8 de abril de 2016

BATMAN V SUPERMAN – A ORIGEM DA INJUSTIÇA

Esse post contém SPOILERS!!!


Provavelmente eu não vou conseguir ser tão imparcial com relação à Zack “O Visionário” Snyder (o diretor de BvS) em meu texto, mas prometo ser justo aos méritos que o filme obviamente tem em suas mais de duas horas e meia.

Longe de já querer começar a resenha colocando toda a culpa dos problemas da produção (que são muitos!) nas costas do "Visionário", é bom lembrar que o roteiro do filme foi escrito numa parceria entre David S. Goyer (de Batman Begins) e de Chris Terrio, o parça de Ben Affleck em Argo, trabalho que lhe rendeu o Oscar como Melhor Diretor. Analisando BvS, dá pra perceber as nuances em que Terrio tentou colocar mais profundidade na trama política da história ao mesmo tempo que vemos personagens irreais se socando na tela, enquanto todo o lado fantástico parece mesmo ter ficado a cargo de Goyer, que costuma ser usado nos filmes de heróis da Warner/DC como o consultor de quadrinhos... Coisa que ele não faz lá muito bem!


Um filme com Batman versus Superman era o sonho de 11 entre 10 moleques que cresceram lendo quadrinhos, e ao mesmo tempo que o embate entre os dois MAIORES personagens dos gibis representava a realização dos sonhos dos fãs, significava a solidificação do universo DC nos cinemas, que havia começado de modo meio que conturbado com o polêmico Man of Steel (2012). Batman V Superman era de início Homem de Aço 2, depois se tornou Superman e Batman e finalmente se tornou Batman V Superman numa decisão puramente comercial, visto que o bom e velho Escoteirão Azul já não parecia mais garantir bilheteria e sucesso comercial sozinho.

“Bota o Batman aí nesse meio! Batman é sucesso garantido!”

E alguém pode duvidar?


Há anos e anos o Homem Morcego encabeça as listas de HQs mais vendidas da DC, e como se não bastasse, seu sucesso comercial é praticamente garantido em todas as mídias em que ele é inserido, que o diga os games da Rocksteady iniciados com Batman: Arkham Asylum e os ainda “frescos” filmes da trilogia de Christopher Nolan. Colocá-lo frente a frente com o Superman logo no SEGUNDO filme do universo DC parecia ser uma estratégia lógica, embora essa faca tivesse dois gumes.


Superman não atrairia público sozinho para os cinemas com uma parte dois de Man of Steel, um confronto com o Batman manteria o interesse desse público com os personagens e para a Warner/DC, esse filme significaria uma porta de entrada para os demais personagens e a futura formação da Liga da Justiça no cinema, algo importante para que o estúdio ENFIM acordasse e entrasse na briga direta pela fatia do bolo que a Marvel e a Fox comiam sozinhas no mundo do entretenimento.  Não tinha como dar errado!


Pra começo de conversa é importante salientar que eu não tenho qualquer implicância gratuita com Zack Snyder, como parece que a crítica estrangeira tem. Eu gosto de Madrugada dos Mortos, de 300 e acho que Man of Steel tem sequências excelentes, porém, os exageros e maneirismos que o diretor insiste em imprimir em seus filmes fazem com que eles se tornem menos do que tentam se vender. Trocando em miúdos, Snyder NÃO É esse diretor fodão que a Warner acha que ele é, e isso faz com que as expectativas sobre suas obras sejam sempre maiores do que ele pode corresponder. Ele tem pontos fortes em sua direção? Com certeza!


Suas sequências de ação são, em geral, muito bem filmadas, sem falar que visualmente Batman V Superman é um grande filme. Snyder consegue fazer cenas impactantes e memoráveis com o auxílio do CGI, e mesmo com a direção de atores ele é capaz de nos manter interessados pelas cenas de ação, pelo menos enquanto não decide despirocar e encher a tela de efeitos especiais desnecessários.

Mas como diria o Jack Estripador... Vamos por partes!

ELENCO

Admito.

Eu, assim como muitos críticos de cinema de balcão de bar, queimei a língua quanto a escolha, no mínimo, inusitada de Zack Snyder para o elenco de BvS. Fiz um post inteiro criticando as escolhas de Ben Affleck, Gal Gadot e Jesse Eisenberg para os respectivos papeis de Batman/Bruce Wayne, Mulher Maravilha e Lex Luthor, mas em cena NENHUM deles fez feio, e todos eles souberam defender seus papeis com unhas e dentes, embora o roteiro merda lhes desse pouco do que conhecíamos dos VERDADEIROS personagens que fazem parte do cânone de cada um.

Ah, mas foda-se o cânone, não é mesmo? Estamos falando de cinema!


De longe, Affleck parecia o mais empenhado em seu personagem, seja para apagar de vez da memória o seu Demolidor (cujo desastre nem de longe foi culpa sua!) ou para fazer jus a um dos maiores heróis dos quadrinhos. Seu Bruce Wayne é diferente de todos que já vimos na telona, ele é um homem calejado pelas perdas, desconfiado ao extremo e que apela para a agressividade como resposta a tudo, embora ainda saiba ser o grande estrategista pelo qual é conhecido. Não há traços de humor em seu Bruce Wayne. Ele é sisudo, sério e transparece uma obsessão quase doentia pelo Homem de Aço após presenciar a destruição de Metrópolis causada pelo Superman em sua batalha contra Zod (retratada em Man of Steel). 


Para ele, o alienígena é uma ameaça em potencial, e ameaças precisam ser eliminadas, o que faz com que durante o filme quase todo ele busque meios de concretizar isso, indo contra a opinião de seu mordomo Alfred (Jeremy Irons), que não acredita que o kryptoniano seja uma criatura má. Com esse Batman “missão dada é missão cumprida, parceiro, e é faca na caveira”!


A Mulher Maravilha de Gal Gadot tem pouco tempo em cena, mas seja como Diana Prince, em sua identidade civil, ou como a guerreira amazona (sem o shortinho estrelado), a atriz manda bem em seu papel. Longe de ter “roubado a cena” como alguns exagerados alardearam por aí, a participação da heroína é bem contida durante o filme, e sua inserção é totalmente aleatória (sério que ela entra em cena para reaver uma foto????), assim como sua participação na grande batalha que encerra a produção. 


Sim, o fato de que ela fisicamente AINDA não lembra em nada a Mulher Maravilha que todos conhecem, e isso fica gritante durante a festa em que ela “passa a perna” na esperteza de Bruce Wayne, não chega a incomodar ao longo do filme. 


Ela paramentada com o traje de batalha da Mulher Maravilha ficou muito bem, e suas cenas de ação são elogiáveis, de uma forma que nunca tínhamos visto em live action. Na verdade, em certo ponto dá se a impressão que ela venceria SOZINHA o Cococalipse, visto sua destreza em luta, chegando a sorrir durante a batalha, zombando do poder de seu adversário. Ela representa fielmente o espírito guerreiro da Wonder Woman dos Novos 52, que eu cheguei a comentar aqui, quando destrinchei a animação War da Liga da Justiça.


Não há como dizer que Jesse Eisenberg esteve mal em seu papel de Lex Luthor, isso claro, se levarmos em consideração que seu personagem NÃO É o Lex Luthor. 

Sinceramente não entendo o que levou a alta cúpula da Warner/DC a escolher Eisenberg como Lex Luthor, mas o que piora a situação é que nem mesmo as características mais básicas do personagem foram mantidas (e não, não estou falando da careca!). Eisenberg interpreta um cara maquiavélico com altos níveis de mimo e que parece que foi criado pela Vó, mas que cuja motivação nos parece sempre oculta. Ele quer matar o Superman por que mesmo? Ele coloca o Batman contra o Azulão por que mesmo?


Pelos próprios diálogos do personagem com a Senadora Finch (Holly Hunter) fica bem claro que o VERDADEIRO Lex Luthor é seu pai, e que ele sim foi o responsável pela criação e perpetuação da LexCorp, enquanto o filho mimado só ficou responsável por gastar a grana do velho. Há uma grande mente diabólica por trás do personagem, ele é inteligente o suficiente para descobrir ANTES de Bruce Wayne a existência de OUTROS meta-humanos e de começar a catalogá-los, ele possui um intelecto acima da média para invadir e comandar a nave alienígena de Zod, inclusive para conseguir criar o Apocalypse a partir do DNA do próprio Zod... 


Até aí, essas atitudes condizem com Lex Luthor... Mas por que diabos optaram por fazê-lo com essa máscara de “zoeira”, pautado na galhofa, com ares de engraçadão? De onde tiraram que Lex Luthor possui humor? Se colocassem o Charada no lugar dele ou mesmo o Coringa, faria muito mais sentido. Três encarnações de Lex Luthor no cinema e é a terceira vez que optam por fazê-lo cruel... Porém engraçado. 


Vai entender!

Por incrível que pareça, e volto a repetir, Smallville era uma bosta de série, mas tinha o melhor Lex Luthor de todos!

Sorry!


As pequenas inserções do Alfred de Jeremy Irons deram a entender quem era o VERDADEIRO Batman ali naquela Batcaverna. Mais centrado, mais antenado e muito mais inteligente que Bruce Wayne, o Alfred rouba a cena quando aparece. Batmóvel, Batwing, a Batarmadura... 


Tudo foi construído graças ao talento inventivo do mordomo. Não se esqueçam disso. O Wayne só fornecia o dinheiro.

SUPERMAN

escrevi aqui algumas vezes o quanto acho o Superman injustiçado nesses novos tempos onde é a violência que impera e que bandido bom é bandido morto.  Nem vou entrar (novamente) nos méritos se acho essa afirmação certa ou errada para os demais personagens em quadrinhos, e vou me limitar a dizer que quando se trata de SUPERMAN ela é sim MUITO errada.  


Ainnn, Rodman! Mas o Superman é um bundão!

Ainnn, Rodman! Mas o Superman é um personagem merda!

Ainnn, Rodman! Mas o Superman é escroto! Legal é o Bátema. Porque o Bátema é o Bátema, tá ligado!


Não discordo que o Batman é um grande personagem e que todo moleque sonha em ser ele (até porque é mais fácil ficar milionário, construir uma armadura e sair dando porrada em bandido pobre do que cair na Terra vindo de Krypton!), mas em sua essência o Superman foi criado para ser a representação do Messias que vem para a Terra nos salvar dos males criados pelo próprio mundo. Criado por dois judeus (Siegel e Shuster) ainda sim o Superman foi pensado como um redentor, um ser quase divino que APESAR dos poderes de um deus, age como um humano, entendendo essa humanidade MUITO MELHOR do que os pobres mortais. É uma metáfora fenomenal que a mente pequena de Zack Snyder e os bazingueiros amantes do Bátema são incapazes de entender.


Ainnn, Rodman! Mas eu prefiro o Bátema! Vai tomar no seu cu!

Entendo sua adoração, cuequinha verde, mas o que me grila é como alguém consegue ser incapaz de representar o Superman desta forma sendo que essa é a essência primordial do personagem construída ao longo do tempo, indiferente se ela é fora de moda ou não. O Superman de Henry Cavill, e isso entendo que não é culpa do ator, NÃO INSPIRA ninguém. Mesmo no segundo filme ele ainda não sabe qual é seu papel no mundo, e continua causando uma série de equívocos sem nem ao menos se redimir dos erros do primeiro filme. Esse filho da puta dizimou Metrópolis tentando parar Zod e sua trupe, matou milhares de pessoas no processo e em nenhuma cena ele parece se arrepender disso. Pelo contrário!


 Na primeira cena em que aparece em BvS ele ESMIGALHA um terrorista que ameaça matar sua amada Lois Lane (Amy Adams) contra uma parede... E sem remorso! Que porra de super-herói que quer nos inspirar é esse? É lógico que vamos dar crédito para o Batman que resolve tudo na porrada, ou para o Justiceiro, ou para o Wolverine ou o Lobo ou qualquer anti-herói sanguinário. O Superman deveria ser a antítese disso tudo. A luz na escuridão.


O Superman de Zack Snyder é um cara amargurado que parece perder a cabeça por qualquer coisa, e que está 100% de seu tempo confuso, sem saber o que fazer com o poder que detém. O “S” em seu peito não representa “Esperança” em nenhum momento. Se eu morasse em Metrópolis, eu me borraria todas as vezes que visse esse filho da puta voando sobre a minha cabeça: “Ainn, caralho! É agora que vou morrer!”. As cenas em que ele é visto como o Salvador ao redor do mundo, salvando a menina no México, e depois pairando no céu como um anjo não condiz com o que vemos quando ele está em ação. 


E fora isso, ele nem é um herói muito competente. Ele foi incapaz de ouvir a bomba no Capitólio (isso porque tem SUPERAUDIÇÃO!) e não fazia ideia de como agir para encontrar sua mãe Martha (Diane Lane) tendo que pedir ajuda para o cara que, até então, ele considerava um maníaco por marcar os bandidos de Gotham City como bois indo para o abate.


Não importa que você prefere o Batman “porque ele é mais legal”, uma coisa deve-se admitir: O Superman é a antítese do Homem Morcego. Um é a Luz. O Outro representa as trevas. E sempre foi assim. Colocar os dois para representar a mesma coisa não combina. Esse Superman não é um herói. Ele não inspira aquele sentimento de proteção e devoção que você espera, como o Super-Homem do Christopher Reeve fazia tão bem (e estou falando de um filme de mais de 30 ANOS!), e decididamente quando ele é trucidado pelo Apocalypse ao final do filme, não é digno nem da nossa comoção. Soa mais algo como “já vai tarde”. E foi o que os produtores devem ter pensado, já que nunca souberam desenvolver o maior herói da Terra. Já vai tarde, porque nós não sabemos o que fazer com o personagem que representa a bondade que ainda existe no ser humano.


Vamo fazê o Bátema dá tiro. Porque o Bátema é mais legal!”.

Descanse em paz Superman.

ERROS E ACERTOS

O principal erro dos produtores de Batman V Superman foi querer fazer deste filme uma porta de entrada apressada para o filme da Liga. Se pensarmos bem, a luta entre os dois sozinha já dava conteúdo suficiente para um excelente roteiro de filme. Daria a base necessária para aí sim, depois desse filme, os demais personagens pudessem ser construídos. Se tirássemos Mulher Maravilha e as aparições relâmpago do Aquaman (Jason Momoa), do “The” Flash (Ezra Miller) e do Cyborg (Ray Fisher) e focássemos no conflito ideológico entre Batman e Superman, dando ênfase em suas visões de justiça (Batman mais sisudo e porradeiro e Superman mais contido, consciente da grandiosidade de seu poder), acrescentando aí o medo da população em geral pelo que o Superman causara em Metrópolis, culminando no embate dos dois, BvS seria um filme excelente. Tanto Goyer quanto Chris Terrio teriam ótimos argumentos para incrementar o roteiro. É certeza, no entanto, que algum executivo engravatado que não entende porra nenhuma de quadrinhos deve ter metido o bedelho e apressado as coisas.


“Anda com essa porra! A Marvel já tá faturando milhões juntando os heróis. Enfia logo aí aquele cara que fala com os peixes, aquele que corre e aquele negão robô aí no meio. Vamos fazer bilhões!”

Sejam sinceros. Estamos falando de mercado. Nós fãs podemos entender pouco de mercado, mas qualquer um de nós faria um planejamento melhor do que esse da Warner para com os heróis da DC, e isso sem precisar imitar a Marvel!


Vi o filme duas vezes no cinema, e em cada uma das vezes tive a impressão de que o filme é uma grande colcha de retalhos que será explicada mais tarde.

“Relaxa. Nos extras do blue-ray eles explicam isso.”

“No filme da Mulher Maravilha a gente vai entender melhor.”

“No filme da Liga eles vão amarrar as pontas”.

Tá. Mas e quanto ao filme que eu estou assistindo agora?

Os “quadrinheiros” não podem reclamar da quantidade de referências que são distribuídas ao longo da história, e por alguns momentos eu tive que me perguntar se o público civil estava sacando tudo que estava acontecendo. As cenas de sonho, que aparecem em demasia no filme são confusas, e servem mais para atrapalhar o desenrolar da trama do que para acrescentar alguma coisa.


Parademônios? O sinal do Ômega em referência ao Darkseid?

Superman sanguinário pela morte da Lois (ou da Martha) lembrando o arco Injustice?


Flash (El Cabrón de bigodinho) aparecendo pedindo ajuda para o Batman lembrando Crise nas Infinitas Terras?

Ding, Ding, Ding?

Qual é mesmo a importância disso tudo para a trama, exceto o fan-service?

Batman V Superman seria outro sem essa ligação obrigatória com um vindouro filme da Liga da Justiça, mas comercialmente seria inviável começarem um filme com a maior equipe de super-heróis da Terra (chupa Vingadores!) sem estabelecer as coisas agora. Pelo menos não com a mentalidade de formiga dos executivos da Warner.

Agora chega de falar mal.


Vamos enfatizar o que há de melhor em BvS, filme com a batalha entre super-heróis mais épica de todos os tempos.


Sim. A pancadaria entre o Homem Morcego de Gotham e o super-assassino Homem de Aço de Krypton entra para os anais dos filmes de super-herói como a maior batalha de todas. Embora ela comece de forma ridícula, graças às maquinações de Lex Luthor que sequestra a mãe de Clark Kent e lhe dá o ultimato de matar o Batman para que ela viva, o desenrolar dela é sensacional.

Com o preparo digno de Batman, Wayne prepara todo o cenário para liquidar o Superman, que atraído feito uma mariposa pela luz, cai feito um pato. A estratégia do canhão sônico para desorientar o kryptoniano seguido pelas rajadas de metralhadora são só o aquecimento, e quando o Azulão parte para a porrada, é a armadura (feita pelo Alfred) quem segura a bronca.


É engraçado que o Superman admite que se quisesse poderia ter partido o Batman ao meio no primeiro contato... Como se ele não tivesse se esforçado para isso JOGANDO ELE CONTRA UM PRÉDIO. Imagine se ele quisesse matar o Batman então!


Quando o Batman começa a usar as armas criadas com base na pedra alienígena encontrada pelo Lex Luthor no Mar do Pacífico e que causa estragos em kryptonianos, a vantagem do Homem de Aço vai para vala, e é aí que começa o show do Batman, com direito a várias frases de impacto do tipo “tira essa camisa azul que você é moleque!”. Se esse Superman do cinema fosse o dos quadrinhos, eu diria que eu teria sentido um nó na garganta pela TREMENDA SURRA QUE ESSE FILHO DA PUTA LEVA DO BATMAN. O filho de Krypton apanha feito gente grande, e intoxicado até o talo de kryptonita ele é feito de boneco de pano pelo Morcego.


Pra não dizer que não vibrei em nenhum momento do filme, eu curti quando o efeito da kryptonita passa e o Batman começa a socar o Superman parecendo que está batendo em uma parede de aço. Essa parte é linda!

O desfecho da cena é o Batman atirando outra bala de kryptonita (porque ele é um CUZÃO!) no Superman e impiedosamente ameaçar matá-lo com uma lança cuja ponta é feita de (adivinha!) kryptonita. Salvo na última hora por Lois Lane que o faz entender que a mãe de Clark está em perigo (típico de quadrinhos em que só depois de meia hora de porrada é que os heróis prestam a atenção no que estão fazendo), o Batman decide ajudar o Superman e salvar sua mãe, na mudança de atitude mais rápida do mundo. “Salve Martha”.


Ok. Admito. Mais de 25 anos acompanhando quadrinhos e nunca me liguei que as mães dos dois tinham o mesmo nome! Ótima sacada, Sr. Snyder! (Se é que a ideia foi dele!).

A sequência em que o Batman, já sem a armadura de combate feita para arrebentar o Super invade o esconderijo dos capangas de Luthor para salvar Martha Kent é putaqueparisticamente FANTÁSTICA. Deixando de lado o fato de que, sim, o Batman MATA a maioria dos bandidos, plasticamente a cena é muito bem coreografada. Em todas as encarnações do Batman nos cinemas (e falando desde 1989) nós nunca vimos um Batman exímio lutador em combate. Tivemos uma sombra disso em Batman Forever com Val Kilmer (ou seu dublê) ensaiando alguns saltos acrobáticos, Michael Keaton dando cabeçadas nos calcanhares de seus adversários e aquela merda de cena tremida filmada por Christopher Nolan em Begins e Dark Knight em que nem víamos o que o Batman estava fazendo. 


Desta vez, em ritmo de videogame o Batman invade o local e começa a botar pra foder com os capangas, dando golpes mortíferos, daqueles que tiram de ação os adversários sem pestanejar. Em ação, o Batman de Ben Affleck é com segurança o melhor de todos, e não me admira que não exista qualquer menção a sua antiga galeria de vilões no filme. Ele deve ter matado todos na porrada e no tiro! Heheheh!

O FUTURO

Embora tenha sido uma incursão, a meu ver, desnecessária, criou-se uma certa curiosidade em se ver como a Warner irá tratar o Aquaman, o Flash e o Cyborg na telona, agora que eles são uma realidade (e que seus logotipos tenham sido desenvolvidos pelo Lex Luthor). Aliás, não me espantaria em ver o próprio Lex Luthor como o cabeça da equipe, substituindo o papel que já foi de Maxwell Lord nos quadrinhos, e que ele seja também o responsável e financiador do grupo. Já pensaram?


A trama deixa bem claro que Lex teme o “perigo que vem do céu”, e os arquivos roubados por Bruce Wayne mostram que ele já vinha estudando uma forma de se defender desse perigo. Se Luthor for o criador da Liga da Justiça vai ser bem coerente com o que foi dito até aqui. Até mesmo se o Batman formar o grupo, influenciado pelo Lex já vai ser aceitável, tendo em vista que, sei lá como, o Morcego neurótico já está tendo visões do que vem pela frente. Com a morte do Superman, uma das possíveis ameaças que vêm do céu já foi eliminada, basta que eles cuidem da que vem em seguida... Em outras palavras, abram alas para Darkseid.

Ps. É só pra mim ou me parece estranho que o Superman já morra em sua SEGUNDA BATALHA na Terra? Tipo, ele não enfrentou ninguém além do Batman, do Zod e da sua versão vitaminada. Carreira curta, não?


Ps. 2 – Desnecessário aquele poder supersayajin Super-Choque do Apocalypse, não acham? Aquilo tornou a cena confusa e exagerada. Parecia um episódio de Dragon Ball Z!

Ps. 3 – Amy Adams conseguiu ficar ainda mais linda de MoS pra cá ou foi impressão minha?

Ps. 4 - Teremos o Retorno do Superman no filme da Liga da Justiça, com direito a roupa preta, mullets e trabucão na mão?

NOTA: 7,5

NAMASTE!


2 comentários:

  1. Achei que os sonhos foram um pouco além do fan-service, apesar de realmente deixarem as coisas confusas. Quando rolou a cena do Flash do futuro, avisando Bruce que Lois era a chave, logo saquei que a Lois que pararia a luta dos dois. Então acho que por isso que Bátima deu ouvidos a ela naquela hora.

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