14 de abril de 2010

Mas que Garota Infernal!

Roteirizado por Brook Busey (mais conhecida como Diablo Cody a ex-stripper e roteirista do sucesso Juno), dirigido por Karyn Kusama (Aeon Flux) e estrelado por Megan Fox (que dispensa apresentações), Garota Infernal (Jennifer’s Body) é mais um daqueles filmes feitos para adolescentes com cenas de terror, escatologia e doses nada moderadas de sexo. Não há como negar: todo mundo já viu pelo menos um filme na vida com essas características.

Megan vive Jennifer, uma linda e popular líder-de-torcida que é sacrificada injustamente pelo líder de uma banda de rock, que faz um pacto com o diabo para conseguir lançar um CD. De acordo com o pacto, eles precisavam que a jovem fosse virgem para o sacrilégio, mas não é bem o que eles conseguem. Jennifer tem seu corpo possuído por um demônio e acaba tendo que se alimentar de sangue humano, sacrificando garotos para se satisfazer. A partir de então Needy (Amanda Seyfried), sua amiga de infância, se vê na obrigação de impedir a fome avassaladora de Jennifer e tenta desesperadamente tirar os garotos de seu caminho, incluindo seu namorado Chip (Johnny Simmons).

O filme até sua metade se desenvolve sem um ritmo estabelecido. Ele não funciona como terror, não funciona como suspense e não funciona como drama. À partir do momento que Jennifer aceita “dar um passeio” no interior da van da banda é que o clima do filme se transforma no terror trash.
Sem explicar ao expectador o motivo à princípio, a líder de torcida retorna toda ferida e ensanguentada do tal passeio, e após invadir a casa da amiga Needy, nos presenteia com uma das cenas mais nojentas do filme, ao vomitar uma gosma negra no chão da cozinha. Eeca!
Na película, Jennifer é uma Succubus, uma espécie de demônio feminino que se apossa de uma mulher e a torna faminta por carne masculina. Trocando em miúdos (olha a ironia!), quer dizer que ela fica doida pra comer homem, literalmente!

Curiosamente, antes mesmo de ser sacrificada, a personagem de Megan já se mostra do tipo “devoradora”, e em alguns casos usa sua beleza física para conseguir o que quer dos homens pela qual se interessa (ou quer tirar proveito). Depois que encarna a Succubus, Jennifer precisa se alimentar de carne humana para continuar linda e sensual, o que na teoria, lhe garantirá novas vítimas.


O filme não tem lá um roteiro muito elaborado, o que o torna simples de entender de cabo a rabo. Em nenhum momento precisamos pensar muito, e a plasticidade de Megan Fox na tela em alguns momentos substitui a falta de diálogos inteligentes e de interpretações mais competentes. A própria Fox atua muito melhor do que em seu início de carreira no blockbuster Transformers, mas ainda continua precisando provar que é mais do que só um belo rosto em Hollywood. Amanda Seyfried, como a amiga feiosinha e posteriormente a heroína da história, convence em cenas de drama e de terror, mas num típico filme adolescente é complicado mostrar talento. Destaque para J.K. Simmons (o J.J. Jameson de Homem Aranha e o pai da Juno), que vive um professor da região onde os personagens da história se concentram, e que encontra uma das vítimas “devoradas” pela Succubus.

Alguns efeitos visuais são pra lá de escabrosos, como o “voo” de Fox já na sequencia final, logo após ela tentar devorar Chip, e outros passam desapercebidos por serem muito rápidas, como a bocarra que Jennifer abre quando vai devorar as vítimas. Por outro lado, a direção do filme capricha para tornar as cenas em que Megan aparece de roupinhas curtas e decotes generosos as mais sensuais possível, e acerta. Tanto em diálogos picantes como em cenas de sensualidade (sem mostrar em nenhum momento demasiadamente o corpo de Megan) o filme é nota 10, empolga qualquer adolescente (e os mais marmanjos). Destaque para a cena em que Jennifer e Needy trocam um tórrido beijo de língua.

Para quem espera uma história de terror mais cerebral ou mesmo uma trama de tirar o fôlego, no entanto, esqueça. A única coisa de tirar o fôlego durante o filme todo é mesmo Megan Fox dentro de suas roupinhas ousadas.


Nota: 6


Filme indicado para assistir sem a namorada do lado, para evitar possíveis cotoveladas a cada cena sensual da protagonista.



NAMASTE!

4 comentários:

  1. Dá pra perceber que o filme é empolgante. Filmes que não são muito inteligentes, precisam de outros artifícios mesmo! Sexo e mais sexo, aí no final, ninguém vai dizer que não valeu a pena...

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  2. Aeh??...Tinha q por essa dica nu final???...EH OBVIOOOO q vcs iam fikar empolgados com as cenas sensuais e iriam levar mtasss cotoveladas...Eu particularmente naum vi NADA de interessante...¬¬...Agora entendi o pq vc assistiu ai na sua casa e naum aki comigo...(Y).Bom saber...
    P.S.:SE VC FIKOU EMPOLGADO... VC TAH FERRAAAAAAAAAAADO.

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  3. Resumindo.. um filme para punheteiros ^^

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  4. Paty, sempre sutil como um Rinoceronte!! Hehehehe!

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