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11 de janeiro de 2020

Os personagens mais POPULARES da Marvel


Se tem uma coisa que o consumidor de cultura pop gosta é de fazer lista, por isso, o CBR (Comic Book Resources) elencou em 2019 os 50 personagens mais populares da Marvel Comics dos últimos 12 anos, disponibilizando em seu site o resultado. O ranking foi feito pelos leitores do CBR e aponta o sobe e desce de posição da popularidade dos personagens desde 2007

Claro que de 2007 pra cá MUITA COISA mudou com relação a exposição de alguns personagens em outras mídias que não as HQs, e é bem óbvio que esse fator interfere bastante nessa lista. 

Vamos começar aqui comentando as 10 primeiras posições desse ranking e alguns pontos que precisam ser mencionados.


O Amigão da Vizinhança ter se mantido no topo da lista de popularidade desde 2007 não deve ser surpresa para ninguém, já que há muito tempo o personagem é o carro-chefe da Marvel nos gibis e fora deles - visto aí a treta entre Marvel Studios e a Sony pelos direitos do Aranha nos cinemas -, mas o segundo lugar do Capitão América, admito, foi uma surpresa pra mim. O fator simbolismo deve influenciar bastante nesse resultado para os americanos, já que Steve Rogers, guardadas as devidas proporções, representa o tal sonho americano. Duvido muito que ele se manteria em segundo lugar nessa lista se a pesquisa fosse um pouco mais abrangente, além do solo estado-unidense. 


Mas Rodman, os filmes da Marvel Studios popularizaram bastante o bandeiroso pelo mundo.

Sim, isso nem tem como se discutir. O Capitão América hoje em dia é tão popular pelo mundo quanto o Homem Aranha devido sua caracterização nos cinemas, mas o ranking do CBR começou a ser produzido em 2007 quando nem o primeiro filme do Homem de Ferro tinha estreado nos cinemas. Naquela época, o Capitão já era o segundo mais popular por lá e se manteve até 2019, o que prova que ele já era bem querido mesmo quando era só um personagem de gibis. 


Em seguida, oscilando de sétimo para terceiro lugar vem o Carcaju canadense, que no Brasil, com absoluta certeza, devido sua popularização crescente desde a animação da Fox Kids que passava na TV Colosso e também pelo trem desgovernado que foi a fase de Chris Claremont e Jim Lee nas HQs, jamais perderia para o Capitão América em popularidade. A exposição massiva do personagem nas HQs nas últimas três décadas nem tem como se comparar com outros da Marvel - talvez só o Aranha faça frente - e assim como o Batman da DC, acabou acontecendo uma saturação de Wolverine na Marvel, já que o baixinho invocado vendia bem e aparecia em tudo quanto é capa de gibi por conta disso. 


Entre os anos 90 e os anos 2000 provavelmente só não rolou crossover entre Wolverine e a Barbie!

Mas agora para tudo que vamos comentar do Demolidor ocupando a quarta posição, acima de pesos pesados (hehehe!) como Hulk, Thor e Homem de Ferro, simplesmente os três membros fundadores dos Vingadores. O Demônio da Cozinha do Inferno não só mantém a posição desde 2015 como em 2007 esteve à frente do Wolverine em popularidade. Vocês também não ficam surpresos com isso?


Aiiin, Rodman, mas teve a série dele na Netflix e...

Cala boca, jovem padawan! A série só estreou em 2015 e mesmo que tenha tido um relevante sucesso no serviço de streaming, ainda era um produto de nicho, o que não explica como o personagem conseguiu ficar melhor posicionado que o James "Fucking" Howlett em 2007. Até a quarta posição que hoje ele ocupa é bem questionável, já que, apesar dos famosos arcos de Frank Miller, Brian Michael Bendis e Mark Waid nos gibis, o Demolidor nunca foi personagem do time A da Marvel, tendo sua revista ameaçada de cancelamento algumas vezes ao longo de seus 50 anos (quase 60!) de história. Porra! E eu admito isso mesmo adorando o Demolidor!

Ver o Thor uma posição acima do Hulk também é estranho, mas é compreensivo, já que se compararmos os arcos nos gibis, o Thor sempre teve histórias mais caprichadas do que o Golias Esmeralda. 


No Brasil, para termos de comparação, acredito que o Hulk seja TOP 5 de popularidade da Marvel, já que até nossos avós são capazes de reconhecê-lo em outras mídias graças ao sucesso da série protagonizada por Lou Ferrigno na década de 70. Ainda comparando os dois personagens, o Incrível Hulk teve um título próprio lançado pela Editora Abril por longos anos, enquanto as histórias do Thor eram jogadas em títulos "emprestados" como Heróis da TV, Superaventuras Marvel e até do Homem Aranha. Duvido que minha mãe, por exemplo, saiba o nome do "cara loiro que carrega um martelo à tiracolo", mas ela sabe quem é o "cara verde boladão". 

Porra, Doutor Destino na sétima posição


Que carai de ranking é esse que elenca o Doutor Destino acima de todas as super-heroínas importantes da Marvel e acima até do Magneto, que aparecia em vários episódios da animação dos X-Men dos anos 90 e também de X-Men Evolution? Consigo defender outras posições aí, mas admito que nem eu consegui entender o que o soberano da Latvéria faz nesse top 10.  

Aiiinn, Rodman, mas teve os filmes do Quarteto Fantástico e...


Nem os membros do Quarteto Fantástico estão nesse ranking de dez mais populares, jovem padawan! Usar os filmes como justificativa nem cola! 


Já disse no Blog algumas vezes que o Doutor Destino é um dos meus vilões favoritos da Marvel, mas ele não estaria nem em um top 20 de mais populares em uma lista minha. Mas enfim! Seja como for, os leitores do CBR (esses 5882 que votaram nele!), assim como eu, também devem estar esperando uma adaptação decente do Von Doom na telona, agora que a Marvel Studios assumiu a Fox. Oremos!


E o Homem de Ferro, hein? Apesar do tsunami Robert Downey Jr. e o que o cara representou pro MCU nos cinemas, parece que a popularidade do personagem não cresceu tanto assim nos gibis por conta disso. O Cabeça de Lata chegou a figurar FORA dos 10 mais em 2007 e a posição mais alta que alcançou foi a 7ª, não superando nem mesmo seu arqui-inimigo Doutor Destino em popularidade. 


Todo mundo sabe que antes do MCU o Homem de Ferro era só um mero personagem perdido ali nas fileiras dos Vingadores e seus quatrocentos e oitenta e seis membros, e provavelmente, se não fosse o reconhecimento por conta dos filmes, ele nem estaria entre os 20 mais.  
        
O Ciclope é um personagem que sempre dividiu muitas opiniões e eu falei de sua rivalidade com o Wolverine lá nos primórdios do Blog do Rodman (num dos primeiros posts). Eu particularmente nunca conheci ninguém que gostasse do cara (exceto eu mesmo!), e vi ano após ano o famoso líder dos X-Men tendo que virar uma espécie de cria do Magneto para enfim ganhar algum respeito nas HQs, algo que até hoje é questionável. Vê-lo entre os 10 mais populares é bem surpreendente, no entanto. No Brasil - e também no ranking dos antigos produtores da 20th Century Fox! - Scott Summers não deve ficar nem entre os 100 mais populares dado o desprezo que sentem por ele. 


O mestre do magnetismo também está muito bem colocado na lista (10º), o que não surpreende, já que sua popularidade também foi elevada graças a sua fase como o principal inimigo de Charles Xavier e de seus X-Men nos anos 90. Por consequência, o Magneto era figurinha carimbada nos jogos de videogame, em camisetas e tudo quanto era produto sobre os mutantes.


O restante da lista não chega a ser tão surpreendente, mas contém algumas injustiças como Deadpool (13º) ser mais popular que a Tempestade (16º), Kitty Pryde (17º) e que a Jean Grey (18º). Aliás, falando das heroínas, todas estão muito mal posicionadas, o que denota que a falta de diversidade - e representatividade -  é uma questão que ainda vai demorar longos anos para ser resolvida. Nenhuma mulher da Marvel figura entre os 10 mais, e personagens queridíssimas - ou que pelo menos deveriam ser - só vão aparecer depois da posição 15. Mulher Hulk em 20º, Capitã Marvel em 22º e a Vampira em 25º. 


O público de quadrinhos ainda é bem conservador e destaca homens héteros e brancos como seus representantes principais, deixando de lado personagens de outros gêneros, raças e credos. 

Só como termo de comparação, a personagem negra mais bem colocada (Tempestade) também é a primeira mulher a aparecer na lista. O Pantera Negra está em 27º (até aí compreensivo, já que ele nunca foi lá muito popular até aparecer nos filmes) e depois dele só vai aparecer o Luke Cage em 38º! O Homem Aranha Miles Morales, apesar dos esforços contínuos da Marvel de o tornar popular, inclusive o colocando como o protagonista da excelente animação Homem Aranha no Aranhaverso, nem sequer aparece na lista dos 50 mais, assim como a verdadeira Capitã Marvel Mônica Rambeau e o Blade


E aí tem o momento das gargalhadas, já que para os leitores do CBR, o Punho de Ferro (24º) é mais importante que a Vampira, que o Fera (26º), Pantera Negra, Feiticeira Escarlate (28º) e o Gambit (29º).

O bosta do Cavaleiro da Lua (31º) está mais bem posicionado na lista que a Viúva Negra (33º), o Sr. Fantástico (34º), Venom (39º) e o Visão (40º)


A Mulher Invisível, primeira heroína da Marvel, criada lá na década de 60 por Stan Lee e Jack Kirby aparece em 42º lugar e a Mulher Aranha aparece em 47º lugar, um pouco abaixo da Capitã Britânia Betsy Braddock (45º) que por anos foi conhecida como uma das personalidades de ninguém menos que a Psylocke!! Quase não aparece na lista.  


Como dizem por aí, gosto é que nem cu, cada um tem o seu e ninguém tem nada com isso. A lista do CBR obviamente não representa unanimidade entre os fãs dos quadrinhos da Marvel no mundo todo e possui MUITAS injustiças, mas é apenas uma lista. O público americano pensa muito diferente do brasileiro, por exemplo, e é comum que por lá eles elenquem o Doutor Destino entre os 10 mais. Os caras votam no Donald Trump para Presidente, o que pode se esperar de um povo assim, não é mesmo?*

Para você que gosta de listas, ao longo desses 10 anos de existência do Blog do Rodman eu postei algumas delas por aqui. As mais populares são, a já citada lista da Wizard dos 200 Maiores Personagens de HQs (publicada em 2010), Meu Top 10 Maiores Vingadores, Top 10 Maiores Surras das HQs e o post do Blog mais visualizado pelos punheteiros desse Brasil, o já clássico Top 10 As Mais Gostosas da Marvel

NAMASTE!

* Claro que nesse caso é o roto falado do rasgado, já que no Brasil não estamos tão melhores, táokey!

7 de setembro de 2019

Do Fundo do Baú - Excalibur


Em 1987 os X-Men estavam passando por uma fase conturbada nos quadrinhos. Nas mãos do escritor de longa data do título Chris Claremont, os Filhos do Átomo haviam sido dados como mortos, se oferecendo em sacrifício para derrotar o poderoso Adversário diante das TVs mundiais. Em segredo, no entanto, a deusa Roma ressuscitou os heróis, que preferiram se manter incólumes para ter uma vantagem contra seus inimigos - o elemento surpresa - embora fizesse seus entes queridos sofrerem achando que eles realmente haviam morrido. Enquanto os X-Men se escondiam em uma base na Austrália, dois de seus membros que haviam sido feridos durante o Massacre de Mutantes, e que por isso não podiam estar na ativa, Noturno e Kitty Pryde, se recuperavam na Ilha Muir junto da Dra. Moira McTaggart, sem saber que os amigos estavam vivos.



O Excalibur surgiu nesse período, escrito por Chris Claremont e desenhado magistralmente pelo britânico Alan Davis. O super-grupo reuniu os x-man Noturno, Kitty Pryde e Rachel Summers ao Capitão Britânia e sua parceira Meggan na Inglaterra, formando assim o braço britânico do sonho de Charles Xavier de convivência pacífica entre humanos e mutantes.


Chris Claremont e Alan Davis

Com um toque de humor e tiradas satíricas engraçadíssimas, o Excalibur era uma perfeita válvula de escape para quem estava um pouco saturado daquele drama todo envolvendo a equipe principal de X-Men e da subdivisão X-Factor (na época escrita por Louise Simonson). É engraçado perceber que quem conduzia os X-Men no mesmo período também era o Claremont, mas era bem óbvio que ele estava se divertindo muito mais escrevendo o Excalibur do que os mutantes na Austrália. 


Os diálogos entre Kitty e Noturno sempre são regados de piadinhas e comentários engraçados, mesmo tendo em vista que os dois ainda se recuperavam dos ferimentos causados pelos Carrascos nos esgotos de Nova Iorque, enquanto eles tentavam salvar os Morlocks. Até mesmo coisas bobas como a Kitty pedir para o bandido que ela acabou de socar e humilhar conduzir o carro porque “ela não sabe dirigir com câmbio manual” ou ela parar uma viagem de Londres a Nova Iorque nos braços do Capitão Britânia porque está apertada para ir ao banheiro, divertem no enredo. Eu quase posso dizer que são exatamente essas sutilezas de roteiro que deixam as histórias do Excalibur mais gostosas de serem lidas.



O grupo se reúne quando Kitty e Noturno descobrem que tiveram o mesmo sonho premonitório com sua antiga colega de equipe Rachel Summers, e recebem a visita inesperada e indesejada da Technet, uma equipe de caçadores de recompensas dimensionais chefiados por Opal Luna Saturnyne, a Majestrix Omniversal encarregada da ordem e da realidade. Liderados por Penettra, o grupo está atrás de Rachel, que agora controla a Força Fênix, e ao encontrar Kitty e Noturno, pretende sequestrá-los para obrigar a Fênix a dar as caras. Quando Meggan - que está ali para pedir ajuda a Kitty para tirar o namorado Capitão Britânia da depressão após a suposta morte de sua irmã Betsy Braddock, a Pylocke - se junta ao grupo, ela e Kitty são sequestradas e aprisionadas pelo Bagageiro, enquanto Noturno escapa. Naquele mesmo momento Rachel está de volta à Terra sendo caçada pelos Lobisomens Guerreiros, que a querem levar de volta para o Mundo de Mojo, local onde ela esteve durante boa parte do tempo depois que se separou dos X-Men. 


A equipe toda se reúne pela primeira vez quando o Noturno convence o Capitão Britânia a ajudá-lo a resgatar Kitty e Meggan, e quando a Technet põe as mãos na Fênix e a capturam, cabe aos dois resgatarem suas amigas das garras dos vilões interdimensionais.

O primeiro encontro do grupo rende uma boa vitória contra a Technet e adia os planos de Saturnyne de capturar a Fênix, porém, ela continua à espreita da equipe ao longo das demais histórias. Inspirados pela lenda do Rei Arthur e de sua espada mística, eles decidem batizar a equipe de Excalibur, com o intuito de servir como um símbolo da luta pela justiça e proteção aos justos, e eles estabelecem residência em um farol de propriedade de Brian Braddock, o Capitão Britânia.



Caóticas e absurdas, as aventuras do Excalibur são um deleite para quem curte histórias bem-humoradas e de fácil digestão. Os coadjuvantes e antagonistas deixam as coisas ainda mais malucas, mas é interessante acompanhar o quanto a mente de Chris Claremont viaja, enquanto Alan Davis acompanha dando quase materialidade a isso com seus desenhos.


A sintonia entre os personagens é tão boa que até o Lockheed, o dragãozinho alienígena de Kitty Pryde, tem personalidade própria, além de ajudar na dinâmica da equipe.

A gangue da Penettra é um apanhado de absurdos, como os personagens Gelatina e Bibelô, o primeiro que transforma matéria sólida (incluindo seres vivos) em formas molengas e gelatinosas e a segunda que encolhe e transforma seres vivos em pequenos artefatos de coleção


A Technet de Penettra

Os próprios Lobisomens Guerreiros são um misto de seres assustadores e trapalhões. Eles possuem as pessoas adquirindo suas peles e eles as usam como se fossem roupas, substituindo-as. Embora seja bizarro de se imaginar a forma como eles matam as pessoas que possuem, os seis alienígenas travam diálogos hilários entre eles, sempre um curtindo com a cara do outro


Lobisomens Guerreiros

Ao longo da história eles conseguem capturar a Lince Negra, porém, não conseguem usar sua pele devido os poderes fásicos da menina


Raposa e Fanático

Além dos ajudantes de Mojo e da Technet, o Excalibur ainda tem que enfrentar o Fanático, que é liberado de sua prisão pela vilã Raposa e seus soldados, o Arcade no seu Mundo do Crime e a Gangue Maluca


A Gangue Maluca

Cada história tem a sua peculiaridade, mas a forma como cada ambiente obriga o Excalibur a interagir entre eles é que faz a grande diferença. A gente se diverte até mesmo com os vilões pela forma bem escrita com que são conduzidos, e os diálogos dão o grande charme das aventuras.     
    
OS PERSONAGENS



De longe a personalidade de Kitty Pryde, que à época ainda era uma adolescente, é um dos grandes pontos positivos da série. Criada em 1980 por Chris Claremont e John Byrne, a Lince Negra fez parte de quase todas as formações de X-Men depois disso, e sua postura impetuosa e sincera sempre a fizeram se destacar dos demais personagens adolescentes, incluindo aí seus amigos dos Novos Mutantes


Marrenta, ela chegou  a bater de frente até mesmo com o Professor Xavier, mas é seu grande coração que a faz ser querida por todos a seu redor. O Excalibur significou a grande emancipação da personagem, e agindo como uma líder entre eles ela acabou amadurecendo na equipe. 



Quando foi a hora de voltar para os X-Men ela já não era mais a criança que eles enxergavam, e atualmente ela lidera uma equipe todinha sua.



O alemão Kurt Wagner (Noturno) foi criado em 1975 por Len Wein e Dave Cockrum, e ele entrou para os X-Men quando o Professor Xavier buscava uma equipe nova para resgatar a antiga da Ilha de Krakoa. Durante a saga Massacre de Mutantes, o elfo, como também é chamado, foi atingido violentamente pelo carrasco Maré Selvagem e ficou em coma por muito tempo com ferimentos graves.



Levado para a Ilha Muir, ficou aos cuidados da Dra. MacTaggart junto da amiga Kitty (que atingida por Arpão perdeu a capacidade de voltar a se solidificar depois de se desmaterializar) e de Colossus. Quando Kurt se junta ao Excalibur ele ainda não se recuperou totalmente, e o elfo tem sérias dificuldades em se teleportar, o que faz com que ele se valha mais de suas capacidades acrobáticas do que seus poderes mutantes.



Embora Meggan namore Brian, devido seu poder empático de se adaptar aos locais e pessoas com que convive, ela começa a demonstrar certo afeto por Kurt, que se segura para não cair de vez em seus encantos.


O triângulo amoroso que se forma entre eles é outro tempero para as aventuras do super-grupo britânico.



O Capitão Britânia foi criado em 1976 para a linha de HQs da Marvel UK, no Reino Unido. Criado por Chris Claremont, Herb Trimpe e Fred Kida, o herói britânico tinha um visual bem diferente do apresentado atualmente, porém, ele já tinha uma relação com os X-Men, já que é o irmão gêmeo de Elisabeth Braddock, a Psylocke



Seus poderes não são mutantes, e ele os recebeu do próprio mago Merlin, conhecido dos contos de Rei Arthur e a Távola Redonda.



Em suas aventuras pelo Reino Unido, o Capitão teve muitas histórias escritas pelo também britânico Alan Moore, e quase sempre desenhado por Alan Davis. Dessas aventuras originaram-se alguns personagens que permeiam as histórias do Excalibur, incluindo aí o antigo interesse romântico do herói Courtney Ross (que tem grande destaque na luta do Excalibur contra o Arcade e a Gangue Maluca), a vilã Saturnyne e a própria Technet.



Embora enamorado pela bela Meggan, Brian sente que falta algo em seu relacionamento com ela, já que a menina possui um certo distanciamento da realidade pela forma como foi criada. É em Courtney que ele parece realmente encontrar forças para lutar contra a insegurança que o abala quase que o tempo todo, e perto dela ele se sente mais digno dos poderes do Capitão Britânia. 



Quando se alia ao Excalibur, Brian o faz para honrar a memória da irmã, que ele nem desconfia estar viva junto dos X-Men na Austrália, e isso acaba o afastando do alcoolismo.



Meggan Puceanu é uma mutante metamorfa que adapta seu corpo com aquilo que está a seu redor. Rejeitada na infância por sua aparência nada comum, a pequena criança começou a parecer cada vez mais monstruosa conforme as pessoas a rotulavam assim, absorvendo aqueles pensamentos negativos empaticamente. 



Foi só na fase adulta que ela conseguiu sua forma feminina sensual, o que acabou atraindo o jovem Brian Braddock. Tendo crescido escondida das outras pessoas e fugindo de um canto a outro da Inglaterra, Meggan acabou tendo dificuldades para se comunicar, além de adquirir uma falta de confiança em si mesma. Durante as aventuras do Excalibur fica claro que ela tenta fazer de tudo para agradar Brian, ao mesmo tempo que tem medo de perdê-lo. Seus poderes começam a apresentar certa instabilidade quando ela começa a sentir os desejos das pessoas a seu redor e se metamorfoseia de acordo com aquilo que elas querem. Quando está triste, no entanto, ela assume uma forma mais frágil, diferente da mulher loira e linda que é costumeiramente. 



Meggan é o personagem mais delicado do grupo, e por incrível que pareça, lembra muito a Megan (ou M'gann) da DC, retratada na primeira temporada de Justiça Jovem. No caso, a Miss Marte da DC é marciana e tem vários problemas para se adaptar ao planeta Terra, se metamorfoseando como uma adolescente ruiva para parecer... comum.


Meggan x M'gann (Alô, Megan!)

A Meggan da Marvel foi criada em 1983 por Alan Moore e Alan Davis.



Rachel Summers foi criada em 1981 por Chris Claremont, John Byrne e John Romita Jr. Ela vem do futuro, mais precisamente da Terra 811, onde viu todos os X-Men morrerem, incluindo sua mãe Jean Grey e seu pai Scott Summers. Ela pode ser vista na saga Dias de um Futuro Esquecido, onde namora Franklin Richards – filho do Senhor Fantástico e da Mulher Invisível do Quarteto Fantástico – e ela é responsável por enviar a consciência da Kitty Pryde adulta do futuro para o nosso presente. Ao tentar descobrir o que aconteceu com a Kitty, e porque o futuro não foi alterado, Rachel acaba presa no passado, onde decide morar junto dos X-Men. Seu primeiro contato com a Força Fênix acontece durante o trajeto de uma de suas viagens temporais, e à partir de então a entidade cria uma ligação com a menina.


Quando Rachel se uniu ao Excalibur, ela estava há algum tempo longe dos X-Men, e o reencontro dela com Kitty e Kurt é bem emocionante. Seu uniforme vermelho remete ao que ela usava como Farejadora no futuro, uma espécie de caça-mutante ao qual ela era obrigada a obedecer, e as marcas que surgem em seu rosto também são desse período. 

Claramente Rachel é a personagem mais poderosa do Excalibur, e mesmo não tendo a seu dispor toda a capacidade da Fênix (ela chega a ser chamada de baby-Fênix) que assumiu o corpo da mãe, mesmo assim ela tem um nível de poder muito acima dos colegas de grupo.

Alan Davis



Eu já conhecia Alan Davis de várias histórias que ele desenhava para os X-Men nos anos 80 e anos 2000. Boa parte de Massacre de Mutantes, por exemplo, é desenhado por ele, mas devo admitir que o seu traço em Excalibur está impecável. Desde sempre eu me preocupei com o artista que estava desenhando a HQ para eu saber se ia ou não me interessar por ela, e ler Excalibur é um deleite, não só pelo que já comentei que Chris Claremont escreve, mas em especial pela arte de Davis. O cara desenha tudo com uma riqueza de detalhes tão grande que mesmo depois de já ter lido os balões de diálogo do quadro ainda dá pra ficar um tempo admirando. Parece que para Davis (que na época estava no auge do talento) não tem tempo ruim, e ele desenha qualquer coisa com muita precisão.



As criaturas fantásticas feitas por seu traço também são muito criativas, e o roteiro de Claremont insere muitas delas, o que nos faz ter uma satisfação visual a cada página praticamente. 



Os bichos e seres interplanetários apresentam um peso nas páginas, e suas proporções são muito bem trabalhadas, mesmo quando interagem com seres humanos normais.  

E as mulheres de Alan Davis?



Aí é um caso à parte, já que poucos desenhistas conseguem retratar figuras femininas com tamanho desempenho. Nos anos 90 nos acostumamos a ver as heroínas e vilãs em poses ginecológicas, e nas capas das revistas elas até pareciam que estavam posando para a Playboy, mas Davis consegue mostrar a sensualidade da Courtney, da Meggan ou da Rachel sem precisar apelar para o sexual. E sim! Dava pra fazer isso!



Tanto Meggan quanto Rachel são bem curvilíneas e volta e meia estão com roupinhas curtas, mas dificilmente é gratuito na história. As cenas de semi-nudez estão sempre bem inseridas na história, e mesmo a Kitty, que é uma menina na história, é bem representada com seu corpo adolescente, sem volumes exagerados. Ela chega até a elogiar mentalmente as amigas corpudas, se comparando, outro ponto positivo do roteiro que trata a Lince Negra como o que ela é: Uma adolescente.


A edição Excalibur lançada pela Panini em 2015 reúne as edições originais Excalibur Special 1, Excalibur de #1 a #5, e com um bom garimpo por aí ainda pode ser encontrada. Vale muito a pena para quem é fã dos personagens, ou para quem é fã do Claremont ou para quem é fã do Alan Davis, mas acima de tudo, vale a pena para quem curte uma boa história cheia de ação e bom humor despretensioso.



P.S. - A gente bate bastante na Panini devido os MUITOS deslizes que a editora dá com relação a tradução, revisão e a edição propriamente dita, mas em Excalibur dá pra se dizer que o trabalho foi 90% caprichado. Tanto as adaptações do texto para os dias atuais (que convenhamos é dos anos 80! Tem mais de 30 anos essa porra!) quanto o encaixe do que é falado com o que está acontecendo foram muito bem trabalhados. Nem dá pra perceber que estamos lendo um material tão antigo... 

Tava tudo indo muito bem, até que o revisor da Panini me deixa passar um LARGATO na tradução! 



NAMASTE!                                                                                                          

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