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19 de junho de 2014

#VAITERCOPA - México X Brasil


Como dizem as hashtags no Twitter, está tendo Copa pra caralho, e salvo um ou outro incidente como a invasão de torcedores argentinos sem ingressos ao Maracanã e a repetição desse mesmo incidente também com torcedores chilenos no jogo contra a Espanha (E-LI-MI-NA-DAAA!), poucas coisas estão atrapalhando o bom andamento do mundial de 2014. As manifestações contra o evento, estão ocorrendo a quilômetros dos estádios onde os jogos estão sendo disputados sem qualquer empecilho, e dentro dos estádios, a única coisa que está rolando é futebol e festa, afinal, estamos no país oficial do pão e circo do futebol! Há quem já vocifere a plenos pulmões que esta é a COPA DAS COPAS devido o alto nível do futebol exibido, além das surpresas que andam ocorrendo, como a precoce eliminação da seleção espanhola (atual campeã do mundo e a primeira no ranking da FIFA), da vergonhosa derrota da seleção uruguaia para a, até então, frágil Costa Rica e claro, o sapeco que nossos amigos lusitanos acabaram tomando do trator alemão pilotado por Thomas Müller, que em duas copas disputadas, já tem 8 gols! Mas muita água ainda vai rolar por debaixo da ponte. Calma, otimistas, calma!



Mas chega de falar dos outros times. Vamos falar de coisa boa. Vamos falar da NOSSA SELEÇÃO CANARINHO E...

Pois é...

O cenário era o espetacular estádio do Castelão em Fortaleza, o público marcou presença, cantou o hino acapela após o tempo estipulado pela FIFA e emocionou o menino Neymar Jr., que chorou após a execução de nosso mais lindo símbolo pátrio. 



Bola rolando, a expectativa da torcida em todo o país estava nos picos, ainda mais depois da vitória sobre a seleção da Croácia, e o Brasil começou com o mesmo time que jogou contra a seleção europeia, com a exceção do atacante Hulk, que sentiu um "desconforto" na coxa e acabou sendo poupado pelo técnico Luiz Felipe Scolari, para azar da mulherada que se empolgou em ver o atlético pernambucano em campo. 



Substituído por Ramires, Hulk acompanhou o jogo todo do banco, e assistiu de camarote a apatia da nossa seleção com os ataques (pra nossa sorte!) pouco precisos do time mexicano, que entrou em campo cauteloso até demais, apesar de ter exigido algumas defesas de nosso goleiro Julio Cesar.



Diferente do que vimos na primeira partida, a seleção estava sem sincronia nenhuma entre os setores de armação (que incrivelmente depende dos talentos de David Luiz e Thiago Silva, ambos ZAGUEIROS, para que a bola chegue na frente!!) e o de ataque, e após um decepcionante e sonolento primeiro tempo, percebemos pela primeira vez que não temos um time tão forte assim quanto imaginávamos. Sem aquele cara no meio que consiga azeitar um passe mais preciso para os atacantes, e sem a ajuda de nossos laterais que acabam servindo apenas como defensores (e ambos ainda meio verdes para tal função), e que pouco contribuem para o ataque, Neymar (que estreou seu novo visual "Ana Maria Braga"), Fred e Ramires acabaram ficando muito isolados na frente, chegando na cara do gol mais por seus talentos individuais do que pela ajuda dos companheiros.



Aliás, que futebolzinho que vem jogando o Fred, hein! Estático no meio da área, pouco participa dos lances e quase nunca volta para buscar jogo, servindo mais como uma palmeira fixada na área adversária. O que é? Sem os advogados do Fluminense a seu favor não consegue jogar? 'Bora participar mais, meu filho! Apostei uma caixa de cerveja que você ia ser o artilheiro brasileiro nessa Copa! Se aprume, rapaz!



Oscar que brilhou na primeira partida participando ativamente dos três lances que originaram os gols brasileiros, dessa vez, fez uma atuação discreta, tão discreta que não lembro de ter ouvido o narrador falar seu nome uma vez que fosse. Coube então a Neymar fazer de tudo um pouco para que a bola chegasse ao goleiro Ochoa, que aliás, foi eleito o nome do jogo.



O arqueiro Ochoa pegou até vento nessa partida, e embora nenhum dos ataques da seleção brasileira tenha de fato sido uma ameaça para o gol (exceto a cabeçada que parecia indefensável desferida por Neymar e que o goleiro tirou de cima da linha de fundo), há de se dar crédito ao Cosplay mexicano de David Luiz pela "não-vitória" do Brasil nesse jogo, porque se a partida terminou empatada num enfadonho 0X0, a culpa é total desse indivíduo! 



Vale ressaltar que Fred não estava sozinho na inaptidão, já que Paulinho (que Felipão deixou em campo a partida INTEIRA!), jogador que vem sendo titular desde o primeiro jogo, pouco vem contribuindo para nosso ataque, além de também não ajudar em nada na criação de boas jogadas que deixem os companheiros em posição de meter a redonda no barbante. Bernard que entrou no segundo tempo no lugar de Fred e que assumiu o lugar de Ramires pouco tempo tiveram para mostrar sua habilidade em campo. Dos dois, a melhor chance foi de Jô, que chegou a receber uma bola livre da intermediária, mas na hora de partir para a área, deixou a bola bater no calcanhar e perdeu o tempo do ataque. Trocando seis por meia dúzia em suas substituições, além de nos dar a certeza que não temos um banco de reservas muito criativo, Felipão também conseguiu deixar claro que o problema não era bem o ataque em si, e sim a qualidade da bola de ligação entre o meio-campo e o ataque. Precisamos de um meio-campista que consiga fazer a bola chegar no ataque, senão vamos sofrer com Fred, Ramires (ou Hulk), Oscar e Paulinho todos plantados feito coqueiros na área esperando a bola vir no pé. 



Lembrando que um tropeço contra a fraquíssima seleção de Camarões (que hoje tomou de 4X0 da Croácia), o último confronto da primeira fase da Copa, vai levar à nocaute a seleção brasileira precocemente, o que vai ser um fiasco INFINITAMENTE MAIOR do que o que fez a Espanha, que já deve estar pensando no prato de paeja que vai comer em casa.

Acompanhe aqui o Review de Brasil X Croácia e ouça o A.I.POD #008 sobre as expectativas para a Copa do Mundo no Brasil com a galera do A.I.JOVEM, IChucky, Killerdepano e o convidado Fernando Abdul!

NAMASTE!

13 de junho de 2014

#VAITERCOPA - Brasil x Croácia


Bem amigos do Blog do Rodman, parecia que não ia ter Copa devido o tom de protesto e a cortina de desconfiança que vinha cobrindo o Brasil nos últimos meses, mas ela começou, e a seleção entrou em campo pra mostrar quem é que manda nesses paranauês de futebol e... Tá, também não é assim! Não estou com essa empolgação toda.

Bem, você que está lendo esse post guarde bem essa data porque provavelmente NUNCA MAIS você verá outra Copa sediada no Brasil, e isso por vários motivos:

1 - Da última vez demorou mais de cinquenta anos pra isso acontecer.
2 - A FIFA não costuma dar a sede da Copa para um mesmo país na mesma década (eu já vivi três delas e nunca vi isso acontecer!)
3 - O Brasil NÃO TEM competência para organizar um troço grande desses, e não adianta vir de mimimi e falar que "aiii, Rodman, mas todos o estádios foram entregues na data certa e a festa está linda e a Dilma é linda e o Lula é lindo e blablablabla"!

Não, jovem padawan!


Essa festa que você está vendo pela TV foi patrocinada por você, boa parte da grana investida saiu do seu bolso, só que ele nunca mais vai retornar pra lá, portanto, aproveite a felicidade do momento do gol, porque esse vai ser o único pagamento daqui até o fim da Copa. Sorry!

Vamos começar pelo começo? 

OK. A cerimônia de abertura foi uma das coisas mais vergonhosas que eu já vi pela televisão. Sério! E olhe que eu vi o Baggio batendo aquele pênalti pra fora do estádio na Copa de 94!


Por mais nacionalista ou ufanista que você seja, não dá pra negar o quão foi decepcionante ver aquelas coreografias simplistas e aqueles personagens pobres e sem qualquer originalidade "desfilando" no centro da Arena Corinthians (Itaquerão, Arena São Paulo, sei lá!) aos olhos do mundo. Foi algo de dar dó, de dar pena mesmo.


As crianças eram bonitinhas, tinha indiozinhos navegando em pirogas, tinha bichinhos fofos, tinha uma tela led em forma de bola (que não fechou mais!)... Mas puta que bagulho de mau gosto! E os espaços vazios em cima daquela lona amarela? E a falta de preenchimento de espaço? E a falta de criatividade para mostrar o Brasil como algo além de uma selva?


Pra quem viu, é uma coisa pra se esquecer, e o resultado só não foi mais sofrível porque Jennifer Lopez (gostosíssima!!), Pitbull e nossa Claudinha Leitte (delíícia!) salvaram no final, mesmo cantando a pouco empolgante "We are One" num playback pra lá de caído. Pra quem já acompanhou outras aberturas de Copa na Europa, na Ásia ou mesmo na América não precisa se esforçar muito pra comparar e ver que a nossa fez feio, inclusive para a crítica estrangeira! Santa incompetência, Batman! 


Quando a bola enfim rolou, tomamos logo um banho de água fria no segundo ataque da Croácia, quando o jogador Marcelo acabou marcando contra o nosso gol numa tentativa infeliz de afastar a bola. Toda aquela afobação e nervosismo do jogo amistoso contra a Sérvia (que tem estilo de jogo parecido com o da Croácia) havia sido diluído apesar de ser um jogo de estreia em uma Copa, e de forma surpreendente a seleção conseguiu manter o sangue frio apesar da cagada de Marcelo, que recebeu o apoio da torcida e dos companheiros. O time continuou indo pro ataque e teve ótimas chances com Neymar e Oscar (diferente de Hulk que só fez isolar a bola!), ambos em um dia inspirado, mas o goleiro croata Pletikosa não parecia querer colaborar com a festa, fechando a defesa e tirando até pensamento da direção do gol.  


Após jogada insistente de Oscar, ele conseguiu encontrar Neymar livre, e o atacante marcou o gol de empate aos 28 min, para delírio da torcida presente no Itaquerão e em todo o país. Começava a reação brasileira.


No segundo tempo a marcação ferrenha da Croácia continuou firme, enquanto mais faltas do que lances bonitos enchiam os olhos dos torcedores. Somente aos 25 min, o matador Fred, que estivera apagado durante quase todo o jogo, surgiu livre na área, e ao receber um passe de costas para o zagueiro, simulou DESCARADAMENTE um pênalti ao ser tocado no ombro, no que o juiz japonês Yuchi Nishimura caiu na dele, assinalando a infração. Pênalti para o Brasil convertido por pouco por Neymar, que bateu mal, dando chances do goleiro croata voar na bola, chegando a resvalar seus dedos nela. Nova festa no Itaquerão, mas com aquele gostinho de "esse gol foi roubado pra caralho". Tudo bem, estamos na casa do Corinthians, aqui tá valendo! RRRRATINHOOOO!


A pressão croata seguiu forte até o fim do jogo, e quando eu já achava que iria ganhar o bolão da Copa (tinha apostado 2x1!!), eis que o desacreditado Oscar mostrou mais uma vez nesse dia porque é um dos homens de confiança de Felipão. Após uma tomada de bola de Ramires (que entrou no lugar de Neymar) no meio-campo, Oscar disparou para a área adversária acompanhado por dois croatas que nada puderam fazer, enquanto que ele de bico mandava a bola para o fundo da rede, mais uma vez surpreendendo Pletikosa. A coroação com um gol veio bem a calhar para Oscar, uma vez que ele foi um dos melhores em campo nessa primeira partida da seleção na Copa de 2014, tendo participação efetiva nos três gols da equipe.


O próximo desafio do Brasil é dia 17/06 contra a talentosa (e perigosa) equipe do México, que eliminou a seleção brasileira nos jogos olímpicos de 2012

Estaremos de olho e na torcida!


Relembre aqui os posts do DE OLHO NA COPA de 2010


Ouça o A.I.POD #008 com o pessoal do A.I.JOVEM em que bati um papo sobre as expectativas para a Copa 2014.

NAMASTE!

14 de agosto de 2012

O que sobrou das Olimpíadas de Londres


Os Jogos Olímpicos de Londres se encerraram com um espetáculo grandioso (que já era de se esperar, visto a abertura do mesmo) e ao final da cerimônia, Londres passou o bastão para o Rio de Janeiro, próxima sede das Olimpíadas no ainda longínquo ano de 2016, se é que o mundo sobrevive ao fim de 2012.
O resultado no quadro geral de medalhas do Brasil, apesar do gosto amargo que fica ao vermos nosso país em 22º colocado, atrás de Irã e Cazaquistão, é positivo.
De todas as participações em Olimpíadas, essa é a primeira vez que o Brasil supera a marca de 15 medalhas conquistadas por seus atletas (em Londres foram 17 medalhas), apesar de que em Athenas, com um número menor de medalhas, conseguimos o 16º lugar no ranking, devido a maior quantidade de medalhas douradas (5 no total).
O saldo é positivo?
Sim, apesar de que sabemos muito bem que é possível melhorar.
Em primeiro lugar é preciso ter a humildade de aceitar que dificilmente vamos alcançar algum dia a eficiência de potências olímpicas como Estados Unidos (que voltou ao topo do ranking com nada mais nada menos do que 104 medalhas, sendo destas, 46 de Ouro) ou China (que conquistou 87 medalhas, sendo 38 de Ouro), e é essa realidade que deve ser encarada. O que o Brasil tem que usar como inspiração, no entanto, é a preparação que os atletas norte-americanos ou chineses ou russos ou britânicos têm ao longo dos quatro anos que os separam de uma Olimpíada a outra.

Nesses países, obviamente melhor desenvolvidos que o nosso e com mais grana para investir em esporte (o que não é uma prioridade no Brasil) os atletas são profissionais com letra “P” maiúscula, eles trabalham apenas com o intuito de serem os melhores naquilo que fazem e recebem incentivo para isso. Em terras brasilis, o sujeito não só tem que ter outra profissão além da de atleta para poder se sustentar, como também não recebe qualquer apoio governamental para praticar aquilo que ele gosta e sabe fazer, tendo muitas vezes que tirar dinheiro do próprio bolso para viajar e competir.
Ou você acha que todo atleta é milionário e só não ganha medalhas porque é incompetente?
Fisicamente ou mentalmente um atleta chinês ou americano não são em nada superiores a um brasileiro, eles só possuem melhor treinamento e melhores condições de se preparar fisicamente para competir. Eles não são mutantes insuperáveis ou algo assim...
Bem, talvez o jamaicano Usain Bolt (que conquistou 3 medalhas de Ouro para seu país) e o nadador americano Michael Phelps (4 medalhas de Ouro e duas Pratas) sejam, mas eles são de uma categoria à parte.

Para que o Brasil melhore seu desenvolvimento e rendimento em jogos olímpicos e comece a ser visto também como uma potência nos esportes, muitas coisas devem mudar, a começar por esse pensamento de que “o importante é competir”. Não, não é. Isso é desculpa de quem perde. O importante é competir e ganhar, e se não ganhar, o importante é treinar mais para ganhar na próxima.

Além de pensar grande, os atletas necessitam de apoio financeiro para que tenham centros de treinamento dignos, com equipamentos novos e todo acompanhamento médico e preparatório do qual precisam, fazendo assim com que eles tenham reais condições de disputar campeonatos de alto nível. Para que isso aconteça, no entanto, é preciso que o governo crie projetos e leis de incentivo para patrocinadores que facilitem a vida desses caras, que apesar de estarem lá fora lutando como guerreiros enfrentando todas as adversidades para representar o país, só conseguem críticas, tanto da mídia (que pouco faz para ajudar realmente) quanto do próprio público, que não enxerga tudo pelo qual seus atletas passaram para conseguir chegar lá.
Em Londres, nossos guerreiros conseguiram 17 medalhas, sendo 3 de Ouro, 5 de Prata e 9 de Bronze, e apesar de algumas lamentações como a derrota da Seleção Masculina de Basquete, que em sua melhor forma e com um dos melhores times já formados em todos os tempos, perdeu para a Argentina, sendo eliminado da competição sem nenhuma medalha, da passagem insossa e sem qualquer brilho da ginástica feminina, que provou que não conseguiu renovar sua equipe com o envelhecimento de Dayane dos Santos e Danielle Hypolito, e da falta de resultados no atletismo, que geralmente consegue medalhas nas competições, o Brasil conseguiu melhorar bastante o desempenho em 2012, se comparado pelo menos aos jogos olímpicos anteriores.

Nossa primeira medalha de Ouro já saiu no primeiro dia de competição, o que nos deu aquela esperança de que enfim teríamos atletas para competir em alto nível. No Judô, a piauiense Sarah Menezes de 22 anos conquistou o lugar mais alto do pódio derrotando a romena Alina Dumitru (medalhista de Ouro em Pequim), tornando-se assim, a primeira brasileira a conquistar o Ouro olímpico na categoria. 

O Judô ainda conseguiu mais 3 medalhas de Bronze para o Brasil, com Felipe Kitadai, que derrotou o italiano Elio Verde também no primeiro dia de competições em Londres, Mayra Aguiar de 20 anos que venceu a holandesa Marhinde Verkerk com um ippon, e Rafael “Baby” Silva, o paranaense de 25 anos, que ganhou do sul-coreano Kim Sung-Min o terceiro lugar da categoria peso-pesado.


Na natação, as medalhas também saíram, primeiro a de prata com Thiago Pereira (VAAAAI, THIAGO!!) nos 400m Medley e a de bronze com Cesar Cielo nos 50m livre. Tendo em vista que na água quando Tévis Michael Phelps nada não tem pra mais ninguém, até que essas duas medalhas conquistadas por Thiago e Cielo vieram bem a calhar.
Ainda na água, decepcionando um pouco aqueles que o julgavam um dos favoritos, mas confirmando o talento nato para velejar, ganhando mais uma medalha e tornando-se um dos maiores medalhistas olímpicos brasileiros de todos os tempos, Robert Scheidt ao lado de Bruno Prada conquistou a medalha de Bronze da classe Star na Vela. 
Subindo ao pódio pela quinta vez em Olimpíadas, Scheidt de 39 anos, igualou a marca de Torben Grael (também velejador) como o maior medalhista brasileiro, tendo conquistado o Ouro em Atlanta (1996) e em Athenas (2004) e a Prata em Sydney (2000), todos pela Classe Laser. Ao mudar de categoria, passando para a Classe Star, Scheidt conquistou a Prata em Pequim (2008) e agora o Bronze em Londres.
É ou não é um campeão?
Alguém ainda está decepcionado?

Ainda nos esportes individuais, a atleta Adriana Araújo, baiana de 31 anos, conseguiu levar o Boxe brasileiro ao pódio novamente após 44 anos na fila (a última medalha conquistada pelo esporte havia sido em 1968, pelo pugilista Servílio de Oliveira), o que a tornou também a primeira boxeadora brasileira a ganhar uma medalha olímpica. Quem também trouxe medalha para casa foi o pugilista Esquiva Falcão, que perdeu o Ouro na final contra o japonês Ryoto Murata, após ser punido por falta e perder dois pontos, apesar de ter sido muito melhor dentro do ringue. Para quem assistiu a luta, o gosto da prata foi incômodo, uma vez que o Ouro era quase certo e ficou separado das mãos do lutador por apenas um ponto.
Yamaguchi Falcão, lutador de 24 anos da categoria meio pesado (até 81 kg) trouxe a terceira medalha para o Boxe brasileiro, ficando com o Bronze ao derrotar no ringue o cubano Julio La Cruz Peraza. Junto com as medalhas de Adriana e Esquiva, essa é com certeza uma das maiores participações brasileiras do esporte nas Olimpíadas, o que guarda esperanças para que a modalidade ganhe no futuro o destaque que não tivera em Londres.

Na ginástica, após o fracasso de Dayane dos Santos e Diego Hypolito, nossa única medalha veio na cor dourada, e Arthur Zanetti conquistou o primeiro lugar do pódio, superando os atletas Yibing Chen (cinco vezes campeão mundial e com a marca de 15.800 em Londres) e o italiano Matteo Morandi (Bronze com a pontuação 15.733), tornando-se o primeiro atleta do Brasil a ganhar não só uma medalha olímpica na categoria como também ser Ouro.
No último dia de competição, uma medalha inesperada surgiu, e Yane Marques atleta pernambucana de 28 anos, levou Bronze na competição de Pentatlo Moderno, categoria que engloba o hipismo, esgrima, natação, tiro esportivo e corrida, completando as participações individuais brasileiras em Londres.
Nos esportes coletivos, mais uma vez o Brasil chegou forte com o Vôlei, levando duas duplas masculinas e duas duplas femininas na praia até Londres, além da Seleção masculina e da feminina de quadra.
Confirmando nosso favoritismo nessa modalidade (a quantidade de medalhas conquistadas pelo Vôlei desde as Olimpíadas de Barcelona-1992 é a maior entre os esportes coletivos), as meninas do técnico José Roberto Guimarães levaram o Ouro olímpico, repetindo a façanha de Pequim e lavando a honra da Seleção sempre tão cobrada e criticada.


As meninas chegaram a depender da combinação de pontos além do próprio esforço para manter-se vivas na competição e passar para as semifinais, e foi no último jogo contra as norte-americanas, que elas conseguiram mostrar toda sua garra, derrotando as adversárias por 3 sets a 1, tendo começado atrás do placar. A comemoração veio em tom de desabafo, e a alegria pelo título foi tão grande que incomodou as norte-americanas, que alegaram que a festa das meninas “tinha sido meio exagerada”.
Na praia, a dupla feminina Juliana e Larissa venceu a forte dupla chinesa Chen Xue e Zhang Xi pela disputa de terceiro lugar, com parciais de 11/21, 21/19 e 15/12.


A suada medalha de Bronze das meninas, no entanto, não foi a única conquistada na areia, e apesar da eliminação da outra dupla feminina Talita e Maria Elisa, e da dupla masculina Ricardo e Pedro, Alison e Emanuel ficaram com a Prata, ao serem derrotados na final pela dupla Brink e Reckermann da Alemanha, parciais de 23/21, 16/21 e 16/14.

O resultado negativo mais sentido, no entanto, foi o da equipe de Bernardinho, derrotada em quadra para a surpreendente Seleção da Rússia.
O jogo parecia finalizado no terceiro set. O time brasileiro vencia a partida por 2 sets a 0 e teve pelo menos dois match points para finalizar o jogo e colocar a medalha de Ouro no peito.
Todo mundo já estava comemorando.
A Seleção russa, graças ao gigante Muserskiy (de 2,18m) e a mudança de estratégia de seu técnico a partir do terceiro set mudou a história do jogo, conseguindo uma virada histórica em cima da Seleção Brasileira que parecia certa da vitória até aquele momento. A despedida dessa geração de ouro do vôlei masculino, já anunciando a saída de Giba, Rodrigão e Serginho e o destino incerto do técnico Bernardinho criou um tom melancólico em torno da Seleção. 


Apesar do abatimento causado pela derrota, nada apaga tudo que esse grupo já conquistou. Novos nomes surgirão obrigatoriamente a partir de agora, mas os títulos dessa geração ficarão para sempre na memória do público e na sala de troféus do time, garantindo que no Vôlei, o Brasil teve momentos genuínos de glória.
Valeu, Bernardinho. Valeu Giba, Rodrigão e Serginho. Vocês fazem parte da história do esporte olímpico brasileiro!
E o futebol, hein?

Pois é.
O time de Mano Menezes foi o único da delegação brasileira que chegou a Londres com a OBRIGAÇÃO de conquistar medalha e isso graças ao prestígio que o esporte possui no país, além das regalias que seus atletas possuem se comparados aos pobres coitados da ginástica e atletismo, por exemplo.
Com estrelas jogando em times europeus como Alexandre Pato do Milan, Hulk do Porto (e em negociação para jogar na Inglaterra) e Lucas do São Paulo, mas de malas prontas para ir para o Paris Saint-Germain em 2013, o time brasileiro entrou na competição como um dos favoritos à medalha de Ouro, e apesar de seu futebol cheio de firulas inúteis, pouca objetividade e uma defesa frágil (a começar pelo goleiro), a seleção conseguiu bons resultados, passando de forma fácil pelos adversários, até a final com o México.

Melhor preparado e com um ataque matador que fez um gol logo aos 30 segundos de jogo, o México levou vantagem em praticamente todos os fundamentos sobre o Brasil, chegando a abrir 2X0 no segundo tempo e com chances de ampliar o placar.
Neymar?

Se ele estava no jogo ninguém viu.
“Conquistando” a Prata mostrando um futebol bem aquém da merecedora trajetória de cinco Copas do Mundo, mais uma porção de títulos internacionais, o time de futebol masculino segue sem ganhar a almejada medalha de Ouro, mas os salários milionários de seus “craques” e toda a grana com publicidade continuam sendo depositados em suas contas, bem como a babação de ovo da torcida brasileira sobre eles, que permanece inalterada. Resultado que é bom, nada.

Chega a ser injusto toda crítica e cobrança que os atletas olímpicos sofrem em época de Olimpíadas, uma vez que nem mesmo o incentivo da torcida acostumada a venerar apenas o futebol, eles têm (o que dizer de apoio do Governo!), mas todas as críticas e cobranças são válidas para o time do Senhor Mano Menezes, uma vez que infraestrutura para treinar e serem os melhores do mundo eles têm, o que falta mesmo é comprometimento e mais humildade.
Rio de Janeiro 2016 promete ser a prova de fogo para o Brasil no quesito competência. Quem sabe se o COB (Comitê Olímpico Brasileiro), percebendo a visibilidade que o país terá daqui a quatro anos, na tentativa de evitar um vexame internacional, não resolva fazer com que os atletas sejam tratados de forma digna, sendo treinados para vencer e não só para competir?


Ser uma nova China, uma grande potência com atletas de alto nível em praticamente todas as modalidades e que ganham mais de 80 medalhas por Olimpíada não é a meta, e sim ser um país cujos atletas são, ao menos, bem preparados e prontos para competir de igual para igual com qualquer adversário. Nós que acompanhamos esportes e que acima de tudo somos torcedores, temos sim gana de ver nossa bandeira tremulando no ponto mais alto do pódio, e quem é que não quer?
Embora esse seja nosso desejo, sabemos que não é fácil chegar ao topo, e que para isso é necessário muito treino, suor e as vezes até sangue.
Fica a torcida para que o Brasil aprenda com seus erros e que as próximas Olimpíadas, em nossa casa, sejam as melhores para nosso país em todos os sentidos. O Cristo Redentor estará lá em cima, de braços abertos acompanhando tudo.
NAMASTE!

5 de julho de 2012

Um bando de loucos em festa



Eu preferia começar esse post com uma piadinha infame ou com a risadinha do Nelson, como costumeiramente faço, mas, como disseram alguns amigos corintianos, o dia 4 de Julho foi reescrito (alguém lembra da Independência Norte-Americana?) no Estádio do Pacaembu, e o Corinthians sagrou-se nessa data campeão pela primeira vez da Taça Libertadores, calando adversários e silenciando para sempre qualquer tipo de piada sobre a falta do maior título das Américas.
A vitória em campo foi incontestável, apesar das dúvidas e desconfianças que sempre rolam quando vemos a mídia exaltando exaustivamente uma equipe de futebol (A Globo era praticamente o "Canal Corinthians" durante as últimas semanas!), mas o time do técnico Tite mostrou a força da raça, e superou o Boca Juniors até mesmo naquilo que eles mais utilizam como arma: A provocação.
O time argentino começou bem o jogo, administrando os primeiros vinte minutos da partida de forma a deixar tensa a torcida corintiana. A partir de então, no entanto, os erros de passes dos Hermanos começaram a ditar o andamento da peleja, e o Corinthians começou a reagir, embora até o fim do primeiro tempo nenhuma das duas equipes tenha levado real perigo a meta adversária. Pra quem estava de fora, apenas assistindo a partida de forma neutra, foi um dos 50 minutos (por causa dos acréscimos) mais entediantes do campeonato. 


As piadinhas no Twitter e no Facebook tiveram seu último suspiro durante o intervalo. 

Se ainda restava alguma esperança no time argentino por parte de sua torcida (e do resto do Brasil!!), ela se esvaiu no segundo tempo, e os erros de passe do Boca sacramentaram o resultado do jogo, quando então a equipe paulista fez o primeiro gol com Emerson, jogador recusado por equipes cariocas e que acabou brilhando no último jogo do campeonato, marcando duas vezes (o primeiro aos 8 min e o segundo aos 27 min). O que faltou em futebol na partida, sobrou em catimba e em faltas. Como era de se esperar, os argentinos vieram para o Pacaembu na tentativa de desestabilizar psicologicamente o time de Tite (já que talento com a bola estava em falta), porém o feitiço virou contra o feiticeiro, e o Corinthians soube usar bastante de catimba para irritar os jogadores Hermanos. O que dizer das provocações do jogador Emerson para cima de seu marcador argentino e vice-versa?
Ah, tudo bem, o Cleber Machado aprovou, então está tudo certo. 


Está mais do que claro que não há nada que movimente mais as opiniões e exalte mais os ânimos no Brasil do que futebol, e foi impressionante a comemoração prévia da torcida corintiana ao longo do dia 4 de Julho. Em vinte e tantos anos de vida, só tinha visto uma movimentação de torcida assim tão grande em época de Copa do Mundo, e até mesmo a comemoração pela vitória se assemelhou a noite de Réveillon (fogos, provavelmente acumulados desde a Libertadores passada!! Hehehehe! Desculpem, piada inevitável!).
Pra quem é de fora, a alcunha "um bando de loucos" cabe aos torcedores corinthianos como uma luva, afinal, poucas torcidas têm um amor tão grande e tão alucinado por seu time do coração como o Corinthians. Só quem torce para o time pode entender realmente a paixão (ou amor xiita) que controla cada um desses aficionados, e é difícil tentar explicar ou entender essa energia avassaladora que emana dessa torcida tão fiel. Não é a toa que seus maiores seguidores se denominam "Gaviões da Fiel", e também não é a toa que igualmente há tanta torcida contra o Corinthians. Ninguém é lá muito favorável a pessoas fanáticas como alguns desses torcedores acabam se tornando. 


Ok. Corinthians campeão. Comemoração garantida até Novembro, quando então o Timão enfrentará o Chelsea no tão sonhado Mundial (se passar pelos times intermediários), povo feliz, a lona do Circo bem hasteada, jogadores milionários (agora vendidos para o exterior) com a vitória, você cada vez mais na merda pra seguir seu time aonde quer que ele vá (porque afinal, ele é sua vida) e todo mundo sorrindo com os dentes que lhe restam. Salve o pão e circo!

Parabéns Corinthians! Bem vindo ao grupo seleto dos campeões da Libertadores da América. Valeu o esforço de toda a campanha de 2012 e em especial seu resultado final.

Ps.: A vitória do Corinthians na Libertadores é o primeiro indício claro de que o fim dos tempos irá mesmo acontecer em 2012!

NAMASTE!

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