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9 de março de 2021

10 Melhores momentos de WandaVision



Antes de começar meu texto propriamente dito, quero deixar aqui uma salva de palmas para a Marvel Studios pela ousadia de parir esse projeto chamado WandaVision!




Tendo homenageado a empresa devidamente, é hora de relembrar um pouco dos 10 momentos mais marcantes dessa série do Disney + que já entrou para a história da TV e dos serviços de streaming

Sigam-me os bons!

Homenagens e referências



Criada inicialmente para parecer uma sitcom americana, WandaVision nos apresenta um primeiro episódio carismático que remete aos anos 50, prestando homenagens a seriados como “I Love Lucy”, que entre outras coisas, mostrava o cotidiano de um casal suburbano. O mistério sobre o que está acontecendo e porque Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen) e o Visão (Paul Bettany) estão dentro de uma sitcom permanece até o fim de “Gravado ao vivo com plateia”, quando então nos é mostrado que existe vida fora da exibição em preto e branco.



Os episódios a seguir, mostram saltos temporais específicos e a cada nova atração, o casal aparece referenciando uma década diferente, dos anos 60 (em episódio inspirado em “A Feiticeira”), aos anos 2000 (com referência a “Modern Family”). Os diversos penteados, as vestimentas e toda a ambientação da sempre pacata cidadezinha de Westview são pontos muito importantes dentro de WandaVision, uma vez que além de situar o espectador em suas diferentes épocas, servem também para dar o tom de cada episódio, da comédia pastelão dos áureos anos 50, passando pelo caos dos anos 80 e acabando mais deprimente e dramática nos anos 2000.



Tenho dificuldade para escolher em qual dos visuais que a Elizabeth Olsen usou durante os 9 episódios ela ficou mais charmosa — já que essa mulher é maravilhosa de qualquer jeito — mas se fosse elencar meu top 5, a versão gravidinha anos 70 seria um forte candidato ao pódio!



Darcy e Woo em ação



A Dra. Darcy Lewis (Kat Dennings) foi uma das únicas coisas realmente engraçadas em Thor: Mundo Sombrio (2013) e trazê-la de volta em WandaVision foi um grande acerto da produção, já que ela serviu como a ponte entre o mundo criado por Wanda e a nossa "realidade". Contatada pela E.S.PA.D.A (Equipe de Supervisão, Pesquisa, Avaliação e Defesa Armada), a astrofísica mostra logo de cara todo seu talento em detectar anomalias — algo que ela já fazia como a anteriormente estagiária de Jane Foster em Thor 1 — e não demora a sacar o que realmente está acontecendo dentro do — batizado por ela — “Hex”. 



Em parceria com o gentil agente do FBI Jimmy Woo (Randall Park) que nos foi apresentado em Homem Formiga e a Vespa (2018), Darcy é com certeza um dos grandes destaques da série, dando o tom de comédia certo nos momentos necessários. Esperamos vê-la novamente no futuro da Marvel, quem sabe agora num cargo mais importante dentro da S.W.O.R.D?


Monica Rambeau ganha poderes



Eu já declarei aqui todo o meu amor pela personagem Monica Rambeau e falei como a heroína acabou sendo injustiçada nos quadrinhos pela Marvel após os anos 90, por isso, esse momento é meu!



Interpretada em sua infância pela fofíssima Akira Akbar em Capitã Marvel (2019), a Monica já havia ganhado nossos corações em tela e despertado aquele desejo de vê-la em uma possível continuação, quem sabe em Capitã Marvel 2. Na época, ninguém imaginava que a Marvel a traria de volta já adulta antes do cinema, e em WandaVision, ela fez sua estreia interpretada agora por Teyonah Parris. E foi em grande estilo!



O episódio 4 “Interrompemos este programa” é o primeiro que nos mostra realmente o que está acontecendo fora da realidade da Wanda e tudo acontece quando Monica é atirada através das paredes do Hex, quando demonstra lá dentro ter ciência de que algo está errado. A série então mostra toda a trajetória da capitã Monica Rambeau desde seu retorno do “blip” — o estalar de dedos de Tony Stark em Vingadores – Ultimato — até ela se aventurar pelo campo vibracional criado pela Wanda ao redor de Westview. Uma vez dentro do Hex, Monica acaba “entrando para o elenco” da sitcom como a personagem Geraldine e faz descobertas importantes que são usadas mais tarde por Darcy e o General Hayward (Josh Stamberg), o diretor interino da E.S.P.A.D.A.



Tendo atravessado o campo vibracional do Hex mais vezes do que qualquer um — já que depois de ser jogada de lá, ela decide retornar depois —, Monica apresenta uma anomalia em seu DNA, o que é detectado por Darcy. A capitã faz relação com o câncer que vitimou a sua mãe Maria (Lashana Lynch) durante os cinco anos que durou o “blip”. Para sorte dela, Rambeau acaba desenvolvendo habilidades especiais que a tornam capaz de suportar a pressão causada pelo agora reforçado campo de Wanda e até consegue peitar a protagonista.



O momento em que Monica desafia seus próprios limites ouvindo as vozes de sua mãe e da Carol Danvers em sua mente é uma das grandes cenas da personagem na série. Chega a dar aquele quentinho no coração só em saber que agora, mais do que nunca, a Capitã Marvel DE VERDADE existe no MCU.

Como deixar de lado a referência ao uniforme branco e preto usado por ela nos quadrinhos ou o codinome “Fóton” na foto de sua mãe na parede da S.W.O.R.D? Já queremos Monica de volta pra ONTEM em Capitã Marvel 2 e na série Invasão Secreta!  


O aparecimento do "Fietro"



Fora trailers e algumas notícias esporádicas sobre roteiro, eu procuro me manter afastado de histórias de bastidores de produções que pretendo assistir futuramente para evitar spoilers. Eu não fazia ideia que Evan Peters estava no elenco de WandaVision e vê-lo aparecer à porta do casal título em Westview foi um dos grandes momentos “que porra está acontecendo aqui? ” em minha cabeça.

Era muito natural que acabassem usando o ator Aaron Taylor-Johnson no casting, uma vez que ele era o Pietro Maximoff — até então — oficial do MCU. Trazer o Pietro do universo dos X-Men da finada FOX no lugar de Taylor-Johnson, no entanto, foi uma sacada genial, mesmo que ele não estivesse ali exatamente para conectar os universos cinematográficos, como quase todo mundo especulou no lançamento do episódio.



Eu sempre tive o meu pé atrás quanto a overpowerização da supervelocidade do Mercúrio usada em X-Men – Dias de um Futuro Esquecido e em suas sequências, uma vez que ele não é tão rápido nas HQs — mimimi de véio chato —, mas é inegável que o “Peter” de Evan Peters é imensamente mais carismático que o de Taylor-Johnson, apresentado em Vingadores – A Era de Ultron. As cenas da interação do “tio Pietro” com os gêmeos de Wanda talvez não fossem tão engraçadas se ali em seu lugar tivesse o Mercúrio mais ranzinza de A Era de Ultron, por isso, valeu e muito essa participação especial.

Quem diria que o tal marido “Ralph” que tanto Agatha citava nos primeiros episódios era o tempo todo o fake Pietro!


Wanda dá à luz aos gêmeos



Agora em cores” é um dos episódios mais engraçados da fase sitcom de WandaVision e também um dos que melhor afloram a veia cômica de Elizabeth Olsen, Paul Bettany e Teyonah Parris. Toda a situação em torno da gravidez de Wanda, o desespero do Visão em ver que a barriga da esposa cresce cada vez mais em questão de horas e o corre-corre para garantir um parto saudável me tiraram risadas genuínas ao longo do capítulo.



As expressões de Olsen, seus trejeitos e entrega artística às cenas de humor fazem a grande diferença desse terceiro episódio. O momento de “escada” de Teyonah em que Geraldine conta sobre seu novo trabalho enquanto Wanda tenta afugentar a pintura de uma cegonha que ganhou vida na sala é hilária, assim como os efeitos drásticos nos móveis da casa quando os poderes de Wanda escapam de seu controle com as dores do parto.



Wanda fazendo a respiração “cachorrinho” é um dos pontos altos do episódio e a surpresa em seu rosto ao perceber que ela deu à luz a gêmeos, causa aquele “ohhhh” nos espectadores. Como leitor velho de HQs, jamais achei que um dia ia ver em tela o nascimento dos filhos imaginários da Feiticeira Escarlate com o Visão... Ainda mais “Agora em Cores”! (Hein? Hein?)

Ver os moleques crescidos e usando trajes que remetem à sua personalidade heroica dos gibis também foi massa demais.



O surgimento do Visão... Branco!



A fase das HQs em que o Visão é desmantelado por um grupo governamental que começa a enxergá-lo como uma ameaça após o sintozóide ter tentado dominar os computadores mundiais é com certeza um dos grandes momentos do personagem, criado por Roy Thomas em 1968. John Byrne, no final dos anos 80 era o grande cara das HQs, escrevendo e desenhando quase tudo que se podia imaginar tanto para a Marvel quanto para a Divina Concorrente. Foi ele quem criou o arco “Busca pelo Visão” que retirou completamente os traços mais emotivos do personagem — os mesmos que fizeram a Wanda se apaixonar e casar com ele — o dando uma aparência pálida e mais robótica.



A vinda do Visão Branco no MCU já era comentada desde a época de Vingadores – Guerra Infinita, quando um cadáver acinzentado do Visão é deixado aos pés do vilão Thanos, que consegue na testa do sintozóide a última gema do infinito que faltava em sua coleção. Muito se especulou que ele acabaria voltando no futuro sem seus traços de personalidade mais comuns, e até que faria sentido, já que aquilo que lhe dava vida era a joia da mente. A própria Shuri, a irmã do Pantera Negra, havia dito que era possível SIM remover a joia sem matá-lo e se tivesse mais tempo, a garota teria separado o Visão do poderoso artefato. Quem poderia saber que tipo de personalidade ele iria adquirir depois disso?

Nos instantes finais de “Nos capítulos anteriores...”, o episódio 8 da série, o general Hayward enfim consegue reativar o Visão, cujo corpo ele recuperou após os eventos de Guerra Infinita, e ele é… Branco!

Explosões cerebrais, urros, gritos de “eu te amo John Byrne” foram ouvidos numa certa casa em São Paulo. Não vou dizer em qual foi!


É tudo culpa da Agatha



Nas HQs, Agatha Harkness é uma bruxa muito antiga que aceita ser a tutora de Wanda Maximoff quando enfim a menina decide abraçar as tradições ciganas de seu povo em Wundagore e aprender a feitiçaria, a magia de camponês. Wanda é uma mutante cujo dom a permite alterar as probabilidades a seu bel prazer, mas sua alcunha “feiticeira” não é por acaso. É a Agatha quem ensina os principais truques e feitiços à moça, algo que mais tarde, a torna a vingadora mais poderosa — e perigosa — de todas.



Na série, Agatha se infiltra no Hex como Agnes para entender melhor quem é a Wanda e como pode existir um ser tão poderoso capaz de manipular a realidade a seu redor. A personagem vivida por Kathryn Hahn dá as caras em praticamente todos os episódios, agindo sempre como a vizinha enxerida que aparece em todos os momentos de necessidade, como que prevendo o que está acontecendo dentro da casa de Wanda e Visão.

O final de “Derrubando a quarta parede” é catártico, já que nos mostra que, afinal, a vizinha safada e Zé-Povinho é na verdade Agatha Harkness, uma bruxa ambiciosa que esteve por trás de todos os eventos que desestabilizaram a família Maximoff, e que estava ali o tempo todo para vigiar Wanda. Agatha All Along!



O momento flashback de “Nos capítulos anteriores...” que mostra Agatha absorvendo a magia de todo seu Coven na Salem de 1693 começa a nos preparar para o que vem pela frente e o tamanho da encrenca que espera nossa mocinha Wanda.

Em tempo, Kathryn Hahn é com certeza uma das principais novidades de WandaVision e entrega ótimos momentos de atuação com Elizabeth Olsen, seja no drama ou na comédia. Esperamos também vê-la mais vezes no futuro do MCU.

 

Wanda constrói o Hex



Chegamos ao pódio dos grandes momentos de WandaVision e não há como não citar uma das cenas mais emblemáticas da série, que é quando Wanda em todo seu sofrimento, usa a Magia do Caos para criar o seu próprio universo particular.

“Nos capítulos anteriores...” nos faz voltar no tempo para entendermos o que, afinal, motivou Wanda a criar o Hex, sequestrando mais de 3 mil pessoas que moravam naquela cidade e as usando como fantoches de sua narrativa. Enquanto Agatha a força a reviver suas tragédias, nós mergulhamos de cabeça no mundo de Wanda, assistindo de camarote tudo que foi tirado dela desde a infância humilde em Sokovia, passando pelo afloramento de seus dons místicos — potencializados pela joia da mente — e chegando até seu envolvimento com o Visão. 

Wanda ficou órfã num atentado terrorista, perdeu o irmão gêmeo durante a batalha contra Ultron e foi obrigada a ver seu amado Visão morrer DUAS vezes diante de seus olhos na Guerra Infinita. Não é como se justificássemos o sequestro de milhares de pessoas inocentes, mas a gente consegue entender o desespero que a levou a criar todo um mundo de fantasia a partir do terreno em que ela e o Visão pretendiam levar uma vida tranquila em Westview — provavelmente após a viagem que eles fazem juntos para a Europa, no começo de Vingadores 3 — e ainda trazer seu marido de volta à vida. Wanda perdeu tudo e ela tem os poderes para mudar isso.



O que você faria em seu lugar?

Eu não sofri perdas como as de Wanda na série, mas se eu pudesse alterar a realidade a meu redor para tornar minha vida um pouco mais aceitável — e porque não dizer, fugir da realidade? —, é bem certo que eu também ia criar o meu próprio mundinho e nunca mais ia querer sair lá de dentro.

  

Wanda reencontra o Visão



O episódio 8 de WandaVision me fez chorar em várias oportunidades e não foi pouco.

Um dos momentos mais tocantes desse capítulo, é quando Wanda invade a sede da S.W.O.R.D a fim de recuperar o corpo do Visão e acaba o encontrando inteiramente desmontado sobre uma mesa. É claro que nem preciso dizer que o pequeno Rodman de 10 anos gritou aprisionado  dentro do meu atual corpo velho e putrefato com a referência icônica dos quadrinhos, mas a cena vai muito além disso. Elizabeth Olsen entrega uma interpretação comovente quando sua personagem se depara com os restos do sintozóide e percebe que não sobrou nada do Visão que ela amava naquele corpo destruído. A frase “Eu não consigo sentir você” é de partir o coração. Chorei e não foi pouco.

A cena de Wanda na SWORD remete a um momento semelhante ocorrido em "A Busca pelo Visão" de John Byrne


Elizabeth Olsen mostra toda a sua versatilidade como atriz ao longo dos 9 episódios. Ela vai do tom cômico — que prova dominar bem — ao drama com o mesmo talento e não seria de se espantar se ela levasse um Emmy em 2021 por sua atuação primorosa. Depois de WandaVision, é certeza que sua personagem vai se tornar o ponto central do MCU, além do que o status de atriz de Olsen vai receber uma elevação muito merecida por sinal. 

 

Wanda se torna a Feiticeira Escarlate



Nunca houve em minha cabeça uma dissociação dos nomes “Wanda Maximoff” e “Feiticeira Escarlate” por conta da minha relação com os quadrinhos dos Vingadores, mas no MCU, a personagem de Elizabeth Olsen ainda não tinha sido chamada por sua alcunha heroica e havia uma razão para isso.

A batalha entre Wanda e Agatha de “O Grande Final” serve para mostrar ao espectador que a personagem título sempre esteve predestinada a ocupar o posto avançado da Feiticeira Escarlate, que segundo Harkness, é alguém de extremo poder natural destinado a destruir o mundo. Disposta a absorver para si toda a Magia do Caos controlada por Wanda, Agatha leva a moça a seu limite durante o combate e é quando a verdadeira personalidade de Maximoff assume o controle, transformando-a na lendária Feiticeira Escarlate!



Explosões cerebrais, urros, gritos de “eu te amo John Byrne” foram ouvidos numa certa casa em São Paulo outra vez nessa hora... Eu sei, eu tava lá!

É de aplaudir de pé todo o esmero que a Marvel teve em escrever a saga dessa personagem que já era tão querida nas HQs agora também nas telas. WandaVision não é apenas um “TV Show” raso de entretenimento barato, mas sim um produto raro que soube lidar com temas como depressão, luto e fuga da realidade com uma sensibilidade muito apurada, isso envolto em um enlatado americano fabricado para ser sim, “apenas” entretenimento.

O que será do Visão Branco? O que aconteceu com Agatha? Como será o desenvolvimento da capitã Monica Rambeau? O que Wanda está buscando na cena pós-crédito do último episódio? Como o Doutor Estranho vai se envolver nessa história toda?

Não sabemos e isso é ótimo, já que nos mantem com esperanças de vivermos um novo dia e aguardar os próximos capítulos dessa maravilha que é o MCU. Bora curtir então o luto pelo fim da série.


“E o que é o luto senão o amor que perdura? ”

(VISÃO)


P.S. – Eu fui até o balcão do Boteco do Infinito Podcast bater um papo com o Antonio Pereira sobre as HQs “Visão” de Tom King e “Dia das Bruxas” de Bill Mantlo, ainda no hype da série. No final do programa, falamos de WandaVision (com spoilers) até o episódio 7, depois especulamos como seria o final da série... erramos TODAS as teorias, mas ainda assim vale ouvir o episódio que está massa demais. Clica aí no banner e vai ouvir, jovem padawan!



P.S. 2 – O Blog do Rodman também é um universo particular criado por mim e aqui eu vivo numa bolha perdida na internet, como se milhões de pessoas estivessem lendo meus posts e rindo das minhas piadas ruins ad eternum, quando na realidade estou falando sozinho... É pena que não posso controlar essas pessoas de verdade...

HA HA HA HA HA!



NAMASTE!

21 de dezembro de 2020

A melhor série animada dos X-Men

A série animada dos X-Men (X-Men: The Animated Series) estreou no ano de 1992 nos Estados Unidos e foi concluída 5 temporadas depois em 1997. Transmitida pelo canal Fox Kids e tendo sido desenvolvida pela Saban — a mesma produtora que deu vida aos Power Ranges —, a animação foi um marco importante também no Brasil, uma vez que serviu como porta de entrada para muita gente que nunca tinha ouvido falar dos mutantes da Marvel, ou para aqueles que, como eu, tinham poucas referências nos quadrinhos.

Aqui onde a Terra é plana e onde quem toma vacina vira jacaré, o desenho foi transmitido pela Globo na TV Colosso por volta de 1994 e se tornou febre muito rapidamente entre a molecada. Eu já lia gibis há algum tempo quando X-Men estreou na TV, mas confesso que não tinha base quase nenhuma sobre os mutantes criados em 1963 por Stan Lee e Jack Kirby. Dos personagens que protagonizavam o desenho, eu já tinha visto o Ciclope e o Wolverine*, mas muito por alto numa das capas das primeiras Guerras Secretas, e o restante eu desconhecia completamente. 



Me lembro que na época, eu só tinha uma revista dos X-Men em casa, que meu irmão tinha trazido num dia qualquer — eu comecei a colecionar quadrinhos por causa dele! —, e mesmo assim, ela não era uma das minhas preferidas, já que mostrava o final de um arco que eu não entendia nada e apresentava personagens das quais eu tinha pouco interesse. A edição em questão era a de nº 24 da Editora Abril mostrando o julgamento do Magneto, mas eu ignorava completamente tudo que estava acontecendo ali dentro. Eu era muito fã do Homem Aranha e além disso, eu lia bastante coisa do Capitão América, do Hulk ou do Superman pela DC.



Por causa do desenho, de repente, todo mundo virou fã dos X-Men, até mesmo quem nunca tinha lido um gibi de super-herói na vida! A molecada ficava repetindo os bordões dos personagens na escola e todo mundo pirava com o jeito "violentão" do Wolverine, o que ajudou a popularizar o personagem por aqui também. Como ninguém conhecia porra nenhuma dos mutantes, tudo que mostravam no desenho se tornava automaticamente verdade e eu passei muito tempo achando que o Morfo era mesmo um personagem regular do grupo ou que o Dia de Um Futuro Esquecido tinha a participação do Bishop!



Eu não sei se foi por influência de alguém que comentou nas aulas ou se eu acabei assistindo por conta própria numa manhã qualquer, mas me lembro bem que a primeira vez que percebi que estava assistindo alguma coisa relativa a personagens de quadrinhos — lembrando que eu não conhecia muita coisa de X-Men — foi ao bater o olho na máscara do Wolverine dentro de uma maleta enquanto o episódio 6 da primeira temporada rolava ("Vingança Gelada"). Eu não tinha visto a abertura do desenho e peguei o trem literalmente andando, mas a partir dali, bateu um sinal em minha cabeça de que aquilo era muito bom e eu comecei a acompanhar a série.



É bom lembrar que nos anos 90 qualquer coisa baseada em quadrinhos em outras mídias era algo muito raro de acontecer, o que ajudou a consolidar o sucesso dos X-Men entre os brasileiros. Até então, a gente vivia das reprises que passavam na Sessão da Tarde de Batman (de 1989), o terrível Superman IV - Em Busca da Paz e de outros dois ou três filmes da DC. Da Marvel a gente tinha a série antiga do Hulk — aquela do Lou Ferrigno — e os filmes medonhos do Capitão América que passavam no SBT, mas desenho que rivalizasse com a animação do Batman não havia. 

Como a atualização dos episódios demorava para acontecer, a primeira e a segunda temporada de X-Men foram incansavelmente reprisadas nas manhãs da TV Colosso, a ponto de eu ter as falas do Wolverine praticamente decoradas na memória. Eu lembro que eu tinha aula de Educação Física duas vezes na semana na escola de manhã e nesses dois dias eu tinha que correr para casa para não perder os episódios. 

Outra curiosidade de que me lembro acerca do desenho, é que certa vez a minha mãe falou que era para eu parar de assistir porque "era violento demais". Ela tinha escutado alguns diálogos enquanto varria o quintal e não tinha curtido muito. Não sei bem o que ela ouviu que não gostou, mas o episódio era "A Bela e a Fera" (o episódio 10 da 2ª temporada, "Beauty & Beast"), onde o Wolverine entrava disfarçado no covil dos Amigos da Humanidade e confrontava Graydon Creed, o filho de Victor Creed, o Dentes-de-Sabre.    



Esse episódio era um dos que eu menos gostava na época — talvez porque não tinha tanta ação —, mas reassistindo, percebi que ele é um dos melhores na abordagem de temas como preconceito racial, intolerância ao que é diferente e aceitação. Nele, uma garota cega chamada Carly busca um tratamento experimental criado pelo doutor Hank McCoy para voltar a enxergar, e os dois acabam se apaixonando, mesmo sem ela nunca ter visto a real aparência de Hank, em sua versão azul peluda. Enquanto os Amigos da Humanidade — que é um tipo de grupo radical como os supremacistas brancos, só que contra os mutantes em vez de negros e judeus — tocam o terror buscando mais aliados para sua causa racista, os caras colocam em risco a vida da própria Carly, que precisa ser defendida por Wolverine e o Fera. 



Ainda no mesmo episódio, o pai de Carly é um véio reaça preconceituoso radical que não aceita que sua filha seja tratada por um "anormal mutante" e Hank acaba entrando em conflito consigo mesmo por ter a aparência de um gigante peludo que assusta as pessoas ditas "comuns". Eu não entendia na época que um simples desenho animado podia falar de questões tão importantes de maneira metafórica, mas vendo com os olhos de hoje, é possível traçar diversos paralelos com a realidade que enfrentamos atualmente, em que os mesmos caras que assistiam esse desenho na TV durante a infância e que se diziam fãs dos X-men, criam canais de Youtube ou contas em redes sociais para destilar seu ódio a tudo que é "diferente" ou "foge dos padrões sociais mais aceitos". A galera não aprendeu nada.    

Depois de reprisar muito os episódios — algo que era comum na época quando algum desenho ou série live-action fazia sucesso — eu lembro que assisti muito pouco da terceira temporada na TV Colosso e confesso que nem faço ideia se a quarta e a quinta chegaram a ser transmitidas no programa infantil. O sucesso de X-Men logo começou a dividir espaço com a chegada dos Power Rangers na grade de programação nessa mesma época — ambos sendo televisionados próximo ao horário do almoço — e só muito tempo depois é que a série animada do Homem Aranha chegou para suprir a falta que fazia os mutantes quando o desenho acabou.



Não tem como dizer que X-Men não foi um boom na vida das crianças e adolescentes da época e que serviu para fazer muita gente mergulhar de cabeça no mundo das drogas dos quadrinhos, que na época, estavam produzindo os quinhentos mil títulos dos mutantes e abarrotando os cofres da Marvel. Depois do desenho, eu comecei a correr atrás dos gibis dos X-Men publicados no Brasil pela Editora Abril e comecei a percorrer sebos da cidade para recuperar o tempo perdido. Logo vieram as edições com os roteiros de Chris Claremont e os desenhos do Jim Lee — que fizeram a febre X-Men aumentar em todo o mundo — e além da edição em formatinho e do formato americano lançado mensalmente, ainda tinham os especiais, naquelas versões mais "gordinhas" com 100 páginas. Era muito gibi pra pouco dinheiro, mas a gente tentava colecionar tudo e ler o que os amigos emprestavam. 

Adaptações levadas a sério

Um dos principais atrativos da série animada dos X-Men era a preocupação dos roteiristas em adaptar as várias sagas que os Filhos do Átomo tinham nos gibis para a TV, e até hoje, muitas das melhores transposições de mídias já feitas dos mutantes da Marvel constam nos episódios das cinco temporadas do desenho.



Como eu disse antes, meus conhecimentos de X-Men eram parcos naquele período e muitas das grandes e mais famosas sagas dos mutantes eu vi primeiro no desenho para só muito mais tarde poder ler nos gibis. Eu nunca tinha visto "A Saga da Fênix" escrita por Chris Claremont e desenhada por Dave Cockrum e John Byrne, e os episódios de 3 a 7 da terceira temporada resumem de maneira muito competente o que acontece nos gibis, com uma ou outra alteração para deixar tudo mais "clean" para as crianças entenderem. 



As participações especiais de personagens do mundo dos X-Men também eram muito comuns no desenho e caras como Cable, Bishop, Maverick, Sauron e Sr. Sinistro eu vi pela primeira vez na TV.



Outra coisa bacana que acontecia no desenho e que fazia o meu lado nerd vibrar eram as simples menções ou aparições-relâmpagos de personagens mais conhecidos dos quadrinhos como o Homem Aranha, o Doutor Estranho e o Thor. Nesse quesito, a Saga da Fênix e a Fênix Negra é um desbunde, já que mostra quase todos eles de relance enquanto Jean Grey dominada pelo espírito Ragatanga pela Fênix começa a usar seus poderes. 



Cara! Não havia replay, não tinha como congelar a imagem para ver com mais detalhes depois como os serviços de streaming permitem atualmente e eu lembro que eu só dava aquele salto no sofá enquanto a voz na minha mente gritava "OLHA LÁ O HOMEM ARANHA, CARA!" por um frame que não durava nem dois segundos.



Eu tinha uma lembrança muito vaga de ter visto o desenho do "Homem Aranha e seus Incríveis Amigos" na TV preto e branco de casa, por isso, ver o meu personagem favorito, mesmo que por um microssegundo na tela, era algo que me empolgava bastante!

Algo muito semelhante acontece no episódio "Mojovisão" (o 11º da segunda temporada) em que durante a introdução do Longshot aparece a Psylocke num frame de milésimos de segundo sei lá porque! A ninja da adaga psíquica era figura importantíssima nas HQs na época e não tê-la regularmente no desenho era algo que muita gente questionava. Além desse frame de segundos, ela volta a aparecer só na quarta temporada, num dos episódios da saga "Acima do Bem e do Mal", e mesmo assim é sem qualquer destaque, apenas como mais uma participação especial. 



Quem prestou a atenção também deve ter visto o Deadpool de relance em uma das transformações do Morfo na segunda temporada (episódio 3, "O que for preciso") ou como uma memória residual do Wolverine, que estava sendo atacado psiquicamente pelo "Lado Sombrio" do Professor Xavier na terceira temporada (episódio 4, "A Saga da Fênix - Parte 2")



A fidelidade aos quadrinhos, as participações especiais e o ritmo intenso dos episódios, que apesar de não mostrar tanta violência quanto gostaríamos, fizeram de X-Men: The Animated Series um dos produtos mais felizes dos mutantes em outra mídia, e lembro com saudades dessa época. 



Até hoje o episódio "Uma História da Vampira" ("A Rogue's Tale", o 9º da segunda temporada) é o meu preferido de todos das cinco temporadas, em grande parte porque adaptava uma das minhas histórias preferidas entre X-Men e Vingadores — publicada nos EUA em Avengers Annual #10 escrita por Chris Claremont e desenhada por Michael Golden, mostrando a origem da Vampira — e por causa da aparição da Miss Marvel — que na dublagem chega a ser chamada de "Dona" Marvel —, que eu conhecia das histórias dos Vingadores. Sempre que reprisava, eu dava um jeito de ver e é bom até hoje.  

Problemas na animação

Como qualquer produto de época, é bom lembrar que a qualidade técnica de X-Men: The Animated Series dos anos 90 não deve ser questionada atualmente como se o desenho tivesse que ser perfeito em comparação aos padrões absurdos disponíveis hoje em dia. X-Men Evolution e Wolverine e os X-men, por exemplo, são muito superiores tecnicamente ao clássico desenho noventista, o que nem de longe desmerece o sucesso que a animação fez, trazendo aos espectadores tudo que foi comentado no tópico acima. 



O próprio Evolution tem sim seu charme, apesar de ignorar quase que completamente tudo que acontecia nos quadrinhos — criando um universo próprio para o desenho — e um pouco da fidelidade aos gibis tentou ser reproduzida em Wolverine e os X-Men, embora de maneira mais desastrada por tentar pegar o hype criado pelos filmes da Fox e colocar o Logan como o líder dos mutantes.

X-Men: The Animated Series apresentava problemas de colorização, animação e até de continuísmo que não eram percebidos facilmente pelo olhar de uma criança, mas que atualmente, com mais experiência, chegam a gritar aos olhos. Eu revi boa parte dos episódios antes de escrever esse post e coisas bobas como jaquetas e luvas que somem de uma cena para outra chegam a ser um exercício muito bom de observação. Cansei de contar quantas vezes as "costeletas" da máscara do Wolverine apareciam amarelas em vez de pretas, ou quantas vezes as luvas do Ciclope eram colorizadas com o tom de sua pele, mesmo quando ele estava com o uniforme completo. 

Outra coisa que saltava aos ouvidos, eram as traduções dos nomes de alguns personagens na versão dublada pelo — finado — estúdio Herbert Richards, que ora seguia a tradução literal e outras preferia manter como o original, em inglês. Ao longo das três primeiras temporadas vi o Justiceiro (Punisher) ser chamado de "o Assassino" — o personagem é mostrado na caixa de um jogo de videogame na primeira temporada —, o Mercúrio (Quicksilver) ser chamado de "Raio de Prata" e ao mesmo tempo — e no mesmo episódio — o Havok (que no Brasil é conhecido como Destrutor) e a Wolfsbane (a Lupina) do X-Factor não terem seus nomes traduzidos como nos quadrinhos, sendo chamados por seus títulos em inglês . 



Era muito comum também, às vezes, o adamantium ser chamado de "diamantino" ou "adamantino" na dublagem e dava a impressão que os dubladores não conversavam entre si ou com seu diretor de dublagem para definir como diabos se pronunciava certos nomes. Até o Ciclope eu ouvi ser chamado de "Cyclops", como a versão em inglês e essas nuances aconteciam muitas vezes durante o mesmo episódio, o que, é claro, não diminuía em nada a qualidade dos capítulos. 

Dublagem

Outra característica muito marcante da animação dos X-Men dos anos 90 foi sua dublagem, que sem querer, acabou imortalizando certas vozes a seus respectivos personagens. Todos os grandes dubladores brasileiros que escreveram sua história nos anos 80 — e até antes disso! — fizeram parte do elenco do desenho, e alguns foram tão icônicos, que posteriormente acabaram repetindo seus papeis nos filmes dos mutantes, a partir dos anos 2000. 



Como na época não tínhamos acesso à versão original dos episódios, a dublagem era nosso principal meio de ligação com os personagens e a mudança de algumas vozes de uma temporada para outra, às vezes, causava certo desconforto. Da primeira temporada para a segunda, por exemplo, as vozes do Ciclope e da Vampira foram alteradas e enquanto o dublador Dário de Castro assumia a voz do líder da equipe no lugar de Nilton Valério — ator falecido em 2007 que dublou o personagem na primeira temporada —, tivemos a Fernanda Baronne Fernandes substituindo a Taciana Fonseca como a Vampira. Fonseca, inclusive, se aposentou da dublagem pouco depois do sucesso dos X-Men e não a ouvimos mais por aí desde então.



Fernanda Baronne acabou conquistando seu lugar como a Vampira e hoje em dia a sua voz é a que mais ocupa o imaginário popular, já que ela também dublou a atriz Anna Paquin nos filmes dos X-Men e voltou à personagem na dublagem de X-Men Evolution. Parte da minha paixão pela personagem naquela época se dava por conta da voz rouca  e sensual da Fernanda, e eu comentei um pouco disso num post sobre meus dubladores favoritos



Feras da dublagem obrigatoriamente também fizeram participações no desenho dos X-Men e uma delas foi o mestre Orlando Drummond, que deu voz — entre outros personagens como o Black Tom Cassidy — ao Dentes-de-Sabre / Victor Creed. Além de apresentar o desenho como narrador — chamando o grupo de "xismen" até boa parte da terceira temporada, jeito aliás, que todo mundo no Brasil se referia aos heróis antes do desenho! — o icônico Márcio Seixas — antes do dossiê polêmico! — também deu voz aos personagens Anfíbio da Terra Selvagem e ao Eric, o Vermelho (ou Escarlate) da Guarda Imperial Shi'ar.       



O José Santa Cruz foi o Magneto tanto nas primeiras temporadas da animação quanto por trás do ator Ian McKellen nos filmes dos X-Men, e o saudoso Darcy Pedrosa — falecido em 1999 e que no Brasil ficou muito conhecido por dublar tanto o Coringa de Jack Nicholson no filme dos anos 80 quanto o da animação do Batman — foi a primeira voz do Gladiador da Guarda Imperial Shi'ar, quando ele chega à Terra para confrontar os X-Men e acaba jogando o Fanático** longe com uma facilidade impressionante no início da Saga da Fênix.



Três vozes além de Fernanda Baronne e José Santa Cruz foram mantidas nos filmes dos X-Men, para alegria dos fãs da animação. Isaac Schneider foi a voz do Professor Xavier em ambas as produções, Sylvia Salustti dublou tanto a Jean Grey do desenho quanto a atriz Famke Janssen no live-action e o icônico Isaac Bardavid foi a voz mais marcante do Wolverine nas animações, tendo a oportunidade de dublar também Hugh Jackman em todas as suas aparições como Logan nos filmes da Fox



Na terceira temporada, a partir do episódio 11, Bardavid é substituído pelo igualmente fantástico Francisco José, que por aqui, também foi a voz do Panthro de Thundercats — a primeira série animada — e do Lex Luthor em Liga da Justiça Sem Limites



O Gambit ficou bastante marcado pela voz de Eduardo Dascar, que de vez em quando tinha que arriscar alguns termos em francês ditos pelo personagem, e a jovem Jubileu tinha a mesma voz da Arlequina da animação do Batman, com a dubladora Iara Riça desempenhando um trabalho excelente com a caçula da equipe. Riça ainda voltou ao universo dos X-Men em X-Men Evolution, só que desta vez ela dava a voz da Jean Grey adolescente. 



Completando o time do elenco principal, Leonel Abrantes — ator que faleceu em fevereiro de 2020 — deu voz ao Fera / Hank McCoy até o episódio 10 da terceira temporada — e também ao ator Kelsey Grammer em X-Men - The Last Stand —, quando foi substituído por Jorge Vasconcellos a partir de então. A Tempestade / Ororo foi dublada — até onde eu me lembro — pela mesma dubladora até o fim da série, a incrível Jane Kelly, que também voltou à personagem na trilogia dos X-Men dos cinemas, dando voz a atriz Halle Berry. Kelly nos deixou em 2011 aos 62 anos. 



Essa fidelidade de vozes transportadas dos desenhos para o cinema foi um ponto muito importante na dublagem brasileira quando os primeiros filmes da Marvel começaram a surgir, e os fãs tiveram a chance de ser agraciados por algo que, assim como o próprio desenho, fez parte da nossa infância. As vozes dos dubladores da animação estavam em nossa mente há muito tempo e até mesmo quando a Fox começou a ferrar com tudo na telona, ainda assim valia a pena ver os filmes por conta deles. 

Além de matar as saudades dessa animação que foi a base de muita gente para o universo dos X-Men nos anos 90, esse post também é uma homenagem aos grandes dubladores que fizeram parte desse sucesso. É bem certo que sem eles, o desenho jamais teria tido o mesmo encanto que teve e se mantido em nossas memórias por tanto tempo.

A primeira temporada da série animada está no catálogo do serviço de streaming Disney + e para quem nunca viu, vale a pena a conferida. Apesar dos defeitos, X-Men mantém uma aura muito boa de uma época em que os mutantes da Marvel eram os personagens mais importantes dos quadrinhos.

P.S. -  *Vale lembrar que na edição nacional de Guerras Secretas lançada no Brasil pela Editora Abril, alguns personagens foram limados tanto da capa quanto de seu conteúdo por, na época, ainda não terem sido apresentados nas histórias mensais, o que causaria confusão nos leitores. A Vampira foi uma dessas personagens que foram tiradas da capa, e por isso, eu não a conhecia nem de vista quando o desenho dos X-Men foi lançado. Na capa, ainda aparecem a Tempestade — com seu visual moicano, portanto irreconhecível para mim — e o Noturno, que não é um personagem regular do desenho, só aparecendo pela primeira vez na terceira temporada. 

A capa brasileira de Guerras Secretas eliminou alguns personagens mutantes como a Vampira, o Noturno e a Tempestade


P.S. 2 - **Nunca houve um consenso quanto aos nomes originais dos personagens em inglês e suas traduções para o português no Brasil, o que tornou confuso o entendimento de alguns diálogos ao longo dos mais de 70 episódios da série dos X-Men. Muitos dos nomes nacionais dos personagens Marvel e DC nos quadrinhos surgiram nas redações das editoras Ebal e Abril nas republicações brasileiras, portanto, o estúdio Herbert Richers não parecia ter a obrigação de seguir o que era usado nos gibis em português. Mesmo assim, às vezes, os nomes coincidiam, como foi o caso do Juggernaut, que na dublagem da primeira temporada foi chamado de "Fanático" como era nos gibis da Abril. A partir da segunda temporada, seu nome em inglês volta a ser usado e é difícil saber o que realmente determinava algumas alterações, enquanto outras eram ignoradas. 

Que bom que pelo menos ele não foi chamado de "O Jaganata", não é mesmo?

Jaganata, forma como o nome do personagem Juggernaut foi traduzido pela editora Bloch no Brasil

P.S. 3 - E fã que era fã de verdade tinha que ter o álbum de figurinhas do desenho! O meu está incompleto até hoje, mas gastei uns bons trocados colecionando figurinhas da primeira temporada! 


 
NAMASTE!

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