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14 de junho de 2023

O adeus a John Romita

Adeus a John Romita


Eu comecei a ler histórias em quadrinhos muito cedo. Fui influenciado pelo meu irmão mais velho que, esporadicamente, trazia um ou outro gibi de herói para dentro de casa. A grande maioria desses gibis eram de publicações dos anos 80 ou 70. Estávamos nos anos 90 e, naquela época, o que saía no Brasil pela Editora Abril era cronologicamente bem defasado com relação ao que era publicado lá fora.

Mas, quem se importava?

Eu era um moleque magrelo e tímido que não saía de casa. Ler gibis era o meu passatempo preferido naquela realidade reclusa e introvertida. Como meu irmão tinha uma predileção pelas revistinhas do Hulk, do Capitão América e do Homem-Aranha, aquele material abundava lá em casa.

Eu não tinha muita noção de quem escrevia o quê ou de quem desenhava o quê, mas em meio àqueles inúmeros títulos e de suas variadas histórias, um cara logo ganhou destaque a meus olhos. Em especial, no que se referia a visual dos personagens.

De repente, não era mais um amontoado de “desenhinhos” indefinidos nas páginas. Eu agora conseguia distinguir o seu traço, a pegada do estilo no que ele rabiscava.

Um nome logo começou a aparecer frequentemente naquele rodapé de página, lá naquele cantinho onde eu nunca prestava a atenção. Seu nome era John Romita.

Adeus a John Romita


A primeira edição que me chamou completamente a atenção para a maneira como ele desenhava os personagens foi A Teia do Aranha nº 22, que por aqui, foi publicada em 1991 pela Abril, e que deve ter chegado às minhas mãos uns dois ou três anos depois.

Adeus a John Romita


Além do fato de que as duas primeiras histórias desse compilado de aventuras dos anos 70 tratava do relacionamento — romântico? — entre a tia May e o Doutor Octopus, o grande destaque dessa aventura era o fato de que o Homem-Aranha estava usando uma máscara que deixava aparecer seus olhos “humanos”, sem o tradicional visor branco para cobri-los.

E a tia May atirava contra ele, sem saber que estava prestes a matar o próprio sobrinho! Esse, aliás, é o grande chamariz da capa dessa edição.

Adeus a John Romita


Eu perdi as contas de quantas vezes li esse gibi. De maneira geral, essa nem era uma das histórias mais impactantes e/ou revolucionárias para o cânone do personagem, mas eu viajava em suas páginas observando os detalhes mínimos da técnica perfeita de Romita.

Influenciado pelos gibis, lá nos anos 90, eu já rabiscava meus garranchos em papel sulfite como forma de expressão, mas não entendia coisa alguma de design. Apenas apreciava o que via e me transportava para Nova York junto com ele, enquanto o Aranha se balançava de um prédio a outro da cidade.

Apesar da minha ignorância artística, eu já achava que aquele cara de nome italiano tinha um “tcham” diferente. Ele era mais técnico que os outros. Os seus “bonequinhos” possuíam expressões marcantes e o seu Homem-Aranha, em específico, parecia saltar de verdade por entre as páginas.

Adeus a John Romita
As expressões marcantes nos rostos desenhados por Romita


Além de Gil Kane — outro dos caras que eu reverencio muito quando se trata de Aranha —, eu raramente vi alguém que conseguia imprimir tanto os sentimentos dos personagens nos desenhos quanto o Romitão. Era impressionante o que ele conseguia fazer com um lápis e o nanquim!

Eu curtia o Steve Ditko, artista que, não obstante, tinha sido o primeiro cara a desenhar o Homem-Aranha desde a sua criação, lá em 1962. Mas quando o Romitão assumiu o título daquele que já era um dos principais personagens da Marvel, a mudança de traço era muito impactante e, para mim, bastante significativa.

Adeus a John Romita


Outra publicação da Abril que eu lia e relia, mês sim, mês não, era a “Marvel Especial: Homem-Aranha x Duende Verde” que, por aqui, saiu em 1986. Diferente dos tradicionais gibizinhos de 82 páginas, essa edição era um pequeno calhamaço de mais de 100 páginas, o que deixava esse jovem e esquisito estudante de ensino fundamental bastante entretido por várias horas.

Adeus a John Romita


Nessa edição específica, era possível ver a transição entre Ditko e Romita, já que é na emblemática história em que o Duende Verde descobre a identidade secreta do Homem-Aranha que Romita faz a sua explosiva estreia no título do Escalador de Paredes, substituindo o cocriador do personagem como artista regular.

Além disso, Romita também é o responsável pela cocriação de Norman Osborn, podemos dizer assim, já que ele é o primeiro cara a nos revelar, afinal, quem se escondia por trás da misteriosa máscara verde do vilão voador.

Adeus a John Romita


Outros destaques de John Romita Sênior à frente do título do Homem-Aranha é a aventura em que, Peter Parker, vencido por um resfriado, começa a delirar e, sem querer, acaba revelando a sua identidade para Gwen Stacy e todos os seus amigos em uma festa. No Brasil, essa história foi republicada em A Teia do Aranha nº 13.

Adeus a John Romita


Na edição seguinte, a de nº 14, ocorre outro evento emblemático para a trajetória do Homem-Aranha — e que na recente animação do Aranhaverso, é tratado como um evento canônico nas linhas temporais do personagem —, a morte do capitão George Stacy, o pai da Gwen, também desenhada por Romita, e que, inclusive, foi referenciada na própria animação do Aranha.

Adeus Romitão
Referência à morte do Cap. Stacy em Homem-Aranha: Através do Aranhaverso


John Romita Sênior contribuiu ainda para a criação do Wolverine e do Justiceiro — o primeiro, em parceria com Len Wein, e o segundo, em parceria com Gerry Conway, que escrevia as histórias do Aranha nos anos 70, Ross Andru, o primeiro cara a desenhar o personagem e, claro, Stan Lee, que tendo participado ou não do processo, sempre assinava todas as criações de personagens da Marvel na época.  

Romita não ajudou somente a desenvolver os visuais de personagens importantes para o universo do Homem-Aranha como o já citado Norman Osborn, como também foi o responsável pela primeira composição imagética da Mary Jane — que era citada nas histórias desenhadas por Steve Ditko, mas que nunca tinha aparecido, de fato.

Adeus Romitão



Eu era completamente apaixonado pela Gwen Stacy nesse período de republicações da Teia do Aranha, pelo motivo óbvio de que ela era o principal interesse romântico do Peter Parker e a “namoradinha” que todo moleque de doze anos sonhava em ter: bonita, inteligente, esperta e muito fofa.

Adeus a John Romita


Apesar disso, era inegável que a Mary Jane de John Romita era um espetáculo. E não só porque era uma gata ruiva cheia de curvas, mas pelo charme que ela transbordava nas páginas desenhadas por ele. Dando em cima do Flash, do Harry ou mesmo arrastando asas para o comprometido Peter, com seu jeitão “descolado” de ser.

Adeus a John Romita


É importante ressaltar que o visual dos personagens compostos por Romita nos gibis do Aranha marcou uma época. Olhando hoje para os desenhos, é impossível não reparar a influência que os alucinógenos anos 70 têm nas páginas, tanto nas vestimentas dos coadjuvantes do universo “Aranhístico” como no próprio Peter, com suas costeletas longas, os coletes e as calças boca-de-sino que usava.

Adeus a John Romita


Eu amava ler esses gibis antigos porque era sempre um mergulho em uma época que eu não vivi. Eu me via fazendo parte de um mundo que me era estranho para um garoto crescido nos anos 90, mas que me parecia mágico — e entorpecente! — mesmo assim.

John Romita Sênior não representa para mim apenas “mais um desenhista” entre as centenas de outros que passaram pelos títulos do Homem-Aranha, mas o cara que, com a absoluta certeza, definiu a imagética do personagem principal e de seus coadjuvantes desde a sua estreia como artista da revista.

Adeus a John Romita


Quando penso em Flash Thompson, J.J. Jameson, Robbie Robertson e na própria Gwen Stacy — aquela do arquinho nos cabelos! — é o traço de Romita que me vem fundamentalmente na cabeça até hoje.

Com a passagem desse mito dos quadrinhos, nós perdemos a presença física de mais um dos grandes mestres dos primórdios da Marvel, mas ganhamos outro ídolo no já célebre panteão dos artistas que fizeram e MUITO a diferença aqui na Terra.

Salve John Romita. Salve o mestre. Descanse em paz.


Leia também "Top 10 - Maiores Desenhistas do Homem-Aranha" — na minha humilde opinião —, post de 2010 onde decidi ranquear meus artistas preferidos de passagem pelas histórias do Escalador de Paredes. Adivinhem quem ficou em primeiro?


Melhores desenhistas do Aranha


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4 de setembro de 2021

10 Melhores pancadarias em filmes de super-heróis nua pelada pornor

melhores pancadarias em filmes de super-heróis nua pelada pornor


Se tem uma coisa que brasileiro gosta mais do que de uma boa pancadaria é de fazer listas de coisas, por isso, nesse post especial eu resolvi juntar o útil ao agradável:

Um top 10 de maiores pancadarias em filmes de super-heróis!

Antes de começar, é importante frisar que para essa lista, eu DESCONSIDEREI quebra-paus cinematográficos envolvendo altos níveis de superpoderes e/ou habilidades sobre-humanas e foquei apenas naquela porradaria malandra, porradaria moleque, porradaria de várzea, que faz com que os personagens utilizem, em grande parte do tempo, apenas sua própria habilidade física.

Nada de personagens overpower como Superman, Lanterna Verde, Thanos ou Thor, por exemplo.

Vamos descer o nível e pegar os personagens mais "pé no chão" de Marvel/DC... bem... quase isso!

Para ser justo, usei um super-software chamado "minha cabeça" que analisou cada cena individualmente e que deu uma pontuação — de 0 a 10 — para elas de acordo com as seguintes categorias:

Nível de sangue no zóio: Tem sangue, ossos quebrados, tripas voando, cabeças arrancadas ou explodindo.

Nível de marmelada: Uso de equipamentos diversos ou armas como garras, escudos, pistolas, pratos, copos, facas ou espadas.

Nível de apelação: Uso de superpoderes, habilidade mutante, magia, macumba.

Qualidade da pancadaria: Avalia coreografia engenhosa e/ou criativa, golpes eficientes (para incapacitar, anular ou bloquear o adversário) e se a cena parece real sem muita utilização de CGI, cabos e arame fu.

Ao final de cada descrição nós teremos uma média da porradaria e fica a seu critério, jovem padawan, concordar ou não com ela. Afinal... o choro é livre.

Sigam-me os bons!


 Deadpool x Cable

(Deadpool 2, 2018)


melhores pancadarias em filmes de super-heróis nua pelada pornor


O cinema de pancadaria é dividido entre antes e depois de Matrix e antes e depois de O Tigre e o Dragão.

Antes dessas duas obras, nós tínhamos aqueles filmes mal coreografados, com lutas toscas, golpes que nitidamente passavam LONGE da cara do adversário e que, em geral, ou eram protagonizados pelo Steven Seagal ou pelo Van Damme.

Depois de Matrix (1999) e O Tigre e o Dragão (2000), tornou-se muito comum no cinema de ação o uso exagerado — e às vezes até desnecessário — da DESGRAAAAAAÇA do arame fu e do CGI para substituir os dublês — e artistas do gênero — por bonecos digitais, além de popularizar a utilização de cabos para fazer com que qualquer ator parecesse um perito em lutas.

Dito isso, é bacana lembrar que, apesar de ser um filme que se vale bastante de CGI — ruim, diga-se de passagem —, Deadpool 2 até que tem boas sequências de luta e isso se deve ao fato de seu diretor, David Leitch (de Atômica e John Wick), ser um ex-dublê e ótimo coreógrafo de brigas cinematográficas.

Eu já elogiei aqui no Blog a direção de Leitch por conta dessa fidelidade que ele insere nas sequências de porrada que filma — ele também foi o dublê do Keanu Reeves em Matrix — e como a gente chega a quase sentir na pele as pancadas que os personagens levam na tela. Eu cheguei em casa com dor nas costas só de assistir aquele plano-sequência na escada de Atômica! Jesus!

Deadpool é um filme que não quer ser levado a sério e que se pauta na galhofa o tempo inteiro, mas que em dado momento, apresenta algumas sequências maneiras de luta. Todo aquele início em que o Wade Wilson (Ryan Reynolds) começa a matar GERAL no submundo do crime cortando cabeças, decepando membros e dando tiro em todo mundo é realmente muito bom. Se não fossem as partes engraçaralhas — que nesse filme é a essência da coisa — durante a luta, certeza que esse longa-metragem estaria no pódio do top 10.

Por causa disso, vou destacar aqui o primeiro encontro explosivo entre o Wade — que em boa parte dessas cenas está SEM seu fator de cura — e o Cable, que chega do futuro disposto a liquidar um garoto mutante que está encarcerado numa prisão para mutantes.

Por si só, o personagem Cable é MUITO apelão sempre munido com todos aqueles trabucos e artefatos tecnológicos, mas tem um momento no enredo em que o Deadpool equilibra a luta e traz o velho Nathan Summers para uma boa trocação física.

Claro que, ainda assim, a sequência toda é cheia de gags engraçadinhas — como o Wade tentando enforcar o Cable com seu braço quebrado —, mas a briga é bastante violenta e bem realista a certo nível.




Como não dá pra determinar ali até que ponto os poderes mutantes de cada um desequilibra a luta, digamos que rola até um empate.

Afinal… além de brilhar o olhinho, qual é mesmo o poder do Cable nesse filme????


Nível de sangue no zóio: 7

Nível de marmelada: 7

Nível de apelação: 3

Qualidade da pancadaria: 5

Média: 5,5


Peter Parker x Harry Osborn

(Homem-Aranha 3, 2007)


melhores pancadarias em filmes de super-heróis nua pelada pornor


Aiiiinnn, não acredito, Rodman! Homem Aranha 3 nessa lista??? Aff!

Sim, caro padawan! Eu consigo encaixar o mais infame dos filmes da trilogia Sam Raimi nesse top 10. Confira comigo o porquê.

O Homem-Aranha não é um personagem que tem o mesmo nível de poder que os demais aqui mencionados — talvez no mesmo nível que o Wolverine — e quase NUNCA tem uma cena maneira filmada sem apoio de CGI, já que as peripécias acrobáticas que o personagem faz nos quadrinhos NENHUM ser humano consegue imitar. Daí a importância de destacar essa cena específica do filme de 2007.

Na sequência citada entre Peter Parker e Harry Osborn, os dois estão sem seus trajes de batalha e se enfrentam no mano a mano, de cara limpa, sem a muleta dos efeitos digitais que tanto empobrecem as cenas de ação se mal executadas. 

Entendam meu argumento. Não há como dizer que aquela treta entre o Doutor Estranho e o Thanos de Guerra Infinita, por exemplo, seja ruim — algo que ela não é —, mas o que quero dizer é que o CGI costuma foder tudo quando temos personagens basicamente humanos pulando feito pulgas ou “voando” feito acrobatas do Cirque Du Soleil durante uma cena de luta que, em teoria, deveria soar mais natural.

Aqui temos Tobey Maguire e James Franco numa porradaria quase… franca (hãn, hãn? Pegaram essa?) em que não vemos — muitos — voos inverossímeis nem saltos espetaculosos.

As únicas muletas usadas são os artefatos de Duende Verde que Osborn usa contra o Peter — que tá malzão por conta do simbionte alienígena — e a força sobre-humana de cada um deles. Apesar dos pesares, a briga entre os dois é bem coreografada e possui até um nível de violência considerável para esse tipo de filme. 



Além de ser jogado contra a parede várias vezes, Harry tem a cara EXPLODIDA por uma bomba abóbora arremessada pelo Aranha. Isso com certeza acrescenta um nível a mais de sangue no zóio à nossa escala de comparação.


Nível de sangue no zóio: 6

Nível de marmelada: 8

Nível de apelação: 5

Qualidade da pancadaria: 6

Média: 6,3


Natasha Romanoff x Treinador
(Viúva Negra, 2021)


melhores pancadarias em filmes de super-heróis nua pelada pornor


Quando anunciaram o Treinador em Viúva Negra, eu tive a mais absoluta certeza que esse ia ser o filme com o maior nível de porradaria que eu ia assistir no cinema, mas…

Nhé...

Nos quadrinhos, o Treinador é capaz de mimetizar todo e qualquer movimento de luta que ele observa, o que faz com que o cara tenha as habilidades de luta e de manuseio do escudo do Capitão América, a destreza com o arco e flecha do Gavião Arqueiro, a expertise do Cavaleiro Negro com uma espada, etc, etc…

No filme também é assim, mas o tão esperado pega pra capar entre o anti-herói e a heroína é bem mais morno do que supúnhamos nós, aqueles que criam expectativas vãs em nossas cabeças por causa de trailer.

A luta entre Treinadore — vamos chamar assim — e a Viúva Negra rola numa ponte toda sinistra após um acidente de carro — malfeito pra caralho num CGI porco — e acontece por conta de um item que precisa ser resgatado por Treinadore.

Treinadore então vai pra cima da Natasha, que se surpreende ao notar que a pessoa à sua frente está imitando todos os seus movimentos de luta.

Esse plot — ter que enfrentar alguém que imita os seus golpes — poderia render uma pancadaria monstra, mas a cena em si é bem mais ou menos. A Natasha é derrotada por conta da superioridade tecnológica da pessoa adversária — que usa um escudo, espada retrátil e o escambau —, mais até do que sua habilidade de luta. Destaque, porém, pra voadêra na caixa dos peitos que a Viúva leva próximo do fim do combate. 

Aliás... tudo que pouparam a Viúva Negra nos demais filmes da Marvel resolveram descarregar nesse último. O que essa mulher apanha! 




Vale lembrar que essa cena e o filme todo é dirigido por Cate Shortland.


Nível de sangue no zóio: 4

Nível de marmelada: 8

Nível de apelação: 0

Qualidade da pancadaria: 6

Média: 4,5


Arlequina x capangas 
(Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa, 2020)


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Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa sofreu um hate muito grande dos nerdolas por, enfim, ter protagonistas mulheres num filme também dirigido por uma mulher (Cathy Yan), mas que convenhamos, é divertido para um caralho!

Muito melhor do que o primeiro Esquadrão Suicida (2016), ele sabe materializar muito bem toda a loucura visual da Arlequina e nos entrega de bandeja a melhor atuação física em combate da personagem até hoje. Sério… nem o James Gunn conseguiu, apesar de seu filme — O Esquadrão Suicida (2021) — ser substancialmente mais bem trabalhado que Aves de Rapina.

Além das cenas engraçaralhas — que assim como Deadpool, é sua essência — Birds of Prey tem uma cena fantástica em que Cathy Yan dirige com perfeição o que nós sempre quisemos ver da Arlequina em live-action — e não tô falando da bunda dela —: sua habilidade de ginasta/acrobata.

Tanto nos quadrinhos quanto nas animações — aliás, vejam Harley Quinn, é hilário! — apesar de ser uma psicanalista, a doutora Harleen Quinzel também se destaca por ser uma ginasta de nível olímpico (?), o que faz com ela seja uma adversária física para o Batman… mais que o Coringa até.

No filme, enquanto ela tenta capturar a jovem Cassandra Cain, Harley é obrigada a sair na mão com vários bandidos que foram libertados da prisão — sem querer — por ela própria... e o resultado é lindo de ver.

O uso de dublê nessa sequência é tão bem disfarçado que quase dá para jurar que é a própria Margot Robbie ali o tempo todo dando aquelas piruetas e golpes de luta livre nos facínoras. Visualmente, a cena é muito bem valorizada tanto pela água que está voando para todo lado no primeiro cenário da prisão quanto pela câmera lenta, que nesse caso, está sendo bem empregada — ouviu, Zack Snyder? —, com o intuito claro de nos fazer sentir cada um dos golpes.



A cena em que ela estilhaça os dois joelhos de um camarada chega a ser aflitiva.

A habilidade física da Arlequina de quebrar gente na porrada também é mostrada quando ela luta sozinha com a Renee Montoya e no final da história, quando ela se junta à Canário Negro e a Caçadora pra sentar o braço nos capangas do Máscara Negra.

Além da violência quase gratuita das tomadas, a coreografia de combate usado para mostrar o quanto a Arlequina é boa de briga se classifica como uma das melhores que já vi em filme de super-heróis.

Se você não tem nojinho de buceta e quer ver um filme divertido e descompromissado, assista Aves de Rapina. É um baita filme legal!

(Minha única reclamação sobre esse filme é com o figurino das Aves de Rapina… caralho! Que bosta de roupas mal-escolhidas!)


Nível de sangue no zóio: 8

Nível de marmelada: 6

Nível de apelação: 0

Qualidade da pancadaria: 7

Média: 5,3


Blade x vampiros
(Blade, 1998)

melhores pancadarias em filmes de super-heróis nua pelada pornor


Wesley Snipes é um dos meus atores porradeiros preferidos da infância e devo admitir que eu torcia por ele em Demolidor (1993). Mal aí, Stallone!

Assim como o Jason Statham, o Snipes é aquele tipo de cara que dá gosto de ver ele moendo gente na porrada e em Blade, apesar do personagem se valer bastante de firulagens como armas com balas de nitrato de prata, bumerangues de prata e aquela espada fodona que corta vampiro feito manteiga… quando tem que só descer o braço, ele desce!

Lá pelo final do primeiro filme da trilogia, o Blade está debilitado após ter quase todo o seu sangue drenado pelo vilão. Após tomar um banho de sangue revigorante, o bichão volta trincando e é claro que temos uma puta cena maneira com o Snipes quebrando todo os capangas-vampiros no soco.




Apesar de ser um filme pré-Matrix — conceito que já expliquei em outro tópico —, Blade tem lutas muito bem coreografadas que transmitem certo realismo. Dá pra ver a satisfação no vampirão enquanto ele caceta seus adversários. Coisa linda de ver.

Uma pena o personagem ter perdido espaço no MCU e ter ficado de fora da primeira leva de personagens série C da Marvel que fizeram sucesso no cinema e nas séries para streaming. Vamos ver o que a versão com o Mahershala Ali vai ter a nos oferecer no futuro. Duvido que tenha lutas tão boas quanto as protagonizadas pelo Snipes!


Nível de sangue no zóio: 7

Nível de marmelada: 4

Nível de apelação: 3

Qualidade da pancadaria: 8

Média: 5,5


X-23 e Wolverine x Carniceiros
(Logan, 2017)

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Logan é sem dúvidas o melhor filme envolvendo X-Men que a Fox foi capaz de fazer em quase 20 anos e isso é fato. Tá até na Bíblia, não há o que discutir.

Direção, fotografia, atuações, roteiro, efeitos visuais… é tudo do caralho! E é claro que era necessário que um filme como esse rendesse ao menos uma cena de ação emblemática.

Sendo justo, existem várias cenas memoráveis em Logan, mas como o papo aqui é pancadaria franca com o mínimo de firulagens possível, vou destacar a primeira vez que vemos a X-23 em ação.

Mano! Aquilo é um deleite!

Nós, assim como o Logan, nos vemos totalmente embasbacados quando a menina, DO NADA libera dois pares de garras das mãos e começa a fatiar geral a gangue dos Carniceiros, que está ali justamente para capturá-la.

Termina que na pancadaria o próprio Wolverine acaba sendo apenas um sidekick da Laura, que com toda certeza daria conta de todos os inimigos ali sozinha. O nível de violência não chega a ser extremamente gráfico com sangue jorrando até na câmera e membros voando como em Deadpool, por exemplo, mas é feito de uma maneira competente, mostrando na nossa cara o que sempre quisemos ver em se tratando de Wolverine nos cinemas.

A brutalidade é tão grande, que chega a dar um quentinho no coração!



Toda essa sequência, desde que o primeiro capanga tem a cabeça decepada até o desfecho, com Laura, Logan e o Professor Xavier fugindo pela linha do trem, é sensacional.

Eu revi o filme recentemente e posso dizer que, a meu ver, continuar sendo um filme nota 10.


Nível de sangue no zóio: 9

Nível de marmelada: 7

Nível de apelação: 4

Qualidade da pancadaria: 9

Média: 7,3


Soldado Invernal x Todo Mundo
(Capitão América: Guerra Civil, 2016)


melhores pancadarias em filmes de super-heróis nua pelada pornor


Aqui eu cheguei a ficar em dúvida se citava apenas a luta rápida entre o Bucky e o Pantera Negra no telhado ou se — obviamente — falava daquela sequência maravilhosa em que o Soldado Invernal — com a lavagem cerebral do Barão Zemo — cai na porrada com TODO MUNDO após ser libertado de sua prisão. 

Aquilo é lindo demais e mostra mais uma vez a capacidade que os irmãos Russo têm em engendrar uma sequência de lutas memorável.

Tudo começa com o Barão Zemo dizendo as palavras-chaves que acionam o programa “Soldado Invernal” na cabeça do Bucky, que depois disso, sai quicando todo mundo à sua frente, começando pelo Falcão — coitado, que não tem nenhuma chance — e chegando ao Capitão América, que ele não só supera fisicamente como JOGA NO POÇO DE UM ELEVADOR!

Já do lado de fora, o cara sai na mão com o Tony Stark, que sem sua armadura de Homem de Ferro, não passa de um cara normal com um terno maneiro. Em seguida, vem a dupla Sharon Carter e Natasha Romanoff que, apesar de darem um pouco mais de trabalho para o cara, são igualmente superadas.

Quando vê que o bicho tá pegando no saguão, ninguém menos que o rei de Wakanda aparece para tentar deter a fuga do Soldado e os dois caem na porrada.

Eu já devo ter dito aqui que essa é uma das minhas cenas preferidas do Pantera Negra nos filmes da Marvel — excetuando, obviamente, toda a simbologia do personagem, a questão racial, a cultura africana e focando apenas nas características físicas dele — e a briga é tão bem coreografada, que a gente tem mesmo a impressão que o Chadwick Boseman — saudoso! — manja pra caraio de artes marciais. Todos os seus trejeitos, a respiração, os gritinhos e a ginga lembram muito o Bruce LeRoy do O Último Dragão (1985).

Abaixo você confere toda a sequência do Soldado Invernal peitando praticamente todo o elenco da Marvel ao mesmo tempo.



Se você notar, rola um tipo de flautinha africana ao fundo quando o T’Challa dá uma voadora no Bucky o derrubando para o andar térreo... e nessa época a gente ainda nem conhecia Wakanda!

Muito foda.

Aqui dá para assistir a briga do telhado em que, mesmo com seu traje e as garras de vibranium, o Pantera Negra NÃO consegue superar o Bucky. 


Nível de sangue no zóio: 5

Nível de marmelada: 6

Nível de apelação: 4

Qualidade da pancadaria: 8

Média: 5,8


Natasha Romanoff x Yelena Belova
(Viúva Negra, 2021)


melhores pancadarias em filmes de super-heróis nua pelada pornor


Eu tinha muita expectativa que o filme solo da Viúva Negra (2021) fosse entregar uma trama de espionagem com muito tiroteio e cenas de luta arrepiantes como em Capitão América: Soldado Invernal, mas…

Nhé...

Um dos grandes destaques do filme, no entanto, certamente é a inserção da Yelena Belova, que nos quadrinhos, também é uma Viúva Negra, mas que costuma agir pelo “lado sombrio da Força”, funcionando mais como uma anti-Viúva Negra.

No filme, no entanto, Yelena é uma irmã mais nova postiça da Natasha e em certo ponto da história, as duas se reencontram adultas — depois de anos separadas — e, meu amigo…

O coro come entre as minas!

Numa sequência de pancadaria dentro da cozinha que lembra bastante o reencontro da Beatrix Kiddo com a Vernita Green em Kill Bill (2003), Scarlett Johansson e Florence Pugh encenam uma luta bastante empolgante com direito a uso de pratos, facas e até cortinas do cenário como arma.

A cena é tão bem coreografada, que é difícil perceber a hora que entram as dublês e mostra o quanto as duas personagens são equiparadas em combate.

 



A gente não esperava menos de duas assassinas treinadas pela Sala Vermelha russa, não é mesmo?

Mentira! A gente esperava mais sim.

Mas, como nenhuma das duas possui força sobre-humana e nem usam outras armas/equipamentos senão as próprias mãos — e o que está ao alcance delas —, o nível de porradaria franca — que vamos chamar de nível John Wické muito bom.


10 melhores pancadarias em filmes de super-heróis nua pelada pornor


 Batman x capangas 
(Batman v. Superman, 2016)


melhores pancadarias em filmes de super-heróis nua pelada pornor


Todo mundo aqui sabe que eu não vou com a cara dos filmes do Zack Snyder, excetuando 300 (2006) e Madrugada dos Mortos (2004), mas mesmo não gostando de determinados aspectos do trabalho de um profissional, é preciso saber reconhecer quando algo se destaca no que ele faz…

E a violência gráfica que esse filho de uma mãe entrega em seus filmes é linda de ver!

Todos os Batmen do cinema matam, isso é um fato. O Batman do Michael Keaton joga um caboclo do alto de uma catedral no primeiro filme e explode um palhaço-capanga do Pinguim no segundo filme. Já o Batman do Christian Bale, deixa o Ra’s Al Ghul para se estropiar todo dentro do trem em Batman Begins e empurra o Duas-Caras do telhado em O Cavaleiro das Trevas. A gente sabe disso.

Então pra que ficar de mimimi — palavra preferida dos nerdolas — "só" porque o Batman do Ben Affleck parece um assassino sanguinário maluco que mata tudo que vê pela frente?

Bem… espero que a resposta já esteja implícita à pergunta.

O Batman dos quadrinhos é um sujeito que, dizem, é versado em 54755 tipos diferentes de artes marciais, mas que nos filmes, desde 1989, a gente nunca viu nada dessa perícia toda para sermos bem honestos.

Apesar de truculenta e extremamente violenta, a sequência em que o Batman invade um armazém para salvar a mãe do Superman, Martha Kent em Batman v. Superman, é de encher os olhos

Tirando o fato que o Morcego MATA UMA GALERA ali dentro, a coreografia de luta é muito bem-feita. O Cavaleiro das Trevas incapacita seus adversários de maneira efetiva — até demais — e usa todo a sua superioridade física para abater os capangas do Lex Luthor, incluindo o Anatoli Knyazev, que nas HQs é o KGBesta… mas que no filme é só um bosta qualquer mesmo.

Apesar de tomar tiro na cabeça, facada no ombro e levar bastante porrada — o que, convenhamos, é verossímil pra caramba numa luta entre um cara sozinho contra uns cinquenta… quer dizer... talvez sobreviver a um tiro à queima-roupa na nuca não seja tão verossímil assim! — o Batman ainda consegue surrar os inimigos e faz isso com estilo.



Mesmo quem não é fã do Snyder deve ser capaz de admitir que essa é a melhor cena de luta envolvendo o Batman no cinema… até porque a concorrência quase não existe!

Ou você considera aquelas tomadas de câmera tremidas do Christopher Nolan — cujo cameraman devia estar bêbado! — como sendo boas sequências de porrada?  

Vamos ver se o Robert Pattinson e seu diretor Matt Reeves fazem melhor no vindouro “The Batman”. Vai que…


10 melhores pancadarias em filmes de super-heróis




Capitão América x Soldado Invernal
(Capitão América: Soldado Invernal, 2014)


melhores pancadarias em filmes de super-heróis nua pelada pornor


No meu conceito do que é uma boa pancadaria em um filme de super-herói, levando em consideração as regras estabelecidas nesse post, poucas são tão plasticamente bem executadas como a do segundo encontro entre Steve Rogers/Capitão América e o Soldado Invernal no filme de 2014.

É preciso dizer que Capitão América: Soldado Invernal está em meu top 3 de MELHORES filmes da Marvel não só por conta das lutas, mas também por causa do roteiro, das atuações — quem diria! — e até da parte técnica que é muito boa. Até o CGI que eu sempre critico está sendo usado na medida nesse filme. Grande parte desse esmero se deve à direção dos irmãos Russo, que são dois caras que entendem da narrativa cinematográfica e sabem entregar cenas empolgantes de combate em todos os longas-metragens que já dirigiram.

A sequência inteira em que o Soldado Invernal e os capangas de Alexander Pierce — ou da Hidra — caçam Steve Rogers, o Falcão/Sam Wilson e a Viúva Negra nas ruas da cidade é primorosa e fecha com uma das melhores cenas de briga mano a mano que já assisti em um filme de herói.

Muito bem coreografa, a luta entre os velhos parceiros e atualmente inimigos é do tipo franca, e apesar de se utilizar de certos recursos especiais como o escudo de vibranium e a força extra que o braço metálico do Soldado Invernal garante, ainda assim, ela nos deixa apreensivos. É como se o Capitão América nem tivesse o soro do supersoldado pelo grau de dificuldade que ele tem para sequer bloquear os golpes do Bucky e evitar de ser morto — já que seu adversário não tá pra brincadeira. 



Destaque também para a velocidade absurda com que os golpes são trocados entre eles nessa cena. É de tirar o fôlego.

Se não fosse o escudo ali em alguns momentos, quase dá pra imaginar que o Steve ia se lascar bonito! (E como é bonito, hein!!)

Toda vez que eu desço uma escada, ao pé dela, faltando ali uns dois degraus para chegar no térreo, eu me imagino dando aquela joelhada LINDA que o Capitão acerta na caixa dos peito do Bucky em alguém. Mano! Imagina você encerrar uma luta dando uma JOELHADA de frente daquelas em alguém!

Deve doer.

Esse filme é maravilhoso e nos presenteia também com outra boa briga que até poderia entrar aqui no Top 10 que é Capitão América x Batroc logo no começo do filme. Personagem esse, aliás, totalmente desperdiçado naquela séria mais ou menos do Falcão & O Soldado Invernal.


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Menções honrosas e desonrosas


Vale citar aqui a treta entre o Capitão América e o Homem Aranha em Guerra Civil — apesar do alto nível de poderes sobre-humanos utilizado — porque a briga deles é muito da hora. Ver os dois maiores ícones da Marvel saindo na porrada em live-action pela primeira vez foi bastante emocionante.



Outra menção vai para o tremendo potencial desperdiçado do Batman sangue no zóio do Ben Affleck em Esquadrão Suicida. Custava tirar aquela criança do roteiro e meter ali uma briga daquelas entre o Pistoleiro do Will Smith e o Morcego? Custava? 



Puta lutinha mequetrefe! E ainda por cima toda errada conceitualmente falando. O Batman, o cara que é traumatizado a vida toda porque seus pais foram mortos em um beco diante dele na infância, atacando um pai NUM BECO na frente da sua filha CRIANÇA

NÃO, WARNER! Não é possível um nível de amadorismo desses!


Porra, Warner




E você, jovem padawan? O que achou dessa listinha? Deixem aí nos comentários as sua impressões sobre as lutas aqui citadas e outras que, provavelmente, eu devo ter esquecido de mencionar.  

NAMASTE!

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