13 de dezembro de 2019

Eu fui a CCXP 2019! (Olha no que deu!)


Em 2019 a CCXP alcançou a incrível marca de 280 mil visitantes numa única edição, o que coloca o evento como a MAIOR Comic-Con do mundo. Com a visibilidade conquistada nos últimos anos, os organizadores da CCXP provaram que a paixão do público brasileiro pelos artistas e convidados da feira é tão grande (ou maior) do que os de lá de fora, e esse ano foi recheado de atrações de peso.


É o meu quarto ano acompanhando o evento, e cada um deles foi especial da sua forma. 2015 foi aquela febre da primeira vez, a ansiedade para descobrir o desconhecido e acabei me divertindo bastante, além de ter conhecido muitos artistas dos quais sou fã na companhia do meu amigo de longa data Rodrigo Costa. Em 2016 fui sozinho ao evento e pude perambular por mais estandes e observar os pormenores de uma feira gigantesca que reúne tanta gente diferente, porém, com gostos similares. Em 2017 fui acompanhado de uma amiga que compartilha dos mesmos gostos por coisas nerds que eu (isso porque a minha hoje, ex-namorada, para a qual eu tinha comprado o ingresso, não quis ir!), mas acabei ficando broxado para ir em 2018. 


Em 2019 decidi me dar de presente uma entrada para conferir ao menos um dia da CCXP e mais uma vez não me arrependi... Embora minhas costas dissessem o contrário ao final do dia.


Olhando agora com mais calma para a lista de convidados da CCXP 2019, é quase difícil acreditar que tantos nomes de peso em Hollywood pisaram realmente em solo brasileiro. O pessoal do Omelete e seus patrocinadores trouxe o elenco quase todo de Birds of Prey (incluindo Margot Robbie) para um painel muito animado da Warner na quinta (5), mostrando que independente do filme ser bom ou ruim, a galera ama a Margot. 

Margot Robbie e o BOPE... Digo, B.O.P

Na sexta (6) o estande da Amazon Prime recebeu os atores do elenco de The Boys, a grande série do ano da plataforma, e na área dos quadrinhos o nome de peso foi o de Neal Adams, artista conhecido como mala pra caralho que desenhou o Batman na DC por um bom tempo, já na revitalização do personagem nos anos 80. Quem também pisou em solo brasileiro e foi conferir as atrações da CCXP nesse mesmo dia foram as atrizes Lesley-Ann Brandt (de Lúcifer) e Lana Parrilla (de Once Upon at Time).  

O elenco de The Boys, da Amazon Prime

No sábado (7) as coisas pegaram fogo no Auditório Cinemark. Além da exibição exclusiva de Frozen 2 da Disney, o pessoal do Omelete recebeu o ator Ryan Reynolds para falar de seu novo filme Free Guy para a Netflix. 


Daisy Ridley (Rey), John Boyega (Finn), Oscar Issacs (Poe), o diretor J.J. Abrams e a produtora Kathleen Kennedy subiram ao palco para falar sobre o último capítulo de Star Wars, A Ascensão Skywalker, com muito humor e empolgação.


Para fechar esse dia bombástico, o próprio Kevin Feige apareceu para dar um vislumbre sobre o filme dos Eternos (a ser lançado em novembro de 2020) e mostrar cenas inéditas de Viúva Negra (que chega em maio de 2020 aos cinemas). 


O dono da porra toda na Marvel Studios ainda teve tempo de falar das séries do Falcão & Soldado Invernal e mostrou uma imagem de WandaVision. Tudo isso em... 20 minutos! Isso que é ganhar dinheiro na moleza! O painel do produtor e chefe executivo da Marvel estava agendado para uma apresentação de 45 minutos.

A primeira imagem oficial da série WandaVision

Era de se esperar que no domingo (8) o ritmo fosse aquele mesmo de fim de feira, mas o pavilhão do Expo São Paulo continuou em chamas com as presenças de Henry Cavill, que veio divulgar The Witcher, a série do qual será o protagonista na Netflix. O quase ex, atual, último eterno Superman do DCU apareceu de surpresa no evento, vindo direto da Argentina, onde também participou de um painel da Comic-Con hermana.


De volta ao palco, o ator Ryan Reynolds veio divulgar com o elenco o novo filme Esquadrão 6, dirigido por Michael Bay. Bay aliás, estava escalado para vir ao Brasil também, mas não deu as caras. Junto de Reynolds veio a atriz Mélanie Laurent (a Shosanna de Bastardos Inglórios) e o ator Corey Hawkins, que contaram um pouco a rotina insana no set de filmagem do diretor que adora explodir tudo. 



A espera diante da Arena Oi (uma das patrocinadoras) foi de aproximadamente uma hora (minhas costas contaram cada minuto), mas quando Gal Gadot apareceu, acompanhada de Patty Jenkins, a diretora de MM84, a CCXP veio abaixo. Não me lembro de ter visto e sentido uma recepção a um artista tão calorosa, e o público ovacionou a atriz israelense por toda a entrevista que ela concedeu ao pessoal do Omelete. 

Gagadô

O momento foi oportuno para lançar também o primeiro trailer do filme (do qual se sabia muito pouco até então) e a cena da personagem usando a armadura dourada (semelhante a das HQs) foi a mais comemorada. 


Tanto Gadot quanto Jenkins foram muito gentis e simpáticas o tempo todo, e não faltaram elogios ao calor do público brasileiro, que nas palavras da atriz, "não há nenhum igual no mundo". Gadot, que já estava um pouco familiarizada com o Brasil (desde Velozes e Furioso 5) ainda arriscou algumas palavras em português como "eu te amo" e "Mulher Maravilha". Aí, amigo... Foi aquela gritaria! Wonder Woman 84, ou apenas WW84 estreia em junho de 2020.


Claro que a CCXP 2019 não foi marcada apenas pela passagem dos estrangeiros em terreno brasileiro. Muitos brazucas também passaram pela feira, seja mostrando novos trabalhos ou comentando trabalhos mais antigos. Dos globais, estiveram presentes Duda Nagle, Otaviano Costa (ex-global, talvez!), Tiago Leifert, Selton Melo, Matheus Nachtergaele e até o Marcio Canuto


O Artists Alley esse ano foi bem tenso pela polarização política. Enquanto todos estavam lá com o objetivo comum de vender e promover seu trabalho artístico, bandeiras foram levantadas. De um lado estava o pessoal do "Quadrinhos antifascistas" e do outro, o pessoal que não gosta de envolver política no meio dos gibis... Como se isso fosse possível. Teve até quadrinista e "humorista" riscando o logo do antifascista no bottom para fazer "piada" com o assunto. 


Ao término da CCXP, outra vez rolou polarização nas redes sociais acerca das acomodações do Artists Alley da CCXP e como o pessoal não estava sendo bem tratado como o restante dos artistas que se apresentam no evento. Houve, claro, a galera que saiu em defesa do evento, dizendo que o pessoal que estava reclamando estava querendo mordomia em uma feira que claramente não é feita para agradar a eles, mas a guerra entre apoiar e esculhambar se estende até agora entre os quadrinistas. 



Aí o outro lado respondeu:


Não pude sair do evento sem prestigiar o talento do pessoal do Blog Melhores do Mundo no AA e entrei na fila para adquirir um exemplar da nova Gréfyque MDM (desenhada e roteirizada pelo artista Marcos Tavares Costa). Aproveitei pra levar um exemplar do primeiro Hell, No do Leo Finocchi e dois prints sensacionais da talentosa Adriana Melo, que hoje, além de participar do podcast MDManas, desenha a HQ da Arlequina e Hera Venenosa para a DC

Eu tietando a incrível (e simpática!) Adriana Melo

Pessoal muito gente boa e que valeu a pena conhecer. Alguns rever, no caso do Fabio Catena, que já tinha encontrado em 2016 na mesa do Rodney Buchemi

A Gréfyque MDM na mesa do Fabio Catena no AA

A CCXP não agrada gregos e troianos, mas é notável o quanto o evento tem evoluído desde a sua criação e atraído a atenção nacional e internacional. Com estandes de variadas empresas e marcas (Netflix, UOL, Facebook, Globoplay, Iron Studios, Disney...) a feira hoje é gigantesca e faz jus a totalidade de público que alcança. 


Num país onde cultura é besteira, perda de tempo e coisa de comunista, é bom ainda ver que um evento pop como esse chama tanto a atenção, além de dar emprego para uma caralhada de gente, mesmo que isso seja apenas no período em que ele funciona. Nem de longe é perfeito. O consumo interno é muito caro (em especial a parte da comida... um dogão com pão e salsicha sai por 25 talkeys!), as filas para qualquer coisa são grandes (embora esse ano tenha sido absurdamente melhor que em 2017)... Mas amigo... Quem tá na chuva é para se molhar! Se não sabe brincar, não desce pro play.


O mais bacana da CCXP é estar ali em meio a pessoas que são entusiastas das mesmas coisas que você, compartilhando sonhos e até mesmo gostos. É você poder dividir espaço com seus ídolos e sentir (mesmo que há metros de distância) que eles estão perto. Sei lá. É mais ou menos por aí. 

NAMASTE! 

2 comentários:

  1. Ah! Que fantástico, tenhonque sair da vida burocrática para me aventurar mais, como eu queria ter ido, como queria... Mais ver e acompanhar sua ida já me fez vislumbrar o dia de criança que você teve... Forte abraço amigão e vakeu pela referência ��������

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    1. A CCXP é um dos únicos dias do ano em que me dou o direito de me divertir! É bom demais! Bora na 2020?

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