30 de julho de 2019

Review - O Rei Leão 2019


♫Nants ingonyama bagithi baba♪!!


O Rei Leão de 1994 é a animação da Disney mais importante na minha vida, isso porque foi o primeiro filme que eu assisti em um cinema. Eu era um moleque magrelo e cabeçudo de 11 anos, e lembro de ter ficado admirado por estar vendo uma projeção cinematográfica junto dos meus amigos de escola pela primeira vez na vida. O cinema era um daqueles de cidade do interior, pequeno e limitado por sua capacidade técnica, mas para o pouco que tínhamos na época, aquela foi uma das melhores experiências da minha infância. Os temas musicais do desenho naquele som alto, as imagens coloridas, a extraordinária dublagem brasileira, as lições do filme... Tudo aquilo me atingiu em cheio, e marcou para sempre o pequeno e tímido Rodman que ainda há em mim. Ver o remake de The Lion King 25 anos depois era algo importante para mim, e está na hora de comentar os erros e acertos da versão live-action (ou não) de uma das maiores animações dos estúdios Disney.


Antes de partir para o cinema e conferir a nova versão de O Rei Leão dirigida por Jon Favreau (o Happy Hogan de Homem de Ferro e também o diretor de Mogli - O Menino Lobo), eu fiz a lição de casa e REVI a animação clássica, algo que eu não fazia há alguns anos. Vale dizer que os primeiros minutos da canção "O Ciclo sem Fim" (versão em português de "Circle of Life") já fizeram esse velho escritor ir às lágrimas, algo que só acreditava que iria acontecer lá pelos 30 minutos de projeção mais ou menos, quando um certo leão despenca de uma certa montanha. Era a nostalgia que havia em mim fazendo efeito, claro, mas valeu pela comparação de sentimentos entre um filme e o outro. 


É importante pontuar que O Rei Leão de 2019 carece do peso dramático que a animação clássica carrega, traço que a tornou sucesso entre as crianças dos anos 90, mas é difícil comparar uma animação em 2D, com personagens antropomórficos (cheios de expressões humanizadas) com o desbunde visual em 3D que é a nova versão. 


Desde que o primeiro trailer  da adaptação foi veiculado, começou aquela discussão sobre o filme ser ou não considerado um live-action (que em geral é uma produção realizada por atores reais), e foi o próprio diretor que acabou tirando essa dúvida, ao dizer que há 1490 cenas renderizadas criadas por animadores e artistas de efeitos visuais no filme, e apenas uma cena produzida pela equipe de fotografia, ou seja, de um cenário real africano. 


A cena em questão é a primeira do filme, que mostra o amanhecer no cenário africano que qualquer pessoa no mundo seria capaz de reconhecer:

O único cenário real do filme

Eu não assisti o filme em qualidade IMAX, mas o que vi na cópia normal é de um absurdo visual que chega a impressionar na tela. Sabendo que tudo aquilo que foi apresentado é fruto de um estúdio e de uma equipe técnica, incluindo aí a movimentação dos animais (que em geral é o que MAIS entrega a imperfeição de uma animação), os cenários com árvores, montanhas e rios, não há como não dar os parabéns a Jon Favreau e os animadores da Disney pelo magnífico trabalho realizado nesses quase dois anos de produção. 


O filme anterior de Favreau para a Disney (The Jungle Book) também possui muitos animais criados em CGI, e com uma diferença de apenas quatro anos entre a produção de um e de outro já foram feitos avanços incríveis na computação gráfica, o que possibilitou uma imersão maior na história de O Rei Leão do que em Mogli, que possui uma animação menos bem cuidada devido a limitação da "época".

Os animais de The Jungle Book de 2016

 Com dez minutos de filmes você já percebe que não está vendo um filme qualquer de animação, e sim algo que beira a perfeição dos detalhes técnicos. É comum um designer gráfico assistir um filme procurando erros, algo para o qual nossos olhos são treinados a vida quase toda em pró do perfeccionismo, e devo confessar que não encontrei muitos dessa vez. 


E a história, Rodman? Segue o que foi mostrado na animação antigona dos tempos da vovó?

Sim, caro padawan geração Z! Jon Favreau tomou o cuidado de reproduzir a animação de 1994 quase que nos mínimos detalhes, sem trazer muita coisa nova para seu filme além de algumas cenas de ligação entre momentos importantes, como o que faz Nala, já adulta, tomar a decisão de procurar ajuda para salvar as leoas do reinado de terror imposto por Scar. A única cena de grande importância na animação clássica que foi retirada é a que Rafiki (dublado por John Kani, o Rei T'Chaka de Pantera Negra), o babuíno, ensina ao Simba adulto a importância de aprender com os erros do passado em vez de tentar esquecê-los. No live-action, logo que Simba vê a imagem do pai Mufasa no céu, ele já entende que precisa retornar para a "Pedra do Rei" e retomar seu lugar de direito, enquanto que na animação é Rafiki quem lhe dá um "empurrãozinho" antes disso. 


De resto, toda a animação clássica está lá, com um ou outro diálogo modificado, mas cuja essência permanece a mesma. O filme começa com os animais da selva africana reverenciando o nascimento de Simba abaixo da Pedra do Rei, logo em seguida vemos a disputa ideológica entre Mufasa e seu irmão Scar, que se sente enciumado pelo nascimento do sobrinho (herdeiro legítimo do "trono"), e que mais tarde o faz colocar a vida do leãozinho em risco na sequência do Cemitério de Elefantes, junto a amiguinha Nala. Toda a sequência entre o resgate de Mufasa aos dois filhotes no cemitério, espantando as hienas, e o estouro da manada de gnus que culmina na morte de Mufasa, é muito bem realizado visualmente, porém, não possui nem de longe a carga dramática que o desenho de 94 descarrega no espectador. Aqui pode haver algo de nostalgia e preciosismo em meu texto, talvez minha criança interior gritando tal qual um millenial mimado que "A MINHA ANIMAÇÃO É MELHOR QUE O FILME", mas a emoção não está visível nas expressões (ou falta de) do leãozinho Simba no momento em que ele vê o pai caindo do desfiladeiro para a morte ou quando o encontra já morto lá embaixo. Cara! Essa cena me destruiu na infância, e segue até hoje como uma das coisas mais traumáticas que já vi nos cinemas, mas no novo live-action não causou a mesma sensação. Como foi com vocês?


Sobre a "falta de expressão" dos animais do filme, é como já foi dito: Eles representam animais REAIS, e não é muito comum ver animais de verdade fazendo caretas ou arregalando os olhos em situações de perigo como é muito comum ver nos desenhos. As reações de espanto e apreensão estão visíveis em Simba pela sua postura. É um sutil mover de orelhas, uma rápida balançada na cauda que nos faz entender que ele está assustado ou com medo. Pare o que está fazendo agora e observe o seu gato aí deitado no sofá. Ele não vai fazer muitas caretas se sentir ameaçado, mas o seu corpo vai demonstrar o que ele está sentindo as vezes de forma sutil, como no filme. 

Pouca expressão ou MUITA expressão?

A história se segue, e é hora de sermos apresentados a dupla cômica Timão e Pumba, que são tão divertidos e engraçados quanto suas versões em 2D, que foram eternizadas naquele desenho que passava no Disney CRUJ do SBT em tempos remotos. 


Com piadas atualizadas, mas mantendo a essência da animação, os dois continuam tirando risos da plateia, o que consegui perceber na sessão em que assisti. 


A galera caiu no riso diversas vezes! 

É bem engraçado ver o suricato Timão realista se movendo rapidamente pelo chão como um furão ou parando de pé sob as patas traseiras como sua versão animada, mas é importante pontuar que o absurdo do personagem no desenho (como ele dançar Ula-Ula para atrair as hienas!) faz bastante falta. 


As hienas Shenzi, Banzai (que não chega a ser chamado assim no filme) e Ed (que fala normalmente e tem menos "problemas psiquiátricos" que do desenho) são bem mais sombrias e sérias que suas versões anteriores, e por todo o filme o trio está sempre acompanhado da alcateia inteira de hienas que mais tarde ajudam Scar a reinar. 


Durante o filme, com nossa visão adulta e entendendo que aquilo é uma fantasia beeeem amena do que é a natureza real, é possível perceber alguns equívocos conceituais que a história traz, como os animais reverenciarem o "rei" leão que mais tarde vai matá-los sem qualquer piedade para se alimentar, ou a tal história do "ciclo da vida" em que os antílopes irão se alimentar do gramado que cresceu sobre os corpos de leões mortos (algo do qual Timão e Pumba riem desenfreadamente pela noção de cadeia alimentar que eles têm nítida em mente). 


A grande injustiça cometida em O Rei Leão, porém, é a de que o macho-alfa (no caso Scar) sai para caçar enquanto as leoas aguardam que ele traga o alimento. No filme, Scar e as hienas caçam a comida, e ele ameaça Sarabi (a mãe de Simba, dublada na versão original por Alfre Woodard, a Mariah da série Luke Cage) de que ela ficará sem alimento caso não aceite ser sua rainha. Na vida animal TRUE, é a leoa quem sai pra caçar, enquanto o leão posa de "rei" na alcateia, por isso é dado um pouco mais de evidência a personagem de Nala, que desde filhote se mostra mais hábil que Simba no combate corpo-a-corpo. 


Claro que o fato da poderosa Beyoncé ser a voice-actress da Nala adulta no filme conta bastante também para seu destaque, que na animação de 2019 é bem mais decisiva que sua versão de 1994, servindo não só como a "companheira" do futuro rei, como também a "voz" de coragem da alcateia, levando as leoas a combaterem os mandos e desmandos de Scar.


Falando da atuação dos atores e atrizes que deram vida aos personagens em CGI, apesar da força desse elenco, é importante dizer que em alguns momentos é meio decepcionante ouvir os diálogos entre eles, como se faltasse um pouco de "mojo" em suas interpretações. A própria Beyoncé parece pouco à vontade em dar voz a Nala logo que ela surge na floresta depois de perseguir o gorducho Pumba, e suas falas só vão ganhando força posteriormente, no decorrer da história. 

Chiwetel Ejiofor

O mesmo acontece com o
Chiwetel Ejiofor dublando Scar, soando em grande parte do filme contido demais, o que é imensamente recompensando na canção "Be Prepared" em que ele canta a plenos pulmões, lembrando a performance de Jeremy Irons e seu sotaque britânico evil, com a mesma canção em 94. 

O elenco de O Rei Leão 2019

A dupla Billy Eichner e Seth Rogen, por outro lado, parece esta bem afinada com seus personagens, e tanto nos diálogos cômicos quanto nas canções de Timão e Pumba, os dois conseguem divertir igualmente, a exemplo do que fizeram Nathan Lane e Ernie Sabella em 94 na versão americana, e também nossos queridos dubladores brasileiros Mauro Ramos (Pumba) e Pedro de Saint Germain (Timão), ator que faleceu recentemente, deixando muita saudade de sua dublagem épica com o suricato magricela. 

Billy Eichner e Seth Rogen

Donald Glover como o Simba adulto é um dos melhores em cena, dando leveza ao personagem em sua versão "Hakuna Matata" com os amigos trapalhões na selva, e força quando Simba retorna para tomar o reino de seu pai de volta.

Donald Glover

Tanto cantor quanto ator, Glover impressiona na música "Hakuna Matata", tema icônico da animação clássica, e seu dueto com Beyoncé em "Can You Feel the Love Tonight" é lindo... Apesar da cena em si perder um pouco da essência por se passar DE DIA! Em tradução livre a música quer dizer "Essa NOITE posso sentir o amor" ou como ela foi traduzida para o português "Essa NOITE o amor chegou". Porra, Jon Favreau!

Esse DIA o amor chegou!

A única voz mantida da animação clássica foi a de James Earl-Jones, que nos dois filmes interpreta Mufasa. A imortal voz do Darth Vader soa imponente nos ensinamentos do experiente leão a seu filho Simba, e foi uma homenagem justa de Favreau a esse que é um dos melhores voice-actor de todos os tempos. 


No Brasil, as vozes dos personagens ficaram a cargo de Saulo Javan (Mufasa), que substituiu o inesquecível Paulo Flores, o intérprete do personagem em 1994, falecido em 2003, Graça Cunha (Sarabi) no lugar da icônica Maria Helena Pader, Rodrigo Miallaret (Scar) no lugar do insubstituível Jorgeh Ramos, falecido em 2014, Ivan Parente e Glauco Marques dublam Timão e Pumba e os astros globais Ícaro Silva e a cantora e atriz Iza dão voz a Simba e Nala adultos respectivamente. Pra quem assistiu a versão dublada, não faltaram críticas ao trabalho realizado pela equipe brasileira, o que é uma pena, considerando o legado que a animação de 1994 carrega como uma das mais perfeitas dublagens nacionais de todos os tempos. 

O elenco brasileiro de dubladores

Apesar de não ter toda a emoção que o desenho tem, O Rei Leão é um filme muito bom, que impressiona com o CGI quase perfeito dos animais selvagens e que não deve decepcionar a criançada que nunca deve ter ouvido falar da animação de 1994, ou que nem sabe o que é um videocassete para ver o VHS verde de O Rei Leão. 


O Rei Leão de 1994 faturou nas bilheterias US$ 968 milhões, ficando na 44ª posição do ranking de maiores bilheterias do mundo (pouco acima de The Jungle Book, de Jon Favreau, com US$ 965 milhões). The Lion King de 2019 já está perto de faturar US$ 1 bilhão nas bilheterias até o término desse post, e provavelmente vai brigar pelo topo da lista, já que só está em sua terceira semana de exibição.     

O Rei Leão (1994): Nota 10
O Rei Leão (2019): Nota 9

P.S. - A trilha sonora do filme é assinada por Hans Zimmer, assim como a do filme dos anos 90, e mesmo as versões novas de canções clássicas como a própria "Circle of Life" impressionam bastante. A canção "Spirit", em que Beyoncé canta solo é bem emocionante, e vale a pena ouvir a soundtrack completa.

P.S. 2 - Na época da animação, o chiclete PING PONG lançou o álbum de figurinhas de O Rei Leão, e eu e minha irmã ficamos com algumas cáries na tentativa de completar o álbum! 


NAMASTE!

23 de julho de 2019

Marvel e a FASE 4



O painel da Marvel Studios na San Diego Comic-Con foi EXPLOSIVO, e Kevin Feige apresentou os principais filmes e séries que vão abrir a quarta fase do MCU. Para quem achou que Vingadores Ultimato ia dar aquela amenizada nos ânimos do estúdio, e que à partir de agora teríamos menos lançamentos futuros... Achou errado, otário!

VIÚVA NEGRA

O filme solo da Viúva Negra já estava sendo discutido há alguns meses, e com a morte da personagem em Vingadores - Ultimato, era bem claro que a história do longa se passaria em algum lugar do passado da Natasha Romanoff de Scarlett Johansson. O filme se passará entre o final de Capitão América – Guerra Civil e Vingadores -Guerra Infinita, mas é muito provável que mostre eventos mais antigos na vida da super-espiã, já que uma das locações da produção foi em... Budapeste! O local é citado mais de uma vez por ela e pelo Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) em conversas deles nos filmes dos Vingadores.

Rachel Weisz e Scarlett Johansson

O elenco de Viúva Negra é muito bom, e conta com a belíssima Rachel Weisz (Melina), o ator O-T Fagbenle de Handmaid’s Tale creditado como “Mason”, a atriz Florence Pugh creditada como Yelena Belova (nas HQs ela foi a segunda Viúva Negra) e David Harbour (o último Hellboy e o Hopper de Stranger Things) como Alexei Shostakov, que nos gibis é a versão soviética do Capitão América, o Guardião Vermelho

Florence Pugh

David Harbour

Algumas imagens de bastidores já mostravam também o vilão Treinador em cena, e ele foi confirmado como o inimigo físico de Natasha Romanoff.

O Change Pegasus... Digo, Treinador!


Cate Shortland será a diretora do filme, se consagrando assim como a PRIMEIRA diretora a ter um filme todinho para si na Marvel, já que Anna Boden dividiu a claquete com seu parceiro Ryan Fleck em Capitã Marvel.

Cate Shortland

A estreia de Viúva Negra está prevista para 1º de Maio de 2020.

ETERNOS

 Vou confessar a vocês que eu não manjo PORRA NENHUMA de Eternos e que nunca li nenhuma HQ com os caras juntos. Sei apenas o que todo mundo pesquisou depois do anúncio do filme deles pela Marvel Studios, e uma coisa ou outra de alguns personagens como a Sersi (que pelo que entendi NÃO ESTARÁ no filme), o Gilgamesh, que por um curto período foi membro dos Vingadores, e outros nomes citados que também não estarão nos filmes, como o Starfox (irmão de Thanos) e Hércules, o filho de Zeus cuja “raça” também é uma evolução dos Eternos criados pelos Celestiais.


Eternos será dirigido pela diretora chinesa Chloe Zhao (de filmes como Domando o Destino e Songs My Brothers Taught Me, não muito conhecidos por aqui), e vai mostrar a história dos personagens que nas HQs foram criados por Jack Kirby e Joe Simon nos anos 70. 

Chloe Zhao

Os Eternos são uma raça alienígena que possuem dons incríveis como voo, geração e manipulação de energia e que como o seu título indica, são imortais. Criados pelos gigantescos Celestiais, são considerados experimentos genéticos, assim como seus rivais, os Deviantes. A história completa diz que os Celestiais também fizeram experimentos genéticos que originaram os Krees (mostrados em Capitã Marvel e na série Agentes da SHIELD) e mais tarde no Panteão dos deuses gregos. Ao que consta, no entanto, o filme vai se focar somente nos Eternos.

Thena, Ikaris e Kingo

No elenco teremos Angelina Jolie como Thena, Richard Madden (o Robb Stark de Game of Thrones) como Ikaris, o líder dos Eternos, Kumail Nanjiani (comediante paquistanês conhecido pela série Silicon Valley) como o samurai (??) Kingo e Lauren Ridloff (atriz surda que fez o papel de Connie em The Walking Dead) como Makkari, personagem que nas HQs é um homem velocista. 

Makkari, Phastos e Ajak

Ainda no elenco,
Brian Tyree Henry (da série Atlanta) será Phastos, Salma Hayek será Ajak (outro personagem que nas HQs é um homem), Don Lee (ator chinês de Invasão Zumbi) como Gilgamesh e a pequena Lia McHugh como Sprite, personagem que antes boatava-se que seria de Milly Bobbie Brown, a Eleven de Stranger Things

Gilgamesh e Sprite

Com elenco bem miscigenado, Eternos tem tudo para ser a grande novidade do MCU em sua próxima fase, e vai apresentar personagens muito poderosos, capazes de rivalizar fácil com o poderoso Thor (que nem é tão poderoso assim no cinema), a Capitã Marvel e o falecido Thanos.


Eternos estreia no dia 6 de Novembro de 2020.

SHANG CHI E A LENDA DOS DEZ ANEIS

Eu não esperava estar vivo para assistir um filme do Shang Chi nos cinemas, mas a Marvel Studios depois de conquistar o mundo, ultrapassando a bilheteria de Avatar com Vingadores Ultimato, realmente pode fazer O QUE QUISER com seus personagens que muito provavelmente seu público vai pagar pra ver.


Ligar a origem do obscuro personagem criado na década de 70 por Steve Englehart e Jim Starlin (criador do Thanos) com o Mandarim (inimigo comum do Homem de Ferro nas HQs) é uma jogada de mestre para apresentá-lo ao MCU, e o subtítulo do filme mostra que teremos ENFIM o verdadeiro vilão chinês nos cinemas, já que o personagem de Ben Kingsley em Homem de Ferro 3 era só um ator contratado para se fazer passar pelo vilão.


As histórias de Shang Chi (personagem livremente inspirado em Bruce Lee) nos anos 70 eram um misto de filme de artes marciais com espionagem estilo James Bond, e seria extremamente interessante algo com essa pegada no cinema. É bem provável que elementos místicos sejam incorporados à história, já que a base dos poderes dos “dez anéis” do Mandarim é magia, mas seria um desperdício encher o elenco de orientais bons de briga e fazer do filme apenas mais uma produção Marvel cheia de piadocas engraçaralhas e lotadas de cenas de ação em CGI.

Simu Liu será Shang Chi

O Mestre do Kung Fu será vivido por Simu Liu, ator que já vinha fazendo campanha no Twitter para ganhar um papel de destaque no MCU. Não é que deu certo? O vilão Mandarim será o ator Tony Leung e a atriz Awkwafina também integra elenco.

Tony Leung e Awkwafina

Eu lia as histórias do Shang Chi que eram publicadas pela Editora Abril nas revistas do Capitão América, mas lembro bem pouco do enredo, exceto que ele era filho de Fu Manchu (no cinema ele será FILHO do Mandarim). Nos anos 2000 ele retornou com histórias publicadas pelo selo Marvel Knights e depois disso chegou a integrar os Vingadores.


O filme dirigido pelo havaiano Destin Daniel Cretton deve estrear em Fevereiro de 2021.

Destin Daniel Cretton


DOUTOR ESTRANHO NO MULTIVERSO DA LOUCURA

O primeiro filme do Doutor Estranho é uma das poucas decepções que tive com o MCU, e junto com os dois filmes do Homem Formiga são os que menos me agradam, embora eu entenda sua importância como apresentação daquele que acabou sendo um dos principais elementos para a derrota de Thanos em Ultimato. Parece estranho (hein, hein?) alguém se decepcionar com um personagem que nas HQs não deve constar como o PREFERIDO de ninguém no mundo, e cujas histórias são em sua grande maioria uma overdose pesada de ácido, mas o filme mesmo tem um ritmo muito esquisito, além de um dos piores vilões em CGI que a Marvel já fez. O elenco compensa todos esses problemas técnicos e Benedict Cumberbatch dá um show à parte como o inicialmente arrogante Stephen Strange, que é uma espécie de Tony Stark do meio médico.

Scott Derrickson e Benedict Cumberbatch

O diretor Scott Derrickson retorna à segunda parte da franquia, e promete o primeiro filme de terror do MCU com seu Doutor Estranho no Multiverso da Loucura. O subtítulo nos faz acreditar que, afinal, o Mystério de Homem Aranha Longe de Casa não era tão mentiroso assim quanto à existência de multiversos, e eu não consigo enxergar melhor condutor para uma história que envolve mundos paralelos do que o Doutor Estranho, o Mago Supremo. A atriz Elizabeth Olsen foi apresentada na SDCC como parte do elenco, e me empolga MUITO ver a Feiticeira Escarlate agindo em conjunto com Strange. 


Vocês já pensaram na magnitude disso? 

Assim como eu, imagino que muita gente já queria ter visto os dois juntos em Vingadores Guerra Infinita ou em Ultimato (ainda mais considerando o que cada um já podia fazer SOZINHO!), mas é interessante que essa união seja mostrada mais tarde. Achei que não veria mais a Wanda nos cinemas, já que foi anunciada uma série com ela e o Visão, mas voltei a me empolgar com esse anúncio. O vilão do filme será o Pesadelo, personagem que age como uma espécie de Freddie Kruger nos gibis, amaldiçoando o sono alheio, mas o ator que o interpretará ainda não foi definido até o término desse post.


Doutor Estranho 2 estreia em Maio de 2021.

THOR: AMOR E TROVÃO

O final de Vingadores Ultimato nos deu uma ideia do destino do Thor no MCU, e uma fala de Nick Fury em Homem Aranha Longe de Casa acabou comprovando que o filho de Odin estava fora da Terra, provavelmente em missão com os Asgardianos Guardiões da Galáxia. O retorno de James Gunn à direção da terceira parte (e provavelmente última) dos Guardiões já é certa, mas Kevin Feige não falou nenhum detalhe sobre o filme na apresentação da SDCC. No lugar, a quarta parte de Thor foi confirmada, anunciando o retorno de Natalie Portman ao papel de Jane Foster e de... Thor!


A atriz tinha anunciado seu afastamento do MCU pouco após a conclusão de Thor – Mundo Sombrio, e ela não voltou a aparecer nos filmes seguintes até uma pequena cena de Vingadores Ultimato, que provavelmente foi recuperada de arquivos. Me recuso a acreditar que uma atriz é contratada apenas pra fazer uma cena em que se levanta de uma cama por cinco segundos!


Ganhadora de Oscar (por Cisne Negro de 2010) e engajada em projetos mais autorais nos últimos anos, Portman parecia querer se afastar do mundo fantástico (já tinha participado de V de Vingança e a Trilogia Star Wars começada em 1999), mas ao que consta, o incentivo financeiro deve ter sido polpudo para ela aceitar retornar... Ou, menos provável, mas possível, o fato dela se tornar a nova Thor, como nos quadrinhos, a tenha convencido a querer o papel de Jane Foster de volta.


Quem anunciou que ela seria a nova Thor foi o próprio diretor de Thor – Love & Thunder, Taika Waititi, que lhe entregou simbolicamente o Mjolnir no palco da SDCC. Depois de Vingadores Guerra Infinita e Ultimato, eu já tinha aceitado que o Thor tinha virado de vez um personagem cômico (já que não funcionou como personagem sério anteriormente), e por mim, Waititi era bem-vindo de novo a direção, já que ele tinha sido o grande responsável por Thor Ragnarok ser o circo que foi. Com a integração de Jane Foster à história, no entanto, visto que a personagem passa por um drama pessoal nas HQs para se tornar a nova Thor, logo que Odinson se torna indigno, não acho que Waititi seja uma boa escolha. Colocar a fodona Thor de Jane Foster com todo seu background dramático como MAIS UM alívio cômico seria bem broxante.

Hemsworth, Waititi e Portman

Thor: Love & Thunder estreia em Novembro de 2021.

BLADE

Os filmes do Blade com Wesley Snipes no papel principal deram início ao Universo Marvel nos cinemas, antes mesmo dos X-Men brilharem na FOX e o Homem Aranha alavancar as bilheterias para a Sony

Wesley Snipes e uma ilustração de Jamie Foxx como Blade

Há muito tempo se falava que o personagem poderia voltar aos cinemas com o próprio Snipes, com Jamie Foxx ou qualquer outro ator negro que se destacasse em Hollywood, mas uma das grandes surpresas do painel da Marvel foi o anúncio de um novo filme de Blade, o caçador de vampiros, com o ator Mahershala Ali no papel título. Além da apresentação do ator por Kevin Feige e o logotipo do filme, mais nada foi confirmado sobre a produção, que nem consta no calendário oficial da Fase 4.


Ali ganhou o Oscar duas vezes, como Melhor Ator Coadjuvante por Moonlight (2017) e por Green Book (2019), e além disso ele foi o grande destaque (e único) da primeira temporada de Luke Cage na Netflix, como o Cottonmouth, o grande desafeto do herói de aluguel. Como não sabemos muito sobre o vindouro filme, tudo que dissermos é especulação, mas será que o personagem está à altura de um ator do nível de Ali? E seja como for, como os vampiros serão inseridos no MCU, já que até agora não há menção sobre eles?


É muito bom saber que teremos filmes de super-heróis até o resto da vida para assistir nos cinemas (pelo que dá a entender), e os anúncios da SDCC devem ser só o começo, já que Kevin Feige mencionou brevemente que produções com os Mutantes e com o Quarteto Fantástico estão em desenvolvimento para um futuro próximo. É possível que na D23 (evento próprio da Disney) tenhamos mais novidades sobre Guardiões da Galáxia 3, Pantera Negra 2 e Capitã Marvel 2, que nem entraram no calendário oficial. Até lá, bora controlar o colesterol e a pressão arterial!


P.S.1- Durante a apresentação do elenco de Thor: Love & Thunder, Tessa Thompson, a intérprete da Valquíria, informou que com seu papel de "rei" da Nova Asgard, está a procura da sua rainha, oficializando a homossexualidade da personagem que tanto se comentava ultimamente. Com tantos personagens femininos, negros, asiáticos e homossexuais, a Fase 4 da Marvel vai ser conhecida como a fase da diversidade. 

NAMASTE!

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