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16 de dezembro de 2021

Corrente das séries

Blog do Rodman a corrente das séries

Há alguns anos, quando eu ainda usava outras redes sociais além do Twitter, eu recebi a corrente das séries em um post e achei bacana responder os 18 tópicos de sua lista.

Naquela época, o resultado foi o seguinte:


1. Nunca assisti: Seinfeld

2. Não sinto vontade de assistir: Grey's Anatomy

3. Assisti mais de uma vez: Westworld (até pra poder entender! Hehehe!)

4. Última que maratonei: La Casa de Papel

5. Todo mundo gosta e eu não: The Office

6. Abandonei: The Walking Dead

7. Me frustrei: Game of Thrones 

8. Surpreendeu: A Maldição da Residência Hill

9. A melhor: LOST

10. Reality: Sei lá… não vejo nenhum. 

11. Emociona: Eeeeeee… não sei. 

12. Quero Assistir: Community

13. Marcou a infância: Jaspion

14. Marcou a adolescência: Lois & Clark

15. Recomenda: Breaking Bad, Marianne

16. Cancelaram e sofri: Se cancelaram é porque é ruim! 

17. Pra relaxar: Friends

18. Um clássico: 24 Horas


Agora, muitos anos depois, resolvi recriar essa lista — até porque estou com preguiça de escrever outros posts — e vou apresentar a versão 2021 da Corrente das (minhas) Séries. Sigam-me os bons!


1. Nunca assisti:

Corrente das séries


Ouvi ótimas recomendações sobre Seinfeld, já fui incentivado a assistir mais de uma vez, a série estreou recentemente no catálogo da Netflix… Mas até hoje, eu nunca assisti e nem sei se vou. Quem sabe?
 

 

2. Não sinto vontade de assistir:

Corrente das séries


Cara! 18 temporadas em uma série sobre médicos… Não rola. Continuo não tendo vontade nenhuma de começar a assistir Grey's Anatomy.


MENÇÃO HONROSA: Loki do Disney + que foi a única das séries da Marvel para a qual simplesmente caguei e não vi até hoje.

 

3. Assisti mais de uma vez:

Corrente das séries


A série dos Titãs da Netflix/Warner eu já assisti mais de uma vez, até porque atualmente, as coisas somem da minha mente com muita facilidade e como são poucos episódios, é bem rápido de ver tudo de novo.

MENÇÃO HONROSA: A primeira temporada de Stranger Things eu já assisti mais de uma vez e pretendo rever todas as três antes da estreia da quarta temporada.

 

4. Última que maratonei:

Corrente das séries

Eu tenho assistido a muitas séries atualmente — sobretudo as antigas, que já vi várias vezes! — mas maratonar mesmo, de em poucos dias detonar com várias temporadas inteiras, eu só fiz com Orphan Black.

Eu nunca tinha desenvolvido interesse em ver a série por total ignorância sobre do que se tratava, mas bastou eu ler a sinopse uma vez para me sentir totalmente atraído para a história.

“Uma mulher se depara com alguém idêntica a ela cometer suicídio e quando decide assumir a identidade dessa pessoa, ela atrai para si vários problemas gerados pela vida daquela total estranha”.

A primeira temporada é absurdamente frenética e a cada novo episódio, a gente vai descobrindo cada vez mais motivos para continuar acompanhando a trajetória de Sarah Manning (Tatiana Maslany) enquanto ela se faz passar pela policial Beth.

Eu assisti as cinco temporadas quase sem pausas por conta da contagem regressiva imposta pela Netflix, que resolveu remover a série do catálogo, e foi uma verdadeira maratona liquidar todos os episódios e descobrir, afinal, qual seria o destino de Sarah e suas diversas cópias.

A Tatiana Maslany foi escalada para viver a Jennifer Walters e a Mulher-Hulk no seriado da Disney + e eu já estou ansioso para assistir. Ela conseguiu dar vida a quase 10 personagens diferentes em Orphan Black e mesmo se tratando de clones, a gente consegue ver nitidamente as diferenças sutis entre todas elas. Genial!


MENÇÃO HONROSA: Assistir todos os episódios de Round 6 não foi bem uma maratona e sim uma corrida até a esquina, mas a série rendeu bons momentos de diversão. É bom sair, de vez em quando, da nossa zona de conforto e experimentar produtos de outros lugares do mundo. Apesar do último episódio cagado, toda a primeira temporada é bastante empolgante… e é totalmente desnecessário que tenha uma segunda!

 

5. Todo mundo gosta e eu não:

Corrente das séries

Dizem que leva um tempo para se gostar de The Office, que os primeiros episódios são mesmo um pouco lentos… Mas eu não consegui achar graça de nada do que vi no começo da primeira temporada. Fica para uma próxima vida, quem sabe!

 

MENÇÃO HONROSA: Elite da Netflix… Assisti a alguns episódios e achei beeeem caidinha. Não me agradou.

 

6. Abandonei:

Corrente das séries

Assim como The Walking Dead, que citei na primeira lista, eu larguei mão das séries da CW. Consegui concluir Arrow, que era a que eu mais tinha simpatia, mas The Flash, Batwoman, Supergirl e Legends of Tomorrow me recuso a continuar assistindo. Deus que me livre!

 

7. Me frustrei:

Corrente das séries

Depois de LOST, acho que Game of Thrones foi a série que mais se aproximou de unir gregos e troianos num único intento, todos os domingos à noite.

Era incrivelmente prazeroso assistir aos episódios semanais e depois comentar no Twitter com a galera todas as emoções vividas até a sétima temporada, pena que a série foi ladeira abaixo em sua reta final.

Longe das mãos do George R.R. Martin — o autor dos livros da saga Crônicas de Gelo e Fogo — que nunca escreveu o final da sua própria história, os showrunners da série da HBO D.B. Weiss e David Benioff decidiram entregar um trabalho porco e apressado para encerrar a série, achando que assim, estariam agradando aos fãs, que também, como na época de LOST, viviam sugerindo e exigindo nas redes sociais o final que gostariam de assistir.

Por fim, GOT terminou de maneira melancólica e ninguém ficou satisfeito com os destinos dos personagens principais.

Daeneys morreu de um jeito idiota, Jon Snow voltou a ser o nada que sempre foi desde o começo da série, o Rei da Noite foi destruído de maneira cretina e a Arya Stark se tornou uma… pirata?

Tomanocu!

Final bem aquém de tudo que a série prometia desde o início, o que, obviamente, não apaga em nada a excelente trajetória e a produção acima da média que Game of Thrones sempre teve desde seu primeiro episódio, em 2011. Ou será que apaga?

 

8. Surpreendeu:

 Corrente das séries


Numa das minhas últimas idas à CCXP, eu cheguei a ver um cartaz de Desalma no painel da Globoplay e por se tratar de “bruxaria” em uma produção brasileira, eu me empolguei para assistir.

Eu maratonei os 10 episódios da série de uma tacada só e realmente fui surpreendido pela qualidade da produção que tem toda a cara de material gringo, tanto pela excelente fotografia quanto pela direção artística de João Paulo Jabur, Pablo Müller e Carlos Manga Jr..

A história fala sobre antigos rituais que ocorriam na cidade fictícia de Brígida, no Rio Grande do Sul e uma festa de origem pagã chamada Ivana-Kupala, onde uma jovem moradora local chamada Halyna (Anna Melo) acaba perdendo a sua vida.

Toda a trama que envolve o assassinato da garota reverbera pelos demais personagens ao longo dos anos e a personagem de Cássia Kiss — uma bruxa local —, que é a mãe de Halyna, acaba ditando os rumos da série.

Escrita por Ana Paula Maia, Desalma é um dos produtos nacionais mais bem feitos dos últimos anos, entrega ótimas atuações de Claudia Abreu e Maria Ribeiro e uma segunda temporada já está em produção.

 

9. A melhor:

Corrente das séries

Em 2021, fazem 11 anos do fim de LOST e até hoje, continuo elencando essa série como a melhor de todas os tempos.

LOST era para mim, muito mais do que apenas os mistérios sobrenaturais da ilha onde o avião da Oceanic Airlines cai no primeiro episódio ou as experiências científicas realizadas no local pela Iniciativa Dharma… A meu ver, a série falava sobre os personagens e era por eles que eu torcia do início ao fim de sua saga, mesmo que muitos deles não tenham conseguido chegar lá.

Eu era incrivelmente apaixonado por todos eles e me vi identificado pelos seus dramas de vida, pelos obstáculos que enfrentavam e pela maneira como tentavam resolver seus problemas pessoais, tais quais abandono parental, alcoolismo, crises conjugais, abuso de drogas e dificuldades para lidar com perdas.

Jack. Hurley. Kate. Locke. Sawyer. Jin. Sun. Charlie Nick e Paulo… NÃO, zoeira! e tantos outros fizeram parte da minha vida por seis maravilhosos anos e sempre que posso, eu os revisito, revendo todas as temporadas daquela que foi e sempre será a melhor série de todos os tempos.

 

10. Reality:

Corrente das séries

Eu assisti ao Brincando com Fogo original e até comentei aqui o que achei. Tentei assistir a versão brasileira narrada pela Bruna Louise, mas decidi que não tenho tanto tempo de vida para perder com essa besteira.

“Quando eu tiro a camisa na balada, nenhuma mulher consegue resistir ao meu charme”.

Fala sério! Que tipo de pessoa fala uma coisa dessa no mundo real?

 

11. Emociona:


Corrente das séries

 


Sob Pressão da Globoplay é uma daquelas séries médicas que me fizeram dar uma chance ao gênero que sempre abominei.

Tenho acompanhado há algum tempo e a cada episódio, fico ainda mais impressionado com o talento interpretativo de Marjorie Estiano.

Os encontros e desencontros da doutora Carolina e do doutor Evandro (Júlio Andrade) que tentam manter um relacionamento enquanto a vida no hospital público do Rio de Janeiro os afasta, são o mote principal da série, mas é acompanhando as vidas dos pacientes que chegam ao local que mais somos atingidos pelas emocionantes tragédias da vida real que o roteiro nos transmite a cada novo episódio.

Me vi chorando em vários momentos da série e essa última temporada especialmente, exibida esse ano, em período pós-pandemia — por assim dizer, embora a pandemia ainda não tenha acabado — me acertou de uma maneira bem particular.

Todas as quatro temporadas de Sob Pressão estão disponíveis no Globoplay e a direção é de Andrucha Waddington.

 

12. Quero Assistir:

 

Corrente das séries

Não tenho muitos motivos para querer continuar vivo, mas eu gostaria muito de assistir à série da Mulher-Hulk que estreia em 2022 na Disney +.

A personagem tem um timing de comédia muito bom nos quadrinhos — em especial, as suas fases nas mãos de John Byrne e de Dan Slott — e acho que combina bastante com a pegada dos filmes da Marvel, sem falar na quantidade absurda de cameos que pode render o tema "advocacia", com a participação de vários outros personagens do MCU… 

O que óbvio, não vai acontecer!

Mesmo assim, de todas as séries que estão prestes a estrear, She-Hulk é a que mais me deixa empolgado.

 

13. Marcou a infância:

 

Corrente das séries

O fantástico Jaspion me marcou de maneira muito intensa na infância e a série do maior Metal Hero japonês de todos os tempos me ajudou a enfrentar uma realidade solitária e triste. Não é para menos que os olhos se enchem de lágrimas até hoje cada vez que ouço os primeiros acordes daquela guitarra que antecede o tema da abertura.

Jaspion mora para sempre no meu coração.

 

14. Marcou a adolescência:

 

Corrente das séries

Nos anos 90, eram raríssimas as produções que envolviam super-heróis. Seja pela dificuldade orçamentária da época ou pela defasagem de efeitos visuais, os heróis raramente saíam das páginas de quadrinhos e iam para as telas… Quando iam, a gente tinha produções como o vergonhoso Capitão América (1990) de Albert Pyun, o intragável Quarteto Fantástico (1994) de Oley Sassone ou a esquecível Liga da Justiça (1997) dirigida por Félix Enríquez Alcalá.

Na esteira desses desastres cinematográficos, a Warner decidiu apostar em um seriado sobre o Superman, porém, mais focado em Lois Lane e Clark Kent. Foi aí que estreou, em 1993, Lois & Clark – As Novas aventuras do Superman.

Com a falta de produções bacanas com meus heróis favoritos, Lois & Clark supriu por um bom tempo aquela necessidade de ver o Superman em live-action. Os filmes de Richard Donner e Christopher Reeve eram bons, mas só tinham dois deles e ambos passavam com frequência na TV.

Lois & Clark focava mais nas aventuras românticas do alter-ego do herói kryptoniano e o cenário variava pouco entre a redação do Planeta Diário, o apartamento dos dois ou a fazenda da família Kent em "Pequenópolis". Os efeitos visuais do voo do Superman também eram bem capengas, mesmo assim, essa foi uma série que marcou a minha adolescência e que me apresentou à melhor Lois Lane de todos os tempos: Teri Hatcher.

A série está disponível no catálogo da HBO Max, mas eu não me arrisco a assistir de novo. Melhor deixar na lembrança!

 

15. Recomenda:

Corrente das séries

Esse ano eu revi todas as temporadas de Breaking Bad e para quem nunca assistiu essa série fenomenal escrita por Vince Gilligan e protagonizada pelo ainda mais fenomenal Bryan Cranston, fica a dica. Ela está inteirinha na Netflix e dá para assistir em um espaço muito curto de tempo.

  

16. Cancelaram e sofri:

 

Corrente das séries

Eu confesso que assistiria facilmente mais umas duas ou três temporadas de Demolidor da Netflix, com aquele mesmo elenco e a adição de outros personagens das páginas dos gibis do Homem sem Medo.

Recentemente, a Marvel anunciou que Charlie Cox foi contratado para voltar a viver o personagem em produções da casa  — sem a parceria com a Netflix desta vez —, mas eu duvido que seja a mesma coisa, mesmo que eles venham a desenvolver uma nova série.

Marvel’s Daredevil foi um acerto muito grande no mundo das séries de super-heróis e é, de longe, a melhor do gênero. Não só pela violência que era bastante pungente, mas também por todo o aspecto psicológico do personagem das HQs que foi respeitado na produção e os excelentes coadjuvantes que permeavam toda a narrativa de Matt Murdock.

Depois de WandaVision, que mesmo com seus defeitos, é uma boa série, nada mais que a Disney + tem lançado com os personagens do MCU me agrada, o que me deixa muito desesperançado para algo que envolva o Demolidor, mesmo colocando o Charlie Cox à frente. Uma pena muito grande não termos uma quarta temporada de Marvel's Daredevil depois daquela apresentação incrível do Mercenário na terceira.  

 

17. Pra relaxar:

Corrente das séries
 

Friends, Todo Mundo Odeia o Chris, Um Maluco no Pedaço e as primeiras temporadas de Dois Homens & Meio eu costumo usar para dar uma relaxada. Dificilmente essas séries entregam algum episódio ruim ou que não tenham graça.

 

18. Um clássico:

 

Corrente das séries

Atualmente, eu estou com algumas séries novas enfileiradas em minha lista para assistir, mas em vez disso, estou revendo a sétima temporada de 24 Horas DE NOVO, pela segunda vez em um período de menos de um ano.

Eu já escrevi alguns posts ao longo desses 11 anos de blog sobre 24 Horas e não me canso de dizer que foi com ela que comecei a pegar gosto por acompanhar séries estrangeiras e me sentir desesperado até que chegassem novos episódios.

A série acabou há mais de 8 anos, mas até hoje, me pego revendo as temporadas e acompanhando os dias intermináveis na vida de Jack Bauer, o agente mais eficiente da CTU, a Unidade Contra Terrorismo.

Depois de assistir muitas vezes, a gente consegue enxergar um padrão entre as temporadas, que usam sempre uma estrutura muito parecida entre si nos 24 episódios — toda temporada tem pelos menos três chefões terroristas divididos em hierarquias, como num jogo de videogame, os vilões são sempre árabes, africanos ou chineses e tem sempre um traíra infiltrado na CTU ou no FBI! —, mas mesmo sendo, às vezes, exageradamente ufanista e colocando os EUA como o centro da galáxia quase sempre, ainda assim, é divertido acompanhar a história.

A meu ver, 24 Horas já é um clássico eterno!

 

MEU TOP 5 SÉRIES DA VIDA

 

1 – LOST

2 – Breaking Bad

3 – Game of Thrones

4 – 24 Horas

5 - Friends


NAMASTE!

14 de setembro de 2021

Os bastidores de Alina da Valáquia [ATUALIZADO]

Alina da Valáquia



Os vampiros representam um ponto muito importante da Cultura Pop como um todo e não há como dizer que pelo menos UMA de tantas obras lançadas com esse tema não nos tenha impactado — para o bem ou para o mal. Eu particularmente me lembro bem quando assisti Entrevista com o Vampiro pela primeira vez na TV e como todo aquele clima lascivo do filme de 1994 me afetou para sempre. Minha única referência mais vívida dos chupadores de sangue até aquele momento era do clima pastelão com que a novela Vamp  (de Antônio Calmon) tratava o assunto lá no começo dos anos 90, e ver o mundo tão dramático do personagem Louis e todos aqueles seus conflitos éticos — como comer ou não uma menina de 10 ANOS!! — foi um baita choque de realidade.


Entrevista com o vampiro (1994) e Vamp (1992)

"Ei, existe algo sério sendo feito com os vampiros!".

Depois da adaptação de Drácula de Bram Stoker para o cinema e do livro de Anne Rice virando filme protagonizado por Tom Cruise e Brad Pitt, da segunda metade dos anos 90 em diante, muitos autores passaram a também escrever sobre o tema e uma cacetada de adaptações começaram a ganhar forma. Surgiram então as autoras L.J. Smith (de Diários de um Vampiro), Charlaine Harris (dos livros que inspiraram a série True Blood) e até Stephenie Meyer (da saga Crepúsculo). 


No cinema, nem tem como não citar também a adaptação do personagem Blade dos quadrinhos obscuros da Marvel — que dizem, abriu as portas para que o MCU surgisse anos mais tarde — e a longeva saga Underworld com sua protagonista Selene

O que não faltam são fontes de onde se beber, o que torna escrever algo completamente inovador envolvendo vampiros praticamente impossível

Alina da Valáquia



Por que então escrever um livro sobre isso, Rodman? 

Bem, de princípio, é importante lembrar que nunca foi minha intenção fazer algo que ainda não tinha sido visto falando sobre vampiros, mas sim, contar parte da trajetória de uma personagem que POR ACASO se torna uma vampira.


Alina da Valáquia
Opções descartadas para a capa do livro



Há alguns anos eu tinha começado a desenvolver uma equipe de super-heróis que agregaria uma variedade grande de personagens em suas fileiras, incluindo uma vampira. De início, eu tinha escrito essa personagem no presente, para se envolver com os demais heróis dessa equipe, mas confesso que nunca tinha criado uma linha de roteiro sequer que falasse sobre seu passado. Ela era uma vampira, ela era forte, tinha um propósito e era só. 


Rascunho da primeira versão da "Vampíria"

Eu queria alguém que aguentasse chumbo grosso na linha de frente de grandes batalhas super-heroicas e que possuísse um poder incrível de recuperação física. Um vampiro me parecia ser a opção mais acertada e foi assim que criei a "Vampíria".


A Alina Grigorescu surgiu nos primeiros meses de 2020, quando ainda estava finalizando a saga do Pássaro Noturno (disponível lá no Wattpad). Eu sempre gostei de misturar ficção com realidade e queria muito falar de História em meu texto, o que casou perfeitamente com o enredo que eu queria contar sobre a minha vampira. 

Alina era uma moça simples do campo que tinha visto a sua vida virar do avesso ao ser obrigada a fugir de seu lar e achei interessante fazer com que os acontecimentos do mundo da época (da segunda metade do século XIX até meados do século XX) refletissem nas tomadas de decisão que ela teria ao longo da narrativa. Eu queria que o background parecesse um mundo real e que, ao mesmo tempo, esse pano de fundo conduzisse as ações da personagem. Foi uma tentativa válida.


Alina da Valáquia narra a história de uma camponesa que é obrigada a fugir de sua casa quando sua relação com o meio-irmão é descoberta. Na cidade, passando fome e frio, ela é seduzida por um homem misterioso que lhe concede a dádiva e a maldição de uma vida eterna
Arte para a primeira proposta de capa

De início, eu queria escrever cinco capítulos simples para apenas introduzir a personagem num universo que mais tarde teria outros personagens fantásticos — no mesmo universo do Pássaro Noturno — e não era para Alina da Valáquia ser um livro. Eu já tinha concluído esses cinco capítulos, tinha revisado e estava pronto para publicar o conto no Wattpad, quando fiquei sabendo de um concurso literário que a plataforma estava lançando para premiar novas produções. Eles precisavam de 50 mil palavras de uma história fechada e aquilo acabou me incentivando a continuar meu conto, transformando-o num livro. 

"Pensando bem, eu posso dar continuidade agora mesmo na história da Alina!".

Eu levei algumas semanas para planejar o que ainda precisava ser contado sobre a personagem nos novos capítulos e as ideias que eu só ia conduzir melhor lá na frente, acabaram surgindo pela necessidade antes do esperado. Eu já tinha apresentado Costel — o meio-irmão de nossa mocinha —, o vampiro Dumitri, os bruxos Adon e Iolanda, tinha pincelado Alejandro e Pietra — e concluído sua participação — era hora então de criar novos personagens naquilo que passei a chamar de "segundo volume". 


Alina da Valáquia narra a história de uma camponesa que é obrigada a fugir de sua casa quando sua relação com o meio-irmão é descoberta. Na cidade, passando fome e frio, ela é seduzida por um homem misterioso que lhe concede a dádiva e a maldição de uma vida eterna

Voltei a estudar os livros de história — uma das minhas parceiras inseparáveis foi uma enciclopédia sobre os países do mundo que eu tinha desde o final do Ensino Médio —, os sites sobre Segunda Guerra Mundial, Guerra Fria e outros acontecimentos da época e comecei a costurar esse plano de fundo com o destino da personagem. 


Criei a rede de informação "A Teia" com todos seus membros mais importantes, desenvolvi melhor a ideia de uma seita de bruxos malignos — coisa que eu só ia fazer num próximo conto, focado mais em magia — e dei um novo propósito para Alina. Afinal, ela tinha que aproveitar melhor sua vida eterna além de beber vinho e transar loucamente em um castelo da Transilvânia! 


O segundo volume tem tudo que eu queria inserir na história desde o começo — mesmo quando só tinha pensado em um conto curto — e confesso que fiquei bem orgulhoso de como a história foi conduzida. Eu sentia falta de escrever cenas de ação com bastante violência, e a partir do momento que decidi escrever um texto mais adulto — ou pelo menos que não fosse para crianças — decidi pisar no acelerador e colocar para fora parte das bizarrices que povoam minha mente de escritor. Espero ter acertado.



Em resumo, Alina da Valáquia é um dos textos que mais gostei de escrever nos últimos tempos — e a história já fez um ano! — e foi bem divertido trabalhar em cima desse tema mais sobrenatural. Como desde o início eu já queria que ela fizesse parte do mesmo universo dos demais contos — e coloquei easter eggs sobre quase todas as minhas outras publicações do Wattpad — acho que consegui criar uma relação boa com os outros textos, mesmo que isso não seja o ponto principal da história. 




Alina da Valáquia é uma grande homenagem às grandes obras sobre vampiros que sempre adoramos e o capítulo de degustação bem como o resumo dos personagens está disponível gratuitamente na plataforma Wattpad

Alina da Valáquia


Desde setembro de 2021, a plataforma Buenovela adquiriu os direitos de publicação do livro e agora ele está disponível completo e exclusivo por lá. O texto foi revisado e estendido para atender as especificações da editora e eu criei também uma nova arte para a capa. Acessem pelo link abaixo.

Alina da Valáquia
Clica aí para visitar a Buenovela




Curtam, compartilhem, comentem. É muito importante saber a opinião de vocês sobre esse trabalho feito com tanto carinho. 

P.S. - Assim como muita gente, eu também passei — e ainda estou passando — maus bocados durante essa pandemia sem fim e posso dizer que na solidão do isolamento social, escrever Alina da Valáquia foi meu principal alento, bem como uma válvula de escape para não pirar completamente. Estive bem perto disso, e por alguns instantes a Alina me salvou. 

NAMASTE!   

28 de abril de 2021

O adeus a Dário de Castro, Carlos Marques, Ana Lúcia Menezes e Iara Riça



Não tem sido um mês fácil para os familiares dos dubladores e fãs da dublagem brasileira. Num intervalo de pouco mais de três semanas o Brasil perdeu quatro dos mais especiais e talentosos artistas do meio e tudo que podemos fazer nesse momento é prestar uma homenagem a Dário de Castro, Carlos Marques, Ana Lúcia Menezes e Iara Riça.


DÁRIO DE CASTRO



Recentemente, eu citei o nome de Dário num post sobre a animação dos X-Men dos anos 90 e ele faleceu no último dia 15 por decorrência de complicações do Covid-19, vírus que já interrompeu quase 400 mil vidas só no Brasil. 

Dário tinha 72 anos e trabalhava há mais de 40 com atuação e direção de dublagem. Na série animada dos X-Men dos anos 90, ele dublou o líder da equipe Ciclope da segunda temporada em diante, após a saída de Nilton Valério e é muito comumente lembrado também por ser a voz do Caçador de Marte em Liga da Justiça e Liga da Justiça Sem Limites

No cinema, Dário de Castro também foi por anos a voz mais conhecida de Dolph Lundgren, além de dublar os atores Liam Neeson, William Hurt e Russel Crowe, em especial no filme Gladiador (2000). Ele deixa um legado imenso na dublagem brasileira que vai poder continuar sendo referenciado por muito tempo após sua partida. 



CARLOS MARQUES



O veterano Carlos Marques de 88 anos faleceu no último dia 19 por causa não revelada pela família em Minas Gerais. Atuante desde os anos 50 como radialista, passou por quase todos os estúdios de dublagem nos anos subsequentes, incluindo a Dublasom Guanabara e a Herbert Richers.

Entre seus trabalhos mais marcantes estão a voz do Garfield no desenho dos anos 80, o Homem Aranha no seriado live-action dos anos 70 — e também na animação Homem Aranha e seus Incríveis Amigos —, o Gaguinho e o Patolino dos desenhos Looney Tunes e o Robin dos Superamigos. Menos conhecido pelo grande público, era voz muito popular em séries e filmes dos anos 80 e serviu como base para todos os dubladores que vieram em seguida, incluindo caras como Marco Ribeiro, Alexandre Moreno e Guilherme Briggs.


 

ANA LÚCIA MENEZES



Aos 45 anos, Ana Lúcia Menezes lutou por vários dias em coma no hospital após sofrer um AVC no último dia 13. A dubladora estava em casa quando sofreu o acidente vascular e foi socorrida por uma amiga médica e pela família. Em estado grave, ela veio a falecer no dia 19, deixando amigos e familiares — incluindo a filha Bia Menezes, também dubladora — bastante abalados.

Entre seus trabalhos de destaque estão a Misa Amane de Death Note, a Lupita (Maitê Perroni) de Rebelde, Chihiro em A Viagem de Chihiro, a Murta que Geme dos filmes Harry Potter e a Tonya de Todo Mundo Odeia o Chris. Ela era bastante marcada por fazer vozes de crianças ou personagens mais jovens e entre todos os dubladores que nos deixaram recentemente era também a mais jovem deles. 



IARA RIÇA



Meu coração está despedaçado em ter que escrever esse post e falar sobre o falecimento de Iara Riça sendo tudo tão fresco ainda. Tendo sofrido um aneurisma cerebral, a atriz vinha lutando bravamente nos últimos dias pela sobrevivência, tendo até um quadro de melhora recente que infelizmente não se converteu em sua saída do hospital. 

A artista de 56 anos fez história na dublagem nacional e faz parte do quadro das vozes mais reconhecidas do grande público por ter sido, no Brasil, a pessoa por trás da Arlequina em praticamente todas as produções animadas e live-action em que a personagem apareceu. Quando a palhaça do crime surgiu no desenho animado do Batman dos anos 90 (Batman Animated) já era Riça quem a dublava e de lá pra cá foram diversos outros trabalhos memoráveis. 

Só na época de TV Colosso, quem é velho como eu, deve lembrar que era ela quem também dava voz à Jubileu dos X-Men e à Triny dos Power Rangers. Nos anos subsequentes, ela deu voz à Florzinha das Meninas Superpoderosas, a Lala dos Teletubbies e a Jean Grey de X-Men Evolution.

Em 2020, Iara foi bastante comentada na mídia porque sua voz foi substituída por outra dubladora como a Arlequina (Margot Robbie) do filme Aves de Rapina e muitos fãs reclamaram por já estarem acostumados com ela frente a personagem. 

Iara deixa um legado igualmente maravilhoso com sua passagem, além de muitas saudades por parte de seus familiares, amigos e nós, seus fãs. 



Que todos essas pessoas incríveis descansem em paz, são os votos do Blog do Rodman.


Agradecimentos a Universo X-Men, a Jbox, Legião dos Heróis e Tecmundo.


NAMASTE!  

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