No domingo (30/05) aconteceu na Livraria Da Vila do Shopping Cidade Jardim o terceiro Dharma Day, evento que reúne os fãs de LOST para discutir sobre a série. O evento começou às 14 horas, cheguei por lá meia hora depois e a discussão já estava acalorada entre os organizadores e o pessoal que estava participando. O assunto, claro, era o controverso final da sexta temporada, que dividiu os fãs. Muitos eram a favor do final religioso que a série recebeu, mas muitos eram contra, alegando que esperavam uma pegada mais científica, como eu mesmo já havia comentado por aqui.
Quando se reúne num mesmo lugar fãs ardorosos de algum gênero de ficção específico, a tendência é sair muita coisa interessante na discussão, e foi o que pude presenciar nas quase 5 horas que durou o evento. Alguns fãs ainda tinham dúvidas primárias como a função dos ursos polares na ilha (que eu mesmo já relacionei como sendo parte das pesquisas sobre teleporte para o exterior), sobre o fato de Vincent (o cão) ser uma das representações do MIB (Flocke, Black Smoke, Sem-Nome...) e sobre os passageiros estarem mortos desde o momento que o voo 815 caiu na ilha (o que acho forçado, uma vez que 6 deles chegaram a sair da ilha durante um período).
Saiu também muita coisa engraçada como "o que acontece com a mochila do Flocke quando ele vira fumaça?" ou mesmo que as aranhas que mataram Paulo e Nikki na 3ª temporada eram o próprio Flocke. Das teorias mais interessantes para se explicar a origem de Jacob e Sem-Nome, posso citar uma que diz que a mãe postiça dos dois (também conhecida como Rousseau 1.0) tinha dentro dela, como protetora da ilha os dois lados; o bom e o mau, e que ao morrer ela deixou com cada um de seus "filhos" uma dessas partes, que na verdade deveriam ter sido passadas para apenas uma só pessoa.
A surpresa de saber que a mãe verdadeira dos meninos estava grávida de gêmeos foi grande, e ao ver que poderia ter dois novos guardiões da ilha, a Rousseau 1.0 decidiu dar uma parte a cada um deles, tornando Jacob "bom" e o Sem Nome "mau".
O interessante dessa teoria é que explicaria muita coisa sobre LOST, principalmente a máxima de que não existe pessoa totalmente boa e nem totalmente má. Há um pouco de escuridão em todo ser humano, assim como há um pouco de luz, e a diferença é que você escolhe qual das duas vertentes você fará melhor uso. Assim como Jacob não era totalmente bom (no começo ele era mais ingênuo), o Sem Nome também não era totalmente mau e isso ficou bem claro no episódio "Across the sea", onde é mostrada a origem (ou quase isso) dos dois personagens.
Já que os criadores de LOST optaram por uma saída mais emocional pra história, o remédio foi procurar por si mesmo aquelas respostas que todos queriam da série, e várias pessoas pensando juntas renderam boas teorias para os mistérios que mais incomodavam, e valeu bastante a experiência de ter ido na reunião desse ano (que tende a ser a última).
LOST acabou, mas as discussões a respeito da série e o quebra-cabeça que ainda precisa ser montado para se entender a série como um todo ainda vai dar muito o que falar. Os fãs que estão se sentindo orfãos já estão pensando em rever toda a série (fiz isso quando a 5ª temporada acabou) e tentar encaixar aquelas peças que ficaram soltas. Duvido que outra série movimente tanto as pessoas ou cause tanto interesse quanto LOST o fez nesses 6 anos, e talvez o legado do seriado seja mesmo esse, continuarmos buscando respostas por muito tempo ainda.
Lembrando que o box da 6ª temporada chega em Outubro, recheado de extras. Será cofre na certa!
Abaixo o link da matéria sobre o Dharma Day de 2010 que saiu no portal R7 e entrevista com os organizadores:
I see you in another life, Brotha!
Olá!
ResponderExcluirEu me tornei blogueira há pouco tempo, por isso não sei mexer muito bem o blog. Ehehehe!
Já ouvi falando do seriado LOST, mas nunca assisti. Deve ser bem legal!
Vejo que voce posta muitas coisas neste blog.
Abraços