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17 de abril de 2024

X-Men '97 - Episódio 2 - Lacração e choradeira

X-Men '97


EPISÓDIO 2 - MUTANT LIBERATION BEGINS

O segundo episódio de X-Men ‘97 começa mostrando que a confiança em Charles Xavier de deixar a mansão X e os X-Men sob a sua tutela girou uma chave na cabeça do Magneto. Logo após surgir diante dos alunos do professor, Magnus resolve deixar de lado a sua cruzada violenta contra os humanos e começa a praticar boas ações pela cidade, inclusive, salvando a vida daqueles que o temem. Tais atos chamam bastante a atenção da imprensa e do governo, colocando-o em evidência.

Na mansão, o clima continua tenso com a aparente mudança de comportamento daquele que sempre foi o seu maior inimigo, e os mutantes não parecem confiar em Magneto totalmente, com exceção da Vampira, que sai em defesa dele (mais pra frente entendemos porquê!).

Em paralelo às desconfianças do Ciclope, da Tempestade e do Wolverine, Magnus decide salvar os Morlocks no subsolo da cidade. Lá embaixo, os protegidos da mutante Callisto estão sob a ameaça dos Amigos da Humanidade e o seu material bélico das Sentinelas, mas quando parece mesmo que os mutantes excluídos vão ser assassinados, Magneto surge para salvá-los e dar uma lição nos supremacistas.  

X-Men '97


De volta à mansão, Magneto levanta a questão de por que Xavier e os X-Men nunca pensaram em abrigar os Morlocks ou lhes dar uma chance mais digna de sobrevivência em alternativa aos esgotos onde eles moram. Afinal, o sonho do professor não era o de convivência pacífica entre mutantes e humanos? Como isso é possível se eles próprios excluem os seus pares?

Magneto, então, informa que os Morlocks estão sendo encaminhados para a nação de Genosha. Após livrar a ilha dos antigos déspotas que a usavam como campo de concentração mutante — isso chegou a ser mostrado ainda na primeira temporada da animação —, o Magneto decidiu tornar o lugar um porto seguro para os seus iguais, algo com a qual Xavier jamais concordou por pensar que seria um meio de segregar os mutantes, em vez de simplesmente protegê-los. 

Aliás, criar um santuário onde os mutantes possam viver livremente sem a ameaça dos humanos sempre foi uma ideia que permeou a mente de Magneto e, duas temporadas antes, ele mesmo já havia tentado fazer isso com o Asteroide M, um enorme corpo celeste em órbita da Terra para onde ele pretendia levar não só os seus aliados — os Acólitos — como também o próprio Charles Xavier.

Após o discurso de Magneto de manter os mutantes seguros em uma ilha, Jean e Ororo iniciam uma conversa particular no quarto. Lá, a ruiva confessa à amiga temer pelo futuro de seu vindouro filho caso ele também seja um mutante, e diz que pressente algo maligno a se aproximar desde que sondou a mente de Henry Gyrich para descobrir o paradeiro de Bolivar Trask.

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Ainda durante esse diálogo, a Tempestade pergunta à Jean se ela deseja que a criança em sua barriga nasça humana e, logo depois, ela mesma confessa que já se imaginou sendo somente uma humana comum, e o quanto isso teria tirado de sua vida. Ororo diz que se não fosse uma mutante, ela jamais teria chegado à mansão ou conhecido a sua melhor amiga.

Aqui, vale mencionar que essa amizade entre elas citada por Ororo nunca foi tão bem delineada nas temporadas anteriores de X-Men, mas que era algo muito explorado nas HQs, principalmente, na fase escrita pelo Chris Claremont. A Tempestade se sentia muito solitária sendo a única mulher no grupo — na segunda formação dos Filhos do Átomo, quando todos os X-Men originais haviam deixado a mansão, com exceção do Ciclope —, e só quando a Jean retornou é que ela pode contar com alguém que pudesse não só confiar como também se inspirar.

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Para completar o climão de novela das oito sempre presente em X-Men — pelo menos nas adaptações que valem —, a Vampira decide fazer uma visitinha ao escritório do Magneto dentro da mansão e, num diálogo bastante revelador entre os dois, é insinuado que eles tiveram um “trêlêlê” no passado, algo que nunca antes foi sequer sugerido em outras temporadas do desenho.

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Enquanto a gente se pergunta quando isso teria acontecido, várias teorias vão se formando, até que a verdade finalmente seja revelada.

Nas HQs, é público que em mais de uma situação o Magneto e a Vampira já se pegaram fortemente, e a fase mais conhecida deles como um casal ocorreu quando os dois ficaram perdidos na Terra Selvagem e ela se viu privada de seus poderes de absorção. 

Aí, já sabe, né… calorzão, gente suada andando com pouca roupa pra lá e pra cá… Me Tarzan, you Jane

Aliás, quem não se lembra daquela clássica capa desenhada pelo Jim Lee em que os dois aparecem posando altamente gostosos e sensuais, hein?

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No Brasil, isso foi publicado pela primeira vez em 1994, na revista dos X-Men nº 71 da Editora Abril. Tenho até hoje esse formatinho!

Na animação, no entanto, o clima entre a Vampira e o Magneto esfria quando Valerie Cooper aparece no gramado da mansão com helicópteros e soldados armados no intuito de levar o Mestre do Magnetismo a julgamento por seus antigos crimes. Na cronologia do desenho, vale ressaltar que não havia nem um ano, o Magneto estava se preparando para organizar uma coalizão contra a humanidade no momento em que ele decide abandonar tudo a pedido de um moribundo Charles Xavier.

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Como representante da ONU, a doutora Cooper garante que Magneto será ouvido na corte e que terá direito de se defender perante os juízes, o que faz, então, com que ele se renda e aceite partir com os soldados sob custódia.

Na animação, o Magneto está usando o EXATO uniforme que ele adota quando assume a liderança dos X-Men a pedido de Xavier nas HQs, abandonando, inclusive, o elmo de balde. O gibi, cuja capa clássica mostra ele algemado em primeiro plano enquanto os mutantes caem na porrada com os irmãos Strucker na parte de trás da cena, foi a primeira HQ que eu li dos X-Men na vida (a X-Men nº 24 da Editora Abril de 1991).

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A animação usa muito bem essas referências canônicas, mas é claro que, mesmo os roteiristas respeitando o material original, teve nerdolinha reclamando na internet que “aiiiinnn, o meu Magneto está parecendo uma Drag Queen com essa roupa cafona!

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Como prometido por Valerie Cooper, os representantes da ONU ouvem o que Magneto tem a dizer em sua defesa, depois que eles o acusam de todos os crimes cometidos ao longo de sua carreira como “terrorista mutante”. Um clima muito hostil se forma no entorno da sede da ONU, quando manifestantes pró-humanidade ameaçam invadir o local para fazer justiça com as próprias mãos. Exatamente por conta disso, alguns dos X-Men decidem comparecer à seção e fazer a defesa não só do Magneto — que está algemado e com um colar inibidor de poderes no pescoço —, mas também de todas as pessoas ali presentes.

Perante os juízes, Magneto faz um discurso bastante inflamado, porém, consciente do papel que ele representa ali como um libertador mutante.

“Quando criança, os lares do meu povo foram reduzidos a cinzas porque ousamos chamar Deus por outro nome. Então, o meu povo me caçou como aqueles que os haviam caçado. Eu era uma aberração. Nascer mutante era abominável aos olhos de qualquer deus. Existe um refrão na triste canção da história: ‘Pense diferente, ame diferente, tenha o sexo ou a pele diferente e será punido’. Nós cantamos essa canção um para o outro, os oprimidos se tornam opressores. O Xavier sabia disso e sonhava que poderíamos mudar, encontrar harmonia, um futuro onde humanos e mutantes pudessem superar o passado…”

Um roteiro desse calibre jamais poderia ser escrito no passado, quando as primeiras temporadas do desenho foram ao ar para um público mais jovem. Depois de ouvi-lo, seja na versão em inglês ou a dublada pelo Charles Dalla, é bem difícil não estampar uma camiseta com os dizeres "Magneto Is Right" e sair com ela por aí!

Do lado de fora, enquanto o julgamento se estende e os manifestantes enfurecidos tentam furar as defesas da polícia local, os Amigos da Humanidade mostram que têm um plano maligno para punir Magneto diante de toda a mídia. Usando um traje especial e uma arma capaz de atingir o mutante, um sujeito autointitulado Executor X consegue invadir a ONU e infligir um ataque bastante intenso à segurança do local e aos próprios X-Men, enquanto tenta se posicionar para acertar o seu alvo.

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Executor X


Enquanto a Vampira tenta conter o avanço dos manifestantes do lado de fora e a Tempestade se encarrega de proteger o Magneto, cabe ao Ciclope, o Bishop e o Morfo baterem de frente com o vilão mascarado, o que acaba gerando um dos monólogos mais realísticos dessa nova leva de episódios:

Executor X (enquanto surra o Ciclope):Sabe o que eu odeio na sua raça? Vocês agem como se sofressem muito. As pessoas normais sofrem também, até mais! Só temos a dignidade de não ficar chorando o tempo todo, entende? É a choradeira... eu odeio a sua choradeira tanto quanto odeio vocês!”

X-Men '97


Não soa como um discurso tipicamente preconceituoso contra cotas para negros nas universidades ou qualquer outra aplicação que beneficie minorias no mundo real?



É inegável a quantidade de paralelos que podemos fazer entre esse discurso carregado de ódio do Executor X com a nossa realidade atual, e o quanto desse ódio vemos diariamente sendo destilado nas redes sociais. É claro que aqui é preciso traçar um paralelo simples entre os mutantes fictícios e qualquer outra minoria discriminada pela mente tacanha e conservadora daqueles que se veem presos a um antigo status quo do “macho predominante” ou do “homem branco heteronormativo” cuja única opinião é a que vale na sociedade. Para essa gente, qualquer coisa que saia minimamente do “normal” deve ser criticado, combatido e… executado, por que não?



Os mutantes não existem na vida real, mas quantas vezes não ouvimos por aí que luta de classes é “mimimi”? Ou que levantar pautas sobre direitos iguais entre homens e mulheres e a comunidade LGBT é “lacração”?



Alguém que está lendo esse texto acha mesmo que a existência de um Executor X que grite a plenos pulmões que a luta dos X-Men por igualdade com os humanos é “choradeira” não seria possível no mundo atual onde, por exemplo, os ditos “nerds” — que atualmente só são pessoas altamente preconceituosas que se escondem atrás da palavra — odeiam minorias e fazem de tudo para diminuir qualquer tipo de luta de classe em seus canais pela internet?

Vocês acham realmente que as histórias dos X-Men ao longo desses mais de 60 anos são apenas um amontoado de desenhos e balõezinhos rasos que só querem mostrar medição de poderes e nada além disso? 

Faz sentido achar que os X-Men são como o Youngblood ou qualquer outra equipe de super-heróis fantasiados — e descerebrados — que não têm nada a dizer e que só estão aí há tanto tempo para fazer volume nas lojas de revistas em quadrinhos e não ensinar nada a respeito de acolhimento ou aceitação ao próximo? Sério mesmo?

X-Men '97


Essa galera “entendida em cultura pop” presta mesmo a atenção nos balões de fala dos quadrinhos ou só consegue enxergar as figuras? Porque não é possível tamanha ignorância a respeito desses personagens que estão há tanto tempo ensinando tanta coisa pro público, em especial, a aceitação ao que é diferente.

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De volta ao episódio, enquanto os X-Men lutam na ONU, a Jean Grey entra em trabalho de parto na mansão X e cabe ao Logan levá-la ao hospital para dar à luz. Após atravessar a cidade para chegar em segurança ao local, o médico de plantão se recusa a atender uma mutante, alegando que ela pode perder o controle dos poderes durante o parto e ferir as pessoas na sala.

X-Men '97


Através do seu contato telepático, Jean pede a ajuda do marido, que avisa a Tempestade do que está acontecendo. Ororo sugere que a Vampira encaminhe o Ciclope da ONU até o hospital e os dois partem em velocidade a fim de ajudar Jean. Uma vez lá, a Vampira usa os seus poderes de absorção para “aprender” as habilidades do obstetra e faz ela mesma o parto. Algum tempo depois, o casal feliz com o nascimento de seu filho se reúne mais uma vez e Jean dá ao bebê o nome de Nathan.

X-Men '97


Como no universo regular das HQs a Jean Grey original nunca engravidou do Scott, antes de saber que o bebê era um menino, eu jurava que seria a Rachel Summers a nascer ali, mas foi apenas um segundo de esperança que morreu rápido. No entanto, para ser ainda mais óbvio da real identidade daquele bebê, só faltou o olho brilhar para a câmera (vamos falar mais disso no próximo post!). 

Na ONU, após se livrar do Bishop e do Morfo, o Executor X consegue, enfim, atirar com o seu rifle em direção ao Magneto, é quando a Tempestade se joga na frente para salvar o homem colocado no comando dos X-Men. Embora ninguém saiba àquela altura dos fatos, a arma do vilão é carregada com uma variação mais ostensiva da radiação usada nos colares que inibem os poderes mutantes, e a Rainha dos Ventos acaba sendo atingida em cheio por um tiro dela.

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Livre de suas amarras e entendendo de imediato o que aconteceu com a Tempestade, o Magneto resolve punir o Executor, o privando de sua arma e o tratando como a uma marionete com os seus poderes magnéticos. Depois, ele resolve mostrar o que é capaz de fazer, elevando não só o Executor como também a todos os membros do júri a uma altitude impensada. Lá de cima, com praticamente o planeta a seus pés, e sob o olhar desesperado dos agentes da ONU, ele implora para que a humanidade não o faça se voltar contra ela, pois as consequências podem ser gravíssimas.

X-Men '97


Para quem não é das antigas, a Tempestade também foi atingida por uma rajada quase letal que a deixou sem seus superpoderes de controle climático por um longo período nas HQs. Na época, ela se jogou para salvar a Vampira de ser fulminada, mas isso rendeu uma ótima fase da heroína que culminou nela se tornando líder dos Morlocks — vencendo a Callisto no mano-a-mano — e saindo na mão com o Ciclope pelo direito de liderar os X-Men. 

X-Men '97


Além disso, a fase badass da Ororo ainda rendeu a ela o clássico traje punk — que ela usa na cena pós-crédito do episódio 2 da animação —, e o seu reencontro com o Forge, o mutante indígena capaz de inventar qualquer coisa.

X-Men '97


Desprovida de seus poderes e se sentindo desconectada dos irmãos mutantes, Ororo escreve uma carta emocionada endereçada a Jean e, assim, ela parte da mansão, com destino incerto. Quando achamos que nada pior pode acontecer aos nossos heróis, uma visita inesperada chega ao portão deles, e eis que surge uma mulher ruiva com as feições idênticas às de Jean Grey diante de todos. Aparentemente ferida, ela desmaia no colo do Morfo, criando uma situação no mínimo assustadora para o Ciclope e a sua esposa, que acabaram de retornar do hospital com o pequeno Nathan no colo.

X-Men '97


A análise de X-Men’97 continua no próximo post

NAMASTE!

16 de setembro de 2023

Redescobrindo Quem Manda Já Morreu de Marcos Rey

Quem Manda já morreu Marcos Rey


Eu li "Quem Manda já Morreu" pela primeira na época da escola, há mais de vinte anos e, confesso, que não me lembrava muito do enredo. 

Conforme fui relendo agora, em pleno século XXI, foi como se a história toda retornasse com força à minha mente.

Isso, é claro, não me impediu de REDESCOBRIR o livro, nem tampouco me entreter novamente com essa fantástica história de investigação detetivesca com uma inenarrável pitada de humor — e sarcasmo — impressa por Edu — o estudante de Comunicação —, que não só é o protagonista como também o narrador.

Quem Manda já morreu Marcos Rey


As situações em que ele, o tio Palha — o detetive que pegou um leão quase que literalmente na unha — e a versátil Coca Gimenez — uma uruguaia quarentona que faz as vezes de secretária, maquiadora e cantora de Tcha tcha tcha — se envolvem ao longo da narrativa com uma perigosa máfia são muito empolgantes. Cada novo momento consegue surpreender o leitor de uma maneira muito positiva e, mesmo depois de tanto tempo, me vi como um acompanhante novato desse enredo delicioso.

"Quem manda já morreu" não chega a ser um primor e nem é um dos livros mais inspirados do meu eterno autor nacional favorito, Marcos Rey, mas cumpre com excelência o seu papel de entretenimento literário, e é, com certeza, mais um de seus ótimos trabalhos como escritor infanto-juvenil. 

Quem Manda já morreu Marcos Rey


Afinal, se você leu e não ficou com o "Tchin Tchimbá-tchimbá! Uule-lá-lá" cantada na Montanha de Ali na cabeça, ou não saiu por aí imitando o sotaque do "homem do cravo" dizendo "espertchinho" a torto e a direito, volte duas casas e leia com mais atenção!

Recomendadíssimo!


P.S. - Eu lembro que na primeira vez que li o livro, eu ficava falando em voz alto o "espertchinho" de Bristol, o mafioso que sequestra Edu no enredo, imitando o sotaque estrangeiro do cara. Bons tempos de adolescência!


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Revivendo a Magia Literária de Marcos Rey: Um Rosto no Computador

Um rosto no computador - Marcos Rey


Toda a minha vida de leitor de livros na adolescência foi pautada e muito bem incentivada pelas obras de Marcos Rey, aquele que é, até hoje, o meu escritor brasileiro favorito.

Eu li "O Mistério do 5 Estrelas" e "Um Cadáver Ouve Rádio" — ambos publicados pela Editora Ática, na lendária série Vaga-Lume — na época do colégio, ambos emprestados por amigos, e só tive a oportunidade de ler "O Rapto do Garoto de Ouro" recentemente, achando que tinha completado a trilogia...

Eis que lendo a sinopse de "Um Rosto no Computador", acabei descobrindo depois de todos esses anos, que Rey havia escrito um quarto livro com os protagonistas que eu tanto admirava nos livros anteriores, e essa sensação foi semelhante a de achar dinheiro escondido no bolso da calça.

E, realmente foi um achado precioso.

Assim como Rey disse que só faria uma continuação das aventuras de Leo, Gino e Ângela se tivesse uma ótima ideia para contar com o trio, eu assino embaixo às palavras do mestre. 

Um rosto no computador - Marcos Rey



Eu considero esse o melhor livro da quadrilogia. A narrativa é envolvente, os novos personagens inseridos são muito bem construídos e todo o mistério envolvendo o sumiço de uma modelo adolescente — a denominada Lia Magno, uma baianinha muito carismática que vem para São Paulo em busca de um sonho — é maravilhosamente bem-conduzido. 

Um rosto no computador - Marcos Rey


Como leitores, nós somos convidados a participar das investigações de Leo e seus amigos, e não tem como não se envolver com o enredo.

O livro acerta em tudo a que se propõe, e foi uma alegria muito grande "rever" os personagens tão queridos que Marcos Rey criou lá nos anos 80. Foi como se eu tivesse ganhado um presente inesperado depois de anos achando que já tinha lido tudo sobre os moradores do Bixiga. Mais uma vez. 

Nota 10!

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24 de março de 2023

A sexta temporada de The Walking Dead

The Walking Dead sexta temporada


A sexta temporada de The Walking Dead começa quando Rick (Andrew Lincoln) assume de vez o posto de "xerife" de Alexandria e, sob a benção de Deanna (Tovah Feldshuh), começa a dar as ordens.

Enquanto procura um lugar para enterrar o falecido Pete — o marido corno de Jessie —, Rick acaba descobrindo uma pedreira nos arredores da cidade protegida infestada de zumbis. Sem terem para onde ir e atraídos uns pelos outros, os milhares de seres perambulantes acabaram se acumulando no vale, o que representa um perigo iminente à comunidade caso resolvam sair do lugar. 


The Walking Dead sexta temporada


Rick se vê obrigado a agir no intuito de afastar os zumbis dali o mais rápido possível, e junto dos fiéis amigos e dos ainda assustados — e despreparados — moradores de Alexandria, ele decide colocar um ousado plano em ação.


Desde o começo da série, desde que tenta liderar o grupo no intuito de mantê-lo a salvo, é muito comum ver Rick se excedendo e colocando o "carro na frente dos bois". Pra variar, apesar de a culpa não ser totalmente dele, não demora para que o seu plano de atrair os zumbis para longe — com Daryl (Norman Reedus), Abraham (Michael Cudlitz) e Sasha (Sonequa Martin-Green) liderando a comissão de frente da bateria de zumbis — dê errado.


The Walking Dead sexta temporada


Embora enfrente a desconfiança dos moradores mais antigos de Alexandria — afinal, ele matou Pete a sangue frio na frente de todo mundo —, tudo está correndo perfeitamente bem até que um som ensurdecedor vindo da região da cidade murada começa a atrair mais da metade dos zumbis justamente para o lugar de onde eles deviam se afastar. 


Sem que Rick saiba, Alexandria está sendo atacada e nesse desvio de percurso dos "walkers", vários membros da comunidade de Deanna perdem suas vidas.


O ataque da matilha


Em busca de novos moradores para a sua comunidade, Aaron (Ross Marquand) pede a ajuda de Daryl para rastrear possíveis adeptos, confiando no julgamento do cara quanto a separar os bons dos maus. 


Em uma de suas inspeções a lugares afastados, no entanto, a dupla acaba caindo na armadilha feita em uma parada de caminhões e, de repente, se vê cercada por centenas de zumbis presos em contêineres.


Sem alternativas e selados dentro de um carro, Daryl e Aaron acabam sendo salvos pela figura enigmática de Morgan (Lennie James), que já estava de olho naquele lugar há bastante tempo e que sabia sobre as armadilhas.

 

Em seu desespero, o pacato Aaron acaba largando a sua bolsa para trás e nela, posteriormente, são encontradas as fotos que ele usa para convencer as pessoas de que Alexandria é real e que o lugar é mesmo seguro de zumbis.


Essa aparente fortaleza acaba atraindo a atenção dos Lobos, uma gangue violenta que marca seus próprios membros com um "W" na testa (de Wolf) e que está determinada a "libertar" a sociedade dos muros que as prendem.


Não há muito significado nesse discursinho de Charles Manson dos líderes da gangue, mas a meu ver, o ataque brutal dos caras à cidade e a chacina que eles promovem nas ruas de Alexandria se assemelham e muito ao caso real da atriz Sharon Tate que foi brutalizada e morta junto dos seus amigos dentro de um condomínio em Los Angeles nos anos 60  apenas porque SIM.


The Walking Dead sexta temporada


Até em aparência os Lobos lembram bastante a "família" Manson – retratados mais recentemente em filmes como Era Uma Vez... em Hollywood do Tarantino e no terrível A Maldição de Sharon Tate —, mas se os Lobos são mesmo uma alusão aos hippies sanguinários de Manson, isso não ficou claro na série.


Desprovidos de seus maiores "guerreiros" e vulneráveis ao ataque violento dos Lobos, os moradores de Alexandria acabam tendo que se virar com quem ficou pra trás e é aí que surge o protagonismo de Carol (Melissa McBride).

O ataque inesperado acaba matando muitas pessoas inocentes e cabe a ela, a Carl (Chandler Riggs), Rosita (Christian Serratos) e Tara (Alanna Masterson) tentarem evitar o pior. 


Em sua nova versão "guru espiritual" Morgan se recusa a matar qualquer pessoa que se meta em seu caminho, imbuído agora dos ensinamentos do Aikidô — que ele aprendeu num treinamento intensivo de alguns dias com um queijeiro, durante as suas viagens atrás do rastro de Rick — e isso acaba gerando grandes conflitos entre ele e Carol.


The Walking Dead sexta temporada


Ao se decidir poupar a vida de um dos Lobos com quem ele já havia se encontrado na estrada anteriormente, Morgan permite que o cara sequestre a pacífica médica Denise (Merritt Wever) e quase causa uma tragédia ainda maior.


The Walking Dead sexta temporada


Um dos questionamentos a que a série nos permite é: Mesmo em um Apocalipse zumbi onde todo mundo vivo pode ser um inimigo, vale a pena apelar para a sua própria consciência e apostar na reintegração social daqueles que um dia te feriram?


Plano desfeito


A buzina do caminhão com que os Lobos tentaram arrombar os muros de Alexandria atrai mais da metade dos zumbis da estrada, e quando os mortos começam a andar sem controle em direção à cidade, o grupo de Rick se dispersa e se perde no caminho. 


Michonne (Danai Gurira) e Glenn (Steven Yeun) acabam tendo que fazer a segurança de um grupo que se encontra ferido e cansado pela jornada percorrida, mas logo percebe que nem eles aguentariam mais alguns rounds contra os zumbis. Preso com os outros em um depósito e sem alternativas, o coreano decide aceitar a sugestão de Nicholas (Michael Traynor) de queimar um prédio a fim de atrair os mortos e os dois saem do local deixando a dona da katana como líder. 


O plano, óbvio, não vinga, e ao mesmo tempo que Glenn e Nicholas são apanhados por uma horda de mortos-vivos, Michonne e seus colegas são obrigados a deixar o depósito, apenas para encontrar mais morte no caminho.


The Walking Dead sexta temporada



Enquanto Daryl decide se desprender de Abraham e Sasha na estrada para ajudar os outros, Rick corre sozinho de volta ao trailer móvel, apenas para também ser emboscado por remanescentes do ataque dos Lobos à Alexandria.


Ele está chegando


Sozinho com sua moto, Daryl acaba numa trilha de mata onde encontra rastros recentes de um incêndio. Como sempre acontece, ele acaba sendo surpreendido por um trio de fugitivos que lhe rendem e lhe roubam a mochila, a besta e os seus mantimentos. 


Puto da cara por ter sido roubado, o Wolverine de The Walking Dead rastreia o sujeito junto das duas moças e recupera os seus bens. Daryl, então, descobre que uma das garotas é diabética e que precisa de doses de insulina pra se manter viva.

 

Quando um grupo armado surge na mata também seguindo a pista do trio, Daryl decide deixar o seu lado de bom-moço falar mais alto e oferece ajuda a Dwight (Austin Amelio), Tina (Liz E. Morgan) e Sherry (Christine Evangelista)

Num vacilo inacreditável, logo após receber a sua dosagem de insulina na veia, Tina é atacada por zumbis queimados — e, aparentemente, inertes no chão — e acaba sendo devorada. 


The Walking Dead sexta temporada



Quando Daryl consegue deter os perseguidores de Dwight, no entanto, ele é traído novamente e tem todos os objetos — e a moto — roubados desta vez. Para a sua sorte — e um "roteirismo" absurdo a seu favor —, ele encontra um caminhão-tanque camuflado em meio à mata e parte para se juntar novamente à Sasha e Abraham.


Impressionante como o combustível continua farto nesse mundo pós-apocalíptico de The Walking Dead mesmo passado anos do Dia Z e da quase extinção dos seres humanos pensantes!


Depois de nos distrair com uma quest inútil que serve apenas para que Abraham consiga um lança-foguetes numa parada militar com Sasha, Daryl e seus dois companheiros estão retornando para casa, quando são parados num bloqueio de estrada por um grupo fortemente armado.


Prontos a levar tudo que há com eles dentro do caminhão e a matá-los no processo, o tal grupo diz responder a um tal de Negan e alega que está ali para defender seu território.

Enquanto eu me perguntava como que o Abraham no comando do caminhão não viu o comboio parado no meio da rua antes e por que eles já não desceram da cabine atirando, é o Daryl que surge com o lança-foguetes nos braços e despacha os inimigos numa das cenas mais surpreendentes da série. 


É pra aplaudir de pé, igreja!


A paz volta a reinar… ou não!


Depois do ataque dos Lobos, mesmo cercados por todos os lados pelos zumbis da pedreira, Rick e seu grupo voltam a respirar um pouco mais aliviados, embora Glenn ainda esteja desaparecido. 


Enquanto Maggie (Lauren Cohan) e Aaron armam uma maneira de deixar Alexandria pelo subsolo a fim de resgatar o marido da moça, Rick arranja um tempo para trocar uns beijos com a viúva de Pete, Jessie (Alexandra Breckenridge).


No dia seguinte, no entanto, enquanto eles pensam no que fazer para reforçar a segurança do lugar e impedir a entrada dos mortos, uma velha torre da cidade acaba ruindo e despenca bem em cima de uma parte do muro. Quase como se tivesse um capacho no chão escrito "bem-vindos", os zumbis, então, começam a invadir Alexandria e aí é um verdadeiro "barata voa". 


Glenn é salvo


A morte de Nicholas acaba servindo para mascarar a fuga de Glenn que se salva ao se meter embaixo de um caminhão. Desarmado e prestes a morrer de sede — ou comido pelos zumbis —, o coreano acaba recebendo a ajuda de Enid (Katelyn Nacon), a garota rebelde amiga de Carl que estava para fora dos portões de Alexandria logo que se deu o ataque dos Lobos.


The Walking Dead sexta temporada



Os dois juntos decidem voltar para casa sem saber o que se passou por lá, mas quando chegam, se deparam com a invasão zumbi. Glenn avista Maggie encurralada em cima de uma coluna cercada por mortos e pede a ajuda de Enid para salvar a sua esposa. 


Além dos portões, Rick, Michonne e Carl tentam levar Jessie e seus filhos até o arsenal a fim de terem mais chances de expulsar os zumbis, mas o garoto mais novo, Sam, tem um ataque de pânico em meio aos monstros e acaba sendo devorado


The Walking Dead sexta temporada


Desesperada, Jessie se vê sem ação ao presenciar a morte do filho e é comida viva em seguida. Frustrado por todas as mortes em sua família que ele acha ser culpa de Rick — e de certa forma é mesmo! —, Ron, o filho mais velho de Jessie, decide eliminar o xerife com a sua arma, mas enquanto é empalado por Michonne, ele atira e acaba acertando o olho de Carl.


Adeus, Denise.


Em The Walking Dead, coadjuvante que conta a sua história num determinado episódio e ganha algum destaque acaba morrendo logo em seguida e é o que acontece com a pobre Denise em "Duas vezes mais longe" (o 14º da 6ª temporada).


Ao revelar para Daryl e Rosita que há uma loja de departamento com uma farmácia em seu interior num ponto da cidade, a médica loira decide acompanhá-los em sua jornada, apesar da pouca experiência em campo. 

Não dispostos a bancarem as babás e achando aquela uma péssima ideia, a dupla mais experiente, no entanto, aceita a companhia de Denise, que na volta, já com as suas mochilas abarrotadas dos remédios que eles encontraram, revela que, na verdade, deu a ideia do "passeio" porque Daryl a fazia se lembrar do seu irmão e porque Rosita estava se sentindo solitária após ser abandonada por Abraham.


Aliás, um parênteses aqui pra comentar a atitude babaca do Abraham em largar a Rosita após comentar que "eu só fiquei contigo porque eu achava que você era a última mulher do mundo, mas agora não é mais!". Tremendo pau no cu. Tudo isso porque ficou de fogo com a Sasha!


The Walking Dead sexta temporada



Voltando a Daryl, Denise e Rosita…


Durante o seu discurso, a pobre Denise é atingida por uma flecha e quando a câmera se volta para o seu agressor, o espectador descobre que é o mesmo sujeito que roubou as coisas de Daryl há algum tempo, Dwight, e ele está empunhando a sua besta.


O começo da merda toda


Salvos por Abraham que estava em outra quest com Eugene (Josh McDermitt), Daryl e Rosita lamentam a morte da única médica da cidade e, uma vez de volta à proteção dos muros, o arqueiro se vê inquieto por ter permitido que Dwight e seu bando escapassem.


Incapaz de deixar a morte de Denise sem punição, Daryl decide sair à caça do bando que os emboscou, o que obriga Glenn, Michonne e Rosita a irem atrás dele antes que ele faça uma cagada.


A essa altura, Rick já sabe que um grupo fortemente armado liderado por alguém chamado Negan os está espreitando e o xerife prevê as coisas terríveis que podem acontecer com os seus amigos. 


Nesse ínterim, é a vez de Carol ter uma crise de consciência pelas mortes causadas por ela durante a invasão dos Lobos à Alexandria e também durante a investida de Rick a um dos QGs dos autointitulados "Salvadores" — o grupo de Negan —, e ela decide ir embora para não ter mais que lidar com nenhum dos problemas causados por se preocupar com a segurança de alguém. 

 

The Walking Dead sexta temporada



Temeroso pela vida da "mãe de todos", Morgan decide sair em seu rastro e ele é acompanhado por Rick.


Hilltop


Depois de descobrirem por meio de Jesus (Tom Payne), um andarilho com quem Rick e Daryl toparam na estrada, sobre uma colônia farta em produtos de subsistência chamada Hilltop, Maggie decide assumir as negociações de troca mútua de benefícios com o chefão do lugar, o intransigente Gregory (Xander Berkeley)


The Walking Dead sexta temporada


Após conhecer o lugar que se assemelha a uma fazenda rica em alimentos agrícolas — afinal, o agro é pop! — e perceber que eles têm muito mais recursos que a já desgastada Alexandria, o grupo de Rick assume um compromisso com Gregory: metade da sua produção de comida em troca de livrar Hilltop das ameaças dos Salvadores, que como bons milicianos, ficam com quase tudo que a comunidade produz pela segurança do lugar. 


The Walking Dead sexta temporada



Em sua arrogância — e realmente pensando na subsistência do seu pessoal — Rick assume o compromisso de atacar os Salvadores em uma de duas bases achando que pode lidar facilmente com a coisa, e tudo está correndo bem até que Maggie e Carol são feitas de refém logo depois deles passarem geral dentro da instalação. 


Num episódio carregado de emoção com o foco nas mulheres dos dois grupos, as duas aliadas de Alexandria acabam tendo que se virar sozinhas enquanto Rick e Glenn procuram chegar até elas.


É após esses eventos — em que ela se vê obrigada a implorar pela vida de Maggie e do bebê em seu ventre — que Carol chega ao seu limite e decide abandonar o grupo. 


Negan


São muitos os altos e baixos que The Walking Dead sofre a partir da quarta temporada e confesso que o que mais me cansava na série era o fato de ela viver dos mesmos clichês de sempre em looping como "eles ficam cercados por zumbis"; "eles acham um lugar seguro"; "eles perdem o lugar seguro"; "eles caem na estrada"; "eles acham outro lugar seguro". Mas o que mais me incomodava mesmo era a questão de eles irem topando com "chefões" cada vez mais poderosos no caminho.

 

Como em Dragon Ball ou em qualquer jogo de videogame, o próximo chefe é sempre o mais perigoso… E Negan (Jeffrey Dean Morgan) parece ser a personificação desse chefe mais cabuloso de fase. É aí que dá pra sentir um crescente no roteiro dos episódios.


The Walking Dead sexta temporada



Depois de Daryl explodir seus comparsas na estrada com um lança-foguetes, de Rick e seu grupo matarem seus amigos no QG dos Salvadores e de Maggie e Carol assassinaram as mulheres "salvadoras" num dos seus esconderijos, Negan, enfim, percebe que pode ter um problema com o xerife de Alexandria, e decide mostrar a ele porque é dono de metade das comunidades ainda existentes na Terra — diga-se o estado da Geórgia nos EUA.


The Walking Dead sexta temporada



Quando Maggie começa a passar mal por conta do bebê e eles se veem sem um médico a bordo, cabe a Rick e seus melhores "guerreiros" seguirem para Hilltop onde um obstetra — o doutor Carson — que já tratou da moça pode atendê-la.

Enquanto eles viajam no trailer pelas estradas que vão conduzi-los até a fazenda de Gregory e Jesus, o grupo se vê impedido de passar por comboios armados que falam em nome de Negan.


Por mais que tentem fugir, eles se veem cada vez mais sem saída e com Maggie cada vez pior de saúde na parte de trás do motorizado.

 

The Walking Dead sexta temporada



Não querendo arriscar um conflito armado e nem pôr a vida da esposa de Glenn em risco, Rick tenta uma última cartada que é seguir a pé pela mata levando Maggie em uma maca, enquanto Eugene atrai a atenção dos Salvadores com o caminhão pela estrada. 


Provando ser onipresente e deixando bem claro que conhece muito melhor a região do que o grupo de Rick, os homens de Negan empurram os moradores de Alexandria até uma clareira onde os cercam e os deixam à mercê de seu numeroso exército.

 

The Walking Dead sexta temporada



Eu voltei a acompanhar TWD na época apenas para assistir a esse episódio específico quando ele foi veiculado pela primeira vez na TV — e sim, também atraído pelo que já tinha de informação das HQs. Muita coisa tinha se apagado da minha mente, mas eu não me lembro de ter sentido tanta revolta e tanto ódio por um personagem como senti de Negan por tudo que ele faz em "O último dia na Terra" (16º da 6ª temporada).


Eu acompanhei Game of Thrones em seu ápice e nem os episódios do Casamento Vermelho e a morte do Ned Stark me deixaram tão abalado emocionalmente.


O joguinho de "uni dune tê", a crueldade com que o personagem abate um dos amigos de Rick e a maneira humilhante com que ele quebra o psicológico do xerife é de uma violência gráfica que eu nunca vi igual em uma série. 

Podem falar o que quiser de TWD, mas se tem algo que, muito provavelmente, The Last Of Us jamais vai chegar perto é desse poder de chocar o público que a série baseada nas HQs de Robert Kirkman é capaz. 


Eu não sei de onde vem esse desejo insano de acabar com o psicológico dos espectadores que estão torcendo pelos seus personagens mais queridos, mas nesse ponto esses caras estão de parabéns. Que filhos da puta! Passei mais da metade dos episódios quase que literalmente com o cu na mão de aflição.


Na sexta temporada, a máxima de que os zumbis nem de longe são a verdadeira ameaça do mundo pós-apocalíptico é elevada à décima potência com a chegada de Negan e seus asseclas. Que personagem desgraçado! 


Os demais reviews de The Walking Dead você pode ler através dos links abaixo:


Temporada 1

Temporada 2

Temporada 3

Temporada 4

Temporada 5


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