31 de março de 2017

Trailer 2 - Homem Aranha De Volta ao Lar


Era o sonho de quase todo mundo que o Homem Aranha voltasse para as mãos da Marvel Studios, já que a Sony não vinha fazendo um bom trabalho com o personagem desde Homem Aranha 2 (2004), aquele ainda dirigido por Sam Raimi e que ATÉ HOJE é visto como o MELHOR FILME sobre o Amigão da Vizinhança nos cinemas. Após o acordo da Sony com a Marvel, que incluía a inserção do Aranha no universo Marvel de Homem de Ferro, Hulk, e Os Vingadores, que possibilitou a participação do herói aracnídeo já no filme Capitão América - Guerra Civil, cabeças explodiram no mundo todo, e os fãs que haviam ODIADO o reboot de Marc Webb acabaram recebendo de braços abertos o NOVO Homem Aranha de Tom Holland



Dois trailers depois e há alguns meses da estreia do PRIMEIRO filme do Aranha pela Marvel, já podemos tirar algumas conclusões do que podemos esperar para essa ousada empreitada. 

A bagaça é dirigida por Jon Watts, diretor americano de 35 anos que não dirigiu NADA RELEVANTE em sua curta carreira em Hollywood, e que provavelmente só foi chamado à bordo devido sua "maleabilidade" em aceitar ordens, algo que dificilmente aconteceria com um diretor mais tarimbado. Seja como for, as cenas de ação do segundo trailer parecem muito bem montadas, assim como o ritmo do filme, que precisava ser algo condizente com a apresentação do personagem no universo, o que foi MUITO BEM FEITO em Guerra Civil com os irmãos Russo, os melhores diretores de cenas de ação da atualidade em poder da Marvel. 


Está quase tudo lá. O trailer tem ação, tem porrada, tem o Aranha usando sua agilidade e tem piadinha (característica que MAIS FALTOU nos três primeiros filmes de Sam Raimi), mas algo claramente incomoda nos trechos usados, e ele atende pelo nome de Tony Stark.



Aiiinnnn, Rodman! Mas o Tony Stark é massa! Ele é legal, ele é lindo e vai tomar no seu cu!

Sim, caro Padawan. Nós sabemos a importância de Tony Stark e seu Homem de Ferro para o universo Marvel, e como provavelmente NADA disso existiria agora se o primeiro filme do Cabeça de Lata não tivesse dado certo, mas acho extremamente FORÇADA a inserção do personagem como algo mais do que uma pequena participação especial em De Volta ao Lar. No trailer vemos Tony como um mentor de Peter Parker, algo que chegou a acontecer nos quadrinhos na época da Guerra Civil, quando então Peter revelou sua identidade secreta para o mundo e passou a morar na Torre dos Vingadores junto a Mary Jane e a Tia May



Nesse período, Peter se apegou a Stark, que aproveitou dos conhecimentos científicos do rapaz para criar um vínculo com ele, servindo-lhe meio que como um "paizão". Assim como no filme, Stark chegou a projetar um traje tecnológico para Peter e ele se tornou o Aranha de Ferro, ostentando inclusive, as mesmas cores do Homem de Ferro. 



Claro que mais tarde isso tudo deu merda, e quando Peter percebeu que estava do lado errado da Guerra Civil, ele foi abandonado por Stark, que pouco fez para impedir que uma horda de vilões liquidassem o Aranha pouco antes dele se juntar ao Capitão América (no lado contra o registro de super-heróis) e voltar a usar o uniforme clássico de tecido. 



Obviamente que NADA DISSO vai acontecer no cinema. Nunca que eles vão colocar o Tony Stark de Robert Downey Jr. como vilão da história, já que ele é o carro-chefe da Marvel, mas não dá pra dizer que não incomoda ver o gênio, bilionário, playboy e filantropo dando lição de moral no jovem Peter Parker após o fiasco com a barca partida ao meio. Convenhamos... Em seus três filmes solo e também em A Era de Ultron, o PRÓPRIO Tony Stark é o responsável pela criação de todas as ameaças (direta ou indiretamente) que ele e os Vingadores enfrentam, o que não o gabarita para pagar de moralista para o Homem Aranha colegial. 



Falando em colegial, o fato do Aranha ainda frequentar a escola deve incomodar muita gente, mas é importante lembrar que as primeiras histórias do herói lá no anos 60 escritas por Stan Lee e desenhadas por Steve Ditko cobriam justamente esse período da vida dele, onde ele tinha que se virar para deter seus inimigos enquanto tinha que ir a escola e fazer seu dever de casa. Além de Ned Leeds (no filme interpretado por Jacob Batalon) e da garota dos sonhos de Peter interpretada pela atriz Zendaya (que muitos acreditavam ser a nova Mary Jane, mas que nas sinopses é descrita como "Michelle"), poucos personagens do cânone do universo do Aranha são apresentados, o que nos faz acreditar que a ideia é abrir espaço para novas caras, a não ser que o contrato com a Sony limite até mesmo os coadjuvantes. Vai saber.



Em algum ponto do trailer, Tony Stark pede o traje do Homem Aranha de volta após passar-lhe um sermão sobre "poderes e responsabilidades" (criando a grande frase de impacto "se você não é nada sem esse uniforme você não deveria usá-lo"), e é possível perceber que existem MUITAS cenas no trailer em que o Homem Aranha aparece usando seu primeiro traje, aquele improvisado que aparece na gravação do Youtube ainda em Guerra Civil, o que nos leva a crer que o herói vai ficar em algum momento SEM seu traje tecnológico e vai ter que se virar na base do improviso. 



Aiiiinnn, Rodman! Como você é burro! Essas cenas são ANTES dele se tornar o Homem Aranha oficialmente!

Eu conseguiria acreditar nisso se no trailer ele não aparecesse enfrentando o Abutre com esse uniforme tosco, além do Shocker! Meu palpite é que Tony Stark pega de volta o traje que criou para o Homem Aranha, mas que em vez de pendurar as chuteiras, Peter veste seu velho uniforme e sai as ruas para provar que não precisa de uma roupa cheia de traquitanas para ser um verdadeiro herói. #ChupaTonyStark



Já tinha sido mencionado que o Shocker (ou "Homem Acolchoado") seria o segundo vilão do filme, mas no trailer vemos muito pouco dele para tecer qualquer comentário. O Abutre de Michael Keaton é mesmo a grande ameaça do Cabeça de Teia, e é importante citar que qualquer coisa que fizessem minimamente para "enfodecer" o Abutre no cinema já seria um grande avanço, já que nos quadrinhos o vilão é só um velhinho careca numa roupa justa com asas. Pensa na vergonha que seria isso em IMAX?



O visual do Abutre com aquela asa que mais parece um drone gigante, além da máscara e das garras, parece bem mais ameaçador do que na sua versão das HQs, o que somado ao talento de Keaton (mais do que provado em Birdman) deve render um trabalho bom de interpretação, uma vez que a Marvel, tirando o Loki em Avengers, costuma ERRAR feio nos antagonistas de seus filmes. A conta de vilões ruins é imensa nos treze filmes feitos até agora pelo estúdio, e não é possível que ninguém do alto escalão tenha percebido isso até hoje! 



Pra finalizar minha crítica, é impossível não citar essa necessidade que o Homem Aranha tem de tirar a porra da máscara durante as lutas em todos os filmes em que aparece. A minha vida toda eu vi Peter Parker escondendo sua identidade secreta a todo custo para que ninguém descobrisse que ele e o Homem Aranha eram a mesma pessoa nos quadrinhos, e para que isso não recaísse sobre seus entes queridos, mas nos filmes, para mostrar a cara dos atores e para justificar seus salários (já que metade das aparições do Homem Aranha são criadas em CGI!) o desgraçado precisa estar sem máscara cena sim, cena não, seja na frente dos amigos, da namorada ou do seu inimigo mortal. Por que não, né? 



Queria estar mais empolgado para ver Homem Aranha: De Volta Ao Lar, mas como comentei aqui no trailer da Liga da Justiça, não devo mais ter essa capacidade de me empolgar com trailers. Que venha Julho para acompanharmos em tela grande essa bagaça, e que o Tio Ben nos abençoe para que tenhamos PELO MENOS um filme melhor que Homem Aranha 3, O Espetacular Homem Aranha e O Espetacular Homem Aranha 2 - A Ameaça de Electro

NAMASTE! 

26 de março de 2017

Trailer Oficial da Liga da Justiça


Foi lançado no último Sábado o PRIMEIRO trailer OFICIAL da Liga da Justiça, o filme da DC/Warner que tem a missão de alavancar DE VEZ o universo cinematográfico da principal concorrente da Marvel.

Até agora foram três filmes que obtiveram um sucesso relativo de público, mas que foram enormemente criticados por especialista de cinema (e também por curiosos) devido a enredos mal ajambrados e soluções pífias de roteiro, como adversários místicos para o Esquadrão Suicida já no primeiro filme (e em sua PRIMEIRA MISSÃO!), a morte do Zod em Man of Steel e a luta carnavalesca entre a Trindade e o Apocalypse mal feito de CGI em Batman V Superman



Não dá pra negar, no entanto, que Liga da Justiça é um dos filmes MAIS ESPERADOS do ano, já que (tirando a própria Mulher Maravilha), todos os outros filmes de super-heróis de 2017 já tiveram uma PARTE 1 (algumas até mais de uma) e/ou já tivemos exemplos no cinema, como o Homem Aranha, logo, NÃO SÃO novidades. São tantos filmes de super-heróis por ano que já começa a ser difícil ficar empolgado com alguma coisa relativa a isso, mas Liga da Justiça sai da normalidade por ser a primeira reunião dos maiores super-heróis do universo em live-action. TODO MUNDO quer ver essa porra, até mesmo os haters de Zack Snyder, o diretor da bagaça.

Vejam o trailer com legenda em português lusitano, ora pois!


Liga da Justiça é continuação direta de Batman V Superman, onde vimos que uma criatura alienígena controlava de alguma forma as ações de Lex Luthor (Jesse Eisenberg), e onde o Batman (Ben Affleck) tem visões do futuro, onde esse mesmo alienígena, que recebe ordens de um ser bem mais poderoso (Darkseid!!!) invadiu a Terra e está escravizando a humanidade com os parademônios, seus soldados alados. 

Logo no início do trailer, vemos um diálogo entre Batman e a Mulher Maravilha (Gal Gadot), onde eles conversam sobre a tal invasão, alegando que ela já começou. Para deter os invasores, o Cavaleiro das Trevas recorre ao Aquaman (Jason Momoa), ao Flash (Ezra Miller) e ao Cyborg (Ray Fisher), formando uma aliança com esses seres super-poderosos para defender a Terra.



O trailer não deixa claro QUEM É o vilão do filme, mas informações do roteiro dizem que Steppenwolf (ou Lobo de Estepe), que nos quadrinhos faz parte do esquadrão de elite do próprio Darkseid, será o grande adversário da Liga nesse primeiro filme, além de que a ausência do Superman no vídeo e também nas artes promocionais recentes indica que o Azulão possa vir a ser o GRANDE desafio da Liga, que terá que lutar para trazê-lo de volta a luz (onde ele nunca esteve desde que MATOU O ZOD!).



Seja como for, é empolgante ter essa ideia em mente de que a Liga possa vir a ter que enfrentar o próprio Superman dominado pelo Darkseid, e que ao final do filme ele, enfim, possa integrar a equipe, como deve ser. Liga da Justiça sem Superman (mesmo esse Superman meio merda do Zack Snyder) é que nem Buchecha sem Claudinho.



O trailer do filme é bem movimentado e REPLETO de cenas empolgantes para deixarem os fãs dando pulinhos de felicidade, xingando os filmes da Marvel e defendendo o diretor Visionário. Ao som de Seven Nation Army do The White Stripes vemos a apresentação do Aquaman e do Cyborg, e com pouco tempo de tela percebemos que o homem peixe vai ser o badass motherfucker da equipe, algo como o Wolverine para os X-Men. Tirando a breve fase escrita pelo Peter David e a mais recente escrita por Geoff Johns nas HQs, não estamos muito acostumados com um Aquaman fodão, quem sabe a interpretação de Jason Momoa nos faça esquecer da fase bunda-mole do personagem. 



Já o Cyborg me parece meio deslocado dentro da equipe, sem uma função definitiva, e em algumas cenas o CGI do seu corpo robótico parece bem destoante do restante do filme, para não dizer RUIM.



A personalidade do Flash de Ezra Miller, que no filme é Barry Allen, assim como no seriado da CW, está bem mais para Wally West, em especial sua aura "zoeira". Graças a Geoff Johns (de novo ele), ninguém mais se importa com o MELHOR FLASH DE TODOS depois que ele ressuscitou Allen, embora suas características engraçaralhas (no filme) ainda sejam lembradas para tornar o insosso Barry Allen no alívio cômico do grupo.

O trailer ainda traz participações pequenas do Comissário Gordon (J.K. Simmons), Lois Lane (Amy Adams) e da Mera (Amber Heard), e todo o clima Pop de Esquadrão Suicida meio que se repete, enquanto os heróis sentam a porrada em câmera lenta (e as vezes acelerada) nos parademônios ao som de Come Together. Os fãs dos filmes da DC/Warner ficaram empolgados com as cenas eletrizantes de ação, e mesmo quem já não se admira tanto com essas coisas (como eu!) está aguardando ansiosamente para Novembro de 2017, que é quando o filme estreia oficialmente.

Até lá ainda temos o longa da Mulher Maravilha, que estreia em Junho.

NAMASTE!

15 de março de 2017

COMBO BREAKER #004 - Filmes do Oscar 2017


Tirando as animações Zootopia e Moana (que disputaram o Oscar de Melhor Animação), além de Doutor Estranho e Rogue One (ambos concorrendo Melhores Efeitos Visuais), Esquadrão Suicida e Star Trek 3 (ambos disputando o prêmio de Melhor Maquiagem), além de Jungle Book (o vencedor do prêmio de Melhores Efeitos Visuais), eu não tive a oportunidade de ver muitos dos filmes que disputaram o grande prêmio do cinema mundial esse ano. Dos três que vou destacar nesse post, La La Land foi o único que assisti somente DEPOIS da festa do Oscar, mas ainda está valendo falar sobre as minhas impressões. Sigam-me os bons!

A CHEGADA

Dirigido por Denis Villeneuve (de Sicário) A Chegada é baseada num conto chamado “Story Of Your Life” de Ted Chiang, e conta a história de uma raça alienígena que chega à Terra se instalando misteriosamente em alguns pontos estratégicos com espaçonaves que se assemelham a conchas gigantescas. O foco da história é na cidade americana e na personagem de Amy Adams, Louise Banks (que para muitos críticos, foi injustiçada em não ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz), uma linguista que é chamada pelo Coronel Weber (Forest Whitaker) para decifrar a linguagem com que os tais alienígenas de comunicam.


O enredo não-linear, nos faz acreditar por um bom tempo, que a Dra. Louise, que leciona em uma universidade, esta se recuperando do trauma da perda de sua filha, mas essa história só vai nos fazer algum sentido lá pela metade do filme, que é quando percebemos que o contato direto com os alienígenas causa uma alteração biológica na personagem, que a partir de então começa a ter visões do futuro.


Aiiin, Rodman! Não seja burro! Ela já demonstra os tais dons premonitórios ANTES do contato com os alienígenas!


Essa é outra explicação para os dons de Louise, mas confesso que isso não fica claro apenas pelo próprio enredo, o que deixa em aberto se a Dra. já possuía esse poder ou se eles só se tornaram latentes após o contato com o mesmo ar respirado pelos alienígenas evanescentes dentro da concha.


Seja como for, os dons premonitórios de Louise nos fazem enxergar junto com ela, toda sua história de vida À PARTIR da invasão, incluindo sua relação com o matemático Ian Donnelly (Jeremy Renner), que também é chamado para tentar decifrar todas as probabilidades dos etês estarem preparando um possível ataque ao mundo.    


A Chegada é um dos primeiros filmes sobre invasão alienígena em que não vemos os invasores como inimigos e em que os governos não estão principalmente preocupados em EXPLODIR suas naves para mostrar-lhes quem é que manda no universo. Claro, que o ápice do filme gira em torno da tentativa desesperada de Louise e de Ian de IMPEDIREM que o governo da China inicie um ataque em massa às conchas, mas em grande parte do filme, estamos mais preocupados em aprender a LINGUAGEM dos aliens (os chamados heptapods) e entender suas reais intenções em nosso mundo, além de lhes informar dados importantes para que eles também nos compreendam.


A Chegada concorreu a 8 Oscars e só levou um para casa, o de Melhor Edição de Som, considerado sempre um prêmio “técnico” e, portanto, de menor valor. A história é de difícil compreensão se você não prestar muita atenção nas nuances entre as premonições de Louise e a história “real”, mas a mensagem final que o filme passa é uma das mais inovadoras que o cinema de Hollywood já produziu nos últimos anos. Arrival, nome original da película, teve um orçamento de US$ 47 milhões e faturou quase US$ 100 milhões, o que o aponta como um bom investimento, apesar de ter saído do Oscar quase de mãos abanando.


Nota: 8

ATÉ O ÚLTIMO HOMEM

Depois de praticamente jogar sua carreira no lixo entrando em conflitos antissemitas, de se envolver em escândalos de agressão e de bebedeira, Mel Gibson parece que conseguiu dar a volta por cima com seu Até o Último Homem, filme que o levou de volta às premiações onde ele era figurinha carimbada desde Coração Valente (1996), obra que lhe rendeu o prêmio de Melhor Filme e de Melhor Diretor.


Dirigido por Gibson, o filme conta a história de Desmond Doss (Andrew Garfield), o chamado Opositor Consciente que se alista no exército durante a Segunda Guerra Mundial, mas que se recusa a pegar em uma arma para tirar vidas. Devido uma crise de consciência grave na infância, após quase assassinar o irmão com uma pedra e depois quase atirar contra o pai (vivido por Hugo Weaving) que agredia sua mãe, Desmond se vê incapaz de ir contra suas crenças religiosas, mesmo que isso signifique não poder salvar nem sua própria vida. 


Com a ideia fixa de servir sua Pátria, mas acima disso ajudar as pessoas na Grande Guerra, Doss se alista, a exemplo do irmão, só que precisa encarar uma barra muito forte que é colocar seu ideal de não agressão ACIMA dos ideais da Guerra. Afinal, como um soldado pode se recusar a pegar numa arma e a tirar outras vidas, mesmo que em sua própria defesa?


Até o Último Homem é baseado em uma história real e os personagens do filme (alguns deles pelo menos) aparecem em uma filmagem de 2006 durante os créditos finais, mostrando que algumas cenas e situações do filme aconteceram de verdade. 


O elenco ainda traz Vince Vaughn como o Sargento Howell do batalhão de Doss numa das interpretações MAIS FELIZES de sua carreira (quem diria que ainda veríamos Vaughn num filme que disputa Oscar!), o sumido Sam Worthington (de Avatar e Terminator 4) como o Capitão Glover, um dos que fica ao lado de Doss até o final para fazê-lo mudar de ideia quanto a sua Oposição Consciente, mas que o apoia quanto a sua crença de “não agressão”, e Teresa Palmer, que interpreta a enfermeira Dorothy Schutte, a mulher que se torna a esposa de Doss e que fica a seu lado mesmo quando ele é preso pelo Exército acusado de não obedecer ordens diretas de seus superiores.


Desde O Resgate do Soldado Ryan e Falcão Negro em Perigo não víamos um filme sobre guerra tão bem produzido, e as cenas de batalha (que não são o foco da história) são primorosas e SANGRENTAS, bem ao estilo de Mel Gibson. Algumas tomadas chegam a nos causar aquela dor psicológica, onde sentimos pelos personagens. As explosões com efeitos práticos, desmembramentos e os head shots sem aviso são feitos de uma maneira a temermos pela vida de Doss o tempo todo (engraçado que em o Espetacular Homem Aranha a gente torcia para os inimigos dele!), e enaltece bastante o perigo representado pelos soldados japoneses no local chamado Hacksaw Ridge (titulo original do filme), conhecidos até então como invencíveis.


Até o Último Homem concorreu a 6 Oscars e levou pra casa dois, o de Melhor Mixagem e o de Melhor Edição, tendo arrecadado US$ 66 Milhões dos US$ 40 Milhões que custou.


Nota: 8,5

LA LA LAND

Em 2014 o diretor Damien Chazelle encantou o mundo com seu Whiplash – Em Busca da Perfeição, um filme tecnicamente perfeito (hein, hein!) que falando de jazz e a obsessão de seu protagonista (Miles Teller) em ser o MAIOR baterista do universo, rendeu o Oscar de Ator Coadjuvante a J.K. Simmons merecidamente, já que o ator arrebentou em seu papel do professor de música perfeccionista.


La La Land ainda fala de jazz e a obsessão de seu personagem Sebastian vivido por Ryan Gosling em NÃO PERMITIR que o gênero se torne obsoleto, seguindo seu sonho de músico de abrir um Bar de Jazz que faça muito sucesso. Em suas tentativas frustradas de seguir com sua carreira musical, Sebastian cruza o caminho da aspirante a atriz Mia, vivida por Emma Stone, no trânsito, enquanto ela decora sua fala para mais um de seus testes para ingressar no cinema. Mia que trabalha como garçonete em uma lanchonete temática (estilo anos 50) de um estúdio de cinema, vive diariamente com estrelas de Hollywood, mas ela não descansa de seu sonho de se tornar uma atriz. Logo nas primeiras cenas do longa percebemos o quanto sua vida é frustrante, enquanto ela vai de um teste de cena a outro, mas o quanto também, por outro lado, a sua persistência é grande.


A história do filme começa a se desenrolar quando as vidas de Mia e Sebastian se cruzam, primeiro no trânsito, depois em um restaurante, onde ela o vê tocando uma composição sua ao piano e sendo demitido logo em seguida (por J.K. Simmons) pela ousadia de não seguir seu script musical de canções de Natal. Após trata-la com total indiferença à saída do restaurante, ele volta a encontrá-la em uma festa, onde ele toca com uma banda de repertório dos anos 80, e onde ele é desafiado por ela a tocar uma música totalmente fora de seu setlist. Após se estranharem muito, Mia e Sebastian descobrem que têm muito em comum, e eles começam a se relacionar de uma forma encantadora para os espectadores, que logo em seguida embarcam no amor entre eles sem questionar muito o começo meio forçado daquele namoro.


Eu não sou lá um grande entusiasta dos musicais. Passei muito da minha vida pregressa curtindo bastante filmes como Grease, A Noviça Rebelde (tá... não sou tão velho, mas esse passava muito na Sessão da Tarde) e até Footloose com o Kevin Bacon, mas com o passar do tempo os musicais começaram a me irritar, o que me tornou um grande defensor daquela máxima que diz que “a vida real não é assim! Ninguém vai parar na rua e sair cantando e dançando!”. Embora animações como O Rei Leão e até mesmo comédias como O Máskara sejam recheadas de cenas musicais e tenham me agrado muito, me recusei a ver Moulin Rouge ou Chicago, e parei no meio de Frozen de tanta cantoria desnecessária. O que me levou ao cinema para ver La La Land (anunciadamente um MUSICAL) foi mesmo a confiança em Damien Chazelle pelo trabalho que ele tinha realizado em Whiplash e nem tanto pelo resto. Eu sabia que de alguma forma ele me daria uma boa história para assistir, e quanto a isso não pude reclamar.


O hype em cima de La La Land (cujo termo podia ser traduzido com algo parecido como “Mundo da Lua”) tem sua razão de ser, já que a produção do filme é magnífica. A direção de Chazelle é pontual, e ele faz cenas que pareceriam simples se tornarem impressionantes, como a cena inicial na ponte onde ele coloca dezenas de figurantes em uma coreografia quase de um take para dançarem ao som de “Another Day Of Sun”, uma das músicas mais empolgantes do filme.


Aiin, Rodman! É só uma cena de abertura de filme! Nada demais!

Porrããnn! Reveja a cena e me diga o grau de dificuldade que deve ter sido exigido para se filmar aquilo em um plano sequência! Haja sincronismo!


Além das lindas tomadas por Los Angeles, dos cenários bem construídos para nos remeter a um período mais inocente e mágico dos musicais antigos (embora a história se passe nos dias atuais), Chazelle é um excelente diretor de atores, já que deixou tanto Emma Stone quanto Ryan Gosling (que desistiu de ser o Fera de A Bela e a Fera por causa de La La Land) muito à vontade em cena, extraindo o melhor de cada um deles. As cenas dos dois juntos são muito verdadeiras, já que o tempo todo eles nos convencem que são apaixonados. Mesmo quando a crise começa a atingir o relacionamento deles, num período em que ele começa a deslanchar na carreira, embora numa banda que não toca exatamente sua especialidade, e em que ela continua frustrada em sua vida de atriz, a decepção e a tristeza ficam estampadas nos rostos de Gosling e Stone. A dedicação ao papel foi tão grande, que Gosling aprendeu a tocar piano de verdade em seis meses para as cenas do filme, e Stone caprichou nas aulas de sapateado e de canto, algo que ela utiliza bastante durante o longa, e que acabou lhe rendendo o Oscar de Melhor Atriz.


La La Land é tipo um conto de fadas moderno que tenta revitalizar a paixão pelo Jazz (algo que nós brasileiros nunca entendemos direito devido nossa total ignorância no assunto), pelos musicais (gênero bastante decadente nos cinemas hoje em dia) e por que não dizê-lo também ao próprio AMOR, sentimento que é exaltado o filme todo, embora o casal de protagonistas NÃO TERMINE junto na história. Se no começo a gente reclama que o filme não é realista “porque as pessoas param para dançar no meio da rua”, ao final dele estamos reclamando que o filme é realista demais porque o casal não ficou junto para que cada um pudesse seguir o próprio sonho, algo que claramente não seria possível devido a união deles. É bonito perceber que embora um apoiasse o outro em busca de seus sonhos, ela jamais poderia se tornar uma atriz de sucesso ao lado dele, já que teria que abrir mão de várias coisas para ficar com ele, e inversamente isso também se aplicaria a ele, que jamais abriria seu Bar de Jazz se não tivesse ido tocar na banda de sucesso de seu amigo Keith (John Legend). Diga se isso não é muito “vida real”? Quem disse que você não vai precisar abrir mão daquela pessoa que mais quer em busca de seu sonho? E se ela fizer o mesmo por você, amigo, isso é amor verdadeiro.


La La Land custou US$ 30 milhões e faturou US$ 135 milhões, só ficando atrás de Estrelas Além do Mar (US$ 144,5 milhões) em faturamento de filmes indicados ao Oscar de 2017. O filme ainda fez a rapa nessa edição do Oscar, levando o de Melhor Trilha Sonora (que é mesmo fantástica e quase toda cantada por Gosling e Stone e regada do bom e velho Jazz) , Melhor Design de Produção, Melhor Direção (para Damien Chazelle), Melhor Atriz (como já mencionado a Emma Stone), Melhor Música Original (“City Of Star”, música que NÃO VAI SAIR DA SUA CABEÇA) e Melhor Fotografia, que é simplesmente magnífica mesmo, usando e abusando das cores que tornam LA uma cidade dos sonhos.


Se eu amasse musicais, La La Land seria um dos meus filmes favoritos de todos os tempos, e embora ele seja apaixonante, eu não consegui me conectar inteiramente a história, vendo um ou outro ponto negativo. Não vi Moonlight e nem imagino o que ele possa ter de tão mais maravilhoso assim que La La Land para levar a estatueta de Melhor Filme aos 45 minutos do segundo tempo devido a lambança da entrega ERRADA, mas acredito que ele não tenha sido mesmo o melhor filme. Nem eu achei. E isso, acredite, não desabona em nada o filme, que deve ser excelente para ser visto juntinho com seu amor... Ou não, né, já que no final eles também não ficam juntos.

Nota: 9  

PS.: Pare o que está fazendo agora e vá ouvir a trilha sonora de La La Land no Youtube ou no Spotify. Tem algo de mágico nessas canções!

Leiam também a minha opinião sobre Whiplash, filme que concorreu ao Oscar em 2015.



NAMASTE!  

13 de março de 2017

Eu Fui! CCXP 2016


O ano de 2016 foi marcado por muito trabalho e correria profissional para este que vos fala, por isso, decidi me presentear com um ingresso da Comic Con Experience para ter pelo menos uma vez ao ano a sensação de AINDA SER NERD. Eu já tinha ido à edição de 2015 da CCXP e havia adorado a experiência, e resolvi repetir em 2016 no Domingo dia 4. 

Bora relembrar como foi o MAIOR EVENTO NERD da América Latina?


É inegável salientar que a CCXP cresce a cada novo ano, e a edição de 2016 foi absurdamente MAIOR que a anterior. Havia muito mais estandes espalhados pela gigantesca área do São Paulo Expo (Rodovia dos Imigrantes), e já na entrada você percebe que está adentrando um verdadeiro mundo de diversão e consumismo DESENFREADO proporcionado pelos organizadores, os caras do site Omelete.


Em 2016 tinha estande das maiores empresas de entretenimento do mundo, e marcaram presença a Warner, a Netflix, a Fox e a Marvel, além de gigantes dos games, fabricantes de brinquedos e até escolas de tecnologia. 



Para onde se andava você esbarrava com entusiastas de algum segmento de entretenimento e essa é a grande PEGADA da CCXP, juntar várias tribos diferentes num mesmo ambiente sem que isso gere briguinhas ou descontentamentos. Sério! A CCXP é o único lugar em que você aceita andar ao lado de um otaku sem querer encher ele de porrada!


Brincadeirinhaaaaaaaaaaaaa!

Assim como nos anos anteriores, os eventos com artistas famosos são os mais concorridos, e em 2016 só deu mesmo para dar uma espiada de muuuuuito longe às apresentações dos atores Mark Pellegrino (O Lucifer de Supernatural e o Jacob de LOST), Evanna Lynch (a Luna da série de filmes Harry Potter) e de Neil Patrick Harris (de How Meet Your Mother), que veio divulgar sua série da Netflix Desventuras em Série.


Os estandes com entrevistas e participações de artistas brasileiros também são bem concorridos, porém mais acessíveis. Esse ano rolou uma entrevista do Jovem Nerd e do Azaghal com ninguém menos que Carlos Villagrán, o eterno Quico do seriado Chaves. O ator mexicano estava no Brasil para divulgar Como se tornar o Pior aluno da escola, filme que estrela ao lado do apresentador e humorista Danilo Gentili. O filme dirigido por Fabrício Bittar que ainda conta com Moacir Franco no elenco estreia em Maio de 2017, e foi bem emocionante o amor que Villagrán demonstrou ao Brasil, país que, tirando o Mexico, provavelmente mais exalta Chaves e tudo que tem a ver com a série no mundo.
Paguei de tiete e claro, acabei registrando o momento após a entrevista com Villagrán...


... Tirando foto com o Jovem Nerd e o Azaghal! Hehehehe! (Até porque o Quico vazou rapidamente e nem parou para fotos e autógrafos!).


A arte do Cosplay é algo bem comum em todas as edições de Comic-Con pelo mundo todo, e no Brasil não é diferente. 


A edição de 2016 marcou a proliferação de Arlequinas e Deadpools pelo salão todo (devido o sucesso dos dois filmes), mas teve espaço para todos, desde Homem Aranha, Arqueiro Verde, Naruto e Guardiões da Galáxia.


Outra coisa que atrai bastante atenção na CCXP são as lojas de Action-Figures, dioramas, estátuas e todo tipo de brinquedo, e é quase IMPOSSÍVEL passar por essas lojas sem que o cartão de crédito não tente o suicídio pulando de sua carteira.


Sério!


Esse mercado mexe profundamente com os instintos consumistas dos nerds e otakus, e ainda mais com os saudosistas (como eu!) que num tempo muito remoto, na infância e adolescência tinha que se contentar com os bonequinhos de plástico estáticos ou os Power Rangers que trocavam a cabeça!


Eu decoraria fácil uma casa inteira com essas action figures e dioramas perfeitos produzidos por empresas como Kotobukiya, Iron Studios, Hot Toys e afins. Passei algumas horas só babando nessas peças maravilhosas e devo admitir que o cartão de crédito quase chegou a implorar para ser gasto.




Em 2015 o aproveitamento do tempo nos estandes foi bem maior e eu consegui até uma foto com meu amigo Mark Waid que eu não via há muito tempo (hehehehe!), mas valeu bastante a pena a edição de 2016, até pelo organização.


Em 2017 eu estarei lá NOVAMENTE, porque sempre vale a pena prestigiar o trabalho dos organizadores além dos convidados que vem de todas as partes do mundo para que esse sentimento Nerd nunca fique exaurido... E quer saber? Ultimamente eu tenho precisado lembrar que ainda faço parte desse time.


PS.: A CCXP Tour, edição especial do evento, vai ocorrer agora no mês de Abril de 2017 no Nordeste brasileiro e já tem os nomes de Carlos Vilagrán (Quico do Chaves), Claudia Wells (De Volta para o Futuro), Vitor Cafaggi (Laços e Lições da MSP) e Bill Sienkiewicz (Elektra Assassina) confirmados. 

NAMASTE!

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