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31 de maio de 2010

Dharma Day 3


No domingo (30/05) aconteceu na Livraria Da Vila do Shopping Cidade Jardim o terceiro Dharma Day, evento que reúne os fãs de LOST para discutir sobre a série. O evento começou às 14 horas, cheguei por lá meia hora depois e a discussão já estava acalorada entre os organizadores e o pessoal que estava participando. O assunto, claro, era o controverso final da sexta temporada, que dividiu os fãs. Muitos eram a favor do final religioso que a série recebeu, mas muitos eram contra, alegando que esperavam uma pegada mais científica, como eu mesmo já havia comentado por aqui.

Quando se reúne num mesmo lugar fãs ardorosos de algum gênero de ficção específico, a tendência é sair muita coisa interessante na discussão, e foi o que pude presenciar nas quase 5 horas que durou o evento. Alguns fãs ainda tinham dúvidas primárias como a função dos ursos polares na ilha (que eu mesmo já relacionei como sendo parte das pesquisas sobre teleporte para o exterior), sobre o fato de Vincent (o cão) ser uma das representações do MIB (Flocke, Black Smoke, Sem-Nome...) e sobre os passageiros estarem mortos desde o momento que o voo 815 caiu na ilha (o que acho forçado, uma vez que 6 deles chegaram a sair da ilha durante um período).

Saiu também muita coisa engraçada como "o que acontece com a mochila do Flocke quando ele vira fumaça?" ou mesmo que as aranhas que mataram Paulo e Nikki na 3ª temporada eram o próprio Flocke. Das teorias mais interessantes para se explicar a origem de Jacob e Sem-Nome, posso citar uma que diz que a mãe postiça dos dois (também conhecida como Rousseau 1.0) tinha dentro dela, como protetora da ilha os dois lados; o bom e o mau, e que ao morrer ela deixou com cada um de seus "filhos" uma dessas partes, que na verdade deveriam ter sido passadas para apenas uma só pessoa.

A surpresa de saber que a mãe verdadeira dos meninos estava grávida de gêmeos foi grande, e ao ver que poderia ter dois novos guardiões da ilha, a Rousseau 1.0 decidiu dar uma parte a cada um deles, tornando Jacob "bom" e o Sem Nome "mau".

O interessante dessa teoria é que explicaria muita coisa sobre LOST, principalmente a máxima de que não existe pessoa totalmente boa e nem totalmente má. Há um pouco de escuridão em todo ser humano, assim como há um pouco de luz, e a diferença é que você escolhe qual das duas vertentes você fará melhor uso. Assim como Jacob não era totalmente bom (no começo ele era mais ingênuo), o Sem Nome também não era totalmente mau e isso ficou bem claro no episódio "Across the sea", onde é mostrada a origem (ou quase isso) dos dois personagens.

Já que os criadores de LOST optaram por uma saída mais emocional pra história, o remédio foi procurar por si mesmo aquelas respostas que todos queriam da série, e várias pessoas pensando juntas renderam boas teorias para os mistérios que mais incomodavam, e valeu bastante a experiência de ter ido na reunião desse ano (que tende a ser a última).

LOST acabou, mas as discussões a respeito da série e o quebra-cabeça que ainda precisa ser montado para se entender a série como um todo ainda vai dar muito o que falar. Os fãs que estão se sentindo orfãos já estão pensando em rever toda a série (fiz isso quando a 5ª temporada acabou) e tentar encaixar aquelas peças que ficaram soltas. Duvido que outra série movimente tanto as pessoas ou cause tanto interesse quanto LOST o fez nesses 6 anos, e talvez o legado do seriado seja mesmo esse, continuarmos buscando respostas por muito tempo ainda.

Lembrando que o box da 6ª temporada chega em Outubro, recheado de extras. Será cofre na certa!

Abaixo o link da matéria sobre o Dharma Day de 2010 que saiu no portal R7 e entrevista com os organizadores:




I see you in another life, Brotha!

26 de maio de 2010

LOST: The End


Terminei de ver o último episódio de LOST às 3 horas da madrugada de segunda para terça. A imagem final congelou e eu me mantive ali ainda uns cinco minutos olhando para a tela do computador, tentando digerir tudo que havia me atingido nas últimas duas horas. Foram 3 anos em que virei fã incondicional, fiel seguidor fanático, e após aqueles 5 minutos depois do término do último episódio, enfim a ficha caiu: semana que vem não terá mais nenhum capítulo!

LOST acabou deixando ainda uma infinidade de perguntas sem respostas, mas a forma comovente como os personagens se despediram de seus espectadores nos deixa uma única verdade: A trama era apenas um pano de fundo e as respostas não são tão importantes. Será?

Se hoje alguém que nunca viu a série me perguntasse “sobre o que fala essa tal de LOST?” eu responderia de bate-pronto: Sobre pessoas encontrando seu caminho.

Foi sobre isso que LOST sempre tratou, e eu me lembrei que muito antes de querer saber o que raios a Iniciativa Dharma fazia com ursos polares na ilha, o que mais me atraía na série sempre fora o relacionamento entre os personagens, a forma como cada um conduzia sua vida e os erros que cada um cometia ou havia cometido até chegar à ilha. Com o passar do tempo a série começou a jogar vários elementos interessantes sobre ciência, experiências secretas, viagens no tempo e afins, e como um bom apreciador de ficção que sou comecei a querer respostas para aqueles mistérios que a cada fim de temporada surgiam aos montes, levando a imaginação e os “achismos” ao nível mais elevado. Fui um dos muitos seguidores da série que ficou sim decepcionado com o final que não explicou tudo que queríamos saber, mas fiquei feliz com o fim de cada personagem em particular, o que rendeu uma despedida bem emocionante.

Fé e Ciência

O que realmente é a ilha?

Em “Ab Aeterno” o episódio que explica a imortalidade de Richard, a ilha é citada como o inferno onde cada pessoa chega para expiar os próprios pecados. Por um bom tempo cheguei a considerar essa teoria, o que seria uma forma razoável de explicar certas coisas que aconteciam aos sobreviventes do vôo 815 da Oceanic, como o julgamento feito pela Black Smoke antes de matar as vítimas, entre outros. Até então não sabíamos a ligação entre o Sem-Nome com a fumaça, e também não sabíamos o que exatamente eram ele e Jacob. Semideuses numa disputa de vida e morte? Dois homens dotados de poderes místicos e com muito tempo livre para usar pessoas em seu jogo? Quem sabe um pouco dos dois. O fato é que tudo levava a crer que haveria uma explicação plausível para cada um desses fenômenos sobrenaturais que presenciamos junto com “nossos heróis” (como diria o Bial), mas alguns deles passaram totalmente batido, e nos fizeram acreditar no fim, que isso não era tão importante.

O que é possível presumir, é que a ilha era sim um lugar místico que atraía o interesse de pesquisadores e curiosos devido suas atividades anormais. Quando se descobriu o potencial eletromagnético do lugar(gerada imagino eu, pela gruta da luz) a cobiça sobre o pedaço de terra aumentou e os problemas de Jacob também, uma vez que quanto mais pessoas chegavam à ilha, mais vítimas seu irmão Sem-Nome podia fazer. A Iniciativa Dharma descobriu bem depois dos Outros (os liderados por Charles Widmore) o que as propriedades físicas da ilha eram capazes de fazer, mas seus membros não sobreviveram o bastante para desfrutar dela. Essa é a parte científica da coisa.

A parte espiritual da coisa é que a ilha era dotada de uma fonte de energia que em comunhão com certos visitantes causava até mesmo a cura (Locke e Rose que o digam), e todos os desafios de sobrevivência nela implícitos (além dos joguinhos do desocupado do Jacob) levavam os sobreviventes a um forçado auto-conhecimento, fato que levou muitos losties a se sentirem renovados como pessoas (Locke de novo e James são casos bem específicos) e os conduziram a novos rumos, como bem acreditava o próprio Jacob. Para ele, todo ser humano era capaz de evoluir e crescer como pessoa, e pudemos ver vários casos de redenção durante as seis temporadas.

De acordo com o próprio Damon Lindelof, o criador, roteirista e produtor-executivo de LOST “não é possível fazer um final que agrade a todos. E essa também não é a intenção”. Em entrevist a a Vanity Fair, Lindelof afirma ainda sobre a mitologia Lost “ela é 10 ou 15 por cento da série, e que o principal são os personagens”. De acordo com ele, "os personagens sabem quais são seus problemas, e que a ilha é uma oportunidade que todo ser humano procura de mudar algo em si mesmo", o que coincide com o que eu disse mais a cima, mas deixa muito vaga a essência da série ou a sua premissa que sempre fora algo científico.

OK, se devemos deixar de lado toda aquela busca pela verdade e a solução dos mistérios, o que resta a nós fãs órfãos dessa série que nos prendeu por tanto tempo agora que ela acabou? “Arrume uma vida”, diria Willian Shatner aos fãs de Jornada nas Estrelas quando perguntado sobre o fim da série, curto e grosso. Sim, e se mesmo assim, alguns de nós ainda quisermos respostas? E se não for o bastante aquilo que nos foi dado no último episódio de LOST?
Fé e ciência foram dois elementos que sempre conduziram LOST. A fé de que havia algo sobrenatural na ilha de Locke e a certeza cética de Jack de que não havia, e que sua queda ali não havia passado de um acidente, sempre nos levaram a imaginar em quem deveríamos acreditar. Quando a fé acabou levando Locke à ruína e deu um novo sentido a Jack (e também um novo rumo ao personagem) começamos a entender qual era o significado desses dois elementos aparecerem tanto em conflito desde os primórdios da série e porque alguns personagens eram movidos por ela.

Como bem disse Carol Almeida no portal Terra em seu artigo sobre LOST quem venceu com Lost foram os autores e produtores J. J. Abrams, Damon Lindelof, Carlton Cuse e todos aqueles que se dedicaram todos esses anos a manter jovens ansiosos com um roteiro que partia de lugar algum para lugar nenhum. E eles foram simplesmente geniais nessa missão, porque souberam usar suas próprias armadilhas narrativas para capturar corações e mentes de expectadores* (com x mesmo) que, assim como Locke no começo e Jack no final, acreditavam que havia um motivo.” Segundo ela, esse motivo só existia na nossa cabeça, e ele não foi importante no fim de tudo, quando a única coisa que nos foi dada exceto o destino dos personagens, foi a verdade de que estávamos nos preocupando a troco de nada. E ela prossegue “Não, não há motivos. A ilha foi tão somente uma memória dos expectadores. Memória daquilo que vivemos durante tanto tempo por pura projeção. Fomos nós, os fãs, que queríamos achar a saída, que acreditávamos na equação física de Daniel Faraday para explicar o que raios é a verdade e onde ela está”. Quem mandou termos fé?
O final de LOST foi sim comovente. Uma forma bem digna de nos despedirmos desses personagens tão queridos que nos levaram a várias reflexões e aprendizado, mas ele teria sido muito melhor, se uns dois episódios antes tivessem ao menos esclarecido as principais dúvidas, aquelas que povoaram nossa mente sedenta por tanto tempo. Sinto que se morrer agora, não vou descansar em paz de tanta coisa que ainda está vagando na cachola. Ô Damon Lindelof! Ô Carlton Cuse! Dá essa colher de chá aí, vai! Conta pelo menos quem era aquele dentro da cabana do Jacob! Hehehehe!


* Carol Almeida se refere a “expectadores” com x posto que estamos falando daqueles que por tanto tempo esperaram uma resposta. Ex... de não é mais.



Abaixo um Stand-Up de Bruno Motta sobre como o público médio encara LOST:




NAMASTE!

20 de maio de 2010

A Última Temporada de LOST

Esse post pode conter SPOILERS ocasionais!

Agora falta só o episódio final duplo. LOST está na reta final e as dúvidas ainda pairam na cabeça dos fãs após os 42 minutos do episódio “What They Died for”.
O universo paralelo de LOST começa a ruir à medida que cada um dos losties passa a se recordar de “outra vida” que eles não se lembram de ter vivido. Desmond está cada vez mais disposto a fazê-los se lembrar dessa outra vida aparentemente criada com a explosão da bomba no final da 5ª temporada (onde Juliet morreu), e para isso toma medidas extremas como bater em Ben Linus (o saco-de-pancadas oficial da série) para ele se lembrar do dia em que tentou matar Penny, a esposa de Desmond.
Sabendo que deixou dúvidas suficientes na cabeça de Locke após atropelá-lo (numa cena pra lá de estúpida e surpreendente), Desmond então vai até a delegacia onde James (o então oficial de Polícia) aprisionou Sayid e Kate. Com a ajuda de Ana Lucia (bem mais mercenária do que o habitual) e Hurley, o escocês liberta os prisioneiros de James, e demonstra que irá atrás de Jack logo em seguida e sua misteriosa esposa (que aposto ser a Juliet) num concerto beneficente.
Os planos de Desmond são muito claros: Fazer com que todos os losties se lembrem de seu passado, e que o presente em que estão não passa de uma realidade alternativa. A única coisa que ainda não está claro é o que vai acontecer quando todos se lembrarem de quem realmente são. Seria possível que essa realidade se chocasse com a atual, acontecendo o que muitos já especularam nos fóruns de discussão? É difícil imaginar que essa realidade alternativa seja apenas uma demonstração do que aconteceria com os losties sem a intervenção de Jacob em suas vidas. Agora está mais claro que aquilo não é real, e que eles vão acordar do sonho onde estão à 16 episódios.

Dinastia M

Sou viciado em quadrinhos, e isso não é nenhuma novidade para quem me conhece ou visita esse blog mesmo que esporadicamente. É comum eu assistir a filmes, séries ou desenhos e achar semelhanças do roteiro com algumas histórias em quadrinhos.
Não tem como não encontrar um paralelo entre essa temporada de LOST e a mini-série da Marvel chamada de Dinastia M.
Nessa saga a Feiticeira Escarlate cujos dons mutantes a permitem distorcer a realidade a seu redor, pira de vez, e influenciada pelo irmão Mercúrio decide criar um universo paralelo onde os mutantes são a raça predominante e os homo sapiens não passam de uma escória submissa aos homo superiores.
Nessa série, mesmo os heróis que não possuem a mutação benigna nos genes acabam encontrando a felicidade que tanto almejam (o Homem Aranha é tão popular quanto um artista de cinema), e é curioso saber que Wanda tentou dar a todos eles tudo o que eles mais queriam na vida, incluindo seu pai Magneto, que se torna o soberano desse mundo dominado por mutantes. Em LOST, também vemos Jack, Sawyer, Sun e Jin numa vida muito mais tranqüila do que levavam anteriormente, antes do voo 815 cair na ilha.
Ao criar essa realidade paralela, Wanda acabou fazendo com que Wolverine se recordasse de toda sua vida, desde que ele era um garoto frágil no Canadá, e o baixinho mutante acaba se tornando o único elo entre os dois mundos, o real e o criado pela Feiticeira Escarlate. Assim como Desmond em LOST, ele parte em busca daqueles que ele mais confia, e começa a acordar um por um, começando com Ciclope e Emma Frost, seus parceiros de X-Men com a ajuda de uma criança mutante que possui poderes hipnóticos.
No final da saga, como sempre, rola a maior pancadaria e Wanda é forçada a voltar tudo como era antes não antes de eliminar os poderes mutantes da maioria dos homo superiores existentes na Terra.
Para LOST espero algo semelhante, levando em consideração que a realidade alternativa irá se chocar com a atual no último episódio causando quem sabe, o retorno de alguns personagens que faleceram no decorrer dessa última temporada. Mas uma coisa é certa, isso não passa de suposição.

A realidade atual

Sabe-se lá como, Jacob aparece para os candidatos sobreviventes, e Sawyer, Jack e Kate (o Hurley não conta porque ele já via Jacob) tem a sua primeira audiência com o ex-Todo Poderoso da ilha. Ele explica aos candidatos, enquanto suas cinzas queimam numa fogueira, que a ilha deve ser protegida da influência de seu irmão Sem-Nome, e que um deles deve substituí-lo nessa tarefa agora que ele próprio está morto. Interessante quando Jacob durante a sessão espírita (heheheh!) joga na cara de todos eles o quanto suas vidas eram vazias antes deles caírem na ilha, e que não havia nada para eles do lado de fora, que seu destino sempre fora proteger a ilha. Isso encoraja Jack a assumir a vaga deixada em aberto, e o médico se diz pronto para proteger a ilha no lugar de Jacob. Detalhe para a frase de Sawyer: “e eu achando que aquele cara tinha complexo de Deus.”
Enquanto isso, o Sem-Nome recruta Ben Linus para apagar aqueles que aparentemente ele não pode tocar (se bem entendi), e o maníaco (não encontrei definição melhor para ele) decide ajudar o irmão de Jacob a barbarizar geral antes de se mandar da ilha. Para Linus, ficar contra o Sem-Nome não lhe garante tanta segurança quanto se aliar a ele, e Richard é o primeiro a provar das intenções nada pacíficas do Sem-Nome, embora eu não ache que esse tenha sido o fim do personagem, que continuou imortal mesmo após a passagem de Jacob dessa para uma melhor. Mas será que Ben está mesmo do lado do Sem-Nome?
Na sanha de “Flocke” em destruir todos aqueles que podem impedi-lo de sair da ilha, com a ajuda de Ben, ele chega até Charles Widmore e o faz confessar quais são seus planos na ilha. Widmore diz, pouco antes de ser fulminado por Ben, que sua arma-secreta é Desmond que se mostrou resistente a altas cargas de eletromagnetismo, mas não chega a dizer o que ele pretendia fazer para deter o próprio Flocke. Flocke e Ben então descobrem que Sayid não matara o escocês como lhe foi incumbido e que ele recebera ajuda para escapar do poço onde o Sem-Nome o jogou. Cabe agora ao vilão caçar Desmond e os responsáveis por sua fuga, chegar até a fonte de luz da ilha e explodi-la para enfim se libertar.

As dúvidas

Por que o Sem-Nome não matou logo todos os candidatos assim que eles pisaram na ilha?

Por que ele se deu ao trabalho de esperar tanto tempo para só então resolver matar todo mundo e sair da ilha? Submarinos iam e vinham o tempo todo, por que ele simplesmente não embarcou em um pegando algum piloto como refém? Precisou esperar um avião cair inteirinho na ilha?


Se o Sem-Nome não pode matar diretamente aqueles que receberam o toque de Jacob, como ele conseguiu atingir Richard?

Como exatamente ele dominou Sayid? Aquilo me pareceu muito mais do que simples influência psicológica como foi no caso de Claire.


Se os protegidos de Jacob não podiam morrer necessariamente, como a bomba explodiu com o Sayid? Se bem que acho que o único protegido era o Jack, uma vez que a dinamite não explodiu mesmo chegando até o fim do pavio dentro do Black Rock, onde Richard tentava se matar.


Há ainda alguma chance de sabermos o que exatamente a Iniciativa Dharma fazia com ursos polares na ilha? Meu palpite era que eles faziam experiências de teletransporte, lembrando daquele urso polar encontrado por Charlotte em pleno deserto na 4ª Temporada.


Qual é exatamente a nacionalidade da mãe de Jacob e seu irmão?


Vão nos dar alguma explicação decente do que realmente aconteceu com o Sem-Nome dentro da gruta da luz?


Tomara que o último episódio aplaque essa sede por respostas.


Em breve post especial sobre o último episódio de LOST.



NAMASTE!

8 de abril de 2010

A vez dos Cascas-Grossas


Depois que a Wizard americana lançou o ano passado a sua já famosa lista com os 200 maiores personagens de HQ de todos os tempos encabeçada pelo Wolverine, a verdade agora é apenas uma: O mundo pertence aos cascas-grossas!
Esqueçam os personagens bonzinhos, éticos, líderes natos e defensores da liberdade. A ordem agora é sentar a porrada na vilania. Bater antes e perguntar depois, sem se preocupar com as conseqüências.
“Oh, não! Os anos 90 continuam!”, você deve estar se perguntando agora. Não é bem isso, mas tudo começou lá.

Os Anos 90

Não posso dizer que odiei os anos 90. Eu estava lá quando os X-Men de Chris Claremont e Jim Lee enchiam as bancas com revistas, pôsteres e as lojas com camisetas. Eu comprei cada uma das edições da Saga do Clone do Homem Aranha(é verdade, ainda tenho todas), acompanhei a Queda do Morcego de ponta a ponta, comprei a Bíblia do Spawn (e achei Massa, Véio!) e vi os prodigiosos anos 80 caindo no esquecimento, quase como se nunca tivessem existido.



A partir de então não eram mais os heróis de honra e que pregavam a decência que tinham vez. Caras como o Capitão América perdiam seus títulos próprios (no Brasil) por já não atraírem seu público, os Vingadores eram forçados a usar jaqueta e um visual meio “X-Men”, o Universo Image estava em expansão e a revista do Spawn (!!) era a líder de vendas nos EUA.
Pra um moleque acostumado com filmes do Schwarzenegger desde pequeno, que adorava ver o Robocop fuzilando a bandidagem geral, é claro que essa época "massa, véio" era boa. Eu particularmente curtia muito as pin-ups naquelas páginas duplas desenhadas pelo Jim Lee e achava o estilo do Liefield (Deus, perdoe-me, porque eu pequei!) inovador. Eu tinha uns treze anos! Nem sabia coisa alguma de anatomia em desenhos, imagética, proporção ou coerência em roteiro. Eu me impressionava fácil!
Tomando como base o meu próprio exemplo, e como era meu pensamento em plenos anos 90, posso imaginar o que leva alguém a colocar o Wolverine nas cabeças de uma lista de 200 maiores personagens. No século XXI, no entanto, não há como eu considerar sequer isso uma questão lógica.



Estaria o mundo “Wolverinizado”?

O motivo que me levou a escrever esse post é em princípio por essa “wolverinização” pelo qual não só o mundo dos quadrinhos vem passando, mas também as histórias de ficção em geral.
Até mesmo em LOST, em suas primeiras temporadas, tínhamos uma disputa séria entre um sujeito que faz o tipo certinho, cheio de princípios representado pelo Jack e o sujeito canastrão, sedutor e por vezes até maldoso representado pelo Sawyer. Se trocarmos as personalidades de Jack e Sawyer por seus equivalentes dentro dos X-Men, teríamos Jack como o Ciclope, o líder, o que sempre pensa com a cabeça fria e arquiteta todo um plano pensando no trabalho em equipe e Sawyer como o Wolverine (há quem diga que ele seria o Gambit!), o sujeito que não respeita ordens, que não dá a mínima pro trabalho em equipe e que gosta de fazer tudo do seu jeito, por ser o melhor no que faz. Claro que o Sawyer tem muito mais de Gambit, o sujeito sedutor e malicioso que ganha na lábia, mas nos quadrinhos o Gambit nunca fez frente à liderança do Ciclope, o que acontecia constantemente com o Wolverine.
É fato: 90% das pessoas que conheço que assistem Lost e que tem como base X-Men Evolution uma idéia rasa dos heróis mutantes, odeiam Jack e Ciclope por considerá-los “chatos” e amam Sawyer e Wolverine. Retrato dos novos tempos.
Mais vale um personagem que resolve na porrada na mão do que dois líderes calculistas voando!


Wolverine e os não tão importantes X-Men

Quando a notícia sobre um novo desenho dos X-Men surgiu alegando que seria mais próximo às HQs, puxando mais para o lado da animação dos anos 90 (que era ótima pros níveis da época) do que para o infantil Evolution, eu me empolguei. A animação foi por água abaixo quando mencionaram o título “Wolverine e os X-men”, totalmente ao estilo Joe Quesada (o manda-chuva da Marvel) de tratar o assunto. “Pô! Wolverine e os X-men??”. Já não bastasse o filme dos mutantes dar enfoque quase que total ao carcajú apagando quase por completo os outros personagens, agora também nos desenhos teríamos o mesmo tipo de abordagem?


X-Men - O filme é razoável, mas o 2 é muito bom principalmente pelas cenas de ação protagonizadas pelo Wolverine, isso ninguém discorda. O filme peca, no entanto, por relegar personagens como Vampira, Noturno e o próprio Ciclope a papeis secundários sem grande relevância à trama criada. Aliás, sem grande relevância é um elogio à participação quase ínfima do Ciclope nos três filmes! “Mas ele é chato e bobão! O Wolverine é mais Massa, véio!”
Dos 8 episódios que pude ver até hoje de Wolverine e os X-Men, além da dublagem horrível (feita pelo estúdio Uniarthe de São Paulo), pude perceber uma coisa: A equipe não faz a menor diferença para o Wolverine. Na hora da ação é sempre ele quem resolve tudo (na grosseria), não há qualquer tipo de estratégia ou trabalho em equipe. Os outros são apenas acompanhantes de luxo do Logan e um Ciclope ainda mais apagado que no filme entra mudo e sai calado nos poucos episódios em que aparece.


A apatia do personagem é explicada por causa do desaparecimento de Jean Grey (sim, porque em desenhos animados ninguém morre), que some misteriosamente junto com o Professor Xavier no primeiro episódio. Parei de acompanhar o desenho por conta da falta de tempo e em grande parte pela má vontade mesmo. Assistir o Wolverine como líder dos X-men é algo como ver o Theo Becker como o galã romântico da novela das oito. Totalmente improvável.

Wolverine é ou não é?

Longe de considerar o Wolverine um personagem banal e superestimado, a idéia central desse post é trazer à tona o quanto a cultura de massa se voltou para personagens truculentos e marrentos nos últimos tempos, e o quanto a população média que absorve essa cultura se satisfaz com isso. Quando Stallone, Schwarzenegger e Bruce Willis detonavam geral no cinema dos anos 80, não era algo tão amplamente divulgado e nem tão amplamente comentado. Havia o público que curtia esse tipo de filme mais truculento, mas ele não era tão grande.



Hoje em dia ter um Wolverine num topo de uma lista em que constam personagens históricos como Batman, Superman e Homem Aranha é algo a se considerar. Da mesma forma que personagens como o Lobo da DC (prestes a ganhar uma adaptação cinematográfica), o Justiceiro da Marvel (principalmente o escrito por Garth Ennis) e o Comediante da obra-prima de Alan Moore Watchmen fazem sucesso, personagens mais bonzinhos não são muito bem vistos pela garotada de hoje em dia. O personagem Superman e o fracasso do filme Superman Returns que o digam!

Os tempos mudaram ou eu que estou velho demais para acompanhar o ritmo atual?


A título de curiosidade, a seguir listo em ordem os 10 primeiros colocados da lista da Wizard americana:

1.Wolverine

2.Batman
3.Homem Aranha
4.Superman
5.Coringa
6.Rorschach (de Watchmen)

7.Capitão América
8.Hellboy
9.Magneto
10.John Constantine (do selo Vertigo da DC)

Tem pelo menos cinco personagens cascas-grossas nessa lista,o que corrobora com o que comentei acima.
Para ver a lista completa
clique aqui e divirta-se (ou não!).

Considerações:

Em breve post defendendo a essência do personagem Wolverine e os 7 pecados da adaptação X-Men Origens – Wolverine.


NAMASTE!

6 de abril de 2010

Invasão alienígena em "V"


No mundo conturbado em que vivemos, sem união e irmandade, a esperança chega ao céu e é vista em 29 cidades (incluindo o Rio de Janeiro). Os "visitantes", como são chamados, posicionam suas naves espaciais no alto das capitais mais importantes do planeta. Com uma mensagem de paz e união, eles se apresentam como uma raça pacífica e disposta a partilhar seus avançados conhecimentos tecnológicos, na esperança de criar um futuro melhor, mais saudável, produtivo e evoluído para a espécie humana.


Entretanto, a desconfiança de algumas pessoas pode mudar seus objetivos. As cidades serão invadidas por teorias da conspiração e a polêmica começará a ficar evidente. Será que a salvação da raça humana finalmente chegou? Ou será que algo de ruim vai acontecer?

V é o remake da série que fez grande sucesso na década de 80, ficando conhecida no Brasil como V - A Batalha Final e essa nova empreitada do estúdio ABC (o mesmo de LOST) já tem os quatro primeiros episódios disponíveis na Internet e é mais uma aposta para ocupar a vaga que em breve a série sobre os "Perdidos" deixará na TV, assim como também o foram as decepcionantes Fringe e Flashforward. Será que agora vai?


No elenco da série poucos rostos conhecidos, destaque para Elizabeth Mitchell (a Juliet de LOST), que vive uma agente do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos destinada a descobrir a real intenção dos “Visitantes” na Terra.
A gatíssima Laura Vandervoort, conhecida em Smallville, ao viver a prima do "Superboy" Kara, também está no elenco vivendo umas das "V's" que desperta o interesse romântico do filho da personagem de Elisabeth Mitchell (vivido po Logan Huffman) e além dela, Joel Gretsch, que interpreta um Padre com fortes indícios que a missão dos V's não é pacífica, Scott Wolf (que é a cara do Michael J. Fox!) como o elo de mídia dos V's com o mundo e Morris Chestnut como um V infiltrado na Terra.

A líder dos V's, a belíssima Anna é vivida por uma brasileira chamada Morena Baccarin, e ela é a porta-voz dos aliens "bonzinhos". Radicada nos Estados Unidos, filha da atriz Vera Setta e nascida no Rio de Janeiro, Morena foi criada em Nova York. Ela ficou famosa pela participação na série Firefly, da Fox, e no filme Serenity, de 2005, que conta a mesma história do seriado.


Com ótimos efeitos visuais para a criação das naves e para a caracterização dos V's (alguns deles mostram sua verdadeira cara logo nos dois primeiros episódios) a série prende a atenção com o clima de suspense, mas se apressa em dizer (numa passagem de tempo muito rápida) que os terráqueos são capazes de aceitar ETs em seu território (até porque todos eles tem aparência humana). O clima de paz e amor galáctico logo se desfaz quando alguns humanos de verdade começam a revelar que os planos de Anna e sua trupe de aliens não é tão pacífica como tenta pregar. Mas afinal... o que eles querem na Terra?


Assisti os dois primeiros episódios, e até agora a série tem me agradado. A única coisa que me desagradou foi a rápida aceitação dos V's pelos terráqueos (nem todos), mas fora isso, tanto em matéria de atuações, direção e efeitos visuais, a série está de parabéns.
Será que enfim teremos uma substituta à altura de LOST?


NAMASTE!

Fonte: http://www.minhaserie.com.br/


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