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5 de outubro de 2011

Rock in Rio: Eu não fui, mas eu vi!

A 4ª versão do maior festival de música do Brasil começou desacreditado e ridicularizado, anunciando atrações um tanto quanto fora de contexto (pra grande maioria que ouve “rock” no nome) e que não demoraram a desanimar os já tão esquecidos fãs do verdadeiro rock arte, rock moleque, rock de várzea. Artistas como Katy Perry, Rihanna, Cláudia Leite (tira o pé do chããão) e Ivete Sangalo pareciam destoar e muito do clima rock n’ roll que todos esperavam, porém, vale lembrar que nas edições anteriores essa mesma mistura de gêneros já era comum, e não há como esquecer que caras como Moraes Moreira, Pepeu Gomes e Erasmo Carlos já subiram ao palco no mesmo dia que ícones da pauleira como AC/DC e o Ozzy Osbourne!

Sabe-se lá Deus que desejo insano é esse do organizador do espetáculo Roberto Medina tem em querer criar essa miscigenação musical em todas as versões do Rock in Rio, mas é certo que o público dessas atrações não é o mesmo, e o que costuma acontecer não é bem o clima paz e amor que, imagino eu, Medina deseja apregoar. Cláudia Leite e a banda emo/hardcore/heavy-metal Glória que o digam!

Apesar desses equívocos de “escalação” artística, que pelo menos desta vez foi bem solucionado separando os dias das atrações (imagina a merda que daria termos Metallica e Katy Perry na mesma noite!), o Rock in Rio, que voltou ao Rio de Janeiro depois de uma longa temporada longe de seu país de origem, teve bons momentos para o público rock n’ roll.



Não. Eu não fui a nenhum dos shows, caro padawan, se é o que está pensando. O meu Rock in Rio foi mais para Rock in home, o que não quer dizer necessariamente que eu não possa dar minha opinião de merda acerca do evento.

Obviamente descarto aqui comentários sobre os shows pops, em primeiro lugar porque não vi nenhum deles, e em segundo porque... Porque... Não vi nenhum deles! Isso basta.


Aliás, sobre Katy Perry não há nada a ser dito e sim mostrado:





Após uma primeira noite mais pop, apesar das apresentações dos veteranos dos Paralamas do Sucesso e Titãs, a galera começou a sentir um maior peso nas atrações internacionais no segundo dia com a presença de Snow Patrol (que convenhamos, né... Nhé!!) e do Stone Sour (banda paralela do vocal do Slipknot Corey Taylor), apesar dos nomes quase desconhecidos do grande público.


O show do Capital Inicial com certeza foi um dos mais surpreendentes e elogiados da noite. Dinho Ouro Preto, o vocalista da banda que vinha de uma longa recuperação após um acidente em 2009 em que caiu do palco durante um show, mostrou não só que estava totalmente recuperado, mas também que estava à todo vapor, empolgando pra valer os espectadores. O coro de mais de 100 mil pessoas entoando os versos de “Primeiros Erros” com as mãos pra cima com certeza já entrou para a história.



Coube aos californianos do Red Hot Chili Peppers a missão de encerrar a segunda noite do evento, botando pra quebrar com seus grandes hits e elevando a temperatura do público que em pelo menos 90% (e falo isso no olhômetro puro) estava ali principalmente para ver os caras. Com seu bigodinho estilo Capitão Fábio de Tropa de Elite, Anthony Kiedis liderou o Red Hot como de costume, afinado nos vocais, ensaiando uma dancinha durante uma música ou outra e dividindo as atenções do público com o baixista porra-louca Flea.


O show dos caras teve espaço para homenagens ao filho da atriz Cissa Guimarães, fã declarado da banda e falecido após um atropelamento, contou com algumas escorregadas do vocalista que errou o tempo ao entrar no refrão de uma música e apresentou ao público brasileiro o novo guitarrista após a saída de John Frusciante. O ex-guitarrista, por sua vez, faz falta não só nos solos, mas também no backing vocal, onde dava maior emoção às músicas “Under the Bridge” e “Californication”, por exemplo. Josh Klinghoffer, o substituto de Frusciante, não se arrisca nos vocais e não demonstrou grande personalidade na execução das canções. Apesar disso, a performance dos caras chegou ao seu ápice com a execução de “Give it Away”, hit de 1991 e que consta como música indispensável no setlist da banda desde então, e encerrou muito bem a primeira noite de rock.




Somente na terceira noite do evento é que o público pôde vestir suas camisetas pretas, balançar a cabeleira ensebada e ensaiar air guitar com os shows pela primeira vez. Fora do palco principal a galera do rock de verdade se acabou durante as apresentações do Matanza e do Sepultura, que conseguiram lotar o espaço menor reservado às atrações de, digamos, menor expressão. Sim, porque grande expressão é NXZero, né Roberto Medina!


A decepção do dia, no entanto, ficou por conta do vocalista do Angra Edu Falaschi que num dia pouco inspirado, acabou destoando e muito ao dividir os vocais com a diva Tarja Turunen, ex-cantora do Nightwish. Nunca fui lá um grande fã de Falaschi, que recebeu a ingrata missão de substituir o fodástico André Matos na banda de metal brasileira, e ao lado de Tarja ele provou que não está nem nunca esteve à altura de substituir o cantor de voz fina que dava a cara e a personalidade do Angra.

Se faltou empolgação nos shows dos desconhecidos do Coheed and Cambria (aquele do cabelo de samambaia) e do Glória , o mesmo não pode ser dito da trinca formada por Motörhead, Slipknot e Metallica, que juntos fizeram deste o melhor dia do Rock in Rio.



O lendário vocalista do Motörhead, Lemmy Kilmister de 66 anos provou que idade não é empecilho para fazer uma boa apresentação (viu, senhor Axl Rose??) e a banda pavimentou a estrada que seria usada e abusada na sequencia da noite por Slipknot e Metallica.

Slipknot, aliás, fez uma exibição assustadora e memorável no Palco Mundo do Rock in Rio. A banda de Iowa já havia estado presente na versão portuguesa do festival no Rock in Rio Lisboa de 2004, e como de costume levantou o público, que vibrou com as músicas eletrizantes dos caras.




Com um setlist recheado de porradas como “Spit it out”, “Psychosocial”, “Before I forget” e “Duality”, o show de horror comandado por Corey Taylor marcou positivamente o festival, dando um significado maior ao termo “rock” de seu título.

Em meu Rock in Home, varando a madrugada do dia 26 (e tendo que acordar às 6 horas pro trabalho! SIC!), curti feito um louco o show. Com os efeitos pirotécnicos, as máscaras de terror, o som pesado, e a perícia vocal de Taylor, dá pra dar nota 10 fácil para a apresentação do Slipknot.


O dia não podia ser fechado em melhor estilo e os caras do Metallica vieram com tudo como a banda mais esperada do fim de semana. Com um playlist muito variado e sem qualquer espaço para as já costumeiras baladas, James Hetfield e companhia mostraram porque ainda hoje são considerados o grande nome do cenário do rock, levando o público ao delírio com sons como “One”, “Seek and destroy” e “Master of Puppets”.
PUTA QUE O PARIU!

Foi o que eu expressei quando o arranjo de “Master of Puppets” começou a ser ensaiado, e não há como dizer que os caras envelheceram e que perderam o jeito de fazer boa música (Ok, St. Anger não vai desaparecer por causa dessa apresentação, mas a gente finge que esqueceu). Qualquer outra banda deveria se preocupar em tocar após a apresentação apoteótica do Slipknot (banda preferida de 11 entre 10 adolescentes ditos rebeldes e que não ouvem Restart ou funk), mas a longa carreira do Metallica e a competência de seus integrantes garantiram um espetáculo igualmente interessante. Pra ser sincero, o Slipknot ainda precisa comer muito feijão com arroz na estrada para chegar ao cume onde o Metallica descansa feliz.




O festival teve uma pausa de alguns dias (afinal é Rock in Rio e não Carnaval na Bahia, apesar das presenças de Ivete e Claudia Leite), e no fim de semana seguinte foi a vez de Janelle Monaé (quem??) Jamiroquai, a tresloucada Kesha e do lendário Stevie Wonder se apresentarem. Ivete trouxe um pouco do axé para a pegada maluca do Rock in Rio e Lenny Kravitz e Jota Quest ensaiaram algo parecido com rock antes do sábado chegar.


No sábado, o rock nacional mostrou ao que veio, e o Frejat com seus hits de carreira solo e dos tempos do Barão Vermelho (bons tempos, aliás) mais o Skank, azeitaram a salada para a apresentação do Maroon Five e do Coldplay, que fez a melhor e mais bem produzida apresentação do dia. Segundo uma pesquisa do Portal Terra com os leitores que assistiram ao show, a banda fez a melhor apresentação do festival.
Eu assisti boa parte da exibição competente de Chris Martin e seus companheiros, e realmente fiquei impressionado com a energia que o cara passa no palco, além da disposição para correr por todo o palco e de cantar enquanto toca piano. Minhas músicas preferidas dos caras “Clock” e “Yellow” fizeram parte do setlist, mas foi com “Viva la vita” que os caras levaram a plateia ao êxtase. Decididamente foi uma bela apresentação dos ingleses.





No último dia do festival, mais nomes brasileiros encararam o Palco Mundo e foi a vez do Detonautas e da baiana Pitty tocarem para o povo amontoado, que mais uma vez lotou as paragens da Cidade do Rock. Tico Santa Cruz sempre foi um vocalista de mediano pra fraco, mas é sua atitude “marrenta” que mais conta em suas exibições. Nada além disso.

Pitty, por sua vez, esbanjou charme com as pernocas de fora e as tatuagens (muitas tatuagens) visíveis, e mostrou poder vocal, além de fazer a plateia cantar com ela os versos de suas já conhecidas músicas. Eu particularmente gosto muito do som dessa baiana porreta, sua banda está entre as minhas preferidas do cenário nacional, mas há de se convir que em alguns momentos o som de sua voz foi abafado pelo metal das guitarras e da bateria. Nada que tenha estragado o show, no entanto.

Comprovando que as mulheres também podem comandar boas bandas de rock, em seguida subiu ao palco a belíssima Amy Lee e seu Evanescence, que tocou seus já conhecidíssimos hits intercalados com as músicas novas do álbum que leva o mesmo nome da banda. Ainda um tanto quanto rechonchuda, a moça demonstrou muita simpatia com o público, que devolveu o carinho cantando com vontade as músicas que marcaram a banda ao longo de quase dez anos de estrada. Não dá pra negar, no entanto, que Amy Lee alterna bons momentos de potência vocal com desafinadas homéricas, que a gente só costuma relevar porque a moça, afinal, é uma graça, e também porque o som que a banda faz é bom.



O System of a Down chegou ao palco mundo quase de madrugada, mas eletrizou a cidade do rock com um som tradicionalmente pesado que arrebatou os fãs que estavam ali pra ver os caras. Vestido como quem vai à missa de domingo, Serj, o vocalista do SOAD, provou que não é preciso fazer malabarismos, pular ou correr no palco para agitar a plateia. Apenas com sua voz poderosa ele levou a galera para o bate-cabeça e assim o fez durante quase toda a apresentação em que ele foi muito bem ancorado pelo maluco Daron Malakian (guitarra), Shavo Odadjian (baixo) e de John Dolmayan (bateria).

Houve uma época em que eu, assim como todo adolescente, estava numa fase meio hardcore, por isso as músicas nervosas do SOAD me serviram muito bem para descontar essa raiva interna sem propósito. O álbum Toxicity consta na minha lista como um dos melhores de todos os tempos, e não dá pra dizer que não vibrei madrugada adentro ouvindo “Shop Suey”, “Aerials” e a própria “Toxicity” durante o show da banda no Rock in Rio.







OK, OK. O System of a Down só serviu para esquentar o caldeirão e deixar a galera em polvorosa para o final apoteótico que o Gun N’ Roses iria conceder ao Rock in Rio, certo?

ERRADO!!

Foi mais de uma hora de espera para que o gorducho Axl Rose com seu bigode de Leôncio pusesse as patas no palco encharcado do show, e devo admitir que me diverti mais com a enxurrada de piadas que isso gerou na galera ansiosa do Twitter que também aguardava pelo show, do que com a apresentação em si. A chuva impiedosa que caía no Rio de Janeiro servia como desculpa para o atraso da banda (uma das marcas registradas de Rose e sua trupe), mas não o justificava. A espera pelo aguardado retorno do Guns “Frankeinsten” N’ Roses acabou frustrando muita gente, e confirmou o que outro tanto de pessoas já sabia, mas que demorava para admitir: Axl Rose não tem mais pique para segurar um show ao vivo de mais de duas horas.

Welcome to the jungle - Rock in Rio 1991






Welcome to the jungle - Rock in Rio 2001




Welcome to the jungle - Rock in Rio 2011




Único “sobrevivente” da formação original da banda que reinou praticamente sozinha no começo dos anos 90, Axl, além de estar fora de forma (há muito tempo, diga-se de passagem) não possui mais a potencialidade vocálica que o transformara em um ícone da música na mesma década. Digam o que quiser, mas o Guns foi uma das bandas mais fodas de todos os tempos, e eu poderia citar aqui pelo menos uns 20 hits que estouram cabeças até hoje se executados. Com tanto sucesso e com pouca habilidade para lidar com o mesmo, Axl se afundou na própria arrogância, além de possibilitar um sem número de exageros físicos e psicológicos que resultaram no que sobrou dele atualmente.


Em meio a uma brincadeira ou outra sobre o peso do cara, no fundo eu estava é torcendo para que o cara voltasse com tudo nesse show, e que me fizesse lembrar dos bons tempos de outrora em que o lazarento corria pelo palco sem perder o fôlego enquanto desafiava os agudos da guitarra do Slash com a própria voz. Não chegou nem perto disso.
A esperança acabou quando de uma vez só ele gastou todo o fôlego (e as cordas vocais que lhe restaram) com “Welcome to the jungle”, a primeira música das antigas que ele cantou no show (antes disso houve “Chinese Democracy”, já da fase decadente), e depois disso foi ladeira abaixo. Houve uma tentativa de recuperação em “Sweet Child O’ mine”, um esboço de reação em “Mr. Browstone” e uma total decepção em “You Could be mine”. Depois dessa eu fui dormir, porque afinal meu sono era mais importante.
Não dá pra dizer que os acompanhantes de Axl são ruins. Os caras até que se esforçam para substituir os antigos parceiros do loiro de bandana, mas fica sempre aquele gosto amargo de “podia ser melhor”, “o cara não é o Slash”, “que falta faz o Steven Adler”. Como disseram alguns, o GNR hoje é uma banda cover do GNR da década de 90, só que com um vocalista muito menos talentoso. O que é uma pena.


Extravagâncias à parte, o Rock in Rio conseguiu aquilo que se propôs a oferecer: Entretenimento. Salvo a falta de cuidado com a organização, a falta de respeito com o público que enfrentou bravamente filas quilométricas para comer, beber ou ir ao banheiro e que aceitou com até certa diplomacia as atrações “nada a ver” do evento, quem foi aos shows deve ter hoje muita história para contar, afinal, um show de rock é sempre um show de rock, mesmo que quem esteja tocando no palco seja a Cláudia Leite!

Faltou o Chiclete com Banana e o Asa de Águia, né, poxa vida!

Quem sabe em 2013?


NAMASTE!

24 de junho de 2011

Top 10 - Maiores hits de Michael Jackson


Sou fã declarado de Michael Jackson desde sempre, e já escrevi sobre isso aqui, aqui e aqui. Escolher 10 hits entre toda a discografia desse artista fenomenal não é tarefa fácil, e devo admitir que mesmo agora, com essa dezena de música escolhida, eu ainda não me acho seguro que fui justo o suficiente.
Tentei apelar para o feeling, e escolhi dentre todas as que mais me tocam, sejam por sua letra ou por seu ritmo, recurso que as músicas de Michael tem de sobra.
Lembrando que não estou julgando aqui os melhores clipes e nem os hits mais importantes da carreira de Michael e sim, as músicas que na playlist são as minhas prediletas:
Eis os 10 maiores hits do melhor artista de todos os tempos:


Is It Scary faz parte de um dos álbuns menos conhecidos de Michael Jackson, o Blood on the dance floor, considerado por alguns, fruto da parte decadente de sua carreira. Lançado em 1997, o disco possuía apenas cinco hits inéditos e 8 regravações do álbum HIStory (em ritmo de balada), e a letra dessa música fala de coisas assustadoras.
Is It Scary conta com uma das mais brilhantes interpretações de Michael como cantor, além de possuir um arranjo emocionante e vibrante ao mesmo tempo. Embora a letra não tenha nada de motivador, ela é uma dessas músicas que só de ouvir você se sente mais determinado e com vontade de encarar os desafios de peito aberto.

Eu vou ser
Exatamente o que você deseja ver
É você quem está me provocando
Porque você está me querendo
Para ser o estranho na noite
Estou te divertindo?
Ou só te confundindo?
Eu sou o monstro que você visualizou



Ao longo de sua carreira Michael Jackson gravou e compôs várias baladinhas românticas carregando as letras de amor verdadeiro, e não só sobre amor entre homem e mulher, mas também para ratinhos (Ben), baleias (Will you be there tema de Free Willy), seus filhos (Little Susie) e a natureza (Earth Song).
You are not alone, é no entanto, seu hit romântico mais emblemático, aquele que remete logo ao amor entre um homem e uma mulher e a preferida da maioria dos casais apaixonados na playlist do Rei do Pop.
Longe de remar contra a maré, a música também é minha preferida no quesito "músicas fofas" e como não balançar o pescoço ao som daquelas batidas iniciais e com aquele refrão pra lá de emotivo?

Mais um dia se passou
E eu continuo sozinho
Como pode ser?
Você não está aqui comigo
Você nem se despediu,
Alguém me diga por quê
Você teve que partir
E deixar meu mundo tão frio?


Oh... Sussurre três palavras e eu virei correndo
Voando... E menina você sabe que vou estar lá
Eu estarei lá



Essa música me faz pensar na vida...


Apesar de ser a música que dá nome ao álbum, Dangerous não é um dos hits mais lembrados desse disco lançado em 1992, mas curiosamente ela se tornou com o tempo a minha preferida.
Pra quem não lembra, Dangerous, o álbum, tem entre outros hits Black or White e Remember the time, canções que apresentaram o disco com seus videoclipes cheios de efeitos visuais e de participações especiais. A música Dangerous não tem clipe, mas uma das mais célebres apresentações ao vivo de Michael é dançando e cantando essa música, como pode ser conferido no vídeo abaixo, durante a apresentação do MTV Music Awards de 95. Além da letra que fala de uma mulher perigosa (como toda mulher pode ser) do tipo que pode levar um homem à ruína, Dangerous ganhou uma coreografia única, assim como as aclamadas Thriller e Beat it, e entre outros inúmeros motivos o 8º lugar é merecido na lista das 10 mais!



Enquanto ela adentrava a sala
Eu podia sentir a aura de sua presença
Todas as cabeças se voltaram sentindo paixão e luxúria
A garota era persuasiva
Nessa garota eu não podia confiar
A garota era má
A garota era perigosa



Man in the Mirror faz parte do álbum Bad de 1988 e provavelmente abriu as portas para as demais canções carregadas de emoção que Michael viria a fazer em seguida, com corais femininos que lembram aqueles de música gospel e com letras que falam de mudanças e de fé. Depois dela e seguindo esse mesmo estilo de ritmo negro que pende para o gospel, Michael ainda gravaria Keep the faith em Dangerous, Earth Song em HIStory e a própria Is It Scary já citada aqui.
Diz-se que Man in the mirror era a música preferida do próprio Michael entre todas as demais, e ela fala que para se pensar em mudanças externas, primeiro deve haver uma mudança interna em todo ser humano. É uma letra carregada de mensagens fortes além de contar com uma das mais inspiradas interpretações do Rei do Pop nos vocais.


Eu estou começando com o homem no espelho,
Eu estou pedindo a ele para mudar os seus modos,
E nenhuma mensagem poderia ter sido mais clara:
Se você quer fazer do mundo um lugar melhor,
(Se você quer fazer do mundo um lugar melhor)
Olhe para si mesmo, e então faça uma mudança.
(Olhe para si mesmo, e então faça uma mudança)


Todos a essa altura do campeonato conhecem a história da infância sofrida que Michael Jackson teve e como muitos dos seus traumas e manias surgiram pela forma como ele era tratado pelo pai. O jovem Michael cresceu em um ambiente nada saudável e foi obrigado a presenciar cenas para lá de perversas protagonizadas pelo velho Joe Jackson.
Michael cresceu de forma pouco ortodoxa e algo que ele foi obrigado a reprimir foi sua própria sexualidade.
Como símbolo dessa libertação veio a agitada Don't Stop 'Til You Get Enough lançada em 1979 no disco Off the Wall, e o garoto tímido e recluso começou a mandar a seguinte frase no refrão:

Continue com força não pare,
Não Pare Até que esteja satisfeito
Continue com força não pare,
Não Pare Até que esteja satisfeito

Essa é com certeza uma das músicas mais sexuais de Michael, e nem é preciso ler nas entrelinhas que ele está descrevendo uma tórrida cena de sexo. É explícito!

Encantador é o sentimento agora,
Febre, temperaturas subindo agora,
Poder é a força, a promessa,
que as fazem acontecer
Elas não perguntam os porquês,
Assim fique junto ao meu corpo agora,
Somente ame-me até você não saber como.

Quando li a tradução dessa letra pela primeira vez demorei a acreditar que aqueles Ohh e ohhhh eram de excitação, mas hoje está mais do que claro as intenções da letra que é do próprio Michael. Off the Wall marcou além do começo da parceria de Michael com o produtor Quincy Jones, o fim definitivo do "pequeno Michael Jackson que cantava com os irmãos mais velhos", e talvez por isso uma música emblemática cheia de ritmo fosse necessária.
A célebre trilha de abertura do Video Show é até hoje uma das mais gostosas músicas dançantes de Michael, e é difícil ficar parado ouvindo.


Encantador é o sentimento agora,
Eu não vou reclamar,
A força é o poder do amor.

Ou isso ou o Michael estava falando da Força de Star Wars e eu aqui pensando besteira!
Heheheheh!


Beat it conta a história de um amigo que aconselha o outro a não dar uma de machão querendo encarar o valentão do bairro, e por isso o refrão é insistentemente cantado enquanto Eddie Van Halen arrepia nos solos de guitarra.
Isso mesmo! Beat it é a primeira música de Michael que liga seu som pop a fúria do metal e o casamento dessas duas vertentes gerou uma combinação que é uma das mais lembradas na discografia de Michael.
O clipe, na época, devia passar todo o clima de "valentia", mas hoje não dá pra assistir sem dar boas risadas dos protagonistas e da briguinha das duas gangues.
De bom, esse clipe rendeu aquela coreografia espetacular do "joga o braço direito pra cima, depois o esquerdo, puxa pro lado, vira de costas, cruza as pernas e vira de frente" que até hoje eu não consigo fazer, mas toda vez que ouço o Just beat it, beat it, beat it, beat it eu tento reproduzir em vão. Quem sabe um dia?



Smooth Criminal era parte integrante do filme Moonwalker, e um trecho do clipe se passava no decorrer do filme.
A música faz parte do álbum Bad, e é sem dúvida uma das tentativas de Michael superar Thriller que mais chegaram perto de seu objetivo.
A música é sensacional. Tem um ritmo contagiante, uma letra redonda (apesar de repetitiva) e tira de dentro de qualquer pé de chumbo o bailarino interior. Dentre as músicas dançantes do astro pop é com certeza uma das minhas preferidas, e consta obrigatoriamente na playlist do meu MP3.

Assim que ele entrou pela janela
Ouviu-se um som crescente
Ele entrou no apartamento dela
Ele deixou a mancha de sangue no tapete
Ela correu para debaixo da mesa
Ele podia ver que ela estava incapacitada
Então ela correu para dentro do quarto
Ela foi golpeada, era o seu fim.





A coreografia é impecável e as cenas de ação em meio ao clima mafioso do clipe iniciaram uma tendência do qual Michael experimentaria outras vezes no MTV Music Awards na apresentação de Dangerous e também no clipe do hit You Rock my World do álbum Invincible de 2001.
A "caidinha pra frente" era outro segredo guardado à sete chaves na época, e Michael repetia nos shows só pra deixar o público boquiaberto. O cara era um gênio.
Só me expliquem o que é aquela viagem de LSD que pára o clipe e em que todo mundo começa a gemer e miar?


Se em Beat it Michael fazia o papel do garoto certinho que apartava a briga do amigo valentão, em Bad, Michael é o próprio cara marrento e mostra ao público que ele não é mais o mesmo garotinho medroso e que agora ele é Bad. Who's bad...
OK, eu comecei a gostar de Michael Jackson e toda sua mitologia a partir dessa música. Como bem mencionei aqui, a primeira imagem que vi do artista era ele paramentado com a jaqueta de couro negra fazendo pose de "mau" na capa do álbum que leva o mesmo nome da música, e aquela introdução até hoje me causa a mesma sensação de quando a ouvi pela primeira vez.
É difícil explicar o que te faz gostar de uma música. Pode ser a harmonia entre som e voz, pode ser um detalhe de arranjo, pode ser a forma como a voz do vocalista soa aos ouvidos e no caso de Michael é tudo isso ao mesmo tempo.
Bad é a música que me fez ser apresentado ao personagem Michael Jackson e é com certeza uma das melhores de toda sua carreira.

Sua bunda é minha

Vou lhe dizer umas verdades
Trate de mostrar seu rosto
Em plena luz do dia
Eu estou lhe dizendo
Que o que eu sinto
Vai ferir sua mente
Não atire para matar.
Vamos lá
Vamos lá
Deixe comigo
Tá certo.




Como eram engraçados os caras marrentos da década de 80!! Hehehehe!
Who's Bad?


Tudo que eu falar da música Thriller vai soar clichê e previsível, porque é simplesmente a mesma coisa que qualquer entendido do assunto ou mero fã irá falar.
Thriller foi a divisora de águas não só do cenário pop mundial mas também de toda uma tendência que passou a ser ditada a partir dela. A música não é só emblemática para a carreira do próprio Michael, ela conseguiu ir muito além disso, se fundindo ao início de toda a mídia musical que se criou depois dela. Existe o antes de Thriller e o depois de Thriller. E eu nem estou falando do videoclipe!
A música conta uma história de terror no melhor clima hollywoodiano, e incorpora elementos aterrorizantes como uivos na noite, o abrir de caixões, o farfalhar da roupa de zumbis e o remover de terra. Sem ver o clipe, a música já seria uma viagem impressionante para dentro da mente criativa de Michael, ela tem ritmo, conta uma história interessante e tira literalmente os mortos das suas tumbas. Fala sério! Jogue a primeira pedra quem nunca arriscou fazer os passinhos da coreografia magistral criada por Michael para o clipe ou já não tentou imitar a risada macabra do Vincent Price ao fim do vídeo?
Thriller é uma obra prima em todos os sentidos, e é digna de aplausos de pé toda vez que é executada.

A escuridão cai sobre a terra

A meia noite está próxima
Criaturas rastejam em busca de sangue
Para aterrorizar a vizinhança
E todos que forem achados
Sem a alma no corpo
Deve ficar e enfrentar os cães do inferno
E apodrecer dentro de uma casca de cadáver


O que dizer mais desse clipe??
Fecha a conta e passa a régua. Michael Jackson era gênio!
Um dia ainda danço essa coreografia completa! Heheheheh!


A música Billie Jean era tocada sempre no ápice de todos os shows de Michael desde que ela fora lançada no célebre show de 25 anos da gravadora Motown (vide clipe mais abaixo), onde ele apresentou ao mundo o seu impressionante moonwalk pela primeira vez. Daquela apresentação até bem perto de sua morte, a música era cultuada pela legião de fãs que aguardava ansiosa a execução do passo que hoje em dia é reconhecido no mundo todo. "Meu Deus! O homem desliza para trás!"
Antes do mega sucesso de Thriller, Billie Jean que pertence ao mesmo álbum, abriu as portas do sucesso estrondoso na carreira de Michael e a história da atriz/bailarina Billie Jean ganhou o foco do mundo, tornando-se a música que com certeza é A mais emblemática na carreira do artista.
Billie Jean instrumental me acorda todos os dias de manhã pelo celular, eu uso a batida da música como toque e simulo a mão segurando o chapéu característico de Michael na cabeça sempre imaginando aquela pausa que ele fazia nos shows em que só ele e uma luz vinda do alto brilham durante a coreografia completa criada por ele. O moonwalk? Aprendi, claro, mas não chego nem aos pés do esplendor de quem o consagrou.
Billie Jean é na minha opinião a música símbolo de Michael Jackson e me vem à mente sempre o homem deslizando pelo palco fazendo parecer simples um dos passos de dança mais icônicos de todos os tempos.


Michael continua vivo na lembrança e a obra que ele criou é eterna, daí a importância de celebrá-la sempre. Já se fazem dois anos desde que ele partiu, mas ele continuará presente enquanto sua música tocar.

Michael, you are not alone!

NAMASTE!

2 de março de 2011

Mamonas Assassinas: 15 anos depois

 
Eu era criança quando eles surgiram nas rádios e na televisão e conquistaram o Brasil todo com aquele seu jeito despojado e desinibido de fazer música. Eles faziam o chamado "som risal" que cativava não só as crianças como também seus pais, seus avós e tios. Sem que ninguém soubesse, na época, era a alegria transmitida por esse quinteto de Guarulhos chamado Mamonas Assassinas que começava a dominar a mídia.
Muita gente, como é comum acontecer no caso de celebridades que vão embora no auge, virou "fã" dos caras após o acidente que ceifou a vida deles no fatídico 02 de Março de 1996, mas um ano antes, quando o sucesso deles já despontava, eu já integrava a fileira de fãs de verdade da banda, daqueles que já sentia que o quinteto tinha um diferencial e se destacava de tudo que existia até então (e olhe que naquela época ainda nem existiam os EMOS!).
Eu já ouvia as músicas dos caras numa velha fitinha cassete (daquelas de ouvir no rádio), decorava as letras de tanto que ouvia e cantava as minhas preferidas quase que o dia todo. A passagem deles foi tão marcante, que até hoje, 15 anos depois, ainda me pego cantando algum refrão das canções na hora do banho. Aquela era uma época muito boa. Os velhos amigos ainda estavam presentes em minha vida, havia toda aquela inocência de se pensar no futuro como algo misterioso e de certa forma havia muita esperança.
As letras dos Mamonas não eram profundas ou transmitiam mensagens de fé e esperança. Elas tinham o único intuito de entreter. Você ouvia e caía no riso. Era inevitável. 

 
Tinham trechos um tanto quanto obscenos nas músicas, elas citavam surubas, peito, "bazucas anais", cachorros que comem a própria mãe, pistolas de Robocop Gay e mais um monte de sacanagens, mas na época funcionava de forma tão natural que quase ninguém se importava com o politicamente incorreto. A minha mãe se divertia muito com eles, mesmo com todas aquelas besteiras que eles cantavam em suas letras, e não dava para ser diferente. Dinho e companhia eram muito irreverentes. Aquele tipo de turma do fundão da escola que só sabe sacanear todo mundo e que acima de tudo se diverte bastante com isso.
Hoje a meu ver, a música pop no geral vive uma fase meio decadente onde por necessidade de se ter ao que se apegar, tudo vira modinha e qualquer um vira ídolo instantâneo. Caras que fazem ao menos a gente dar risada, fazem falta atualmente, já que qualidade musical parece ser uma exigência um tanto quanto alta.

Fica aqui a minha homenagem a Dinho (vocal), Samuel (Baixo), Sérgio (Bateria), Júlio (Teclado e vocais) e Bento (guitarra) 15 anos depois que eles fizeram a passagem. Suas músicas continuam em minha memória e dificilmente sairão porque o que é bom sempre deve ser lembrado.


"Atenção Creuzebek. Vamos lá que vai começar a baixaria!"





NAMASTE!


Me siga no Twitter e no Blog, você não vai se arrepender!

25 de junho de 2010

Um ano sem Michael

Na época do falecimento de Michael apareceram na Internet várias charges engraçadas e homenagens ao ídolo. Abaixo as minhas preferidas:

Isso que é moral!

Mantenha o Moonwalk!

Até o Stormtrooper entrou na dança!


Aqui o pessoal que criou o Eternal Moonwalk. Esse é muito divertido!

http://www.eternalmoonwalk.com/

Nenhuma homenagem seria boa suficiente se eu não postasse, o que na minha opinião, foi uma das melhores apresentações de Michael, no MTV Music Awards de 1995. O cara arrebentou! Não canso de ver isso:



Sim, ele está vivo!

NAMASTE!

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