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11 de janeiro de 2020

Os personagens mais POPULARES da Marvel


Se tem uma coisa que o consumidor de cultura pop gosta é de fazer lista, por isso, o CBR (Comic Book Resources) elencou em 2019 os 50 personagens mais populares da Marvel Comics dos últimos 12 anos, disponibilizando em seu site o resultado. O ranking foi feito pelos leitores do CBR e aponta o sobe e desce de posição da popularidade dos personagens desde 2007

Claro que de 2007 pra cá MUITA COISA mudou com relação a exposição de alguns personagens em outras mídias que não as HQs, e é bem óbvio que esse fator interfere bastante nessa lista. 

Vamos começar aqui comentando as 10 primeiras posições desse ranking e alguns pontos que precisam ser mencionados.


O Amigão da Vizinhança ter se mantido no topo da lista de popularidade desde 2007 não deve ser surpresa para ninguém, já que há muito tempo o personagem é o carro-chefe da Marvel nos gibis e fora deles - visto aí a treta entre Marvel Studios e a Sony pelos direitos do Aranha nos cinemas -, mas o segundo lugar do Capitão América, admito, foi uma surpresa pra mim. O fator simbolismo deve influenciar bastante nesse resultado para os americanos, já que Steve Rogers, guardadas as devidas proporções, representa o tal sonho americano. Duvido muito que ele se manteria em segundo lugar nessa lista se a pesquisa fosse um pouco mais abrangente, além do solo estado-unidense. 


Mas Rodman, os filmes da Marvel Studios popularizaram bastante o bandeiroso pelo mundo.

Sim, isso nem tem como se discutir. O Capitão América hoje em dia é tão popular pelo mundo quanto o Homem Aranha devido sua caracterização nos cinemas, mas o ranking do CBR começou a ser produzido em 2007 quando nem o primeiro filme do Homem de Ferro tinha estreado nos cinemas. Naquela época, o Capitão já era o segundo mais popular por lá e se manteve até 2019, o que prova que ele já era bem querido mesmo quando era só um personagem de gibis. 


Em seguida, oscilando de sétimo para terceiro lugar vem o Carcaju canadense, que no Brasil, com absoluta certeza, devido sua popularização crescente desde a animação da Fox Kids que passava na TV Colosso e também pelo trem desgovernado que foi a fase de Chris Claremont e Jim Lee nas HQs, jamais perderia para o Capitão América em popularidade. A exposição massiva do personagem nas HQs nas últimas três décadas nem tem como se comparar com outros da Marvel - talvez só o Aranha faça frente - e assim como o Batman da DC, acabou acontecendo uma saturação de Wolverine na Marvel, já que o baixinho invocado vendia bem e aparecia em tudo quanto é capa de gibi por conta disso. 


Entre os anos 90 e os anos 2000 provavelmente só não rolou crossover entre Wolverine e a Barbie!

Mas agora para tudo que vamos comentar do Demolidor ocupando a quarta posição, acima de pesos pesados (hehehe!) como Hulk, Thor e Homem de Ferro, simplesmente os três membros fundadores dos Vingadores. O Demônio da Cozinha do Inferno não só mantém a posição desde 2015 como em 2007 esteve à frente do Wolverine em popularidade. Vocês também não ficam surpresos com isso?


Aiiin, Rodman, mas teve a série dele na Netflix e...

Cala boca, jovem padawan! A série só estreou em 2015 e mesmo que tenha tido um relevante sucesso no serviço de streaming, ainda era um produto de nicho, o que não explica como o personagem conseguiu ficar melhor posicionado que o James "Fucking" Howlett em 2007. Até a quarta posição que hoje ele ocupa é bem questionável, já que, apesar dos famosos arcos de Frank Miller, Brian Michael Bendis e Mark Waid nos gibis, o Demolidor nunca foi personagem do time A da Marvel, tendo sua revista ameaçada de cancelamento algumas vezes ao longo de seus 50 anos (quase 60!) de história. Porra! E eu admito isso mesmo adorando o Demolidor!

Ver o Thor uma posição acima do Hulk também é estranho, mas é compreensivo, já que se compararmos os arcos nos gibis, o Thor sempre teve histórias mais caprichadas do que o Golias Esmeralda. 


No Brasil, para termos de comparação, acredito que o Hulk seja TOP 5 de popularidade da Marvel, já que até nossos avós são capazes de reconhecê-lo em outras mídias graças ao sucesso da série protagonizada por Lou Ferrigno na década de 70. Ainda comparando os dois personagens, o Incrível Hulk teve um título próprio lançado pela Editora Abril por longos anos, enquanto as histórias do Thor eram jogadas em títulos "emprestados" como Heróis da TV, Superaventuras Marvel e até do Homem Aranha. Duvido que minha mãe, por exemplo, saiba o nome do "cara loiro que carrega um martelo à tiracolo", mas ela sabe quem é o "cara verde boladão". 

Porra, Doutor Destino na sétima posição


Que carai de ranking é esse que elenca o Doutor Destino acima de todas as super-heroínas importantes da Marvel e acima até do Magneto, que aparecia em vários episódios da animação dos X-Men dos anos 90 e também de X-Men Evolution? Consigo defender outras posições aí, mas admito que nem eu consegui entender o que o soberano da Latvéria faz nesse top 10.  

Aiiinn, Rodman, mas teve os filmes do Quarteto Fantástico e...


Nem os membros do Quarteto Fantástico estão nesse ranking de dez mais populares, jovem padawan! Usar os filmes como justificativa nem cola! 


Já disse no Blog algumas vezes que o Doutor Destino é um dos meus vilões favoritos da Marvel, mas ele não estaria nem em um top 20 de mais populares em uma lista minha. Mas enfim! Seja como for, os leitores do CBR (esses 5882 que votaram nele!), assim como eu, também devem estar esperando uma adaptação decente do Von Doom na telona, agora que a Marvel Studios assumiu a Fox. Oremos!


E o Homem de Ferro, hein? Apesar do tsunami Robert Downey Jr. e o que o cara representou pro MCU nos cinemas, parece que a popularidade do personagem não cresceu tanto assim nos gibis por conta disso. O Cabeça de Lata chegou a figurar FORA dos 10 mais em 2007 e a posição mais alta que alcançou foi a 7ª, não superando nem mesmo seu arqui-inimigo Doutor Destino em popularidade. 


Todo mundo sabe que antes do MCU o Homem de Ferro era só um mero personagem perdido ali nas fileiras dos Vingadores e seus quatrocentos e oitenta e seis membros, e provavelmente, se não fosse o reconhecimento por conta dos filmes, ele nem estaria entre os 20 mais.  
        
O Ciclope é um personagem que sempre dividiu muitas opiniões e eu falei de sua rivalidade com o Wolverine lá nos primórdios do Blog do Rodman (num dos primeiros posts). Eu particularmente nunca conheci ninguém que gostasse do cara (exceto eu mesmo!), e vi ano após ano o famoso líder dos X-Men tendo que virar uma espécie de cria do Magneto para enfim ganhar algum respeito nas HQs, algo que até hoje é questionável. Vê-lo entre os 10 mais populares é bem surpreendente, no entanto. No Brasil - e também no ranking dos antigos produtores da 20th Century Fox! - Scott Summers não deve ficar nem entre os 100 mais populares dado o desprezo que sentem por ele. 


O mestre do magnetismo também está muito bem colocado na lista (10º), o que não surpreende, já que sua popularidade também foi elevada graças a sua fase como o principal inimigo de Charles Xavier e de seus X-Men nos anos 90. Por consequência, o Magneto era figurinha carimbada nos jogos de videogame, em camisetas e tudo quanto era produto sobre os mutantes.


O restante da lista não chega a ser tão surpreendente, mas contém algumas injustiças como Deadpool (13º) ser mais popular que a Tempestade (16º), Kitty Pryde (17º) e que a Jean Grey (18º). Aliás, falando das heroínas, todas estão muito mal posicionadas, o que denota que a falta de diversidade - e representatividade -  é uma questão que ainda vai demorar longos anos para ser resolvida. Nenhuma mulher da Marvel figura entre os 10 mais, e personagens queridíssimas - ou que pelo menos deveriam ser - só vão aparecer depois da posição 15. Mulher Hulk em 20º, Capitã Marvel em 22º e a Vampira em 25º. 


O público de quadrinhos ainda é bem conservador e destaca homens héteros e brancos como seus representantes principais, deixando de lado personagens de outros gêneros, raças e credos. 

Só como termo de comparação, a personagem negra mais bem colocada (Tempestade) também é a primeira mulher a aparecer na lista. O Pantera Negra está em 27º (até aí compreensivo, já que ele nunca foi lá muito popular até aparecer nos filmes) e depois dele só vai aparecer o Luke Cage em 38º! O Homem Aranha Miles Morales, apesar dos esforços contínuos da Marvel de o tornar popular, inclusive o colocando como o protagonista da excelente animação Homem Aranha no Aranhaverso, nem sequer aparece na lista dos 50 mais, assim como a verdadeira Capitã Marvel Mônica Rambeau e o Blade


E aí tem o momento das gargalhadas, já que para os leitores do CBR, o Punho de Ferro (24º) é mais importante que a Vampira, que o Fera (26º), Pantera Negra, Feiticeira Escarlate (28º) e o Gambit (29º).

O bosta do Cavaleiro da Lua (31º) está mais bem posicionado na lista que a Viúva Negra (33º), o Sr. Fantástico (34º), Venom (39º) e o Visão (40º)


A Mulher Invisível, primeira heroína da Marvel, criada lá na década de 60 por Stan Lee e Jack Kirby aparece em 42º lugar e a Mulher Aranha aparece em 47º lugar, um pouco abaixo da Capitã Britânia Betsy Braddock (45º) que por anos foi conhecida como uma das personalidades de ninguém menos que a Psylocke!! Quase não aparece na lista.  


Como dizem por aí, gosto é que nem cu, cada um tem o seu e ninguém tem nada com isso. A lista do CBR obviamente não representa unanimidade entre os fãs dos quadrinhos da Marvel no mundo todo e possui MUITAS injustiças, mas é apenas uma lista. O público americano pensa muito diferente do brasileiro, por exemplo, e é comum que por lá eles elenquem o Doutor Destino entre os 10 mais. Os caras votam no Donald Trump para Presidente, o que pode se esperar de um povo assim, não é mesmo?*

Para você que gosta de listas, ao longo desses 10 anos de existência do Blog do Rodman eu postei algumas delas por aqui. As mais populares são, a já citada lista da Wizard dos 200 Maiores Personagens de HQs (publicada em 2010), Meu Top 10 Maiores Vingadores, Top 10 Maiores Surras das HQs e o post do Blog mais visualizado pelos punheteiros desse Brasil, o já clássico Top 10 As Mais Gostosas da Marvel

NAMASTE!

* Claro que nesse caso é o roto falado do rasgado, já que no Brasil não estamos tão melhores, táokey!

Os Novos Mutantes (Agora vai?)


Muita gente já tinha até desistido de ver o longa dos Novos Mutantes no cinema depois de tantos adiamentos, refilmagens e adaptações pela qual a produção passou desde 2017, ano em que começou a ser produzido. Dirigido por Josh Boone (de A Culpa é das Estrelas) e roteirizado por Knate Lee (de O Sequestro protagonizado por Halle Berry), o filme ficou perdido no meio da confusão, após a aquisição do estúdio 20th Century Fox pela Disney, e após o fracasso de bilheteria de Fênix Negra dos X-Men, ninguém mais apostava que ele sequer fosse lançado. 


Josh Boone e Knate Lee

Quando muita gente já tinha até esquecido de Os Novos Mutantes, eis que novas notícias acerca do longa surgiram na internet, vindas de um dos criadores dos personagens da Marvel, Bill SienkiewiczO ilustrador animou os fãs dizendo que a Marvel Studios iria retomar a produção, que o filme passaria por adaptações, mas que seria lançado SIM ainda em 2020, depois de sua estreia ser adiada pelo menos três vezes.


Bill Sienkiewicz

Um novo trailer (ainda com o logo da Fox como estúdio principal) foi lançado recentemente e novas cenas foram adicionadas ao já popular clima de terror que a produção tinha desde o início, um dos grandes acertos ao já saturado universo de super-heróis nos cinemas. O roteiro de Lee coloca os cinco jovens Sam (Charlie Heaton, o Jonathan Byers de Stranger Things), Rahne (Maisie Williams, a Arya Stark de Game of Thrones), Dani (Blu Hunt de Originals), Illyanna (Anya Taylor-Joy de Fragmentado e A Bruxa) e Roberto (Henry Zaga de The Stand) em um hospital especial para mutantes comandado pela doutora Cecilia Reyes (Alice Braga), e lá eles precisam lutar por sua sobrevivência, enfrentando o Urso Místico, personagem que dá o mote principal das aventuras dos Novos Mutantes também nas HQs escritas por Chris Claremont em 1982.


Maisie Williams, Henry Zaga, Blu Hunt, Charlie Heaton e Anya Taylor-Joy

O potencial disso é imensamente grande e não só por incorporar terror ao roteiro. Filmes com adolescentes no elenco são extremamente populares (vide o sucesso do primeiro It), somando isso a adolescentes com poderes e mais ainda com eles descobrindo seus dons nessa fase tão conturbada da vida, é possível gerar um plot muito interessante, além da causar empatia com esse mesmo público jovem. Seria um desperdício conceitual que a Marvel simplesmente engavetasse o projeto ou que o colocasse em seu serviço de streaming Disney+, sem qualquer aproveitamento de marketing sobre ele. Felizmente alguém percebeu esse potencial e decidiu revitalizar a bagaça, mas será que vai dar certo? 




Mancha Solar e o Whitewashing

Quem leu Os Novos Mutantes na década de 80 e 90 deve ter em mente muito fresca as características físicas dos personagens principais, e é difícil desassociar aquela imagem que temos deles ao que queremos ver no filme. Praticamente toda produção cinematográfica que visa adaptar uma obra de outra mídia, seja ela livro ou quadrinho, sempre acaba passando por problemas no que se refere a questão "gênero" ou "etnia", e as polêmicas levantadas por isso acabam irritando alguns fãs mais conservadores. 


Henry Zaga e o Roberto da Costa dos gibis

Em geral, o que se costuma acontecer é o inverso:
Atores ou atrizes negros interpretando personagens que em sua origem são caucasianos ou algo do tipo. Como alguns exemplos tivemos Michael Clarke Duncan interpretando o Rei do Crime Wilson Fisk em Demolidor - O Homem sem Medo (2003), Kerry Washington como a Alicia Masters em Quarteto Fantástico (2005) e até mesmo o Samuel L. Jackson como o Nick Fury do MCU. Isso sempre causou estranheza e burburinho na audiência, mas o problema em Os Novos Mutantes vem ao contrário e em dose dupla, com os personagens Roberto da Costa e Cecilia Reyes sendo interpretados por atores brancos, sendo que nas HQs, ambos são negros


Michael Clarke Duncan, Kerry Washington e Samuel L. Jackson

Muito tem se falado sobre a representatividade (ou falta de) no cinema, e de como mulheres, negros, homossexuais, latinos e orientais são ignorados na maioria das vezes em produções hollywoodianas, e a situação em New Mutants só prova a total falta de tato dos produtores da Fox ao escalar seu elenco. Nas HQs, a característica básica do Mancha Solar é ser um brasileiro negro que descobre seus poderes mutantes de absorção do calor do Sol durante um ataque racista de um jogador de futebol branco, que o surra apenas por ele ser negro. 


A origem do Mancha Solar em 1982 

Nesse ponto da origem do personagem a cor da pele dele é importante para a narrativa, e não faz sentido trocá-la.

Por muito tempo ele foi representado como negro (embora sua colorização tenha sido "desbotada" nos últimos anos de publicação), e é assim que os leitores o conhecem desde sempre. 


A Michaeljacksonização do Roberto da Costa nas HQs

Sendo assim, qual era o problema em representá-lo com um ator negro? 

Claro que nesse caso não há nenhum problema com o ator Henry Zaga (que é brasileiro) já que a culpa não é dele, mas é bem notório o quão mal escalado o rapaz foi, e o quanto isso vai desagradar os fãs - em especial os brasileiros - do personagem.



O mais absurdo é que nem é a primeira vez que isso acontece com o próprio Mancha Solar no cinema!

Em X-Men - Dias de Um Futuro Esquecido (2014), o personagem aparece como um dos membros da resistência mutante no futuro, ao lado de Charles Xavier e Magneto. Interpretado pelo ator mexicano Adan Canto, além de branco, o Mancha Solar dessa versão voa e solta rajadas de fogo, algo que ele nunca fez nas HQs na época de sua criação em 1982. Pelo que é dito no trailer de Novos Mutantes, nas palavras do próprio personagem, ele descobre os poderes ao "queimar acidentalmente" a namorada, o que também não parece condizer com o personagem dos quadrinhos.


Adan Canto e seu Mancha Solar

Era possível até que aceitássemos (embora isso fosse desnecessário) que acontecesse uma troca de etnias ENTRE personagens, algo que acabou acontecendo no filme dos Power Rangers (2017). Na série da Saban, o personagem Zack era negro (interpretado pelo ator Walter Jones) e no filme ele é o jovem asiático do grupo de heróis. Quem se torna o personagem negro é o Billy, que na série era branco (interpretado pelo ator David Yost). Para os Power Rangers até faz sentido, já que parece meio agressivo que o personagem de pele negra também vista o traje negro... Mas será que isso faria sentido em Os Novos Mutantes? Sei lá, de repente tornar a Rahne a personagem negra latina, enquanto o Roberto se torna o branco escocês? Duvido. 


David Yost (Ranger Azul) e Walter Jones (Ranger Preto) na primeira versão e RJ Cyler (Ranger Azul) e Ludi Lin (Ranger Preto) na versão de 2017
Não bastasse errar uma vez, a Fox - e Simon Kinberg, antigo produtor dos filmes dos X-Men da Fox e diretor da última bomba Fênix Negra - foi lá e errou DUAS VEZES, escalando - a ótima - Alice Braga como a doutora Cecilia Reyes


Alice Braga

Criada nos anos 90 por Scott Lobdell e Carlos Pacheco, a personagem é uma mutante negra oriunda de Porto Rico que se torna médica por influência de seu pai. O preconceito racial é uma das características mais comuns pelo qual a personagem enfrenta problemas em se estabilizar nos Estados Unidos, mas isso não pareceu relevante aos produtores de Os Novos Mutantes. Apesar de brasileira e latina, Alice Braga é uma atriz branca, e por isso, pouco a ver fisicamente com a Dra. Reyes dos quadrinhos. Ela vai fazer um ótimo papel no filme? Provavelmente, mas se perdeu aí uma grande chance de um filme dos X-Men ter maior representatividade, já que o tema "mutantes" sempre se relacionou muito bem com "inclusão", "aceitação" e "diversidade". Ou será que não? 


Alice Braga e a Dra. Reyes nas HQs

A impressão que se dá é que em Hollywood, preto, latino, e brasileiro é tudo a mesma merda, por isso, tanto faz como vão ser representados. "Não são brancos como nós e ninguém se importa com eles". 

Alguém mais se lembrou de Bacurau? Hein? Hein? 


Mas e aí? Agora vai?

Seria louco ver Os Novos Mutantes sendo representados no cinema igual em sua origem das HQs, como os "X-Babies" ou os alunos novinhos que o Professor Xavier reuniu para substituir sua equipe principal de X-Men, num período em que seus antigos pupilos já não eram mais tão jovens. Infelizmente, com o fracasso dos X-Men nos cinemas e a divisão causada pela Disney entre os Mutantes X e os Novos Mutantes, duvido muito que coisas como os uniformes pretos e amarelos ou os treinos na Sala de Perigo - ou mesmo o Charles Xavier como mentor - aconteçam algum dia. 



É torcer para que o filme seja uma ótima opção para o gênero de terror e que não fuja taaaaaaanto assim do que vimos nas HQs. Só de ver a Illyanna materializando sua espada espiritual no trailer já deu aquele quentinho no coração, e há uma certa curiosidade em ver esse elenco jovem reunido na tela, já que fora dela eles parecem bem entrosados.



Se nada mais der errado, o filme estreia em Abril.

P.S.: Embora um artigo do site CBR tenha confirmado que Os Novos Mutantes farão parte do universo cinematográfico da Marvel, outras fontes dizem o contrário, alegando que a produção continua sendo um projeto apenas da Fox. Pelo jeito só vamos descobrir com precisão em Abril mesmo.

NAMASTE!         

4 de julho de 2019

Review – X-Men Fênix Negra



A aquisição da 20th Century Fox pela poderosa Disney aconteceu durante a produção de X-Men – Fênix Negra, o que fez com que a estreia do mesmo fosse adiada por alguns meses. Não se sabe ao certo quais mudanças aconteceram no filme ou quais cenas tiveram que ser refilmadas, mas assistindo a bagaça, há uma nítida impressão de que no meio do caminho a Fox desistiu do projeto e mandou um “Ah, deixa do jeito que está!”.

No começo dos anos 2000 a Fox comprou os direitos dos mutantes da Marvel para fazer uma adaptação deles para os cinemas, e até então, NINGUÉM tinha feito absolutamente NADA minimamente assistível com os personagens famosos da Casa das Ideias. Blade (1998) tinha sido um “experimento” interessante, mas o caçador de vampiros estava longe de ser um personagem do alto escalão da editora. Os X-Men eram o principal ganha-pão da Marvel naquele período (após uma década de sucesso com os desenhos de Jim Lee, Rob Liefeld, os irmãos Kubert, Mark Silvestri e outros), e à beira da falência, a empresa se viu contra a parede, o que a fez liberar os direitos de seus bebês de ouro para estúdios de cinema, entre eles a Fox.


É inegável que sem a Fox, dificilmente teríamos o volume de filmes de heróis que temos anualmente. X-Men (2000) dirigido por Bryan Singer foi o pontapé inicial para a invasão “super-heróica” que se sucedeu na década seguinte, e tudo que foi experimentado ali, deu base para que diversos outros produtores e estúdios de cinema pensassem que aquela fórmula poderia dar certo. Não era o Wolverine de colante amarelo ou o Ciclope com suas tiras transversais e traje azul dos gibis que víamos na tela, mas mesmo com um orçamento modesto (US$ 75 milhões) a Fox nos fez acreditar que era possível levar personagens fantásticos dos gibis para as telas com um mínimo de fidedignidade. E não foi só o público que acreditou nisso! Alguns anos depois, estávamos vendo o Homem Aranha pulando de prédio em prédio pela Sony, o Hulk arrebentando tanques de guerra pela Universal e o próprio Quarteto Fantástico encarando o Doutor Destino também pela Fox. O sonho havia se tornado realidade.


Assim como nos gibis, os X-Men se tornaram rentáveis também nos cinemas, e o segundo filme, considerado o melhor da primeira trilogia e também dirigido por Singer, rendeu ao estúdio US$ 407 milhões (quase quatro vezes o orçamento), alavancando as carreiras de Hugh Jackman, Hale Berry (que já era oscarizada a essa altura dos fatos), Famke Janssen e do próprio diretor Bryan Singer. Não demorou para que o cara fosse contratado pela Warner para revitalizar a franquia do Superman, congelada desde o fracasso do projeto “Superman Lives”, ainda nos anos 90, e foi a vez de Brett Ratner dirigir a terceira parte da trilogia com a desistência de Singer. 

Bryan Singer e Brett Ratner

X-Men – O confronto final foi o primeiro sinal de que as coisas começavam a degringolar no estúdio, e apesar de faturar mais que seu antecessor (US$ 459 milhões), choveram críticas ao roteiro, as atuações e ao desfecho da história. 



O filme tinha o roteiro escrito por Simon Kinberg e Zak Penn, e tentou adaptar para os cinemas a famigerada Saga da Fênix Negra, nos quadrinhos escrita por Chris Claremont e John Byrne.


O carrinho da Fox começou a descer ladeira abaixo após a terceira parte de X-Men, e para não perder os direitos da franquia (que retornaria à Marvel em um período muito longo de inércia), os produtores decidiram contar uma história só com o Wolverine em 2009, algo que nem o mais incrédulo fã de quadrinhos poderia imaginar a bomba que seria quando o filme foi lançado. Vários problemas de bastidores envolveram a produção, incluindo aí refilmagens às pressas e vazamento do filme na internet sem qualquer efeito digital inserido, e por um bom tempo achou-se que a Fox não iria se recuperar do fracasso de X-Men: Wolverine Origens, o que a forçaria a devolver os direitos a Marvel.


Em 2011 a Fox, tal qual uma fênix, decidiu ressurgir das cinzas, e reformulou seu projeto com os mutantes, levando o enredo para os anos 60, no início da criação dos X-Men e o começo da amizade/inimizade entre Charles Xavier e Erik Lensherr


Saíam Patrick Stewart e Ian McKellen para a entrada de James McAvoy e Michael Fassbender nos papeis de Xavier e Magneto, o que acabou renovando todo o restante do elenco. X-Men: Primeira Classe perde a dependência de ter um Wolverine para que a história flua, e nesse retorno às origens dos filhos do átomo, a Fox conseguiu alavancar novamente os seus ovos de ouro nos cinemas. O filme dirigido por Matthew Vaughn e com produção de Brian Synger, Laura Shuler Donner e Simon Kinberg faturou US$ 353 milhões no mundo, o que foi suficiente para dar um novo fôlego a franquia e garantir o emprego de todo mundo envolvido.

Matthew Vaughn e Simon Kinberg

X-Men – Dias de um Futuro Esquecido foi lançado em 2014, e marcou o retorno de Bryan Singer a direção.


Tentando adaptar a clássica HQ homônima escrita por Chris Claremont, o filme serviu (além de trazer o Wolverine de Hugh Jackman de volta ao foco) para confundir AINDA MAIS a linha cronológica da franquia, que no início pretendia se manter coesa com a ideia de mostrar o passado dos personagens já usados na trilogia anterior. Numa viagem louca ao futuro e depois de volta ao passado, vemos um Bolivar Trask (Peter DinklageCOMPLETAMENTE diferente do apresentado em X-Men – O confronto final, lá vivido por Bill Duke, o que soa incoerente, já que as duas trilogias deveriam coexistir e não se anular. 


Para piorar ainda mais as coisas, ao final do filme, o Wolverine reencontra seus amigos vivos na Mansão Xavier, incluindo os que haviam sido erradicados por Jean Grey (Famke Janssen), o que nos diz que as ações de Logan no passado modificaram a linha temporal, anulando não só o futuro "esquecido" do título como também o que aconteceu em X-Men – O Confronto Final.


No filme seguinte, X-Men - Apocalipse, de 2016 as inconsistências temporais continuam acontecendo ao trazer um Anjo e uma Psylocke à trama (que se passa nos anos 80) ignorando completamente que eles já haviam aparecido em X-Men 3, ele adolescente e ela com uma idade próxima a que aparece em Apocalipse.


Mas Rodman, você acabou de falar que a história de X-Men 3 foi anulada! Segue o baile!

Pois é. Encaremos assim então.

Por incrível que isso possa parecer, X-Men – Apocalipse, que é com certeza o PIOR filme dessa segunda quadrilogia, rendeu aos cofres da Fox US$ 543 milhões, sendo o segundo filme mais rentável dos mutantes, perdendo somente para seu antecessor Dias de um Futuro Esquecido, que rendeu US$ 747 milhões. Embora Primeira Classe tenha sido uma revitalização meio tímida para a franquia, rendendo MENOS que sua tentativa anterior (Wolverine Origens faturou US$ 373 milhões), nota-se que houve um crescente no interesse do público, que voltou a acreditar nos X-Men nos cinemas, mesmo já se acostumando com os Vingadores e os demais personagens da Marvel Studios a cada três ou quatro meses na telona.

X-Men – Fênix Negra

Para quem quiser saber mais detalhes dos pontos que levantei sobre a franquia X de Wolverine Origens pra cá, deixarei ao final desse post links para os demais posts em que falo deles, por isso vou me ater a falar agora somente do último filme de X-Men produzido pela Fox.

Cara!

Que decepção!

Não é que eu esperava um “Vingadores Ultimato” para o desfecho de uma das franquias mais importantes para o cinema de super-heróis dos últimos (quase) vinte anos, até porque X-Men - Apocalipse já tinha acabado com minhas expectativas, mas cheguei a me sentir triste vendo o que Simon Kinberg (que assumiu a direção além do roteiro) acabou COMETENDO em Fênix Negra. Em primeiro lugar, é importante salientar que já era uma ideia imbecil requentar o plot mais batido da história dos X-Men nos quadrinhos que é o tema “Fênix” em MAIS UM filme. 


Não é possível que o próprio Kinberg não tinha aprendido com seus erros em X-Men 3 para querer repetir a dose alguns anos depois! Quando esse roteiro foi idealizado, quando a Fox ainda não tinha sido adquirida pela Disney, não teve ninguém que se opôs, meio que dizendo “Sério, cara? Fênix de novo? Já deu merda issaê. Não repete não.”? Gostaria de saber o argumento usado por Simon Kinberg, que está na produção desde a primeira trilogia, para levar os executivos a apostarem em uma história que JÁ TINHA SIDO CONTADA nos cinemas com um resultado meia-boca. Gostaria mesmo!


Seja como for, Kinberg apostou na força da história por trás da entidade cósmica que se apossa do corpo da jovem Jean Grey, agora colocando elementos mais próximos das HQs, o que tinha sido ignorado na trilogia anterior. Em X-Men 3, a Fênix é apenas um traço maligno da personalidade de Jean (Famke Janssen), bloqueada mentalmente em sua juventude pelo professor Xavier. Em X-Men - Apocalipse, quando Jean (Sophie Turner) ajuda Xavier a derrotar psiquicamente o vilão faraônico, algo parece querer dizer que a Fênix já faz parte da menina (como na trilogia anterior), tendo em vista que ela emana chamas e labaredas ao usar seus dons mentais.


Foda-se o que pareceu!

Em Fênix Negra, os pupilos de Xavier viajam para fora da Terra, à bordo de um Pássaro Negro mais tunado, a fim de salvar a tripulação de um ônibus espacial que está com problemas. 


Os X-Men agora são figuras públicas queridas e o Professor X tem uma linha direta com o próprio Presidente americano, o que faz com que eles cumpram missões a pedido do mesmo. 


Colocando sua vaidade em agora ser querido pela humanidade (estabelecendo seu antigo sonho de convivência pacífica entre humanos e mutantes) acima da segurança de seus alunos, Xavier ordena que o grupo resgate todos os astronautas da NASA quando um deles acaba ficando para trás, e é nesse ínterim, em que Jean é transportada para a nave por Noturno (Kodi Smit-McPhee), que a entidade Fênix a encontra e invade seu corpo, atraída por seu imenso potencial. 


Embora todos achem que perderam sua amiga após uma explosão, Jean retorna com Ciclope (Tye Sheridan), Fera (Nicholas Hoult), Tempestade (Alexandra Shipp), Mercúrio (Evan Peters) e Noturno para a Terra, liderados por Mística (Jennifer Lawrence)


Ao colocar a missão em risco, já que eles tinham poucas chances de alcançar o piloto deixado para trás antes de uma eminente explosão, Xavier, que estava na Terra, acaba causando um conflito com Mística, que o acusa e ameaça abandonar a liderança da equipe principal. A escola agora abriga diversos alunos mutantes, e os X-Men principais funcionam como uma força de elite para missões que exigem maior preparo. O Fera acaba convencendo Raven a ficar, mas a relação entre ela e Xavier fica abalada.


Após o incidente no espaço, os poderes de Jean Grey começam a apresentar instabilidade, e quando ela golpeia os amigos num surto psíquico durante uma festa em comemoração ao sucesso da missão, ela decide se isolar de seus amigos, e é quando os escudos psíquicos inseridos em sua mente por Xavier em sua infância começam a cair. Vendo o nível de seus poderes aumentar cada vez mais, Jean começa a se lembrar do acidente de carro que causou quando era criança com sua telecinésia, e que ocasionou na morte de sua mãe e o afastamento de seu pai. 


Para ajudá-la a superar o trauma, Xavier bloqueou as lembranças do acidente e escondeu o fato de que o pai da menina estava vivo. Assustado com o potencial destrutivo da criança, ele aceitou que Xavier cuidasse dela em sua escola, e em troca pediu que ela não o procurasse nunca mais. Quando essas lembranças voltam a ficar nítidas em sua mente, Grey enlouquece após confrontar o pai em sua casa, e acaba atacando os X-Men, o que causa a morte da Mística, numa cena sem impacto emocional NENHUM.


Após o sucesso meteórico de Jennifer Lawrence em Hollywood nos últimos anos, era no mínimo curioso que ela ainda aceitasse fazer parte do elenco da franquia X à partir de X-Men - Apocalipse, e a meu ver, era quase impossível que ela aceitasse reviver sua Mística em mais um filme. Uma de suas exigências para voltar era que Simon Kinberg dirigisse o quarto filme (indicando aí talvez, algum problema com o polêmico Brian Synger, que havia sido DEMITIDO da direção de Bohemian Rhapsody por desentendimentos com o elenco e faltas sem aviso ao set), e pelas poucas cenas que filmou até a morte de sua personagem, percebe-se que nem ela estava mais com saco para interpretar a mutante azul.


Após a morte de Mística, começa então uma caçada a Jean Grey, que é apelidada pelos alunos da escola de “Fênix”. Ela procura o apoio de Magneto, que se encontra isolado em uma “fazenda” junto a mutantes que assim como ele, não querem compartilhar o convívio com humanos. A sua presença traz o exército para os portões de Magneto, o que o enfurece e o força a salvar os humanos da ira da Fênix. Mais tarde, após a partida da moça, Hank McCoy visita Erik e lhe conta que Mística está morta. Os dois se unem para caçar Jean, enquanto o professor Xavier e os X-Men tentam encontrá-la para oferecer ajuda. 


Em paralelo a isso, uma raça de alienígenas que vem a Terra em busca da Fênix (entidade cósmica que destruiu o seu planeta), também começa a perseguir Jean, e quando a líder dos aliens se apossa do corpo de uma humana interpretada por Jessica Chastain para se misturar as pessoas comuns, é dito que a mulher (denominada nos créditos do filme como "Vulk") quer roubar o poder da Fênix para tentar recuperar seu planeta (!) e levar de volta seus amigos dali.


Não há nada de novo ou surpreendente no roteiro simplório de Kinberg, o que não chega a ser um demérito, já que filmes com roteiros MUITO mais fracos as vezes rendem boas horas de aventura e ação, o que também não é o caso de Fênix Negra. Tirando a própria Jean Grey e o Professor Xavier, nenhum outro personagem parece importar realmente ao enredo, e todos eles servem como coadjuvantes (quase figurantes!) no desenrolar do filme, incluindo a antagonista Vulk, que é quase tão fraca em motivação quanto o Apocalipse da produção anterior. 


Não é nenhuma surpresa nisso, já que o personagem sempre foi tratado como um qualquer nos cinemas desde a primeira trilogia em que era interpretado por James Marsden, e mais uma vez o Ciclope não passa de um bocó chorão que em nenhum momento toma as rédeas da história para si. Nem seu relacionamento com a protagonista rende a ele grandes momentos, e numa equipe em que Fera e Mística estão ausentes, em campo ele continua sendo comandado pelo Professor, o que nas HQs jamais aconteceria.


Scott Summers foi treinado desde jovem para se tornar um líder por Xavier, e em campo, ele sempre liderava a equipe, por mais que suas ordens desagradasse o restante do grupo, ocasionando conflitos entre ele e Wolverine e com a Tempestade. O Ciclope de Tye Sheridan não possui carisma, e aquela faísca que vemos de motivação e rebeldia que há dentro dele quando entra para a equipe em X-Men - Apocalipse se esvai completamente nesse filme.


Nenhuma inovação é desenvolvida também para a utilização dos poderes de Noturno e Tempestade enquanto eles enfrentam os alienígenas sem nome na tela, e ficamos com aquela sensação de mais do mesmo. Com poucas falas e nenhuma que seja emblemática, a Ororo de Alexandra Shipp chega a ser ainda mais decepcionante que a de Halle Berry, o que já era frustrante para quem lia os X-Men nos anos 80 e 90. A personagem que tomou a liderança dos X-Men do Ciclope NA PORRADA numa época em que ela estava SEM PODERES ainda não foi adaptada para os cinemas, mas continuaremos esperando.


Eu tenho dito isso ultimamente e me tornado até repetitivo, mas filmar cenas de ação empolgantes envolvendo super-heróis é algo que os Irmãos Russo aprenderam a fazer muito bem desde Capitão América – Soldado Invernal, mas que poucos diretores têm tomado como lição. No próprio universo da Fox, David Leitch (de Deadpool 2) é um cara que já se mostrou incrivelmente competente em mostrar a arte da pancadaria de forma gráfica nas telas, e é um exemplo de diretor que podia ter sido ao menos consultado para as sequências chatas e sem criatividade de batalha em Fênix Negra

David Leitch e os Irmãos Russo

A maioria dos conflitos se resume a atores com mãozinhas esticadas à frente do corpo fazendo caretinha pra emular poderes infinitos, mas com efeitos práticos pouco convincentes, e quando o pau precisa comer, o máximo que vemos é aquele Fera digital de Nicholas Hoult pulando amarrado em um arame e rugindo sem nenhum impacto. A gente vê essa mesma cena desde X-Men 3, e ela não é boa! Pelamordedeus! 


Pra não dizer que tudo é horrível em matéria de ação, o uso dos poderes de Magneto continuam sendo bem explorados. A cena em que ele arranca um vagão do trem e esmaga vários alienígenas dentro dele representa bem o que seria um Magneto na vida real.


X-Men - Fênix Negra é uma despedida triste para a franquia X na Fox, e ressalta mais erros do que acertos. O filme não serve nem para corrigir as linhas temporais entre a primeira trilogia e essa quadrilogia, e meio que abandona os personagens em um capítulo que parece um recado da Fox para a Disney: Toma aí que agora essa pica é tua, aspira! 



Em meio a cenas de ação decepcionantes, vilões mais que genéricos com motivações pífias e momentos emocionais broxantes, a única coisa que se salva mesmo é a atuação da maioria do elenco. Sophie Turner, que começou a atuar bem novinha em Game of Thrones, chegou a ser criticada em começo de carreira por supostamente não ser uma boa atriz, o que lhe ocasionou um início terrível de depressão. 


Ainda esperamos vê-la em papeis mais densos e que exijam mais de suas capacidades interpretativas, mas ela conseguiu ser bem convincente como a poderosa Fênix Negra, nos fazendo nos importar com seu personagem mesmo que minimamente. 


McAvoy e Fassbender, as grandes surpresas da nova quadrilogia, e os caras que carregaram a franquia nas costas (deve ser por isso que o Xavier de McAvoy acaba indo parar em uma cadeira de rodas!!) ao longo dos anos, mantêm a regularidade nesse filme, o que nos faz ter algo bom para se lembrar. O Magneto de Fassbender foi com certeza o ponto alto de todos os quatro filmes, e numa transição de universos da Fox para a Disney e Marvel Studios, seria muito bom poder contar com ele de volta ao papel, o que óbvio, não vai acontecer.


Nas palavras do próprio Kevin Feige, o dono da porra toda na Marvel Studios, os X-Men ainda vão demorar a dar as caras no universo de Vingadores, mas o estalar de dedos de Thanos em Guerra Infinita com muita precisão pode ser usado como brecha para os multiversos, o que deve ser melhor explicado em Homem Aranha - Longe de Casa, que estreia em breve. Ainda na linha "X", o filme dos Novos Mutantes que já foi adiado pelo menos umas três vezes ainda pode ser lançado qualquer dia desses, mas sinceramente, alguém ainda espera algo minimamente positivo disso?

Nota: 7

P.S.: A cena easter-egg com a presença da Cristal em seu visual clássico "disco" em meio a festinha na floresta foi bem bacana.


P.S. 2: O nome do grupo que aprisiona os X-Men após a caça a Fênix é "MCU", uma alusão ao próximo destino dos mutantes.

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NAMASTE!

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