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28 de junho de 2020

Review - Harleen e Destino Adiado


Para quem acompanha o Blog, não é nenhuma novidade que a minha mídia preferida é a textual. Desde criança sempre me expressei MUITO melhor escrevendo do que falando, cantando ou interpretando — Sim, pra quem não sabe, eu fui ator dramático por três anos e encenei duas peças na Broadway* —, mas de vez em quando eu acabo me arriscando por outros caminhos e saio das trevas para levar meu — parco — conhecimento aos ouvintes de podcast



A convite do meu amigo de longa data Antonio Pereira dos Caras da TI, eu escapei da quarentena e arrastei minha pança lá para o balcão do Boteco do Infinito, desta vez para recomendar a HQ Harleen do ilustrador e roteirista croata Stjepan Šejić. A obra faz parte do selo Black Label da DC, e mostra uma história de origem da Arlequina ANTES dela conhecer a loucura desencadeada pelo Coringa



O primeiro de três volumes mostra uma faceta pouco explorada nos quadrinhos da psiquiatra Harleen Quinzel e como seu trabalho a levou a conhecer de perto os mais perigosos internos do Asilo Arkham



Para quem é fã das histórias do Batman, a HQ tem uma cacetada de citações e inserções de personagens muito conhecidos do universo do morcego, mas para quem está chegando agora, caindo de paraquedas somente após os filmes do Esquadrão Suicida e Aves de Rapina — ambos estrelados pela Arlequina — também consegue acompanhar tranquilamente, não sendo necessário nenhum conhecimento adicional de mais de 80 anos de gibis. 



No segundo bloco do bate-papo de boteco, o Antonio recomenda a Graphic Novel Destino Adiado (Le Sursis) de Jean-Pierre Gibrat, artista francês — ah, vá! — que assina a arte e o roteiro da HQ. Muito além das histórias de linha com super-heróis, Gibrat leva o leitor a mergulhar no drama do personagem Julien Sarlat, um jovem soldado francês que é dado como morto numa malfadada missão e que é obrigado a assistir por de trás de uma persiana, do local onde está escondido, o próprio funeral além de ter que espiar de longe sem poder tocar Cécile, sua grande paixão. 



O autor conduz a narrativa de forma sublime, reflexiva e intimista, dando ao leitor um espetáculo visual de raríssima qualidade com seus desenhos realistas e a colorização aquarelada. A arte de Gibrat é um caso à parte dessa grandiosa obra — tida por muitos como a mais importante criada pelo artista — que o pessoal do Pipoca e Nanquim trouxe ao Brasil com exclusividade, tendo à venda também no site da Amazon


Quer saber mais detalhes das duas obras? 

Dá uma conferida lá na nossa conversa no Boteco do Infinito, bloco especial de quadrinhos do site Os Caras da TI. Puxa uma cadeira, pede uma cerveja e seja bem-vindo! 


Clique na imagem para ouvir o podcast

Quem quiser conferir, eu estive no Boteco do Infinito também para falar sobre Desafio Infinito e Black Hammer na edição número 1 do programa:






E na edição 2 eu fui lá falar sobre Homem Aranha: Negócios de Família e Conan, o Bárbaro






P.S. - Pra quem achou a arte de Destino Adiado semelhante a do Milo Manara, o rei europeu do quadrinho de putaria, o Jean-Pierre Gibrat também assina as ilustrações da HQ erótica Pinocchia:




* Sério que cê acreditou que eu fui ator de peça na Broadway? Sério mesmo? Fui nada. Era meu sonho ter participado de Cats... Mas pensando bem... Melhor não!



NAMASTE! 

11 de fevereiro de 2020

E o Oscar 2020 foi para...


No domingo rolou a 92ª edição da premiação mais importante do cinema e o que não faltou foi surpresa em algumas categorias. O excelente sul-coreano Parasita foi o filme mais premiado da noite e provavelmente a grande decepção ficou por conta de O Irlandês, que não levou nenhuma estatueta para casa. 



A cerimônia não contou com um apresentador fixo, como já aconteceu na edição anterior, mas teve uma abertura especial com os comediantes Steve Martin e Chris Rock. Longe de causar tanta polêmica quanto Rick Gervais na apresentação do Globo de Ouro de 2020, Martin e Rock se limitaram a criticar a óbvia falta de representatividade feminina nas principais categorias do Oscar (exceto as que envolviam atuação). Rock ainda fez uma piada sobre a presença (ou falta de) negros nas indicações desse ano, dizendo que, diferente de edições do século passado, esse ano havia UM negro indicado ao Oscar, se referindo a atriz e cantora Cynthia Erivo, que disputava o prêmio de Melhor Atriz por seu papel no filme Harriet


Cynthia Erivo

Para tentar compensar a falta de representatividade, tivemos esse ano um número grande de atores e atrizes negros apresentando os prêmios e anunciando os vencedores, e passaram pelo palco o ator Mahershala Ali (que ganhou duas vezes como Ator Coadjuvante em 2017 e 2019), a atriz Regina King (Melhor Atriz Coadjuvante em 2019), o diretor Spike Lee (vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Adaptado em 2019) entre outros. 



Bora conferir os principais premiados do Oscar 2020?

Começando pelos prêmios técnicos, o filme Ford vs Ferrari (de James Mangold) abocanhou duas estatuetas, Melhor Montagem e Melhor Edição de Som, derrubando nessas categorias o favoritismo de 1917.



Falando no filme dirigido por Sam Mendes,1917 ganhou quase todos os demais prêmios técnicos, levando o de Melhor Mixagem de Som, Melhores Efeitos Visuais (derrotando Vingadores - Ultimato e Star Wars - A Ascensão Skywalker) e o de Melhor Fotografia, estátua entregue nas mãos do diretor Roger Deakins. O experiente diretor já tinha trabalhado anteriormente com Mendes em 007 - Operação Skyfall e chegou a ser indicado por seu trabalho de fotografia em outros filmes como Bravura Indômita, Blade Runner 2049 e Onde os Fracos Não Tem Vez.


Roger Deakins

O prêmio de Efeitos Visuais é curioso, já que 1917 não se pauta e nem usa o recurso como muleta para contar sua história. Era esperado que o Oscar fosse dado a um filme mais carregado de manipulações digitais, mas não foi dessa vez que um filme Marvel levou uma estatueta nessa categoria.  

Adoráveis Mulheres, cuja diretora Greta Gerwig nem sequer foi indicada na categoria Melhor Direção, levou apenas na categoria Figurino, o que é bem comum para filmes de época.


Greta Gerwig

O Escândalo, que também disputava Melhor Atriz (Charlize Theron) e Melhor Atriz Coadjuvante (Margot Robbie) levou apenas por Melhor Maquiagem, o que era justo, dado a trabalheira que deve ter sido modificar os rostos da própria Charlize, para se parecer mais com Megyn Kelly e John Lithgow, que se transformou em Roger Ailes. Era Uma Vez... Em Hollywood ganhou o prêmio de Direção de Arte, que ficou a cargo de Barbara Ling e Nancy Haigh.


John Lithgow e Charlize Theron caracterizados em O Escândalo

Na categoria Documentário, American Factory de Julia Reichert, Steven Bognart e Jeff Reichert superou o brasileiro Democracia em Vertigem, dirigido por Petra Costa, colocando o nosso país mais um ano na fila dos prêmios internacionais de cinema. Acusada pela Direita brasileira de ter usado o documentário de maneira a apaziguar em excesso a culpa do Partido dos Trabalhadores no processo de Impeachment da então Presidente em exercício, Petra Costa mostra de uma maneira até mesmo didática tudo que aconteceu no país desde os protestos dos 0,20 centavos, e como a Direita se fortaleceu nesse ínterim, pegando o vácuo de ódio criado pelo suposto "combate à corrupção", representada acima de tudo pelo governo do PT. Podia ter pesado mais na mão ao retratar Dilma, Lula e companhia? Podia. Mas não tem mentira nenhuma no documentário.


Petra Costa

O prêmio de Melhor Documentário em Curta-Metragem foi para "Learning Skateboard in a Warzone (If You're a Girl)" de Carol Dysinger, Melhor Curta-Metragem ficou com "The Neighbors' Window" de Marshall Curry e a Melhor Animação em Curta-Metragem foi para "Hair Love", uma simpática animação americana (da Sony Pictures Animation), dirigida por Matthew A. Cherry, Everett Downing Jr. e Bruce W. Smith, que fala sobre a aceitação dos cabelos afros. 



Concorrendo com Klaus (disponível na Netflix e que muita gente apostava ser o favorito), Como Treinar Seu Dragão 3 (a meu ver, muito superior ao vencedor) e o Link Perdido (que venceu na mesma categoria no Globo de Ouro), o apenas simpático Toy Story 4 acabou ficando com a estátua de Melhor Animação, mesmo após ter subvertido todo o conceito da trilogia inicial. Era um filme desnecessário, mas claro que sai mais prestigiado após levar o Oscar e de ter faturado muito bem nas bilheterias. 



A maestrina Hildur Guðnadóttir foi a primeira mulher a ganhar na categoria Melhor Trilha Sonora do Oscar em 92 edições, e ao mesmo tempo anotou mais uma estátua para o filme Coringa.


Hildur Guðnadóttir

Sem constar em nenhuma outra categoria, o filme Rocketman, que conta a biografia do cantor Elton John, levou o de Melhor Canção Original por "(I'm Gonna) Love Me Again", numa performance executada pelo próprio Elton John na cerimônia.



Para não passar batido, Jojo Rabbit deu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado para o diretor Taika Waititi, e o cara usou seu espaço de agradecimentos para passar uma mensagem importante sobre pessoas "não brancas" não desistirem de seus sonhos, ele que é neozelandês e que interpreta Adolf Hitler, o amigo imaginário do menino Jojo do título.


Taika Waititi (Hitler) ao lado de Roman Griffin Davis (Jojo)

O Oscar de Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante não teve grandes surpresas, já que repetiu as mesmas premiadas do Globo de Ouro. Laura Dern fez a rapa nos prêmios que disputou por sua atuação brilhante como a advogada da personagem de Scarlett Johansson em História de Um Casamento, já Renée Zellweger parece ter mesmo encantado a Academia ao interpretar a atriz Judy Garland em seus últimos anos de vida, após os problemas com drogas e bebida, no filme Judy. Renée andava sumida de Hollywood, mas decidiu voltar com tudo, no papel de sua vida.


Renée Zellweger e Laura Dern

As categorias Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante também repetiram as premiações do Globo de Ouro, e consagrou Joaquin Phoenix em seu papel magistral de Arthur Fleck, em Coringa e Brad Pitt por seu Cliff Booth de Era Uma Vez... Em Hollywood. Há quem diga que Pitt não fez nada demais como o coadjuvante de Leonardo DiCaprio (que merecia o prêmio de Melhor Ator... Se não tivesse existido a interpretação de Phoenix em Coringa), e que ele só representou ele mesmo em cena. Parece, no entanto, que Al Pacino e Joe Pesci (ambos por O Irlandês), Anthony Hopkins (Dois Papas) e Tom Hanks (A Beautiful Day in the Neighborhood) não fizeram um trabalho tão bom em seus filmes quanto o ex-galã! Talvez ainda tenham que comer muito feijão até chegar aos pés de Brad!


Joaquin Phoenix e Brad Pitt

Brincadeiras à parte, sabemos do talento de Pitt (que atuou muito melhor em Bastardos Inglórios, por exemplo), mas Cliff Booth não parecia ser o papel para levar Oscar.

Não vi as atuações de Hanks e Hopkins em seus respectivos filmes, mas parece absurdo a Academia premiar Brad Pitt em vez de Al Pacino ou Joe Pesci pelo que fizeram em O Irlandês. Ícones do cinema, os dois estão muito bem em cena, dirigidos pelo colega de anos Martin Scorsese, mas parece que premiar um filme da Netflix ainda é um tabu para os véi do Oscar. Assim como os filmes da Marvel (que não são cinema), Scorsese saiu de mãos abanando da festa, e ainda aproveitou pra tirar um cochilo durante a apresentação surpresa do Eminem.



Aliás... Qual foi o sentido da apresentação do rapper bem no meio da cerimônia? Mostrar que a superioridade branca funciona até no mundo do rap?



Bem... Aí veio Parasita, e a Academia se curvou ao talento inegável do diretor Bong Joon-Ho, dando-lhe não somente o prêmio de Melhor Direção (batendo Sam Mendes de 1917), como também o de Melhor Roteiro Original, Melhor Filme Estrangeiro (o que era barbada!) e o de Melhor Filme. Parasita é o primeiro filme de língua não-inglesa a vencer na categoria Melhor Filme e criou-se um marco em 2020 com sua vitória, abrindo um precedente que nunca antes tinha sido permitido em Hollywood.


Bong Joon-Ho e o elenco de Parasita

O filme, claro, tem todos os méritos por seu sucesso e Joon-Ho subiu ao palco quatro vezes, quase não acreditando que tinha vencido seus ídolos nas categorias. Em agradecimento, falando em coreano e sendo traduzido por uma intérprete, Joon-Ho chegou a citar uma frase de Scorsese em seu discurso e puxou uma salva de palmas no teatro ao diretor veterano, que agradeceu, lisonjeado. Momento bem emocionante da celebração.


"Quanto mais pessoal, mais criativo". Joon Ho citando Scorsese em seu discurso

O resumo é bem positivo ao final da premiação. Se os representantes da Academia ainda precisam aprender bastante sobre representatividade étnica ou de gênero, indicando mais artistas de outras etnias bem como mais mulheres às categorias principais, pelo menos teve a quebra de paradigma representada pela vitória de um filme sul-coreano à principal categoria da noite. Dá se a impressão que as coisas estão evoluindo no cinema, mesmo que à passos de tartaruga.

P.S. - O que foi o momento em que Brie Larson e Gal Gadot se juntaram no palco para homenagear uma das primeiras heroínas do cinema de ação, interpretada pela atriz Sigourney Weaver? Capitã Marvel, Ripley e Mulher Maravilha pisando no mesmo terreno, o palco chegou a tremer.



P.S. 2 - O Martin Scorsese dormindo durante a apresentação do Eminem me representa nas três primeiras vezes que tentei assistir O Irlandês! Só consegui ir até o final na quarta, mas gostei bastante das atuações e da direção dessa série de quatro episódios. Al Pacino, DeNiro (esnobado no Oscar!) e Joe Pesci mostram porque são monstros consagrados do cinema.



P.S. 3 - História de um Casamento é um ótimo filme de diálogo e com um final muito comovente. Tanto Scarlett Johansson quanto Adam Driver mostram que são muito mais que atores de parques de diversão, e que dão conta da interpretação séria e adulta com um roteiro mais inteligente. Apesar disso, Driver não tinha muita chance contra a loucura colocada pra fora por Joaquin Phoenix em Coringa, mas num futuro próximo, acredito que o cara vai fazer uma carreira premiada.



NAMASTE!

24 de junho de 2019

REVIEW - Batman Ninja



Não há dúvidas que o Homem Morcego é o personagem mais popular e lucrativo da Warner/DC, por isso, o número de experimentações que o estúdio faz com o Batman é muito maior do que acontece com o Superman ou com a Mulher Maravilha, por exemplo. Nesses 80 anos, já vimos o Morcego em inimagináveis aventuras, das mais comuns às mais bizarras, e acho que esse é o caso de Batman Ninja, animação japonesa dirigida por Junpei Mizusaki, lançada em 2018.


Pra começo de conversa, é importante deixar claro que o problema desse filme não é nem de longe o seu visual, que é fantástico! Apesar de nunca ter sido muito fã de anime, eu me curvo à técnica japonesa de animação, que é a mais detalhada e empolgante do mundo, deixando no chinelo muito do que é produzido no Ocidente. Nos últimos anos, vimos a DC abandonar aos poucos o estilo ocidental de animação (saudades Bruce Timm!) para adotar algo mais próximo dos animes, o que tornou as batalhas entre heróis e vilões, de certo modo, ainda mais épicas nos desenhos produzidos. Sem falar no exagero! O ápice acredito ter sido A Morte do Superman, animação de 2018, que coloca o Homem de Aço para sair no braço com o Apocalypse em ritmo de Dragon Ball Z!


Batman Ninja tem um plot sensacional que é arrancar o Batman de seu habitat natural e jogá-lo séculos antes, no quase inóspito Japão feudal. Após um confronto rápido com o Gorila Grodd nas dependências do Asilo Arkham do presente, o herói é removido de seu tempo por um equipamento criado pelo vilão, e acaba parando no Japão feudal. 


Por um inexplicável efeito colateral do deslocamento temporal, todos os demais internos do Arkham, Grodd, a Mulher Gato e até mesmo seus aliados, chegaram lá muito antes do Morcego (dois anos antes), e quando ele chega, todos já estão estabelecidos e adaptados ao novo lar. Cabe então ao Batman se adaptar a sua nova realidade, sem sua tecnologia habitual e sendo obrigado a enfrentar todos seus principais vilões, que agora são líderes de províncias japonesas.


Essa ideia é sensacional! Lendo isso, quem é que não consegue imaginar batalhas épicas entre o Batman e samurais fazendo-o voltar as suas origens, quando ele treinou seu corpo para se tornar o melhor lutador marcial do mundo?


Pois é... É aí que os produtores Michael E. Uslan e Benjamin Melniker colocam tudo a perder e permitem a inserção de elementos que simplesmente não condizem em nada ao Japão feudal, que deveria ser o principal elemento de estranhamento ao Batman e a seus amigos. Seria bem mais interessante vê-los ter que se virar apenas com o que se tinha disponível naquele período de tempo, mas do nada, junto com o Batman, foram deslocados no tempo o Asilo Arkham inteiro, o Batmóvel (que vira a Batwing E a Batmoto!) e até o Alfred (com seu habitual uniforme de mordomo inglês e um coque samurai na cabeça!). Para completar a quizumba, o Coringa transforma sua casa de província numa espécie de monstro que destrói os veículos do Batman, deixando-o à mercê de um Bane sumô (!) e da Arlequina, que se finge de vítima indefesa para enganá-lo. 


Salvo por uma horda de ninjas-Batman, o Homem Morcego acaba descobrindo que o Asa Noturna, o Robin Vermelho, o Robin e o Capuz Vermelho estão agindo com esses tais ninjas-Batman e que eles pertencem a um clã que acredita em uma profecia sobre um salvador morcego.


Até aqui está ótimo o enredo, Rodman!

Ah, claro! Uma casa japonesa construída com tecnologia de séculos atrás que é capaz de destruir o Batmóvel. Uhun! Super-comum!


Sem muitas opções, o Batman é obrigado a formar uma aliança com o Gorila Grodd, que alega estar fazendo um experimento com os antigos moradores do Arkham, ali deslocados no tempo. Enquanto o Duas-Caras, o Pinguim, a Hera Venenosa e o Exterminador comandam cada um deles uma província, eles veem na figura do Coringa o perigo mais imediato, e partem para confrontá-lo, junto ao clã ninja. 


Ao final de tudo o barco onde eles estão explode (isso tudo após os soldados do Coringa usarem METRALHADORAS para tentar matar os ninjas), o Batman se fere, Grodd trai a confiança do Batman com a ajuda do Duas-Caras, a Mulher-Gato decide se aliar ao Grodd e o Coringa desaparece junto com a Arlequina.


Irado, Rodman!

Ah, sim! Claro! Em especial a parte das METRALHADORAS do Coringa no Japão feudal!


Enquanto se recupera, o Batman decide aceitar a dádiva dos ninjas e treina para se tornar um deles, sugerindo a seus amigos que façam o mesmo. Logo que o Capuz Vermelho descobre o paradeiro do Coringa, o ex-Robin parte para confrontá-lo e descobre que o palhaço e a Arlequina perderam a memória, vivendo agora como simples camponeses. O Batman convence Jason Todd a não matar o Coringa camponês, e eles partem para tentar deter os demais vilões e retornarem para Gotham City.


Quase totalmente adaptado a seu estilo Ninja, o Batman e seus aliados são confrontados pelos vilões, que partem para cima dele com seus castelos provincianos móveis (!) e no ápice da batalha o Coringa ressurge com seu Arkham móvel (!) e todos eles juntos formam UMA PORRA DE UM ROBÔ GIGANTE!   

  
POR QUE TÊM QUE ENFIAR ROBÔ GIGANTE EM TUDO, SATANÁS! POR QUE???

Enquanto eu controlo o nível de glicemia e meu ritmo cardíaco assistindo essa merda bela obra de arte, começo a me perguntar como o Batman e seus ninjas humanos irão derrotar aquelas máquinas gigantes. Eis então que o Gorila Grodd surge com a solução. Após ser derrotado em combate à bordo de seu meca gigante, o vilão símio dá ao Batman uma flauta que comanda o seu exército de macacos (!), e é Damian Wayne quem a toca e faz com que o exército de comedores de bananas ataque o Megazord Coringa.


Mas que chances têm simples macacos contra um robô gigante, Rodman?

Ah, jovem padawan, mas você não contava que os macacos iam se juntar e formar um MACACO GIGANTE! (Nem dá pra acreditar que alguém achou bacana esse roteiro!). Como é de se esperar, o macaco gigante não dá conta do MegaCoringa que começa a pulverizá-los com um lança-chamas. Vendo suas chances diminuírem cada vez mais, o Batman olha incrédulo para o horizonte quando uma nuvem negra alerta sobre a chegada de milhões de morcegos que se juntam ao macaco gigante e formam UM DEUS-BATMAN GIGANTE!

Sério, nessa hora eu já estava tão acostumado com os absurdos da animação que nada mais me surpreendia. É impressionante o que as mentes orientais são capazes de criar e mais ainda impressionante é o tipo de plot que a Warner/DC aprova sem nem questionar.


Ah, Rodman, mas é uma nova visão para o Batman. Como ele seria concebido visto pela ótica oriental. Deixe de ser pau no cu!

Então tá, né!

Ao longo dos anos como leitor de quadrinhos eu já li muita coisa absurda envolvendo o próprio Batman (como ele saindo no braço com o Darkseid!), mas com esse pezinho no oriente, as animações estão cada vez mais bizarras e inacreditáveis. Ainda bem que não é a mim que esses desenhos têm que agradar, não é mesmo?


Batman Ninja é uma tremenda ideia mal desenvolvida, mas deve agradar os millennials!

Nota: 4

NAMASTE!

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