8 de junho de 2010

Heterofobia é crime!

O mundo está cada vez mais cor-de-rosa, e não é porque a última tendência da moda é o fucsia (?), e sim porque o heterossexualismo está em baixa, por vários motivos.
Nas duas últimas semanas o que mais esteve em foco na mídia foi beijo gay de artistas famosos. Ao se abrir sites de notícias, ao dar uma olhada no Youtube, ao ligar a TV... Tudo agora é gay, e se você não está a fim de tirar a purpurina do potinho você está ultrapassado.
Rolou no último domingo (06/06/2010) a 14ª Parada Gay, que reuniu quase 3 milhões de pessoas na Avenida Paulista. Você prestou a atenção no número? 3 MILHÕES! Entre gays, lésbicas, transexuais e simpatizantes, esse público enoooorme soltou a franga numa tarde até ensolarada na fria cidade de São Paulo, e foi destaque nos veículos de mídia de todo o mundo. Em breve, o país deixará de ser conhecido como "aquele país de terceiro mundo onde os macacos andam pelas ruas e jogam cocô nas pessoas" e passaremos a ser conhecidos como o país mais gay da América Latina. Bra-sil! Sil! Sil!
Para comprovar a minha tese de que o heterossexualismo está em baixa é só dar uma olhada nas últimas notícias das celebridades. Começou com o beijo lésbico da musa teen Miley Cyrus (quem?)... Você não conhece? Aquela da Disney, ídolo pop adolescente, influência para os filhos crianças e adolescentes de várias pessoas... a Hannah Montana. Lembrou? Que seja.

A loirinha decidiu deixar de lado a personagem que a consagrou (?) e assumir um lado mais rebelde, e começou no caminho certo, visto que não muito tempo atrás, outras musas pop seguiram essa linha e se deram muito bem (?). Quem não se lembra do beijo de língua entre Britney Spears e Madonna? Ou dos escândalos provocados por Lindsay Lohan, que logo depois assumiu ser lésbica? É isso aí, Miley, você está fazendo a coisa certa!


Poucos dias depois foi a vez do veterano Dustin Hoffman aparecer em público durante uma partida da NBA beijando outro homem, o também ator e amigo Jason Bateman (Não Batman, BatEman!).

Mas claro, tudo não passou de uma "brincadeirinha". Nós entendemos.
Escândalos à parte, o único que entendo é o de Sandra Bulock, que não resistiu ao charme (entre outros adjetivos) de Scarlett Johansson em pleno palco do MTV Movie Awards desse ano, tascando-lhe um beijo na boca.

Ok, foi meio gay isso, mas dá pra entender. Quem resistiria a Scarlett Johansson seja homem ou mulher? Tá perdoada, Sandra!

O mundo é gay. Se você ainda faz parte da resistência heterossexual tudo bem, ninguém vai condená-lo (ainda), mas você, assim como eu (Te amo, Carol!) faz parte de uma minoria e bem como os dinossauros e os mutantes da Marvel, em breve participarão de um processo de extinção.

A seguir, 10 fatos que comprovam a supremacia gay:

1- Justin Bieber é o novo ídolo teen.
2- A maior audiência do programa Pânico é o quadro do Christian Pior! (Meda!)
3- A fruta mais vendida na feira atualmente é a banana.
4- Lady Gaga é o ídolo pop mais influente do mundo, e é assumidamente bissexual, além de fazer o maior sucesso entre os transexuais. (Tá ouvindo? Tá ouvindo? Lady Gaga!)
5- Quem ganhou o BBB 10 foi o Dourado, mas o fenômeno do programa foi mesmo o Serginho. (Aloka!)
6- Falar com a língua preguesa vigou moda depois que Dicesar apagueceu no BBB. (Adogo!)
7- A China já começou a exportar casais heterossexuais para o Brasil e importar casais gays para ajudar no controle de natalidade do país. (Causa nobre).
8- As bandas EMOs dominaram o cenário musical. (Entre razões e emoções)
9- Depois de ser traída pelo marido, até Sandra Bulock decidiu mudar de lado, e começou bem, beijando logo a Scarlett Johansson. (Apoiada!)
10- Eu já falei do Justin Bieber???


Se você sofrer algum tipo de discriminação por ser heterossexual, não tenha medo, denuncie. Entre no site http://www.resistenciaheterossexual.org.br/ e conte sua história. Sua identidade será mantida em sigilo.

E faça doações para a Casa do Heterossexual do Rio Grande do Sul. Ajude essa causa.


Será que Deus castiga?



Não, esse blog não virou um portal de fofocas e nem um portal gay (nada contra, mas a pegada aqui é outra!).


NAMASTE!

5 de junho de 2010

É a cara do pai!

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Tem filho que não aceita o pai que tem...

NAMASTE!

A percepção feminina e as "caixas" dos homens

Não sou muito de assistir comédias românticas, mas ontem me peguei interessado em uma que passou na televisão aberta e que me prendeu no sofá do início ao fim. Não tenho nada contra o gênero, absolutamente, já vi vários filmes com essa temática e eles são os melhores para se ver ao lado da namorada, mas decididamente não são meus preferidos.
"Como perder um homem em 10 dias" tem grandes méritos por nos fazer pensar (os homens, pelo menos) em como as mulheres podem ser crueis as vezes, e como elas sabem pisotear com talento em um homem.
Durante o filme mergulhei por várias vezes no universo feminino, e percebi como é fácil para uma mulher manipular um homem quando ela quer. Acabamos nos tornando presas fáceis diante do charme feminino, e por causa delas somos levados às mais variadas situações sem que percebamos. Em outras palavras, um cara apaixonado acaba se tornando marionete de uma bela mulher, e acaba sendo conduzido por um caminho quase sem volta até seu coração. Isso é, os sortudos, porque alguns nem conseguem chegar lá.
A guerra dos sexos sempre fora algo discutível. Enquanto houver um homem e uma mulher haverá divergências, tanto comportamentais quanto sentimentais. No filme é mostrada uma moça que após observar o comportamento de algumas amigas em relação aos parceiros, decide escrever uma matéria para uma revista feminina onde ela conta, por experiência própria, o que uma mulher não deve fazer para não perder um homem em 10 dias. No menu incluem, fazê-lo perder propositalmente os últimos minutos de um jogo, forçá-lo a ver filmes melosos, assistir a um show da Celine Dion e até mesmo estragar o pôquer de final de semana com os amigos dele.
Para um homem, algumas coisas são consideradas sagradas como o futebolzinho de domingo (seja na TV ou a pelada mesmo) e o momento com os amigos (no barzinho, por exemplo), e nessas horas a presença feminina é expressamente proibida. Nem o casamento parece conseguir acabar com velhos hábitos, e o macho parece precisar desse momento "a sós", mesmo que esse "a sós" seja com mais uma dúzia de outros machos (os peladeiros de fim de semana).
O final do filme é previsível, mas a forma como ele se dá é que é interessante. Na vida real, apesar do charme inegável da personagem (vivida por Kate Hudson), o relacionamento não teria durado os 10 dias do título, com certeza.
Particularmente nunca (até hoje) vivi nenhum dos perrengues que o personagem de Matthew McConaughey enfrentou por causa de uma aposta, mas não são coisas difíceis de acontecer, pelo menos em se tratando do futebolzinho de domingo (o da TV, claro), até porque não jogo pôquer com os amigos e duvido que tenha algum show da Celine Dion por perto nos próximos 20 anos!
Uma coisa que posso destacar, no entanto, é a apurada percepção que uma mulher pode ter. Elas enxergam os mínimos detalhes (aqueles que ignoramos na maioria das vezes), e para esse tipo de coisa nosso cérebro funciona muito (mas muito mesmo ) mais lento do que o delas. Dessa forma, é quase impossível tentar enganá-las. Sempre você fará algo que irá entregá-lo, e depois não adianta reclamar. Um recado no Orkut, um e-mail enviado ou uma mensagem de celular sempre vão te denunciar. A percepção delas é aguçada para esse tipo de coisa, por isso, se está pensando em traí-la saiba que mais cedo ou mais tarde ela irá descobrir.
O contrário é muito mais fácil de acontecer. Se ela é quem está pensando em pular a cerca, você só irá descobrir se ela der uma vacilada grande (mas grande mesmo), porque a atenção delas para os detalhes é tão superior quanto aquela que permite descobrir onde você esteve na sexta à noite sem que tenha um GPS escondido em sua roupa.
Eu admiro quem tem esse poder de percepção, até porque sou tão distraído que minha mãe pode passar por mim na rua sem que eu perceba (sim, isso já aconteceu)! Apesar na minha profissão exigir atenção aos detalhes (designer tem que sempre estar ligado), se não há algo artístico que me remeta a algo, dificilmente irei me lembrar posteriormente. Não me prendo a detalhes, e tenho dificuldades para me lembrar de algo dito por alguém, principalmente se o assunto não me interessa. Acho que tem a ver com as "caixas" em que o cérebro masculino é dividido:





A "caixa do nada" é bastante utilizada em situações em que a pessoa decide ficar tagarelando assuntos pouco interessantes a seu lado. Eu uso sempre. A mesma capacidade que a mulher tem de disparar milhões de palavras em poucos minutos, o homem tem de abstraí-las. É o chamado entra por um ouvido e sai pelo outro.

Nisso qualquer homem tem que concordar; seja para se prender a detalhes ou para ser mais multifuncional, as mulheres levam grande vantagens em relação a nós, e nem vale a pena discutir. Elas estão sempre 2 ou 3 passos a nossa frente e isso entra no assunto em que introduzi o post: a dominação feminina. É por causa dessa astúcia que elas podem nos dominar com facilidade, e fazem isso sem que a gente perceba.


Se você ainda não foi dominado, aguarde, a sua hora chegará.




O autor desse post não é dominado pela namorada (na verdade ele ainda não percebeu que é!)




NAMASTE!.

31 de maio de 2010

Dharma Day 3


No domingo (30/05) aconteceu na Livraria Da Vila do Shopping Cidade Jardim o terceiro Dharma Day, evento que reúne os fãs de LOST para discutir sobre a série. O evento começou às 14 horas, cheguei por lá meia hora depois e a discussão já estava acalorada entre os organizadores e o pessoal que estava participando. O assunto, claro, era o controverso final da sexta temporada, que dividiu os fãs. Muitos eram a favor do final religioso que a série recebeu, mas muitos eram contra, alegando que esperavam uma pegada mais científica, como eu mesmo já havia comentado por aqui.

Quando se reúne num mesmo lugar fãs ardorosos de algum gênero de ficção específico, a tendência é sair muita coisa interessante na discussão, e foi o que pude presenciar nas quase 5 horas que durou o evento. Alguns fãs ainda tinham dúvidas primárias como a função dos ursos polares na ilha (que eu mesmo já relacionei como sendo parte das pesquisas sobre teleporte para o exterior), sobre o fato de Vincent (o cão) ser uma das representações do MIB (Flocke, Black Smoke, Sem-Nome...) e sobre os passageiros estarem mortos desde o momento que o voo 815 caiu na ilha (o que acho forçado, uma vez que 6 deles chegaram a sair da ilha durante um período).

Saiu também muita coisa engraçada como "o que acontece com a mochila do Flocke quando ele vira fumaça?" ou mesmo que as aranhas que mataram Paulo e Nikki na 3ª temporada eram o próprio Flocke. Das teorias mais interessantes para se explicar a origem de Jacob e Sem-Nome, posso citar uma que diz que a mãe postiça dos dois (também conhecida como Rousseau 1.0) tinha dentro dela, como protetora da ilha os dois lados; o bom e o mau, e que ao morrer ela deixou com cada um de seus "filhos" uma dessas partes, que na verdade deveriam ter sido passadas para apenas uma só pessoa.

A surpresa de saber que a mãe verdadeira dos meninos estava grávida de gêmeos foi grande, e ao ver que poderia ter dois novos guardiões da ilha, a Rousseau 1.0 decidiu dar uma parte a cada um deles, tornando Jacob "bom" e o Sem Nome "mau".

O interessante dessa teoria é que explicaria muita coisa sobre LOST, principalmente a máxima de que não existe pessoa totalmente boa e nem totalmente má. Há um pouco de escuridão em todo ser humano, assim como há um pouco de luz, e a diferença é que você escolhe qual das duas vertentes você fará melhor uso. Assim como Jacob não era totalmente bom (no começo ele era mais ingênuo), o Sem Nome também não era totalmente mau e isso ficou bem claro no episódio "Across the sea", onde é mostrada a origem (ou quase isso) dos dois personagens.

Já que os criadores de LOST optaram por uma saída mais emocional pra história, o remédio foi procurar por si mesmo aquelas respostas que todos queriam da série, e várias pessoas pensando juntas renderam boas teorias para os mistérios que mais incomodavam, e valeu bastante a experiência de ter ido na reunião desse ano (que tende a ser a última).

LOST acabou, mas as discussões a respeito da série e o quebra-cabeça que ainda precisa ser montado para se entender a série como um todo ainda vai dar muito o que falar. Os fãs que estão se sentindo orfãos já estão pensando em rever toda a série (fiz isso quando a 5ª temporada acabou) e tentar encaixar aquelas peças que ficaram soltas. Duvido que outra série movimente tanto as pessoas ou cause tanto interesse quanto LOST o fez nesses 6 anos, e talvez o legado do seriado seja mesmo esse, continuarmos buscando respostas por muito tempo ainda.

Lembrando que o box da 6ª temporada chega em Outubro, recheado de extras. Será cofre na certa!

Abaixo o link da matéria sobre o Dharma Day de 2010 que saiu no portal R7 e entrevista com os organizadores:




I see you in another life, Brotha!

Aerosmith em São Paulo!


Agora eu posso morrer feliz!


Na noite de sábado, após muito tempo de espera (mais de 10 anos!!) eu tive o prazer de assistir ao vivo uma das melhores bandas de rock de todos os tempos, e os caras ainda estão em plena forma. O Aerosmith subiu ao palco do Palestra Itália por volta das 21:40 e levantou o público de quase 35 mil pessoas com "Eat the Rich" (sucesso de 1993) após surgirem de trás de uma bandeira enorme com o logo da banda. Nessa hora o coração foi a mil, e as palavras faltam para expressar a emoção de estar vendo a minha banda preferida detonando com tudo no palco.


Tive receio sim de que a banda estivesse num clima ruim após a quase separação do ano passado, mas essa impressão passou rapidamente quando Steven Tyler começou a interagir com o companheiro Joe Perry e os demais integrantes da banda no palco como se nada tivesse acontecido. Eles trocaram elogios rasgados durante a apresentação, o que prova que as mágoas ficaram para trás. Após o acidente em que Steven caiu do palco durante um show, o vocalista passou por problemas com o uso de analgésicos e chegou a ser expulso da banda. Para a alegria dos fãs, eles reataram e voltaram com tudo na turnê Cocked, locked, ready to rock que passou por diversos países da América do Sul antes de chegar ao Brasil.

Tyler por sua vez, continua mandando bem demais, para um senhor de 62 anos. Após entrar no palco com suas habituais roupas de travecão, ele provou para qualquer um que ainda tinha dúvidas que ele ainda tem uma das vozes mais poderosas do rock n' roll, e em nenhum momento ela falhou ou pareceu cansada demais nos agudos (os vários) que recheiam suas músicas.
Não havia também aquela famosa jogada, onde o vocalista empurra a responsabilidade de cantar um refrão para o público, e a única exceção foi na introdução de "What it takes" em que Steven deixou a plateia começar a música, propositalmente, claro. O resultado foi um coro emocionado cantando a balada para os ouvidos do líder da banda.

O playlist da noite continha músicas de várias épocas da banda, e as baladinhas ficaram de fora, o que reforça ainda mais o poder do Aerosmith, já que as músicas mais românticas são usadas no momento de "descanso" que toda banda ou ídolo pop utiliza durante seus shows. Descanso?? Não houve descanso!
A plateia quase veio abaixo ao som de "Livin' on the edge" e "Draw the line" que encerrou a primeira parte da apresentação antes do bis, e em nenhum momento o vocal de Steven pareceu fraquejar. A energia que a banda exala do palco é algo impressionante. Eles nem precisam de muita pirotecnia ou coisas do tipo. A banda faz todo o espetáculo por ela mesmo e faz muito bem diga-se de passagem.
Vi um show fenomenal com todos os elementos que devem ter um espetáculo de tamanha grandeza, e saí do Estádio com uma incrível sensação de "Valeu a pena a espera". Guardarei na memória para sempre a apresentação do Aerosmith em São Paulo e aguardo esperançoso um possível retorno dos sessentões ao país. Sonhar não custa nada. "Dream on"!



Antes do Show

A odisséia para ver o show começou por volta das 17 horas em frente ao estádio do Palmeiras. No caminho do Metrô até o estádio o clima de show já podia ser sentido enquanto eu encontrava com vendedores de camisetas, cambistas vendendo ingressos e muitos fãs, a maioria com o símbolo da banda no peito.


O ingresso do show não estava comigo, o que me deu um tremendo frio na espinha enquanto o público ia chegando e passando pelo corredor com acesso às cadeiras cobertas do estádio. Enquanto eu aguardava minha amiga com os ingressos, um pessoal a meu lado fazia muita bagunça oferecendo cerveja pra todo mundo que passava. Eles estavam com uma caixa de isopor lotada e não falavam de música um só momento, embora fossem fãs, todos na faixa dos trinta anos, creio eu.

Fora meus colegas beberrões, havia todo tipo de público presente. Os fãs comuns com camisetas da banda eram maioria, mas haviam também os mais "enfeitados" com chapéu de cowboy (!), coturnos até o joelho, meia-calça rasgada, maquiagem gótica e até sobretudo. Por um momento desconfiei se eles não estariam indo para um show errado, mas se gostam de Aerosmith, dou um desconto.

Quando minha amiga enfim chegou, bateu aquele alívio (não que eu tivesse desconfiando que ela não viria), e entramos após a passagem rotineira de revista, identificação e afins.

Lá dentro, nas cadeiras cobertas do lado direito do palco tive uma visão boa do restante do estádio e ele ainda não estava lotado. As cadeiras onde eu estava até tinham um bom público, mas a pista ainda se mantinha com vários espaços vazios, o que não era de se espantar, já que ainda faltava bastante tempo para o show começar. Enquanto o tempo passava a ansiedade só aumentava, e a adrenalina ia subindo.

A presença da banda de abertura Cachorro Grande foi interessante, e os gaúchos apresentaram durante quase meia hora seus maiores sucessos. O som estava perfeito e embora a acústica em espaço aberto não seja das melhores, deu pra curtir bem o show dos caras. O público não levantou muito com a presença da banda, o que deixou claro que todos estavam ali mesmo pra ver o Aerosmith.

Em suma, aquela foi uma noite perfeita e até mesmo o clima ajudou, já que nem fez muito calor e nem muito frio. As previsões de chuva para o horário do evento estavam erradas, e o show pode ser curtido em sua totalidade.



NAMASTE!

27 de maio de 2010

Os Mercenários: Novo Vídeo

Não parece o símbolo da Shadaloo?


Eu sempre gostei de um bom filme de ação, daqueles bem violentos mesmo com tiroteio, explosões, facas voando, voadoras nas costas e chutes no esôfago, e um dos meus sonhos de infância é que fossem reunidos num mesmo filme os três maiores ídolos do cinema pancadaria da época: Schwarzenegger, Stallone e Van Damme. Bem, em Agosto, esse sonho será realizado, ou quase, já que o karateca belga pulou fora quando o próprio Stallone o convidou para participar de seu projeto, o filme os Mercenários, que ganhou um novo comercial.

Os Mercenários junta a maior quantidade de brucutús por metro quadrado já visto na história do cinema, e se o filme virar uma franquia (se Deus existe vai virar), temos a chance de num segundo longa ter a presença de Chuck Norris, Steven Seagal (que não faz falta, nunca gostei de seus filmes) e quem sabe o próprio Van Damme, que deve ter se arrependido muito de não ter aceitado o papel, já que essa seria sua chance de voltar aos cinemas, coisa que ele não faz há muito tempo (seus filmes saem direto para DVD).

Além dos velhões que vem dando pancada a vários anos, temos os novos expoentes do cinema porrada Jet Li e Jason Statham, além do Terry "Pai do Chris" Crews, que deve ser o alívio cômico do filme. Somando com Mickey Rourke (curiosamente com o mesmo visual que em Homem de Ferro) que já era figurinha carimbada em diversos filmes de porradaria (com o próprio Stallone e com Van Damme), temos um filme recheado de grosseirões para nos entreter durante duas horas, algo que vai render uma boa quantidade de sangue e balas voando para todo lado! Como diriam os caras do MDM, vai ser Mássa, véio!

Claro que Scharzenegger não se arriscará em cenas de ação, e tanto ele quanto Bruce Willis farão apenas pontas no filme, o que já é bem mais do que podíamos esperar de um projeto dessa magnitude. Stallone, o vovô muito louco, no entanto, não quer saber de parar com os filmes de ação, e paga o preço da idade, já que se machucou bastante durante as gravações de seus últimos filmes (Rambo 4 e o próprio Mercenários).

Estarei esperando ansioso a estreia desse filme, e como grande fã farei o review aqui logo depois. Claro, não espere nenhuma análise fílmica, é apenas um filme de porradaria!



NAMASTE!

26 de maio de 2010

LOST: The End


Terminei de ver o último episódio de LOST às 3 horas da madrugada de segunda para terça. A imagem final congelou e eu me mantive ali ainda uns cinco minutos olhando para a tela do computador, tentando digerir tudo que havia me atingido nas últimas duas horas. Foram 3 anos em que virei fã incondicional, fiel seguidor fanático, e após aqueles 5 minutos depois do término do último episódio, enfim a ficha caiu: semana que vem não terá mais nenhum capítulo!

LOST acabou deixando ainda uma infinidade de perguntas sem respostas, mas a forma comovente como os personagens se despediram de seus espectadores nos deixa uma única verdade: A trama era apenas um pano de fundo e as respostas não são tão importantes. Será?

Se hoje alguém que nunca viu a série me perguntasse “sobre o que fala essa tal de LOST?” eu responderia de bate-pronto: Sobre pessoas encontrando seu caminho.

Foi sobre isso que LOST sempre tratou, e eu me lembrei que muito antes de querer saber o que raios a Iniciativa Dharma fazia com ursos polares na ilha, o que mais me atraía na série sempre fora o relacionamento entre os personagens, a forma como cada um conduzia sua vida e os erros que cada um cometia ou havia cometido até chegar à ilha. Com o passar do tempo a série começou a jogar vários elementos interessantes sobre ciência, experiências secretas, viagens no tempo e afins, e como um bom apreciador de ficção que sou comecei a querer respostas para aqueles mistérios que a cada fim de temporada surgiam aos montes, levando a imaginação e os “achismos” ao nível mais elevado. Fui um dos muitos seguidores da série que ficou sim decepcionado com o final que não explicou tudo que queríamos saber, mas fiquei feliz com o fim de cada personagem em particular, o que rendeu uma despedida bem emocionante.

Fé e Ciência

O que realmente é a ilha?

Em “Ab Aeterno” o episódio que explica a imortalidade de Richard, a ilha é citada como o inferno onde cada pessoa chega para expiar os próprios pecados. Por um bom tempo cheguei a considerar essa teoria, o que seria uma forma razoável de explicar certas coisas que aconteciam aos sobreviventes do vôo 815 da Oceanic, como o julgamento feito pela Black Smoke antes de matar as vítimas, entre outros. Até então não sabíamos a ligação entre o Sem-Nome com a fumaça, e também não sabíamos o que exatamente eram ele e Jacob. Semideuses numa disputa de vida e morte? Dois homens dotados de poderes místicos e com muito tempo livre para usar pessoas em seu jogo? Quem sabe um pouco dos dois. O fato é que tudo levava a crer que haveria uma explicação plausível para cada um desses fenômenos sobrenaturais que presenciamos junto com “nossos heróis” (como diria o Bial), mas alguns deles passaram totalmente batido, e nos fizeram acreditar no fim, que isso não era tão importante.

O que é possível presumir, é que a ilha era sim um lugar místico que atraía o interesse de pesquisadores e curiosos devido suas atividades anormais. Quando se descobriu o potencial eletromagnético do lugar(gerada imagino eu, pela gruta da luz) a cobiça sobre o pedaço de terra aumentou e os problemas de Jacob também, uma vez que quanto mais pessoas chegavam à ilha, mais vítimas seu irmão Sem-Nome podia fazer. A Iniciativa Dharma descobriu bem depois dos Outros (os liderados por Charles Widmore) o que as propriedades físicas da ilha eram capazes de fazer, mas seus membros não sobreviveram o bastante para desfrutar dela. Essa é a parte científica da coisa.

A parte espiritual da coisa é que a ilha era dotada de uma fonte de energia que em comunhão com certos visitantes causava até mesmo a cura (Locke e Rose que o digam), e todos os desafios de sobrevivência nela implícitos (além dos joguinhos do desocupado do Jacob) levavam os sobreviventes a um forçado auto-conhecimento, fato que levou muitos losties a se sentirem renovados como pessoas (Locke de novo e James são casos bem específicos) e os conduziram a novos rumos, como bem acreditava o próprio Jacob. Para ele, todo ser humano era capaz de evoluir e crescer como pessoa, e pudemos ver vários casos de redenção durante as seis temporadas.

De acordo com o próprio Damon Lindelof, o criador, roteirista e produtor-executivo de LOST “não é possível fazer um final que agrade a todos. E essa também não é a intenção”. Em entrevist a a Vanity Fair, Lindelof afirma ainda sobre a mitologia Lost “ela é 10 ou 15 por cento da série, e que o principal são os personagens”. De acordo com ele, "os personagens sabem quais são seus problemas, e que a ilha é uma oportunidade que todo ser humano procura de mudar algo em si mesmo", o que coincide com o que eu disse mais a cima, mas deixa muito vaga a essência da série ou a sua premissa que sempre fora algo científico.

OK, se devemos deixar de lado toda aquela busca pela verdade e a solução dos mistérios, o que resta a nós fãs órfãos dessa série que nos prendeu por tanto tempo agora que ela acabou? “Arrume uma vida”, diria Willian Shatner aos fãs de Jornada nas Estrelas quando perguntado sobre o fim da série, curto e grosso. Sim, e se mesmo assim, alguns de nós ainda quisermos respostas? E se não for o bastante aquilo que nos foi dado no último episódio de LOST?
Fé e ciência foram dois elementos que sempre conduziram LOST. A fé de que havia algo sobrenatural na ilha de Locke e a certeza cética de Jack de que não havia, e que sua queda ali não havia passado de um acidente, sempre nos levaram a imaginar em quem deveríamos acreditar. Quando a fé acabou levando Locke à ruína e deu um novo sentido a Jack (e também um novo rumo ao personagem) começamos a entender qual era o significado desses dois elementos aparecerem tanto em conflito desde os primórdios da série e porque alguns personagens eram movidos por ela.

Como bem disse Carol Almeida no portal Terra em seu artigo sobre LOST quem venceu com Lost foram os autores e produtores J. J. Abrams, Damon Lindelof, Carlton Cuse e todos aqueles que se dedicaram todos esses anos a manter jovens ansiosos com um roteiro que partia de lugar algum para lugar nenhum. E eles foram simplesmente geniais nessa missão, porque souberam usar suas próprias armadilhas narrativas para capturar corações e mentes de expectadores* (com x mesmo) que, assim como Locke no começo e Jack no final, acreditavam que havia um motivo.” Segundo ela, esse motivo só existia na nossa cabeça, e ele não foi importante no fim de tudo, quando a única coisa que nos foi dada exceto o destino dos personagens, foi a verdade de que estávamos nos preocupando a troco de nada. E ela prossegue “Não, não há motivos. A ilha foi tão somente uma memória dos expectadores. Memória daquilo que vivemos durante tanto tempo por pura projeção. Fomos nós, os fãs, que queríamos achar a saída, que acreditávamos na equação física de Daniel Faraday para explicar o que raios é a verdade e onde ela está”. Quem mandou termos fé?
O final de LOST foi sim comovente. Uma forma bem digna de nos despedirmos desses personagens tão queridos que nos levaram a várias reflexões e aprendizado, mas ele teria sido muito melhor, se uns dois episódios antes tivessem ao menos esclarecido as principais dúvidas, aquelas que povoaram nossa mente sedenta por tanto tempo. Sinto que se morrer agora, não vou descansar em paz de tanta coisa que ainda está vagando na cachola. Ô Damon Lindelof! Ô Carlton Cuse! Dá essa colher de chá aí, vai! Conta pelo menos quem era aquele dentro da cabana do Jacob! Hehehehe!


* Carol Almeida se refere a “expectadores” com x posto que estamos falando daqueles que por tanto tempo esperaram uma resposta. Ex... de não é mais.



Abaixo um Stand-Up de Bruno Motta sobre como o público médio encara LOST:




NAMASTE!

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