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16 de dezembro de 2021

Corrente das séries

Blog do Rodman a corrente das séries

Há alguns anos, quando eu ainda usava outras redes sociais além do Twitter, eu recebi a corrente das séries em um post e achei bacana responder os 18 tópicos de sua lista.

Naquela época, o resultado foi o seguinte:


1. Nunca assisti: Seinfeld

2. Não sinto vontade de assistir: Grey's Anatomy

3. Assisti mais de uma vez: Westworld (até pra poder entender! Hehehe!)

4. Última que maratonei: La Casa de Papel

5. Todo mundo gosta e eu não: The Office

6. Abandonei: The Walking Dead

7. Me frustrei: Game of Thrones 

8. Surpreendeu: A Maldição da Residência Hill

9. A melhor: LOST

10. Reality: Sei lá… não vejo nenhum. 

11. Emociona: Eeeeeee… não sei. 

12. Quero Assistir: Community

13. Marcou a infância: Jaspion

14. Marcou a adolescência: Lois & Clark

15. Recomenda: Breaking Bad, Marianne

16. Cancelaram e sofri: Se cancelaram é porque é ruim! 

17. Pra relaxar: Friends

18. Um clássico: 24 Horas


Agora, muitos anos depois, resolvi recriar essa lista — até porque estou com preguiça de escrever outros posts — e vou apresentar a versão 2021 da Corrente das (minhas) Séries. Sigam-me os bons!


1. Nunca assisti:

Corrente das séries


Ouvi ótimas recomendações sobre Seinfeld, já fui incentivado a assistir mais de uma vez, a série estreou recentemente no catálogo da Netflix… Mas até hoje, eu nunca assisti e nem sei se vou. Quem sabe?
 

 

2. Não sinto vontade de assistir:

Corrente das séries


Cara! 18 temporadas em uma série sobre médicos… Não rola. Continuo não tendo vontade nenhuma de começar a assistir Grey's Anatomy.


MENÇÃO HONROSA: Loki do Disney + que foi a única das séries da Marvel para a qual simplesmente caguei e não vi até hoje.

 

3. Assisti mais de uma vez:

Corrente das séries


A série dos Titãs da Netflix/Warner eu já assisti mais de uma vez, até porque atualmente, as coisas somem da minha mente com muita facilidade e como são poucos episódios, é bem rápido de ver tudo de novo.

MENÇÃO HONROSA: A primeira temporada de Stranger Things eu já assisti mais de uma vez e pretendo rever todas as três antes da estreia da quarta temporada.

 

4. Última que maratonei:

Corrente das séries

Eu tenho assistido a muitas séries atualmente — sobretudo as antigas, que já vi várias vezes! — mas maratonar mesmo, de em poucos dias detonar com várias temporadas inteiras, eu só fiz com Orphan Black.

Eu nunca tinha desenvolvido interesse em ver a série por total ignorância sobre do que se tratava, mas bastou eu ler a sinopse uma vez para me sentir totalmente atraído para a história.

“Uma mulher se depara com alguém idêntica a ela cometer suicídio e quando decide assumir a identidade dessa pessoa, ela atrai para si vários problemas gerados pela vida daquela total estranha”.

A primeira temporada é absurdamente frenética e a cada novo episódio, a gente vai descobrindo cada vez mais motivos para continuar acompanhando a trajetória de Sarah Manning (Tatiana Maslany) enquanto ela se faz passar pela policial Beth.

Eu assisti as cinco temporadas quase sem pausas por conta da contagem regressiva imposta pela Netflix, que resolveu remover a série do catálogo, e foi uma verdadeira maratona liquidar todos os episódios e descobrir, afinal, qual seria o destino de Sarah e suas diversas cópias.

A Tatiana Maslany foi escalada para viver a Jennifer Walters e a Mulher-Hulk no seriado da Disney + e eu já estou ansioso para assistir. Ela conseguiu dar vida a quase 10 personagens diferentes em Orphan Black e mesmo se tratando de clones, a gente consegue ver nitidamente as diferenças sutis entre todas elas. Genial!


MENÇÃO HONROSA: Assistir todos os episódios de Round 6 não foi bem uma maratona e sim uma corrida até a esquina, mas a série rendeu bons momentos de diversão. É bom sair, de vez em quando, da nossa zona de conforto e experimentar produtos de outros lugares do mundo. Apesar do último episódio cagado, toda a primeira temporada é bastante empolgante… e é totalmente desnecessário que tenha uma segunda!

 

5. Todo mundo gosta e eu não:

Corrente das séries

Dizem que leva um tempo para se gostar de The Office, que os primeiros episódios são mesmo um pouco lentos… Mas eu não consegui achar graça de nada do que vi no começo da primeira temporada. Fica para uma próxima vida, quem sabe!

 

MENÇÃO HONROSA: Elite da Netflix… Assisti a alguns episódios e achei beeeem caidinha. Não me agradou.

 

6. Abandonei:

Corrente das séries

Assim como The Walking Dead, que citei na primeira lista, eu larguei mão das séries da CW. Consegui concluir Arrow, que era a que eu mais tinha simpatia, mas The Flash, Batwoman, Supergirl e Legends of Tomorrow me recuso a continuar assistindo. Deus que me livre!

 

7. Me frustrei:

Corrente das séries

Depois de LOST, acho que Game of Thrones foi a série que mais se aproximou de unir gregos e troianos num único intento, todos os domingos à noite.

Era incrivelmente prazeroso assistir aos episódios semanais e depois comentar no Twitter com a galera todas as emoções vividas até a sétima temporada, pena que a série foi ladeira abaixo em sua reta final.

Longe das mãos do George R.R. Martin — o autor dos livros da saga Crônicas de Gelo e Fogo — que nunca escreveu o final da sua própria história, os showrunners da série da HBO D.B. Weiss e David Benioff decidiram entregar um trabalho porco e apressado para encerrar a série, achando que assim, estariam agradando aos fãs, que também, como na época de LOST, viviam sugerindo e exigindo nas redes sociais o final que gostariam de assistir.

Por fim, GOT terminou de maneira melancólica e ninguém ficou satisfeito com os destinos dos personagens principais.

Daeneys morreu de um jeito idiota, Jon Snow voltou a ser o nada que sempre foi desde o começo da série, o Rei da Noite foi destruído de maneira cretina e a Arya Stark se tornou uma… pirata?

Tomanocu!

Final bem aquém de tudo que a série prometia desde o início, o que, obviamente, não apaga em nada a excelente trajetória e a produção acima da média que Game of Thrones sempre teve desde seu primeiro episódio, em 2011. Ou será que apaga?

 

8. Surpreendeu:

 Corrente das séries


Numa das minhas últimas idas à CCXP, eu cheguei a ver um cartaz de Desalma no painel da Globoplay e por se tratar de “bruxaria” em uma produção brasileira, eu me empolguei para assistir.

Eu maratonei os 10 episódios da série de uma tacada só e realmente fui surpreendido pela qualidade da produção que tem toda a cara de material gringo, tanto pela excelente fotografia quanto pela direção artística de João Paulo Jabur, Pablo Müller e Carlos Manga Jr..

A história fala sobre antigos rituais que ocorriam na cidade fictícia de Brígida, no Rio Grande do Sul e uma festa de origem pagã chamada Ivana-Kupala, onde uma jovem moradora local chamada Halyna (Anna Melo) acaba perdendo a sua vida.

Toda a trama que envolve o assassinato da garota reverbera pelos demais personagens ao longo dos anos e a personagem de Cássia Kiss — uma bruxa local —, que é a mãe de Halyna, acaba ditando os rumos da série.

Escrita por Ana Paula Maia, Desalma é um dos produtos nacionais mais bem feitos dos últimos anos, entrega ótimas atuações de Claudia Abreu e Maria Ribeiro e uma segunda temporada já está em produção.

 

9. A melhor:

Corrente das séries

Em 2021, fazem 11 anos do fim de LOST e até hoje, continuo elencando essa série como a melhor de todas os tempos.

LOST era para mim, muito mais do que apenas os mistérios sobrenaturais da ilha onde o avião da Oceanic Airlines cai no primeiro episódio ou as experiências científicas realizadas no local pela Iniciativa Dharma… A meu ver, a série falava sobre os personagens e era por eles que eu torcia do início ao fim de sua saga, mesmo que muitos deles não tenham conseguido chegar lá.

Eu era incrivelmente apaixonado por todos eles e me vi identificado pelos seus dramas de vida, pelos obstáculos que enfrentavam e pela maneira como tentavam resolver seus problemas pessoais, tais quais abandono parental, alcoolismo, crises conjugais, abuso de drogas e dificuldades para lidar com perdas.

Jack. Hurley. Kate. Locke. Sawyer. Jin. Sun. Charlie Nick e Paulo… NÃO, zoeira! e tantos outros fizeram parte da minha vida por seis maravilhosos anos e sempre que posso, eu os revisito, revendo todas as temporadas daquela que foi e sempre será a melhor série de todos os tempos.

 

10. Reality:

Corrente das séries

Eu assisti ao Brincando com Fogo original e até comentei aqui o que achei. Tentei assistir a versão brasileira narrada pela Bruna Louise, mas decidi que não tenho tanto tempo de vida para perder com essa besteira.

“Quando eu tiro a camisa na balada, nenhuma mulher consegue resistir ao meu charme”.

Fala sério! Que tipo de pessoa fala uma coisa dessa no mundo real?

 

11. Emociona:


Corrente das séries

 


Sob Pressão da Globoplay é uma daquelas séries médicas que me fizeram dar uma chance ao gênero que sempre abominei.

Tenho acompanhado há algum tempo e a cada episódio, fico ainda mais impressionado com o talento interpretativo de Marjorie Estiano.

Os encontros e desencontros da doutora Carolina e do doutor Evandro (Júlio Andrade) que tentam manter um relacionamento enquanto a vida no hospital público do Rio de Janeiro os afasta, são o mote principal da série, mas é acompanhando as vidas dos pacientes que chegam ao local que mais somos atingidos pelas emocionantes tragédias da vida real que o roteiro nos transmite a cada novo episódio.

Me vi chorando em vários momentos da série e essa última temporada especialmente, exibida esse ano, em período pós-pandemia — por assim dizer, embora a pandemia ainda não tenha acabado — me acertou de uma maneira bem particular.

Todas as quatro temporadas de Sob Pressão estão disponíveis no Globoplay e a direção é de Andrucha Waddington.

 

12. Quero Assistir:

 

Corrente das séries

Não tenho muitos motivos para querer continuar vivo, mas eu gostaria muito de assistir à série da Mulher-Hulk que estreia em 2022 na Disney +.

A personagem tem um timing de comédia muito bom nos quadrinhos — em especial, as suas fases nas mãos de John Byrne e de Dan Slott — e acho que combina bastante com a pegada dos filmes da Marvel, sem falar na quantidade absurda de cameos que pode render o tema "advocacia", com a participação de vários outros personagens do MCU… 

O que óbvio, não vai acontecer!

Mesmo assim, de todas as séries que estão prestes a estrear, She-Hulk é a que mais me deixa empolgado.

 

13. Marcou a infância:

 

Corrente das séries

O fantástico Jaspion me marcou de maneira muito intensa na infância e a série do maior Metal Hero japonês de todos os tempos me ajudou a enfrentar uma realidade solitária e triste. Não é para menos que os olhos se enchem de lágrimas até hoje cada vez que ouço os primeiros acordes daquela guitarra que antecede o tema da abertura.

Jaspion mora para sempre no meu coração.

 

14. Marcou a adolescência:

 

Corrente das séries

Nos anos 90, eram raríssimas as produções que envolviam super-heróis. Seja pela dificuldade orçamentária da época ou pela defasagem de efeitos visuais, os heróis raramente saíam das páginas de quadrinhos e iam para as telas… Quando iam, a gente tinha produções como o vergonhoso Capitão América (1990) de Albert Pyun, o intragável Quarteto Fantástico (1994) de Oley Sassone ou a esquecível Liga da Justiça (1997) dirigida por Félix Enríquez Alcalá.

Na esteira desses desastres cinematográficos, a Warner decidiu apostar em um seriado sobre o Superman, porém, mais focado em Lois Lane e Clark Kent. Foi aí que estreou, em 1993, Lois & Clark – As Novas aventuras do Superman.

Com a falta de produções bacanas com meus heróis favoritos, Lois & Clark supriu por um bom tempo aquela necessidade de ver o Superman em live-action. Os filmes de Richard Donner e Christopher Reeve eram bons, mas só tinham dois deles e ambos passavam com frequência na TV.

Lois & Clark focava mais nas aventuras românticas do alter-ego do herói kryptoniano e o cenário variava pouco entre a redação do Planeta Diário, o apartamento dos dois ou a fazenda da família Kent em "Pequenópolis". Os efeitos visuais do voo do Superman também eram bem capengas, mesmo assim, essa foi uma série que marcou a minha adolescência e que me apresentou à melhor Lois Lane de todos os tempos: Teri Hatcher.

A série está disponível no catálogo da HBO Max, mas eu não me arrisco a assistir de novo. Melhor deixar na lembrança!

 

15. Recomenda:

Corrente das séries

Esse ano eu revi todas as temporadas de Breaking Bad e para quem nunca assistiu essa série fenomenal escrita por Vince Gilligan e protagonizada pelo ainda mais fenomenal Bryan Cranston, fica a dica. Ela está inteirinha na Netflix e dá para assistir em um espaço muito curto de tempo.

  

16. Cancelaram e sofri:

 

Corrente das séries

Eu confesso que assistiria facilmente mais umas duas ou três temporadas de Demolidor da Netflix, com aquele mesmo elenco e a adição de outros personagens das páginas dos gibis do Homem sem Medo.

Recentemente, a Marvel anunciou que Charlie Cox foi contratado para voltar a viver o personagem em produções da casa  — sem a parceria com a Netflix desta vez —, mas eu duvido que seja a mesma coisa, mesmo que eles venham a desenvolver uma nova série.

Marvel’s Daredevil foi um acerto muito grande no mundo das séries de super-heróis e é, de longe, a melhor do gênero. Não só pela violência que era bastante pungente, mas também por todo o aspecto psicológico do personagem das HQs que foi respeitado na produção e os excelentes coadjuvantes que permeavam toda a narrativa de Matt Murdock.

Depois de WandaVision, que mesmo com seus defeitos, é uma boa série, nada mais que a Disney + tem lançado com os personagens do MCU me agrada, o que me deixa muito desesperançado para algo que envolva o Demolidor, mesmo colocando o Charlie Cox à frente. Uma pena muito grande não termos uma quarta temporada de Marvel's Daredevil depois daquela apresentação incrível do Mercenário na terceira.  

 

17. Pra relaxar:

Corrente das séries
 

Friends, Todo Mundo Odeia o Chris, Um Maluco no Pedaço e as primeiras temporadas de Dois Homens & Meio eu costumo usar para dar uma relaxada. Dificilmente essas séries entregam algum episódio ruim ou que não tenham graça.

 

18. Um clássico:

 

Corrente das séries

Atualmente, eu estou com algumas séries novas enfileiradas em minha lista para assistir, mas em vez disso, estou revendo a sétima temporada de 24 Horas DE NOVO, pela segunda vez em um período de menos de um ano.

Eu já escrevi alguns posts ao longo desses 11 anos de blog sobre 24 Horas e não me canso de dizer que foi com ela que comecei a pegar gosto por acompanhar séries estrangeiras e me sentir desesperado até que chegassem novos episódios.

A série acabou há mais de 8 anos, mas até hoje, me pego revendo as temporadas e acompanhando os dias intermináveis na vida de Jack Bauer, o agente mais eficiente da CTU, a Unidade Contra Terrorismo.

Depois de assistir muitas vezes, a gente consegue enxergar um padrão entre as temporadas, que usam sempre uma estrutura muito parecida entre si nos 24 episódios — toda temporada tem pelos menos três chefões terroristas divididos em hierarquias, como num jogo de videogame, os vilões são sempre árabes, africanos ou chineses e tem sempre um traíra infiltrado na CTU ou no FBI! —, mas mesmo sendo, às vezes, exageradamente ufanista e colocando os EUA como o centro da galáxia quase sempre, ainda assim, é divertido acompanhar a história.

A meu ver, 24 Horas já é um clássico eterno!

 

MEU TOP 5 SÉRIES DA VIDA

 

1 – LOST

2 – Breaking Bad

3 – Game of Thrones

4 – 24 Horas

5 - Friends


NAMASTE!

9 de setembro de 2021

John Wick entrou na Matrix - Matrix Resurrections

Matrix Resurrection


Ninguém pediu, mas Matrix 4 vem aí e o trailer está quentinho, recém-saído do forno. 

Se você ainda não viu, confere aí:



Exatamente 18 anos após o fim da trilogia original, a diretora Lana Wachowski retorna à frente da sua franquia mais famosa para dar continuidade ao universo que, como bem sabemos, revolucionou o cinema de ação no começo do século. (Gente... é bizarro falar isso!). 

O trailer deixa pouco a especular quanto ao clima do filme, que parece bem próximo ao que vimos nos três primeiros longas, mas gera inúmeras questões quanto ao enredo:


Então o Neo não morreu dentro da matrix em "Revolutions", ele apenas foi desplugado?

Como o Morpheus, que não morre no último filme, vai sair da matrix e se tornar... mais jovem?

Por que a Trinity não se lembra do Neo?

Até a estreia estaremos livres do Covid-19 para assistir essa porra no cinema jogando pipoca para o alto?


Essas e outras questões só serão respondidas em dezembro, quando Matrix Resurrections deve estrear por aqui.

No trailer, além do retorno de Keanu Reeves e Carrie-Anne Moss a seus papéis icônicos, vemos caras novas como a de Neil Patrick Harris — como uma espécie de psicanalista do "senhor Thomas" —, Yahya Abdul-Mateen II — o Arraia Negra do filme do Aquaman, aqui como um suposto jovem Morpheus — e Jessica Henwick — a Collen Wing de Punho de Ferro —. 

Além deles, estão creditados no elenco também Christina Ricci — veremos a Wandinha da Família Addams descendo a porrada? —, Priyanka Chopra — a vilã de Baywatch — e os retornos de Jada Pinkett-Smith (a Niobe) e de Daniel Bernhardt (o agente Johnson).

Lana Wachowski prometeu uma nova revolução visual para os cinemas com esse revival de Matrix, mas o trailer ainda não mostrou nada que já não tenhamos visto anteriormente, exceto, claro, a própria jornada do herói Neo, que pelo visto, foi rebootada.

Já que o Keanu Reeves não se deu ao trabalho de mudar o visual e continua com a cara do John Wick, ao invés de andadinha na parede e tiro em câmera lenta, bem que a gente poderia ver o Neo na boa e velha trocação mano a mano e aquela maravilha de TIRO NA CARA que o velho "Baba Yaga" sabe fazer como ninguém, não é mesmo?

 


P.S. - Será que a velharia que viu os três filmes na época se empolgou com esse trailer ou os menó também se animaram a ver Matrix Resurrections? 

P.S. 2 - Se trocaram mesmo o Lawrence Fishburne pelo Abdul-Mateen no papel de Morpheus, o recado de Hollywood — e do universo — é claro: ficou velho e gordo, você é descartado por alguém mais jovem e sarado!

NAMASTE!

2 de setembro de 2021

A quadrilogia Batman

Batman quadrilogia


Aproveitei a promoção da HBO Max de assinatura grátis por 7 dias para testar a plataforma e curti recentemente uma cacetada de conteúdo novo e original disponível no serviço de streaming. Além de filmes recém-estreados como Space Jam – Um Novo Legado, Godzilla vs. Kong, o novo Mortal Kombat e outros sucessos, decidi rever algumas velharias do catálogo e comecei logo pela quadrilogia Batman (1989 – 1997)

Aiiiin, Rodman! Esses filmes velhos, feios e bobos! Prefiro as obras do Snyder! O Zack é Deus… ele é lindo, gostoso, sarado…

Licença, jovem padawan… ninguém pediu a sua opinião por enquanto


Michael Keaton Bruce Wayne


Lá em dois mil e blau eu já tinha feito um review sobre “Batman” de Tim Burton na época em que o morcegão da DC estava completando 80 anos, por isso, nesse post, vou me ater mais aos outros três filmes que assisti quase em sequência há alguns dias. 

Sigam-me os bons para mais um Do Fundo do Baú com o tio Rodman! 


BATMAN O RETORNO


Batman a quadrilogia


Eu já devo ter contado aqui que o primeiro filme do Batman teve forte influência em minha ascensão nerd — se é que ainda dá pra se ter orgulho de falar isso em voz alta — e que toda vez que ele passava na televisão eu fazia questão de assistir por achar muito foda. A meu ver, até hoje, muito do que Tim Burton desenvolveu no final dos anos 80 para o universo cinematográfico do Homem-Morcego impactou diretamente na transposição do personagem dos quadrinhos para o audiovisual nas décadas seguintes e eu fui um dos jovens padawans que foram diretamente afetados por essa influência. 


batman o retorno


O logotipo dentro da elipse amarela, o traje todo preto, as bat-traquitanas, o Batmóvel fodão, a Batwing… são tantas referências ao que influenciou os criadores que vieram depois do Burton que vou parar por aqui, antes que esse post vire (novamente) uma ode ao longa de 89.

Faziam alguns bons anos que eu não revia Batman O Retorno e decidi fazê-lo com bastante atenção aos detalhes da produção que, como a primeira, também foi dirigida por Tim Burton e estrelada por Michael Keaton em 1992.

O jovem Rodman já tinha ficado bestificado com o antecessor — e toda a mídia também, já que só se falava em Batman! —, por isso, foi até natural que a sequência do grande sucesso criasse expectativas na galera. O hype era tão alto, que lembro que rolou até matéria no Fantástico da Globo falando do lançamento do segundo filme e eu parei maluco em frente à TV vendo a cena do trailer em que o Batmóvel passa no meio de um engarrafamento arregaçando vários carros que estão em volta. Aquilo me deixou surtado. 


quadrilogia Batman


Além da matéria jornalística, eu lembro também que a Pepsi lançou uma coleção de tampinhas de garrafa com desenhos dos personagens do filme e que concorria a ingressos para a estreia quem juntasse os selos que vinham dentro das tampinhas. 

Rapaz! Eu nem sei de onde saíram essas recordações! Nem sabia que meu HD cerebral ainda retinha essas coisas!

Na história do filme, algum tempo depois de livrar Gotham City da terrível ameaça do Coringa — que só queria matar a população com produtos cosméticos adulterados —, o Batman (Michael Keaton) cai nas graças da Polícia local e passa a incomodar os criminosos da cidade. Agora, boatos sobre um “homem-pinguim” começam a ganhar os jornais como numa lenda urbana, enquanto um empresário inescrupuloso chamado Max Shreck — não confundir com o ogro! — pretende desenvolver uma usina na cidade para garantir o reabastecimento energético e impedir apagões… 


Christopher Walken Batman


Qualquer semelhança com a realidade brasileira atual em que estamos à beira de outro colapso de energia elétrica, é mera coincidência!  

A ideia da usina, claro, é apenas uma cortina de fumaça para que Shreck (Christopher Walken) roube a energia da cidade com um transformador e se torne um acumulador ao invés de um gerador. Ao bisbilhotar os arquivos confidenciais — ôôô loco, meu! — do chefe, a secretária dele, Selina Kyle (Michelle Pfeiffer), acaba descobrindo detalhes técnicos de como a geringonça funciona na verdade e não demora a sacar que naquele angu tem caroço. 


a usina do Shreck


O resultado? 

Ao descobrir os planos malignos do patrão, como todo gato curioso, Selina acaba sendo atirada para a morte do alto do prédio de Shreck, mas em vez de ceifar sua vida, o acidente acaba gerando um sentimento de vingança na moça, que mais tarde decide se tornar a Mulher-Gato.


Selina Kyle Michelle Pfeiffer


Ainda nesse contexto sobre a tal usina — que não sabemos se é hidroelétrica, eólica ou nuclear porque isso não fica claro no roteiro —, Shreck decide pedir auxílio financeiro a Bruce Wayne para a criação da matriz energética e ele se recusa, alegando que Gotham “já tem energia em excesso”

O plano do empresário é tão rocambolesco que eu não me surpreenderia se o Ministro de Minas e Energia brasileiro atual resolvesse aparecer a público com uma ideia parecida para resolver nossa crise de luz! Afinal, planos vilanescos e maquiavélicos de histórias em quadrinhos é a especialidade dessa várzea de governo! 

Para de falar mal do meu Capitão, Rodman, seu comunista!

Ok. Voltamos então ao filme.

É bacana mencionar que, até esse encontro entre Bruce e Max, NADA sobre a vida empresarial do alter-ego do Batman tinha sido mencionado nesse ou no filme anterior. Para o público em geral, ele era só rico e ponto. Os roteiristas não se importavam em nos dizer de onde vinha a fonte de renda do bilionário ou o que ele fazia quando não estava andando fantasiado à noite espancando pobre fodido e doente mental. 

Sobre a Mulher-Gato/Selina Kyle de Michelle Pfeiffer, também levantei alguns pontos curiosos sobre a personagem no filme. Por exemplo... como foi que ela sobreviveu à queda do prédio?


Selina Kyle Michelle Pfeiffer


Dããã, Rodman! Estava nevando! A neve amorteceu a queda… além disso, os gatos que lambem as feridas dela depois da queda lhe deram superpoderes e ela passou a ter sete vidas!

Eu ri, jovem padawan!




Lembrando que, nos EUA, os gatos são melhores que os nossos e eles têm 9 vidas!

Além do mistério sobre a queda de Selina, outro ponto que me deixou curioso, é como ela se tornou uma hábil lutadora que do nada estava chutando estuprador nos becos, dando bicuda no Batman e manuseando um chicote como uma dominatrix sadomasô do dia para a noite?


Selina Kyle Michelle Pfeiffer


Vale lembrar que nada sobre seu passado havia sido nos mostrado na primeira hora de filme e que tudo que sabíamos de Selina era que a coitada não tinha sorte com os homens — e ela mesma reclama disso várias vezes —, tinha a incrível capacidade de fazer um ótimo cafezinho, possuía habilidades hackers — já que ela descobriu a “difícil” senha do computador do chefe — e que era muito distraída, além de curiosa. 

Nada na história nos dizia que ela já tinha sido uma ginasta olímpica ou que tinha trabalhado como domadora de feras num circo, mas se atinarmos a nossa suspensão de descrença e ter fé no Pai que basta botar um colante de látex no corpo para que você instantaneamente ganhe a capacidade de chutar bandido na rua, esses detalhes passam suavemente. 

Foram os gatos, Rodman. Já disse. Eles deram superpoderes à ela!

Nota também para o comentário passivo/agressivo/machista da Mulher-Gato ao fazer sua estreia nas ruas de Gotham e salvar uma mina que está prestes a ser estuprada:

“… você fica facilitando na rua, esperando o Batman aparecer para te salvar…”

Soa quase como um “aí, tá vendo? Se não tivesse saído com essa calça apertada, essa saia curta e esse decote, não tinha sido estuprada! ”.


Selina Kyle Michelle Pfeiffer


Aiai! Ainda bem que o discurso feminista da Selina melhora ao longo do filme!  

Ainda sobre a Mulher-Gato, é inegável que apesar desse filme ter quase 30 anos nas costas, o traje preto brilhante com costuras brancas evidentes é, até hoje, o melhor visual da personagem nos cinemas. Não que o recheio da Pfeiffer dentro dele seja ruim, mas o visual de gata sadomasoquista combina pra caralho com toda a atmosfera gótica e sombria imposta por Tim Burton. Na minha cronologia pessoal, essa Mulher-Gato ainda é a oficial e deveria ter durado mais tempo. 

Além da felina sadomasô, em “Returns”, o Batman ainda tem que enfrentar o Pinguim, que nesse longa, é vivido impressionantemente bem pelo baixinho Danny DeVito. Mais uma vez, a produção de caracterização que já tinha matado a pau no filme anterior com o visual do Coringa do Jack Nicholson, elevou o nível nessa sequência e é realmente possível acreditar que aquele Oswald Cobblepot é mesmo um cara que nasceu com uma deformidade peculiar que o assemelhava a um pinguim. 


Pinguim Danny DeVito


Além da aparência bizarra — com DeVito coberto por quilos de maquiagem e próteses — ser plasticamente assustadora, é importante mencionar que o trabalho vocal do ator também ajudou bastante nesse intuito. Eu nunca tinha assistido esse filme em seu som original e pela primeira vez pude ouvir os rosnados e grunhidos anasalados que DeVito emite antes e depois de algumas frases. Ele realmente interpreta uma criatura sobre-humana e isso causa uma sensação perturbadora durante seus diálogos. 

Apesar dessa representação animalesca fugir bastante ao que o personagem é nas HQs, o Pinguim do cinema ainda é uma das melhores representações dele no audiovisual. Vamos ver o que o Colin Farrell vai conseguir fazer no vindouro "The Batman".

Mais um ponto que levantei sobre Batman O Retorno que eu não tinha percebido se existia também no filme de 89, são as óbvias insinuações sexuais que abundam ao longo da projeção. Num certo diálogo entre Shreck e Oswald, o Pinguim chega a sugerir que quer “entrar nas partes” de sua secretária de campanha para prefeito de Gotham e em outro momento, o personagem dá uma manjada MONSTRA na raba da Mulher-Gato quando ela o procura para propor uma aliança contra o Batman. 

Oswald, aliás, é descrito sempre como um personagem de apetite sexual voraz e é claro seu interesse em sempre levar as mulheres a seu redor para o “abatedouro”, digamos assim. 

Destaque para o “sensual” banho felino que a Mulher-Gato toma na frente do Pinguim, deixando o cara maluco! 


Pinguim e Mulher-Gato


Bacana também sinalizar que Batman O Retorno é uma sequência quase que imediata de Batman, porque além de voltar na história com alguns coadjuvantes como o Comissário Gordon (Pat Hingle) e o Alfred (Michael Gough), eles mencionam um “palhaço” que aterrorizou Gotham anteriormente, fazendo referência ao Joker, o palhaço, o bobo, o Curinga. O próprio Bruce Wayne relata porque seu relacionamento com a Vicky Vale (Kim Basinger) não deu certo, o que nos transmite aquela sensação de continuidade e não de dois capítulos na vida do Batman soltos e isolados. 


Comissário Gordon e Alfred


Em um diálogo com Selina, após o bilionário se sentir atraído por ela — quem nunca! — e a convidar para um jantar em sua mansão, ele comenta que Vicky se sentiu ameaçada por sua vida dupla e que decidiu deixá-lo para trás por não saber lidar com isso. Embora um não saiba a identidade secreta do outro até aquele momento, é interessante nessa cena que ambos falam cheios de metáforas sobre dualidade e como se sentem solitários por não conseguir conciliar secretamente suas duas vidas. 


Selina e Bruce


A química entre Keaton e Pfeiffer é imensamente melhor do que a dele com Basinger no primeiro filme, mas é bem evidente que a Selina Kyle é muito melhor trabalhada do que a Vicky Vale, que era mais um bibelô que vivia em perigo, sendo disputada pelo Batman e pelo Coringa. 

Nesse ponto do enredo, os dois já tinham se encontrado com suas personas noturnas e após trocar socos, estavam cheios de hematomas — ela rasgou o Batman com suas garras e ele jogou um troço incendiário nela! —, e quando começam a dar uns pegas no sofá, sentem os ferimentos gritarem por baixo da roupa. É uma cena bem engraçada. Não dá pra dizer que Keaton é um mau ator e a Michelle está ótima. 


Selina e Bruce


Batman O Retorno é bem melhor do que eu me lembrava e não deixa nada a dever para seu antecessor, apesar das escorregadas óbvias de roteiro e a galhofada super-heroica necessária para a época. A história se sustenta pelo carisma de seus personagens e o talento de seus atores, mas claro que também é sempre bom ver em tela esse Batman live-action com suas bugigangas tecnológicas e máquinas inventivas. 

O filme prende tanto a atenção, que me vi curtindo até coisas bobas como o Morcego dando um rolê de Batmóvel na neve e depois ele sem luvas na batcaverna todo estropiado pedindo um antisséptico para o Alfred após o arranca-rabo com a Mulher-Gato. Esses detalhes não são mostrados no primeiro filme e acrescentam bastante ao universo desenvolvido pelo maluco do Tim Burton. Quase tive vontade de ver o que mais ele tinha em mente para um terceiro filme sob sua batuta.

 

BATMAN ETERNAMENTE


batman forever


Lançado nos cinemas em 1995, Batman Eternamente procurou manter aquecida a “batmania” iniciada em 1989 e para o lugar de Tim Burton — que foi demitido largou o projeto por deixar o clima dark demais para as criancinhas divergências criativas, mas que aparece creditado como Produtor Executivo — a Warner contratou o gabaritado Joel Schumacher de “Os Garotos Perdidos” (1987) e “Um dia de Fúria” (1993). Entre os quatro filmes da franquia, "Forever" fica em segundo lugar nas bilheterias — o longo rendeu 336 milhões nos EUA e perde apenas para o primeiro “Batman”, que faturou 411 milhões — e abre um abismo de qualidade entre ele e tudo que Burton já tinha criado antes disso. 

 

Joel Schumacher


Logo nos créditos iniciais, dá para notar pela diferença de técnica na direção e pela música de abertura que algo de errado não está certo. À frente da trilha sonora agora está Elliot Goldenthal no lugar do já icônico Danny Elfman e ao invés das sombras góticas e dos cenários lúgubres e sujos de Gotham há muito, MUITO neon colorido.

Duas-Caras caricato e histriônico, batmamilos, um Charada com humor excessivo — todo mundo diz que Jim Carrey estava pronto para fazer um excelente Coringa, em vez do Charada —, roteiro fraco, trama rocambolesca… enfim. Batman Forever já apanhou o bastante por mais de uma década por conta desses problemas, por isso, vou me reservar a falar apenas do que eu acabei gostando de relembrar ao assistir o filme. 


Duas-Caras e Charada


Quando se tem 13 anos, é fácil gostar de QUALQUER filme de super-herói, e na época — até por falta de demanda —, é lógico que eu fiquei maluco com o lançamento de Batman Eternamente, a ponto de colecionar figurinhas autocolantes num álbum da Panini, de me reunir com a galera na casa de algum colega de escola para assistir a fita VHS — DIM DIM DIM! Alerta de idade tocando! — e de rever todas as vezes que passava no SBT.

Guardadas as devidas observações, o que eu acabei gostando nessa última revisitada é que Val Kilmer também é um bom Bruce Wayne, embora não seja tão talentoso quanto seu intérprete anterior. 


Val Kilmer Batman


Se como Batman ele se reserva a fazer uma cara meio apalermada embaixo da roupa de morcego — além do biquinho sensual com a boca —, como Wayne, é interessante perceber que ele se esforça para criar uma atmosfera mais séria em torno de seu personagem. 

Todo o longa se baseia em Bruce aprendendo a viver com seus “demônios internos” e o trauma de ter assistido ao assassinato de seus pais ainda na infância. Com o intuito de amenizar seu sofrimento, ele acaba se interessando pela doutora Chase Meridian (Nicole Kidman), a psicanalista à serviço do Arkham que está ajudando a Polícia de Gotham a estudar a mente de “seres fantásticos” como o Duas-Caras — vivido por Tommy Lee Jones, que aparece com parte do rosto deformado logo no início, dando indícios de que ele já é um vilão há algum tempo no enredo — e o próprio Batman.

Embora de maneira meio superficial, o roteiro tenta nos fazer crer que a doutora Meridian é uma perita no assunto psique humana e que ela pode ajudar Bruce a superar seus traumas, já que agora, além de sonhos com a noite da morte dos pais, ele também tem devaneios enquanto está acordado.


Nicole Kidman Chase Meridian


Toda essa vontade de fazer o roteiro parecer que vai ser levado a sério vai pro caralho quando a doutora, em vez de estudar os malucos de Gotham, acaba ficando atraída sexualmente por um deles e começa a se ver dividida entre Bruce e Batman, sem saber que os dois são a mesma pessoa. 

Sério! 

A mulher fica muito na fissura! Num grau que ela acaba agarrando o Morcego no meio de um quebra-pau para lhe roubar um beijo. Depois disso, ela ainda marca um encontro noturno com ele em sua casa e o recebe coberta apenas por um lençol! 


Nicole Kidman Chase Meridian


Mano! É muito tesão em caras de colante com batmamilos! 

O “triângulo amoroso” Chase/Bruce/Batman é uma das poucas coisas que causa alguma tensão sexual nesse filme — isso se você não curte o close na bundinha do Batman quando ele veste a roupa —, mas fica claro que é muito pouco aproveitado por falta de tempo de tela… afinal, a trama maluca envolvendo dois super-vilões engraçaralhos que querem “roubar a inteligência” das pessoas de Gotham e a introdução do Robin na história precisa andar.


close na bundinha do Batman


Outra coisa que acabei achando interessante nesse terceiro filme é a engenhosidade técnica que Schumacher — e sua equipe de produção — usa nas cenas mirabolantes de ação. De um modo geral, as sequências não empolgam e as lutas nem são tão bem coreografadas quanto eu me lembrava que eram, mas todos os cenários e as armadilhas que o Duas-Caras e o Charada criam para foder o Batman — e não estou falando literalmente, claro! — são muito bem elaborados, além de que a tecnologia visual usada para a época é até bastante convincente.    

Apesar de não ter Danny Elfman comandando a trilha sonora, convenhamos que uma das melhores coisas do filme é a música do Seal, “Kiss from a Rose”!



♫ Ba-da-da, ba-da-da-da-da-da, ba-da-da

Ba-da-da, ba-da-da-da-da-da, ba-da-da

Theeeeere used to be a graying tower alone on the sea

Yooooou became the light on the dark side of me...♪


BATMAN & ROBIN


Batman & Robin


E chegamos à pá de bosta cal que enterrou a franquia Batman por anos no cinema: o infame Batman & Robin.

Outra vez dirigido por Joel Schumacher, o quarto filme do Homem-Morcego foi lançado em 1997 e faturou a menor bilheteria entre eles, apenas 238 milhões


Joel Schumacher


Como fiz no tópico anterior, vou me ater a falar mais das coisas boas dessa produção, até porque, as más já foram repetidas incansavelmente todo esse tempo. 

Rodman, você considera Batman & Robin o pior filme de super-heróis de todos os tempos?

Nem de longe, jovem padawan! 

A meu ver, ele está no mesmo nível de Batman Eternamente e é bem superior a algumas bombas da própria Warner como Lanterna Verde (2011), Jonah Hex (2010) — que eu nunca vi, mas acredito em vocês que dizem que É UMA BOSTA! — e, claro, a Mulher-Gato (2004) com a Halle Berry. Até mesmo na Marvel tem coisa pior, tipo, Elektra (2005), Motoqueiro Fantasma (2007), Justiceiro 2 (2008), etc, etc.

Sobre o que eu gostei… 

O plot da doença do Alfred — ainda vivido por Michael Gough — é um ponto bastante sensível no roteiro e mesmo quase perdido em meio a toneladas de efeitos visuais discutíveis e cenas de ação “firulescas”, é algo que dá algum valor à história.

O mordomo britânico é a única figura paterna da qual o herdeiro dos Wayne se recorda desde criança, portanto, é saudável questionar o que mudaria em sua vida e na de seu alter-ego se o velho companheiro adoecesse e morresse?  


Alfred Michael Gough e Bruce Wayne George Clooney


Essa pergunta não é respondida no filme — até porque o véio não morre —, mas cria uma atmosfera melancólica e nostálgica à relação entre Alfred e Bruce que dá uma profundidade à narrativa rasa. George Clooney está sempre com aquele ar canastrão na cara e parece difícil exigir alguma dramaticidade sua em cena, mas mesmo assim, é possível enxergar um valor "roteirístico" ao filme enquanto os dois personagens vão se lembrando do passado em que interagiram pela mansão Wayne durante a infância de Bruce. As cenas em flashback quase funcionam como uma despedida antecipada, nos fazendo mesmo acreditar que o mordomo vai partir dessa para uma melhor.   

Dá pra ver uma relação de pai e filho ali, algo que Wayne se lamenta por não poder transmitir da mesma maneira para  Dick Grayson (Chris O’Donnel), o garoto órfão que ele acolheu em sua casa no filme anterior, após o assassinato de seus pais. O tema paternidade é bastante recorrente em Batman & Robin, mas claro que podia ter sido feito com bem mais capricho.


Robin Chris O'Donnel


E os vilões?

Ah, os vilões!

Deus do céu!

Desta vez, Gotham City está sendo ameaçada por um bad guy de coração gelado — piadinha ruim a nível do filme! — chamado Sr. Frio que começa a saquear tudo quanto é joalheria para obter diamantes — ou seriam cristais? Eu não lembro! —, peças fundamentais tanto para o funcionamento de sua armadura tecnológica congelante quanto para o equipamento que ele imagina poder salvar a vida de sua esposa, que sofre de uma doença rara — curiosamente, a mesma da qual padece Alfred.


Mr. Freeze Arnold Schwarzenegger


Entre os vilões do Batman, Victor Fries é um dos que tem o background mais trágico. No início, contrariado, ele entra para a criminalidade no intuito de custear sua constante busca de encontrar a cura para a esposa Nora, mas nunca consegue. No filme, no entanto, é claro que a gente não vê nem uma fração dessa carga dramática, já que ele está sendo interpretado por Arnold Schwarzenegger — que não é muito conhecido por seu talento interpretativo — e uma vez que além das limitações de seu intérprete, o roteiro coloca Fries no papel de mais um vilão mauzão e engraçadão que só congela as pessoas enquanto solta piadinhas vergonhosas. Pouco drama e muita comédia, algo que é mais o forte do Schwarzzas. 


Mr. Freeze Arnold Schwarzenegger


Até a animação da Harley Quinn, que é galhofa pura e focada no humor negro, soube tratar melhor o personagem no quesito seriedade!

Apesar da caracterização comportamental do personagem destoar bastante do que conhecemos dele nos quadrinhos, devo salientar que o traje metálico “tunado” e a maquiagem de Arnold lhe dão um tom ameaçador, o que lhe concede, sobretudo, um dos melhores visuais de vilões entre todos os quatro filmes. Essa armadura é bem melhor do que aquela jarra de vidro que ele usa na cabeça nas animações e nos gibis! 

A Hera Venenosa de Uma Thurman é burocrática, mas não chega a decepcionar, uma vez que ela faz no filme exatamente o que a personagem era destinada a fazer na maioria das histórias em quadrinhos que aparecia na época: seduzir homens para atingir seus objetivos. 


Pamela Isley Uma Thurman


Basicamente, a Hera age assim o filme todo e só não consegue usar seus poderes "feromonais" quando tem que enfrentar no mano-a-mano — ou no mina-a-mina — a Batgirl (Alicia Silverstone) depois que a garota integra a bat-família já no terceiro ato da trama.

Aiiiiiin, credo, Rodman! Ela é muito magrela! Não tem peitão, não tem coxão… como pode achar ISSO bom?

Convenhamos que nenhuma adaptação de personagem feminina extraída dos quadrinhos para outras mídias faria jus ao que era na época, colega! 

Estávamos em plenos anos 90. A Era da punheta! As heroínas, vilãs e até as coadjuvantes eram desenhadas GOSTOSÍSSIMAS nas HQs e nenhuma mulher real conseguiria se equivaler aquele apelo visual. Nem as mulheres-frutas! O corpo esguio de Uma Thurman nem chega a ser um dos problemas de sua caracterização. 


Hera Venenosa gostosa


O fato é que a personagem é bastante rasa até para um filme como esse. A sua doutora Pamela Isley até chega a insinuar algum tipo de engajamento quanto à causa do desmatamento e da preservação ambiental ANTES de tomar um "banho químico acidental" e se tornar, de fato, a Hera Venenosa, mas depois que ela ganha poderes, ela quase não faz nada para provar o seu ponto e REALMENTE proteger a flora e o meio ambiente da ação humana. Tudo que ela faz é usar o Bane ogro — que só rosna e repete frases — como aríete para bater nas coisas e causar rivalidade na dupla dinâmica que, obviamente, fica seduzida pelos encantos da ruiva. 

Nem mesmo o plot de "doutora ingênua que quer salvar o mundo e que vê suas convicções soterradas pela ganância de empresários malignos" se sobressai mais que dois minutos na história e ela se torna uma personagem bem vazia no final das contas. Uma pena, porque, apesar de tudo, Thurman encarna muito bem o lado femme fatale da Hera. 

O momento de redenção do Sr. Frio no final e seu reencontro no Arkham com a Pamela Isley fecham os poucos momentos bons desse filme e apesar do saldo parecer negativo se fizermos uma média entre prós e contras, a meu ver, Batman & Robin ainda rende bons momentos de entretenimento se o consideramos como um produto feito para a molecada se divertir e apenas isso. 

Sei lá… o Rodman de 13 anos ia achar um barato o Robin descendo do céu de “skate” voador gritando “Cowabanga! ” — ou “ah, eu tô maluco!” na dublagem brasileira! — e ia se sentir compensado no close da bundinha da Batgirl na hora dela vestir a roupa de heroína. 


Batgirl Alicia Silverstone


P.S. – Eu tinha verdadeira paixão na Alicia Silverstone na época de “As Patricinhas de Beverly Hill” e assistia sempre que passava na Sessão da Tarde.

P.S. 2 - Parecia algo incrível de se imaginar há alguns anos, mas Michael Keaton vai mesmo voltar a interpretar o Batman/Bruce Wayne numa produção da Warner/DC. O cara retorna ao papel que consagrou (e amaldiçoou) sua carreira no filme solo do Flash que deve ser lançado nos próximos anos. Ele seria um velho Bruce Wayne rabugento excelente em uma adaptação de Batman do Futuro, nénão? 

NAMASTE!   

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