24 de agosto de 2021

Homem-Aranha Sem Volta para Casa React

Namasterizando Homem Aranha Sem Volta para Casa


E a Sony/Marvel/Disney FINALMENTE lançou o aguardado trailer de Homem-Aranha - Sem Volta para Casa (Spider-Man: No Way Home) na última madrugada, apenas um dia após um vazamento que já tinha botado a galera para especular sobre as teorias do filme... mesmo numa qualidade de vídeo mais do que escrota!

No calor do hype, eu resolvi gravar um podcast para falar um pouco das minhas primeiras impressões sobre o trailer JÁ QUE NINGUÉM MAIS LÊ TEXTO EM PORRA NENHUMA e o resultado vocês podem conferir aí embaixo. (Não é aquela coisa que se possa dizer "nooooossa, que bagulho foda!", mas dá pra ouvir direto no player a seguir: 

Ou na sua plataforma de streaming preferida — também conhecida como Spotify!


E aí? O Doutor Estranho do vídeo é mesmo o Stephen Strange que a gente conhece ou uma variante?

Que cagada foi essa que o "Mago Supremo" causou com esse feitiço capenga?

Será que vamos MESMO ter a presença dos Homens-Aranha do Tobey Maguire e do Andrew Garfield no filme?

Será que esse Peter Parker ENFIM vai aprender que com grandes poderes vêm grandes responsabilidades ou ainda não vai ser dessa vez? 

Abaixo dois links dos posts mencionados no Namasterizando #001 em que falo um pouco sobre as polêmicas sagas "Um dia a mais" ("One more Day") e "Um instante no Tempo" ("One Moment in time") em que o Aranha faz um pacto com o Capeta para salvar a Tia May, mas acaba perdendo a MJ e o seu casamento... 


Namasterizando Homem Aranha Sem Volta para Casa


Ah, mas depois é o Doutor Estranho quem reseta tudo de novo! Hehehehe! Puta zona essa saga!


Namasterizando Homem Aranha Sem Volta para Casa


NAMASTE!  

16 de maio de 2021

UM ANO DE PANDEMIA: O QUE MUDOU NESSE PERÍODO?



Há mais de um ano o mundo foi tomado de assalto por um vírus de efeitos catastróficos que já ceifou mais de 3 milhões de vidas, e desde então, as pessoas têm tentado sobreviver da melhor maneira possível, seja se protegendo ao respeitar as regras sanitárias da OMS, seja negando que o bicho seja tão feio assim. 

Do começo da pandemia até o atual momento, muita coisa mudou em nossas vidas. A paranoia aumentou com a falta de liberdade de ir e vir, as relações humanas se tornaram menos calorosas e a velha polarização política de esquerda contra direita acabou se transformando em uma disputa de egos, onde o grupo que quer viver precisa brigar com o que “não está nem aí” para quem vive ou morre. O Coronavírus nos causou mudanças profundas, nos tornou menos humanos e o “novo normal” de uma realidade que parece muito com ficção científica está cada vez mais enraizada no dia-a-dia.

Há quase um ano, o Blog do Rodman, com a esperança de que tudo passaria em alguns poucos meses, publicou um post falando sobre a situação no Brasil e no mundo naquela época. 12 meses depois, é hora de voltarmos ao assunto e contar sobre as mudanças que ocorreram nesse período, as boas e as más. O que aconteceu um ano depois do confinamento por conta do alastramento do Covid-19?


O MUNDO UM ANO DEPOIS


Há um ano, noticiamos aqui, após ampla divulgação nos meios de comunicação, que a Europa havia sido um dos continentes mais afetados pelo surto de Covid-19 depois da Ásia, lugar que, até onde sabemos, o vírus se originou. Os primeiros meses de 2020 foram de grande pânico para a população europeia e vimos países como a Itália e a Espanha registrarem mais de 200 mil casos de infectados em menos de um mês, isso porque nenhum dos governos vigentes havia levado a sério o perigo de contaminação iminente.

Atualmente, a Itália ocupa a oitava colocação no ranking dos países mais afetados pelo Covid-19, tendo um total de 4,07 mil casos registrados e pelo menos 122 mil mortes desde o início da pandemia. Segundo relatos de quem mora por lá, a situação não é tão ruim como a de outras partes do mundo, mas o país atualmente enfrenta um segundo lockdown — nome dado às paralisações de comércio e circulação local — devido uma segunda onda de contaminação que atingiu a capital romana. Por causa disso, os italianos não esperam sair dessa situação ainda alarmante tão cedo.

Itália na pandemia
Itália na pandemia


Já em Barcelona, relatos informam que novos casos de contágio ainda acontecem diariamente, o que tem mantido em alerta máximo as UTIs dos hospitais locais. Junto da Itália, a Espanha protagonizou o epicentro da pandemia na Europa no primeiro ano e atualmente, se encontra em nono lugar no ranking dos mais afetados, com mais de 78 mil mortes e pelo menos 3,55 mil casos registrados. Comparado a um certo país da América do Sul — aquele que de vez em quando rola Carnaval! —, a Espanha está vivendo quase um mar de rosas.

A Espanha ocupa o 9º lugar no ranking da pandemia


Um pouco diferente da vizinha de península Ibérica, Portugal é com certeza o melhor exemplo de recuperação sistemática entre os países europeus. O país, que em janeiro de 2021 sofreu com um recorde de casos e mortes pela doença que colapsou o sistema de saúde local, hoje vive um momento de estabilidade. Em muitas partes, já é possível a flexibilização das restrições que antes impediam que as pessoas sequer saíssem às ruas e os casos de mortes caíram vertiginosamente devido uma política pública de saneamento e conscientização da população sobre abrir mão de certos privilégios pelo bem maior. Hoje, Portugal conta com a imunização garantida de sua população com uma campanha ágil e maciça de vacinação que tem ocorrido em larga escala graças a competência de seu governo — liderado pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa —, o que nos dá certa inveja de nossos coirmãos lusitanos a essa altura.


Portugal foi o país europeu que melhor se recuperou da pandemia


Na América do Norte, os Estados Unidos ainda lideram o ranking dos países mais afetados pelo Covid-19 — já são quase 600 mil mortes em decorrência da doença —, mas a situação antes nublada pela presença conservadora de Donald Trump na Casa Branca foi amenizada com a eleição do democrata Joe Biden. Diferente de seu antecessor, que se negava publicamente a sequer respeitar os protocolos de segurança estimulados pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para a não-contaminação do vírus, Biden iniciou sua gestão influenciando de maneira bastante pungente a população quanto aos benefícios da vacinação. 

Atualmente, mais de 105 milhões de americanos já foram totalmente imunizados, enquanto outros 147 milhões  receberam pelo menos a primeira dose da vacina — os EUA têm mais de 328 milhões de habitantes —, lembrando que o país tem à disposição a vacina em dose única da Johnson & Johnson e a mRNA, um tipo de vacina que utiliza a replicação de sequências de RNA, hoje, fabricadas pela alemã BioNtech — em parceria com o laboratório Pfizer — e a Moderna, uma desenvolvedora de vacinas situada em Massachusetts.



Biden anunciou recentemente que pretende imunizar pelo menos 70% de sua população até o feriado nacional de 4 de julho, mas para isso, vai ter que convencer também a ala populacional mais radical que é contra seu governo — aquela que também acredita que houve fraude nas últimas eleições — e que, claro, é contra vacinas

Com três vacinas à disposição e uma situação mais confortável quanto a imunização de sua população, Biden já tem conversado com outros países em situações mais críticas para oferecer ajuda, o que inclui o Brasil e a Índia. Com doses extras da vacina AstraZeneca (do laboratório com sede em Cambridge no Reino Unido), Biden planeja repassar o medicamento a outras nações, além de ajuda com oxigênio e equipamentos clínicos de intubação. Apesar de não ter apoiado Biden em sua campanha, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro já divulgou que agradeceria a gentileza do democrata caso as negociações fossem além, o que daria um gás maior na vacinação do país tropical abençoado por Deus que segue em ritmo lento.

Joe Biden e sua meta até o feriado nacional de 4 de julho


Na Ásia, a cidade chinesa de Wuhan, onde foi detectado o primeiro caso de Coronavírus no mundo, vive hoje uma situação de calmaria e há quase um ano o local está praticamente livre de novos casos da doença, graças a um trabalho rígido de conscientização ao uso de máscaras protetoras, a não-aglomeração em lugares públicos e sobretudo a vacinação. A província de 11 milhões de habitantes foi a responsável pela maior parte das mortes na China pelo Covid-19 — foram pelo menos 4635 óbitos só na região —, mas atualmente administra bem novas ondas, já tendo praticamente eliminado a doença de seu território. A China hoje ocupa a 97ª posição no ranking de países afetados pela pandemia e tem menos de 5 mil mortes em sua extensão — no Brasil, em um único dia, ocorreram 4211 mortes em abril —, o que diz muito sobre sua política de contenção e prevenção do vírus por lá.

Strawberry Music Festival em Wuhan
5 de maio: Público assistindo aos shows do Strawberry Music Festival em Wuhan 


Totalmente na contramão no país de Xi Jinping, a Índia, que é o segundo país mais populoso do planeta, vem vivendo desde o começo de abril uma segunda onda de contaminação devastadora, o que tem preocupado governantes de vários lugares da Ásia e de outros continentes. Após conseguir diminuir e muito a curva do contágio no início do ano — a Índia chegou a registrar mais de 93 mil casos de infectados por dia em setembro de 2020 — o país começou a enxergar com bons olhos a campanha de combate ao Covid-19, o que fez com que seus governantes, num rompante de excesso de confiança, decidissem afrouxar as restrições de segurança em seu território. O processo eleitoral em cinco estados indianos pode ser iniciado sem grandes problemas na metade do mês, o que colocou mais de 186 milhões de pessoas nas ruas para votar sem qualquer protocolo de segurança ou distanciamento social. Além disso, o críquete — esporte nacional mais popular — botou mais de 130 mil torcedores em arquibancadas para assistirem duas partidas contra o time da Inglaterra, igualmente ignorando as medidas sanitárias de praxe. 

O resultado? 

Sistema de saúde colapsado na Índia
Sistema de saúde colapsado na Índia


Por conta do clima de “já ganhou” que tomou a Índia — achando que já tinha derrotado o vírus por nocaute —, nas primeiras semanas de abril (2021), o país registrou 270 mil novos casos de Covid-19, ocasionando mais de 1600 mortes, o que serve de exemplo não só para a Índia, mas também para todo o restante do planeta: Não dá para cantar vitória antes da hora com uma doença tão letal. 

O mais irônico disso tudo é que a Índia, que para não entrar em colapso depende hoje da ajuda humanitária de países como os Estados Unidos, por exemplo, é a principal fabricante mundial de vacinas e é de lá que são provenientes os principais insumos para a fabricação da vacina distribuída atualmente no Brasil, em parceria com os laboratórios da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).


HABEMUS VACINAS


No início da pandemia, ainda em 2020, falava-se que uma possível vacina contra o Covid-19 dificilmente seria sintetizada e aprovada em menos de um ano, o que acabou se provando uma inverdade, para nosso alívio. Ainda no final de janeiro do mesmo ano, a China já havia disponibilizado a sequência genética do vírus, o que possibilitou que as comunidades científicas mundiais começassem a trabalhar num imunizante com base nos estudos.

No mesmo mês, a empresa alemã BioNTech começou a fazer avanços nas pesquisas de RNA, utilizando ao invés do próprio vírus inativado — como é de costume na criação de vacinas — uma molécula desenvolvida em laboratório para simular o material genético do SARS-Cov-2 (nome científico do Covid-19), mas que é incapaz de causar a doença propriamente dita.

Fonte: OMS


Depois dos primeiros estudos em animais, testes de toxidade e o planejamento quanto à fabricação das vacinas, a BioNTech — que já tinha um financiamento governamental de 375 milhões de euros para a pesquisa — contou com a parceria da farmacêutica americana Pfizer para só então avançar com a criação de uma vacina eficaz contra o Coronavírus.

Os primeiros testes em humanos aconteceram na Alemanha já em abril de 2020 e pouco depois nos Estados Unidos. Em julho, foram divulgados os primeiros resultados da fase 1 de testes, contando com voluntários de vários lugares do mundo, incluindo o Brasil.


Ao final da fase 3 de testes, foi concluído que a vacina Pfizer/BioNTech tinha eficácia de 95% contra a doença e os dois laboratórios passaram a se dedicar a produzir o produto em larga escala, com a intenção de imunizar cerca de 650 milhões de pessoas em todo o mundo. O registro da vacina junto ao FDA (Food and Drug Administration, o órgão governamental dos EUA que faz o controle de alimentos e medicamentos) foi realizado em dezembro de 2020.



Em paralelo às pesquisas da Pfizer/BioNTech, a Rússia também começou seus próprios estudos para a criação de uma vacina e chegou a registrar seu imunizante em agosto de 2020, com os cientistas alegando que havia 97,6% de eficácia em seu resultado. Apesar desse aparente sucesso e da pressa do presidente Vladimir Putin em divulgar os avanços de seus cientistas antes de todo mundo, a Sputnik V, como é denominada a vacina russa, não foi aprovada pelos testes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no Brasil por, segundo a própria agência, haver até o momento "ausência ou insuficiência de dados de controle de qualidade, segurança e eficácia do produto".

Putin e a Sputnik V


Além das vacinas da Pfizer/BioNTech e da Sputnik V, pelo menos mais cinco outras estão em uso por todo o mundo, incluindo a Oxford-AstraZeneca (do Reino Unido), a Moderna (EUA), a Janssen (elaborada pela Johnson & Johnson), a indiana Covaxin e a Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.



Na corrida das vacinas, por enquanto, apenas três dessas citadas estão sendo aplicadas no Brasil ou em fase de testes pela Anvisa e apenas a Sputnik V foi, até o momento, descartada para uso em solo tupiniquim. Mais de 16 milhões de brasileiros em grupos prioritários (idosos, agentes de saúde) já foram totalmente imunizados com as duas doses das vacinas do Butantan e a AstraZeneca — a primeira pessoa vacinada no Brasil após a aprovação do uso emergencial pela Anvisa aconteceu no dia 17 de janeiro —, o que equivale a pouco menos do que 8% da população do país. 

A enfermeira Mônica Calazans
A enfermeira Mônica Calazans, a primeira brasileira a ser vacinada no país


É possível acompanhar o avanço da vacinação nacional direto pelo Google diariamente, mas infelizmente o processo só não está sendo mais rápido como em outros países por conta da demora das negociações entre o governo federal e os laboratórios. Além disso, tanto o Butantan quanto a Fiocruz vêm sofrendo com os atrasos no recebimento do denominado IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) para a fabricação das vacinas em território nacional, que nos dois casos são importados da China e da Índia.

Comparativo da eficácia das vacinas contra o Coronavírus


39 milhões de doses da americana Janssen devem chegar ao Brasil até dezembro de 2021 após negociação com o governo para tentar agilizar a imunização no país, porém, é de conhecimento público que as coisas poderiam ter andado bem mais agilmente se o Ministério da Saúde tivesse criado um plano de imunização nacional desde o início da pandemia. Após a fracassada tentativa de comprar 2 milhões de doses diretamente da Índia da vacina AstraZeneca, o governo e seus vários ministros — só nesse período de pandemia já estamos no quarto homem à frente da pasta da saúde — patinaram na condução das negociações com os laboratórios estrangeiros, o que acabou ocasionando nesses meses milhares de mortes por falta de vacina. A maioria delas, com grandes chances de serem evitadas. Hoje, o Brasil tem quase meio milhão de mortos por conta do Covid-19, um número estarrecedor.

meio milhão de CPFs cancelados
Quase meio milhão de CPFs cancelados: Do jeito que o Diabo gosta!


Além da importação de todos esses imunizantes e insumos, o Brasil trabalha nesse momento em duas vacinas próprias, o que vai garantir maior autonomia na aplicação de medicamentos injetáveis. Tanto a Butanvac (elaborada pelo Instituto Butantan de São Paulo) quanto a Versamune (da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo) estão em fase de testes pela Anvisa e a previsão é de que, sendo aprovadas, comecem a ser aplicadas a partir do segundo semestre do ano.

 

VARIANTE DO VÍRUS


Além dos atrasos na compra das vacinas e da demora da chegada dos insumos para a fabricação das mesmas em nosso território, o Brasil se viu em janeiro de 2021, também vítima de uma variante do Coronavírus, denominada por aqui de P.1.

Descoberta em Manaus (AM), a P.1 causa um agravamento rápido no quadro de saúde do infectado, além de atingir também pessoas mais jovens e aumentar o tempo de internação. Segundo dados levantados pela BBC, “essa variante do coronavírus é mais contagiosa, entre outros motivos, por causa de mutações que facilitaram a invasão de células humanas”

De acordo com a fonte, essa característica mais agressiva pode causar maior letalidade, mas estudos da Fundação Osvaldo Cruz do final de fevereiro de 2021 alegam que, apesar dos infectados com essa variante apresentarem carga viral 10 vezes maior que sua “versão” anterior, — ou seja, a pessoa é capaz de transmitir o vírus com mais facilidade — isso não quer dizer que em seu organismo a doença seja mais grave.

A variante ainda vem sendo analisada, e até o presente momento, as respostas quanto a proteção exercida pelas atuais vacinas são pouco claras. Baseado em testes realizados nos anticorpos de 35 vacinados, o Butantan anunciou que a Coronavac é sim capaz de neutralizar a variante P.1 e já no Reino Unido, todos os testes realizados com a AstraZeneca, a Pfizer e a Moderna também se mostraram eficientes contra a variante europeia da doença, denominada por lá de B.1.1.7.

Esperamos que quanto mais pessoas vacinadas no mundo, menos chances de serem criadas novas variantes do Covid-19 existam e que aqui no Brasil a imunização comece em breve num ritmo mais acelerado, afinal, somos mais de 211 milhões e quanto antes formos vacinados, melhor.


CONTINUA...


Fontes de Pesquisa:


5 de maio de 2021

Final BBB 21 o Big dos Bigs!

 




A noite da última terça-feira (04) foi bastante atribulada devido a triste passagem de Paulo Gustavo, mas como o show não podia parar, a Globo e a produção do Big Brother Brasil 21 continuaram com sua programação normal, apresentando a final do reality show.

Durante os 100 dias de confinamento dos participantes, o programa deu ao público altas doses de humor, brigas, demonstrações de amizade e muita, MUITA falsidade, ingredientes já bastante populares nas edições anteriores, mas que ganharam um tempero próprio com o elenco de 2021.

Os principais participantes... e a Kerline!
Os principais participantes... e a Kerline!


Mais uma vez, o diretor da produção Boninho optou por usar a fórmula que funcionou na edição passada, enchendo a “casa mais vigiada do Brasil” de subcelebridades (Camarote) e ilustres desconhecidos (Pipoca). Entre os famosos, além de Youtubers de grande expressão na internet, estavam nomes bem conhecidos como a cantora Karol Conká, o rapper Projota e o filho do Fábio Jr. ator/cantor Fiuk, o que causou um frisson nas redes sociais logo após o anúncio dos participantes em janeiro. Quem poderia imaginar toda a merda que ia dar com tantas celebridades juntas, hein?

Kobra Cai, Projócolis e o filho do Fábio Jr.
Jaque Patombá, Projócolis e o filho do Fábio Jr.


Não é incomum no BBB que, apesar de ser uma estratégia quase suicida — e 20 anos de programa já mostraram que não funciona —, parte dos “brothers” e “sisters” acabem se juntando para malhar o Judas da vez e logo nas primeiras semanas o escolhido foi o ator/rapper Lucas Penteado. A rage para cima dele foi tão forte por parte do "esquadrão do mau" formado por Karol Conká, o "comediante" Nego Di, Projota e a psicóloga Lumena, que o rapaz decidiu simplesmente abandonar o programa, não aguentando a pressão psicológica de ser excluído e acusado de várias coisas, entre elas o "oportunismo" em se assumir bissexual durante uma festa, beijando o participante do grupo Pipoca Gilberto. Com evidentes problemas com álcool e tendo “causado” em mais de uma ocasião por conta disso, o cara desistiu da competição e foi o segundo eliminado da casa em menos de uma semana.

Lucas Penteado sob a mira da Jaque


Sem Lucas para bater na casa, o grupão do terror escolheu outro alvo e foi a vez da paraibana Juliette começar a levar porrada de todos os lados. Ela já tinha se desentendido com Lumena — que entrou na casa com a fama de ser a defensora da causa negra, homossexual e feminista — e daí pra frente foi só ladeira abaixo, uma vez que ela estava sendo vítima, afinal, daqueles que eram vistos na casa como os mais fortes por já terem uma fama fora do reality e teoricamente uma torcida consolidada. 

Eis que surge o poderoso G3!
Eis que surge o poderoso G3!


Os ataques à Juliette, que aconteciam sobretudo por conta de sua personalidade forte, do seu sotaque e por supostamente ela estar se escondendo atrás da bandeira de suas raízes nordestinas, causou a criação do chamado G3, onde aliada com a brasiliense Sarah e com o economista PhD Gilberto Nogueira, Juliette se consolidou como jogadora, começando a eliminar um por um dos Mestres do Terror, criando uma empatia gigantesca com o público também por conta disso. O resultado dessa contenda entre o "bem e o mal" acabou gerando para Karol Conká o recorde quase absoluto de rejeição num paredão de todos os Big Brothers — 99,17% dos votos foram na paranaense que já teve até música na abertura de Malhação quando ainda tinha uma carreira! —, e para bater a Karoline daqui pra frente vai precisar aparecer talvez um novo Hitler ou um Mussolini nas próximas edições do BBB!

Jaque Patombá... Tombei!
Jaque Patombá... Tombei!


Nesse arranca-rabo, eu torci sem vergonha nenhuma para o G3 no começo e quebrei a cara quando Sarah e Gil acabaram se voltando contra a Juliette ao longo da edição, a marginalizando na casa mais uma vez por a considerarem falsa e tendenciosa com relação aos demais participantes do Camarote. Só faltou tocar a musiquinha triste do Hulk para a bichinha nessa época!

O fim do G3
O fim do G3


De todos os participantes da casa, Sarah provavelmente foi a minha maior decepção, já que além de criar várias situações injustas com Juliette — muitas delas inexistentes — ela se mostrou também uma baita mau-caráter como pessoa, defendendo não só o governo brasileiro em vigor dentro da casa como também alegando que durante a pandemia estava pouco se fodendo para os ditos protocolos de segurança — como todo bom negacionista — , não deixando de ir a baladinhas e festinhas com os amigos bolsominions. Antes da máscara cair, com suas estratégias apuradas de “espionagem”, ela demonstrou que tinha um conhecimento absurdo do que acontecia na casa e articulou muito bem o jogo a favor do G3, conseguindo assim eliminar os “vilões” a cada novo paredão. 



Quando já estávamos aos pés dela, Sarah mostrou ser a verdadeira vilã, tal qual um personagem de Scooby-Doo, aí não deu mais para torcer a favor, o que acabou queimando bastante o filme do Gil dentro do reality, já que ele era seu grande aliado e compactuava com todos seus planos (quase) infalíveis.

Sarah Cersei Lannister
"No jogo dos tronos ou você ganha ou você morre!"


A minha torcida por Juliette era escancarada desde o início devido as atitudes da advogada/maquiadora no BBB. Diferente da grande maioria dos participantes, ela era uma das únicas que evitava apontar dedos pra quem quer que fosse, além de sempre demonstrar carinho por todo mundo de maneira sincera, o que acabou sendo visto como estratégia de jogo por seus adversários. Todos em algum momento a acusaram de ser falsa, mentirosa ou enrustida e até mesmo aqueles que se mostraram seus amigos depois — como Camilla e a Viih Tube — chegaram a falar dela pelas costas. A nossa Chicken Little estava num verdadeiro ninho de cobras, mas o Brasil estava de olho e ficou a seu lado o tempo todo.

Camilla Braba e João
Camilla Braba e João


Erroneamente, eu cheguei a oscilar minha preferência num dado momento, me baseando em caráter e lealdade para o lado da dupla Camilla de Lucas e do professor de geografia João. Eu até considerei que Gil do Vigor merecia o prêmio mais que Juliette, mas acabei me rendendo totalmente ao charme da paraibana pouco depois. Enquanto muita gente nas torcidas rivais a enxergavam como chata, faladora, enjoada e até ególatra, sem necessariamente discordar desses adjetivos, eu via nela primeiramente uma sinceridade e um carisma que me fariam querer tê-la como amiga, além de outras características que eu valorizo muito nas pessoas da “vida real”. A lealdade que ela mostrou a Gil mesmo depois de tudo que ele falou de ruim às suas costas acabou comprovando que o prêmio de 1 milhão e meio deveria mesmo ser dela e que nossa torcida não tinha sido em vão.

Juliette rainha, Sarah nadinha
Juliette rainha, Sarah nadinha


E sim… em alguns momentos eu cheguei a pensar: “Caralho… eu estou torcendo para uma advogada se dar bem! Eu me tornei aquilo que jurei destruir! ”. Mas ainda bem que Juliette é mais maquiadora que advogada!

Juliette é pau


Torci sim para a linda paraibana que conquistou o Brasil batendo recordes de seguidores no Instagram24 milhões! —, que ganhou música do Carlinhos Brown, que encantou o Fábio Jr., que recebeu torcida de diversos outros famosos do lado de fora da casa, mas não tem como negar que, apesar de tudo isso, o protagonista da edição foi mesmo o Gil do Vigor e a sua cachorrada!

ai, Brasiiiiiiil! Em nome de Jesuuuus!
ai, Brasiiiiiiil! Em nome de Jesuuuus!


Num misto de evangélico fervoroso com gay escândalo, o economista se tornou febre nas redes sociais e monopolizou boa parte dos memes criados em homenagem ao BBB 21.

Porra! E como era engraçado ver esse cara dando chilique na tela!

“Eu estou INDIGNADO!”, “Gil da Cachorrada”, “Em nome de Jesuuus”, “O Brasil tá lascado!” e “Brasiiiiiiiil” se tornaram bordões inesquecíveis e marcaram muito o programa desse ano. Vai ser difícil pensar no Big dos Bigs sem lembrar imediatamente do Gil do Vigor. Depois das primeiras edições — talvez das cinco primeiras — eu confesso que enjoei do formato do programa e fiquei sem acompanhar por muito tempo, voltando apenas no BBB 20, mas não consigo me lembrar de um personagem que tenha sido tão marcante quanto o Rei da Cachorrada. Essa palavra, aliás, nunca mais vai ter o mesmo significado de antes pra mim e sempre que o Hino Nacional tocar, vai dar aquela vontade de gritar “pátria amada BRASIIIIIIL” no final!

O Rei da Cachorrada


Eu achei que ia ser difícil superar o sucesso do ano anterior com o elenco forte formado na época, mas o slogan “o Big dos Bigs” acabou se tornando a realidade do programa de 2021. As discussões levantadas — colorismo, preconceito racial, homofobia, aceitação —, os personagens, as situações, as provas pela liderança e até a rivalidade de alguns participantes foi muito gostoso de acompanhar. Num país tão afundado em excremento como o nosso nos últimos anos, foi bom dar esse suspiro de alegria pra variar, nem que tenha sido só por alguns meses e mesmo que seja acompanhando um bando de desocupados ganhando carros, viagens, vale-compras e muitos presentes na TV enquanto a gente se fode em dívidas aqui do lado de fora. Pelo menos fugíamos da realidade, não é mesmo?



Já está dando aquela saudade de dar uma espiadinha nos brothers e sisters, mas teremos que nos contentar em esperar os agora ex-BBBs aparecerem na tela novamente, mais ricos, mais famosos e distribuindo carisma — falo de Juliette, Gil e Camilla, o resto CAGUEI!

Queria eu ter ganhado 1 milhão e meio! Eu venderia o Blog por R$ 1,00, compraria uma casa na praia e vocês nunca mais iam ouvir falar de mim! HEHEHEHEHE!

Ainn, Rodman! Não ia fazer falta nenhuma!




P.S. – Eu queria ser amigo da Juliette… real! Ô bichinha charmosa e carismática… mesmo sendo realmente meio chatinha às vezes. Mas chato por chato eu também sou e você que está lendo provavelmente também é! #SomosTodosChatos

P.S. 2 - A guerra das torcidas nas redes sociais foi algo bem desagradável de acompanhar ao longo do programa e por pouco não acabou manchando a vitória merecida da Juliette. As agências que contratam os famosos do programa também deram um show de estupidez para promoverem seus contratados e seria bacana se a produção revisse esse tipo de coisa para o BBB 22. Assim como no futebol, ninguém quer ver torcidas de participantes se matando por causa de um time. Isso estraga o espetáculo. 

P.S. 3 - Seja pelo momento merda que estamos todos passando ou porque a sensibilidade está a mil, me emocionei e não foi pouco com a apresentação do Projota e do Lucas na final. Depois de tratar o moleque feito lixo na casa, foi bacana ver que o rapper resolveu ser homem e pedir desculpas depois da treta. Até o Thiago Leifert chorou!


ENQUETE:

Digamos que ainda estivéssemos em plenos anos 90 ou no início dos anos 2000, qual dos 20 BBBs 2021 você gostaria de ver nas páginas de uma revista (ou de um site) como veio ao mundo

Responde aí! É rápido, prático e só vai levar um minuto! (Envie para os amiguinhos participarem da enquete também!)




NAMASTE!

Adeus a Paulo Gustavo



Vou começar o post com uma frase clichê que sempre é dita quando um humorista se vai, mas que representa exatamente o momento atual: hoje o Brasil ficou mais triste com a passagem de Paulo Gustavo.

É muito complicado tentar exprimir em palavras o que a gente sente quando alguém tão popular, que de certa maneira faz parte da nossa vida, se vai e é preciso ter um poder muito raro de concisão para colocar num texto tudo que acaba saindo no calor do momento, por isso, eu nem vou tentar. Vou falar aqui com o coração mesmo, desprovido de coesão, razão ou qualquer poder de síntese. Vai ser no improviso.

Eu conheci o Paulo Gustavo, até meio tardiamente, já no palco do Vai que Cola  humorístico do canal Multishow —, vários anos depois dele já ter despontado com suas peças teatrais de sucesso e os filmes estrelados no cinema nacional. Eu chegava do trabalho mais ou menos por volta das 20:00, às vezes mais tarde, tomava um banho, esquentava alguma coisa pra comer e ia pra frente da TV assistir ao programa basicamente todos os dias da semana. Em pouco tempo, virou um vício na casa da minha mãe e a gente ria muito assistindo os improvisos e a “trocação” que o ator fazia “ao vivo” com os colegas de humor Samantha Schmütz, Marcus Majella e — na época da 1ª temporada — Fernando Caruso. Aliás, por mais que o texto do sitcom brasileiro fosse realmente engraçado e a direção de cena muito competente, eram mesmo as falas fora do script que davam o verdadeiro tom da atração. Era impossível não cair no riso.



Fazia muito tempo que eu não assistia TV e menos ainda programas ditos humorísticos com aquela coisa mais quadrada cheia de bordões ensaiados como “A Praça é Nossa” ou o antigo “Zorra Total”. Eu já não achava mais graça de coisas assim e nem perdia meu tempo vendo. O Vai que Cola e em especial o humor “bagaceiro” do Paulo Gustavo é que me fez gostar novamente de atrações assim e ele com seus personagens caricatos e exagerados nos fazia rir genuinamente, sem aquela forçada — o sorrisinho amarelo — que às vezes nos permitimos só para não admitir que estamos é constrangidos pelas piadas sem graça. E nem estou falando do Valdomiro, o personagem pilantra que Paulo interpretava no sitcom desde a primeira temporada, aquele que adorava falar mal do bairro do Méier do Rio de Janeiro — onde se passava a história — de sacanagem. Como ele mesmo costumava brincar com o amigo Majella — e esse diálogo aparece até no primeiro filme baseado no programa — os dois não sabiam interpretar personagens héteros. O grande talento de Paulo estava mesmo em fazer graça na pele de mulheres ou gays rasgadíssimos, algo no qual ele era insuperável.

A gente nem mede o sucesso de Paulo Gustavo ou sua importância para o mundo do humor por ele fazer a nossa geração rir, mas sim dele ter uma capacidade impressionante de atingir as nossas mães, as nossas avós, um público mais antigo que não está acostumado ou mesmo faz esforço para entender que homossexuais existem e merecem tanto espaço quanto qualquer outra pessoa, seja de qual orientação for. A gente que teve tempo de se informar mais, de procurar entender o outro com empatia vê em Paulo Gustavo — homossexual assumido desde sempre — apenas um cara engraçadíssimo que tem uma facilidade fenomenal de causar risos falando de sexualidade, mas nossos pais são da época em que “viado”, “sapatão” ou qualquer outro apelido mais pejorativo eram comuns e que “esse tipo de gente” não deveria ter tanto espaço. Em rede nacional, quase no horário nobre, Paulo Gustavo foi lá e fez as nossas mães rirem com piadas sobre sexualidade, com shows de drags e muita “pinta”, coisas impensáveis há vinte, talvez trinta anos.     

Minha mãe já disse frases como “eu não vejo nenhuma graça nesse novo Zorra”, quando o programa tentou uma abordagem menos machista, menos homofóbica e fazendo um humor mais consciente nas noites de sábado da Globo. Ela dava risada vendo o Didi chamar o Mussum de “urubu” na época dos Trapalhões, gostava de quadros como “dá uma subidinha” — cheio de sexismo — protagonizados no Zorra Total pelo também saudoso Agildo Ribeiro e odeia programas como Casseta & Planeta e o humor mais atual de atores como Marcelo Adnet, Tatá Werneck ou Rodrigo Sant'Anna. Ah, mas do Paulo Gustavo ela gostava. E muito! Eu ouvi da boca dela que o Vai que Cola só tinha graça quando tinha o Valdomiro e que quando ele saiu lá pela terceira ou quarta temporada, sei lá, segundo ela, o humorístico tinha perdido a graça.



A catarse e a entrega total pelo talento do humorista de 42 anos veio mesmo com seu papel essencial da carreira e quando eu coloquei para passar Minha Mãe é uma Peça para a MINHA mãe assistir, não tinha mais como negar ao vê-la gargalhar em frente à TV: Paulo Gustavo tinha mesmo o poder de reunir várias gerações com sua interpretação PERFEITA da matriarca ciumenta, desbocada e barraqueira, mas que tinha em sua essência aquele coração enorme que a gente identificava também em nossas mães. Há um pouquinho da Dona Hermínia na minha mãe e tenho certeza que quem está lendo esse texto vai balançar a cabeça nesse momento, concordando com o que digo e pensando “na minha também! ”. O talento de se entregar tanto ao seu trabalho ao ponto de abraçar virtualmente inúmeras pessoas de credos, culturas e orientações diferentes é raríssimo. Talvez eu tenha visto em alguma figura do esporte, da política ou mesmo de outras áreas da TV que não a das artes cênicas, mas nesse ramo do humor jamais.

O dublador e ator Guilherme Briggs sintetizou esse pensamento de maneira muito lúcida em sua conta do Twitter e eu não teria maneira de incorporar em meu texto sem usar suas palavras exatas, por isso farei um quote direto do que ele disse:

“O objetivo do artista é dar mais do que aquilo que tem. E assim fez o amado Paulo Gustavo, que se doou de tal forma, com tanto amor e intensidade, com tanta entrega e desenvoltura, que agora ele se transferiu de corpo e alma para dentro do coração do Brasil, para sempre. ❤”

E é isso! É uma tristeza muito grande ver um artista com um talento tão grande ser levado dessa maneira tão brutal por uma doença que já arrastou com ela mais de 400 mil vidas e que pasmem, já tem uma vacina. Enquanto choramos a morte de Paulo Gustavo, mais outras 400 mil famílias também choram por seus entes queridos, pais, mães, avós, irmãos, namoradas e tias, todos levados, sobretudo, pela negligência de um governo negacionista que podia ter feito muito mais pela população em todos esses meses e que preferiu se omitir, fingindo que tudo não passava de uma marolinha no oceano e não o verdadeiro tsunami que acabou sendo a pandemia de Covid-19.

Estamos tristes, machucados e já sentimos muito a perda de Paulo Gustavo, mas ao mesmo tempo, esperamos que depois de tanta luta, que depois de mais de 50 dias de internação, ele possa enfim descansar em paz e que lá de cima esteja olhando por seus entes queridos, a mãe — a grande inspiração para a Dona Hermínia —, sua irmã, seu marido e os dois filhos que infelizmente crescerão sem a sua presença maravilhosa aqui na Terra. Um cara gay que conseguiu reunir inúmeras tribos fazendo rir e que arrecadou com um filme mais de 140 milhões em bilheteria — a maior do Brasil — num país que nem sequer valoriza o próprio cinema. Isso não é pra qualquer um! Sua passagem por nossas vidas foi breve, como um meteoro no céu, mas seu trabalho jamais será esquecido. Descanse em paz, querido. Obrigado pelas noites de gargalhadas.


 

“… contra o preconceito, a intolerância, a mentira a tristeza já existe vacina: é o afeto, é o amor! ”.

NAMASTE!

28 de abril de 2021

O adeus a Dário de Castro, Carlos Marques, Ana Lúcia Menezes e Iara Riça



Não tem sido um mês fácil para os familiares dos dubladores e fãs da dublagem brasileira. Num intervalo de pouco mais de três semanas o Brasil perdeu quatro dos mais especiais e talentosos artistas do meio e tudo que podemos fazer nesse momento é prestar uma homenagem a Dário de Castro, Carlos Marques, Ana Lúcia Menezes e Iara Riça.


DÁRIO DE CASTRO



Recentemente, eu citei o nome de Dário num post sobre a animação dos X-Men dos anos 90 e ele faleceu no último dia 15 por decorrência de complicações do Covid-19, vírus que já interrompeu quase 400 mil vidas só no Brasil. 

Dário tinha 72 anos e trabalhava há mais de 40 com atuação e direção de dublagem. Na série animada dos X-Men dos anos 90, ele dublou o líder da equipe Ciclope da segunda temporada em diante, após a saída de Nilton Valério e é muito comumente lembrado também por ser a voz do Caçador de Marte em Liga da Justiça e Liga da Justiça Sem Limites

No cinema, Dário de Castro também foi por anos a voz mais conhecida de Dolph Lundgren, além de dublar os atores Liam Neeson, William Hurt e Russel Crowe, em especial no filme Gladiador (2000). Ele deixa um legado imenso na dublagem brasileira que vai poder continuar sendo referenciado por muito tempo após sua partida. 



CARLOS MARQUES



O veterano Carlos Marques de 88 anos faleceu no último dia 19 por causa não revelada pela família em Minas Gerais. Atuante desde os anos 50 como radialista, passou por quase todos os estúdios de dublagem nos anos subsequentes, incluindo a Dublasom Guanabara e a Herbert Richers.

Entre seus trabalhos mais marcantes estão a voz do Garfield no desenho dos anos 80, o Homem Aranha no seriado live-action dos anos 70 — e também na animação Homem Aranha e seus Incríveis Amigos —, o Gaguinho e o Patolino dos desenhos Looney Tunes e o Robin dos Superamigos. Menos conhecido pelo grande público, era voz muito popular em séries e filmes dos anos 80 e serviu como base para todos os dubladores que vieram em seguida, incluindo caras como Marco Ribeiro, Alexandre Moreno e Guilherme Briggs.


 

ANA LÚCIA MENEZES



Aos 45 anos, Ana Lúcia Menezes lutou por vários dias em coma no hospital após sofrer um AVC no último dia 13. A dubladora estava em casa quando sofreu o acidente vascular e foi socorrida por uma amiga médica e pela família. Em estado grave, ela veio a falecer no dia 19, deixando amigos e familiares — incluindo a filha Bia Menezes, também dubladora — bastante abalados.

Entre seus trabalhos de destaque estão a Misa Amane de Death Note, a Lupita (Maitê Perroni) de Rebelde, Chihiro em A Viagem de Chihiro, a Murta que Geme dos filmes Harry Potter e a Tonya de Todo Mundo Odeia o Chris. Ela era bastante marcada por fazer vozes de crianças ou personagens mais jovens e entre todos os dubladores que nos deixaram recentemente era também a mais jovem deles. 



IARA RIÇA



Meu coração está despedaçado em ter que escrever esse post e falar sobre o falecimento de Iara Riça sendo tudo tão fresco ainda. Tendo sofrido um aneurisma cerebral, a atriz vinha lutando bravamente nos últimos dias pela sobrevivência, tendo até um quadro de melhora recente que infelizmente não se converteu em sua saída do hospital. 

A artista de 56 anos fez história na dublagem nacional e faz parte do quadro das vozes mais reconhecidas do grande público por ter sido, no Brasil, a pessoa por trás da Arlequina em praticamente todas as produções animadas e live-action em que a personagem apareceu. Quando a palhaça do crime surgiu no desenho animado do Batman dos anos 90 (Batman Animated) já era Riça quem a dublava e de lá pra cá foram diversos outros trabalhos memoráveis. 

Só na época de TV Colosso, quem é velho como eu, deve lembrar que era ela quem também dava voz à Jubileu dos X-Men e à Triny dos Power Rangers. Nos anos subsequentes, ela deu voz à Florzinha das Meninas Superpoderosas, a Lala dos Teletubbies e a Jean Grey de X-Men Evolution.

Em 2020, Iara foi bastante comentada na mídia porque sua voz foi substituída por outra dubladora como a Arlequina (Margot Robbie) do filme Aves de Rapina e muitos fãs reclamaram por já estarem acostumados com ela frente a personagem. 

Iara deixa um legado igualmente maravilhoso com sua passagem, além de muitas saudades por parte de seus familiares, amigos e nós, seus fãs. 



Que todos essas pessoas incríveis descansem em paz, são os votos do Blog do Rodman.


Agradecimentos a Universo X-Men, a Jbox, Legião dos Heróis e Tecmundo.


NAMASTE!  

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