjunto de metais absurdo de bom e “Brighton Rock” do Queen, que é descrita pelo Baby como a sua “música de fuga preferida”.

Se você nunca assistiu Baby Driver, para tudo que está fazendo agora, abre a Netflix e põe para rodar esse filme que é maravilhoso. É sua satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.


21 – Algum filme que te faça rir




Eu elenco O Auto da Compadecida (2000) de Guel Arraes como o melhor filme brasileiro de todos os tempos e isso porque tudo nessa produção funciona perfeitamente: caracterização, personagens, atuação, roteiro, trilha, cenografia… Simplesmente tudo.

Muito do humor do longa — que foi apresentado inicialmente como uma minissérie na Globo — se dá pelo entrosamento óbvio entre Matheus Nachtergaele e Selton Mello, que vivem João Grilo e Chicó respectivamente, os protagonistas da história, mas é bem claro que todos os demais atores estão muito bem alinhados com o enredo e entregando ótimas atuações, passando pelos veteranos Lima Duarte, Paulo Goulart e Rogério Cardoso, até pelos coadjuvantes como Denise Fraga, Diogo Vilela e Virgínia Cavendish.

Eu posso assistir 15 vezes seguidas que sempre vou achar graça das mesmas cenas. A minha preferida é quando o Chicó resolve ter um surto de brabeza e desafia o matador da cidade, achando que vai ser o amigo João quem vai aparecer. No lugar dele, surge o cangaceiro Severino de Aracaju (Marco Nanini) o homem que não perdoa nem padre e que já mandou uma porção de gente para conversar pessoalmente com o Criador no céu.

Só de lembrar, já tô rindo à toa aqui. 

O Auto da Compadecida é baseado na obra homônima de Ariano Suassuna e já teve outras adaptações para o cinema, incluindo uma com os Trapalhões em 1987.


22 – Um filme bom com um final péssimo



Inteligência Artificial (2001) foi um dos últimos projetos em que Stanley Kubrick esteve envolvido antes de seu falecimento em 1999 e o filme foi inteiramente desenvolvido por Steven Spielberg depois disso.

Toda a história envolvendo o menino-robô que queria se tornar um humano, tal qual um boneco Pinóquio moderno, é bastante comovente e o filme é irretocável… Até o seu final, que quase consegue estragar com tudo que foi construído até ali.

Quando aparecem os visitantes alienígenas/robôs do futuro que encontram o corpo de David no fundo do mar e têm no pequeno robô infantil o último resquício de uma humanidade que foi extinta há muito tempo, nada mais no filme faz sentido e a gente tem a impressão até que está assistindo outra coisa. Até hoje, o final de Inteligência Artificial é reconhecido como um dos grandes equívocos do cinema e se o filme acabasse uns 15 minutos antes, salvaria uma obra que, por conta disso, se tornou apenas “OK”.


23 – Um filme que você gostou, mas que tem vergonha de falar



17 Outra Vez (2009) é aquele tipo de filme que você não admite que gosta, mas que sempre que passa em algum lugar, você para pra assistir.

No enredo, um sujeito de meia-idade frustrado com a própria vida que leva, se sente amargurado por ter desistido de se tornar um astro do basquete no colegial para se casar com a menina dos seus sonhos e consegue voltar aos seus 17 anos como num passe de mágica, quando um “fado madrinho” realiza o seu maior desejo.

Assim, o fracassado Matthew Perry quarentão volta a ter a aparência de Zac Efron, gato, aos 17 anos e o personagem tem uma segunda chance de realizar todos os seus sonhos de juventude, incluindo voltar a ser popular na escola, ser o astro do basquete e conquistar a mulher dos sonhos.

As situações criadas por ele voltar a ser jovem — com a mesma idade dos filhos, por exemplo — e tornar a frequentar a escola são hilárias — incluindo um quase caso de incesto, quando a sua filha começa a dar mole pra ele. 

Destaque para os atores Thomas Lennon — que interpreta o amigo nerd e milionário do personagem principal — e de Leslie Mann, que faz a esposa infeliz, que de repente, se sente atraída por um garoto de 17 anos, sem saber que ele é o seu próprio marido, rejuvenescido.

Obs.: Se eu voltasse a ter 17 anos hoje, nenhuma mudança significativa aconteceria. O mesmo loser que sou hoje eu já era naquela época!


24 – Um filme que te dá medo




Ao longo dos anos, muitos filmes me causaram medo ou simplesmente me fizeram saltar do sofá com aquele famoso “jump scare”, mas acho que até hoje, me lembro da sensação apavorante que O Chamado (2002) me causou.

Era a época das fitas de locadora e eu tinha alugado o filme para assistir em casa. O curioso, é que a história gira em torno justamente de uma fita VHS amaldiçoada que quem a assiste acaba morrendo em 7 dias.

As imagens que rolam na tal fita são bem perturbadoras, além do que o som agudo causado pelo chiado da tela fora de sintonia causa um mal-estar estranho para quem está assistindo o filme. Na primeira vez que vi O Chamado, foi também a primeira vez na vida que não conseguir dormir com a luz do quarto apagada e nenhum filme, antes ou depois dele, me fez sentir esse tipo de pavor.


25 – Um curta-metragem




Normalmente, são os curtas-animados da Pixar que me chamam a atenção, mas já que estamos falando de algo que se enquadra acima da média comum, sou obrigado a citar o ganhador do Oscar de melhor curta-animado de 2021, Se algo acontecer… Te amo, de Will McCormack, Michael Govier

Lindo, tocante e extremamente emocionante, o curta só precisa de 12 minutos para fazer nos esvair em lágrimas com a história de dois pais que se sentem arrasados pela perda de sua filha e que precisam reencontrar forças para continuar tocando a sua vida sem ela.

Disponível na Netflix o curta, merecidamente, ganhou a premiação máxima do cinema esse ano e vale muito a pena ser visto.


26 – Um filme que lembra a sua família




Minha mãe nunca foi muito de ver filme e até hoje, dá para contar nos dedos de uma só mão aqueles que assisti ao seu lado no sofá. Em minha infância, no entanto, era muito comum que os canais de TV, de vez em quando, reprisassem clássicos do cinema como A Noviça Rebelde ou Mary Poppins e nós sentávamos juntos para assistir. 

O filme mais marcante dessa época foi …E o vento levou (1939) de Victor Fleming. Todas as vezes que passava, eu, minha mãe e minha irmã mais nova nos reuníamos para assistir as longuíssimas quatro horas de duração da película e até hoje, me lembro da frase icônica de Scarlett O’Hara (Vivien Leigh) jurando para si mesma que “jamais sentiria fome novamente” diante do pôr do sol quando a sua família perde tudo por conta da guerra. Clássico é clássico, papai!


27 – Um péssimo filme




Na onda do Big Brother Brasil 21, me meti a assistir Amiga do inimigo (2020) de Plínio Scambora para saber, afinal, quem era essa tal de Vih Tube que “estrela” essa obra cinematográfica nacional…

Azar o meu!

O filme não só tem atuações péssimas, como também tem um roteiro que parte do nada e vai para lugar nenhum. Dizer que é ruim, chega até a ser um elogio!


28 – Um excelente musical



La La Land: Cantando estações (2017) pode ter seus defeitos, mas ainda assim, é bastante encantador. Numa época em que tanto o jazz quanto os próprios musicais estão praticamente extintos, o diretor Damien Chazelle tenta dar um novo fôlego a ambos com uma produção ousada e bem executada. 

Eu fui acompanhado ao cinema na época do lançamento e a moça ao meu lado chegou a falar que “preferia ter visto o filme do Pelé” a assistir La La Land. Apesar do desagrado da minha acompanhante, eu particularmente gostei.

A sequência da dança na ponte é de uma sincronicidade impressionante e raramente vi um plano-sequência ser tão bem utilizado.

Aiiiiin, Rodman, mas eles não ficam juntos no final e mimimimi…

E por acaso ALGUÉM termina junto com quem gosta no final da nossa própria história?


29 – Um filme baseado em um jogo




Nos últimos anos foram lançadas várias produções baseadas em jogos de videogame — inclusive um novo Mortal Kombat, que é bem mais ou menos! —, mas eu continuo achando que o Mortal Kombat (1995) de Paul W.S. Anderson ainda é aquele que melhor representa o espírito do que a molecada da época queria ver sendo transportado da tela dos fliperamas para o cinema.

O filme é ruim?

É.

Tem efeitos visuais questionáveis?

Tem.

Mas ainda assim, a história agrada muito mais do que outras coisas que foram feitas com base no universo de Mortal Kombat nos últimos 25 anos.


30 – Um filme que você não entendeu ou teve dificuldade de entender




Rapaz, a primeira vez que tive acesso a Anticristo (2009) eu tive certa dificuldade para entender o que era aquilo exatamente que eu estava assistindo. O diretor dinamarquês Lars Von Trier é um sujeito um tanto quanto controverso e a sua linguagem cinematográfica é tão estilosa, que chega a ser confusa em muitas partes da história.

Me lembro que na época em que assisti ao filme, eu cheguei a trocar alguns e-mails com uma amiga de faculdade para que debatêssemos o que tínhamos entendido da história e foi duro chegar a uma conclusão.


31 – Um bom filme infantil




Esse ano eu corrigi a minha falha de caráter por nunca ter assistido O Gigante de Ferro (1999) de Brad Bird antes e achei a animação incrível, além de comovente.

Feito para crianças, o filme é emocionante em quase sua totalidade e seu final é para se derreter em lágrimas, ainda mais para quem é fã de um certo homem de aço da DC.


32 – Algum filme de época




Eu assisti Tempos Modernos (1936) várias vezes na escola por conta do tema Revolução Industrial que ele tão bem ilustra e aquele foi o meu primeiro contato com a genialidade de Charles Chaplin. O cara foi um dos precursores do cinema no século XX e mostra durante o filme inteiro porque inspirou gerações inteiras de outros atores com o seu trabalho interpretativo. Não tem como não rir das trapalhadas de Carlitos em tela, ele era um gênio da comédia.


33 – Um filme que você não indicaria




No período que antecede a premiação do Oscar, eu gosto de assistir aos filmes que estarão disputando a estatueta para poder torcer com mais propriedade pelos meus favoritos e em 2021, eu assisti a Mank (2020) de David Fincher e confesso que não gostei.

Arrastado, desnecessariamente longo e um tanto quanto pretensioso — apesar do elenco muito bom —, Mank não seria um filme que eu recomendaria, até porque, boa parte das pessoas que conheço não se acostumariam ao ritmo e ao estilo de filmagem, que é todo em preto e branco.


34 – Um filme de epidemia




Eu não me lembrei de muitos outros que tenha assistido com esse tema, mas Os 12 Macacos (1995) de Terry Gilliam se encaixa na categoria, uma vez que, no futuro onde o personagem do Bruce Willis vive, boa parte da população foi dizimada por uma epidemia e ele é obrigado a voltar no tempo para descobrir a causa da proliferação do tal vírus que quase acabou com a vida na Terra.

Ficção Científica de primeira linha. Está disponível no Amazon Prime.


35 – Um filme que fica na cabeça




Afinal, somos largados no mundo por uma Criatura Divina que nos dá o livre-arbítrio total, o que nos torna responsáveis por nossos próprios atos ou somos controlados o tempo todo por essa mesma Criatura e devemos responsabilizá-La pelos erros que cometemos?

Essas são algumas questões levantadas pelo excelente Advogado do Diabo (1997) de Taylor Hackford e é difícil parar de pensar no tema enquanto os créditos sobem ao som de “Paint It Black” dos Rolling Stones

A primeira vez que assisti a esse filme, eu ainda era muito novo para entender algumas das dúvidas levantadas pela história do advogado (vivido por Keanu Reeves) que, sem saber, vende a alma ao Diabo (Al Pacino, em uma de suas melhores atuações), mas eu já sentia que havia assistido a algo diferente e de boa qualidade. Não é à toa que esse longa também está em meu Top 5 de filmes da vida.


36 – Um filme de humor negro




Durante um período grande entre os anos 90 e os 2000, Jim Carrey era o cara da comédia pastelão e seus personagens viviam envolvidos em situações absurdas e exageradamente cômicas. Até mesmo quando ele se metia a fazer filmes com um humor mais ácido, ainda assim, ele se saía bem, como é o caso de Eu, Eu mesmo e Irene (2000) que a meu ver, é um de seus melhores trabalhos.

Dirigido pelos irmãos Bobby e Peter Farrelly, o filme é repleto de situações que nos fazem sentir culpa por estar rindo da desgraça dos personagens e é o tipo de humor que a gente acaba gostando, mas que ao mesmo tempo, sentimos um pesar pelo que está acontecendo em cena. É uma sensação dúbia e esquisita, mas que define bem o termo "humor negro".


37 – Um filme de atores desconhecidos



Atividade Paranormal (2007) repetiu um pouco daquela sensação de “o que caralhos está acontecendo” que A Bruxa de Blair havia causado anos antes e levou para o cinema uma história bastante coesa que, por um momento, nos faz acreditar na veracidade do que estamos assistindo. 

Com atores desconhecidos do público — e que, aparentemente estão interpretando a si mesmos — o primeiro Atividade Paranormal é praticamente uma produção caseira — custou apenas 15 mil Dólares — o que aumenta ainda mais aquela sensação de “isso é real”.

Foi uma experiência muito divertida assistir ao filme “de galera”, na sala de casa com os amigos e o seu terror se sustenta até hoje.


38 – Um bom filme de máfia




Não me lembro de ter assistido outros bons filmes de máfia ou algum que tenha me marcado a ponto de elencar aqui, por isso, vou citar O nome do Jogo (1995) de Barry Sonnenfeld que assisti na época do lançamento, gostei e acabei comprando o DVD anos depois, naquelas promoções das Lojas Americanas de R$ 9,99. Ele vinha junto com a continuação “Be Cool – O Outro nome do jogo”, que é ainda melhor que o primeiro — e que tenta requentar a cena da dancinha de John Travolta e Uma Thurman em Pulp Fiction com eles mesmos, mais de 10 anos depois. Eu emprestei os discos para uma mina que estava ficando na época, ela levou embora e nunca mais devolveu… 😭


39 – Um filme que possui uma frase de efeito



"Ei, garoto! Já dançou com o demônio sob a luz da Lua?"

Essa frase é icônica e nenhum outro Coringa do cinema conseguiu superar esse momento entre o palhaço do crime e o Batman no filme de 1989.


40 – Um filme que lançou algum ator famoso



Star Wars IV – Uma Nova Esperança (1977) lançou de uma só vez três dos atores mais reconhecidos da franquia inteira criada por George Lucas, mas dentre eles, com certeza a carreira mais solidificada após o fim da primeira trilogia de Guerra nas Estrelas foi a de Harrison Ford

Depois de viver o mercenário Han Solo, o cara ainda deu vida ao Indiana Jones, ao agente Jack Ryan nos filmes Jogos Patrióticos e Perigo Real e Imediato, correu para não ser preso pelo Tommy Lee Jones em O Fugitivo e caiu em uma praia deserta com a Anne Heche em Seis dias, Sete noites, tudo isso muito antes de comandar o pelotão de mercenários do Sylvester Stallone em Mercenários 3.

Uma carreira e tanto o senhor Ford teve, não é mesmo?


41 – Um faroeste




Também encontrei dificuldade em encontrar um filme que se encaixasse nessa categoria, já que assisti a poucos faroestes clássicos do cinema, por isso, escolhi 7 Homens e um Destino (2016) do excelente diretor Antoine Fuqua.

Além do elenco estelar, esse faroeste conta uma história bastante interessante de acompanhar e possui cenas de ação de fazer a gente se ajeitar melhor na poltrona para apreciar. Tiroteio da melhor qualidade.


42 – Algum filme que te fez chorar




Essa categoria era a mais fácil de responder, porque o que não faltam em minha lista pessoal são filmes que me fizeram chorar!

O mais marcante, talvez, tenha sido Toy Story 3. Essa animação de 2010 não só encerrava perfeitamente a saga dos brinquedos que ganham vida quando seu dono não está presente, como também é uma homenagem muito linda a todos os fãs que, como o Andy, cresceram assistindo a trilogia. São três momentos decisivos durante o filme em que as lágrimas rolam sem controle, mas aquele final em que o Andy entrega o Woody para a menina Bonnie é de partir o coração. Os olhos lacrimejaram aqui só de lembrar.


43 – Um ótimo filme de guerra




Acho que O resgate do soldado Ryan (1998) ilustra muito bem esse tópico. Tem Tom Hanks, tem John Williams comandando a trilha sonora e tem Steven Spielberg na direção. Precisa dizer mais alguma coisa?


44 – Um filme de um diretor não muito conhecido




Eu acho que o nome de Ryan Coogler ainda não é muito conhecido do grande público, apesar do cara ter dirigido ótimos trabalhos nos últimos anos como o Pantera Negra da Marvel.

Porém, a primeira vez que o trabalho de Coogler me chamou a atenção foi em Creed: Nascido para lutar (2015) em que ele não só conseguiu renascer com uma franquia já bastante requentada — a do Rocky — como também apresentou novos rumos pelo qual o personagem poderia trilhar. 

Eu sou fã declarado de Rocky – Um lutador (1976) e de Rocky Balboa (2006), amo os dois filmes, assisto sempre que dá vontade, choro nas lutas decisivas e Ryan Coogler conseguiu me causar novamente essa sensação de "é possível vencer os seus limites" dos filmes clássicos de boxe, desta vez com um personagem novo — muito bem interpretado por Michael B. Jordan — com uma roupagem nova e uma linguagem cinematográfica invejável.

O plano sequência da primeira luta do Creed, que nos faz seguir o personagem do vestiário até o ringue e nos coloca no MEIO da luta é sensacional!


45 – Um filme que te deprima




Eu assisti Ela (2013) de Spike Jonze porque queria ouvir a voz da Scarlett Johansson tinha ficado interessado pela sinopse e terminei o filme terrivelmente deprimido. Tudo no filme te coloca pra baixo e o mais terrível de tudo é que eu me identifiquei com o personagem soturno e sorumbático de Joaquim Phoenix, que aliás, nunca foi tão bem escalado para um papel em sua vida. Você olha para a cara de Phoenix na capa do filme e já entra em depressão instantaneamente.


46 – Um filme que você gostaria de atuar




Achei esse tópico muito interessante. Quem nunca se imaginou em meio a uma cena de filme, no lugar do mocinho, dando tiro, escapando de uma explosão, beijando a mocinha?

Eu já me imaginei em diversas situações, mas um filme que eu gostaria mesmo de ter atuado é em Cães de Aluguel (1992). Cara, além de usar roupas maneiras e óculos de sol estilosos, eu ainda ia poder atuar com o texto de Quentin Tarantino na ponta da língua, sendo dirigido pelo cara que, quase literalmente, consegue extrair leite de pedra de qualquer ator.

Falem o que quiser do velho Tarantino, mas se tem uma coisa em que o cara é bom, é em direção de elenco. Vocês já viram alguém atuar mal em seus filmes? Qualquer ator mequetrefe vira um puta ator sob a sua direção e eu, que nem sou ator, com certeza estaria em ótimas mãos.

Em uma daquelas cenas intermináveis e maravilhosas de diálogos escritos pelo Tarantas, eu traria o primeiro Oscar para o Brasil, certeza!


47 – Um filme ridículo




Debi e Lóide – Dois idiotas em apuros (1994) é a síntese do “filme ridículo” que eu amo assistir e também é dirigido por um dos irmãos Farrelly.


48 – Algum filme que tenham te contado o final antes de você assistir




Infelizmente, quando cheguei ao cinema para assistir a 007 - Sem tempo para morrer, eu já sabia qual seria o destino final de James Bond. Maldito Hell do MDM!


49 – Um filme para assistir a dois




Eu assisti a inúmeros filmes acompanhado, mas um que era muito “amorzinho” e que ainda me traz lembranças boas é Um amor para recordar (2002) de Adam Shankman.

Água com açúcar para caralho, bobinho, mas assisti num momento muito bom da minha vida e eu estava em ótima companhia.


50 – Uma animação



Wall-E (2008) é com segurança uma das animações mais singelas e bonitas que já assisti na vida. Os caras da Pixar conseguem dar emoção para um personagem feito de metal e a gente acredita no sentimento do pequeno robô durante todo o tempo!

Existe algo de mágico nos trabalhos realizados pela Pixar, na grande maioria deles, mas em Wall-E acredito que tenha sido aplicada uma dose extra dessa magia. Essa é uma das animações mais bem executadas que já assisti em todos esses anos e choro sempre em vários momentos da história.

NAMASTE!

Um comentário:

  1. Tu comentou que era falta de carater não ter visto gigante de ferro, mas falta de carataer mesmo é nunca ter visto 2001. Obra prima simplesmente!

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