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29 de dezembro de 2020

A guerra do streaming e o fim do cinema



O Covid-19 vai deixar marcas profundas em todos nós e não é de se espantar que até mesmo as grandes corporações estejam sofrendo com essa pandemia que se alastra desde meados de março de 2020 pelo mundo. Tendo em vista que as principais salas de cinema mundiais não retornarão às suas atividades normais num futuro próximo e que mesmo após a vacina ter sido sintetizada nossas vidas ainda estarão bastante tumultuadas por conta do coronavirus, a Warner decidiu dar um passo além e anunciou no começo de dezembro que TODOS seus grandes blockbusters estarão disponíveis em sua plataforma de streaming SIMULTANEAMENTE ao lançamento dos cinemas. 



O primeiro grande teste da Warner foi com o filme Mulher Maravilha 1984 que estreou nas salas de cinema e no HBO Max no dia 17. Até o presente momento, a produção dirigida por Patty Jenkins — que deveria ter estreado em abril — teve uma bilheteria mundial de US$ 85 milhões — US$ 16 milhões dos quais só nos EUA — e já foi visto por metade dos assinantes do serviço de streaming da Warner, o que obviamente é algo bem considerável.



Ainda é cedo para se dizer se a ideia de lançar grandes produções tanto no streaming quanto nos cinemas vai ajudar a salvar os cofres bilionários das empresas de entretenimento durante a pandemia, mas a Warner já anunciou que além de Mulher Maravilha 1984, todos seus grandes blockbusters previstos para 2021 também serão lançados nesse mesmo esquema. Filmes como Matrix 4, Duna, Godzilla vs Kong, Tom e Jerry (o filme) e o novo Esquadrão Suicida também constarão no catálogo da HBO Max logo que os filmes forem lançados no cinema e o mais importante: sem que o assinante precise pagar mais por isso. 



Na guerra do streaming, a Disney, assim como a Warner, tem feito experimentações com seu Disney + e foi a primeira empresa a colocar um de seus grandes blockbusters online durante a pandemia. A versão live-action da clássica animação Mulan teve lançamento exclusivo na plataforma em setembro e causou bastante burburinho por não ser uma adaptação fiel a animação de 1998. Além disso, o filme só podia ser visto em streaming se o assinante do Disney + adicionasse um valor extra ao que já pagava mensalmente — algo como se você só pudesse ver o filme no cinema se comprasse o combo com refri+pipoca — e no Brasil isso causou certo incômodo.



A Disney vai manter estratégia parecida com seus próximos lançamentos em streaming — pelo menos com aqueles que serão lançados simultaneamente com os cinemas — e já anunciou que a animação Raya and the Last Dragon será adicionada ao catálogo a partir de março de 2021, com um acréscimo de US$ 30 (R$ 150,00) à mensalidade para quem quiser ver na estreia em casa, em vez de ir ao cinema. 



A Disney ainda não se pronunciou quanto à sua estratégia para enfrentar a pandemia ou sobre os filmes que estão na geladeira por enquanto — como Viúva Negra, por exemplo —, mas nas últimas semanas anunciou 10 novas séries dentro do Universo Marvel dos cinemas e mais 10 sobre Star Wars, o que nos leva a crer que seu foco agora vai ser em seu serviço de streaming e não tanto nas grandes produções hollywoodianas. 



Com a normalização dos serviços de streaming, com lançamentos exclusivos sendo feitos diretamente para essas plataformas ao longo de todo o próximo ano, qual será o futuro das salas de exibição e dos grandes operadores de cinema?  

Falando agora particularmente, se tem uma coisa que eu gosto é de ficar em casa curtindo um filminho ou uma série no som bacanudo do meu home theater, mas mesmo com a facilidade que os serviços de streaming proporcionam —incluindo aí os preços mais baixos em comparação com todo o rolê que inclui uma "simples" ida ao cinema — na minha visão, nada se compara à experiência de ver um filme na telona.



Em minha infância eu não tive muitas oportunidades de ir ao cinema — toque a música triste do Hulk em sua cabeça. O primeiro filme que assisti em tela grande foi O Rei Leão (1994) e só consegui ir de novo no final do século para assistir Star Wars - Episódio I e o Fim dos Dias com o Schwarzenegger. Já no século XXI, quando consegui ir assistir o Homem Aranha (2002) no cinema, a experiência foi inacreditável e tenho lembranças até hoje da sensação incomparável de estar em uma sala confortável, com ar condicionado, ouvindo a reação das pessoas ao meu redor com as cenas impactantes e o cheiro da pipoca no nariz. Acho todo o clima do cinema algo maravilhoso até hoje e a menos que eu ganhe na Mega Sena e possa construir uma sala de cinema em casa, nunca vou poder reproduzir toda essa experiência, por melhor que seja a banda de internet ou melhor que seja o áudio de meu home theater

Você é velho, Rodman! Ninguém gosta mais de cinema lotado, gente levantando no meio do filme, falando alto, usando o celular! O esquema é streaming! 

Tô ligado, jovem padawan!

Eu mencionei antes a sensação de poder ouvir a reação das pessoas ao meu redor ao filme, mas até mesmo quando a sala do cinema está quase vazia AINDA assim vale a experiência. Em 2019 posso dizer que não encarei mais do que duas ou três sessões cheias em cinema e a grande maioria foi na tranquilidade. Ar condicionado no talo, som mais alto que a mastigação da pipoca e uma tela gigante em minha frente me fazendo esquecer dos problemas por duas horas.



Eu tenho quase um caso de amor com o cinema e até mesmo os filmes mais horríveis parecem ganhar uma aura diferenciada na projeção. É algo difícil de explicar. 

A explosão dos serviços de streaming vai trazer uma comodidade que muita gente sempre quis ter de ver seus filmes preferidos em casa, esticadão no sofá ou na cama, sem precisar enfrentar filas, sem ter que procurar vagas de estacionamento ou do incômodo que é ter gente falando alto enquanto o filme está sendo projetado. No entanto, não há como negar que daqui a pouco tempo, pagar uma sessão de cinema não vai ser quase nada comparado aos valores acumulados que vão acarretar assinar três, quatro serviços diferentes para se ter o privilégio de ver um filme em seu lançamento, sem falar nas taxas extras (não é mesmo dona Disney?).  

Você pode estar lendo esse artigo em seu celular com uma banda de fibra ótica de 200 milhões de megas, mas é importante lembrar que tem lugar no Brasil que mal chega 1 Mb de velocidade, além do que a interrupção de banda causa um desconforto inacreditável no meio de um filme ou de um episódio de série. Para quem não tem uma internet decente em casa ou sequer pode se dar ao luxo de assinar Netflix, Amazon Prime Vídeo, Globoplay, Disney + e a vindoura HBO Max — ainda sem data de estreia no país da antivacina — todas de uma vez, uma sessão de quarta-feira a R$ 10,00 no cinema viria muito bem a calhar!

Por enquanto, ainda não está declarado o fim oficial dos cinemas, que continuarão moribundos no próximo ano ainda sob efeito da pandemia do Covid-19, mas se você tem algum bom senso e preza pela vida de seus entes queridos — pelo menos aqueles que não são bolsominions — não vai ser tão cedo que iremos rever cenas como o cinema levantando de emoção enquanto o Capitão América empunha o Mjolnir em Vingadores - Ultimato.

Fala a verdade... nenhum serviço de streaming jamais vai proporcionar a emoção de ver uma cena como aquela em meio a uma galera tão emocionada e vibrante quanto você. Esse tipo de coisa nunca mais vai acontecer. Uma pena.

Estamos ficando velhos, Magneto!

P.S. - Eu não sou muito bom de matemática, mas tendo em vista que você seja um entusiasta dos serviços de streaming e não queira ficar para trás nas rodas de conversas sobre os filmes e séries mais comentados da semana, você teria que desembolsar os já costumeiros R$ 32,90 da Netflix — afinal, você não quer perder Os Cambitos da Rainha e nem a última temporada de La Casa de Papel! —, os R$ 9,90 da Amazon Prime, os R$ 37,90 da Disney + — pra deixar o Mickey ainda mais rico e também para ver o Baby Yoda — e se quiser aproveitar o combo Disney + e o Globoplay, R$ 43,90. Dá para ver o Faustão ao vivo no domingo, conferir a excelente série Desalma e ainda rever o Pescador Parrudo em Kubanacan. Como disse, sou péssimo em contas, mas chutando por alto, se você quiser mesmo ser O entusiasta do streaming — e sem contar com a sua conta no Spotify ou no Deezer — você vai ter que desembolsar o valor módico de R$ 86,70 mensais... ou algo próximo a isso. Se você tiver namorada (o), é mais ou menos o que gasta a uma ida com ela (o) ao cinema, mas sem as experiências já comentadas anteriormente.

P.S. 2 - Rod Rodman ainda não assinou o Disney +... quem sabe ele se decida quando chegarem as séries da Marvel por lá! 

NAMASTE!   

9 de abril de 2020

TOP 10 - Os Posts mais vistos do Blog do Rodman



Em comemoração aos 10 anos do Blog do Rodman, eu decidi relembrar alguns dos posts de maior sucesso do blog, elencando num Top 10 Especial aqueles que alcançaram maior engajamento, visualizações e essas tretas. Numa época em que blogs de texto são cada vez menos relevantes, alcançando um público infinitamente menor que canais visuais, bora celebrar um tempo bom em que uma única publicação alcançava quase 200 mil visualizações! 

Sigam-me os bons!


(Clique nos títulos para acessar os posts originais)


No primeiro ano do Blog do Rodman eu estava atirando para todos os lados (entenderam a metáfora, hein, hein?) para criar bastante conteúdo, falando de futebol, basquete, música, séries e claro, cinema. Num dos primeiros posts sobre cinema, eu analisei (e comparei) as duas tentativas da 20th Century Fox de adaptar o Justiceiro para os cinemas. 

Nesse post eu comento bastante sobre a direção, figurino, roteiro e atuações dos dois filmes, pontuando bastante a minha impressão sobre as produções. The Punisher estreou em 2004 e arrecadou apenas 54 milhões de Dólares. Já seu sucessor, lançado quatro anos depois e ignorando completamente o roteiro do primeiro, faturou pífios 10 milhões, tendo custado 35 milhões



O post sobre a análise dos dois filmes foi visualizado no blog 6,98 mil vezes até aqui (com mais de 14 mil visualizações brutas), alcançando a décima posição nos mais vistos.





Em toda a história dos Vingadores, praticamente todos os super-heróis da Marvel já devem ter passado pelo grupo em pelo menos um momento da vida, por isso, a tarefa de elencar apenas 10 membros e considerá-los os melhores, não é nada fácil. Eu não li todas as fases do grupo nas HQs e nem cheguei perto de saber todo mundo que já foi chamado de vingador alguma vez, o que me fez apelar então para A MINHA OPINIÃO pessoal sobre a minha equipe preferida de Vingadores, e quem deveria fazer parte dela.

Comecei a ler Vingadores na época da finada Heróis da TV, publicada no Brasil pela finada Editora Abril, e naquela época, os Heróis mais Poderosos da Terra tinham em suas fileiras boa parte dos personagens que numerei nesse post publicado em junho de 2012. Histórias como A Saga de Korvak, a vinda dos Guardiões da Galáxia (os originais) para a Terra, o surgimento do Conde Nefária e os ataques mais relevantes do Ultron são dessa época, e meus Vingadores preferidos estavam todos lá. 



O post gerou uma porrada de comentários, e veio uma galera perguntar por que não coloquei o Hulk na lista, por que o Homem de Ferro está na posição em que está e não o Capitão América, etc, etc. O Hulk esteve apenas na formação inicial do grupo (tirando aí outras versões que não faziam parte do Universo 616, como os Ultimates) e eu nunca nem o considerei um vingador. Eu tenho mais HQs em que os Vingadores se juntam para lutar CONTRA ele do que a seu lado, por isso não me parecia muito lógico colocá-lo entre os meus 10 melhores. Já sobre o Capitão América... Bem... O que falo sobre ele nesse post diz muito quem na verdade é meu primeiro colocado entre os melhores. 

Esse post rendeu 13721 visualizações brutas, mas o Google Analytics mostra como média geral 8,07 mil visualizações. 

E pra você? Qual é a equipe ideal de Vingadores?


É meio inception esse lance de citar outros Top 10 DENTRO de um Top 10, né? 

Mas enfim...

Em 2011 eu me aventurei a falar sobre GAMES, vejam só vocês! 

Tirando a minha fase de Super Nintendo e dos fliperamas, eu JAMAIS fui algo sequer parecido com um gamer e em tempos em que CBLOL e Pro League Free Fire são exibidos mundialmente em lives e até mesmo em canais esportivos de TV, dá um pouco de vergonha em tentar falar sobre jogos sendo praticamente um noob da área. 

Hoje em dia dou meus chutes na versão mobile do PES 2020 e até arrisco dar uns tiros no Free Fire (o que não me torna especialista em porra nenhuma), mas o post de 2011 me fez elencar os 10 jogos que eu mais joguei nos anos 90, muitos dos quais a molecadinha de hoje nem deve saber que existiu. 

Vale lembrar que meus parcos conhecimentos em jogos de videogame não permitiram que eu falasse sobre o assunto tecnicamente e o post de fã rendeu 14717 visualizações brutas (até aqui) e uma média de 8,45 mil views, posicionando-o em oitava posição do ranking






Falar de quadrinhos foi o que me motivou a criar o Blog do Rodman, e devo confessar que eu adorava remexer nos meus gibis velhos pra poder escrever e ilustrar esses top 10 de super-heróis. 

Nesse post, eu elenquei aquelas que PARA MIM tinham sido as surras mais chocantes de ler nas HQs de Marvel e DC, e acabei relembrando momentos icônicos dos quadrinhos, como o dia que o Exterminador espancou o Batman COM PREPARO e tudo, o dia em que o Apocalypse limpou o chão com toda a Liga da Justiça e a vez em que o Daken fatiou o Justiceiro em dezenas de pedaços. 



Atualmente é bem comum ver cenas cada vez mais chocantes nas HQs, enquanto os autores tentam lutar bravamente todos os dias para manter seu ganha pão relevante - competindo sem muitas chances contra os games e os serviços audiovisuais - mas na década de 90 e no começo dos anos 2000, os heróis levando surras de seus inimigos não era algo tão comum de se ver. Prova disso é que depois de seu auge, personagens como Apocalypse - que matou o Superman na porrada! - , Bane - que quebrou o Batman - e Exterminador - que limpou o chão com o Batman e já derrotou sozinho toda a Liga da Justiça - viraram buchas de canhão nas histórias modernas, apanhando facilmente de qualquer personagem mequetrefe. Nada nas HQs se torna relevante por muito tempo hoje em dia. 




O post rendeu 15,7 mil visualizações brutas e na média fica em sétimo lugar, com 9,14 mil views






Nada como colocar no ar uma enquete - hoje proibidas dentro do sistema do Blogger - para acirrar os ânimos, não é mesmo?

Sempre que algo como "quem é melhor que quem" vem à tona, é comum que as opiniões se contrariem e foi exatamente o que aconteceu nos comentários desse post. O Homem de Ferro estava no auge da popularidade cinematográfica com o lançamento do primeiro filme dos Vingadores e é claro que ele acabou ganhando a maioria dos votos, colocando-o como o MAIOR personagem da Marvel. Na disputa com ele estavam os pesos pesados do marketing Homem Aranha e Wolverine, e mesmo assim Tony Stark saiu vitorioso pelo simples fato de estar em maior evidência que os demais concorrentes no momento.



O post não foi escrito com as minhas preferências pessoais e sim revelando a preferências dos leitores do blog, mas mesmo assim os ânimos ficaram acirrados na área de comentários. 

Lançado em 2012 (pouco antes do fim do mundo), o post teve 15,8 mil visualizações brutas, com média de 13,3 mil acessos. Saudades quando o Blog alcançava esse público! 

E para você? Quem é o maior herói da Marvel?


O que é isso, Rodman? Um post sobre Hot Wheels? Carrinhos de fricção

Não, caro padawan! Em 2010, mesmo sem entender p#$% nenhuma sobre carros, eu listei 10 dos maiores veículos do cinema e da TV e esse post rende até hoje algumas visualizações de vez em quando. 

Eu lembro que esse foi um post bem trabalhoso de ser feito, uma vez que os detalhes técnicos sobre os carros reais usados para desenvolver os fictícios eram bem raros de se encontrar naquela época. Desde a minha infância eu tinha como referência de veículos aquilo que eu via pela TV, e alguns carros como a Supermáquina da série - que meu irmão tinha uma versão Porsche da Glasslite para brincar -, o DeLorean de De Volta para o Futuro e o próprio Batmóvel do filme de 1989 SEMPRE fizeram a minha cabeça. Nada mais justo que homenagear todos eles nesse texto feito com carinho e muitos "achismos" automotores.

O post teve uma média de 17,7 mil visualizações no blog. 





Quem nasceu nos anos 80 e passou a década seguinte inteira assistindo Sessão da Tarde, Cine Espetacular, Tela de Sucesso e Tela Quente em casa sabe que NÃO HAVIA opção de se ver qualquer filme que fosse em sua versão original, o que fez com que nos acostumássemos com as vozes brasileiras dos astros estrangeiros. Como bom fã de filmes desde cedo, eu fui conhecer a voz verdadeira de atores como Bruce Willis, Mel Gibson, Arnold Schwarzenegger e Sylvester Stallone MUITOS anos depois, quando então as locadoras de vídeo - Estamos ficando velhos, Magneto! - passaram a ser opção de se assistir filmes além de esperar passar algo na Globo ou no SBT. 

Toda uma geração de dubladores se formou no Brasil ao longo de décadas e essa arte passou a ser reverenciada mundo afora. Hoje existe muitas críticas a quem "só assiste filme dublado", mas em épocas remotas, se não fosse a dublagem, nós não seríamos apaixonados por cinema atualmente. 

Nesse post foi a primeira vez que quebrei a regra do Top 10 e acabei listando 16 DUBLADORES maravilhosos que fazem um trabalho excelente no Brasil. E quer saber? Ainda faltou muita gente. Quem sabe um dia eu faça uma "Parte 2"? 

Também acha que faltou algum nome que você gosta na dublagem? Comenta lá no post e se junte aos outros 47 opinadores que me cobraram esse ou aquele dublador na lista! 

Esse post teve até aqui um total de 31,8 mil visualizações.  


Chegamos ao pódio do nosso top 10 e é claro que a eleição das 10 personagens mais "curvilíneas" da DC não podia ficar de fora!

O ano era 2011 e nem o mundo dos quadrinhos, nem os meios midiáticos em geral tinham começado a se conscientizar ainda que as mulheres não podiam ser tratadas única e exclusivamente como pedaços de carne em exposição. Os anos 90 tinham sido o auge da exploração do corpo feminino nas HQs e isso formou uma geração inteira de leitores que se acabava na punheta cresceu achando que era normal ver as heroínas gostosonas em poses quase ginecológicas em suas roupinhas curtinhas e apertadas nas páginas dos gibis. 


Uma Batgirl hipersexualizada e outra mais de acordo com os padrões atuais

O machismo e a misoginia intrínseca tornou-se algo comum, algo cotidiano, e isso tem reflexos na cultura pop ATÉ HOJE! Quem não se lembra das reclamações sobre o corpo excessivamente magro de Gal Gadot para ser a Mulher Maravilha dos cinemas ou da falta de atributos curvilíneos em Brie Larson para viver o papel da Capitã Marvel?

Eu, como um jovem que foi praticamente alfabetizado pelas HQs dos anos 80 e 90 também me incluo nesse "seleto" grupo de punheteiros machões que adoravam ver heroínas em posições sensuais nas capas e no recheio das HQs, por isso, criei o post para homenagear (hein! hein!) esse período conturbado dos quadrinhos. 

Top 10 - As mais gostosas da DC movimentou (até hoje, já que o post ainda é bastante visualizado) 45,6 mil views, com vários comentários pedindo essa ou aquela personagem que acabou ficando de fora da lista.





Confesso que não entendo muito bem o sucesso relativo dessa postagem e nem porque ela é tão procurada até hoje, mas é importante salientar que American Horror Story foi uma série bem impactante na época de seu lançamento, e quando escrevi esse texto (janeiro de 2012) eu estava bem empolgado com a criação de Ryan Murphy e Brad Falchuk.

Eu nem lembro o que mais estava assistindo na época, mas AHS me chamou muito a atenção, causando aquele cagaço gostoso de sentir em produções de terror. O elenco era muito afiado e o enredo prendia episódio após episódio, como toda boa série deve fazer. 



O formato da série de renovar elenco e história a cada temporada também era bem original (pelo menos eu não me lembro de outro seriado que fizesse isso) e eu acompanhei além da primeira, apenas mais a segunda temporada. Não sei se por preguiça ou falta de interesse, nunca mais corri atrás das outras temporadas (já são 9!), mas pelo que ouvi por aí, eu perdi bastante coisa boa. Quem sabe um dia?

O post sobre a primeira temporada de AHS foi visto por 48,8 mil pessoas (ou bots... ou alienígenas...). 


E chegamos à medalha de ouro dos posts mais visualizados do blog!

Ao longo desses 10 anos, eu escrevi uma caralhada de textos sobre um sem número de temas. Alguns eu gostei mais do resultado final, outros menos, mas eu sempre tentei produzir um material de qualidade que continha alguma informação nele. É claro que nem sempre consegui, mas me orgulho da maioria do que criei.

O Top 10 - As Mais Gostosas da Marvel surgiu da necessidade de expor um pouco meus achismos sobre as personagens femininas que tanto admirava em minha época de leitor de quadrinhos, e se fosse hoje em dia, provavelmente eu tentaria falar mais sobre as características subjetivas ou de personalidade das mesmas, em vez de falar principalmente dos atributos físicos das heroínas. Vale lembrar que o post foi escrito em 2011 e as coisas mudaram um pouco de lá para cá. Tanto Marvel quanto DC procuraram ser mais inclusivas em suas histórias, dar espaço para a diversidade - de gênero, de etnia, etc. - e as tais "poses ginecológicas" começaram a perder espaço nas páginas dos gibis. Não que isso tenha agradado muito os leitores mal acostumados a toda aquela apelação de outrora, mas as editoras arriscaram, obtendo algum sucesso. 


Psylocke, um dos símbolos da sexualização feminina nos anos 90



Seja como for, o post foi o mais visto em toda a história do Blog do Rodman, alcançando 124 mil visualizações brutas e uma média de 30 comentários. Em minha lista constam 10 das mais populares personagens da Casa das Ideias, mas nos comentários foram sentidas as faltas de Mary Jane, Mística, Jean Grey, Cristal, Mulher-Hulk, Lorna Dane, Mulher Invisível e até a Blink! Será que rola um Top 10 - As Mais Empoderadas da Marvel agora?

NAMASTE!

22 de janeiro de 2020

Crise nas Infinitas Terras - PARTE 5


LEGENDS OF TOMORROW – EPISÓDIO 1 (Temporada 5)

Todos os Paragons acordam no dia seguinte em suas casas e descobrem que o universo foi realmente salvo por eles. Algo inusitado, no entanto, acontece e os heróis que antes moravam em Terras diferentes, agora residem na mesma Terra, a Terra-Prime, além de descobrirem que Lex Luthor é uma espécie de herói nacional reconhecido por todos! 


Como dito anteriormente, é mais ou menos isso que acontece na saga escrita por Marv Wolfman para as HQs. Na época, a DC estava virando um sururu maluco, e conforme eles iam adicionando personagens de outras editoras a sua, comprando as que estavam falindo e forçando a falência (COF! COF! Fawcett Comics!) de outras, eles meio que inventavam que cada grupo de heróis pertencia a uma Terra Paralela qualquer. Com o tempo, isso começou a ganhar proporções gigantescas e uma grande confusão na cabeça dos leitores. Quem é de que Terra? Esse Robin aqui é de onde? E esse Superman velho? E esse Flash com o penico alado na cabeça?

A batalha final contra os Dementadores do Antimonitor
Se a gente for notar, a mesma coisa estava acontecendo nas séries da CW, em especial em The Flash, que na falta de criatividade, sempre se jogava o argumento de que o "fulaninho da vez era de outra Terra" e já era. Após a morte prematura do Harrison Wells na primeira temporada (até hoje o melhor vilão que o Flash já teve em live-action!), a cada temporada eles usavam um “Harrison Wells” diferente, vindo de outra Terra, e vamos combinar que isso perdeu a graça já na terceira vez que aconteceu. Tom Cavanagh é um ator versátil e empresta todo seu talento para sempre criar um Wells diferente a cada temporada, mas isso passou dos limites há muito tempo. Até a Canário Negro (Katie Cassidy) que morreu lá na quarta temporada de Arrow (ou quinta, sei lá!) foi trazida de volta de uma dessas Terras Paralelas, e usaram a desculpa que ela era uma espécie de “gêmea malvada” da verdadeira Laurel Lance de outro mundo, a Sirene Negra.



Ao final do episódio de Legends of Tomorrow, temos vislumbres de outras Terras que continuam existindo além da Terra-Prime (incluindo a Terra-12 com a Tropa dos LANTERNAS VERDES, a Terra-19 do Monstro do Pântano, a Terra-9 com os Titãs, a Terra-21 com a Patrulha do Destino e a Terra-96 com o Superman do Christopher Reeve, interpretado pelo Brandon Routh), o que quer dizer que nem todos os personagens se juntaram... Ainda. 



Por algum tempo, até que exista outra Crise, ainda teremos uma caralhada de Batmen espalhados por aí, um para cada série que esteja precisando de audiência!

Com certeza o ponto alto do episódio são as homenagens que, tanto o mundo quanto os heróis, prestam ao falecido Oliver Queen, deixando bem clara a importância do Arqueiro Verde para esse universo televisivo. É difícil não se emocionar com esse “fim de uma era” que a despedida do Arqueiro causa, em especial para quem acompanhou essas séries engatinharem uma a uma, surgindo de dentro da série principal que era Arrow


O destino do Time Arrow e seus personagens será decidido nos dois últimos episódios da série que irão ao ar ainda esse ano, e outro spin-off dará as caras, acompanhando a partir de então a vida de Mia Smoak e os demais herdeiros de John Diggle, Lyla e do Cão Raivoso (Rick Gonzalez), sob a tutela das Canários Laurel Lance e Dinah Drake (Juliana Harkavy).


Mia Smoak, Laurel Lance e Dinah Drake

O último cameo do crossover é a aparição do próprio escritor Marv Wolfman, que aparece logo no início do episódio tietando o Flash e a Supergirl, explicando que agora eles fazem parte do mesmo mundo, a Terra-Prime. 

Marv Wolfman

As interações entre eles agora podem ocorrer de forma muito mais fluída, sem a necessidade daquele teleportador criado pelo Cisco Ramon, já que eles moram a algumas cidades de distância. O mais irônico da aparição de Wolfman, em cena com os dois personagens é que ele foi o responsável PELA MORTE de ambos em sua versão Crise nas Infinitas Terras para os gibis. Tanto Barry Allen quanto Kara Danvers morrem pelas mãos do Antimonitor, mortes que só seriam desfeitas muitos anos depois, após várias outras Crises na DC.



O episódio termina com Barry Allen formando uma espécie de “Liga da Justiça” com o Superman, a Supergirl, a Batwoman, a Canário Branco, o Caçador de Marte e o Raio Negro, e eles usam como sede a antiga instalação dos laboratórios STAR, que aparece lá no crossover Invasão, prédio que lembra muito o Hall da Justiça dos Superamigos - quem pegou pegou a referência ao macaco Gleek nos instantes finais do episódio! Quais serão os próximos crossovers? Façam suas apostas!


P.S. - O surgimento do personagem Ryan Choi no crossover muito provavelmente deve significar uma passagem de bastão, já que nos quadrinhos, Choi foi uma das identidades do Eléktron. Há algum tempo o ator Brandon Routh afirmou que, assim como Stephen Amell de Arrow, iria se "aposentar" de seu papel de Ray Palmer na série Legends of Tomorrow, e é bem provável que nessa nova temporada os heróis viajantes do tempo ganhem um novo Eléktron, vivido agora pelo ator Osric Chau

P.S. 2 - Além de Arqueiro Verde e as Canários, outro spin-off do Arroverso que foi anunciado pela CW é do Superman, que vai mostrar as aventuras solo de Clark (Tyler Hoechlin) e Lois (Elizabeth Tulloch) criando o pequeno Jonathan. Seria a continuação de Lois & Clark dos nossos sonhos ou uma forma de tornar relevante esse Superman baixinho que é tão insosso nos crossovers?

P.S. 3 - Por mais que a gente critique as lutas sem graça e alguns efeitos visuais meia-boca de Crise nas Infinitas Terras, é importante salientar o esforço criativo DESGRAÇADO que os produtores precisam ter para juntar TANTA GENTE com tantos personagens diferentes interagindo entre si num mesmo lugar, sem que isso descambe para uma salada de frutas intragável. Apesar de muitos dos produtores serem os mesmos das 5 séries, as equipes criativas e o elenco são completamente diferentes, e juntar todo mundo numa história minimamente coesa, sem que haja furos no roteiro - e isso pensando também em cada série individualmente ANTES e DEPOIS do crossover - não deve ser uma tarefa fácil. A gente reclama de fã chato e pau no cu que a gente é mesmo. Mas parabéns a todos os envolvidos. 

As outras partes do review podem ser encontradas aqui:


NAMASTE! 

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