Não é de hoje que em se tratando de educação o Brasil sempre faz feio em rankings mundiais, mesmo se comparado a países com índice de desenvolvimento ou com PIBs menores, como alguns de nossos vizinhos sul-americanos.
De acordo com a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o salário médio do professor brasileiro em início de carreira é o terceiro mais baixo em um total de 38 países desenvolvidos e em desenvolvimento, e isso, claro, reflete muito na qualidade do ensino que temos em nosso país.
Não sejamos hipócritas em afirmar que, nesse caso, o salário que o professor da rede pública recebe por sua carga horária não é o fator determinante para o pique que ele terá para passar adiante seus conhecimentos. Quanto menos se ganha, menos o educador terá ânimo para encarar salas lotadas e alunos cada dia mais rebeldes Brasil afora, e embora eu não fale por causa própria (já que não me enquadro na folha de pagamento de escolas públicas), tenho certa base para falar, por conviver diariamente com alunos que veem dessas escolas.
Para compararmos o salário médio do professor brasileiro de ensino fundamental com o de professores de países melhor desenvolvidos, primeiro é importante lembrar que há uma diferença entre o custo de vida desses países e o do Brasil, e que o valor nominal deste salário leva tal informação em consideração.
A base de cálculo, levando-se em conta que um professor brasileiro recém-formado e que lecione para o ensino fundamental (da 1º a 6ª série) está em começo de carreira, é a de 11 mil por ano (o terceiro mais baixo dentro do universo de 38 países pesquisados), o que dá um equivalente a R$ 916,00 por mês.
Achou pouco? Mas é mesmo! Um professor de Escola Técnica tira muito mais que isso. Um vendedor de loja ganha mais que isso. A Bruna Surfistinha tirava muito mais que isso por mês na época do “Vintão”!
No Japão, país considerado um dos melhores em matéria de educação, um professor recém-formado consegue um salário em média de R$ 4.000,00 por uma carga horária variável + o status social de sensei (sim, mestle!!). Fazendo uma média entre os países mais importantes da Europa, incluindo Portugal, Grécia, Itália, Espanha, Finlândia, Suécia, Áustria, Holanda, Bélgica, o salário de um professor pode chegar a R$ 3.178,00 no Velho Continente, enquanto que nos Estados Unidos esse salário pode chegar a R$ 4.500,00 (por uma carga horária de 12 horas semanais). Em países sul-americanos como o Chile, esse valor pode chegar a R$ 4.175,00, e na Argentina o valor bruto é de aproximadamente R$ 1.987,00 por professor.
Ficou com preguiça de imaginar como seriam esses dados colocados em uma tabela? Tudo bem, eu mostro em um gráfico:
De acordo com a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o salário médio do professor brasileiro em início de carreira é o terceiro mais baixo em um total de 38 países desenvolvidos e em desenvolvimento, e isso, claro, reflete muito na qualidade do ensino que temos em nosso país.
Não sejamos hipócritas em afirmar que, nesse caso, o salário que o professor da rede pública recebe por sua carga horária não é o fator determinante para o pique que ele terá para passar adiante seus conhecimentos. Quanto menos se ganha, menos o educador terá ânimo para encarar salas lotadas e alunos cada dia mais rebeldes Brasil afora, e embora eu não fale por causa própria (já que não me enquadro na folha de pagamento de escolas públicas), tenho certa base para falar, por conviver diariamente com alunos que veem dessas escolas.
Para compararmos o salário médio do professor brasileiro de ensino fundamental com o de professores de países melhor desenvolvidos, primeiro é importante lembrar que há uma diferença entre o custo de vida desses países e o do Brasil, e que o valor nominal deste salário leva tal informação em consideração.
A base de cálculo, levando-se em conta que um professor brasileiro recém-formado e que lecione para o ensino fundamental (da 1º a 6ª série) está em começo de carreira, é a de 11 mil por ano (o terceiro mais baixo dentro do universo de 38 países pesquisados), o que dá um equivalente a R$ 916,00 por mês.
Achou pouco? Mas é mesmo! Um professor de Escola Técnica tira muito mais que isso. Um vendedor de loja ganha mais que isso. A Bruna Surfistinha tirava muito mais que isso por mês na época do “Vintão”!
No Japão, país considerado um dos melhores em matéria de educação, um professor recém-formado consegue um salário em média de R$ 4.000,00 por uma carga horária variável + o status social de sensei (sim, mestle!!). Fazendo uma média entre os países mais importantes da Europa, incluindo Portugal, Grécia, Itália, Espanha, Finlândia, Suécia, Áustria, Holanda, Bélgica, o salário de um professor pode chegar a R$ 3.178,00 no Velho Continente, enquanto que nos Estados Unidos esse salário pode chegar a R$ 4.500,00 (por uma carga horária de 12 horas semanais). Em países sul-americanos como o Chile, esse valor pode chegar a R$ 4.175,00, e na Argentina o valor bruto é de aproximadamente R$ 1.987,00 por professor.
Ficou com preguiça de imaginar como seriam esses dados colocados em uma tabela? Tudo bem, eu mostro em um gráfico:
Como mostra o gráfico, a média salarial de países que investem na educação, varia entre 4 e 5 mil Reais por mês. Mesmo nossos vizinhos Hermanos, pagam melhor seus professores do que o Brasil, e isso por si só já mostra o quanto é levado a sério o ensino por aqui, e o quão bem os profissionais, que em outros lugares do mundo são tratados como referência, são tratados em terras tupiniquins.
Mas e aí? O salário baixo é o único motivo para que o ensino no Brasil esteja tão decadente?
Não.
Nos dias atuais, com o alto grau de informação que se pode conseguir por intermédio da Internet e os meios de comunicação cada vez mais abundantes com a inclusão digital, é necessário que os professores saibam manter seus alunos interessados com aulas mais didáticas e menos “decorebas”. Ninguém aprende mais nada decorando. A interação com a tecnologia deve ser incentivada e usada como aliada, e não como uma substituição do velho padrão de aprendizado. Não acho que cortando certas regras como o uso correto da língua portuguesa, alegando o já tão discutido “modo inadequado” seja a solução para o ensino. Também não acho que manter o ensino exatamente como assim o era há 20 anos vá resolver, até porque o mundo evoluiu e as pessoas também. As crianças de hoje têm um poder muito maior de aprendizado do que as da minha geração, por exemplo, e essa capacidade de absorção deve ser melhor aproveitado.
Também é certo que essa facilidade em se conseguir informações faz com que essa molecada de hoje em dia tenha mais preguiça em querer aprender seja lá o que for, e se isso não for canalizado da forma correta, criará pequenos monstros que farão das próximas gerações algo muito pior do que vemos atualmente. E não, não estou sendo pessimista, e sim realista.
Como bem salientei, vivo constantemente no meio de jovens em idade variável de 12 a 16 anos por dar aula em uma escola de informática privada, eu corrijo provas manuscritas, eu tenho que incentivar o aprendizado deles e focá-los em seu futuro, e acreditem, essa não é uma tarefa fácil hoje em dia.
Eu não passo por nem um terço do que os professores de rede pública devem passar em salas mal estruturadas e abarrotadas de alunos, mas já sinto o quão essa tarefa é árdua só pela quantidade de relatos que ouço dos próprios estudantes e de conhecidos que, diferente de mim, são obrigados a passar por essa “provação”.
Mas e aí? O salário baixo é o único motivo para que o ensino no Brasil esteja tão decadente?
Não.
Nos dias atuais, com o alto grau de informação que se pode conseguir por intermédio da Internet e os meios de comunicação cada vez mais abundantes com a inclusão digital, é necessário que os professores saibam manter seus alunos interessados com aulas mais didáticas e menos “decorebas”. Ninguém aprende mais nada decorando. A interação com a tecnologia deve ser incentivada e usada como aliada, e não como uma substituição do velho padrão de aprendizado. Não acho que cortando certas regras como o uso correto da língua portuguesa, alegando o já tão discutido “modo inadequado” seja a solução para o ensino. Também não acho que manter o ensino exatamente como assim o era há 20 anos vá resolver, até porque o mundo evoluiu e as pessoas também. As crianças de hoje têm um poder muito maior de aprendizado do que as da minha geração, por exemplo, e essa capacidade de absorção deve ser melhor aproveitado.
Também é certo que essa facilidade em se conseguir informações faz com que essa molecada de hoje em dia tenha mais preguiça em querer aprender seja lá o que for, e se isso não for canalizado da forma correta, criará pequenos monstros que farão das próximas gerações algo muito pior do que vemos atualmente. E não, não estou sendo pessimista, e sim realista.
Como bem salientei, vivo constantemente no meio de jovens em idade variável de 12 a 16 anos por dar aula em uma escola de informática privada, eu corrijo provas manuscritas, eu tenho que incentivar o aprendizado deles e focá-los em seu futuro, e acreditem, essa não é uma tarefa fácil hoje em dia.
Eu não passo por nem um terço do que os professores de rede pública devem passar em salas mal estruturadas e abarrotadas de alunos, mas já sinto o quão essa tarefa é árdua só pela quantidade de relatos que ouço dos próprios estudantes e de conhecidos que, diferente de mim, são obrigados a passar por essa “provação”.
Se por um lado há certa má vontade dos educadores em ensinar, também há muita má vontade do outro lado em se aprender, e esse ciclo vicioso torna-se um perigo constante para a formação de toda uma nova geração que, querendo ou não, será a herdeira desse país varonil. O que será de nossos filhos e netos?
Nesse dia do professor, esteja você diante da lousa ou atrás da carteira, é interessante refletir sobre os rumos que o ensino no Brasil está tomando. Ficar reclamando e “xingando muito no Twitter” serve para desabafar, mas não vai resolver os problemas. Enquanto medidas mais enérgicas não forem tomadas por parte do governo quanto à melhoria do ensino no país e enquanto professores e alunos não se unirem para garantir que essas mudanças sejam significativas, continuaremos sendo alvo de piadas em estatísticas da UNESCO, os alunos de escola pública continuarão aparecendo abaixo da média em gráficos de comparação com os de rede privada nos índices do ENEM, e cada um continuará em seu quadrado, sem que nada seja feito para mudar esse quadro.
Nesse dia do professor, esteja você diante da lousa ou atrás da carteira, é interessante refletir sobre os rumos que o ensino no Brasil está tomando. Ficar reclamando e “xingando muito no Twitter” serve para desabafar, mas não vai resolver os problemas. Enquanto medidas mais enérgicas não forem tomadas por parte do governo quanto à melhoria do ensino no país e enquanto professores e alunos não se unirem para garantir que essas mudanças sejam significativas, continuaremos sendo alvo de piadas em estatísticas da UNESCO, os alunos de escola pública continuarão aparecendo abaixo da média em gráficos de comparação com os de rede privada nos índices do ENEM, e cada um continuará em seu quadrado, sem que nada seja feito para mudar esse quadro.
Feliz Dia do Professor!
Fontes:
Folha de S. Paulo / ANDES-SN.
http://traducao-japones.blogspot.com
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http://www.raquelrfc.com
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