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15 de fevereiro de 2012

Galeria do Rodman #6

Na época em que eu desenhava com mais frequência, raramente eu fugia do filão personagens de quadrinhos, mas quando ousava, gostava de desenhar rostos de pessoas para praticar os detalhes como sombreamento, marcas de expressão (porque não dizer rugas também) e em especial os olhos. Eu sempre gostei de desenhar e pintar olhos.
Folheando uma edição velha de carros do meu irmão, certa vez, me deparei com uma foto de página inteira do campeão de Fórmula 1 Ayrton Senna e uma matéria sobre o acidente que o tirou das pistas para sempre no fatídico dia 1º de Maio de 1994. Na ocasião já se faziam dez anos de sua morte, e pensei porque não podia fazer uma homenagem àquele que foi o ídolo do esporte, assim como Pelé, para muitas pessoas, e cara que representava toda a determinação e garra que sempre fora necessário nesse tipo de profissão onde sua própria vida é arriscada a cada corrida. Realmente valia a pena fazer uma singela homenagem, e então comecei a desenhar.

Esse desenho, assim como os demais da Galeria, foi feito todo a mão, com lápis HB e 2B, sem hachuras ou qualquer outro acabamento. Gostava de fazer o detalhamento ainda com o lápis de cor preto, com o qual contornava algumas partes do rosto como os olhos e as sobrancelhas, e terminava primeiro os cabelos para só então começar a texturizar a pele.
Sombreamento pronto, eu passava uma camada bem leve de lápis de cor marrom e já trabalhava o volume do nariz, bochechas e pálpebras, forçando um pouco a ponta. Sempre detestei aquela cor de burro quando foge meio bege da caixa de lápis que o pessoal na escola costumava usar para pintar pele, então optava por aquele rosa salmão mais claro, misturando-o com o próprio marrom. Mais tarde só usava o rosa para aumentar o brilho das partes volumosas do rosto, e trabalhava o desenho quase todo com os tons de marrom da caixa de 36 cores.

Todo o trabalho de pintura costumava levar de dois a quatro dias para ser terminado. Desenhistas, mesmo os aspirantes e pretensos, costumam ficar aperfeiçoando sua arte, sempre mexendo em um retoque aqui ou ali, por isso, dá a impressão que a merda do desenho nunca fica pronto. Na verdade nós não teminamos NENHUM desenho, nós nos livramos dele quando achamos que se mexer mais vai acabar ficando pior do que já está.

Nessa época eu ainda não trabalhava com nanquim, portanto fazia alguns detalhes, como fios de cabelo, com caneta esferográfica mesmo.
No Photoshop só retoquei mesmo as sombras e alguns aspectos de brilho que me incomodavam, mas basicamente mantive como o original.

CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR

Em 2014 já serão vinte anos da morte do ídolo das pistas, e será que até lá surgirá algum piloto brasileiro com a mesma garra e determinação que Senna tinha e com o qual ele conquistou três campeonatos?
Seu sobrinho Bruno Senna já segue seus passos, agora na equipe em que o tio faleceu, a Willians, quem sabe seja ele o responsável por honrar, enfim, o nome e o símbolo de Ayrton nos autódromos pelo mundo, e fazer tremular a bandeira do Brasil mais uma vez após as vitórias?
Fica a Torcida.

Toca o Tema da Vitória aí!!




Ayrton! Ayrton! Ayrton Senna do Brasil!!

NAMASTE!

15 de novembro de 2011

Top 10 - Clipes mais Criativos


Desde que Michael Jackson revolucionou o mundo do audiovisual e transformou os videoclipes em super-produções com seu Thriller, cada vez mais artistas têm mostrado todo seu talento inventivo nos clipes de suas músicas, fazendo-nos pensar, nos emocionar e porque não dizê-lo pirar!
O Top 10 Clipes mais criativos faz uma pequena mostra do que artistas e designers aliados a diretores de arte são capazes de fazer para contar uma história em até 5 minutos, e como a música pode servir apenas como pano de fundo para esse espetáculo visual!


O Nickelback tem em seu repertório várias músicas melosas com um alto poder de nos deixar na fossa, pensando naquela ex que nos deu um pé ou naquele amor impossível. O que ninguém duvida, no entanto, é na capacidade que os caras têm em mostrar histórias pra lá de criativas em seus videoclipes.
O vídeo da música Savin’ Me começa com um homem vagando perto de uma esquina que consegue evitar que um rapaz distraído com seu celular seja atropelado. Após ser salvo pelo estranho que vai embora sem dar-lhe maiores explicações, o jovem começa a ver temporizadores sobre a cabeça das pessoas, como numa contagem regressiva de quanto tempo elas ainda têm de vida, e fica assombrado com aquele seu novo dom.
Totalmente surreal!


“Os portões do Paraíso não abrirão para mim
Com essas asas quebradas estou caindo
E tudo que eu vejo é você
Esses muros da cidade não tem nenhum amor por mim
Estou na beira da 18º história
E, oh, eu grito por você
Venha, por favor, estou chamando
E tudo que eu preciso é você
Apresse-se, estou caindo”



Gente bizarra em clipe de rock é o que não falta se prestarmos bem a atenção, e é partindo dessa premissa que Steven Tyler e seus companheiros se fundem em corpos de gente tatuada, “piercinzada”, bebês, mães gostosas e lutadores de sumô. Em Pink, música do excelente álbum Nine Lives, o Aerosmith tira de letra a piada com alter-egos, e produz um clipe memorável e pra lá de divertido.
No vídeo da música é usado CGI para a montagem dos personagens e há uma variedade de caracteres aleatórios misturados com membros da banda que posam para a câmera, transformando-se em personagens diferentes no processo.
Há duas versões do vídeo da música, uma versão mais adulta que mostra até peitinhos femininos e outra mais família que corta as cenas mais “picantes”.


“Rosa foi amor à primeira vista
Rosa quando eu desligo as luzes
Rosa é como vermelho mas nem tanto
Eu acho que tudo vai ficar bem
Não importa o que a gente faça esta noite”


Dirigido por Tony Kaye ( diretor do excelente A outra História Americana), o clipe de Dani California mostra Anthony Kiedis e seus comparsas imitando diversas bandas clássicas do cenário rock com muito talento, enchendo a tela com micagens e caretas dignas de um filme do Jim Carrey.
A sátira às grandes bandas e "eras" do rock é na verdade uma grande homenagem a Elvis Presley, Beatles, Sex Pistols, Misfits, "hair metal" e Nirvana, e não tem como não curtir o ótimo som de Dani California, um dos últimos trabalhos realmente esforçados da banda que ainda contava com John Frusciante nas guitarras.


“Nascida no estado do Mississipi
Papai era um tira e mamãe uma hippie
Em Alabama, ela balançaria um martelo
O preço que você tem que pagar quando destrói o panorama
Ela nunca soube que havia algo além da pobreza
Pelo quê no mundo sua companhia me toma?”



O Jamiroquai é uma banda britânica liderada pelo cantor Jay Kay.
O vídeo de Virtual Insanity consiste principalmente do vocalista, dançando a música em um quarto branco brilhante com um piso cinza. Ao longo do vídeo, há várias combinações de sofás e poltronas, que são a única mobília da sala. O vídeo ganhou reconhecimento da crítica por seus efeitos especiais: o chão parece mover-se enquanto o resto da sala permanece parado. Em alguns pontos a câmera gira para cima ou para baixo para mostrar o piso ou teto por alguns segundos, e quando ele retorna à posição central, o cenário mudou completamente.
Esse sensacional clipe que é embalado pela animada letra de Virtual Insanity é dirigido por Jonathan Glazer, e ganhou no MTV Musical Awards em 1997 quatro prêmios, incluindo vídeo mais experimental e Melhor Vídeo do Ano.



“Futuros feitos de insanidade virtual agora
Sempre parece ser
Governado por esse amor que temos
Para inútil, a torção da nova tecnologia
Oh, agora não há som
Porque nós todos vivemos debaixo do chão.”


À princípio o clipe da música Open your Eyes parece que não vai chegar a lugar algum (literalmente), mas conforme vamos passeando pelas ruas de Paris tal qual um Need for Speed, passando por sinais, pássaros, pessoas, entrando em ruas desertas e escuras, descobrimos que o vídeo todo foi filmado em um único take, obviamente sem cortes ou inserção de cenas.
O vídeo na verdade são os minutos finais de um curta metragem francês de 1976 chamado "C'était un Rendez-vous", idealizado e dirigido pelo cineasta francês Claude Lelouch. Uma câmera fixada na frente de um carro nos leva a um passeio ao amanhecer pelas ruas de Paris, e não dá pra dizer que o passeio é deveras aprazível.
No clipe, enquanto o cantor do Snow Patrol Gary Lightbody insiste em seu refrão "Tell me that you'll open your eyes" acabamos conhecendo pontos turísticos da Cidade Luz, e o passeio acelera quando a música alcança seu ápice.
Mas porque será que o motorista está com tanta pressa?
Desvende comigo:


“Levante, vá embora, saia de perto desses mentirosos
Porque eles não entendem sua alma ou seu fogo
pegue minha mão, entrelace seus dedos entre os meus
E nós sairemos deste quarto escuro pela última vez”


Produzido em stop motion (técnica que utiliza a disposição sequencial de fotografias diferentes de um mesmo objeto inanimado para simular o seu movimento) pelo grupo Shynola, o vídeo de Strawberry Swing mostra o vocalista do Coldplay Chris Martin no chão interagindo com desenhos animados feitos a giz. O clipe começa com Martin acordando em sua casa. Uma vez que ele vê que uma moça está sendo mantida refém por um esquilo gigante, se transforma em um super-herói e tenta salvá-la. Ao longo do caminho, Martin enfrenta ataques do esquilo, de um peixe gigante no oceano além de outros perigos saídos diretamente da mente criativa dos diretores.
O que será que esse caras fumam antes de ter essas ideias??


“Fria, água fria traga-me para si
Agora meus pés não vão tocar o chão
Fria, água fria, o que você disse?
Quando é tão... É um dia tão perfeito
Um dia tão perfeito....”


O vídeo da música Coffee & TV dirigido por Hammer & Tongs é sem sombra nenhuma de dúvidas um dos mais divertidos dessa lista.
Protagonizado quase que exclusivamente por uma carismática caixinha de leite (criada por Jim Henson o "pai" dos desenhos animados americanos Muppets Babies) o vídeo mostra a jornada do personagem pela cidade em busca do guitarrista do Blur Graham Coxon, que aparentemente fugiu de casa. Caixas de leite são usadas ​​às vezes (especialmente nos EUA) para ajudar a procurar pessoas desaparecidas, e a família fictícia de Coxon teve essa ideia de pôr seu rosto em um apelo impresso em caixas de papelão.
Eu adorei esse clipe a primeira vez que o vi, e fiquei impressionado com a criatividade que alguns diretores têm para desenvolver certas ideias que, a meu ver, me parecem por vezes estapafúrdias.


“Então me dê café e TV, tranquilamente
Eu vi demais, estou ficando cego
E meu cérebro está virtualmente morto
A sociabilidade é bastante difícil pra mim
Me leve desse mundo grande e mal
E aceite casar comigo
E aí poderemos começar tudo de novo”


Criado pelo estúdio inglês Shynola (o mesmo do clipe de Strawberry Swing) o clipe de Go with the flow é um vídeo agressivo, intenso e que segundo o próprio vocalista da banda Josh Homme, simula uma "jogada de cabeça contra a parede".
A inspiração visual veio de imagens dos quadrinhos de Frank Miller (Sin City, 300...) e da capa do álbum que contém a música do vídeo, Songs for the Deaf (Canções para os Surdos) de 2002.
Para as filmagens do vídeo, a banda teve que tingir o cabelo e pintar a pele de preto, tornando a fase de rotoscopia (técnica que usa como referência a filmagem de um modelo vivo, aproveitando-se então cada frame filmado para desenhar o movimento do que se deseja animar) mais fácil para os artistas gráficos. Os cenários e movimentos no carro (uma pick up dos anos 60 toda pintada de preto) foram finalizados em 3D digital com a utilização do software Maya.
O resultado?
Um dos videoclipes mais empolgantes e provocativos dos últimos anos!


“Ela disse "eu me jogarei fora "
"Afinal, são apenas fotografias"
Eu não consigo fazer você ficar por perto
Eu não consigo tirar você da minha pele
Do lado de fora da moldura é o que estamos excluindo
Você não lembrará de qualquer maneira”


Steven “Steve” Barron já havia dirigido Billie Jean de Michael Jackson quando idealizou Take on Me um dos clipes mais sensacionais de todos os tempos.
O vídeo de Take on me tornou-se um clássico em 1985 ao unir imagens em preto e branco com imagens reais, e a animação feita a lápis também utilizou o processo de rotoscopia. O vídeo tocou exaustivamente na MTV e deu ao A-HA (banda norueguesa) um momento de glória no concorrido mercado norte americano.
O clipe narra uma romântica e fantasiosa história de amor entre duas personagens, a garota, interpretada pela atriz Bunty Bailey e Morten Harket (o vocalista da banda) que nada mais é do que um personagem de história em quadrinhos.
Eu como fã de HQ e de desenhos artisticos, não consigo deixar de admirar a criatividade desse clipe e de me impressionar com o processo detalhado de rotoscopia que transforma pessoas reais em desenhos animados.
Take on me é um deleite visual, e isso na década de 80, onde a tecnologia estava longe de ser avançada!


"Estamos conversando à toaEu não sei o que dizerDirei de qualquer maneiraHoje é outro dia para encontrar vocêSe AfastandoEstarei vindo pelo seu amor, ok?"


Imitation of life, é em minha opinião, e na de muitos críticos mundo afora, um dos mais ousados videoclipes da história.
Mike Stipe (o vocalista do REM) e Garth Jennings provavelmente estavam inspiradíssimos no dia que decidiram criar esse vídeo, e todas as impressões acerca dessa obra de arte só podem ser comprovadas após a visualização da mesma.
A história do clipe é contada de trás pra frente e é impressionante notar como cada cena, num emaranhado delas, se encaixam perfeitamente uma na outra sem falhas.
Primeiro vemos detalhes de uma cena maior que se desenrola sem pausas, depois, num ângulo mais fechado, conferimos que cada um dos fragmentos fazem parte de um todo muito mais complexo.
Coisa de gênio.
Imitation of life é o mais criativo entre todos os melhores videoclipes da história, sem falar em sua ousadia.

Nota 10!


“Como um tímido num tanque congelante
Como peixe dourado numa tigela
Eu não quero ouvir você chorar”

Fontes:
http://www.midiativasantos.com



NAMASTE!

6 de novembro de 2011

Galeria do Rodman #5

Quando eu era criança pequena lá em Barbacena, um dos meus passatempos favoritos era pegar meus gibis (velhos companheiros) e sair desenhando tudo quanto era herói “posudo”, gastando folhas e mais folhas de papel, tanto que acabei me especializando nisso. Eu enchia fácil vários cadernos de desenho com meus rabiscos, deixando-os a princípio apenas no grafite, com hachuras e sem nenhum acabamento posterior.
Mais tarde comecei a arte-finalizar meus rabiscos com caneta esferográfica (A boa e velha BIC) e depois pintá-los com lápis de cor seco, e foi então que a produção começou a cair, porque esse tipo de desenho levava mais tempo para ser feito, questão de dias e às vezes, dependendo da vontade, semanas. É aquela coisa, né! Leva-se tempo até chegar-se à perfeição... E estou correndo atrás dela até hoje! Hehehehe!
Na faculdade de Design Gráfico aprendi alguns métodos de desenho que não conhecia antes, além de ser apresentado a materiais que nunca antes haviam chegado à minha mão como o lápis conté, o bico de pena, o crayon (que eu achava que era Giz de Cera por causa do desenho dos Simpsons) e principalmente o nanquim. Eu sempre gostei daquelas artes em preto e branco finalizadas com nanquim, e embora preferisse meus desenhos ao natural, sem contornos (como já mencionei aqui) aprendi a gostar de arte-finalizar com a tinta preta, não parando mais de lá pra cá.
Fuçando na Internet, certa vez, me deparei com esse belíssimo desenho do brazuca Ed Benes, que costuma desenhar as nossas heroínas preferidas sempre em poses, digamos, sensuais:

Desde os tempos em que o Frank Miller ainda não estava senil e que escrevia as histórias do Demolidor, eu já era ligadão na Elektra e aquele seu visual ninja-gostosa, e com o passar do tempo, os artistas só aumentaram esse sexy-appeal na personagem.

De cara decidi que queria copiar o traço de Benes em sua Elektra, e na falta do que colocar no cenário, resolvi colocar seu peguete casual, o Demolidor como plano de fundo.

Esse Demolidor, rascunhado pelo próprio Joe Quesada (oooooo produtor) não é o foco, mas eu gosto desse contraste de vermelhos e pretos dos dois personagens, o que a meu ver fez com que o resultado final ficasse satisfatório.

Nesse desenho usei lápis HB e 2B para o rascunho. Como sempre faço, fortaleci o traço e apliquei aqueles detalhes mais chatinhos de fazer como contorno dos olhos, ponta da sai (a adaga, como costumam chamar) e as faixas em torno do braço da Elektra com grafite 0.5. Fiz a pintura com lápis de cor seco e giz de cera vermelho (lembra aquele problema com o vermelho nas caixas de cor da Faber Castell??), e todos as hachuras e sombras apliquei com nanquim no bico de pena.

Ao digitalizar a imagem deu aquela tentação de reformar tudo com pintura digital, uma vez que a pintura à lápis não fica muito agradável aos olhos em RGB, mas decidi fazer apenas alguns retoques no fundo à nanquim, já que na tela as marcas e manchas ficam muito mais visíveis e dei apenas algumas pinceladas nos efeitos de brilho e detalhamentos. Também reduzi um pouco da “sujeira” do nanquim sobre a parte mais clara do desenho (a pele), e o resto eu deixei como estava, até para valorizar mais a arte original.


O resultado?

Ah, sei lá!

Ficou “menos pior” do que estava antes.
Vale a homenagem (no bom sentido) à Ed Benes, grande artista brasileiro que há algum tempo já vem trabalhando para o mercado internacional em revistas como Liga da Justiça e Birds of Prey (pré-Reboot) e ao sacana do Joe Quesada, que apesar de ser um gordo safado (como bem já citei aqui) é um desenhista de mão cheia... Quando quer.

NAMASTE!

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