Mostrando postagens com marcador Dublagem. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Dublagem. Mostrar todas as postagens

28 de abril de 2021

O adeus a Dário de Castro, Carlos Marques, Ana Lúcia Menezes e Iara Riça



Não tem sido um mês fácil para os familiares dos dubladores e fãs da dublagem brasileira. Num intervalo de pouco mais de três semanas o Brasil perdeu quatro dos mais especiais e talentosos artistas do meio e tudo que podemos fazer nesse momento é prestar uma homenagem a Dário de Castro, Carlos Marques, Ana Lúcia Menezes e Iara Riça.


DÁRIO DE CASTRO



Recentemente, eu citei o nome de Dário num post sobre a animação dos X-Men dos anos 90 e ele faleceu no último dia 15 por decorrência de complicações do Covid-19, vírus que já interrompeu quase 400 mil vidas só no Brasil. 

Dário tinha 72 anos e trabalhava há mais de 40 com atuação e direção de dublagem. Na série animada dos X-Men dos anos 90, ele dublou o líder da equipe Ciclope da segunda temporada em diante, após a saída de Nilton Valério e é muito comumente lembrado também por ser a voz do Caçador de Marte em Liga da Justiça e Liga da Justiça Sem Limites

No cinema, Dário de Castro também foi por anos a voz mais conhecida de Dolph Lundgren, além de dublar os atores Liam Neeson, William Hurt e Russel Crowe, em especial no filme Gladiador (2000). Ele deixa um legado imenso na dublagem brasileira que vai poder continuar sendo referenciado por muito tempo após sua partida. 



CARLOS MARQUES



O veterano Carlos Marques de 88 anos faleceu no último dia 19 por causa não revelada pela família em Minas Gerais. Atuante desde os anos 50 como radialista, passou por quase todos os estúdios de dublagem nos anos subsequentes, incluindo a Dublasom Guanabara e a Herbert Richers.

Entre seus trabalhos mais marcantes estão a voz do Garfield no desenho dos anos 80, o Homem Aranha no seriado live-action dos anos 70 — e também na animação Homem Aranha e seus Incríveis Amigos —, o Gaguinho e o Patolino dos desenhos Looney Tunes e o Robin dos Superamigos. Menos conhecido pelo grande público, era voz muito popular em séries e filmes dos anos 80 e serviu como base para todos os dubladores que vieram em seguida, incluindo caras como Marco Ribeiro, Alexandre Moreno e Guilherme Briggs.


 

ANA LÚCIA MENEZES



Aos 45 anos, Ana Lúcia Menezes lutou por vários dias em coma no hospital após sofrer um AVC no último dia 13. A dubladora estava em casa quando sofreu o acidente vascular e foi socorrida por uma amiga médica e pela família. Em estado grave, ela veio a falecer no dia 19, deixando amigos e familiares — incluindo a filha Bia Menezes, também dubladora — bastante abalados.

Entre seus trabalhos de destaque estão a Misa Amane de Death Note, a Lupita (Maitê Perroni) de Rebelde, Chihiro em A Viagem de Chihiro, a Murta que Geme dos filmes Harry Potter e a Tonya de Todo Mundo Odeia o Chris. Ela era bastante marcada por fazer vozes de crianças ou personagens mais jovens e entre todos os dubladores que nos deixaram recentemente era também a mais jovem deles. 



IARA RIÇA



Meu coração está despedaçado em ter que escrever esse post e falar sobre o falecimento de Iara Riça sendo tudo tão fresco ainda. Tendo sofrido um aneurisma cerebral, a atriz vinha lutando bravamente nos últimos dias pela sobrevivência, tendo até um quadro de melhora recente que infelizmente não se converteu em sua saída do hospital. 

A artista de 56 anos fez história na dublagem nacional e faz parte do quadro das vozes mais reconhecidas do grande público por ter sido, no Brasil, a pessoa por trás da Arlequina em praticamente todas as produções animadas e live-action em que a personagem apareceu. Quando a palhaça do crime surgiu no desenho animado do Batman dos anos 90 (Batman Animated) já era Riça quem a dublava e de lá pra cá foram diversos outros trabalhos memoráveis. 

Só na época de TV Colosso, quem é velho como eu, deve lembrar que era ela quem também dava voz à Jubileu dos X-Men e à Triny dos Power Rangers. Nos anos subsequentes, ela deu voz à Florzinha das Meninas Superpoderosas, a Lala dos Teletubbies e a Jean Grey de X-Men Evolution.

Em 2020, Iara foi bastante comentada na mídia porque sua voz foi substituída por outra dubladora como a Arlequina (Margot Robbie) do filme Aves de Rapina e muitos fãs reclamaram por já estarem acostumados com ela frente a personagem. 

Iara deixa um legado igualmente maravilhoso com sua passagem, além de muitas saudades por parte de seus familiares, amigos e nós, seus fãs. 



Que todos essas pessoas incríveis descansem em paz, são os votos do Blog do Rodman.


Agradecimentos a Universo X-Men, a Jbox, Legião dos Heróis e Tecmundo.


NAMASTE!  

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...