E aconteceu aquilo que eu temia: Atividade Paranormal se tornou uma franquia caça-níquel que não está a fim de contar uma boa história, e sim contabilizar muitos Dólares enquanto as pessoas tomam sustos cada vez mais previsíveis no cinema.
Uma
pena.
Fui
conferir o filme no segundo dia de exibição no Brasil e confesso que estava com
uma expectativa muito alta com relação à produção. Como comentei aqui antes, me
afeiçoei bastante à história da família que começa a ser pentelhada por espíritos
zombeteiros, e foi interessante acompanhar a saga dos personagens desde o
primeiro capítulo, aumentando a curiosidade a cada novo mistério que lançavam e
que não se resolviam no próprio filme, ao melhor estilo LOST. Aliás, como fã da
série de J.J Abrams e Damon Lindelof, eu já deveria estar acostumado a não ter
perguntas respondidas, mas pelo visto eu ainda não aprendi a lição!
A
história se passa 5 anos após os fatos mostrados em Atividade Paranormal 2
(2010), e dessa vez temos como foco a família da adolescente Alex (Kathryn
Newton) em Henderson no estado de Nevada, que começa a perceber atividades
estranhas depois que o filho de uma vizinha começa a frequentar sua casa.
Não é nenhuma novidade para ninguém que tenha visto o trailer com atenção e assistido os três filmes anteriores, que os vizinhos muito loucos da menina Alex são Kate e Hunter (aliás, atenção para uma reviravolta do roteiro com relação a isso!), e o que é interessante de se descobrir quanto a esse fato é o por que deles estarem ali e a razão pelo qual esses vizinhos começam a interagir com a família, que aparentemente não tem nada a ver com toda a história de terror envolvendo Kate e sua irmã Kristi.
Ninguém sabe o que houve com Kate depois que ela assassinou o marido, a irmã e o cunhado, e o que a "endemoniada" andou fazendo durante esses cinco anos que separam o filme 2 do 4 (lembrando que o 3 é uma espécie de prequel da série), exceto uma rápida passagem em que citam seu nome em Atividade Paranormal em Tóquio, produção que funciona como um spin-off do filme criado por Oren Peli. No quarto filme os espectadores mais atentos conseguem chegar a suas próprias conclusões sobre o destino da moça e o que ela realmente se tornou.
Não há nada muito novo nessa sequência com relação ao hand cam popularizado nos filmes anteriores, exceto talvez, que Alex e seu namorado Ben (Matt Shively) agora se utilizam de recursos mais modernos de comunicação como notebooks e web cam para gravar as atividades paranormais dentro de casa, além do fato de que as conversas do casal via Skype causam uma nova sensação de apreensão quanto ao que está do outro lado. Eu imaginei outras boas situações como Ben vendo tudo o que está acontecendo na casa de Alex do outro lado da tela sem nada poder fazer, mas em nenhum momento isso acontece. A obsessão de se gravar tudo o que está acontecendo (seja uma rápida ida ao banheiro ou até mesmo a morte do seu pai!) continua lá exatamente como no primeiro filme, o que não é nenhuma surpresa, visto que é exatamente esse elemento que torna o filme interessante.
Mas convenhamos.
Quem é que na hora do medo leva uma câmera na mão pra filmar?
Agora com mais grana em mãos (o orçamento do filme ficou na casa dos US$ 5 milhões), os diretores Henry Joost e Ariel Schulman puderam abusar um pouco mais dos efeitos especiais, o que quase não podíamos ver na humilde produção do primeiro filme que custou míseros US$ 15 Mil e que faturou absurdos 194 Milhões de Doletas. Dessa vez sentimos calafrios com pessoas que surgem do nada, meninas que levitam na cama ou de pequenos espectros que te acompanham enquanto você acorda na madrugada pra falar com seu “amigo imaginário”, mas nada disso atrapalha o andar da história. Não achei os efeitos forçados ou desnecessários, até mesmo porque os produtores souberam usá-los com moderação.
As atuações são medianas apenas, o que não é de se surpreender, uma vez que desde o primeiro filme a ideia era mesmo a de contratar atores desconhecidos e que soubessem agir naturalmente em cena, como se realmente estivéssemos vendo uma família comum. Ninguém atua em nível Cigano Igor a ponto de comprometer o filme (exceto talvez a mãe de Alex, a atriz Alexondra Lee que em sua despedida em cena deve ter recebido umas aulas de interpretação com a Marion Cottilard de Dark Knight Rises!), mas também não temos interpretações shakespearianas ao longo da película.
Ninguém se
destaca como aconteceu com a pequena Chloe Csengery em Atividade Paranormal 3,
que roubou a cena interpretando Kate na infância. A menina passa uma veracidade
em suas expressões de medo dignas de prêmio, e sem dúvida nenhuma afirmo que
ela foi a melhor atriz da franquia toda até agora. Senti falta de
interpretações mais realistas nesse novo filme, e para contrabalancear
colocaram em cena dois meninos que não são tão bons quanto Chloe Csengery
(Kate) e Jessica Tyler Brown (Kristi) do filme
anterior, para viverem Wyatt o irmão caçula de Alex e Robbie (Brady Allen), o
vizinho funesto da casa da frente, que o roteiro nos faz crer se tratar do
próprio Hunter, sequestrado pela tia maluca no segundo filme.
Uma nota triste da produção é que o ator Stephen Dunham, que vive o pai de Alex, faleceu com ataque cardíaco fulminante em Setembro deste ano, um mês antes do lançamento mundial do filme. Ele era casado também na vida real com Alexondra Lee e pelo visto, não houve nem tempo de colocarem uma dedicatória a ele no final do filme, como é costumeiro nessas situações.
Lamentável.
Uma nota triste da produção é que o ator Stephen Dunham, que vive o pai de Alex, faleceu com ataque cardíaco fulminante em Setembro deste ano, um mês antes do lançamento mundial do filme. Ele era casado também na vida real com Alexondra Lee e pelo visto, não houve nem tempo de colocarem uma dedicatória a ele no final do filme, como é costumeiro nessas situações.
Lamentável.
Como um filme de entretenimento cuja única razão de sua
existência seja mesmo distrair seu público durante uma hora e meia, Atividade
Paranormal 4 é bom. Apresenta sequencias assustadoras (de fazer a galera pular
no assento), tem aquela química adolescente entre os protagonistas (cheias de
insinuações como acontece no segundo filme), tem os efeitos especiais e conta
com uma boa direção de cenas. Como história ele peca e peca muito, não nos
mostrando praticamente nada acerca da linha narrativa que começou a ser
desenvolvida melhor a partir do terceiro longa.
O que a avó de Kate e Kristi ganhou com o pacto?
Quantos espíritos existem?
Quem é o Toby e o que ele realmente quer?
O que aconteceu com a cadela Abby do segundo filme?
Quem é o verdadeiro pai de Kate e Kristi, visto que somos
apresentados ao padrasto das meninas na parte 3?
Pelo que foi entregue, imaginei que teríamos uma linha investigativa nesse filme e que seríamos agraciados pela resolução de alguns mistérios, mas quando a cena escurece e sobem os créditos, temos mais dúvidas do que respostas, o que cria nova expectativa para um novo filme, o que nos faz entrar no jogo dos criadores:
“Excelente. Eles vão querer saber o que acontece e virão ver o 5º
filme!”.
Talvez o bacana seja mesmo ficarmos em dúvida e imaginarmos as
nossas próprias respostas (como aconteceu em LOST, por exemplo!), mas isso não
parece ser a função dessa franquia. Pelo visto, não saberemos tão cedo o que há
por trás de toda essa história de pactos e espíritos vingativos que vêm puxar
os pés das pessoas, iniciada em Atividade Paranormal 1, e bora esperar mais um
ano pra ver a continuação da trama. E depois mais um ano. E depois mais um. Mais
um. Mais um...
Só de sacanagem o próximo eu VOU BAIXAR e não me darei ao trabalho de ver no cinema.
Esse é o problema de ser acostumado a ver séries e
novelas. Você sempre é instigado a ver o próximo capítulo!
Atividade Paranormal 5 já foi anunciado para Outubro de 2013 (se o mundo chegar até lá, claro!) e Atividade Paranormal 4 fechou bem o primeiro fim de semana americano, tendo faturado US$ 30,2 Milhões, embora não tenha batido o recorde do filme anterior de US$ 52 na estreia. No Brasil, na sessão que assisti, a sala estava cheia, mas não sei se o filme empolgou a galera o suficiente para que a 5ª parte bombe em terras tapuias.
Eu recomendo Atividade Paranormal 4 para quem está a fim de levar uns sustos e abstrair do mundo por algumas horas. Leve sua namorada ao cinema e se divirta vendo-a pular da cadeira a todo instante. Essa é a melhor parte do filme!
Do contrário, espere chegar na Netflix ou compre o DVD nas Lojas Americanas por R$ 9,90!
Do contrário, espere chegar na Netflix ou compre o DVD nas Lojas Americanas por R$ 9,90!
NOTA: 6
NAMASTE!
PS.: Fiquei muito frustrado em não rever a Ali (Molly Ephraim, por
razões óbvias) do segundo filme. Achei que ela estaria na história, uma vez que
aparentemente seu personagem não morreu no filme.
Fala Rodman, beleza? Faz um tempinho que leio teu blog, mas acho que é a primeira vez que comento!
ResponderExcluirAssisti o Atividade 4 na madrugada de sexta para sábado em XD. Já havia assistido o primeiro e o em Tóquio, não se sei vi o segundo, e certamente não vi o terceiro.
Confesso que quando o filme acabou fiquei bastante decepcionado. Tudo bem, o filme provoca alguns sustos, por ser o óbvio de aparições repentinas na frente da tela. (Até quando a Alex e pula na cama aparecendo do nada na frente da tela, causa um puta susto).
Mas ficar mais de uma hora na frente da tela e não ver praticamente nada de enredo é frustrante.
Sem falar no final que eu coloco apenas abaixo do final de A Bruxa de Blair na categoria, "que p*%#a de final foi esse?".
Também vou esperar pelo cinco, no camelô...
Rodman, uma duvida, você esculta o podcast do toscochanchada?Surgiu essa duvida por causa da piadinha com o Cigano Igor, talvez seja só coincidência..
ResponderExcluirQuanto ao filme, eu achei o pior da série, e não vou nem esperar pelo cinco =D
Olá, Mabiones!
ExcluirTenho ouvido uma porção de Podcasts, cara, mas o Toscochanchada eu ainda não conheço.
O Cigano Igor é uma "referência" sempre quando alguém quer falar de má atuação... Eu uso sempre. Ou é ele ou o Brandon Routh... que dá no mesmo!!
EU ASSISTIR O 1 O 2 EM TOQUIO O 3 E AGORA O 4 NÃO SEI SE O CINCO VAI SAIR MAS SE SAIR VOU FICAR MUITO FELIZ E LEVAR MUITO MEDO EU NÃO VOU PERTER NEN UM FILME DE ATIVIDADES PANORMAL E AINDA ASSISTIR TODOS ATE O 4 #_# *_* @_@!_!%_%$_$"_"'_'``_~_~
ResponderExcluirGostei do seu post... e concordo plenamente com vc..kk ''QUE MERDA DE FILME''.
ResponderExcluirFiquei com muitas dúvidas, gostei dos efeitos, eu achei que demora muuito pra acontecer algo e sem dúvida e totalmente frustante eu vou esperar o quinto filme... kkkk
Não tem como evitar, mas fazer o que?!.... Bom.. Parabéns pelo blog!!!
mas como a alex morre n entendi
ExcluirFicaram com duvidas porque são todos burros e não procuram saber sobre a historia do filme, prestem atenção !! A avó das meninas a um bom tempo atrás fez pactos demoníacos para conseguir riqueza ela eh uma bruxa assim como Katie tbm eh mais não sabe, o toby e um espírito que persegue a família desde que a avó das meninas fez o pacto, e assim quando nascesse o primeiro filho homem ( que é o Hunter ) Kristi teria que entregar ao demônio como forma de pagamento por tida riqueza que eles tiveram, Kristi se nega a isso e então o demônio a possue como podem ver no segundo filme, o marido de kristi então faz um pacto para reverter esse demônio para o corpo dum parente mais próximo que eh a Katie então acontece tudo o que já vem acontecendo nos seguintes filmes. As franquias de Atividade Paranormal são pras pessoas inteligentes e não pra quem não entende nada e já sai criticando.
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