A 18º Fest Comix, tradicional feira de quadrinhos e mangás que acontece no Centro de Exposições São Luis, em São Paulo ocorreu nos dias 14, 15 e 16. Devido o trabalho (afinal, alguém tem que garantir o leitinho das crianças!) eu não pude conferir os dois primeiros dias do evento, o que me obrigou a sair de casa em pleno domingão, num baita de um dia nebuloso e chuvoso.
Mas tudo bem. O que não faço pelo amor aos quadrinhos!
Mas tudo bem. O que não faço pelo amor aos quadrinhos!
Eu já havia conferido o evento uma vez e já havia estado no Centro de Exposições onde todo ano ele ocorre, mas como sou péssimo em me localizar espacialmente, nem com a ajuda do Google Maps eu sabia para onde ir depois que desci do Metrô Consolação, o que me fez seguir um japonês vestido com roupas meio espalhafatosas que também parecia procurar pelo local. Não deu outra! O japa estava mesmo indo para o evento, e só quando cheguei lá é que pude ter a dimensão do que estavam comentando dos dias anteriores nas redes sociais: A Fest Comix estava bombando de gente!
Logo na entrada, me acotovelando entre os presentes, fui logo atraído para o concurso de Cosplay que estava rolando no espaço lateral, e decidi dar uma conferida. Entre uma bizarrice e outra que subia ao palco, até que tinham alguns cosplayers bem interessantes, como o Motoqueiro Fantasma, a Kitana e o Raiden de Mortal Kombat, O Ryuk do Death Note e o Coringa. A vergonha alheia nesses eventos é algo comum de se sentir, e entre um tropeço e outro, até que o concurso estava bem divertido, sendo conduzido por uma apresentadora vestida de Tempestade (com lente branca e tudo) e outra de Miss Marvel Sombria. Vale mencionar o ajudante das meninas, trajado de Charada, que fazia as vezes de bobo da corte.
Após algumas apresentações musicais e às vezes até teatrais dos próprios cosplayers, que tiraram risadas da plateia, decidi procurar logo o que me interessava, e saí à caça das mulheres estantes abarrotadas de HQs, encadernados e livros.
No caminho até lá passei por uma exposição de desenhos do artista brasileiro Mike Deodato (que estivera presente no evento), e me pus a apreciar as obras que o cara vem fazendo até com bastante destaque para a Marvel. Uma pena que não cheguei a tempo da tarde de autógrafos de Deodato, mas em alguns estandes especiais o livro de arte com desenhos e esboços feitos para os quadrinhos pelo cara estava à venda por módicos R$ 180,00. Haja bolso para encarar!
Falando em dinheiro, senti a carteira coçar no bolso ao passar pelas Action Figures (isso mesmo, padawan, bonequinhos) e estátuas com personagens de HQs e de filmes.
Esses artigos, cada vez mais bem feitos e realistas, atraem e muito minha atenção, e não reclamaria se pudesse expor alguns deles em minha estante, em especial os chamados bishoujo, que nada mais são do que bonequinhas em poses sensuais com feições de mangá.
Esses artigos, cada vez mais bem feitos e realistas, atraem e muito minha atenção, e não reclamaria se pudesse expor alguns deles em minha estante, em especial os chamados bishoujo, que nada mais são do que bonequinhas em poses sensuais com feições de mangá.
Bonequinhas, Rodman?? Hmmm! Sei não, hein!
É. Bonequinhas. Deem uma olhada:
Fala aí se você também não ia querer uma dessas?Meu sonho de consumo é uma da Viúva Negra que vi pelas “internetes” da vida certa vez.
Adentrando o evento cheguei finalmente aos estandes onde dezenas, centenas, milhares de HQs esperavam por mim. Ao olhar aquele cenário maravilhoso, me lembrei de um tipo de sonho que costumo ter frequentemente em que estou em um local repleto de HQs e que nunca consigo escolher qual eu quero, de tanta diversidade que existe. Foi mais ou menos como o sonho, com a diferença de que, provavelmente, o filé mignon das revistas já devia ter sido “consumido” nos dias anteriores do evento. O que sobrara, embora não fosse ruim, não era exatamente o que eu esperava, o que não quer dizer que não consegui me divertir ali andando de um lado para outro escolhendo o que viria comigo pra casa.
Os tais descontos tão mencionados não chegavam a ser aqueeeele desconto. Bons exemplos disso foram às revistas de linha da Panini que costumeiramente eu pago R$ 6,50 na banca e que no evento estavam saindo por R$ 5,00. Os encalhes, aquelas revistas que ninguém compra nas bancas, estavam relativamente baratos (Peguei a HQ Os Livros do Destino por 9 Dilmas!) e ainda havia a opção das HQs usadas, que estavam saindo por bem menos do que a metade do preço de banca.
Destaque para os encadernados, aqueles livros de luxo que só são vendidos em livrarias como a Saraiva, por exemplo, que estavam saindo com quase R$ 20,00 de desconto em relação ao preço original.
Em meio a uma pilha de encadernados, vi O Cavaleiro das Trevas (HQ do Frank Miller) me chamando, e não pude deixar de adotar a criança. Algum tempo atrás eu já havia namorado uma das edições que a Panini costuma chamar de “definitiva” da mesma HQ e cogitado adquiri-la, só que os quase 100 Dilmas (na época 100 Lulas) meio que me desanimaram. Curiosamente, adicionei à minha coleção a edição de luxo de Watchmen quase na mesma época, e esta me saiu mais cara do que os meros R$ 100,00 que eu estava miguelando. Nem eu me entendo!
O mais curioso é que já estou à espera da próxima “Edição Definitiva” de Cavaleiros das Trevas (não que eu vá comprar, claro), já que essa me parece ser a terceira pelas minhas contas que se diz definitiva e sempre sai outra logo depois com mais material. Em breve comento no Blog sobre essa edição de luxo que une Cavaleiros das Trevas, Cavaleiro das Trevas 2 e ainda um livro de esboços de Frank Miller.
Como eu disse, cheguei na Fest Comix já em seu finalzinho e isso fez com que eu não encontrasse grandes novidades e raridades entre os volumes que pesquisei. Apenas algumas edições raras me chamaram a atenção, como a edição histórica do Quarteto Fantástico (lançada pela Panini) escrita e desenhada por John Byrne, revista que desde a infância sempre tive a curiosidade de ler, um encadernado do Homem de Ferro com a clássica Guerra das Armaduras, a edição especial dos Vingadores com a famosa Guerra Kree-Skrull (desenhada porcamente pelo Sal Buscema, mas enfim...), uma edição da DC comemorando os 75 anos da editora com histórias clássicas mostrando a origem de seus principais personagens (Superman, Batman e Mulher Maravilha) durante a reformulação na virada dos anos 80 e 90 (e que agora foram descartadas mais uma vez com o reboot) e o item mais precioso, o já comentado encadernado do Cavaleiro das Trevas.
No final das contas senti que valeu a pena ter podido conferir a feira mesmo que no fim, e embora eu não tenha visto a palestra do Mike Deodato e nem aproveitado a tarde de autógrafos dos irmãos Gabriel Bá e Fábio Moon, acho que deu para sair satisfeito de lá com as sacolas abarrotadas de quadrinhos e a leitura garantida até o fim do mês pelo menos!
quero agradecer pela foto do evento da fest comix e pelo elogio,
ResponderExcluirmas so queria corrigir um pequeno erro que é o raiden da versão do mortal kombat 9 blz abraço
Quer dizer que estou falando com o próprio Raiden? Heheheh!
ResponderExcluirDe nada. Eu curti muito o evento.
E tá corrigido então. Raiden de MK 9!
Abraço!
Um evento desse porte nunca chega na minha cidade, agora se fosse algum retardado de mangá...
ResponderExcluirAfinal qual a diferença entre as edições definitivas de Cavaleiro das Trevas? Já são 4!!!! Parabéns pela postagem, super divertida.
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