Kang, o Conquistador, é um personagem fictício das histórias em quadrinhos da Marvel Comics. Sua primeira aparição foi na revista "Vingadores #8", lançada em 1964. Ele é um vilão que viaja pelo tempo com o objetivo de conquistar e dominar diferentes épocas.
As origens de Kang são um pouco complexas, mas resumidamente, aquela que é considerada a sua primeira versão é Nathaniel Richards, um viajante do tempo descendente distante de Reed Richards, o Senhor Fantástico do Quarteto Fantástico. Ele nasceu em um futuro distante, onde se tornou um dos governantes do mundo. Para saciar sua sede de poder, já transformado em Kang, usou tecnologia avançada para viajar para o passado e governar outras épocas.
Kang já inspirou muitos heróis da Marvel, incluindo os Vingadores, com quem ele tem uma relação conturbada. Em uma de suas histórias mais memoráveis, "Vingadores Para Sempre", escrita por Kurt Busiek e ilustrada por Carlos Pacheco, Kang tenta mudar o curso da história para que sua versão do futuro seja a única possível.
A história apresenta uma trama complexa e cheia de reviravoltas, mas que é recompensadora para os fãs dos Vingadores e do universo da Marvel Comics. "Vingadores Para Sempre" é uma recomendação para quem quer conhecer sobre Kang, o Conquistador, e mergulhar em uma história épica dos maiores heróis da Terra.
HQs importantes para entender o Kang
"Vingadores: A Cruzada das Crianças" - Kang (em uma de suas versões alternativas, personificado como o "Rapaz-de-Ferro" dos Jovens Vingadores é um dos vilões manipulando os jovens amigos para que eles fiquem contra os Vingadores.
O Rapaz-de-Ferro e os Jovens Vingadores
"Vingadores: O Ataque dos Zumbis" - Nessa história alternativa, Kang é um dos sobreviventes da invasão zumbi e usa sua tecnologia para tentar salvar a humanidade.
"Vingadores Para Sempre" - Já mencionado anteriormente, essa história épica de Kurt Busiek e Carlos Pacheco apresenta Kang tentando mudar o curso da história para dominar o futuro.
As diferentes versões do Kang
Kang, o Conquistador, é um personagem complexo das histórias em quadrinhos da Marvel Comics, e sua relação com outras figuras importantes do universo Marvel pode ser um pouco confusa para os leitores. Aqui estão algumas informações para ajudar a entender melhor essa relação:
Kang, o Conquistador, é o alter ego do viajante do tempo Nathaniel Richards, um descendente distante de Reed Richards, o Senhor Fantástico. Nathaniel nasceu em um futuro distante e usou tecnologia avançada para viajar para o passado, onde se tornou Kang, um conquistador que busca governar diferentes épocas.
Nathaniel Richards
A revelação de que Kang, o Conquistador, é na verdade Nathaniel Richards é um elemento importante do enredo das histórias em quadrinhos da Marvel Comics. Essa revelação é feita pela primeira vez na edição 129 da revista "Os Vingadores", publicada em 1974.
Nessa história em quadrinhos, os Vingadores viajam no tempo até o século 30 para enfrentar Kang. Durante a batalha, descobrem que Kang é, na verdade, Nathaniel Richards, um descendente distante de Reed Richards, o Senhor Fantástico.
Immortus é uma contraparte de Kang, mas em um estágio mais avançado de sua vida. Ele é uma versão mais velha de Nathaniel Richards, que se tornou o governante do Limbo, uma dimensão temporal. Immortus tem um relacionamento complicado com Kang, que muitas vezes acaba sendo uma ameaça para ele.
Immortus
Há quem confunda Kang com o Doutor Destino pela leve semelhança das armaduras dos dois. No entanto, eles são personagens diferentes, com motivações e origens distintas. Em uma das suas inúmeras versões, é dito que o visual de Kang foi criado em uma história do Quarteto Fantástico, quando então o viajante do tempo acabou topando com o próprio Victor Von Doom.
Embora todos esses personagens tenham em comum a habilidade de manipular o tempo e o espaço, cada um deles tem sua própria personalidade e motivações. A relação entre eles é muitas vezes complicada e pode envolver alianças temporárias ou conflitos diretos. Compreender a diferença entre esses personagens é fundamental para entender as histórias em que eles aparecem.
A revelação de que Kang é Nathaniel Richards é um elemento importante na construção da história do personagem, e tem sido explorada em diversas histórias desde então. Ela permite que os roteiristas explorem a relação de Kang com os personagens do Universo Marvel de maneiras mais profundas, ao mesmo tempo em que adiciona uma camada de mistério à sua personalidade.
Versão para o cinema
Embora o personagem esteja fazendo a sua primeira aparição nas telas do cinema em Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, uma das versões de Kang já deu as caras na primeira temporada de Loki, a série da Disney +.
Vivido pelo ator Jonathan Majors (de Lovecraft Country e que também estará em Creed III), Kang promete ser O grande vilão da quinta fase do MCU, algo que o Thanos desempenhou muito bem nas três primeiras fases do estúdio.
Jonathan Majors
Cheio de camadas a serem exploradas — em especial, a manipulação do multiverso —, o personagem criado nos anos 60 pela dupla Stan Lee e Jack Kirby tem tudo para ser o principal adversário dos heróis Marvel nas fases vindouras do estúdio. A questão é se vão saber trabalhar com ele.
Fica a nossa torcida.
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Luciano Lauder é
um charmoso e poderoso empresário acostumado a ter tudo aos seus pés na hora
que ele quer. Experiente em gerenciar pessoas, é o diretor do Grupo
Lauder que lida com diversas áreas de construção — sobretudo a de
hotelaria.
Apesar da óbvia facilidade em arranjar companhia feminina
para passar o tempo após o trabalho, o bon
vivant acaba se vendo num dilema quando é convidado para o casamento da
própria irmã, a Alice do título.
Após ser chantageado pela filha de um parceiro comercial que
o quer conduzir ao altar forçadamente, ele se recusa a aparecer sozinho na
cerimônia a fim de evitar maiores constrangimentos — e para afastar de vez a
moça com quem não quer qualquer ligação. É aí que começam os seus problemas.
Sem opções disponíveis de alguém suficientemente
apresentável com quem possa comparecer ao matrimônio, quem poderia atender a todos
os pré-requisitos do exigente CEO e servir como a sua acompanhante ideal na tão
esperada data?
A resposta para essa pergunta nos é dada logo nos primeiros
capítulos de “O Casamento de Alice” quando somos apresentados, então, à
simpática e pragmática Juliana, a
segunda secretária administrativa do “Todo Poderoso” senhor Luciano.
Além de assistente da veterana dona Marlene — a secretária principal do escritório —, Juliana é
também uma aplicada e competente estudante carioca de Direito que está em busca
de constante qualificação para que possa exercer com competência a profissão
para a qual está se preparando há anos.
Logo de cara, o leitor é envolvido pelo carisma da
personagem que reveza a narrativa com Luciano — ambos conduzindo a história em
primeira pessoa — e é impossível não se encantar pela moça com as suas observações
sempre sagazes e bem-humoradas durante os capítulos detalhados por ela.
Em paralelo à toda a segurança demonstrada por Luciano em
seu “Olimpo particular”, nós somos trazidos para o “mundo dos mortais” pelo
cotidiano simples da secretária que, tal qual uma trabalhadora provinciana — ou
proletária, como ela mesma se define a certo ponto —, enfrenta os perrengues do
dia-a-dia como filas, atrasos, falta de transporte nos momentos mais
improváveis e etc.
Apesar de todo o clima “proletariado” em que vive, Juliana é
uma mulher muito decidida e aplicada no campo profissional, o que a engrandece
como figura humana — e como personagem —, mas que acaba criando todos os
empecilhos nunca antes imaginados para o sempre confiante senhor Luciano.
Quando o empresário aceita a sugestão da dona Marlene de
convidar a jovem funcionária para ser a sua acompanhante no casamento — onde a
moça vai fingir ser a sua namorada — com base em um contrato jurídico muito bem embasado — com cláusulas que evitam contatos físicos desnecessários durante
os quatro dias da cerimônia —, Luciano enfrenta bastante resistência de Juliana
que, em defesa dos próprios princípios, não quer ser vista como um “produto
numa prateleira” e nem ser encarada como um objeto que pode ser usado e descartado
pelo chefe.
Desta forma, o que parece um simples contrato especial de
trabalho para ele acaba se tornando um empecilho aos seus planos, e é esse
impasse que torna as coisas indubitavelmente interessantes ao longo dos
primeiros vinte capítulos do livro.
A escrita
O Casamento de Alice
é todo escrito pelo ponto de vista dos dois personagens centrais — Luciano e
Juliana — e é interessante frisar que essa dualidade entre eles é a grande
cereja do bolo do livro uma vez que o contraste preciso entre os dois mundos
retratados — o do chefe e o da empregada — faz com que o leitor se torne cada
vez mais interessado em continuar acompanhando a narrativa.
“Será que ela vai
aceitar o contrato?”
“Como vai ser o
relacionamento dos dois na hora da cerimônia?”
“A Juliana vai cometer
alguma gafe?”
“O Matheus vai
estragar tudo querendo ir cedo demais ao pote?”
São algumas das questões levantadas enquanto lemos
ansiosamente o texto.
Permeada por uma escrita muito refinada com um sem-número de
jargões próprios da área jurídica e empresarial inseridos na narrativa — e para
quem não manja muito de “juridiquês” vale algumas pausas para consultar o
Google! — O Casamento de Alice mostra
grande preparo da autora a respeito do assunto proposto e dá um delicioso tom
de realidade ao que está sendo lido.
Mesmo superficialmente, o leitor é capaz de perceber que há
uma base para o que é apresentado a respeito do campo profissional tratado nas
páginas, e isso causa uma imersão ainda maior no texto.
A ambientação do Rio de Janeiro, as locações visitadas por
Juliana e a amiga Renata no entorno
do prédio da Lauder e os lugares em
que Luciano e o irmão Matheus passeiam também são bastantes críveis para a
construção de cenário — assim como para o imaginário do leitor — e, mesmo quem
é de fora do estado e nunca o visitou na vida se sente familiarizado por conta
da segurança da descrição desses ambientes.
Além do conhecimento de causa de quem escreve pelo campo
profissional da coisa — a Administração e o Direito —, uma das questões que mais
chama a atenção durante a narrativa é a maturidade
em lidar com certos temas que é transmitida pela autora através dos seus
personagens.
É muito comum vermos em livros que retratam relacionamentos
pessoais aquela superficialidade que faz com que tudo se resuma muito
rapidamente a sexo, mas em O Casamento de
Alice — embora nele também haja espaço para questões que envolvem sexo — o
que realmente conta é o envolvimento
desses personagens ao longo de toda a jornada do seu desenvolvimento.
Diferente de outros livros em que esse tema é retratado de
maneira escrachada e, por vezes, superficial, em O Casamento de Alice a espera pelo desenrolar do ato em si é que
faz valer a pena a leitura de cada capítulo. O texto é escrito para ser
digerido com parcimônia e sem qualquer pressa. Assim, é extremamente prazeroso
acompanhar os caminhos que conduzem a um fatídico relacionamento futuro entre
Luciano e Juliana, dando a quem está do lado de cá uma experiência semelhante a
quem acompanha de perto uma novela ou uma série esperando que o casal de
protagonistas fique, enfim, juntinhos.
Se é que vão…
(Espera… Eles vão, né?)
As referências pessoais da autora Valéria Férris com relação a Cultura Pop também são um caso à parte, uma vez que são citadas de maneira
muito casual, em geral, pelos pensamentos da personagem Juliana. Muitas delas
têm a ver com o ambiente de advocacia a que ela está inserida e, outras, são
apenas para embasar a personalidade das criações de Férris — destaque para a
citação de o “Auto da Compadecida”, o filme dirigido por Guel Arraes baseado no texto de Ariano Suassuna.
O grande diferencial de Juliana para as demais mocinhas
sempre virginais e inocentes de outros livros é a sua segurança quanto ao seu papel como mulher. Ela se autodeclara
feminista durante o texto e deixa claro com a sua postura firme que não quer
servir de troféu para homem nenhum, nem tampouco ser usada como estepe ou
acabar descartada na manhã seguinte por algum machista idiota.
Ainda em comparação às outras personagens de livros com
gêneros semelhantes ao de O Casamento de
Alice, é importante pontuar que a Juliana de Valéria Férris é uma mulher objetiva
que não está disposta a ficar com qualquer cara que lhe tenta ganhar na
conversa — o que fica claro quando ela se sente ofendida pela cantada do amigo
de Luciano, Jonas, pouco depois de
ela se destacar como assistente jurídica do empresário, entendendo aquilo como
um empobrecimento da sua competência profissional — e que ela se mantém firme mesmo
quando as tentações a cercam.
Ao longo da narrativa, é dito que ela tem um certo fraco com
bebida alcoólica, mas mesmo quando é quase embebedada pelos irmãos Lauder após
uma comemoração da empresa, Juliana resiste firmemente aos encantos de Matheus
— que fica de olho na moça desde o primeiro instante —, mesmo depois de ficar
interessada fisicamente por ele. Isso também prova a sua firmeza de caráter.
Há no texto um passado não explorado da vida da moça a
respeito de um ex-namorado (Noivo? Marido? Peguete?) que torna a sua dedicação
à profissão maior do que qualquer envolvimento amoroso que ela possa ter depois
disso e, apesar de ela o achar atraente — não tanto, talvez, quanto a sua amiga
Renata o acha! —, até antes do casamento de Alice, fica bem explícito que a
nossa “Ju” não pretende ter qualquer ligação amorosa com o senhor Lauder. A
cláusula contratual a respeito da “não troca de fluidos corporais” imposta por
ela mesma é bem específica e prevê multa em caso de descumprimento.
Aqui também vale a nota da comparação que Juliana faz do seu
“contrato especial de trabalho” para ser a acompanhante do chefe com o contrato
lido e assinado — no escuro — pelos personagens centrais de “Cinquenta
Tons de Cinza” e todo o absurdo da situação retratada no livro/filme.
Data Venia
“O Casamento de Alice”
é um delicioso romance de situação que não entrega de bandeja aquilo que o
leitor ávido por eventuais relacionamentos carnais está esperando, mas que o
presenteia, em vez disso, com uma narrativa madura e coesa recheada de diálogos apaixonantes que dão todo o
clima proposto desde o início por sua autora.
É impossível ficar indiferente a qualquer um dos personagens,
e até mesmo os coadjuvantes têm o seu destaque em um ou outro capítulo.
A Juliana construída pela narrativa não só conquista o
leitor já na sua apresentação — quando ela gela só em pensar que vai ser
demitida sem qualquer razão — como também o mantém na torcida por ela até o
fim. Nós nos tornamos paternais querendo que o insistente Ricardo fique longe da nossa heroína — um “não” é sempre um “não”,
amigo! —; nós torcemos para que o Jonas tome logo um fora para largar a mão de
ser ousado; nós rezamos para que o Matheus não avance o sinal e não estrague o
plano do irmão — embora tenha um lado nosso que torce para que a nossa mocinha
continue encantando a todos por onde passa — e, claro, nós esperamos que o
coração frio do “Todo Poderoso homem-de-gelo” se derreta não só pelo calor de
Angra dos Reis, mas também pelo charme indiscutível da bela Juliana.
P.S. Este quem vos
escreve leu até o capítulo XXI e está morrendo de curiosidade para saber o que
vai acontecer no tão falado casamento!
Para comemorar a vindoura chegada às prateleiras do romance físico que é a sequência do título em questão, foi lançado um book trailer exclusivo de "O Crime da Rapieira", o thriller escrito por Rod Rodman em 2019 e que ganhou as plataformas digitais em 2020 (primeiro no Wattpad).
O ebook está disponível nas plataformas Kindle. O link está logo abaixo:
Kindle:
Sinopse:
"Sara Jane e Cássia Mendes são duas estudantes universitárias de jornalismo jovens e extrovertidas que estão aproveitando um dia de folga para dançar e se divertir em uma comemoração entre amigos.
A mansão da rica família Telles de Mendonça é o palco de uma festa à fantasia ciceroneada por sua filha Regiane, colega de turma das duas belas visitantes, e tudo está correndo bem, até que um crime nas dependências da residência abala todos os convidados.
O aluno de publicidade Jonathan Braga é encontrado morto dentro da despensa da casa e agora todos são suspeitos.
Assoladas pelo crime brutal, Sara e Cássia decidem usar os seus recém-adquiridos conhecimentos jornalísticos para investigar aquele caso por conta própria e assim, ajudar a polícia a levar o assassino à justiça. Mas em meio a vários convidados que transitavam livremente nas dependências da mansão, quem teria motivo para dar cabo do estudante de maneira tão perversa?
'O Crime da Rapieira' é um thriller romanceado que homenageia grandes autores brasileiros do gênero como Rubem Fonseca e Marcos Rey, além de beber bastante na fonte de filmes policiais e de investigação jornalística. Mergulhe de cabeça no enredo cativante do livro e descubra também a resposta para a pergunta que não quer calar, afinal, quem matou Jonathan Braga?"
A primeira vez que soube da existência do Foo Fighters foi em uma matéria da revista Placar, lá no final dos anos 90, e eu nunca tinha ouvido falar dos caras.
A tal matéria era sobre jogadores de futebol que curtiam Rock e que tiravam um som de vez em quando nos vestiários de seus respectivos times. Cada um era entrevistado pela revista e sugeria uma banda ou uma música que estivesse curtindo naquele momento.
O então goleiro do São Paulo, Rogério Ceni, foi quem mencionou o Foo Fighters e se disse um grande fã de Dave Grohl desde a época do Nirvana.
Eu não tinha acompanhado a carreira do Nirvana ou sequer sabia que seu vocalista tinha se suicidado há poucos anos, por isso, ignorei o fato de que Grohl era um dos remanescentes daquela que tinha sido uma das bandas grunges de maior influência no mundo naquela década.
Como são-paulino, é óbvio que dei o maior valor à sugestão do cara que era um dos jogadores mais importantes do clube para a qual eu torcia, e passei a prestar mais a atenção no Foo Fighters quando tocava nas rádios, seja na Transamérica, a Jovem Klan Pan ou a 89 FM, que eu estava começando a gostar de ouvir.
"Learn To Fly" foi um dos primeiros sucessos da banda que curti e depois disso, não parei mais de acompanhar a carreira dos caras liderados pelo Dave Grohl.
O meu segundo momento com o Foo Fighters aconteceu já nos primeiros anos da década de 2000. O acesso à internet era bastante escasso, a gente não tinha celular, o Spotify nem sonhava em existir, mas um amigo meu do curso técnico — alô, Rafa! — me mostrou um vídeo em que Dave Grohl e um sujeito loiro e magrelo tocavam bateria simultaneamente na introdução da música "My Hero".
O baterista loiro magrelo era, obviamente, Taylor Hawkins e aquela foi a primeira vez que assisti ao cara detonando em seu instrumento, ao lado de um dos maiores instrumentistas do mundo, o senhor Dave Grohl.
Eu esqueço de coisas que fiz há menos de duas horas, tenho dificuldade de me lembrar nomes de pessoas que acabei de conhecer, mas existem momentos da juventude — em sua maioria banais — que jamais saem da memória.
Eu lá na casa do meu colega de curso, acompanhado de mais uns dois ou três moleques, assistindo pelo computador a apresentação de Dave e Taylor dividindo a bateria ao som de "My Hero" é um desses momentos fixados eternamente na minha mente.
No último dia 25, Taylor Hawkins foi encontrado sem vida em seu quarto de hotel em Bogotá, na Colômbia, apenas um dia antes da apresentação do Foo Fighters em um festival local.
Recentemente, o laudo médico apontou várias substâncias em seu corpo como antidepressivos e opioides, o que, provavelmente, deve ter causado a sua morte por uma possível overdose.
O Foo Fighters estava em uma turnê pela América Latina, ia se apresentar no Brasil em poucos dias e por conta do falecimento de seu baterista, precisou cancelar todos os shows.
Ainda é cedo para afirmar qualquer coisa, mas com a passagem de Hawkins, é bem possível que o fim prematuro do Foo Fighters também tenha sido declarado.
Como disse anteriormente, o líder da banda, Dave Grohl, já tinha sido obrigado a encarar a morte de um amigo de trabalho com o suicídio de Kurt Cobain em 1994. A criação do Foo Fighters era uma espécie de "precisamos seguir em frente" e nas mais de duas décadas desde a sua formação, é bem óbvio que Grohl ainda tinha muito a mostrar para o público. Ele não era nem de longe "apenas" o baterista carismático do Nirvana. O cara é, em essência, um showman e no palco, dividiu por anos esse "peso" com Hawkins, que era o seu "escada".
Para o meu azar, apesar do Foo Fighters ser a minha banda favorita, eu jamais consegui ir a um show dos caras, mas mesmo pelas apresentações deles disponíveis na internet, era impressionante notar a sinergia que existia entre o cara mais à frente do palco e o que ficava mais ao fundo.
Em todos os shows, Grohl dava espaço para que Hawkins assumisse os vocais, trocando de lugar com o amigo. Em geral, ele cantava músicas do Queen, do Kiss ou qualquer banda que quisesse homenagear.
A troca que havia entre os dois — mais até que os demais componentes da banda — era algo difícil de ver em outros conjuntos. Hawkins tinha assumido a bateria de um grupo em que o, agora vocalista, tinha sido simplesmente O MELHOR naquela categoria e não parecia nem um pouco receoso com isso. Pelo contrário. O poder que Hawkins exalava segurando as suas baquetas era algo de mágico.
Aos 50 anos, Taylor Hawkins se junta a mais uma porção de estrelas do Rock que vimos partir cedo demais nos últimos anos. Chester Bennington. Chris Cornell. Scott Weiland. Chorão.
Assim como Hawkins, todos eles ainda tinham muito para nos presentear, mas agora tudo que nos resta é homenageá-los sem parar, ouvindo suas músicas, prestigiando seu enorme talento e agradecendo por eles um dia terem existido.
Nas últimas apresentações do Foo Fighters, incluindo a que eles fizeram no Lollapalooza do Chile, Taylor Hawkins vinha sempre apresentando músicas do Queen em seu momento solo diante da plateia, mas o meu som preferido com ele nos vocais é "Cold Day In The Sun" do álbum Skin And Bones de 2006. Sempre adorei a energia que essa versão quase acústica apresenta e a voz rouca de Hawkins combina com todo o conjunto instrumental à sua volta.
No vídeo da música, a gente consegue ver um pouco da parceria que havia entre Dave e Taylor.
E esse conjunto de cordas maravilhoso que acompanha? Muito bom.
Perdi as contas de quantas vezes cantei essa música no banheiro durante o banho. Foda demais!
Numa madrugada melancólica dessas de começo de ano — que têm sido mais comuns do que eu gostaria — parei para assistir a um show do Foo Fighters na íntegra disponível no Youtube e me peguei cantando TODAS as músicas que eles apresentaram. Mesmo o Aerosmith, que foi a banda que me ensinou a curtir Rock — e que assisti ao vivo num show de arena em 2010 — tem um repertório 100% conhecido por mim, mas com o Foo Fighters é outra história.
Essa apresentação em Los Angeles marca o retorno aos palcos após a pandemia de Covid-19 e os caras estão em polvorosa durante todo o show. Hawkins canta "Somebody To Love" do Queen em seu momento solo e como era de praxe, levantou a plateia em sua homenagem a Freddie Mercury. Começa aos 1:32:37 do vídeo abaixo.
Têm sido anos muito difíceis para mim e poucas coisas ainda me sustentam. Eu diria que a música é um ponto de equilíbrio em minha vida e eu gosto de usar o Rock para me tirar um pouco da tristeza. O som do Foo Fighters faz parte dos melhores momentos que já vivi nesses trinta anos e blau, e com certeza, a morte de Taylor Hawkins vai sepultar também algumas dessas boas lembranças.
Se existe uma Criatura Superior a olhar para esse mundo caótico, que Ela conforte os entes queridos do baterista e também os seus companheiros de banda. Os últimos dias não devem ter sido fáceis a nenhum deles, assim como não têm sido para os fãs.
Descanse em paz, Taylor Hawkins. Você ERA FODA!
P.S - Difícil se concentrar só na banda com aquela backing vocal loira lá atrás, mas esse show que inseri no post é espetacular e para quem é fã como eu, vale as duas horas e blau que dura. Tem os sons clássicos do grupo e todas as novas músicas que a banda lançou nos últimos meses, incluindo os covers do Bee Gees que ficaram do caralho na versão Foo Fighters.
P.S. 2 - Difícil saber o que realmente aconteceu na noite que Taylor morreu ou a razão de haver tantas drogas em seu organismo, mas é perfeitamente compreensível o fato de que famosos ou não, ricos ou não, estamos todos vulneráveis às nossas dores e suscetíveis a nossos demônios internos, seja em maior ou menor intensidade.
Aconteceu na última noite, em Los Angeles, a 94ª cerimônia do Oscar. Com poucas surpresas entre os vencedores e uma festa razoavelmente melhor que a do ano anterior — bastante sem ritmo ainda por conta da pandemia de Covid-19 —, a maior premiação do cinema foi ciceroneada pelas atrizes Regina Hall (Todo Mundo em Pânico), Amy Schumer (Descompensada) e Wanda Sykes (Família Upshaw), mas quem acabou roubando a cena desta vez foi um dos apresentadores dos anos anteriores...
COM BARRACO!
Sem mais delongas, vamos ao listão dos campeões e campeãs — Campion, hein? Hein? — da celebração com alguns comentários breves deste que vos fala.
DUNA
Como já era previsto por 11 entre 10 especialistas em cinema, Duna de Denis Villeneuve foi o grande vencedor da noite e papou 6 dos 12 prêmios que disputava.
O filme levou por Efeitos Visuais — derrotando os rivais da Marvel Studios Shang Chi e a Lenda dos Dez Anéis e Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa —, Melhor Fotografia (feita por Greig Fraser), Melhor Montagem (Joe Walker), Melhor Direção de Arte (Patrice Vermette e Zsuzsi Sipos), Melhor Som e Melhor Trilha Sonora, composta por Hans Zimmer.
Duna e Denis Villeneuve
Nesse quesito, aliás, Duna foi muito elogiado, principalmente por quem teve a oportunidade de assistir ao filme num cinema de qualidade.
Apesar de fazer a limpa nos prêmios técnicos — algo merecido, porque o filme é muito bem executado —, como eu havia adiantado no post sobre os 10 Indicados ao Oscar de Melhor Filme, Duna não tinha muitas chances na categoria principal da noite e adiou por mais um ano a expectativa de quem esperava que outra obra dirigida por Denis Villeneuve levasse o maior prêmio da Academia. Vale lembrar que A Chegada — dirigido por Villeneuve — foi consagrado Melhor Filme em 2017.
MELHOR FIGURINO E MELHOR MAQUIAGEM
O live-action de Cruella da Disney disputava poucos Oscars, mas faturou o de Melhor Figurino (para Jenny Beavan), o que não deixa de ser justo, já que o filme fala justamente sobre moda e caprichou nesse quesito.
Jessica Chastain e um dos figurinos de Cruella
O prêmio de Melhor Maquiagem e Penteados foi para Os Olhos de Tammy Faye (Michael Showater) e o filme consagrou também Jessica Chastain como Melhor Atriz por seu papel principal no mesmo longa, batendo a já veterana em Oscars, Olivia Colman, de A Filha Perdida — o único que conferi das indicadas a Melhor Atriz.
DOCUMENTÁRIO E CURTA DE ANIMAÇÃO
A categoria Melhor Documentário de Longa-Metragem premiou Summer Of Soul do diretor Questlove, enquanto o Melhor Curta-metragem em Live-Action foi dado a The Long Goodbye, dirigido por Aneil Karia e escrito e estrelado por Riz Ahmed (de O Som do Silêncio), que foi quem subiu ao palco para receber a estatueta.
O melhor Curta-Metragem de Animação foi para o simpático A Sabiá Sabiazinha — disponível na Netflix e com a voz da eterna Scully de Arquivo X, Gillian Anderson. Já o Melhor Documentário de Curta-Metragem ficou com A Rainha do Basquetebol de Proudfoot, que derrotou Audible — sobre um time de futebol americano formado por garotos surdos — e Onde Eu Moro, doc que fala sobre moradores em situação de rua nos EUA, dirigido pelo brasileiro Pedro Kos.
Eu não assisti ao vencedor da noite nessa categoria por pura falta de acesso ao filme, mas assisti a Audible e Onde Eu Moro através da Netflix. Ambos são filmes tocantes e não importasse o que os demais concorrentes apresentassem de inovador, eu podia jurar que o prêmio ficaria com um dos dois por conta dos temas delicados que tratam. Em especial Audible, num ano que o Oscar resolveu premiar as diversidades.
Mas tal qual Jon Snow, eu não sei de nada!
NÃO FALAMOS DO BRUNO NESSE POST
Era esperado que a Disney faturasse mais um prêmio com Encanto em Melhor Animação —o que já se tornou até "lugar comum" para o estúdio do Mickey nessa categoria — e tendo em vista o tremendo sucesso que a trilha sonora do desenho fez no mundo todo — as músicas são REALMENTE muito pegajosas. No entanto, seria bacana se a Academia inovasse esse ano e trilhasse novos caminhos, dando o Oscar à A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas, que em termos de diversão, é muito melhor que Encanto.
A Família Madrigal contra a Família Mitchell
Como se não bastasse "Dos Oruguitas" (de Lin-Manuel Miranda) da trilha sonora de Encanto disputar o prêmio de Melhor Canção Original, ainda tivemos um número musical de "Não Falamos do Bruno" ao vivo no Oscar, interpretado por Becky G e o porto-riquenho Luis Fonsi. E claro que a letra ficou na cabeça por mais 24 horas consecutivas!
SEM TEMPO PARA MORRER, IRMÃO
Por falar em música, quem levou para casa a estatueta de Melhor Canção Original foi Billie Eilish com "No Time To Die" da trilha de 007 - Sem Tempo Para Morrer. A cantora disputava o prêmio com ninguém menos que Beyoncé — em sua performance de "Be Alive" de King Richard: Criando Campeãs — e acabou vencendo após performar a canção ao vivo no palco ao lado do irmão Finneas O'Connel.
Além de Be Alive, confesso que não ouvi nenhuma outra das demais indicadas a Melhor Canção, mas No Time To Die tem um ar melancólico excelente que combinou muito com o clima de despedida de Daniel Craig da franquia 007. Muito antes do filme estrear, a música já fazia parte da minha playlist no Spotify e se tornou fácil uma das mais ouvidas em 2021. Estava torcendo bastante por ela.
BELFAST E NO RITMO DO CORAÇÃO
Acusado de montar um filme especificamente para ganhar o Oscar, Kenneth Branagh acabou provando aos invejosos que VALE SIM A PENA lançar um produto pré-fabricado e foi condecorado por contar a sua própria história em Belfast. Branagh fez um discurso forte sobre legado ao receber o Oscar de Melhor Roteiro Original — escrito por ele — e fez bonito na cerimônia.
Kenneth Branagh e Belfast
A estátua de Melhor Roteiro Adaptado foi para No Ritmo do Coração (Coda) e a própria diretora — e escritora — Sian Heder subiu ao palco para receber a honraria, em seu vestido deslumbrante de "luzes de discoteca" como ela mesma descreveu.
Sian Heder
O filme é uma adaptação de um longa-metragem francês (La Famille Bélier) e após sair da posição de "azarão" nas maiores casas de apostas, conseguiu também o prêmio máximo da noite, que foi recebido pelos produtores, a diretora e parte do carismático elenco.
Vários momentos me causaram comoção ao longo da noite de premiação e ver um dos meus filmes preferidos entre os 10 indicados ganhar a disputa foi um dos que me encheram os olhos de lágrimas. Coda realmente me tocou de uma maneira muito particular e assim que terminei de assistir, tive a certeza que estaria acrescentando mais um filme na minha não tão longa lista de filmes da vida.
Merecidamente por seu trabalho maravilhoso como o pai da protagonista "ouvinte" em No Ritmo do Coração, Troy Kutsur fez história ao ser consagrado como o primeiro ator surdo a conquistar o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. Falando em libras no palco, o artista agradeceu ao apoio da família, ao elenco que o ajudou a realizar o filme e à diretora Sian Heder por acreditar em seu trabalho.
Troy Kutsur
ARIANA DEBOSE
Diferente da categoria Melhor Atriz, que comentei só ter assistido a um dos filmes pelas quais as artistas tinham sido indicadas ao prêmio, em Melhor Atriz Coadjuvante, tive a chance de assistir a TODOS os trabalhos pontuados e devo concordar com a Academia em coroar Ariana DeBose como a melhor — não que isso faça alguma diferença, claro!
Como salientei em minha crítica a Amor, Sublime Amor (West Side Story), DeBose simplesmente ofusca o papel da protagonista do filme vivida por Rachel Zegler e não só desempenha um trabalho maravilhoso no campo dramático, como também dá um show nas sequências de dança do musical.
Cena de West Side Story
Apesar do talento inegável de Judi Dench (Belfast), Jessie Buckley (que interpreta a versão mais jovem da personagem de Olivia Colman em A Filha Perdida) e de Kirsten Dunst (Ataque dos Cães), não achei que houvesse em seus trabalhos, aqui específicos, nada demais que as alçasse ao posto de Melhor Atriz Coadjuvante. Nenhuma delas rouba a cena ou mesmo se destaca a ponto de ganhar um prêmio por isso, diferente do que acontece com Ariana.
Aunjanue Ellis como a mãe das irmãs Venus e Serena em King Richard era a única em pé de igualdade com DeBose para disputar com ela nesse ano e qualquer uma das duas que vencesse seria justo, como acabou sendo.
JANE CAMPION CAMPEÃ
Considerado o grande injustiçado da 94ª edição do Oscar, Ataque dos Cães levou apenas um dos 12 prêmios que disputou, mas acabou consagrando a neozelandesa Jane Campion como Melhor Diretora, batendo ninguém menos que Steven Spielberg (Amor, Sublime Amor) e Paul Thomas Anderson (Licorice Pizza).
Vera Holtz... digo, Jane Campion
Campion já havia disputado um dos prêmios de maior prestígio do cinema em 1994, pela direção de O Piano, e na ocasião, ela perdeu a estatueta justamente para Steven Spielberg, que venceu por A Lista de Schindler.
Além de Campion, agora apenas mais duas mulheres podem dizer que já ergueram o Oscar de Melhor Direção, e a neozelandesa se junta à chinesa Chloé Zhao, que levou em 2021 por Nomadland e à norte-americana Kathryn Bigelow, que venceu em 2009 pelo filme Guerra ao Terror.
Que orgulho dessas mulheres, hein?
DIRIJA MEU CARRO
Drive My Car (Doraibu Mai Kā), meu favorito absoluto na noite do Oscar, não levou Melhor Filme, mas foi devidamente premiado na categoria Melhor Filme Estrangeiro, o que já serviu para fazer justiça a uma das obras de arte mais delicadas sobre luto que já tive o privilégio de assistir nessa vida.
O filme japonês preenchia todos os requisitos necessários para faturar a estátua principal da cerimônia por ser, de fato, o melhor entre os indicados, mas acredito que vencer a categoria destinada a filmes de fora dos Estados Unidos já signifique alguma coisa.
Tomara que agora as plataformas de streaming tragam Drive My Car para os seus catálogos e que mais pessoas tenham acesso a essa beleza oriental da sétima arte.
A pergunta que não quer calar é: o que, afinal, a assistente do Ryusuke Hamaguchi estava anotando naquele caderninho na hora da entrega do prêmio?
Será que a assistente estava com um Death Note só anotando os nomes de quem não aplaudisse?
UM MALUCO NO PEDAÇO vs. TODO MUNDO ODEIA O CHRIS
Para fechar o post, é interessante salientar aqui que já era justo HÁ MUITO TEMPO que a Academia premiasse o talento de Will Smith como Melhor Ator — bateu na trave em 2002 depois da sua atuação em Ali e em 2007, por A Procura da Felicidade — e que não é justo dizer que o Oscar "deu o prêmio de consolação" ao eterno Fresh Prince Of Bel-Air como o fez com Leonardo DiCaprio em O Regresso (2015).
Assim como citei com Kirsten Dunst em sua categoria, Benedict Cumberbatch — o maior concorrente de Will Smith esse ano — fez mesmo um trabalho muito bom em Ataque dos Cães, mas não consegui enxergar nada em sua interpretação que fosse excepcional ou fora da curva como o próprio ator conseguiu em seu papel de Alan Turing de O Jogo da Imitação (2014).
Por sua vez, Andrew Garfield é um dos melhores atores da sua geração — entre os Homens-Aranha é com certeza o intérprete de Peter Parker mais completo, não no personagem em si, mas em sua carreira — e Tick, Tick, Boom! é um ótimo filme, especialmente pela carga emocional imposta por Garfield no papel do diretor de teatro musical Jonathan Larson.
Porém, King Richard TINHA que ser a consagração da carreira de Will Smith por um dos pontos que o próprio ator salientou em seu discurso de agradecimento; a questão de tanto ele quanto seu personagem elevarem a família em primeiro lugar.
Cena de King Richard: Criando Campeãs
Embora distintos em vários pontos, Richard e Smith acabam se "encontrando" no quesito amor de família e o tapa na cara do apresentador e comediante Chris Rock, apenas minutos antes de Will receber a estatueta de melhor ator, só corrobora com essa atitude "familiar", já que ele saiu de seu papel de ator diante de zilhões de espectadores pelo mundo para se colocar no papel de marido, defendendo a esposa (Jada Pinkett-Smith).
"Slap!"
Mais do que questionarmos se Rock merecia ou não o tabefe, é necessário entendermos o que realmente motivou Smith a ter aquela atitude e para quem assistiu, isso ficou bem claro.
O discurso de vitória foi forte e carregado de emoção — do lado de lá e de cá da tela — e para quem acompanhou toda a trajetória de Will, desde Um Maluco no Pedaço, passando por Bad Boys, MIB, até chegar na sua primeira disputa pelo Oscar em 2002, não tem como não ficar realmente comovido pela consagração de um dos atores mais carismáticos da sua geração, mesmo tantos anos depois de ele já ter feito por merecer isso.
Seja como for, é difícil acreditar que em plenos anos 2022 todas as fofocas de um Oscar estariam girando em torno do dia em que Um Maluco no PedaçoSENTOU A MÃO na cara do Todo Mundo Odeia o Chris, não é mesmo?
É como se a nossa adolescência estivesse em conflito e nós não soubéssemos de que lado deveríamos ficar.
Afinal, o tapa foi bem dado ou não?
A cara da LupitaNyong'o lá atrás enquanto o Will xingava o Rock foi o que entregou na hora do acontecido que os dois atores não estavam encenando uma briga e sim partindo para as vias de fato na real.
P.S - Esse ano a Academia resolveu colocar em votação popular cinco dos momentos considerados mais icônicos do cinema e o vencedor foi a sequência em que o Flash (Ezra Miller) usa a Força de Aceleração para voltar no tempo e salvar a Liga da Justiça.
A cena pode ser vista no polêmico Zack Snyder's Cut - Justice League lançado há um ano e caiu no gosto popular, vencendo a reunião dos Homens-Aranha em Spider-Man: No Way Home e o momento "Avante Vingadores" de Avengers: Endgame.
Mano... nem sei o que dizer. Eu nem lembro direito dessa cena. Depois de quatro horas de enrolação, perto do fim do Snyder cut, eu já estava morrendo de sono e nem saberia descrever o que acontece nesse momento do filme. Independente da cena ser boa ou não, nada vai superar o "Avengers Assemble" dito pela primeira vez em Vingadores: Ultimato. Naquele momento, eu já estava cagado de lágrimas no cinema e nunca mais, provavelmente, vou sentir sensação parecida numa sessão. Foi de arrepiar.
Snyder cut de cu é rola perto disso!
P.S. 2 - Rever o trio Uma Thurman, Samuel L. Jackson e John Travolta reunido mais uma vez para celebrar os 28 anos de Pulp Fiction no palco do Oscar foi outro dos momentos mais emocionantes da noite. Eu só não chorei porque estava me vendo representado pela careca do Travolta e rindo com a referência à maleta misteriosa do filme cujo conteúdo até hoje ninguém sabe do que se trata... exceto o Tarantino.