Não dá pra negar que nós nerds estamos vivendo provavelmente o melhor momento de nossas vidas dos últimos 20 anos. Vocês já pararam para pensar que nunca antes
Cara!
Eu vivi numa época em que as únicas coisas que se via sobre
super-heróis eram (além dos quadrinhos, claro!) os filmes do Batman (do Tim
Burton) e os do Superman (do Christopher Reeve) na TV. Não havia mais nada no mundo
do entretenimento, e nós tínhamos que nos conformar.
A realidade agora é outra, caro padawan, e estamos tão bem
servidos que já podemos nos dar ao luxo de listar o que queremos ver daqui pra
frente, e é essa a ideia desse mais novo TOP 10 DO BLOG DO RODMAN.
Foram quatro tentativas. Não uma. Não duas. QUATRO
tentativas, e ninguém conseguiu acertar com a família primordial da Marvel até
agora nos cinemas. A primeira tentativa foi lá nos anos 90, com o horrível
filme dirigido por Roger Corman que hoje em dia (embora a Marvel renegue) está inteirinho para degustação
no Youtube. Numa época em que Tim Burton já tinha produzido os dois
primeiros filmes da franquia que ressuscitou o Homem-Morcego para as telonas,
dando início a Batmania, a Marvel entregou a um diretor de filmes B os direitos
do Quarteto Fantástico e... Bem... O resultado foi esse troço!
Já nos anos 2000, após sua quase falência, a Marvel vendeu
os direitos da família fantástica para a Fox, e o primeiro filme com o selo das
duas empresas foi dirigido por Tim Story, que até hoje não tem nada melhor no
currículo.
O grande erro das duas produções de Tim Story foi a
caracterização dos personagens, que dentro de uma história pueril e
infantilóide ao extremo, nos deixou perguntando por anos porque Diabos eles não
investiram numa aventura de exploração, algo que sempre movimentou as histórias
dos personagens desde a época que Stan Lee e Jack Kirby produziam suas HQs. Um
Reed Richards (Ioan Gruffudd) que não era tão inteligente assim (e que sofria bullying até
mesmo DEPOIS de ganhar os poderes), uma Sue Storm (Jessica Alba) toda artificial, com cabelos
e olhos falsos e longe de ser a mulher forte e decidida que o John Byrne a
transformou nos quadrinhos, e finalmente um Doutor Destino (Julian McMahon) HORRÍVEL, que não
passava de um recalcado com pele metálica (?) e com poderes elétricos (?).
Sério! O Doutor Destino é o MAIOR VILÃO da Marvel, e foi
reduzido a um invejosinho com poderes totalmente diferentes ao dos quadrinhos e
com uma motivação fraca para querer destruir o super-grupo. E não pensem que
estou falando só dos filmes do Tim Story. Em 2015, Josh Trank cometeu o mesmo
erro na medonha adaptação que tentou nos fazer esquecer dos filmes anteriores.
Na moral? Até que o Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado nem é tão ruim
assim perto desse!
A Fox desistir dos direitos do Quarteto Fantástico e
devolvê-los para a Marvel seria a melhor saída. É praticamente impossível que o
estúdio ainda consiga tirar algo de bom que envolva os primeiros super-heróis
da Marvel com novos filmes, e pensando dessa forma, se a Fox fizesse um acordo
como o que a Sony fez com relação ao Homem Aranha, eu aposto um dente de trás
que a Marvel faria um filme FODA do Quarteto.
Olha o puta potencial que está
sendo desperdiçado: Doutor Destino (um tirano de um país europeu com alto
conhecimento mecânico, físico e místico que faz frente ao Doutor Estranho!),
Galactus (o Devorador de Mundos!), Os Skrulls (aqueles bichos feios e verdes
que mudam de forma e que ano sim ano não saem na mão com os Krees!), o Namor (o
raivoso Príncipe Submarino!) e claro, o Surfista Prateado, o personagem
preferido do Stan Lee. Como alguém consegue errar com todos esses personagens
em mãos? Como, Roger Corman? Como, Tim Story? Como, Josh Trank?
Com a Sabedoria de Salomão, a força de Hércules, a
resistência de Atlas, os poderes mágicos de Zeus, a coragem de Aquiles e a
velocidade de Mercúrio, o Shazam é com certeza o personagem mais injustiçado da
DC Comics, e também o mais subaproveitado de todos os tempos.
Jogado de lado por anos na editora que o adquiriu junto a
Fawcett Comics, o personagem criado em 1940 por C.C. Beck até chegou a ter
certa relevância na década de 90, quando se tornou um elemento importante na
premiada Graphic Novel O Reino do Amanhã (de Mark Waid e Alex Ross), ganhou uma
HQ mensal no Brasil depois da saga Zero Hora e chegou a aparecer em alguns
episódios da Liga da Justiça (a animação). Não dá pra dizer, no entanto, que ele é
relevante por conta disso. Tirando o seriado live-action dos anos 70, poucas
coisas foram criadas com o personagem, e hoje percebe-se claramente que somente
um bom filme com o velho Capitão Marvel o tiraria do esquecimento, colocando-o
sob os holofotes que ele sempre mereceu.
Puta potencial desperdiçado: Ele é tão forte quanto o
Superman, possui poderes místicos, possui toda uma mitologia própria com o
background do Mago Shazam e ainda tem um hall de coadjuvantes muito bacana formado pela família Marvel. Isso porque eu nem falei de seu grande arqui-inimigo,
o Adão Negro, que a DC chegou a anunciar que seria o ator Dwayne Johnson, mas
que foi a ÚNICA coisa que se tratou a respeito do filme do Shazam.
Vale lembrar, que em sua gênese, Billy Batson é o alter-ego do herói, e pensem nas diversas possibilidades que um adolescente que se transforma em um parrudão de quase dois metros daria para uma história! E nem estamos pedindo um filme sério, sombrio e “mais fincado com o pé na realidade” como a trilogia Nolan e os filmes do Visionário. Shazam dá base pra um baita filme engraçado, de Sessão da Tarde mesmo, mas que poderia levar pelo menos a porradaria a sério.
Ué, por que não? Bastava contratar um ator adolescente carismático e um ator brucutu convincente que o filme conseguiria fácil agradar a gregos e troianos, substituindo ainda a lacuna que Harry Potter deixou na Warner e que nenhum Percy Jackson conseguiu tampar até hoje.
Vale lembrar, que em sua gênese, Billy Batson é o alter-ego do herói, e pensem nas diversas possibilidades que um adolescente que se transforma em um parrudão de quase dois metros daria para uma história! E nem estamos pedindo um filme sério, sombrio e “mais fincado com o pé na realidade” como a trilogia Nolan e os filmes do Visionário. Shazam dá base pra um baita filme engraçado, de Sessão da Tarde mesmo, mas que poderia levar pelo menos a porradaria a sério.
Ué, por que não? Bastava contratar um ator adolescente carismático e um ator brucutu convincente que o filme conseguiria fácil agradar a gregos e troianos, substituindo ainda a lacuna que Harry Potter deixou na Warner e que nenhum Percy Jackson conseguiu tampar até hoje.
Todas as vezes que eu assistia o Senhor dos Anéis e eu via o
ator Hugo Weaving naquele visual élfico do Elrond, eu pensava que ele daria um
Príncipe Namor foda. Eu ainda penso assim, mas claro que as chances disso
acontecer são menos do que 0, uma vez que o mesmo ator já viveu DOIS
personagens de quadrinhos na telona (o V e o Caveira Vermelha), ele já passou e
muito da casa dos cinquenta anos e que ele não teria mais o físico necessário para
usar aquela sunguinha verde do personagem.
Em sua origem, o Namor (que NÃO foi criado pelo Stan Lee e
sim pelo Bill Everett) tinha uma aparência oriental, o que arremetia ao claro
medo que os estadunidenses tinham dos “amarelos” em época de Segunda Guerra.
Com o passar dos anos, ele manteve a aparência meio que oriental, embora alguns
desenhistas acabem se esquecendo desse detalhe, e essa definição étnica nos
reduziria as opções de escolha de elenco para viver o Namor nos cinemas. Temos
dúzias de chineses, coreanos, japoneses e tailandeses em Hollywood, mas
precisaríamos de alguém que além de convencer com seus dotes artísticos e
cênicos, fosse um monstro no auge de sua forma física, o que quase nunca é
fácil de achar.
Quantos orientais do cinema que você conhece se enquadram
nessa categoria comentada acima?
Puta Potencial Desperdiçado: O Namor nunca foi um herói
simplesmente. Em sua origem ele invadiu o mundo da superfície para punir os
humanos pela poluição causada nos mares, o lar do híbrido (Atlante com Humano),
e em uma das suas primeiras aparições ele caiu na porrada com o primeiro Tocha
Humana (o androide Jim Hammond), história fantasticamente ilustrada por Alex
Ross em Marvels (que eu resenhei aqui). Ok. Não precisamos ir tão longe. O
personagem data da Segunda Guerra, mas é possível trazê-lo para os dias atuais
com a mesma força (já que continuamos entupindo os mares com os nossos
dejetos!) e ligá-lo ao Quarteto Fantástico faz todo sentido, já que seu retorno
oficial ao universo Marvel, já pelas mãos do Stan Lee, foi em uma aventura do
super-grupo.
Imaginem Atlântida sendo retratada na tela do cinema?
Imaginem uma invasão de soldados atlantes à Terra? Imaginem o Namor como
adversário direto do Quarteto (e depois se aliando a eles pra derrotar, sei lá,
o Attuma?), caindo na porrada com o Tocha Humana moderno, medindo forças com o
Coisa, dando em cima da Sue, coisa que nos quadrinhos acontecia quase sempre?
Porra, Fox! Devolve logo os direitos do Quarteto para a
Marvel. De lambuja ainda poderíamos contar com o príncipe orelhudo fazendo uma
ponta em Vingadores para cumprimentar seu amigão Capitão América, com quem ele
lutou junto na Guerra Civil.
Quando o Ricardito saiu da série Arrow, muito se especulou
que o ator que o interpretava (Colton Haynes) iria entrar para um possível
elenco de uma possível série dos Novos Titãs no canal TNT.
O ator Steven R. McQueen (o Jeremy de The Vampire Diaries)
chegou a ser cotado para viver o Asa Noturna em uma possível aparição na série
Arrow ainda no fim de sua primeira temporada. Empolgadaço, o ator chegou a
postar fotos de seu preparo físico para viver o ex-parceirinho do Bátema, mas
seja para uma participação em Arrow ou para uma série própria, nunca mais se
tocou no assunto, e esses dois boatos foram tudo que tivemos com relação aos
personagens criados por Marv Wolfman nos quadrinhos para as telas.
Puta potencial desperdiçado: Os Titãs surgiram numa época
que o apelo adolescente estava em alta nas HQs. Os X-Men estavam bombando na
Marvel, e tirando as participações dos sidekicks nas revistas dos heróis
principais, a DC ainda não possuía um grupo de personagens que falasse a
linguagem da molecada da época.
Assim como o filme do Shazam, os Titãs também podiam pegar
essa vibe teen de filmes adolescentes, e explorar pra valer as personalidades de
Mutano (o comediante), Estelar (a alienígena gostosa curiosa com o
comportamento dos terráqueos), Ravena (a gótica mal humorada com poderes
místicos) e o Asa Noturna, líder certinho, habilidoso e capaz de usufruir de
vez em quando da tecnologia Wayne. Claro que podíamos adicionar o próprio
Ricardito (parceiro mirim do Arqueiro Verde), alguma versão do Kid-Flash (o
Bart Allen ou o próprio Wally West, sei lá!), a Terra (a parceirinha traíra) e até
mesmo o Jericó (o filho mudo do Slade Wilson), mas realmente não sei o que
podia ser feito quanto ao Cyborg, agora que ele já vai ganhar um filme solo e
que ele anda mais bandeado para os lados da Liga da Justiça.
Seja como for, um baita quebra-pau com o Exterminador, que
sempre foi um vilão clássico da equipe nos quadrinhos, a Colméia (que já deu as
caras em Arrow), o Gnu ou até mesmo o pai da Ravena Trigon daria um baita
background para um roteiro de cinema. Isso somado as personalidades
adolescentes de nossos heróis, poderia render um grande blockbuster sem essa
cara sombria e séria que a DC tenta nos enfiar goela abaixo. Já pensaram?
Com os direitos do Quarteto Fantástico de volta nas mãos da
Marvel, uma gama inacreditável de personagens também voltaria para casa no
pacote, incluindo aí o Surfista Prateado, cuja primeira aparição nas HQs se deu
justamente numa história do Quarteto.
Em seu primeiro encontro com a família fantástica (história
recentemente republicada pela Panini) o Surfista Prateado já mostrou que era um
dos seres mais poderosos do universo. Capaz de converter qualquer tipo de matéria
em energia, de singrar o espaço através de asteroides e ainda emitir poderosos
feixes de força, o cara caiu na porrada com o Coisa só pra mostrar que podia e
ainda trocou disparos energéticos com o Galactus quando viu que a humanidade,
afinal, valia o esforço (não, não valia, Surfista!).
Tudo bem que ele tomou uma chave de braço do Pantera Negra (!) e que caiu no conto do vigário do Doutor Destino, perdendo seus poderes, mas em compensação ele não se acovardou em sair no braço contra o Thor e o Hulk.
Tudo bem que ele tomou uma chave de braço do Pantera Negra (!) e que caiu no conto do vigário do Doutor Destino, perdendo seus poderes, mas em compensação ele não se acovardou em sair no braço contra o Thor e o Hulk.
Puta potencial desperdiçado: Ele foi com certeza a melhor
coisa em Quarteto Fantástico 2, e interpretado fisicamente (em captura de
movimentos) pelo ator Doug Jones e dublado por Laurence Fishburne não dá pra dizer
que ele foi um personagem ruim. Aliás, pelo contrário. Os efeitos especiais
usados para dar vida a seus poderes foram bem convincentes, e sua batalha aérea
com o Tocha Humana (Chris Evans) é uma das melhores coisas do filme inteiro.
De volta a Marvel, é claro que gostaríamos de ver o
personagem mais ligado a sua origem cósmica, e ele podia ser muito bem aproveitado
no universo dos Guardiões da Galáxia e no vindouro combate da Guerra Infinita,
que irá se espalhar entre os filmes 3 e 4 dos Vingadores. Devido a grandiosidade
de seus poderes, o Surfista enfrentaria fácil o Titã Louco Thanos e essa briga
ia ser linda de se ver no cinema.
Ou vocês acham mesmo que algum outro vingador além do Thor ou do Hulk duraria mais do que dois rounds com o Thanos portando as joias do infinito?
Ou vocês acham mesmo que algum outro vingador além do Thor ou do Hulk duraria mais do que dois rounds com o Thanos portando as joias do infinito?
Eu confesso que não li muita coisa dele ao longo da minha
pútrida e nefasta vida de leitor de quadrinhos, mas admito que o Lobo é um
personagem que merece uma adaptação para o cinema proibida para menores de 18
há muito tempo!
Antes mesmo do Deadpool explodir nos quadrinhos, o Lobo já
era o símbolo máximo da escrotidão pelo lado da DC, e poucas histórias se
mantinham sérias ou minimamente morais quando ele dava as caras nela. Seja
enchendo o Superman de porrada (e sim, ele era capaz disso!), infernizando a
vida do Batman ou escrotizando a Liga da Justiça América (a Liga Cômica), o
Maioral deixava sempre a sua marca registrada, e isso era muito bom de se ver.
Em suas histórias solo, os roteiristas perdiam a mão de vez,
e enfiavam (literalmente) o pé na jaca, fazendo o Lobo cometer as maiores
atrocidades (como matar o Papai Noel, por exemplo) num clima hiper-violento e
sem freios.
Puta potencial desperdiçado: O Deadpool não é lá um dos
personagens mais profundos dos quadrinhos (aliás, profundidade ali passou
longe!) e num filme solo, o mercenário tagarela faturou mais de US$ 745 Milhões
colocando na tela exatamente o que o público do Lobo já está acostumado: Humor
negro, piadas com cu e rola, violência e mais violência.
Imaginem esse mesmo clima de sujeira, colocando um
personagem brucutu (claro! Não me venham com essa versão Emo do Lobo dos Novos
52, pelamor!), boca suja, motoqueiro espacial, beberrão e que gosta de arranjar
encrenca pelos botecos da galáxia, isso tudo ao som de muito Rock N’ Roll!
Porra! Não tem como isso dar errado! Contratem logo um roteirista foda e
comecem a filmar essa merda!
O filme do Homem Formiga incrementou o universo Marvel com
aquele clima mais galhofeiro que muita gente acha que é a base de TODOS os seus
filmes (embora eu discorde disso com relação ao Capitão América 2, por
exemplo), mas é nítido que o filme sofreu vários remendos para que o roteiro encaixasse
o personagem ao mesmo mundo em que o Homem de Ferro, o Capitão América e o Thor
já habitavam.
A Mulher Hulk nos anos 90 passou pelas mãos do genial John
Byrne, e embora na mesma época ela integrasse os Vingadores de vez em quando,
em suas histórias solo ela pirava completamente, quebrando por muitas vezes a
quarta parede, aquela que faz com que os personagens nos enxerguem como
espectadores.
Ainnn, mas o Deadpool já faz isso!
Sim, e provavelmente muito disso se deve as histórias
malucas que o Byrne escrevia lá muito antigamente, e essa é a ideia para um filme da verdona. Algo sem regras definidas e que não precisasse estar muito ligado ao universo Marvel como o filme do Homem Formiga precisou estar.
Claro que primeiramente precisaríamos de uma atriz muito bem
qualificada para interpretar a Mulher Hulk, e que além de forte fisicamente e alta,
fosse também gata e engraçada (tipo a Katherine Heigl... Aliás, imaginem a Katherine
Heigl malhada e alta!!). O filme, obviamente, não precisava ser levado a sério,
e nem deveria. Podia até estar inserido no universo Marvel regular (até porque
teriam que liga-la ao Bruce Banner de alguma forma), mas suas histórias podiam
funcionar paralelamente ao ataque Chitauri, Guerra Civil ou as Joias do
Infinito. O lance aqui é pirar!
Puta Potencial desperdiçado: Poucas vezes vimos a She-Hulk
ser retratada seriamente nas HQs. Tirando alguns arcos isolados como A Queda,
onde ela parte o Visão ao meio e depois cai numa crise de consciência, e na
Guerra Civil quando, exercendo seu papel de advogada, ela decide ficar do lado
pró-registro, Jennifer Walters, a prima de Bruce Banner sempre foi muito ligada
ao seu lado fanfarrão. Seja com o Quarteto Fantástico ou nos Vingadores, ela
sempre era a piadista, e seus diálogos com os vilões chegavam a ser hilários.
Para poupar nos efeitos especiais, podiam inventar que
depois de sua primeira transformação, Jennifer não conseguisse mais reverter a
sua forma humana, e que ficaria para sempre como um mulherão verde. Depois
disso, qualquer roteirista mais pirado conseguiria bolar uma história que
envolvesse o lado advogado da personagem com o de super-heroína, e isso sem
muita dificuldade poderia culminar num quebra pau mega fodástico no centro de
Nova York contra algum vilão que ainda não tenha dado as caras no cinema, tipo
o Homem-Absorvente (que já apareceu em Agents of SHIELD) ou mesmo a Titânia,
vilã criada durante as Guerras Secretas pelo Doutor Destino.
Sem muito esforço, mas com um orçamento razoável, a Marvel teria mais um filme engraçaralho em sua conta, fugindo desse clima mais dark que ameaça tomar o universo deles após Capitão América 3.
Besouro Azul. Gladiador Dourado. Fogo. Gelo. Guy Gardner.
Capitão Átomo. Sr. Milagre.
Esse é com certeza O MELHOR time que a Liga da Justiça já
teve em seus cinquenta e tantos anos de existência. No quesito humor, claro!
As histórias escritas pela dupla Keith Giffen e J.M.
DeMatteis eram de fazer mijar de rir nos anos 90, e quando a Crise nas
Infinitas Terra definiu que só existia um planeta Terra, o definitivo, essa foi
a equipe escolhida para defender essa Terra dos males dessa e de outras galáxias que podiam nos afetar. Isso mesmo! Nada de Superman, Mulher maravilha, Flash ou
Aquaman. Eram esses caras que comandavam a porra toda (no início eles contavam
com o Batman e com o Capitão Marvel), e os roteiros eram recheados de sacadas
inteligentes e bem humoradas sobre o próprio universo de super-heróis.
Puta Potencial Desperdiçado: Aquele telefilme da Liga da
Justiça que passava no SBT, que todo mundo viu na infância e na adolescência, tinha
mais ou menos essa formação aí (com exceção do Flash gordo, do Ajax barrigudo e
do Lanterna Verde que era uma mistura de Hal Jordan com o visual do Guy Gardner).
Claro que além de ruim e mal produzido, o filme não tinha o humor das HQs, e
estamos falando exatamente disso aqui.
Em 2017 já vamos ter um filme da Liga da Justiça boladona
com os seis personagens essenciais saindo na porrada com Darkseid, um spin-off
com a Liga cômica daria o contrapeso ideal para apresentar os demais
personagens da DC ao grande público (ou você vai me convencer que alguém além
de meia dúzia de nerds sabe me dizer quem é Gelo, Fogo ou Sr. Milagre?) e ainda
produzir um filme mais leve e divertido, sem a necessidade de ser sério ou
seguir qualquer cronologia. E eles podiam dar uma zoada nos heróis clássicos,
fazer piada sobre o próprio universo DC no cinema e sacanear o filme do
Lanterna Verde (I know, Right!). Teríamos o Guy Gardner no filme, gente! O cara mais porra-louca
dos quadrinhos junto a dupla mais engraçaralha de todas formada pelo Besouro Azul
e o Gladiador Dourado. Mesmo que Fogo, Gelo, Capitão Átomo, Sr. Milagre ou
qualquer outro bucha que integrasse o time fossem somente coadjuvantes desses
três, eu acho que valeria o ingresso.
Já pensou o ator Sean Willian Scott no papel do Gardner?
Teríamos o verdadeiro Stifodão em cena pela primeira vez!
No primeiro filme tivemos Loki, que apesar de servir de
intermediário entre o cosmos e a Terra para a invasão chitauri, ele foi a
principal ameaça contra os Vingadores. No segundo filme tivemos o Ultron, o
robô engraçadinho que mexia os lábios e que tinha a personalidade babaca do
Tony Stark, em vez de ser o robô boladão que fazia os Vingadores suarem para
vencê-lo nas HQs. No terceiro e no quarto filmes, teremos uma suruba
desenfreada que vai colocar os Vingadores, os Guardiões da Galáxia, os Defensores
(será??), os Inumanos (ô louco, bicho!) e se Odin quiser o Quarteto Fantástico
contra o Thanos, o Titã Louco. Onde encaixaríamos Kang, o Conquistador então?
Kang, o Conquistador possui uma origem rica e ao mesmo tempo
confusa que envolve o passado de nosso universo (nas HQs o 616) e o futuro. Sua
primeira aparição se deu em uma história do Quarteto Fantástico (1963), onde
ele deu as caras como o faraó Rama-Tut, uma de suas personificações. Como Kang,
ele apareceu em 1964, numa história dos Vingadores, o que daria uma bela briga
judicial sobre qual dos dois estúdios, afinal, tem direito sobre o personagem,
se a Fox por ele ter surgido numa história do Quarteto ou se a Marvel, por
ele ter virado um inimigo clássico dos Vingadores.
Kang é um viajante do tempo que gosta de interferir nas
diversas realidades paralelas e conquistá-las. Seu grande problema com os
Vingadores é que os heróis sempre o impediram de conquistar o universo 616, e
fosse qual fosse o futuro vislumbrado por ele, os Heróis mais poderosos da
Terra sempre o derrotavam, causando-lhe um sentimento de puro ódio.
Puta potencial desperdiçado: Cá entre nós, os Vingadores possuem uma galeria de vilões muito mais foda que a Liga da Justiça, mas nenhum desses super-vilões foi bem aproveitado no cinema, até agora. Minha sugestão aqui é utilizar Kang após toda essa reviravolta causada pelas joias do infinito e pelo Thanos, e que ele fosse o vilão principal na Fase 4 da Marvel nos cinemas, já com toda essa pendenga de contratos de Robert Downey Jr., Chris Evans e Samuel L. Jackson definidas. Fossem quem fossem os Novos Vingadores (já pensou o Capitão Falcão, a Thor Jane Foster e o Homem Aranha na equipe??), Kang bateria de frente com os heróis, e sua história poderia, óbvio, ser pautada em viagens temporais. E se o Kang mudasse o futuro ao impedir que os Vingadores originais se formassem? E se a invasão chitauri tivesse destruído a Terra? E se Tony Stark jamais tivesse se tornado o Homem de Ferro, o Capitão América jamais tivesse sido encontrado no gelo e o Thor nunca tivesse vindo exilado para a Terra?
Filmes de viagem no tempo sempre são bons (até Bill e Ted
era legal!), e com Kang como antagonista, poderíamos ter o primeiro vilão
REALMENTE foda para fazer frente aos Vingadores no cinema. O ator por trás da
máscara metálica azul poderia ser qualquer um que não fosse vaidoso o
suficiente para ter o rosto oculto durante duas horas de filme (Downey Jr.,
Cof! Cof!), podendo ser um ator jovem ou mais experiente, mas seria bacana que
ele tivesse uma voz imponente. Notaram como o Apocalypse do Oscar Isaac
(X-Men – Apocalypse) perdeu metade da graça com a voz de um cara normal nos trailers? Cadê aquela voz eletrônica de quem parece que está falando com um ovo
dentro da boca que ele tinha no desenho animado? Porra, Fox!
Essa posição é coisa de fanboy sem qualquer sombra de
dúvida. A mais remota chance disso acontecer no cinema, como já aconteceu
algumas vezes nos quadrinhos, é menos do que 0, mas já que Batman versus
Superman foi uma das maiores decepções que tivemos em matéria de expectativa
dos últimos anos (os mesmos 20 anos que citei no início do post!), e isso mesmo tendo colocado Cavaleiro das Trevas, Morte em Família, Crise nas Infinitas Terras,
Injustice e A Morte do Superman no mesmo caldeirão, somente uma guerra entre
Marvel e DC poderia quebrar as bancas de apostas e virar o mundo nerd do avesso
para sempre.
Puta Potencial Desperdiçado: Esqueçamos que a DC só está
engatinhando em seu universo cinematográfico, mesmo possuindo o panteão de
heróis mais conhecidos DA VIA LÁCTEA sob seu poder. Esqueçamos também que a DC
deseja ardentemente superar a Marvel tanto em bilheteria quanto em sucesso de
público e crítica com seus filmes, e que para isso ela aposte todas suas fichas
nas aptidões visuais e na falta completa de freio de seu Visionário diretor
Zack Snyder.
Imaginemos que a Marvel, já há quase dez anos no mercado
cinematográfico (Homem de Ferro 1 é de 2008!!) se dê ao luxo de liberar seus
personagens clássicos para o mais espetacular e inimaginável crossover da
história do cinema moderno (sério! De fazer os Irmãos Lumiére quererem
ressuscitar para ver!!), e que isso coloque os Vingadores frente a frente com a
Liga da Justiça!
Eu estou chorando só em escrever isso! Imaginem eu viver para
ver um trem doido desses, sô!
Esqueçam nível de poder, esqueçam quem ganharia de quem ou
quem perderia de quem. Apenas imaginem o anúncio “dos mesmos criadores de
Vingadores, dos mesmos criadores de Batman V. Superman... TCHARAAAMMM!
Vingadores V. Liga da Justiça. Quinta-Feira nos cinemas”!
Porra!
Isso ia tornar a Internet um caldeirão durante uns dez anos
sem sombra de dúvidas.
Nunca antes vimos algo assim acontecer. Quando ocorreu nos
quadrinhos, primeiro nos anos 80 com os crossovers entre Titãs e X-Men, depois
Batman V. Hulk e Homem Aranha V. Superman, o impacto não pôde ser mensurado porque só meia dúzia de nerds (que nem eram chamados assim na época, eram só
estranhos mesmo!) puderam ler isso, e nem sequer tinha Internet para comentar.
Nos anos 90, com o Crossover Marvel X DC, o impacto foi bem parecido. Quem era
fã, teve orgasmos vendo o Superman socar o Hulk, o Homem Aranha acabar com o
Superboy ou o Batman vencer o Capitão América, mas o mundo ainda não era nerd.
Ninguém ligava para essas merdas.
Hoje em dia, muita gente fora do público mainstream que
curte HQs também vai ao cinema para ver filme de super-heróis, mesmo sem saber
exatamente a diferença entre chitauris e Skrulls ou mesmo que o Thor não é do
mesmo universo que o Shazam, por exemplo. A galera consome super-heróis, e o
impacto de um filme que colocasse frente a frente Os Vingadores com a Liga
seria uma avalanche para o mundo transmidiático, e esses caras iam faturar
muita grana. Sem brincadeira, Avatar cairia facilmente de seu trono de filme mais rentável
da história perto de um evento como esse, pena que pensando
corporativamente algo desse escalão SEJA IMPOSSÍVEL de acontecer. Nem a Marvel quer dividir
grana com a Warner e nem a Warner quer queimar seus personagens os colocando
pra brigar com os “heróis mais poderosos da Terra”. Superman quebraria fácil o
pescoço do Thor e o Batman ia fuzilar o Capitão América. Nem ia ter graça!
NAMASTE!