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18 de dezembro de 2011

Santos e o passeio do Barcelona no Japão


Beeem, amigos do Blog do Rodman!

O juiz ergueu o braço, é finita a partida mais esperada do ano pelos torcedores do Santos (e por que não dizê-lo de muitos outros torcedores também) e o resultado não foi muito diferente do que muita gente já esperava: 4X0 para o Barcelona e um show de coletividade comandado pelo técnico Pep Guardiola.
Mas e aí? Foi esse chocolate todo que todo mundo está dizendo ou o Santos fez por merecer estar lá, assistindo de camarote (ok, piadinha sem graça!) o espetáculo do Barça?

Fez e fez muito.

Em primeiro lugar temos que ser sinceros: O Brasil NÃO É MAIS o país do futebol e isso só se comprovou na última Copa (que acompanhei de perto aqui, aqui e aqui). Assisti muitas partidas do já finado Campeonato Brasileiro de 2011, e o que eu vi foi um apanhado impressionante de times mal armados, mal organizados e com elencos sofríveis. E não, caro padawan, eu não estou falando isso apenas porque o São Paulo não chegou nem entre os cinco primeiros da tabela, mas porque nem mesmo o campeão Corinthians (que em teoria devia ter sido o melhor para vencer) exibiu um futebol digno de campeão. Do primeiro colocado ao último, os times brasileiros que entraram em campo (dizer que jogaram é meio que um exagero) apresentaram no máximo um daqueles joguinhos de várzea que costumamos ver quando saímos de casa para dar uma força para um daqueles nossos amigos perna-de-pau que nos chama para vê-lo jogar num campo de barro perto de casa.

Ou eu tô enganado?

Digo e repito: O Santos era o único time com capacidade técnica, e cujos jogadores apresentavam um talento diferenciado, capaz de ir lá e desafiar o todo poderoso Barcelona (chorem corinthianos, vascaíanos e flamenguistas) e mesmo assim não deu.

Mas afinal, o que deu errado?
Tudo.

O Santos já entrou em campo com aquele ar de inferioridade clássico de quem nunca enfrentou jogadores como Xávi, Puyol, Piqué e o baixinho gigante Messi, e isso, vamos combinar, é algo perigoso. Uma coisa é idolatrar seu adversário e respeitá-lo fora de campo, outra é se borrar todo de medo de jogar contra ele dentro das quatro linhas. A cara de embasbacado de Neymar a olhar o melhor do mundo argentino pouco antes de subir a campo já nos dava uma certa mostra de que aquela idolatria não seria muito saudável.

O próprio menino da Vila admitiu que seria uma honra jogar contra aqueles caras que ele só via no videogame!

Do sonho para a realidade levou-se 45 minutos para que o Santos caísse na real. Eles estavam no Mundial do outro lado do mundo enfrentando o melhor time do universo, porém já estava 3X0 com gols de Messi, Xávi e Fábregas. Um pouco tarde para reagir.

O sacolejo que o time da Vila mais famosa tomou no primeiro tempo não impediu que o time viesse mais compenetrado do vestiário para o segundo tempo. Avançando mais a marcação e apostando nos talentos individuais de Neymar, Ganso e Borges, o time alvinegro ainda buscou jogar de igual para igual (como se fosse possível) com o Barça e conseguiu criar uma ou duas oportunidades de gol, impedidas prontamente pelo goleiro catalão.

A verdade, no entanto, era uma só: O Barcelona não deu muitas chances para que o Santos deslanchasse. Sem espaço devido à marcação excelente do time azul-grená, os comandados de Muricy Ramalho apenas assistiram a apresentação de luxo do time espanhol e ainda levaram mais um gol para sacramentar o placar, marca de Messi.

4X0 em um jogo digno de entrar para a história (não dos santistas, claro!).


Mas, Rodman, esse Barcelona é tudo isso mesmo ou o Santos que é muito fraco?

Você não presta a atenção no que lê não, jovem padawan?
Quem aqui disse que o Santos é um time fraco?

Dentro das possibilidades que nosso futebolzinho brasileiro vem demonstrando, o Peixe era o único time que chegou ao final do ano com condições de pelo menos desafiar o time espanhol, mas o que ficou claro nesse dia 18/12/2011 é que isso não era o bastante para frear o verdadeiro bonde sem freio chamado Barcelona.


O Barcelona é tudo isso e MUITO MAIS do que estão falando. Anote:

O time do Guardiola possui talentos individuais?

Sim, muitos. Tirando dois ou três de seu elenco, dos menos talentosos (Mascherano, eu escolho você!!) todo o resto sozinho pode desequilibrar a partida, mas isso nem precisa acontecer. O grande segredo que pude acompanhar do time é a coletividade. Eles não usam como muleta o talento (indiscutível) de Messi ou de Xávi. Todos do elenco jogam em pró daquele que está menos marcado, e não importa quem chega na cara do gol (nem que seja o Daniel Alves), o importante é mandar para rede, algo que (pasmem) o futebol brasileiro esqueceu que é o principal objetivo do futebol, mandar a porra da bola pra rede.
O que hoje o Guardiola conseguiu fazer com o Barça, foi o que o Felipão, há muito tempo, em uma galáxia, muito, muito, distante conseguiu com sua família Scollari lá em 2002. Não tínhamos um punhado de estrelinhas que jogavam para inflar o próprio ego e sim um time realmente interessado em jogar em pró do companheiro e mandar a bola pra rede jogando bonito (tá, talvez nem tanto).

Jogar bonito é importante?
Não, mas é o que faz o futebol um espetáculo lindo de se ver.

Ninguém se importa se seu time ganha com um gol de letra ou um gol de bunda, mas é indiscutível que todo mundo quer ver um jogo bonito, bem jogado e com passes memoráveis. Nem todo time consegue isso, mas o Barcelona consegue.


E esse Messi, Rodman? Não jogou nada na Copa de 2010. Ele é bom mesmo?

Devo admitir que não estou muito acostumado a acompanhar os campeonatos europeus, mas o que o cara jogou hoje é algo digno de ficar marcado na memória para sempre.
O talento do baixinho argentino é impressionante. Ele não tem só um tempo excelente de bola como também possui um passe diferenciado, além de um domínio de bola insuperável. É como se a bola grudasse em seu pé e ninguém fosse capaz de tirá-la de lá. Quando algum marcador do Santos conseguiu pará-lo foi na grosseria, porque de outra forma não há o que se fazer. Os dois gols marcados por ele foram graças a seu talento. No primeiro ele soube dominar bem o passe de Xávi e mandar por cobertura e no segundo ele recebeu em profundidade, driblou o arqueiro santista como se ele não existisse e mandou para o fundo da rede.

E não foi só nos gols que a precisão de Messi ficou clara. O cara manda bem em praticamente todos os fundamentos (sabe, aquilo que os jogadores brasileiros nem sabem mais o que é?) do futebol, sem falar que ele conta com "ajudantes" que não se encontra em qualquer lugar por aí. Família que é família trata assim seu filho mais querido. Isso sim é bonito de se ver.

Eu gosto muito de futebol apesar da roubalheira que eu, você e toda a torcida do Flamengo sabe que existe nos bastidores (né, Dona CBF??), e já tem muito tempo que um bom futebol não é mais possível de se acompanhar no Brasil.

Essa de que o "Brasil é o país do futebol" já caiu por terra há muito tempo, e quem ainda insiste nisso não deve estar acompanhando muito os times brazucas maltratando a bola nos últimos anos. Vai lá dar uma olhada no esporte que os europeus têm jogado e depois você me fala se aquilo é ou não é futebol.


Aiee, Rodman! Você não está sendo nem um pouco nacionalista!


Não, estou sendo realista.
Futebol no Brasil nada mais é do que uma fonte de dinheiro hoje em dia. Não fazemos mais jogadores, fazemos máquinas de enriquecimento "lícito" e no ritmo que está, se não fabricarem logo novos "Neymares" por aí, a fonte vai secar em um ou dois anos no máximo.

Parabéns ao Santos que pelo menos chegou lá, parabéns ao Neymar por ser uma das únicas esperanças de futebol bem jogado no Brasil e claro, parabéns ao time do Barcelona que ainda prova que é possível ver um jogo de futebol e venerar a arte.

NAMASTE!

7 de setembro de 2011

Rogério Ceni 1000 Jogos pelo São Paulo


Em mais uma tarde inspirada, Rogério Ceni, um dos maiores ídolos da torcida Tricolor comemora 1000 jogos com a camisa do São Paulo.
Para coroar o evento (difícil hoje em dia no futebol brasileiro) o time venceu o Atlético Mineiro por 2X1 com gols de Lucas e Dagoberto, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro.
60.000 espectadores foram prestigiar mais esse marco na carreira de um dos maiores goleiros brasileiros de todos os tempos no estádio do Morumbi, e além da festa, o time assumiu a liderança provisóriamente do campeonato.
Rogério merece mais essa comemoração pela história que ele ajudou a construir dentro do clube, por seus feitos dentro das quatro linhas e em especial por seu caráter. Criticado por ser "mascarado", bocudo e chato, Rogério incomoda na verdade pela sua sinceridade, o que nem de longe macula todas as brilhantes defesas e gols que já fez na carreira, como já comentei aqui.
Parabéns, Rogério Ceni por mais esse feito. Você marca ainda mais a sua estrela no hall dos maiores campeões dentro do São Paulo e firma seu lugar como o maior ídolo da sua torcida.

NAMASTE!

7 de junho de 2011

O Adeus de Ronaldo

Eu não acompanhei a trajetória do Pelé no futebol, não tive o privilégio de ver um jogo do Zico se quer, devo ter visto uns dois jogos do Maradona a minha vida toda e peguei a carreira do Romário da metade para frente. Todos os jogadores citados foram e são considerados até hoje os maiores ícones do futebol mundial, porém eu não pude acompanhá-los em campo como acompanhei Ronaldo Nazário de Lima, mais conhecido como Fenômeno!
O ciclo de Ronaldo se encerrou numa comemoração modesta até para o nível de uma estrela como ele no Estádio do Pacaembu, enquanto a Seleção Brasileira enfrentava a Romênia num jogo amistoso, porém esta comemoração fez jus ao que o cara sempre representou dentro e fora do gramado, uma pessoa acima de tudo humilde e que nunca renegou as origens.
Não dá pra negar que é triste ver um jogador que fez tanto pelo futebol (15 gols em Copas não é pra qualquer um!) encerrar sua carreira assim tão cedo, se considerarmos sua idade, e é mais triste ainda vê-lo ser forçado a parar devido a sua já não mais condizente forma física. As lesões ao longo da carreira, o desgaste e a superação dos limites marcaram Ronaldo tanto quanto seus momentos brilhantes com a bola nos pés, e hoje tudo isso se mostrou o grande inimigo do Fenômeno, mais até do que sua idade.
Reconheço o que o craque representou para o futebol (agora já dá pra usar o termo no passado), mas devo confessar que não era um grande fã de Ronaldo no passado por causa da "amarelada" na Copa de 98 e todos os escândalos que surgiram em seguida sobre a Seleção ter sido forçada a entregar o jogo da final para a França e que a Nike (que possui contrato vitalício com Ronaldo) estava por trás das armações como a grande articuladora. Talvez a verdade do que houve naquele frustrante jogo nunca venha à tona, mas ficou um gosto amargo na boca dos brasileiros, embora Ronaldo, talvez, não pudesse ser unicamente responsabilizado.
Aprendi com o tempo, no entanto, a respeitar a figura de Ronaldo em grande parte por aquela humildade que citei mais acima, sem estrelismos, e claro, pelo futebol que ele sempre demonstrou fazer parte do seu sangue, e fator indiscutível em sua trajetória. Tantos lances de tirar o fôlego, tantos gols memoráveis e decisivos... Impossível não manter na lembrança tudo que esse cara fez, seja vestindo a camiseta amarelinha, seja a do Barcelona ou a do Real Madrid.
Sinto-me saudoso já tal qual aconteceu na(s) despedida(s) de Michael Jordan das quadras ou de Michael Schumacher das pistas (embora ele tenha retornado depois), e vendo o jogo pela televisão aconteceu algo que eu já esperava que fosse acontecer: Passou um filme em minha cabeça com todos os jogos em que vi Ronaldo atuando. A admiração pela figura do jogador Ronaldo aumentou.
Independentemente do que Ronaldo fez fora dos gramados, dentro das quatro linhas ele foi único e vai permanecer insuperável por muito tempo, uma vez que o futebol de alto nível já não é mais jogado há muito tempo. O "futebol de várzea", o "futebol moleque" foi substituído por essa coisa quadrada e robótica que jogam os europeus, e os talentos individuais estão cada vez mais minguados, escondidos atrás dos milhões que fazem girar a indústria do futebol mundial. Até que Neymar, Pato, Ganso ou Lucas tenham a maturidade futebolística necessária para se tornarem ídolos (se é que se tornarão antes de se corromperem) Ronaldo continuará sendo insubstituível em seu hall inatingível, e nós, amantes do bom e velho futebol continuaremos saudosistas.
Parabéns a Ronaldo por sua trajetória e que o futuro nos reserve (embora eu duvide) outros bons momentos como os que você nos proporcionou na Copa de 2002, nos pés de outro jogador igualmente talentoso.


Valeu RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRonaldinho! Boa aposentadoria!



NAMASTE!

27 de março de 2011

Rogério Ceni 100 GOLS!

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Em tarde inspiradíssima no estádio da Arena Barueri, o maior goleiro do mundo nessa data que entra para a história do futebol, ajudou a equipe do São Paulo a bater o Corinthians por 2X1, marcando o seu centésimo gol da carreira.

A festa nem preciso dizer, foi geral entre os sãopaulinos espalhados por aí, e o feito tornou-se ainda mais saboroso por ter sido contra o Corinthians, ajudando o São Paulo a quebrar o tabú de 11 partidas (4 anos!) sem vencer a equipe do Parque São Jorge.


O São Paulo já vencia o jogo por 1X0 com golaço marcado por Dagoberto no primeiro tempo quando uma falta diante da área adversária, já no 2º tempo, deu a chance a Rogério Ceni de cobrar com perfeição contra a meta do goleiro corinthiano Júlio César. A coroação do gol alavancou o São Paulo que, assim como o Corinthians, vinha apresentado pouca criatividade até então, num jogo técnicamente fraco.


Rogério marca com certeza seu nome na história do futebol, até porque não é tão comum um goleiro artilheiro com tantos gols. Ceni é o primeiro a conseguir o feito, colecionando mais essa grande vitória em sua longa carreira. Os sãopaulinos da nova geração com certeza já tem um herói a adorar, porque nós da velha, já o temos desde o início!


Grande Rogério! Parabéns!!



NAMASTE!

5 de dezembro de 2010

Eu, Eu, Eu, Corinthians... se deu mal!


E acabou hoje a palhaçada chamada aqui em terras tupiniquins de Campeonato Brasileiro.

O Fluminense de Muricy Ramalho foi o "grande campeão" de 2010, abatendo por 1x0 o valente Guarani, que jogou animado com a possível mala branca oferecida por Ronaldo e seus meninos caso o Bugre vencesse o Tricolor Carioca.

As últimas rodadas do campeonato, aliás, foram marcadas por entregas de jogos e resultados comprados, e a vitória do Fluminense está longe de ter sido conquistada por mérito.

O jogo de hoje mostrou a fragilidade do time carioca, que não só não conseguia armar boas jogadas (exceto o lance do gol) como também por vezes se complicava na área defensiva, levando a torcida inquieta ao desespero.

Washington, o artilheiro que não faz gol, entrou no segundo tempo e outra vez decepcionou. Mesmo com atuações apagadas de seus principais jogadores como Conca e Fred, o time das Laranjeiras levantou a taça, graças também a ineficiência do Corinthians que só empatou com o Goiás.


Há tempos que o futebol brasileiro não tem mais o brilho de outrora e isso em grande parte por causa das suspeitas de resultados comprados que assombra a CBF e a FIFA desde a polêmica Copa do Mundo de 1998.

Já comentei isso aqui e quanto mais o tempo passa, mais meus argumentos vão se comprovando verdadeiros.

Enquanto a Globo continuar transmitindo Futebol como se fosse a coisa mais importante do mundo e enquanto houver torcedores cegos, surdos e mudos que fazem os clubes pelo qual torcem lucrarem, nada vai mudar e os resultados continuarão comprados.


Mesmo assim, vale a pena dar uma sarreada na gambazada fanática, né?

Parabéns ao Corinthians pelo 3º lugar no campeonato.




NAMASTE!


Post dedicado mais uma vez a meu cunhado corinthiano.

2 de julho de 2010

De volta para casa

É, eu até pensei nesse momento, em como ele seria e o que eu escreveria se o Brasil fosse eliminado da Copa, e agora chegou a hora. A Seleção do Dunga está fora!

Eu vi dois jogos diferentes, o do primeiro tempo e o do segundo. No primeiro, a Seleção teve um dos melhores desempenhos até agora, articulando bem, atacando com qualidade e deixando a toda poderosa Holanda totalmente acuada. A Laranja Mecânica não perde há vários jogos e na Copa vinha tendo um belíssimo desempenho, embora o foco estivesse todo nas seleções da Alemanha e da Argentina. Invicta desde o começo da Copa, a Seleção Laranja viu seus espaços tirados pelos marcadores brasileiros, enquanto o Brasil dominava o jogo, perdendo muitos gols. Robben, o craque holandês cavava muitas faltas se jogando na maioria, e quando o gol saiu pelos pés de Robinho após toque magistral de Felipe Melo (algo de se espantar), eu cheguei a achar que seria mais um passeio, assim como havia sido contra o Chile. Ledo engano.

Então veio o 2º tempo...

No tempo complementar a seleção brasileira mudou completamente assim que tomou um gol após cruzamento na área. Tudo começou quando Robben caiu numa falta feita por Michel Bastos. O atacante cobrou a falta que levantada na área causou confusão generalizada na defesa brasileira. Júlio César saiu mal e Felipe Melo (como eu profetizei aqui, o nome da Copa) mandou contra a rede.
Visivelmente abalado, o time brasileiro decaiu totalmente de rendimento, e desestabilizado emocionalmente começou a ceder espaço pra Holanda, que aproveitava os erros da seleção para crescer em campo. Quando infantilmente Felipe Melo (ele de novo!) cometeu falta e ainda pisou no adversário, sendo expulso na sequencia a vaca começou a se atolar. Quem era mesmo o jogador mais criticado da seleção? Hein? Hein? Então, só pra confirmar que não era picuinha nossa.

Quando o segundo gol holandês saiu, em mais uma cochilada da zaga e em outro cruzamento pra área, o Brasil mostrou fragilidade e um completo desequilíbrio. Daí pra frente até o fim do jogo foram só tentativas mal sucedidas de se chegar ao gol, muitos erros e jogadas muito bem neutralizadas pela Holanda, que mostrou a todo mundo que eles não estavam ali por acaso, e que era sim, superiores a nosso time.

A verdade é que nosso time ainda não havia enfrentado um time de força na competição, e caiu contra o primeiro que enfrentou. Nenhum deles havia dado à seleção a pressão que distingue os campeões dos que se abalam fácil com o perigo, e o time inteiro veio abaixo sem controle emocional quando tomou o gol de virada. Com o jogo corrido, cheio de erros, lá pelos 30 minutos falei que não dava pra fazer gol naquele clima, o que acabou acontecendo. Àquela altura, um golzinho de mão, de nariz, de bunda que fosse nos levaria para a prorrogação e quem sabe o time conseguisse colocar a cabeça no lugar e vencer. Ficou na vontade.
Não é que eu estava torcendo contra. O time não tinha personalidade, não passava confiança. No Twitter, o craque Romário até chegou a comentar que essa seleção não havia sido formada para jogar bonito mesmo, e assim como muitas seleções do mundo estava ali para criar resultados, mesmo que isso significasse jogar feio. Foi o que aconteceu, jogou feio e não teve personalidade no 2º tempo para superar uma dificuldade. Não tinha pinta de campeã.
A derrota é algo comum no mundo do esporte, a vida não acaba só porque a Seleção apanhou da Holanda, mas que é triste é. Terceira Copa que vejo a vaca indo apra o brejo, mas até que o saldo é bom, porque já vi dois títulos, o de 94 e o de 2002.

Amanhã a vida volta ao normal e o chefe não dá folga.


Bora torcer para os Hermanos, já que serão eles que levarão essa copa!!


NAMASTE e boa viagem de volta, Dunga!


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28 de junho de 2010

Brasil 3 X 0 Chile - Passeio!

E foi um passeio! A Seleção encontrou um bom futebol e encarou um Chile muito diferente do time que vinha sendo no começo da Copa, em especial pelos desfalques.

Kaká voltou a jogar bem, Robinho esteve meio apagado no primeiro tempo, errando alguns lances e meio desatento, mas chegou na frente no 2º tempo após receber um belo passe de Ramirez e mandar para a rede.

Juan após escanteio e Luis Fabiano (agora com 3 gols na competição) com mais um belíssimo gol, fizeram os outros dois, fechando uma competente participação da Seleção do Dunga na África (Eu tô falando bem, calma, Dunga!).

Destaque para Lúcio que ainda tem se aventurado no meio de campo (e ataque), mas que continua fazendo um bom trabalho na zaga e para Nilmar, que mais uma vez entrou bem na partida, participando de lances importantes.

Agora vem a Holanda pela frente nas quartas de finais. O time fez uma bom jogo contra a Eslováquia hoje de manhã e passou com 2X1, um gol de Robben, um dos craques da seleção deles, e um dos que podem dar trabalho para o Brasil na próxima sexta.

Por enquanto é comemorar feito loucos, porque o trabalho é só amanhã e a noite ainda é uma criança!
Arrebente a vuvuzela na cabeça do primeiro lazarento que aparecer tocando! Vai Brasil!

Palpites

Até agora só errei o de Gana X EUA.
Ontem acertei que a Alemanha passava pela Inglaterra e que a Argentina passava pelo México.
Hoje deu a lógica, Holanda passou pela Eslováquia e no confronro Brasil X Chile disse que daria Chile se (e somente SE) o Brasil jogasse como jogou contra Portugal. Como não jogou mal, considero um palpite neutro.

Amanhã vai dar Paraguai no confronto com o Japão e Portugal na luta contra Espanha, e tenho dito!

NAMASTE!

25 de junho de 2010

Brasil X Portugal e as Oitavas


Hah! Acertei um palpite!!

Antes do jogo eu apostava num jogo de compadre entre a Seleção e os amiguinhos do Cristiano Ronaldo, e o empate magro e anêmico de 0X0 fez com que eu acertasse um palpite ao menos.
Não há muito o que dizer da partida a não ser que foi um festival de grosserias e maus tratos com à Jabulani. No 1º tempo o Brasil ameaçou atacar, teve uma boa chance com Nilmar (que entrou no lugar de Elano, contundido) e nada mais que mereça ser destacado.

O ritmo foi mais ou menos como o apresentado na estreia da Seleção, falta de criatividade e um posicionamente praticamente estático dos jogadores de articulação foram os pratos do dia. Júlio Baptista segundo boatos, estava em campo, mas eu não vi! Com atuação totalmente apagada o meia simplesmente mal tocou na bola, assim como Luis Fabiano que chegou a ser substituído por Grafite no 2º tempo.

Uma rixa entre Felipe Mello (anotem aí, o nome da Copa ¬¬) e o brasileiro naturalizado português Pepe marcaram o 1º tempo.


Felipe começou dando essa "levantada de perna" em Pepe, que retribuiu logo depois pisando "de leve" no tornozelo do brasileiro, chegando a apontar um 1X1 com as mãos. Pouco depois, Felipe entrou forte em Pepe pelas costas desempatando o ultimate fighting, foi quando Dunga substituiu o lateral antes que ele fosse expulso.
Futebol que é bom, nada! Cristiano Ronaldo até teve bastante tempo de ajeitar o penteado olhando para o telão...



Oitavas


Os jogos das Oitavas de Final já foram decididos:


Dia 26


Uruguai X Coreia do Sul (Coreia? Fala sério!)
Estados Unidos X Gana (Equilibrados, mas os Yankees passam... Se bem que sempre tem uma zebra africana!)


Dia 27


Argentina X México (Hermanos levam!)
Alemanha X Inglaterra (Vai ter Chucrute no Chá das 5)


Dia 28


Holanda X Eslováquia (A laranja vai pagar de protagonista!)
Brasil X Chile (Se a Seleção jogar como no jogo de hoje, vai dar Chile!)


Dia 29


Paraguai X Japão (Vitória made in Assuncion)
Espanha X Portugal (Nenhum dos dois é tudo isso, mas acho que Portugal ainda leva!)


NAMASTE!

20 de junho de 2010

De olho na copa

Não adianta, quer queira quer não, a Copa do Mundo toma conta do país, ainda mais quando é jogo da seleção. Muita gente torce o nariz para a competição por dizê-la comercial demais (e isso é muito!), por ser algo que distrai as atenções para as realidades do Brasil (corrupção em Brasília, moradores de rua, pobreza, eleições... o de sempre), mas há quem diga que a alegria despertada pelo futebol é uma válvula de escape para um povo tão sofrido que tem que pegar condução lotada todo dia e encarar os desafios do dia-a-dia. É fácil criticar quem gosta do esporte estando embaixo do ar-condicionado do carro andando por aí e com o caviar nosso de cada dia esperando na geladeira, difícil seria não ter muitas alegrias sendo um fodido assalariado! Essa é a realidade do Brasil, minha gente! A Copa do mundo é para extravasar mesmo.

Claro que parar a vida só porque tem um jogo rolando na televisão é um exagero, mas é gostoso unir a família e o pessoal do trabalho para falar um pouco sobre o jogo passado ou torcer na hora da Seleção entrar em campo. Isso é bem divertido e espanta os maus espíritos mesmo que por 90 minutos.
Falando um pouco de futebol, uma tendência de comentaristas e dos próprios jogadores na hora das coletivas de imprensa é colocar a culpa na bola, a pobre Jabulani. A coitada vem levando a culpa da maioria das grosserias cometidas pelos jogadores menos habilidosos, e é curioso notar que nenhuma seleção que vem ganhando os jogos reclama. A Jabulani tem apanhado bastante na Copa da África e ainda tem levado a culpa, mais ou menos como aconteceu com o Kaká no jogo contra a Costa do Marfim.

Brasil X Costa do Marfim

Estou péssimo de palpite. Antes do jogo falava que esse jogo não sairia de um 1x0 magro, mas o Luis Fabigol resolveu brilhar e marcou logo dois na grosseira seleção marfinesa que mais bate do que joga. Claro que um dos dois gols, o mais bonito plasticamente, teve uma ajudinha de um "ombrinho amigo", o que ainda vai gerar muitos comentários, mas é fato que ele dominou a bola como craque, habilidade que ele ficou devendo na primeira partida.

Kaká ainda não foi um dos melhores em campo, continuou errando muitos passes, mas melhorou bastante, colaborando com passes para dois dos três gols marcados. Acabou sendo tirado do sério por um dos jogadores adversários, e o juiz Stephane Lannoy caiu na encenação dele, expulsando o jogador do Real Madrid logo em seguida. Totalmente injusto. O juiz aliás, figurou como um dos piores até agora, muito conivente em lances com força física excessiva (o que machucou Elano, por exemplo) e punindo faltas desnecessárias.

O grande nome da Costa do Marfim, Drogba, acabou fazendo o dele em mais uma desatenção preocupante da defesa brasileira, mas a Seleção saiu de campo já classificada para as oitavas e com a cabeça mais fresca para enfrentar Portugal no último jogo da primeira fase.

Nem tem como torcer contra, os adversários não deixam!


NAMASTE!

15 de junho de 2010

A Copa e a Seleção do Dunga

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Devo confessar que há duas semanas de começar a Copa eu não estava ligando para a competição. Desde os últimos fracassos do São Paulo Futebol Clube comecei a suspeitar de trapaças e tramóias no futebol nacional (e internacional também) e isso meio que minou minha paixão pelo esporte.
Acompanhei a convocação para a seleção do Dunga com total descrédito, não concordei com alguns nomes, mas também não tinha muitas opções para sugerir no lugar (quem sabe o Ronaldinho Gaúcho), só que hoje me vejo com expectativas maiores e em grande parte pelo futebolzinho mais ou menos que tem sido apresentado na Copa, com exceção da Alemanha. "Expectativas maiores com um futebol mais ou menos?". Exatamente. Se tivesse algo de podre no reino da Dinamarca (estou citando Shakespeare!), alguma seleção já estaria com pinta de campeã a essa altura (Alemanha, hã? hã?). Seja como for, estou conseguindo ver as partidas sem pensar muito no que rola nos bastidores, em outras palavras, como um espectador ignorante.

O clima de Copa, querendo ou não, é contagiante. Minha rua está toda enfeitada com bandeirinhas, por onde eu passo a molecada bate uma pelada entre um jogo e outro, há vendedores ambulantes por toda parte vendendo bandeiras, camisetas e... vuvuzelas. Sim, as malditas vuvuzelas que não param de tocar em nenhum canto da cidade. Aliás, um beijo no coração de quem criou a vuvuzela. (NOT!)

Acabei entrando no clima, mas não porque me rendi ao clima de festa que todo brasileiro adora (quem não gosta de parar o trabalho de vez em quando, né?), e sim porque a Copa do Mundo é um espetáculo do esporte que mexe com a gente. A competição em si, a expectativa pela exibição dos times, a esperança de presenciar um gol bonito, um drible ou mesmo um passe fenomenal. Tudo isso torna a Copa especial pra quem gosta do futebol, e nesse caso não é necessário assistir especificamente um jogo da seleção brasileira.

Tenho visto a maioria dos jogos, e poucas seleções tem me surpreendido. Gostei da atuação da dona da casa África do Sul, gostei do time da Holanda, me surpreendi com a nova Alemanha (e eu me refiro ao novo espírito do time) e não achei o time do Maradona dos piores em meio a tanta demonstração de falta de habilidade que tem sido a competição até aqui. Tomara que sejam reflexos da estreia, e quem sabe na próxima rodada as coisas melhorem (ou piorem de vez!).


Brasil X Coréia do Norte


Ok, o futebol da Coréia é burocrático. Os caras são bons na marcação... e só. Na teoria, a seleção deveria ter passado fácil pelos asiáticos, o que não aconteceu. Isso só comprova que houve mais incompetência por parte dos comandados do Dunga do que méritos dos Coreanos. As possibilidades foram criadas, os passes foram trocados, mas poucas foram as reais chances de gol da seleção (exceto os constantes chutes de fora da área). Robinho, o desacreditado Elano (eu mesmo me perguntei o que ele estava fazendo em campo quando vi seu nome escalado), Juan e Nilmar (que substituiu o Kaká) foram os que mais criaram, mesmo assim não renderam tanto quanto podiam. Kaká apresentou se não uma total, uma preocupante falta de ritmo e Luis Fabiano esperou demais na banheira, aparecendo na maioria das vezes em posição irregular.

Os gols saíram de onde menos se esperava: no bico de Maicon (que juram que foi de três dedos) e no oportunismo de Elano após toque açucarado de Robinho. A seleção venceu, mas não convenceu, no entanto, os pontos foram garantidos e numa copa de rendimento tão ruim, até que não é mal resultado.

Brasileiro ou não, acabei comemorando o gol dos coreanos. Sempre é bom tomar esses gols para manter os pés no chão e o foco nos adversários, algo que faltou no último mundial. O resultado todos nós nos recordamos: Zidane limpou o chão com o time do Parreira. A Costa do Marfim promete ser um time mais agressivo do que a Coréia, e daqui pra frente se o Dunga conseguir acertar os (muitos) erros da equipe, quem sabe consigamos terminar a primeira fase com os 9 pontos garantidos e um saldo de gols elogiável.


NAMASTE!

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