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24 de abril de 2020

7 maneiras fáceis para você enfrentar o Covid-19



Quem em sua mais insana imaginação apostaria que em pleno 2020 estaríamos em meio a uma quarentena imposta por uma pandemia?

Passamos por muita coisa nos últimos anos mundialmente falando, mas ouso dizer que é a primeira vez (nesse século) que o planeta quase inteiro é obrigado a ficar em casa com medo do contágio de um vírus que já ceifou a vida de quase 3 mil pessoas só no Brasil.

Mas afinal, o que é esse tal de Covid-19 aí?

COVID-19

Segundo o site do Ministério da Saúde, “a COVID-19 é uma doença causada pelo Coronavírus SARS-CoV-2, que apresenta um quadro clínico que varia de infecções assintomáticas [que não apresenta sintomas] a quadros respiratórios graves”. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), chefiada hoje pelo biólogo e doutor em saúde comunitária etíope Tedros Adhanom, “a maioria dos pacientes com COVID-19 podem ser assintomáticos e cerca de 20% dos casos podem requerer atendimento hospitalar por apresentarem dificuldade respiratória”, o que torna ainda mais importante o chamado isolamento social.



O que é o Coronavírus?

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, “Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias” e esse novo agente do corona (daí a denominação NOVO Coronavírus) foi descoberto em 31/12/19, após casos registrados na China, mais precisamente em Wuhan, província de Hubei. Segundo informações até o momento, a variação do vírus foi transmitida ao ser humano por meio de morcegos, não se sabe por contato com a saliva ou com as fezes do mamífero voador.

Wuhan, China

Apesar de hoje parecer uma novidade no campo das doenças respiratórias, o Covid-19 não é o primeiro caso a ser registrado. Em 1937 já tinha sido isolado o primeiro Coronavírus humano, apesar de que só em 1965 ele foi batizado com esse nome, devido o aspecto de “coroa” que ele apresentava na microscopia.


Em 2002 a China registrou casos da chamada SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave), e a doença que assolou o país mais populoso do mundo passou a ser denominado SARS-CoV-1. O atual coronavírus também pode ser chamado de SARS-CoV-2, um apelido mais técnico pouco utilizado no Brasil, exceto por especialistas.

Recomendações da OMS

O COVID-19 pode ser transmitido de uma pessoa para outra como uma gripezinha, talkey gripe qualquer, através de aperto de mão, gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro ou pelo contato da superfície de objetos como celular, teclados de computador ou brinquedos. Exatamente pela facilidade de transmissão, a OMS recomenda:
         


Isolamento social

Entre o final de dezembro (quando o primeiro caso foi registrado) e o mês de abril, a China que foi o epicentro da pandemia, contabilizou mais de 80 mil casos de contaminação pelo Coronavírus, com quase 5 mil mortes em seu território. Através dos aeroportos, o país “exportou” cidadãos de várias nacionalidades de volta às suas terras de origem enquanto o surto da “gripe” ainda não tinha sido contido e tampouco quantificado, e foi uma questão de alguns meses até que o mundo estivesse diante de uma pandemia real. A Europa foi rapidamente atingida pelo vírus e a Itália foi um dos primeiros países a sentir os efeitos catastróficos da doença, a despeito do que diziam seus ministros de Relações Exteriores e Saúde em fevereiro. Na época, nenhum caso grave tinha sido registrado na Europa, e os membros do governo italiano chegaram a alegar que a ameaça de contágio para a maioria da população no país era ínfima e que a Itália estava segura.


Em apenas 10 dias, os casos de Covid-19 explodiram no país, alcançando a marca de mais de 5 mil casos e um total de 200 mortos. Atualmente, a Itália ocupa o terceiro lugar no ranking dos países mais afetados pela doença, com um total de 187.327 casos registrados e mais de 24 mil mortes em seu território. A Espanha, a segunda no ranking, trilhou caminho parecido com a vizinha Itália ao ignorar a gravidade do contágio no início e o país sofre com mais de 200 mil casos até o momento, num total de 21 mil mortes.

Situação grave na Itália

Países como a Coreia do Sul e o Japão adotaram um estratagema muito eficaz logo de cara, e com o isolamento social – paralisando momentaneamente o comércio de massa, escolas e centros urbanos – as taxas de contágio dos dois países ficaram muito abaixo do restante do mundo, mesmo mais próximos territorialmente da China. O confinamento de milhões de pessoas em suas casas e as punições taxativas para quem descumprisse as regras de isolamento começaram a ser adotadas não só pela Itália como também em outros países da Europa e do mundo, o que ajudou a salvar inúmeras vidas. Hoje com o pico da contaminação já decrescente, os principais líderes mundiais começam a discutir a flexibilização das regras de confinamento e afrouxamento da quarentena.

Mas e no Brasil? Como foi que tudo aconteceu?

Enquanto isso, no país do Carnaval...

Segundo dados do Ministério da Saúde, o primeiro caso de Covid-19 no Brasil foi registrado em fevereiro no estado de São Paulo. O paciente de 61 anos retornava de uma viagem ao norte da Itália e quando chegou em território nacional, já apresentava os sintomas da doença como febre, tosse seca, dor de garganta e coriza. Ainda de acordo com as secretarias de saúde dos estados, a primeira morte pelo Coronavírus foi registrada em São Paulo no dia 17 de março e de lá para cá (até a finalização dessa postagem) já são quase 3 mil mortes em todo o Brasil, num total de 44.565 casos de contaminação. 

Evolução dos casos fatais no Brasil

Segundo dados das secretarias estaduais de Saúde, em apenas 7 dias, o número de mortes pela doença pulou de 1760 para 2763, o que começou a causar um sufocamento nos sistemas de saúde de todo o país, em especial nos estados em que a concentração da doença é maior, como é o caso de São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. Com mais pessoas doentes, menos leitos os hospitais públicos e particulares têm a oferecer, o que começa a colapsar assim todo o sistema de saúde.


Besteira, Rodman! Isso é coisa que a #Globolixo divulga só para assustar o povo. Eu vi no SBT que tem até leito sobrando e que tem mais pessoas curadas no Brasil do que doentes.

Como a ordem do dia no país do Carnaval tornou-se acreditar em boatos espalhados por WhatsApp, uma reportagem feita pelo canal do Senil Santos chegou a citar que há leitos “à disposição” em alguns hospitais públicos e particulares, além de que o Brasil tem sido referência ao lado da Coreia do Sul em tratamento da doença. Baseado nas vozes de sua cabeça, o jornalista Roberto Cabrini ainda alimentou a nova narrativa que começou a correr na internet por parte da extrema-direita de que “é possível que daqui um ano, mais do que sobre pandemia, estejamos falando sobre o alarmante número de contratos sem licitação assinados em caráter de emergência para compra de equipamentos médicos, de produtos de proteção superfaturados”


Além de alertar sobre um possível sistema de corrupção que vai começar a se alastrar por conta da pandemia, o contratado do SBT – que não esconde de ninguém o posicionamento pró-governo – ainda botou parte da conta dos contágios no bolso do carnaval, ao dizer que “o número de pacientes recuperados da COVID-19 no Brasil, não sei se você sabe, é seis vezes maior do que o número de vítimas fatais. Outra coisa: quando as pessoas que organizaram o Carnaval no Brasil este ano, vão pedir desculpas à população pela aglomeração que causaram?”. Boa estratégia para legitimar o abandono ao isolamento e desviar completamente o foco da conversa, não é mesmo?

Leitos "à disposição" segundo Cabrini

Sobre o número de pessoas que se curaram do Covid-19 no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, em dados publicados pelo site R7, são mais de 22 mil casos em que as pessoas acometidas pelo vírus conseguiram se recuperar, de um total de mais de 44 mil infectados. Ao final do post, links para as matérias tanto do número de mortes crescente publicado pelo G1 quanto do R7.  

Dedo no c... e gritaria

Uma das vergonhas que o Brasil – pelo menos parte dele - vem passando mundialmente é protagonizar ao lado de alguns regimes totalitários como o Turcomenistão do ditador Gurbanguly Berdymukhamedov e a Bielorússia – governada há 26 anos pelo mesmo Aleksandr Lukashenko - o bloco dos “negacionistas”, ou seja, governos que simplesmente preferem ignorar a gravidade da pandemia do novo Coronavírus e desafiar abertamente as recomendações da OMS quanto a proteção populacional. Enquanto no território dos nossos “colegas” negacionistas o bicho pega caso alguém se rebele contra o totalitarismo, no Brasil a coisa deveria funcionar diferente, uma vez que estamos em uma democracia, mas o que se vê diariamente é a mesma polarização política pré-governo Bolsonaro que se estende doentiamente como se AINDA estivéssemos em tempos de eleição. Eu estou certo e quem discorda é comunista!


Em meio a pandemia que parou o mundo, interrompendo as aulas nas escolas, cancelando shows, campeonatos de futebol, partidas de basquete, estreias de filmes no cinema e até mesmo a gravação de programas de TV mundialmente, o presidente Jair Bolsonaro perdeu a grande chance de unificar forças com os governos estaduais – crescendo assim em popularidade -, montando uma coalizão do qual ele só teria a ganhar futuramente, mesmo que salvar vidas não fosse seu objetivo principal. Diferente do que alega o próprio governo, mesmo antes da pandemia, o Brasil já começava a enfrentar um momento difícil de instabilidade financeira, além de inúmeros problemas até mesmo comportamentais do presidente, que embora empossado, continuou agindo como se tivesse em campanha, vendo inimigos por todos os lados – Comunistas! Comunistas everywhere! -, justificando sua habitual falta de tato social com “opinião própria” e “personalidade forte”. Se Bolsonaro tivesse se esforçado, ele sairia ainda mais fortificado ao final da pandemia e seria visto até mesmo pelos rivais como um líder à altura do país. Pois é. Mas ele nem tentou parecer competente.

Não fala mal do meu Capitão, Rodman, seu PTista! 

Esqueceu de me chamar de comunista também, jovem padawan! 

Provando que depois do fundo do poço ainda há mais para onde se descer, Bolsonaro continuou correndo na contramão da unificação mundial em favor da proteção de vidas, comprando briga com quem discordasse de seus delírios e se livrando de quem não pensasse como ele. Uma das vítimas dos mandos e desmandos do presidente ególatra foi o seu próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que desde o início da campanha contra o Coronavírus vinha desempenhando um bom trabalho à frente da pasta, prestando esclarecimentos diários sobre os avanços da doença no Brasil bem como medidas adotadas pelo governo de prevenção e combate ao Coronavírus. Era bem visível que Mandetta estava se tornando em pouco tempo a parcela sã dentro de um governo que mais parecia um circo de loucos - teve citação a Goebbels, pum de palhaço, abstinência sexual... - e seu protagonismo diante da crise acabou afetando seu chefe. 

Luiz Henrique Mandetta (ao centro)

Embora também tivesse seus pecados para pagar - como o retrocesso no tratamento do HIV no país, no início de sua gestão - o ex-ministro da saúde estava dando algum conforto à população, dando a cara a tapa todos os dias para tranquilizar (ou tentar!) a todos. Seja como for, a ala bolsonarista também se irritou com ele, e até alguns apoiadores públicos como o apresentador sensacionalista Datena da Band pediu a cabeça do ministro, que foi substituído pelo médico oncologista Nelson Teich. Mais alinhado com o pensamento (?) de Bolsonaro, Teich deve deixar de lado o protagonismo de Mandetta e falar só o indispensável para não se indispor com o rei do Brasil.  


Inábil em juntar forças com os governos estaduais – que hoje divergem veementemente de seus desmandos – Bolsonaro preferiu comprar briga com eles, desobedecendo regras específicas de isolamento social orientadas pela própria OMS – regras essas também negadas no início por seu principal ídolo Donald Trump, e que custou mais de 40 mil vidas nos EUA – e criando muita confusão até mesmo no simples ato de dar o exemplo e aparecer de máscara em coletiva de imprensa. 

"Mais pra baixo, presidente, mais pra baixo"

Como é de seu feitio, Bolsonaro não só dividiu o país em à favor do isolamento social e contra o isolamento social, como também vem instigando a parcela da população que o apoia a contrariar com afinco as recomendações da Organização Mundial de Saúde, alegando que “afinal essa gripezinha nem é tudo isso!”. Empresários, patrões e senhores de engenho de todo o país obviamente saíram em defesa ao presidente, inflando o discurso de que “o país não pode parar” e que a economia não pode sofrer um abalo tão grande, mesmo que isso custe algumas vidinhas de nada. Lembrando que já são quase 3 mil mortes.

Tedros Adhanom, chefe da OMS

Enquanto o presidente não deixa o próprio ego ser abalado por nada, ele continua aparecendo em público contrariando as recomendações da OMS de isolamento social, cumprimentando, abraçando e até falando ao pé do ouvido dos súditos, que como em qualquer sistema totalitário que se preze, aplaudem, apoiam, mugem e até zurram em favor do comandante. 

Pedidos de intervenção militar

Em uma das suas últimas aparições públicas, em Brasília, Bolsonaro subiu na caçamba de um carro e discursou em meio a um grupo de radicais – infiltrados, segundo ele – que não só apoiavam a destituição do Congresso, pedindo a cabeça do presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, como também o retorno do AI-5, Ato Institucional que na época da Ditadura Militar no Brasil – também negada pelo atual presidente e seus seguidores – proibia partidos políticos contrários ao governo, estudantes e órgãos da imprensa a se manifestarem, sendo perseguidos de maneira violenta pelo exército se desobedecessem. Entre palavras de ordem, risinhos e muitas tosses – Covid-19, será? – Bolsonaro posou diante de várias placas pedindo o retorno do AI-5 e não pareceu nem um pouco incomodado com elas. 


Enquanto o mundo discute o afrouxamento do isolamento social e a retomada do sustento da economia, no Brasil a pressão para que as empresas voltem a funcionar normalmente já se arrasta pelas últimas semanas, com patrões e enricados dos grandes centros promovendo carreatas em pró da tal máxima “O Brasil não pode parar”. Parece que nas próximas semanas o mundo voltará a ser o que era gradativamente, mas será que todos nós seremos os mesmos depois de toda essa loucura?

Cloroquina: Eu sou a cura

Há algum tempo, o presidente do Brasil saiu na frente da maioria dos órgãos de saúde mundiais e especialistas anunciando que tinha fontes seguras de que a Cloroquina – medicamento utilizado no tratamento da malária – estava retardando, e em alguns casos até curando o Covid-19 em alguns pacientes. Isso bastou para que a ala radical pró-governo começasse com as teorias de conspiração de praxe. Depois de espalhar que o “vírus chinês” tinha sido inventado em laboratório e espalhado no mundo para desestabilizar a economia mundial, esses mesmos conspirólogos seguidores de Olavo de Carvalho começaram a inventar inúmeras soluções para o combate ao Coronavírus - sempre alegando que estavam escondendo os benefícios do medicamento da população -, as principais envolvendo a própria Cloroquina.


A realidade é que, segundo especialistas, ainda estamos longe de uma cura propriamente dita para o vírus Covid-19 e embora alguns testes in vitro tenham dado resultado no intuito de derrotar o vírus, nenhum sucesso é suficientemente comprovado.

Segundo o especialista José Antônio Baddini-Martinez, que é professor adjunto de pneumologia da Escola Paulista de Medicina e da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), “é necessária a realização de pesquisas mais completas para termos segurança sobre a efetividade de qualquer tratamento para a Covid-19”. Embora tenha-se pressa para se descobrir um resultado mais preciso contra a doença, é de conhecimento geral que curas não são sintetizadas da noite para o dia, e o próprio Martinez afirma em entrevista para o UOL que “os estudos conhecidos sobre o uso da hidroxicloroquina e da cloroquina no tratamento de pacientes com o novo coronavírus são ‘imperfeitos’” e que “ainda não há informações suficientes para recomendar o uso das substâncias. O que a gente precisa é um estudo melhor desenhado para termos uma resposta de qualidade".

José Antônio Baddini-Martinez

Por enquanto, o melhor a fazer é AINDA respeitar a quarentena e sair de casa somente o necessário, caso você tenha essa possibilidade. Continuar lavando bem as mãos e usar máscara é um hábito que não pode ser deixado de lado MESMO com a suspensão total do isolamento social futuramente, e essas simples ações vão garantir a sua segurança e a de quem está a seu lado, até porque o vírus não vai embora completamente só porque deixamos de lado a quarentena.




Fontes:


NAMASTE!

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