Começou a temporada de séries de fim de ano nos canais por
assinatura (ou no Torrent mais perto de você!), e com essas estreias aumentou a
nossa vontade de assistir todas de uma vez como se não houvesse amanhã... E
como se não tivéssemos mais nada para fazer na vida a não ser assistir TV.
Claro que quarenta minutos de ócio não fazem mal a ninguém
(eu, por exemplo, vejo alguns episódios no celular, no caminho de volta pra
casa!), e como em alguns casos a curiosidade não mata só o gato, decidi me
aventurar a acompanhar três das séries mais badaladas do momento: The Walking
Dead (FOX), American Horror Story – Asylum (FOX) e Arrow (Warner).
As séries citadas estão em começo de temporada,
com dois (ou três) episódios lançados até o momento cada uma, e portanto, ainda
é muito cedo para se ter uma ideia precisa se elas serão sucessos estrondosos
ou fracassos estupendos.
Mesmo assim, é possível se ter uma primeira impressão sobre
o que eu vi até agora, analisando os dois primeiros episódios de cada série, e
como diz uma impressora amiga minha, “a primeira impressão é a que fica”.
Com o fim de Smallville (“Somebody Saaaaaaaaaaaaaaave me!”)
a Warner decidiu apostar em outro dos heróis advindos do seriado do Clark Kent
adolescente de quarenta anos, para quem sabe, estrelar mais dez temporadas, e a
bola da vez é o Arqueiro Verde (ou “Flecha Verde", como achar melhor).
Estrelada pelo ator Stephen Amell, que também encarnou o
mesmo personagem em Smallville, a série Arrow aposta alto no clima dark para
dar vida a um dos heróis mais carismáticos que já passaram pela Liga da
Justiça, contrabalanceando essa soturnez com ótimas cenas de ação e um mistério
envolvente, que na minha opinião, é um dos ingredientes essenciais para que uma
série consiga me prender do primeiro capítulo ao último.
O primeiro episódio não se parece com o início de uma série.
Tem-se a impressão de que você começou a acompanhar a história do meio dela e
que você está tão perdido quanto o personagem título no enredo, o que acaba
sendo um dos pontos positivos da produção. Somos instigados a querer saber mais
da história daquele cara e o que irá acontecer a ele nos próximos episódios.
O plot é simples e funcional. Oliver Queen é o herdeiro bon
vivant de um industrial residente em Starling City (nos quadrinhos Star City, a
cidade do Arqueiro Verde) que desaparece junto do pai e da amante em um naufrágio.
O que aparentemente não passa de uma fatalidade, se torna um plano mortal
arquitetado por alguém bem próximo de Queen, e que o faz ficar perdido em uma
ilha durante cinco anos. Dado como morto e resgatado por pescadores, Queen
retorna a sua cidade, porém algo aconteceu a ele na ilha durante aqueles cinco
anos, fazendo com que ele se torne uma verdadeira arma viva, treinada para
matar...
Ou pelo menos, muito bem treinado em parkour e no tiro ao
alvo!
A atmosfera sombria da série me atraiu bastante desde o
comercial veiculado pela Warner, e mesmo vendo a série, me vi bastante
interessado nos primeiros quinze minutos. A passagem rápida de tempo já depois
da volta de Oliver a Starling City, as situações meio desconexas e a atuação do
protagonista (que se sai bem nas cenas de ação) me incomodaram um pouco. Com
cara de constipado e alternando entre um olhar perdido e um humor forçado, o
Oliver Queen da série meio que não convence como um cara sofrido que passou
cinco anos em uma ilha comendo o pão que o diabo amassou.
Os caras de LOST
convenciam bem mais, tanto que terminaram a série bem mais velhos, depois de
assarem no sol do Havaí onde rolavam as gravações das seis temporadas!
O segundo episódio já apresenta melhor qualidade que o
anterior, e achei que Amell, um pouco mais à vontade no papel, conseguiu passar
melhor as emoções de seu personagem, dando alma a ele, em especial em suas
cenas com seu par romântico Laurel (que aparentemente será a Canário Negro num futuro próximo da série... Ou não!).
Claro que ainda é muito cedo para julgar a série, e
acompanharei os próximos episódios com atenção, esperando que a qualidade
estética permaneça e que tanto atuações quanto roteiro melhorem
significativamente.
Não espero fidelidade às HQs (até porque se seguir o que
vimos em Smallville...), mas confesso que estou ansioso para as aparições do
Exterminador (cuja máscara já dá as “caras” no 1º episódio) e de outros vilões
recorrentes no universo do Arqueiro Verde como o Pistoleiro (Deadshot).
Quem sabe Arrow não
surpreenda e se torne a primeira série relevante com super-heróis da TV?
Se a primeira impressão é mesmo a que fica, vou detestar a
segunda temporada da série criada por Ryan Murphy e Brad Falchuck, cuja
primeira temporada eu resenhei aqui com todo carinho e dedicação.
Como já havia sido anunciado, o foco da série se desvia da
família Harmon e sua casa assombrada, e apesar de usar três atores da primeira
temporada, que interpretam novos personagens (Jessica Lange, Evan Peters e Zachary Quinto), a série não tem NADA A VER com
sua origem, se passando dessa vez em um asilo (ou hospício), onde coisas
sinistras parecem acontecer desde a década de 60.
A excelente Jessica Lange, que recebeu o Emmy de melhor
atriz coadjuvante por seu papel em AHS, retorna à segunda temporada, dessa vez
na pele de uma Madre pra lá de casca-grossa, que comanda o asilo do título com
mãos de ferro, botando as noviças e empregados na linha. Ao mesmo tempo em que
ela nutre fantasias com o Monsenhor vivido por Joseph Finnes (da falecida
Flashforward), ela acaba batendo de frente com o Doutor Arthur Arden (vivido
por James “pai do Babe, o porquinho atrapalhado” Cromwell), um médico que
aparenta fazer estranhas experiências com pacientes do local, e que não aceita
muito bem suas ordens.
Em paralelo a isso, conhecemos superficialmente a história do
personagem vivido por Evan Peters (O psicótico Tate da primeira temporada), que
aparentemente vive uma vida pacata ao lado da namorada negra (lembrando que
isso era quase improvável na década em que se passa a história) até que um
estranho fenômeno os apanha desprevenidos em sua casa.
O que vemos em seguida, depois do que parece ser uma abdução
alienígena (e pelo que eu entendi, com direito até a introdução a sonda anal!),
é Kit, o personagem de Peters, chegando ao Asilo Briarcliff acorrentado e sendo
tratado como um terrível serial killer conhecido como Face Sangrenta.
Ok. Rola um mistério para te deixar ligado nos próximos
episódios. Tem algumas cenas de softporn para apimentar as coisas, mas, porém,
no entanto, todavia... A série não me apeteceu com essa nova roupagem.
Sério que agora vai rolar alienígenas na mistura do
caldeirão?
Em vez de espíritos obsessores atormentados vamos ter
criaturas que devoram suas vítimas e que todo o enredo vai se desenvolver com
base nisso?
É.
Como disse no tópico de Arrow, é muito cedo para especular
se essas ideias serão ou não boas o suficiente para segurar firme durante quase
vinte episódios, mas me senti incomodado com o que foi apresentado, e não como
na primeira temporada, que só a abertura já dava um cagaço impressionante. AHS
– Asylum não é assustadora, e embora seja um ponto positivo tentar mudar as
coisas para manter a série interessante, ainda acho que essa mudança aconteceu
de forma muito radical.
Aguardemos os próximos capítulos.
Diferente das series anteriores citadas, The Walking Dead
começou sua Terceira temporada (resenha da primeira temporada aqui e da segunda aqui) com um tapa na cara e os dois pés nas caixas dos peitos no quesito
tensão.
Quem conhece a série sabe o quanto ela é capaz de
surpreender até o mais frio telespectador, porém estamos acostumados a ver isso
acontecer mais pro meio da temporada. Pelo ritmo, a 3ª temporada guarda
surpresas do início ao fim, e começando exatamente de
onde a anterior parou (com uma passagem de tempo de sete meses), a série
recomeça com a busca incansável de Rick e seu grupo por um lugar seguro para
que eles possam finalmente parar para descansar longe dos mortos-vivos espalhados
por todo lugar.
Com o bebê-Shane (como brinca Daryl sarcasticamente) à
caminho, é necessário que Lori tenha um local seguro para dar a luz a qualquer
momento, o que leva o grupo a encontrar uma prisão abandonada que parece
perfeita para os refugiados. Cercada por zumbis, a prisão é invadida, e é
necessário que todos eles façam um grande esforço para manter a segurança do
portão para dentro, tarefa que Rick faz impondo sua nova política de “aqui
quem manda sou”, vista no fim da temporada anterior após a morte de Shane.
Uma vez
dentro da prisão, os sobreviventes acabam descobrindo que não estão
completamente seguros, e os antigos “moradores” do local assim como policiais
zumbificados surgem para reivindicar seu espaço.
Fora do núcleo principal da trama, descobrimos enfim quem
era a figura sinistra que aparece ao fim da temporada 2 de espada em punho com
dois zumbis sem braços e mandíbulas presos a uma corrente para salvar Andrea da
morte certa, e paralelamente ao que acontece com Rick e sua turma,
acompanhamos o destino das duas sobreviventes, que sozinhas encaram todas as
adversidades daquele novo mundo recheado de canibais mortos-vivos por todos os
lados.
Envolta em mistérios, Michonne (Danai Gurira) carrega o próprio namorado e seu melhor
amigo zumbificados acorrentados com ela, para que junto deles seu cheiro humano não seja
captado, exatamente como Rick e Glenn fizeram na primeira temporada ao “tomarem
um banho” com sangue de morto-vivo para passarem incólumes em meio a eles. De onde
ela veio ou o que a levou a se tornar uma “justiceira ninja” ninguém sabe
(exceto os leitores da HQ, claro), e os próximos capítulos prometem ser
eletrizantes enquanto desvendamos todos os mistérios.
The Walking Dead é de longe a melhor estréia da temporada na
TV por assinatura, mas estarei acompanhando de perto as três séries citadas e
ver no que vai dar seus enredos.
Em breve resenhas sobre as temporadas completas.
NAMASTE!
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