10 de fevereiro de 2013

J.J. Abrams, que a Força esteja com você!


Parece que a novela para escolher quem, afinal, vai assumir a direção do novo Star Wars (a ser lançado em 2015) finalmente terminou, e J.J. Abrams é o novo escolhido. A notícia explodiu feito uma bomba no mundo Nerd, e levantou uma questão muito importante: Se J.J. Abrams já é o responsável pela revitalização de Star Trek, como ele também será responsável pelo universo de Star Wars?

Depois que Star Wars – Episódio III – A Vingança do Sith chegou aos cinemas em 2005 e que George Lucas, a mente criativa por trás de tudo (ou quase tudo) relacionado aos preceitos da Força, Jedis, Siths e afins, anunciou que aquele era o último filme da franquia, ninguém mais sequer mencionava qualquer possibilidade de haver novos capítulos na saga da família Skywalker, e parecia mesmo que Star Wars estava morto e sepultado nos cinemas.



Tudo mudou, no entanto, no final de 2012, quando a Disney anunciou a compra da Lucas Film (e todas as empresas a ela relacionadas como a ILM, por exemplo) e já de imediato confirmou um novo filme para a franquia Star Wars, o que deu novo fôlego ao universo até então monopolizado por George Lucas. Agora, Star Wars e todos os seus personagens estão nas mãos da Disney, e muito tem se especulado sobre o destino da franquia, desde que Leia se tornará uma Princesa Disney até que teremos novos filmes com os “fofos” ursinhos Ewoks na Lua de Endor.



Mas e aí?

O que podemos esperar de Star Wars agora que J.J. Abrams assumiu a batuta da direção?

Eu conheci o trabalho de Abrams na série LOST, e de lá pra cá, devido meu vício na história da ilha e de seus sobreviventes, acompanhei praticamente todas as iniciativas do diretor, seja no cinema ou na TV, esperando que ele pudesse me surpreender novamente. De fato, excetuando talvez Fringe que comecei a acompanhar, mas que não conseguiu me agradar, tudo aquilo que teve envolvimento de Abrams caiu no meu gosto, e mesmo sua estreia nos cinemas como diretor em Missão Impossível 3 (2006), que a meu ver, é o mais bem executado da franquia de ação protagonizada por Tom Cruise, foi bem melhor do que se esperava para um diretor “novato”.



Depois de MI:3, Abrams ainda produziu o melhor filme de handcam depois da Bruxa de Blair para os cinemas, e em 2008 O Monstro de Cloverfield surpreendeu a todos com um excelente trabalho de marketing viral em torno do tal “monstro” do título.

A estrela de Abrams continuou a brilhar, e em 2009 J.J. foi chamado para encabeçar uma missão ousada: Revitalizar o universo de Star Trek para os cinemas.

Star Trek, assim como Star Wars, possui gerações de fãs mais do que devotos, e muito disso foi construído ao longo das décadas, com a popularização da série clássica de TV dos anos 60. Mexer com um universo tão adorado e defendido por tantas pessoas era perigoso, mas J.J. assumiu o risco, e em 2009 lançou Star Trek, o filme que renovou o público do antigo seriado e que causou a ira de trekkers mais agressivos, por modificar elementos considerados cânones para a historiografia de ST.



Mas tudo bem, gente. O filme se passa em um universo paralelo. Sem ataques de pelancas, por favor!

Mesmo antes de saber que havia uma rixa entre Trekkers e os fãs de Star Wars, eu sempre tive preferência pelo mundo criado pelo Tio Lucas, até porque nunca havia assistido Star Trek na vida (não era da época do seriado da década de 60, e não ligava para a Nova Geração dos anos 90) e achava os sabres-de-luz muito mais bacanudos do que aqueles pijamas coloridos usados pelos tripulantes da Enterprise ou a orelhinha pontuda do Spock. O filme de 2009, no entanto, me acertou em cheio no quesito empolgação, e me deu certo interesse em querer saber mais da história daqueles personagens da qual eu sabia tão pouco. De repente eu era o público da revitalização de ST.



O segundo filme dessa nova empreitada (Star Trek – Into Darkness) está a caminho, e estreia em Maio, mas como ficará a agenda de J.J. Abrams, uma vez que está também em suas mãos um projeto para um 5º filme de Missão Impossível, uma terceira parte de ST e agora o 7º filme de Star Wars?

Quanto ao talento do diretor não há o que se temer. Desde muito cedo o cara trabalha com cinema, tem experiência com ficção científica (Fringe e Star Trek), sabe criar como ninguém mistérios, e ninguém discute sua capacidade em manter um público interessado por um produto seu por mais de 6 anos. Ou alguém desmereceu tudo o que LOST criou ao longo dos anos só por causa de seu final, que para muitos, deixou a desejar?



É certo que LOST não teve a marca de Abrams até o final, mas muito da magia que ele criou para a série do canal ABC foi respeitado por seus seguidores Carlton Cuse e Damon Lindelof.

E porra! LOST é até hoje a melhor série que já foi transmitida pela TV. Como fã, estou revendo pela 4ª vez a série, e me vejo surpreendido e extasiado por alguns episódios da mesma forma que da 1ª vez. Que outro programa consegue isso?

Depois de Star Trek, Abrams ainda teve a chance de trabalhar em um filme produzido por ninguém menos que Steven Spielberg, e Super 8 é quase uma obra autoral, que fala muito sobre a vida do próprio diretor, apesar do climão “Spielberguiano” que permeia toda a história do começo ao fim.



Assisti Super 8 recentemente, e me vi surpreendido pelo filme. Toda a narrativa, a história dos personagens e o mistério que envolve um gravíssimo acidente de trem, nos deixa ligados aos adolescentes do enredo, e não há como não perceber alguns elementos de Abrams no filme, mesmo que envoltos pelas características de Spielberg.



Com uma carreira onde os acertos são mais notórios do que os erros ou deslizes, J.J. Abrams se torna mais do que apto para apresentar Star Wars para uma nova geração de nerds, e cabe a nós torcermos para que ele consiga dividir bem seus trabalhos, não trazendo influências de Star Trek para Star Wars e vice-versa.

Se ele não conseguir, pela primeira vez em muitos anos, a “profecia” de Martin McFly em De Volta para o Futuro estará bem próxima de se realizar:


Darth Vader do planeta Vulcano!

Se J.J. Abrams conseguir ressuscitar Star Wars com qualidade, apagar a má impressão que deixou a última trilogia de George Lucas, e mais ainda imortalizar de vez a franquia Star Trek nos cinemas, o diretor tem tudo para se transformar em pouco tempo no deus Nerd, dando de braçada em Christopher Nolan e em Zack "O Visionário" Snyder


Vida longa e próspera, e que a Força esteja com J.J. Abrams! Ele vai precisar!

NAMASTE 

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