Eu adoro listas e sou obcecado em organizar coisas em planilhas, mas confesso que quando o assunto é cinema, tenho certa dificuldade em ranquear o que de melhor assisti em tantos anos de vida.
Para essa tarefa ingrata, no entanto, decidi recorrer à lista de 50 melhores filmes que encontrei dia desses na
Quer dizer… Depende também do objetivo da pergunta do tópico… No caso de “o pior filme” acredito que o termo “filme da vida” não se aplique, mas acho que vocês entenderam o cerne da questão. Se não, sigam-me os bons!
E.T. era um clássico filme de sessão da tarde que eu assistia com minha mãe e a minha irmã caçula lá nos idos anos 90 e pra gente, era sempre um evento quando a TV aberta transmitia. Feito para encantar as crianças, E.T. é de uma singeleza que só Steven Spielberg é capaz de proporcionar com sua direção e tenho muito carinho por essa obra-prima do cinema.
Faz alguns anos que não assisto, mas provavelmente, se eu rever a cena em que o E.T. é capturado e fica às portas da morte, as lágrimas vão escorrer dos olhos, como sempre acontecia quando eu era criança.
Demorei anos para, enfim, assistir a versão original sem a dublagem clássica brasileira — que aliás, é espetacular. Marco Ribeiro, que dubla Carrey, é maravilhoso! —, isso porque a Globo sempre transmitia dublado, mas mesmo quando isso aconteceu, toda a nostalgia da adolescência estava lá.
Como um eterno loser dos tempos da escola, eu me identificava com o jeitão “perdedor” e tímido de Stanley Ipkiss — tipo, aliás, que Jim Carrey encarna muito bem em seus filmes — e sempre quis dar a volta por cima, me tornando um sujeito descolado, como acontece quando Ipkiss encontra a máscara que lhe concede poderes. Para um adolescente como eu, o Máskara era exatamente o que eu queria ser se “ganhasse dons especiais”, por isso esse filme conversava diretamente com quem eu era na época.
Além disso, os números musicais protagonizados por Carrey durante a história são hilários. Até hoje, não consigo ficar quieto quando toca “Coco Bongo” em algum lugar e a música me remete imediatamente ao filme.
O Máskara também estreou a belíssima Cameron Diaz em Hollywood e como não ficar apaixonado por essa mulher que no enredo, se torna o alvo romântico de Ipkiss?
Devo confessar que, na época, senti os primeiros comichões da puberdade dentro das calças vendo a Cameron dançando com aquela saia curtinha no palco do Coco Bongo!
Eu tenho verdadeira paixão pela trilogia inteira dirigida por Robert Zemeckis, tenho os filmes em box de Blu-ray, comprei um livro que fala sobre os bastidores dos longas e ainda me divirto muito quando revejo, numa tradição que é anual. Assim como Star Wars e O Senhor dos Anéis, é de lei rever pelo menos uma vez por ano a trilogia De Volta para o Futuro.
Sem falar que a trilha sonora é do caralho!
De acordo com a internet:
1 Relativo à literatura, às artes e à cultura da Antiguidade greco-latina. 2 Que tem como referência a tradição de Antiguidade greco-latina. 3 Diz-se da obra ou do autor que é de estilo impecável e constitui modelo digno de admiração.
Muita gente responderia com as opções mais clichês a essa pergunta. Os mais cultos citariam “Metrópolis” de Fritz Lang, os mais inteligentes diriam “O Poderoso Chefão” de Francis Ford Copolla, mas o filme que mais agrada a esse parco apreciador de cinema pop é Se7en – Os Sete Crimes Capitais (1995) de David Fincher.
Eu assisti a esse filme na adolescência, acompanhado da minha irmã, numa dessas sessões noturnas que passavam na TV aberta e a primeira vez foi uma explosão de cabeça.
Tudo no filme me soava inovador, desde o estilo de filmografia de Fincher, o enredo e passando, é claro, pela atuação do elenco. Eu via o Brad Pitt, até então, como um mero “colírio da Capricho”, do tipo que só estampava as páginas das revistas para meninas na época, e de repente, o cara estava entregando uma atuação muito boa do policial estourado que serve como a antítese perfeita do sujeito centrado e paciente representado pelo experiente
Desde que me conheço por gente, eu adoro o estilo thriller noir — mesmo quando nem sabia o significado dessas palavras… Pra mim “Thriller” era só o álbum do Michael Jackson! —, investigações criminais, policiais caçando assassinos misteriosos… Isso tudo sempre me empolgou muito e foi com Se7en que isso acabou se consolidando em meu gosto particular.
O enredo, que conta a caçada da polícia a um serial killer que usa os sete pecados capitais como “tema” para seus crimes, me chamou muito a atenção — eu tinha acabado de fazer a Primeira Comunhão da igreja católica e o assunto ainda estava fresco na memória — e ver aquilo traduzido com a linguagem suja proposital de Fincher, me abriu para novos horizontes.
Sem falar na atuação putaqueparísticamente foda de Kevin Spacey como o serial killer obcecado pelo personagem de Brad Pitt, além do plot twist, que a meu ver, até hoje, é uma das mais incríveis reviravoltas de terceiro ato da história do cinema.
Se7en está facilmente no meu Top 5 filmes da vida. Tudo nele é perfeito e se você não concorda, discorde aí na sua casa, seu mau caráter do caralho!
Houve uma época em que se tinha “Quentin Tarantino” no pôster, eu simplesmente entrava na sala de exibição para assistir. Não precisava nem de trailer ou sinopse, eu sabia que vinha coisa boa.
Depois de Pulp Fiction – Tempo de Violência (1994), passou a ser assim com tudo que o cara produzia, até algumas decepções mais recentes com ele… Mas volto ao assunto ainda nesse post.
A minha pré-adolescência e adolescência ocorreu em uma época que não existia internet ou mesmo programas de TV sobre cultura pop. A gente não sabia quando estrearia algum filme bom de algum diretor cultuado e no meu caso específico, nem a cinema eu tinha acesso.
Em 1995, Quentin Tarantino ainda não era o puta diretor criativo pelo qual passou a ser designado anos depois e eu mesmo nem fazia ideia quem ele era. Pulp Fiction me foi recomendado por um colega de escola, que tinha assistido — provavelmente no cinema — e que me contou um pouco da história a caminho de casa. Naquele dia especificamente, o SBT ia transmitir o filme pela primeira vez na TV e eu fiquei bastante interessado em assistir.
E era realmente tudo que aquele colega tinha dito.
Para situar bem a galera, eu era um nerdão que lia quadrinhos do Homem-Aranha, que via a animação dos X-Men na TV Colosso e que o máximo de violência e pornografia que assistia, era nos filmes de Kickboxer que passavam à noite na Band. Entre uma porradaria e outra de atores ruins, sempre apareciam os peitinhos de alguma mina.
O meu irmão adorava aqueles filmes de qualidade duvidosa e eu o acompanhava porque, afinal, não tinha mais nada passando na TV aquele horário.
Pulp Fiction modificou completamente o que eu entendia por “violência” e o universo de Tarantino me transportou do mundo colorido onde vivia até então, para um negócio todo preto e branco com manchas IMENSAS de vermelho-sangue jorradas na parede.
Deu pra sacar a analogia?
Eu tinha visto o Alex Murphy ser metralhado com requintes de crueldade em Robocop, mas na minha cabeça, aquele ainda era um filme de um "robô super-herói" e eu nem era capaz de assimilar, na época, o humor negro que Paul Verhoeven (diretor de Robocop) pincelava em sua história.
De repente, eu estava vendo o John Travolta perguntando se “podia se picar” na casa de um traficante de drogas. Depois, era a Uma Thurman sofrendo uma overdose de cocaína após dançar no palco com o cara engraçado que eu assistia nas comédias “Olha quem está falando”. Para desgraçar ainda mais a minha cabeça, acontecia uma cena de estupro entre dois caras e depois eram os miolos de um sujeito sendo espalhados dentro de um carro.
Eu nunca tinha visto nada daquilo em nenhum outro lugar e assistir Pulp Fiction pela primeira vez foi como perder a inocência… para sempre!
Ainda assim, apesar de adorar Kill Bill — já resenhei os dois filmes aqui —, de ver Bastardos Inglórios como uma das melhores produções sobre nazismo da história, de curtir muito Django Livre, acho que Tarantino nunca conseguiu superar o brilhantismo de Pulp Fiction. Tudo no filme é perfeito, da narrativa não-linear em que a história é contada, aos diálogos, passando pelas atuações e o elenco… Tudo é perfeito.
Assim como Se7en, Pulp Fiction também faz parte do meu Top 5 de filmes da vida e revejo todos os anos, maratonando também os demais filmes de Quentin Tarantino, mesmo ele tendo “cagado no pau” com suas duas últimas produções.
Apesar de todo o hype em cima do livro que o originou e também pela atuação de Gary Oldman no filme, eu nunca tinha assistido Drácula completo, seja porque raramente ele passava na TV, seja por desinteresse em alugar na época de locadora ou por ele não constar no catálogo dos serviços de streaming que eu assinava.
A obra esteve na Netflix durante um tempo não muito extenso e lembro de ter colocado em minha lista antes do serviço resolver tirá-la do catálogo. Por conta dos meus estudos para o livro “Alina da Valáquia” que escrevi há alguns anos, até tentei procurar em algum lugar para assistir, mas para evitar a fadiga, confesso que não me dediquei o suficiente.
E então, num belo dia de 2021, eis que Drácula retornou ao catálogo da Netflix e decidi assistir, enfim.
Logo de início, dá para entender porque a obra de Francis Ford Copolla é considerada um clássico do gênero e isso não se deve apenas ao fato de Gary Oldman estar impressionantemente bem em todas as versões do conde romeno que aparecem durante a projeção. Até mesmo os efeitos visuais — em sua grande maioria práticos, afinal, estamos falando de 1992! — não parecem datados para os nossos olhos atuais e a maquiagem aplicada nas criaturas das trevas são incríveis, o que rendeu um Oscar para a produção de Melhor Maquiagem e Penteados.
O elenco que ajuda a conduzir a história não deixa nada a desejar ao talento de Oldman e tanto Anthony Hopkins (como Van Helsing) quanto Winona Ryder (que interpreta Mina, a amante do Drácula) estão perfeitos em cena.
Aliás, destaque para o sotaque britânico que Ryder simula o filme todo, que é uma delícia de ouvir pelo fone de ouvido. Chega até a dar um certo tesão enquanto ela lê as cartas de seu amado
Para fins didáticos, fui verificar e Winona é mesmo norte-americana, nascida no estado de Minnesota. O sotaque foi apenas para o papel.
O elo mais fraco do elenco fica por conta de Keanu Reeves, que em começo de carreira, ainda não tinha alcançado toda a carga dramática que ele só veio atingir anos depois em…
Em…
Em…
É, esquece. A gente adora o Keanu Reeves, mas ele é um pouco limitado como ator dramático!
Destaque também para uma das esposas vampiras do Drácula, que é ninguém menos que a maravilhosa Monica Bellucci, coisa que ficou na minha cabeça quando bati os olhos nela enquanto ela “chupava” o personagem do Reeves e que só fui comprovar nos créditos finais.
Muitos filmes caberiam como resposta a essa pergunta — Exterminador do Futuro 2 e Star Wars V – O Império contra-ataca seriam bons exemplos — mas acredito que o romance entre Jack e Rose no transatlântico que “nem Deus afunda” seria bastante satisfatório.
E sim… O pobre do Jack cabia em cima daquela madeira à deriva, Rose, sua egoísta mimada do caralho!
Jurassic Park 3 de Steven Spielberg pode ser considerado um filme ruim ou ele é só fraco?
O fato de eu não ter entendido porra nenhuma de Vanilla Sky da primeira vez que assisti faz dele um filme ruim do Cameron Crowe, que é um excelente diretor?
Como eu não soube responder a essas perguntas e já que reconheci na categoria acima que ele é meu diretor favorito, decidi elencar aqui “Os Oito Odiados” (2015) como o PIOR filme da vida de Quentin Tarantino.
Cara… Eu assisti uma vez no cinema, tentei rever quando estava na Netflix e simplesmente não consegui.
Não sei explicar muito bem, mas “garrei” um ódio nesse filme que não consigo me importar com nada que acontece em suas duas horas de projeção.
Arrastado, lento, chato… Nem os diálogos, que são tão característicos nas produções de Tarantino, conseguem me entreter.
Eu sinto que conseguiria assistir três horas seguidas de um filme que fosse só do Hans Landa de Christoph Waltz interrogando um judeu em sua fazenda enquanto prova um copo de leite, mas mal consigo ver meia hora de “Os Oito Odiados”.
É como se o Tarantino quisesse dar continuidade à história de Django Livre, usando o mesmo cenário e época parecida, mas não tivesse nada realmente interessante para contar com seu filme. Acho “Os Oito Odiados” vazio e gratuito e não me serviu como entretenimento. De todos os filmes de Tarantino, esse é o único que não comprei blu-ray ou sequer fiz questão de gastar banda para baixar no Torrent.
Só para termos de comparação, o filme brasileiro Até que a sorte nos separe (2012) custou para os cofres da Globo Filmes a bagatela de 6 milhões de Reais, o que para o mercado nacional, é considerado um valor relativamente alto.
Na época, vendido como uma produção baseada em fatos reais, A Bruxa de Blair fez muita gente acreditar que o que acontecia na tela era mesmo o resultado de uma gravação caseira feita por um grupo de aventureiros que procuravam em uma floresta indícios da existência de uma bruxa, e os sustos foram grandes nas salas de exibição pelo mundo.
Ainda não havia internet acessível naquela época e eu fui assistir de orelhada, tendo ouvido muito por alto sobre o que era o filme.
Meu amigo!
Devo confessar que só não me borrei a primeira vez assistindo porque eu não costumo fazer nas calças com tanta facilidade, mas que a primeira experiência foi tensa, isso foi!
A cena em que eles estão perdidos na mata, dentro de uma cabana e começam a ouvir vozes de crianças ao seu redor, enquanto mãozinhas infantis passam a empurrar o tecido da cabana, arrepia até os cabelos do cu… Até hoje!
Não sei precisar com exatidão, porque não tenho os dados de outros filmes — e nenhum outro me veio à mente — mas A Bruxa de Blair é para mim, o melhor filme “mais barato” que já assisti na vida.
Por alguma razão que não sei explicar, minha família tinha em casa a fita VHS original de Armageddon e era muito comum que eu visse e revisse esse longa-metragem inúmeras vezes em nosso videocassete, na época, recém-comprado.
Eu tive uma infância e adolescência muito fodida, assisti televisão em preto e branco por anos até que conseguisse enxergar pela primeira vez as cores nos filmes que eu adorava e quando chegou um videocassete em casa, era como se eu tivesse ganhado na loteria.
Armageddon tem uma história muito clichê e exagerada que fala sobre um grupo de perfuradores de plataforma de petróleo que são destacados para detonar um asteroide gigante em rota de colisão com a Terra, mas é justamente essa farofada toda que faz ele ser um bom filme.
Perto da virada do século, os filmes-catástrofes eram muito comuns, mas esse é de longe o meu preferido.
Tem Bruce Willis — antes dele entrar no "modo foda-se" de atuação automática —, tem Steve Buscemi num papel engraçado pra caralho, tem a maravilhosa Liv Tyler — e foi aqui que me apaixonei por ela na adolescência — e tem até o Ben Affleck, que está bem no papel do genro rebelde do Bruce Willis.
E a música-tema?
Eu aprendi a gostar de rock assistindo aos clipes musicais do Aerosmith no Multishow e “I Don’t Want To Miss A Thing” se tornou muito rápido um verdadeiro hino que embalava os meus devaneios românticos. A letra, que não foi escrita por nenhum dos caras da banda, faz sentido do começo ao fim, mesmo na tradução e a interpretação do Steven Tyler é algo orgasmico!
O álbum “Nine Lives” do Aerosmith quase furou de tanto que eu tocava essa porra no aparelho de som de casa e até hoje eu dou uma engasgada de emoção quando ouço tocar o tema de Armageddon em algum lugar.
Não obstante, após o filme, aquela minha fita VHS tinha o clipe do Aerosmith e nem preciso dizer que quase estourei a tarja magnética do negócio de tanto que fui e voltei com o “Rew” e o “FF” para assistir.
Meu cérebro deve pensar “essa história tem camadas demais para eu processar, vou me autodesligar! ”.
E pensar que eu só decidi alugar A Sociedade do Anel porque tinha a Liv Tyler na capa. Eu nunca tinha ouvido falar de Tolkien e nem fazia ideia que o filme era baseado num livro!
Me desculpem deuses nerds do olimpo, pois eu pequei!
Ano passado, eu revi o filme e confesso que já não achei mais tanta graça, porém, a sequência inicial que encena a infância de Jordan em seu quintal com o velho pai o incentivando a acreditar em seus sonhos de se tornar um jogador profissional com “I Believe I Can Fly” do R. Kelly tocando de fundo, continua sendo linda para caralho.
Entre encontros com vários presidentes da república americanos a astros do rock como Elvis Presley e John Lennon — esse último, tirado de uma entrevista real do ex-beatle para um canal de TV —, Forrest se torna uma figura muito famosa por se destacar como alguém dotado de muita sorte e com muitas histórias para contar.
Ganhador de vários Oscars — entre eles, Melhor filme, Melhor diretor e Melhor ator para Tom Hanks —, Forrest Gump é simplesmente, para mim, o filme da minha vida — o nº 1 do Top 5 já citado — e me emociona todas as vezes que assisto desde a adolescência.
Depois que Parasita (2019) de Bong Joon-Ho levou para a Coreia a estatueta de melhor filme — e de melhor diretor — merecidamente, porque o filme é realmente muito bom, um sinal verde pareceu ser acionado para todos, indicando que, talvez, as coisas estivessem mudando em Hollywood. Quem sabe, para melhor?
Esse filme para mim foi, recentemente, A Visita (2015) de M. Night Shyamalan.
Quando terminou, eu me senti ofendido pessoalmente por ter assistido essa atrocidade e não recomendo essa bosta nem para o meu pior inimigo. Nem queiram saber o enredo, porque nada nesse filme vale o tempo perdido de assisti-lo. Vejam o a grama crescer, o gelo derreter. Qualquer coisa é melhor que A Visita.
Obs.: E já que eu falei em bosta, tem uma cena que se resume a, literalmente, um personagem esfregar uma fralda cheia de bosta na cara do outro.
Anunciado como “o filme definitivo” do astro pop e como algo que só seria exibido por pouco tempo, eu comprei os ingressos para assistir This Is It (2009) de Kenny Ortega no cinema e mesmo depois disso, tive a oportunidade de rever algumas vezes em DVD.
Ainda é doloroso assistir ao doc e saber que aquele ensaio que Michael estava fazendo para o show de abertura da turnê This Is It — que jamais aconteceu — são as últimas imagens dele ainda com vida. Todas as vezes que termina o documentário, com o depoimento emocionado dos bailarinos que o estariam acompanhando nas turnês, as lágrimas explodem no rosto sem controle.
Michael Jackson é até hoje o meu ídolo máximo de todos os tempos e o seu lugar no hall da fama dos melhores do universo jamais vai poder ser tirado.
No enredo, Baby (vivido por Ansel Elgort) é um jovem piloto de fuga que sofreu um acidente de carro na infância que lhe causa um zumbido terrível no ouvido desde então. Para poder abafar o som perturbador e para que ele possa se concentrar em seu trabalho, o moleque ouve música o tempo todo e nós, como espectadores, somos presenteados por uma trilha sonora espetacular, que muitas vezes, está perfeitamente sincronizada com as cenas.
Batidas de bateria são sincronizadas com o som de disparos de armas, palavras da música que está tocando aparecem pelo cenário em que o personagem anda e até as letras das canções contam parte da história que estamos vendo.
Depois que assisti Baby Driver a primeira vez, simplesmente viciei na trilha sonora que é bastante impactante. Minhas músicas preferidas do filme são “Bellbottomns” de Jon Spencer Blues — que acompanha a melhor cena de perseguição de carros que já vi na vida, logo na abertura do filme —, “Harlem Shuffle” de Bob & Earl que tem um conjunto de metais absurdo de bom e “Brighton Rock” do Queen, que é descrita pelo Baby como a sua “música de fuga preferida”.
Se você nunca assistiu Baby Driver, para tudo que está fazendo agora, abre a Netflix e põe para rodar esse filme que é maravilhoso. É sua satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.
Muito do humor do longa — que foi apresentado inicialmente como uma minissérie na Globo — se dá pelo entrosamento óbvio entre Matheus Nachtergaele e Selton Mello, que vivem João Grilo e Chicó respectivamente, os protagonistas da história, mas é bem claro que todos os demais atores estão muito bem alinhados com o enredo e entregando ótimas atuações, passando pelos veteranos Lima Duarte, Paulo Goulart e Rogério Cardoso, até pelos coadjuvantes como Denise Fraga, Diogo Vilela e Virgínia Cavendish.
Eu posso assistir 15 vezes seguidas que sempre vou achar graça das mesmas cenas. A minha preferida é quando o Chicó resolve ter um surto de brabeza e desafia o matador da cidade, achando que vai ser o amigo João quem vai aparecer. No lugar dele, surge o cangaceiro Severino de Aracaju (Marco Nanini) o homem que não perdoa nem padre e que já mandou uma porção de gente para conversar pessoalmente com o Criador no céu.
Só de lembrar, já tô rindo à toa aqui.
Toda a história envolvendo o menino-robô que queria se tornar um humano, tal qual um boneco Pinóquio moderno, é bastante comovente e o filme é irretocável… Até o seu final, que quase consegue estragar com tudo que foi construído até ali.
Quando aparecem os visitantes alienígenas/robôs do futuro que encontram o corpo de David no fundo do mar e têm no pequeno robô infantil o último resquício de uma humanidade que foi extinta há muito tempo, nada mais no filme faz sentido e a gente tem a impressão até que está assistindo outra coisa. Até hoje, o final de Inteligência Artificial é reconhecido como um dos grandes equívocos do cinema e se o filme acabasse uns 15 minutos antes, salvaria uma obra que, por conta disso, se tornou apenas “OK”.
No enredo, um sujeito de meia-idade frustrado com a própria vida que leva, se sente amargurado por ter desistido de se tornar um astro do basquete no colegial para se casar com a menina dos seus sonhos e consegue voltar aos seus 17 anos como num passe de mágica, quando um “fado madrinho” realiza o seu maior desejo.
Assim, o fracassado Matthew Perry quarentão volta a ter a aparência de Zac Efron, gato, aos 17 anos e o personagem tem uma segunda chance de realizar todos os seus sonhos de juventude, incluindo voltar a ser popular na escola, ser o astro do basquete e conquistar a mulher dos sonhos.
As situações criadas por ele voltar a ser jovem — com a mesma idade dos filhos, por exemplo — e tornar a frequentar a escola são hilárias — incluindo um quase caso de incesto, quando a sua filha começa a dar mole pra ele.
Era a época das fitas de locadora e eu tinha alugado o filme para assistir em casa. O curioso, é que a história gira em torno justamente de uma fita VHS amaldiçoada que quem a assiste acaba morrendo em 7 dias.
As imagens que rolam na tal fita são bem perturbadoras, além do que o som agudo causado pelo chiado da tela fora de sintonia causa um mal-estar estranho para quem está assistindo o filme. Na primeira vez que vi O Chamado, foi também a primeira vez na vida que não conseguir dormir com a luz do quarto apagada e nenhum filme, antes ou depois dele, me fez sentir esse tipo de pavor.
Lindo, tocante e extremamente emocionante, o curta só precisa de 12 minutos para fazer nos esvair em lágrimas com a história de dois pais que se sentem arrasados pela perda de sua filha e que precisam reencontrar forças para continuar tocando a sua vida sem ela.
Disponível na Netflix o curta, merecidamente, ganhou a premiação máxima do cinema esse ano e vale muito a pena ser visto.
Azar o meu!
O filme não só tem atuações péssimas, como também tem um roteiro que parte do nada e vai para lugar nenhum. Dizer que é ruim, chega até a ser um elogio!
A sequência da dança na ponte é de uma sincronicidade impressionante e raramente vi um plano-sequência ser tão bem utilizado.
Aiiiiin, Rodman, mas eles não ficam juntos no final e mimimimi…
E por acaso ALGUÉM termina junto com quem gosta no final da nossa própria história?
O filme é ruim?
É.
Tem efeitos visuais questionáveis?
Tem.
Mas ainda assim, a história agrada muito mais do que outras coisas que foram feitas com base no universo de Mortal Kombat nos últimos 25 anos.
Me lembro que na época em que assisti ao filme, eu cheguei a trocar alguns e-mails com uma amiga de faculdade para que debatêssemos o que tínhamos entendido da história e foi duro chegar a uma conclusão.
Feito para crianças, o filme é emocionante em quase sua totalidade e seu final é para se derreter em lágrimas, ainda mais para quem é fã de um certo homem de aço da DC.
Arrastado, desnecessariamente longo e um tanto quanto pretensioso — apesar do elenco muito bom —, Mank não seria um filme que eu recomendaria, até porque, boa parte das pessoas que conheço não se acostumariam ao ritmo e ao estilo de filmagem, que é todo em preto e branco.
Ficção Científica de primeira linha. Está disponível no Amazon Prime.
Essas são algumas questões levantadas pelo excelente Advogado do Diabo (1997) de Taylor Hackford e é difícil parar de pensar no tema enquanto os créditos sobem ao som de “Paint It Black” dos Rolling Stones.
Dirigido pelos irmãos Bobby e Peter Farrelly, o filme é repleto de situações que nos fazem sentir culpa por estar rindo da desgraça dos personagens e é o tipo de humor que a gente acaba gostando, mas que ao mesmo tempo, sentimos um pesar pelo que está acontecendo em cena. É uma sensação dúbia e esquisita, mas que define bem o termo "humor negro".
Foi uma experiência muito divertida assistir ao filme “de galera”, na sala de casa com os amigos e o seu terror se sustenta até hoje.
Essa frase é icônica e nenhum outro Coringa do cinema conseguiu superar esse momento entre o palhaço do crime e o Batman no filme de 1989.
Além do elenco estelar, esse faroeste conta uma história bastante interessante de acompanhar e possui cenas de ação de fazer a gente se ajeitar melhor na poltrona para apreciar. Tiroteio da melhor qualidade.
O mais marcante, talvez, tenha sido Toy Story 3. Essa animação de 2010 não só encerrava perfeitamente a saga dos brinquedos que ganham vida quando seu dono não está presente, como também é uma homenagem muito linda a todos os fãs que, como o Andy, cresceram assistindo a trilogia. São três momentos decisivos durante o filme em que as lágrimas rolam sem controle, mas aquele final em que o Andy entrega o Woody para a menina Bonnie é de partir o coração. Os olhos lacrimejaram aqui só de lembrar.
Porém, a primeira vez que o trabalho de Coogler me chamou a atenção foi em Creed: Nascido para lutar (2015) em que ele não só conseguiu renascer com uma franquia já bastante requentada — a do Rocky — como também apresentou novos rumos pelo qual o personagem poderia trilhar.
O plano sequência da primeira luta do Creed, que nos faz seguir o personagem do vestiário até o ringue e nos coloca no MEIO da luta é sensacional!
Eu já me imaginei em diversas situações, mas um filme que eu gostaria mesmo de ter atuado é em Cães de Aluguel (1992). Cara, além de usar roupas maneiras e óculos de sol estilosos, eu ainda ia poder atuar com o texto de Quentin Tarantino na ponta da língua, sendo dirigido pelo cara que, quase literalmente, consegue extrair leite de pedra de qualquer ator.
Falem o que quiser do velho Tarantino, mas se tem uma coisa em que o cara é bom, é em direção de elenco. Vocês já viram alguém atuar mal em seus filmes? Qualquer ator mequetrefe vira um puta ator sob a sua direção e eu, que nem sou ator, com certeza estaria em ótimas mãos.
Água com açúcar para caralho, bobinho, mas assisti num momento muito bom da minha vida e eu estava em ótima companhia.
Existe algo de mágico nos trabalhos realizados pela Pixar, na grande maioria deles, mas em Wall-E acredito que tenha sido aplicada uma dose extra dessa magia. Essa é uma das animações mais bem executadas que já assisti em todos esses anos e choro sempre em vários momentos da história.
NAMASTE!