Nos primórdios das histórias em quadrinhos as personagens femininas ocupavam em sua grande maioria o papel da donzela em perigo, a pobre moça indefesa que precisava ser resgatada pelo herói. Com o passar do tempo, os escritores e desenhistas começaram a perceber que havia espaço para que essas personagens femininas se desenvolvessem e ocupassem um lugar de maior destaque junto a esses heróis. Foi aí que começaram a surgir as super-heroínas.
A Marvel Comics nunca teve em suas fileiras heroicas uma personagem que tivesse a importância que a Mulher Maravilha, por exemplo, possui para as HQs da Distinta Concorrente. Você pode estar nesse momento tentando se lembrar de um nome feminino para a Marvel tão importante quanto a Maravilhosa, e em sua mente devem estar desfilando Sue Richards (a Mulher Invisível), Tempestade dos X-Men ou a Feiticeira Escarlate dos Vingadores. Note que, embora todas as citadas sejam grandes personagens para o contexto das histórias da Marvel, nenhuma tem a notoriedade ou reconhecimento de uma Mulher Maravilha ou de uma Mulher Gato. Mas quem se importa?
As dez personagens mencionadas aqui no Top 10 – As mais gostosas da Marvel fazem, com certeza, parte do hall das mais lembradas pelos leitores de HQs quando o assunto é punheta mulher bonita dos quadrinhos, e vale a pena acompanhar a leitura para descobrir, afinal, porque elas fazem tanto a cabeça da cuecada.
Criada por Roy Thomas (o responsável também pela adaptação do Conan para as HQs) e Gene Colan (desenhista célebre que fez importante passagem pelas HQs do Demolidor), a Miss Marvel surgiu pela primeira vez em Marvel Super-Heroes #13, de março de 1968. Conhecida apenas como Carol Susan Jane Danvers, uma militar agente da SHIELD, a personagem fazia pontas em diversas histórias, atuando ao lado de Nick Fury, dos Vingadores e do Capitão Mar-Vell. Foi através de Mar-Vell que ela adquiriu seus fantásticos poderes de absorver e conduzir energia (ao se envolver em um acidente com uma aparelhagem de origem Kree, a raça de Mar-Vell), e desde então ela passou a atuar sozinha e ao lado dos Vingadores como uma super-heroína.
Quem assistiu a antiga série de desenhos dos X-Men deve lembrar que os poderes da Vampira (super-força, voo, resistência) foram na verdade roubados de Miss Marvel, que por isso, passou um longo período desaparecida, jogada num canto esquecido da Marvel. Nesse período Carol engravidou, deu a luz a um filho de um ser onipotente, tornou-se a Binária, passou a fazer parte das histórias dos X-Men, recuperou os poderes, tornou-se alcoólatra e passou a se chamar Warbird.
Ufa!
Nada disso teria importância, no entanto, se um cara chamado Brian Michael Bendis (conhecido por resgatar personagens obscuros e trazê-los de volta ao foco) não tivesse dado a Miss Marvel a chance de voltar à vida, tornando-a a personagem feminina mais importante da Marvel em Dinastia M, saga que remodelou o universo mutante da editora e que terminou com o surto da Feiticeira Escarlate.
A partir daí, tínhamos a loira deliciosa, vestida naquela maiozinho preto em praticamente todas as edições de Vingadores, Dinastia M ou em suas aventuras solo, sempre com grande destaque.
Se Carol Danvers realmente existisse, eu diria que ela teria o corpo da Ellen Roche, e a partir desse comentário, deixo sua imaginação fluir!
Sempre gostei muito da personagem Miss Marvel, mesmo antes dela voltar à tona graças a Michael Bendis, e torcia para que ela voltasse a figurar mais vezes ao lado dos Vingadores, como acabou acontecendo.
Tudo bem que todas as personagens desenhadas por Frank Cho ficam gostosas, mas a Miss Marvel que ele desenhava... Deus do céu!
Criada pelo próprio Stan “The Man” Lee e Jack “God” Kirby, a primeira aventura da Feiticeira Escarlate, ao lado de seu irmão Mercúrio e do papai Magneto foi em X-Men #4 (1964). Como toda personagem feminina da época, Wanda Maximoff nada mais era do que o preenchimento de cotas da Irmandade de Mutantes do Mestre do Magnetismo (além de um nepotismo terrível), e só quando ela entrou para os Vingadores, após a saída dos membros originais (Thor, Homem de Ferro, Hulk, Vespa e Homem Formiga) é que ela ganhou um pouco mais de personalidade, vindo a se tornar provavelmente, a personagem mais importante do grupo mais poderoso da Terra.
Eu costumo ver a Wanda como uma mulher mais madura, na casa dos trinta, embora isso não seja algo definitivo com tantos reboots e retcons pelo qual os personagens das HQs passam hoje em dia. Ela já foi casada com um androide (!), conjurou dois filhos gêmeos (!) e depois dessa fase chegou a ter envolvimentos românticos com o Magnum, Gavião Arqueiro e até com o Capitão América, este último affair que ficou bem claro próximo da conclusão de Dinastia M, o que há de se convir, seria algo natural se esses heróis realmente existissem.
Vamos fazer nosso exercício de imaginação do dia, jovem padawan. Você é um herói e mora na Mansão dos Vingadores. Você olha para o lado e vê a Mulher Hulk, aquele mulherão sarado, verde e com dois metros de altura. Olha mais à frente e vê a Vespa, com asinhas de Sininho e com o tamanho do seu dedo indicador. Olha para o outro lado e vê a Jocasta, uma mulher-robô mais fria que aquela sua namorada que não sabia demonstrar sentimentos. E então você vê a Feiticeira Escarlate, cabelos encaracolados, vestida num maiô vermelho tomara que caia, coxas (grossas) à mostra e com os poderes de mudar as probabilidades (pense o quanto esse dom pode ser importante na hora H!!).
Fala a verdade. Qual delas você escolheria para ter um affair? Nada bobos o Magnum, o Gavião e o Capitão América, hein!
A primeira aparição da deusa africana foi em Giant-Size X-Men #1 (Maio de 1975). Criada por Len Wein (cocriador do Wolverine) e Dave Cockrum (desenhista que fez história antes da passagem de John Byrne pelos X-Men) Ororo Munroe surgiu como a segunda personagem feminina a integrar a equipe mutante criada por Stan Lee (se desconsiderarmos a Polaris), e com certeza, é uma das integrantes mais importantes de todas que já estiveram nas fileiras da movimentada Escola para jovens superdotados do Professor Xavier.
Ainda nos traços de Cockrum e mais tarde também nos de John Byrne, Ororo sempre tivera aquele porte de mulherão, embora à princícipio ela demonstrasse um ar amável e compreensível, fazendo sempre às vezes da apaziguadora da equipe, aquela que sempre colocava panos quentes quando o caldo engrossava.
Com o tempo, e conforme as histórias dos mutantes foram amadurecendo, graças aos roteiros engajados de Chris Claremont, a personagem Tempestade também ganhou uma personalidade mais marcante, o tipo de mulher decidida e corajosa que com certeza faz com que o seu homem sempre diga a última palavra em casa: “Sim, senhora!”. Coitado do Pantera Negra!
Com o tempo, e conforme as histórias dos mutantes foram amadurecendo, graças aos roteiros engajados de Chris Claremont, a personagem Tempestade também ganhou uma personalidade mais marcante, o tipo de mulher decidida e corajosa que com certeza faz com que o seu homem sempre diga a última palavra em casa: “Sim, senhora!”. Coitado do Pantera Negra!
Ororo chegou a ganhar no braço a liderança dos X-Men, num confronto mano a mano com o Ciclope, tornou-se a líder dos Morlocks ao derrotar Calysto, liderou também a equipe dourada dos X-Men nos anos 90 (quando a equipe mutante se dividiu em duas, azul e dourada) e é vista até hoje como a “fodona” do grupo por seu destemor (tá, não espalhem que a moça tem claustrofobia!).
Por esse seu temperamento de liderança, Ororo atraiu caras como Forge, Wolverine e até o Gambit, mas quem fisgou o coração da deusa negra foi mesmo o rei de Wakanda, o Pantera Negra, o que é compreensível.
Se eu fosse um rei africano, nada mais certo que eu quisesse uma deusa africana para reinar ao meu lado.
Só deve ser meio perigoso contrariar essa gata ou não atender seus pedidos. Nunca se sabe quando o clima pode (literalmente) fechar para o seu lado!
As HQs e as personagens femininas das mesmas se dividem em antes e depois da década de 90. I know, right!
Mais especificamente, podemos dizer que as personagens femininas mutantes se dividem em antes de Jim Lee e depois de Jim Lee.
Mas por que isso, Rodman?
Porque, caro padawan, o japa da Coréia foi o responsável pela “sexualização” das X-Women em sua passagem bombástica pelos títulos dos X-Men, e se hoje vemos a Vampira, a Tempestade, Jean Grey e a própria Psylocke com olhos, digamos, mais clínicos, a culpa é dele.
Criada por Chris Claremont e Herb Trimpe, a primeira aparição de Elisabeth Braddock, irmã de Brian Braddock (o Capitão Britânia), deu-se na edição Captain Britain vol. 1 #8 (Dezembro de 1976).
Para entender a personagem, primeiro esqueça essas feições orientais que ela tem hoje. Beth (ou Betsy) nasceu inglesa, entrou para os X-Men por acaso ao ajudar o grupo a derrotar o Dentes de Sabre durante o Massacre de Mutantes, saga que tornou o universo X mais violento, e de lá pra cá participou de diversas formações da equipe. Dotada de poderes psíquicos, tais como leitura de mentes, projeções mentais e todo o combo de dons que esses personagens acabam desenvolvendo com o passar do tempo, Psylocke à princípio fazia as vezes de donzela em perigo no campo de batalha, embora ela já usasse uma armadura para se proteger. Vejam bem, ela não possuía nenhum outro dom além dos psíquicos, o que a tornava uma inútil durante uma luta, a não ser que ela ficasse escondida lendo as mentes dos adversários e dando dicas para os companheiros. Até Jean Grey era mais útil, já que ela possuía a telecinesia.
Quando Lee assumiu os títulos ao lado de Claremont (que já tinha fixado na cabeça dos fãs todo um universo mutante que funcionava em paralelo com o restante dos personagens Marvel), ele causou alterações nos personagens principais. Alguns não passaram do visual, como os cabelos à mostra do Ciclope e suas correias inúteis ao redor das pernas e do peito, da roupinha aggressive da Jean Grey e os trajes atochados da Vampira. Com a Psylocke, essas mudanças foram um pouco mais além.
Betsy transformou-se então em uma ninja chinesa perita em artes marciais e manipuladora da chamada adaga psíquica, com a qual ela podia fritar o cérebro dos adversários (Magneto que o diga!), e tudo isso fez com que ela se tornasse, ao lado de Wolverine, a personagem mais perigosa da equipe, algo que era meio que um padrão nos anos 90. Todo mundo ou era fodão ou acabava se tornando depois.
Cara! Pensa numa molecada que se acabava naqueles quadros gigantes e nas páginas splash em que a gostosa chinesa aparecia!
Psylocke foi praticamente a responsável pela prática da punheta literária quando aparecia dando suas famosas voadoras de pernas abertas, sem falar nos closes em sua bunda e peitos mesmo quando ela estava, sei lá... Admirando a paisagem. Se hoje ela é uma personagem meio que apagada nas HQs, saibam que toda sua fama se construiu naquela época em que era desenhada por Jim Lee.
Digam o que quiser do japa coreano. O cara soube criar imagens icônicas na cabeça dos fãs, e se hoje os X-Men encabeçam a lista das maiores equipes de super-heróis de todos os tempos, boa parte se deve a ele e seus desenhos “posudos” e que todo mundo queria ter na capa do caderno ou na camiseta.
Ahhh, Psylocke!
A Viúva Negra não foi criada exclusivamente para o filme do Homem de Ferro, se é o que você pensa, jovem padawan que ouve Restart. Natasha Romanova (Natália Romanoff ou seja lá qual for o nome dela hoje em dia) foi criada pelos escritores Stan Lee e Don Rico e pelo desenhista Don Heck. Sua primeira aventura foi na revista Tales of Suspense #52 (Abril de 1964), e na época ela figurava como uma inimiga russa do Homem de Ferro (sim, isso é verdade).
Foi nas histórias do Demolidor, porém, que ela ganhou mais espaço no universo Marvel, fazendo as vezes de amante do advogado cego da Cozinha do Inferno. Aliás, esse Demolidor é um dos personagens mais pegadores do Universo 616 da Marvel! Só pega filé!
O que podemos dizer de uma espiã russa que começou como vilã (até porque em época de Guerra Fria a maioria dos vilões obrigatoriamente eram russos), passou para o lado dos mocinhos, foi recrutada pela SHIELD, foi uma das principais aliadas de Nick Fury em seu tempo à frente da organização (hoje comandada por Steve Rogers), é perita em artes marciais (como todo mundo que não tem poderes nas HQs) e que anda por aí num couro preto apertado delineando maravilhosamente suas curvas (e que curvas!)? E ela é russa! Pensa na hora H ela falando com aquele sotaque cheio de “R”, mais ou menos como aquele usado por Famke Janssem em 007 contra Goldeneye?
Uma das vantagens de se namorar a Viúva Negra (embora alguém com um codinome desses não possa ser candidata à namorada!), além das características físicas já aqui citadas, é que, graças a um processo experimental, ela tem seu envelhecimento retardado (mais ou menos como o Nick Fury), o que garante que você possa passear com ela de mãos dadas no shopping por um período bem longo, mais com certeza do que aquela guriazinha que você está pleiteando. Não se fazem mais espiãs russas como antigamente!
Eu tive o privilégio de ter em mãos e ler a edição em que a Vampira fez sua estreia, no Brasil publicada em Heróis da TV nº100 (The Avengers Annual #10 de 1981 nos EUA) e tenho que confessar... Como ela era feia!
Criada por Chris Claremont e Michael Golden (artista que desenha a história de estreia da personagem) a Vampira original não tinha praticamente NADA a ver com a personagem que popularizou-se, mais tarde, com o desenho animado dos X-Men. Com um corte de cabelo Joãozinho (sabe, tipo Xuxa, Maria Gadhú, Emma Watson), do tipo que “machifica” mesmo que involuntariamente a mais feminina das mulheres, os trejeitos de um moleque mimado e uma estatura baixa, a Vampira surgiu como uma vilã e servia aos desejos escusos de sua mãe adotiva Mística, junto da Irmandade de Mutantes. Não tenho palavras pra descrever o quanto essa história escrita por Claremont é eletrizante, juntando os Vingadores e os X-Men (prometo fazer um Do Fundo do Baú especial para ela), e ela serve para nos mostrar um lado mais violento da personagem que até então não conhecíamos.
Mais tarde, arrependida de seus crimes (inclusive o de quase matar Miss Marvel ao tocá-la e absorver tanto suas memórias quanto poderes) e incapaz de controlar seus dons mutantes, ela procurou a ajuda do Professor Xavier, passando a integrar então os X-Men, à contragosto de seus outros membros devido o passado marginal da garota.
Vampira continuou sendo a pária meio machona da equipe até que Jim Lee surgiu...
O design do uniforme mais popular da Vampira é do japa da Coréia, e à partir dessa criação a Vampira passou a fazer parte do hall das personagens mais gostosas das HQs, dividindo espaço nos X-Men, como a preferida do público masculino, com a já citada Psylocke.
Vampira era praticamente a única personagem Marvel que ficava quase que 100% de seu tempo coberta dos pés a cabeça (tá, eu sei que ela não usa máscara, é modo de dizer), mas isso não a tornava menos interessante. Não era raro que ela perdesse os poderes em algumas edições (como a que ela fica perdida na Terra Selvagem andando pra cima e pra baixo de roupinha rasgada) só para que Lee nos presenteasse com closes eróticos da menina, e duvido que a galera reclamasse disso.
Atualmente ela abandonou seu uniforme mais clássico adotando um mais comportado, mas não é por isso que, creio eu, as “homenagens” em intenção a ela tenham cessado definitivamente.
Já mencionei isso aqui, mas eu era louco pela personagem no desenho animado com a voz da dubladora Fernanda Fernandes! Aquela voz rouquinha e delicada combinava perfeitamente com a Vampira.
A revista do Demolidor estava para ser cancelada por baixa vendagem, quando um tal de Frank Miller foi contratado pela Marvel e inseriu na narrativa das histórias do Demônio Audacioso o clima cinematográfico tão característico naquilo que escreve. A revista ganhou um novo fôlego, e o jovem escritor e desenhista deu ao personagem, pela primeira vez, status de grande, algo que ele nunca antes havia sido.
No tempero desse caldeirão sempre fervente que eram as histórias do Demolidor assinadas por Miller, o escritor decidiu adicionar uma pitada de pimenta, e assim nasceu Elektra, a ninja assassina grega que jurou vingar a morte do pai, morto por bandidos que Matt Murdock (o então jovem Matt antes de se tornar o Demolidor) tentava deter.
Elektra já possuía um sexy appeal indiscutível na época de sua criação (Janeiro de 1981), e foi esse conjunto mulher fatal/ninja gostosa que atraiu o público e fez com que a personagem crescesse a cada nova edição que ela aparecia ao lado (ou contra) o personagem título.
Em uma de suas aventuras, no entanto, Miller decidiu que sua criação devia morrer, e a moça encontrou seu fim, empalada pelo Mercenário, adversário de longa data de Murdock.
Se a história tivesse terminado por ali, Elektra teria se tornado o que Gwen Stacy acabou se tornando para o público do Homem Aranha: A namoradinha que morreu pelas mãos do vilão e que nunca mais voltou. Porém, a Marvel decidiu ressuscitar a ninja, e com a benção de Miller ela retornou, o que rendeu as excelentes minisséries Elektra Vive e Elektra Assassina (desenhada por Bill Sienkiewicz).
Ela é rápida, ela é cruel e ela é mortal, mas nem precisaria de tudo isso. Quem se concentraria em um combate com uma morena maravilhosa vestida em uma roupinha curta, com as pernas de fora (e às vezes muito mais do que só as pernas!) e com aqueles olhos azuis encantadores? A sorte do Demolidor é que ele é cego, porque enfrentar essa mulher de olhos abertos deve ser um teste de resistência!
Ninjas assassinas deviam ser proibidas de serem tão gostosas!
E chegamos ao pódio.
Agora protejam suas mentes porque a dona do terceiro lugar hoje está no time dos mocinhos, mas seu caráter dúbio sempre causou calafrios até mesmo no mais controlado mutante da escola do Professor Xavier.
Ela é má, ela não mede esforços para atingir seus objetivos e ela pode fazer você regredir para a idade mental de um bebê, se ela assim o desejar. Ela é Emma Frost!
A Rainha Branca do Clube do Inferno, ou Emma (para os íntimos) foi criada por Chris Claremont (de novo ele) e John Byrne, e sua primeira aparição deu-se em Uncanny X-Men #129 (Janeiro de 1980), no começo da Saga da Fênix Negra.
Acreditem ou não, ela já tinha aquele seu visual sadomasô, vestia seu tradicional corpete, calcinha (se alguém tiver algum outro nome pra peça, por favor, deixem nos comentários) e às vezes uma cinta-liga, fazendo conjunto com as botas de cano longo. Se você já não a conhecesse e apenas imaginasse essa minha descrição, você provavelmente pensaria, “meu Deus! Mas é uma fetichista!”, mas duvido que você não gostaria que sua namorada, esposa ou amancebada se vestisse assim numa noite caliente. Confessa. Vai.
Emma, ao lado da Zatanna da DC, com certeza tem um dos visuais mais sexys dos quadrinhos, e há de se ter muita concentração e perseverança para ler as histórias em que essa loira gelada (Frost, hãn, hãn, sacou?) aparece sem revisitar suas páginas várias e várias vezes.
Nas histórias dos X-Men sempre foi comum que algum vilão se regenerasse e entrasse para o time, e não foi diferente com Emma, que hoje lidera a equipe ao lado de seu namorado Ciclope (que viveu a vida toda de quatro pela Jean e que de repente decidiu que queria levar uns chifres também da Rainha Branca), embora seja sempre vista como a traíra, a X9, ou aquela pra quem todo mundo vai sempre olhar quando der alguma merda e se tiver traição no meio.
Traidora ou não, Emma é uma das garotas mais gostosas da Marvel, e ouso dizer das histórias em quadrinhos em geral, e merece a posição com todas as honras.
O Ciclope pode ser corno, mas que o safado passa bem suas noites isso ninguém duvida!
Tudo bem, eu confesso. Sou apaixonado pela Mulher Aranha.
Em primeiro lugar ela tem o porte físico que mais admiro nas mulheres: ela é morena, tem cabelos longos, pretos e lisos, fica perfeita dentro de um colante e ainda tem o dom de fazer qualquer homem se apaixonar por ela.
A primeira aparição da gata (e aqui estamos falando de Jessica Drew e não de suas várias cópias) foi em Marvel Spotlight #32 (Fevereiro de 1977), e ela surgiu das mentes de Archie Goodwin (autor falecido que chegou a ser o manda-chuva da Marvel entre 76 e 78), Sal Buscema (arghh!) e Jim Mooney (autor também falecido em 2008).
Jessica é mais uma das personagens tiradas do limbo pela mente criativa de Brian Michael Bendis, e assim como a Miss Marvel, a heroína aracnídea figura entre as mais importantes do universo Marvel atualmente, tendo feito parte, inclusive, de todas as últimas formações dos Vingadores.
Me lembro de a ter visto pela primeira vez na edição nacional da Editora Abril de nº 23 do Homem Aranha, e já na época eu não conseguia entender por que ela voava e disparava rajadas energéticas das mãos se ela só possuía poderes de uma aranha!
Segundo pesquisas, descobri que ela chegou a ter um desenho animado nos anos 70 (que nem corri atrás para evitar o choque do bizarro), mas ao contrário das personagens da DC ela não chegou a ganhar notoriedade do grande público com essa rápida incursão pela TV.
De tão obscura, dá pra contar nos dedos a quantidade de revistas em quadrinhos de meu acervo em que a Mulher Aranha aparece antes dela retornar pelas mãos de Bendis, mas uma única história dela ao lado dos Vingadores me fazia torcer intensamente para que ela viesse a se tornar mais icônica (a já citada edição de nº 100 de Heróis da TV), e foi o que acabou acontecendo mais tarde.
Jessica Drew voltou à tona envolta em mistérios. Ao mesmo tempo em que ela é recrutada pelo próprio Capitão América, que procurava recompor sua equipe de Vingadores após os eventos de A Queda, a moça recebia estranhas visitas de personagens ocultos que pareciam manipulá-la de alguma forma. Mais tarde viemos a saber que aquela Mulher Aranha era na verdade a Rainha Skrull infiltrada na Terra, e que as pessoas que conversavam com ela, eram na verdade, seus asseclas.
Desfeito o samba do skrull doido, a Jessica Drew original ressurgiu, após ficar por muito tempo presa em uma nave espacial (!) junto dos demais heróis que haviam sido substituídos pelos alienígenas verdes, e ela também passou a fazer parte dos Vingadores.
Apesar de não ser tão palhaça quanto sua versão masculina, Jessica é uma personagem muito divertida, e o texto de Bendis combina absurdamente com sua personalidade. Seus encontros com o Homem Aranha são impagáveis de tão engraçados, e dá pra entender perfeitamente porque o amigão da vizinhança se engraça todo pro lado da moça.
Um de seus poderes é despertar certos desejos nos homens com seus feromônios, e ela já deixou até mesmo o Luke Cage balançado acidentalmente.
Com aquele colante, ela nem precisa usar seus poderes pra encantar quem quer que seja! Caía fácil na teia da aranha!
O Homem Aranha é meu personagem favorito, fato. Tudo que envolvia o universo do herói até certo tempo (até o pacto com o Capiroto, Cof! Cof!) me interessava muito e isso envolve, claro, as paixões do personagem, incluindo Felícia Hardy, a Gata Negra.
Sua primeira aparição foi em Amazing Spider-Man (Vol.01), número 194, em 1979. Cria de Marv Wolfman (aquele mesmo dos Novos Titãs) e Keith Pollard (artista que desenhou as aventuras do Homem Aranha por algum período, bem como o Mestre do Kung Fu e o Golias Negro), a Gata Negra a princípio desenvolvia função parecida com a da Mulher Gato no mundo do Batman (no Brasil o nome da personagem chegou a ser traduzido erroneamente como “Mulher Gato”), servindo como a ladra habilidosa que seduz o herói, fazendo o questionar por vezes suas escolhas. Bom, não que isso tenha mudado muito depois.
Um dos fatos mais importantes sobre a Felícia Hardy, além de que seu tesão estava na figura do Homem Aranha e não em Peter Parker, é que ela nunca foi desenhada feia ou magra. Todos os desenhistas que passaram pelas revistas do Homem Aranha sempre fizeram questão de desenhá-la extremamente gostosa, do tipo que o amigão da vizinhança devia passar um apertado dentro daquele seu colante azul e vermelho quando topava com ela.
Diferente da doçura de Gwen Stacy ou do caráter de mulher decidida da Mary Jane, a Gata Negra era provocante e sabia usar de sua malícia para levar o Aranha a cometer loucuras por ela. Ela exalava sensualidade pelos poros, e vestida naquele seu traje colado negro, ela quase sempre conseguia aquilo que queria do pobre Peter Parker. Aliás, pobre o caramba, né! O cara tinha a chance de desfilar para cima e para baixo com uma gata de cabelos platinados e deliciosamente provocante. Chamá-lo de coitado ou pobre seria no mínimo incoerente!
Com razão, Peter chegou a ficar dividido entre o que ele sentia por Mary Jane e o que ele tinha com Felícia antes de seu casamento, e ninguém pode culpar o cara. “Fico com a modelo ruiva gostosa ou com a gata de cabelos platinados gostosa? Ó dúvida cruel!"
A Gata Negra junta tudo que os homens mais gostam em uma personagem só: Ela é gostosa, maliciosa, gostosa, linda, gostosa, apesar de ser uma ladra regenerada ela possui um caráter firme, é habilidosa e... gostosa. Muito gostosa!
Na década de 90 seu traje “felpudinho” foi trocado por um cujo decote rasgava-lhe até o umbigo. Ela ganhou garras (item praticamente obrigatório nessa década), visão noturna e uma porção variada de apetrechos para arrombamento e ação durante a noite. Seus poderes de má sorte desapareceram por um tempo e chegaram a surgir boatos de que o Rei do Crime apenas havia trazido à tona um dom latente que ela já tinha antes, classificando-a assim como uma mutante, ideia que não foi muito pra frente, se perdendo com o tempo.
Nada mais justo que a Gata Negra ocupe esse lugar de destaque nesse Top 10, uma vez que poucas personagens femininas conseguem ter tantos atributos físicos e ainda tirar o amigão da vizinhança do sério.
Fala se você também não ia querer ter uma gata dessas miando a noite no seu telhado?
Pra quem ainda não viu Top 10 As mais gostosas da DC vale a conferida!
E até a próxima!
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E até a próxima!
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