2 de setembro de 2021

A quadrilogia Batman

Batman quadrilogia


Aproveitei a promoção da HBO Max de assinatura grátis por 7 dias para testar a plataforma e curti recentemente uma cacetada de conteúdo novo e original disponível no serviço de streaming. Além de filmes recém-estreados como Space Jam – Um Novo Legado, Godzilla vs. Kong, o novo Mortal Kombat e outros sucessos, decidi rever algumas velharias do catálogo e comecei logo pela quadrilogia Batman (1989 – 1997)

Aiiiin, Rodman! Esses filmes velhos, feios e bobos! Prefiro as obras do Snyder! O Zack é Deus… ele é lindo, gostoso, sarado…

Licença, jovem padawan… ninguém pediu a sua opinião por enquanto


Michael Keaton Bruce Wayne


Lá em dois mil e blau eu já tinha feito um review sobre “Batman” de Tim Burton na época em que o morcegão da DC estava completando 80 anos, por isso, nesse post, vou me ater mais aos outros três filmes que assisti quase em sequência há alguns dias. 

Sigam-me os bons para mais um Do Fundo do Baú com o tio Rodman! 


BATMAN O RETORNO


Batman a quadrilogia


Eu já devo ter contado aqui que o primeiro filme do Batman teve forte influência em minha ascensão nerd — se é que ainda dá pra se ter orgulho de falar isso em voz alta — e que toda vez que ele passava na televisão eu fazia questão de assistir por achar muito foda. A meu ver, até hoje, muito do que Tim Burton desenvolveu no final dos anos 80 para o universo cinematográfico do Homem-Morcego impactou diretamente na transposição do personagem dos quadrinhos para o audiovisual nas décadas seguintes e eu fui um dos jovens padawans que foram diretamente afetados por essa influência. 


batman o retorno


O logotipo dentro da elipse amarela, o traje todo preto, as bat-traquitanas, o Batmóvel fodão, a Batwing… são tantas referências ao que influenciou os criadores que vieram depois do Burton que vou parar por aqui, antes que esse post vire (novamente) uma ode ao longa de 89.

Faziam alguns bons anos que eu não revia Batman O Retorno e decidi fazê-lo com bastante atenção aos detalhes da produção que, como a primeira, também foi dirigida por Tim Burton e estrelada por Michael Keaton em 1992.

O jovem Rodman já tinha ficado bestificado com o antecessor — e toda a mídia também, já que só se falava em Batman! —, por isso, foi até natural que a sequência do grande sucesso criasse expectativas na galera. O hype era tão alto, que lembro que rolou até matéria no Fantástico da Globo falando do lançamento do segundo filme e eu parei maluco em frente à TV vendo a cena do trailer em que o Batmóvel passa no meio de um engarrafamento arregaçando vários carros que estão em volta. Aquilo me deixou surtado. 


quadrilogia Batman


Além da matéria jornalística, eu lembro também que a Pepsi lançou uma coleção de tampinhas de garrafa com desenhos dos personagens do filme e que concorria a ingressos para a estreia quem juntasse os selos que vinham dentro das tampinhas. 

Rapaz! Eu nem sei de onde saíram essas recordações! Nem sabia que meu HD cerebral ainda retinha essas coisas!

Na história do filme, algum tempo depois de livrar Gotham City da terrível ameaça do Coringa — que só queria matar a população com produtos cosméticos adulterados —, o Batman (Michael Keaton) cai nas graças da Polícia local e passa a incomodar os criminosos da cidade. Agora, boatos sobre um “homem-pinguim” começam a ganhar os jornais como numa lenda urbana, enquanto um empresário inescrupuloso chamado Max Shreck — não confundir com o ogro! — pretende desenvolver uma usina na cidade para garantir o reabastecimento energético e impedir apagões… 


Christopher Walken Batman


Qualquer semelhança com a realidade brasileira atual em que estamos à beira de outro colapso de energia elétrica, é mera coincidência!  

A ideia da usina, claro, é apenas uma cortina de fumaça para que Shreck (Christopher Walken) roube a energia da cidade com um transformador e se torne um acumulador ao invés de um gerador. Ao bisbilhotar os arquivos confidenciais — ôôô loco, meu! — do chefe, a secretária dele, Selina Kyle (Michelle Pfeiffer), acaba descobrindo detalhes técnicos de como a geringonça funciona na verdade e não demora a sacar que naquele angu tem caroço. 


a usina do Shreck


O resultado? 

Ao descobrir os planos malignos do patrão, como todo gato curioso, Selina acaba sendo atirada para a morte do alto do prédio de Shreck, mas em vez de ceifar sua vida, o acidente acaba gerando um sentimento de vingança na moça, que mais tarde decide se tornar a Mulher-Gato.


Selina Kyle Michelle Pfeiffer


Ainda nesse contexto sobre a tal usina — que não sabemos se é hidroelétrica, eólica ou nuclear porque isso não fica claro no roteiro —, Shreck decide pedir auxílio financeiro a Bruce Wayne para a criação da matriz energética e ele se recusa, alegando que Gotham “já tem energia em excesso”

O plano do empresário é tão rocambolesco que eu não me surpreenderia se o Ministro de Minas e Energia brasileiro atual resolvesse aparecer a público com uma ideia parecida para resolver nossa crise de luz! Afinal, planos vilanescos e maquiavélicos de histórias em quadrinhos é a especialidade dessa várzea de governo! 

Para de falar mal do meu Capitão, Rodman, seu comunista!

Ok. Voltamos então ao filme.

É bacana mencionar que, até esse encontro entre Bruce e Max, NADA sobre a vida empresarial do alter-ego do Batman tinha sido mencionado nesse ou no filme anterior. Para o público em geral, ele era só rico e ponto. Os roteiristas não se importavam em nos dizer de onde vinha a fonte de renda do bilionário ou o que ele fazia quando não estava andando fantasiado à noite espancando pobre fodido e doente mental. 

Sobre a Mulher-Gato/Selina Kyle de Michelle Pfeiffer, também levantei alguns pontos curiosos sobre a personagem no filme. Por exemplo... como foi que ela sobreviveu à queda do prédio?


Selina Kyle Michelle Pfeiffer


Dããã, Rodman! Estava nevando! A neve amorteceu a queda… além disso, os gatos que lambem as feridas dela depois da queda lhe deram superpoderes e ela passou a ter sete vidas!

Eu ri, jovem padawan!




Lembrando que, nos EUA, os gatos são melhores que os nossos e eles têm 9 vidas!

Além do mistério sobre a queda de Selina, outro ponto que me deixou curioso, é como ela se tornou uma hábil lutadora que do nada estava chutando estuprador nos becos, dando bicuda no Batman e manuseando um chicote como uma dominatrix sadomasô do dia para a noite?


Selina Kyle Michelle Pfeiffer


Vale lembrar que nada sobre seu passado havia sido nos mostrado na primeira hora de filme e que tudo que sabíamos de Selina era que a coitada não tinha sorte com os homens — e ela mesma reclama disso várias vezes —, tinha a incrível capacidade de fazer um ótimo cafezinho, possuía habilidades hackers — já que ela descobriu a “difícil” senha do computador do chefe — e que era muito distraída, além de curiosa. 

Nada na história nos dizia que ela já tinha sido uma ginasta olímpica ou que tinha trabalhado como domadora de feras num circo, mas se atinarmos a nossa suspensão de descrença e ter fé no Pai que basta botar um colante de látex no corpo para que você instantaneamente ganhe a capacidade de chutar bandido na rua, esses detalhes passam suavemente. 

Foram os gatos, Rodman. Já disse. Eles deram superpoderes à ela!

Nota também para o comentário passivo/agressivo/machista da Mulher-Gato ao fazer sua estreia nas ruas de Gotham e salvar uma mina que está prestes a ser estuprada:

“… você fica facilitando na rua, esperando o Batman aparecer para te salvar…”

Soa quase como um “aí, tá vendo? Se não tivesse saído com essa calça apertada, essa saia curta e esse decote, não tinha sido estuprada! ”.


Selina Kyle Michelle Pfeiffer


Aiai! Ainda bem que o discurso feminista da Selina melhora ao longo do filme!  

Ainda sobre a Mulher-Gato, é inegável que apesar desse filme ter quase 30 anos nas costas, o traje preto brilhante com costuras brancas evidentes é, até hoje, o melhor visual da personagem nos cinemas. Não que o recheio da Pfeiffer dentro dele seja ruim, mas o visual de gata sadomasoquista combina pra caralho com toda a atmosfera gótica e sombria imposta por Tim Burton. Na minha cronologia pessoal, essa Mulher-Gato ainda é a oficial e deveria ter durado mais tempo. 

Além da felina sadomasô, em “Returns”, o Batman ainda tem que enfrentar o Pinguim, que nesse longa, é vivido impressionantemente bem pelo baixinho Danny DeVito. Mais uma vez, a produção de caracterização que já tinha matado a pau no filme anterior com o visual do Coringa do Jack Nicholson, elevou o nível nessa sequência e é realmente possível acreditar que aquele Oswald Cobblepot é mesmo um cara que nasceu com uma deformidade peculiar que o assemelhava a um pinguim. 


Pinguim Danny DeVito


Além da aparência bizarra — com DeVito coberto por quilos de maquiagem e próteses — ser plasticamente assustadora, é importante mencionar que o trabalho vocal do ator também ajudou bastante nesse intuito. Eu nunca tinha assistido esse filme em seu som original e pela primeira vez pude ouvir os rosnados e grunhidos anasalados que DeVito emite antes e depois de algumas frases. Ele realmente interpreta uma criatura sobre-humana e isso causa uma sensação perturbadora durante seus diálogos. 

Apesar dessa representação animalesca fugir bastante ao que o personagem é nas HQs, o Pinguim do cinema ainda é uma das melhores representações dele no audiovisual. Vamos ver o que o Colin Farrell vai conseguir fazer no vindouro "The Batman".

Mais um ponto que levantei sobre Batman O Retorno que eu não tinha percebido se existia também no filme de 89, são as óbvias insinuações sexuais que abundam ao longo da projeção. Num certo diálogo entre Shreck e Oswald, o Pinguim chega a sugerir que quer “entrar nas partes” de sua secretária de campanha para prefeito de Gotham e em outro momento, o personagem dá uma manjada MONSTRA na raba da Mulher-Gato quando ela o procura para propor uma aliança contra o Batman. 

Oswald, aliás, é descrito sempre como um personagem de apetite sexual voraz e é claro seu interesse em sempre levar as mulheres a seu redor para o “abatedouro”, digamos assim. 

Destaque para o “sensual” banho felino que a Mulher-Gato toma na frente do Pinguim, deixando o cara maluco! 


Pinguim e Mulher-Gato


Bacana também sinalizar que Batman O Retorno é uma sequência quase que imediata de Batman, porque além de voltar na história com alguns coadjuvantes como o Comissário Gordon (Pat Hingle) e o Alfred (Michael Gough), eles mencionam um “palhaço” que aterrorizou Gotham anteriormente, fazendo referência ao Joker, o palhaço, o bobo, o Curinga. O próprio Bruce Wayne relata porque seu relacionamento com a Vicky Vale (Kim Basinger) não deu certo, o que nos transmite aquela sensação de continuidade e não de dois capítulos na vida do Batman soltos e isolados. 


Comissário Gordon e Alfred


Em um diálogo com Selina, após o bilionário se sentir atraído por ela — quem nunca! — e a convidar para um jantar em sua mansão, ele comenta que Vicky se sentiu ameaçada por sua vida dupla e que decidiu deixá-lo para trás por não saber lidar com isso. Embora um não saiba a identidade secreta do outro até aquele momento, é interessante nessa cena que ambos falam cheios de metáforas sobre dualidade e como se sentem solitários por não conseguir conciliar secretamente suas duas vidas. 


Selina e Bruce


A química entre Keaton e Pfeiffer é imensamente melhor do que a dele com Basinger no primeiro filme, mas é bem evidente que a Selina Kyle é muito melhor trabalhada do que a Vicky Vale, que era mais um bibelô que vivia em perigo, sendo disputada pelo Batman e pelo Coringa. 

Nesse ponto do enredo, os dois já tinham se encontrado com suas personas noturnas e após trocar socos, estavam cheios de hematomas — ela rasgou o Batman com suas garras e ele jogou um troço incendiário nela! —, e quando começam a dar uns pegas no sofá, sentem os ferimentos gritarem por baixo da roupa. É uma cena bem engraçada. Não dá pra dizer que Keaton é um mau ator e a Michelle está ótima. 


Selina e Bruce


Batman O Retorno é bem melhor do que eu me lembrava e não deixa nada a dever para seu antecessor, apesar das escorregadas óbvias de roteiro e a galhofada super-heroica necessária para a época. A história se sustenta pelo carisma de seus personagens e o talento de seus atores, mas claro que também é sempre bom ver em tela esse Batman live-action com suas bugigangas tecnológicas e máquinas inventivas. 

O filme prende tanto a atenção, que me vi curtindo até coisas bobas como o Morcego dando um rolê de Batmóvel na neve e depois ele sem luvas na batcaverna todo estropiado pedindo um antisséptico para o Alfred após o arranca-rabo com a Mulher-Gato. Esses detalhes não são mostrados no primeiro filme e acrescentam bastante ao universo desenvolvido pelo maluco do Tim Burton. Quase tive vontade de ver o que mais ele tinha em mente para um terceiro filme sob sua batuta.

 

BATMAN ETERNAMENTE


batman forever


Lançado nos cinemas em 1995, Batman Eternamente procurou manter aquecida a “batmania” iniciada em 1989 e para o lugar de Tim Burton — que foi demitido largou o projeto por deixar o clima dark demais para as criancinhas divergências criativas, mas que aparece creditado como Produtor Executivo — a Warner contratou o gabaritado Joel Schumacher de “Os Garotos Perdidos” (1987) e “Um dia de Fúria” (1993). Entre os quatro filmes da franquia, "Forever" fica em segundo lugar nas bilheterias — o longa rendeu 336 milhões nos EUA e perde apenas para o primeiro “Batman”, que faturou 411 milhões — e abre um abismo de qualidade entre ele e tudo que Burton já tinha criado antes disso. 

 

Joel Schumacher


Logo nos créditos iniciais, dá para notar pela diferença de técnica na direção e pela música de abertura que algo de errado não está certo. À frente da trilha sonora agora está Elliot Goldenthal no lugar do já icônico Danny Elfman e ao invés das sombras góticas e dos cenários lúgubres e sujos de Gotham há muito, MUITO neon colorido.

Duas-Caras caricato e histriônico, batmamilos, um Charada com humor excessivo — todo mundo diz que Jim Carrey estava pronto para fazer um excelente Coringa, em vez do Charada —, roteiro fraco, trama rocambolesca… enfim. Batman Forever já apanhou o bastante por mais de uma década por conta desses problemas, por isso, vou me reservar a falar apenas do que eu acabei gostando de relembrar ao assistir o filme. 


Duas-Caras e Charada


Quando se tem 13 anos, é fácil gostar de QUALQUER filme de super-herói, e na época — até por falta de demanda —, é lógico que eu fiquei maluco com o lançamento de Batman Eternamente, a ponto de colecionar figurinhas autocolantes num álbum da Panini, de me reunir com a galera na casa de algum colega de escola para assistir a fita VHS — DIM DIM DIM! Alerta de idade tocando! — e de rever todas as vezes que passava no SBT.

Guardadas as devidas observações, o que eu acabei gostando nessa última revisitada é que Val Kilmer também é um bom Bruce Wayne, embora não seja tão talentoso quanto seu intérprete anterior. 


Val Kilmer Batman


Se como Batman ele se reserva a fazer uma cara meio apalermada embaixo da roupa de morcego — além do biquinho sensual com a boca —, como Wayne, é interessante perceber que ele se esforça para criar uma atmosfera mais séria em torno de seu personagem. 

Todo o longa se baseia em Bruce aprendendo a viver com seus “demônios internos” e o trauma de ter assistido ao assassinato de seus pais ainda na infância. Com o intuito de amenizar seu sofrimento, ele acaba se interessando pela doutora Chase Meridian (Nicole Kidman), a psicanalista à serviço do Arkham que está ajudando a Polícia de Gotham a estudar a mente de “seres fantásticos” como o Duas-Caras — vivido por Tommy Lee Jones, que aparece com parte do rosto deformado logo no início, dando indícios de que ele já é um vilão há algum tempo no enredo — e o próprio Batman.

Embora de maneira meio superficial, o roteiro tenta nos fazer crer que a doutora Meridian é uma perita no assunto psique humana e que ela pode ajudar Bruce a superar seus traumas, já que agora, além de sonhos com a noite da morte dos pais, ele também tem devaneios enquanto está acordado.


Nicole Kidman Chase Meridian


Toda essa vontade de fazer o roteiro parecer que vai ser levado a sério vai pro caralho quando a doutora, em vez de estudar os malucos de Gotham, acaba ficando atraída sexualmente por um deles e começa a se ver dividida entre Bruce e Batman, sem saber que os dois são a mesma pessoa. 

Sério! 

A mulher fica muito na fissura! Num grau que ela acaba agarrando o Morcego no meio de um quebra-pau para lhe roubar um beijo. Depois disso, ela ainda marca um encontro noturno com ele em sua casa e o recebe coberta apenas por um lençol! 


Nicole Kidman Chase Meridian


Mano! É muito tesão em caras de colante com batmamilos! 

O “triângulo amoroso” Chase/Bruce/Batman é uma das poucas coisas que causa alguma tensão sexual nesse filme — isso se você não curte o close na bundinha do Batman quando ele veste a roupa —, mas fica claro que é muito pouco aproveitado por falta de tempo de tela… afinal, a trama maluca envolvendo dois super-vilões engraçaralhos que querem “roubar a inteligência” das pessoas de Gotham e a introdução do Robin na história precisa andar.


close na bundinha do Batman


Outra coisa que acabei achando interessante nesse terceiro filme é a engenhosidade técnica que Schumacher — e sua equipe de produção — usa nas cenas mirabolantes de ação. De um modo geral, as sequências não empolgam e as lutas nem são tão bem coreografadas quanto eu me lembrava que eram, mas todos os cenários e as armadilhas que o Duas-Caras e o Charada criam para foder o Batman — e não estou falando literalmente, claro! — são muito bem elaborados, além de que a tecnologia visual usada para a época é até bastante convincente.    

Apesar de não ter Danny Elfman comandando a trilha sonora, convenhamos que uma das melhores coisas do filme é a música do Seal, “Kiss from a Rose”!



♫ Ba-da-da, ba-da-da-da-da-da, ba-da-da

Ba-da-da, ba-da-da-da-da-da, ba-da-da

Theeeeere used to be a graying tower alone on the sea

Yooooou became the light on the dark side of me...♪


BATMAN & ROBIN


Batman & Robin


E chegamos à pá de bosta cal que enterrou a franquia Batman por anos no cinema: o infame Batman & Robin.

Outra vez dirigido por Joel Schumacher, o quarto filme do Homem-Morcego foi lançado em 1997 e faturou a menor bilheteria entre eles, apenas 238 milhões


Joel Schumacher


Como fiz no tópico anterior, vou me ater a falar mais das coisas boas dessa produção, até porque, as más já foram repetidas incansavelmente todo esse tempo. 

Rodman, você considera Batman & Robin o pior filme de super-heróis de todos os tempos?

Nem de longe, jovem padawan! 

A meu ver, ele está no mesmo nível de Batman Eternamente e é bem superior a algumas bombas da própria Warner como Lanterna Verde (2011), Jonah Hex (2010) — que eu nunca vi, mas acredito em vocês que dizem que É UMA BOSTA! — e, claro, a Mulher-Gato (2004) com a Halle Berry. Até mesmo na Marvel tem coisa pior, tipo, Elektra (2005), Motoqueiro Fantasma (2007), Justiceiro 2 (2008), etc, etc.

Sobre o que eu gostei… 

O plot da doença do Alfred — ainda vivido por Michael Gough — é um ponto bastante sensível no roteiro e mesmo quase perdido em meio a toneladas de efeitos visuais discutíveis e cenas de ação “firulescas”, é algo que dá algum valor à história.

O mordomo britânico é a única figura paterna da qual o herdeiro dos Wayne se recorda desde criança, portanto, é saudável questionar o que mudaria em sua vida e na de seu alter-ego se o velho companheiro adoecesse e morresse?  


Alfred Michael Gough e Bruce Wayne George Clooney


Essa pergunta não é respondida no filme — até porque o véio não morre —, mas cria uma atmosfera melancólica e nostálgica à relação entre Alfred e Bruce que dá uma profundidade à narrativa rasa. George Clooney está sempre com aquele ar canastrão na cara e parece difícil exigir alguma dramaticidade sua em cena, mas mesmo assim, é possível enxergar um valor "roteirístico" ao filme enquanto os dois personagens vão se lembrando do passado em que interagiram pela mansão Wayne durante a infância de Bruce. As cenas em flashback quase funcionam como uma despedida antecipada, nos fazendo mesmo acreditar que o mordomo vai partir dessa para uma melhor.   

Dá pra ver uma relação de pai e filho ali, algo que Wayne se lamenta por não poder transmitir da mesma maneira para  Dick Grayson (Chris O’Donnel), o garoto órfão que ele acolheu em sua casa no filme anterior, após o assassinato de seus pais. O tema paternidade é bastante recorrente em Batman & Robin, mas claro que podia ter sido feito com bem mais capricho.


Robin Chris O'Donnel


E os vilões?

Ah, os vilões!

Deus do céu!

Desta vez, Gotham City está sendo ameaçada por um bad guy de coração gelado — piadinha ruim a nível do filme! — chamado Sr. Frio que começa a saquear tudo quanto é joalheria para obter diamantes — ou seriam cristais? Eu não lembro! —, peças fundamentais tanto para o funcionamento de sua armadura tecnológica congelante quanto para o equipamento que ele imagina poder salvar a vida de sua esposa, que sofre de uma doença rara — curiosamente, a mesma da qual padece Alfred.


Mr. Freeze Arnold Schwarzenegger


Entre os vilões do Batman, Victor Fries é um dos que tem o background mais trágico. No início, contrariado, ele entra para a criminalidade no intuito de custear sua constante busca de encontrar a cura para a esposa Nora, mas nunca consegue. No filme, no entanto, é claro que a gente não vê nem uma fração dessa carga dramática, já que ele está sendo interpretado por Arnold Schwarzenegger — que não é muito conhecido por seu talento interpretativo — e uma vez que além das limitações de seu intérprete, o roteiro coloca Fries no papel de mais um vilão mauzão e engraçadão que só congela as pessoas enquanto solta piadinhas vergonhosas. Pouco drama e muita comédia, algo que é mais o forte do Schwarzzas. 


Mr. Freeze Arnold Schwarzenegger


Até a animação da Harley Quinn, que é galhofa pura e focada no humor negro, soube tratar melhor o personagem no quesito seriedade!

Apesar da caracterização comportamental do personagem destoar bastante do que conhecemos dele nos quadrinhos, devo salientar que o traje metálico “tunado” e a maquiagem de Arnold lhe dão um tom ameaçador, o que lhe concede, sobretudo, um dos melhores visuais de vilões entre todos os quatro filmes. Essa armadura é bem melhor do que aquela jarra de vidro que ele usa na cabeça nas animações e nos gibis! 

A Hera Venenosa de Uma Thurman é burocrática, mas não chega a decepcionar, uma vez que ela faz no filme exatamente o que a personagem era destinada a fazer na maioria das histórias em quadrinhos que aparecia na época: seduzir homens para atingir seus objetivos. 


Pamela Isley Uma Thurman


Basicamente, a Hera age assim o filme todo e só não consegue usar seus poderes "feromonais" quando tem que enfrentar no mano-a-mano — ou no mina-a-mina — a Batgirl (Alicia Silverstone) depois que a garota integra a bat-família já no terceiro ato da trama.

Aiiiiiin, credo, Rodman! Ela é muito magrela! Não tem peitão, não tem coxão… como pode achar ISSO bom?

Convenhamos que nenhuma adaptação de personagem feminina extraída dos quadrinhos para outras mídias faria jus ao que era na época, colega! 

Estávamos em plenos anos 90. A Era da punheta! As heroínas, vilãs e até as coadjuvantes eram desenhadas GOSTOSÍSSIMAS nas HQs e nenhuma mulher real conseguiria se equivaler aquele apelo visual. Nem as mulheres-frutas! O corpo esguio de Uma Thurman nem chega a ser um dos problemas de sua caracterização. 


Hera Venenosa gostosa


O fato é que a personagem é bastante rasa até para um filme como esse. A sua doutora Pamela Isley até chega a insinuar algum tipo de engajamento quanto à causa do desmatamento e da preservação ambiental ANTES de tomar um "banho químico acidental" e se tornar, de fato, a Hera Venenosa, mas depois que ela ganha poderes, ela quase não faz nada para provar o seu ponto e REALMENTE proteger a flora e o meio ambiente da ação humana. Tudo que ela faz é usar o Bane ogro — que só rosna e repete frases — como aríete para bater nas coisas e causar rivalidade na dupla dinâmica que, obviamente, fica seduzida pelos encantos da ruiva. 

Nem mesmo o plot de "doutora ingênua que quer salvar o mundo e que vê suas convicções soterradas pela ganância de empresários malignos" se sobressai mais que dois minutos na história e ela se torna uma personagem bem vazia no final das contas. Uma pena, porque, apesar de tudo, Thurman encarna muito bem o lado femme fatale da Hera. 

O momento de redenção do Sr. Frio no final e seu reencontro no Arkham com a Pamela Isley fecham os poucos momentos bons desse filme e apesar do saldo parecer negativo se fizermos uma média entre prós e contras, a meu ver, Batman & Robin ainda rende bons momentos de entretenimento se o consideramos como um produto feito para a molecada se divertir e apenas isso. 

Sei lá… o Rodman de 13 anos ia achar um barato o Robin descendo do céu de “skate” voador gritando “Cowabanga! ” — ou “ah, eu tô maluco!” na dublagem brasileira! — e ia se sentir compensado no close da bundinha da Batgirl na hora dela vestir a roupa de heroína. 


Batgirl Alicia Silverstone


P.S. – Eu tinha verdadeira paixão na Alicia Silverstone na época de “As Patricinhas de Beverly Hill” e assistia sempre que passava na Sessão da Tarde.

P.S. 2 - Parecia algo incrível de se imaginar há alguns anos, mas Michael Keaton vai mesmo voltar a interpretar o Batman/Bruce Wayne numa produção da Warner/DC. O cara retorna ao papel que consagrou (e amaldiçoou) sua carreira no filme solo do Flash que deve ser lançado nos próximos anos. Ele seria um velho Bruce Wayne rabugento excelente em uma adaptação de Batman do Futuro, nénão? 

NAMASTE!   

26 de agosto de 2021

Um instante no tempo e o fim do casamento do Aranha

Namasterizando um instante no tempo


No segundo episódio do monólogo podcast Namasterizando eu, Rod Rodman, vou comentar um pouco sobre as polêmicas envolvendo a saga "Um Instante no Tempo" de Joe Quesada — desenho e roteiro — e os paralelos que podem haver entre a HQ e a trama do vindouro filme Homem-Aranha - Sem Volta para casa.

Para ouvir o episódio usando o Spotify é só clicar no player abaixo e ser feliz. Para ouvir o programa usando outro aplicativo é só clicar nesse link.



Links comentados no episódio:


Um dia a mais e o polêmico "paquito" com o Mephisto

Um instante no tempo e a culpa agora é do Dr. Estranho

O primeiro episódio de Namasterizando sobre Homem-Aranha - Sem Volta para Casa


P.S. - Vale lembrar que o Namasterizando ainda é um projeto embrionário, mas se você curtiu ou achou uma merda, deixe seu comentário para pelo menos eu saber que tem alguém aí do outro lado! 


NAMASTE!

24 de agosto de 2021

Homem-Aranha Sem Volta para Casa React

Namasterizando Homem Aranha Sem Volta para Casa


E a Sony/Marvel/Disney FINALMENTE lançou o aguardado trailer de Homem-Aranha - Sem Volta para Casa (Spider-Man: No Way Home) na última madrugada, apenas um dia após um vazamento que já tinha botado a galera para especular sobre as teorias do filme... mesmo numa qualidade de vídeo mais do que escrota!

No calor do hype, eu resolvi gravar um podcast para falar um pouco das minhas primeiras impressões sobre o trailer JÁ QUE NINGUÉM MAIS LÊ TEXTO EM PORRA NENHUMA e o resultado vocês podem conferir aí embaixo. (Não é aquela coisa que se possa dizer "nooooossa, que bagulho foda!", mas dá pra ouvir direto no player a seguir: 

Ou na sua plataforma de streaming preferida — também conhecida como Spotify!


E aí? O Doutor Estranho do vídeo é mesmo o Stephen Strange que a gente conhece ou uma variante?

Que cagada foi essa que o "Mago Supremo" causou com esse feitiço capenga?

Será que vamos MESMO ter a presença dos Homens-Aranha do Tobey Maguire e do Andrew Garfield no filme?

Será que esse Peter Parker ENFIM vai aprender que com grandes poderes vêm grandes responsabilidades ou ainda não vai ser dessa vez? 

Abaixo dois links dos posts mencionados no Namasterizando #001 em que falo um pouco sobre as polêmicas sagas "Um dia a mais" ("One more Day") e "Um instante no Tempo" ("One Moment in time") em que o Aranha faz um pacto com o Capeta para salvar a Tia May, mas acaba perdendo a MJ e o seu casamento... 


Namasterizando Homem Aranha Sem Volta para Casa


Ah, mas depois é o Doutor Estranho quem reseta tudo de novo! Hehehehe! Puta zona essa saga!


Namasterizando Homem Aranha Sem Volta para Casa


NAMASTE!  

16 de maio de 2021

UM ANO DE PANDEMIA: O QUE MUDOU NESSE PERÍODO?



Há mais de um ano o mundo foi tomado de assalto por um vírus de efeitos catastróficos que já ceifou mais de 3 milhões de vidas, e desde então, as pessoas têm tentado sobreviver da melhor maneira possível, seja se protegendo ao respeitar as regras sanitárias da OMS, seja negando que o bicho seja tão feio assim. 

Do começo da pandemia até o atual momento, muita coisa mudou em nossas vidas. A paranoia aumentou com a falta de liberdade de ir e vir, as relações humanas se tornaram menos calorosas e a velha polarização política de esquerda contra direita acabou se transformando em uma disputa de egos, onde o grupo que quer viver precisa brigar com o que “não está nem aí” para quem vive ou morre. O Coronavírus nos causou mudanças profundas, nos tornou menos humanos e o “novo normal” de uma realidade que parece muito com ficção científica está cada vez mais enraizada no dia-a-dia.

Há quase um ano, o Blog do Rodman, com a esperança de que tudo passaria em alguns poucos meses, publicou um post falando sobre a situação no Brasil e no mundo naquela época. 12 meses depois, é hora de voltarmos ao assunto e contar sobre as mudanças que ocorreram nesse período, as boas e as más. O que aconteceu um ano depois do confinamento por conta do alastramento do Covid-19?


O MUNDO UM ANO DEPOIS


Há um ano, noticiamos aqui, após ampla divulgação nos meios de comunicação, que a Europa havia sido um dos continentes mais afetados pelo surto de Covid-19 depois da Ásia, lugar que, até onde sabemos, o vírus se originou. Os primeiros meses de 2020 foram de grande pânico para a população europeia e vimos países como a Itália e a Espanha registrarem mais de 200 mil casos de infectados em menos de um mês, isso porque nenhum dos governos vigentes havia levado a sério o perigo de contaminação iminente.

Atualmente, a Itália ocupa a oitava colocação no ranking dos países mais afetados pelo Covid-19, tendo um total de 4,07 mil casos registrados e pelo menos 122 mil mortes desde o início da pandemia. Segundo relatos de quem mora por lá, a situação não é tão ruim como a de outras partes do mundo, mas o país atualmente enfrenta um segundo lockdown — nome dado às paralisações de comércio e circulação local — devido uma segunda onda de contaminação que atingiu a capital romana. Por causa disso, os italianos não esperam sair dessa situação ainda alarmante tão cedo.

Itália na pandemia
Itália na pandemia


Já em Barcelona, relatos informam que novos casos de contágio ainda acontecem diariamente, o que tem mantido em alerta máximo as UTIs dos hospitais locais. Junto da Itália, a Espanha protagonizou o epicentro da pandemia na Europa no primeiro ano e atualmente, se encontra em nono lugar no ranking dos mais afetados, com mais de 78 mil mortes e pelo menos 3,55 mil casos registrados. Comparado a um certo país da América do Sul — aquele que de vez em quando rola Carnaval! —, a Espanha está vivendo quase um mar de rosas.

A Espanha ocupa o 9º lugar no ranking da pandemia


Um pouco diferente da vizinha de península Ibérica, Portugal é com certeza o melhor exemplo de recuperação sistemática entre os países europeus. O país, que em janeiro de 2021 sofreu com um recorde de casos e mortes pela doença que colapsou o sistema de saúde local, hoje vive um momento de estabilidade. Em muitas partes, já é possível a flexibilização das restrições que antes impediam que as pessoas sequer saíssem às ruas e os casos de mortes caíram vertiginosamente devido uma política pública de saneamento e conscientização da população sobre abrir mão de certos privilégios pelo bem maior. Hoje, Portugal conta com a imunização garantida de sua população com uma campanha ágil e maciça de vacinação que tem ocorrido em larga escala graças a competência de seu governo — liderado pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa —, o que nos dá certa inveja de nossos coirmãos lusitanos a essa altura.


Portugal foi o país europeu que melhor se recuperou da pandemia


Na América do Norte, os Estados Unidos ainda lideram o ranking dos países mais afetados pelo Covid-19 — já são quase 600 mil mortes em decorrência da doença —, mas a situação antes nublada pela presença conservadora de Donald Trump na Casa Branca foi amenizada com a eleição do democrata Joe Biden. Diferente de seu antecessor, que se negava publicamente a sequer respeitar os protocolos de segurança estimulados pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para a não-contaminação do vírus, Biden iniciou sua gestão influenciando de maneira bastante pungente a população quanto aos benefícios da vacinação. 

Atualmente, mais de 105 milhões de americanos já foram totalmente imunizados, enquanto outros 147 milhões  receberam pelo menos a primeira dose da vacina — os EUA têm mais de 328 milhões de habitantes —, lembrando que o país tem à disposição a vacina em dose única da Johnson & Johnson e a mRNA, um tipo de vacina que utiliza a replicação de sequências de RNA, hoje, fabricadas pela alemã BioNtech — em parceria com o laboratório Pfizer — e a Moderna, uma desenvolvedora de vacinas situada em Massachusetts.



Biden anunciou recentemente que pretende imunizar pelo menos 70% de sua população até o feriado nacional de 4 de julho, mas para isso, vai ter que convencer também a ala populacional mais radical que é contra seu governo — aquela que também acredita que houve fraude nas últimas eleições — e que, claro, é contra vacinas

Com três vacinas à disposição e uma situação mais confortável quanto a imunização de sua população, Biden já tem conversado com outros países em situações mais críticas para oferecer ajuda, o que inclui o Brasil e a Índia. Com doses extras da vacina AstraZeneca (do laboratório com sede em Cambridge no Reino Unido), Biden planeja repassar o medicamento a outras nações, além de ajuda com oxigênio e equipamentos clínicos de intubação. Apesar de não ter apoiado Biden em sua campanha, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro já divulgou que agradeceria a gentileza do democrata caso as negociações fossem além, o que daria um gás maior na vacinação do país tropical abençoado por Deus que segue em ritmo lento.

Joe Biden e sua meta até o feriado nacional de 4 de julho


Na Ásia, a cidade chinesa de Wuhan, onde foi detectado o primeiro caso de Coronavírus no mundo, vive hoje uma situação de calmaria e há quase um ano o local está praticamente livre de novos casos da doença, graças a um trabalho rígido de conscientização ao uso de máscaras protetoras, a não-aglomeração em lugares públicos e sobretudo a vacinação. A província de 11 milhões de habitantes foi a responsável pela maior parte das mortes na China pelo Covid-19 — foram pelo menos 4635 óbitos só na região —, mas atualmente administra bem novas ondas, já tendo praticamente eliminado a doença de seu território. A China hoje ocupa a 97ª posição no ranking de países afetados pela pandemia e tem menos de 5 mil mortes em sua extensão — no Brasil, em um único dia, ocorreram 4211 mortes em abril —, o que diz muito sobre sua política de contenção e prevenção do vírus por lá.

Strawberry Music Festival em Wuhan
5 de maio: Público assistindo aos shows do Strawberry Music Festival em Wuhan 


Totalmente na contramão no país de Xi Jinping, a Índia, que é o segundo país mais populoso do planeta, vem vivendo desde o começo de abril uma segunda onda de contaminação devastadora, o que tem preocupado governantes de vários lugares da Ásia e de outros continentes. Após conseguir diminuir e muito a curva do contágio no início do ano — a Índia chegou a registrar mais de 93 mil casos de infectados por dia em setembro de 2020 — o país começou a enxergar com bons olhos a campanha de combate ao Covid-19, o que fez com que seus governantes, num rompante de excesso de confiança, decidissem afrouxar as restrições de segurança em seu território. O processo eleitoral em cinco estados indianos pode ser iniciado sem grandes problemas na metade do mês, o que colocou mais de 186 milhões de pessoas nas ruas para votar sem qualquer protocolo de segurança ou distanciamento social. Além disso, o críquete — esporte nacional mais popular — botou mais de 130 mil torcedores em arquibancadas para assistirem duas partidas contra o time da Inglaterra, igualmente ignorando as medidas sanitárias de praxe. 

O resultado? 

Sistema de saúde colapsado na Índia
Sistema de saúde colapsado na Índia


Por conta do clima de “já ganhou” que tomou a Índia — achando que já tinha derrotado o vírus por nocaute —, nas primeiras semanas de abril (2021), o país registrou 270 mil novos casos de Covid-19, ocasionando mais de 1600 mortes, o que serve de exemplo não só para a Índia, mas também para todo o restante do planeta: Não dá para cantar vitória antes da hora com uma doença tão letal. 

O mais irônico disso tudo é que a Índia, que para não entrar em colapso depende hoje da ajuda humanitária de países como os Estados Unidos, por exemplo, é a principal fabricante mundial de vacinas e é de lá que são provenientes os principais insumos para a fabricação da vacina distribuída atualmente no Brasil, em parceria com os laboratórios da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).


HABEMUS VACINAS


No início da pandemia, ainda em 2020, falava-se que uma possível vacina contra o Covid-19 dificilmente seria sintetizada e aprovada em menos de um ano, o que acabou se provando uma inverdade, para nosso alívio. Ainda no final de janeiro do mesmo ano, a China já havia disponibilizado a sequência genética do vírus, o que possibilitou que as comunidades científicas mundiais começassem a trabalhar num imunizante com base nos estudos.

No mesmo mês, a empresa alemã BioNTech começou a fazer avanços nas pesquisas de RNA, utilizando ao invés do próprio vírus inativado — como é de costume na criação de vacinas — uma molécula desenvolvida em laboratório para simular o material genético do SARS-Cov-2 (nome científico do Covid-19), mas que é incapaz de causar a doença propriamente dita.

Fonte: OMS


Depois dos primeiros estudos em animais, testes de toxidade e o planejamento quanto à fabricação das vacinas, a BioNTech — que já tinha um financiamento governamental de 375 milhões de euros para a pesquisa — contou com a parceria da farmacêutica americana Pfizer para só então avançar com a criação de uma vacina eficaz contra o Coronavírus.

Os primeiros testes em humanos aconteceram na Alemanha já em abril de 2020 e pouco depois nos Estados Unidos. Em julho, foram divulgados os primeiros resultados da fase 1 de testes, contando com voluntários de vários lugares do mundo, incluindo o Brasil.


Ao final da fase 3 de testes, foi concluído que a vacina Pfizer/BioNTech tinha eficácia de 95% contra a doença e os dois laboratórios passaram a se dedicar a produzir o produto em larga escala, com a intenção de imunizar cerca de 650 milhões de pessoas em todo o mundo. O registro da vacina junto ao FDA (Food and Drug Administration, o órgão governamental dos EUA que faz o controle de alimentos e medicamentos) foi realizado em dezembro de 2020.



Em paralelo às pesquisas da Pfizer/BioNTech, a Rússia também começou seus próprios estudos para a criação de uma vacina e chegou a registrar seu imunizante em agosto de 2020, com os cientistas alegando que havia 97,6% de eficácia em seu resultado. Apesar desse aparente sucesso e da pressa do presidente Vladimir Putin em divulgar os avanços de seus cientistas antes de todo mundo, a Sputnik V, como é denominada a vacina russa, não foi aprovada pelos testes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no Brasil por, segundo a própria agência, haver até o momento "ausência ou insuficiência de dados de controle de qualidade, segurança e eficácia do produto".

Putin e a Sputnik V


Além das vacinas da Pfizer/BioNTech e da Sputnik V, pelo menos mais cinco outras estão em uso por todo o mundo, incluindo a Oxford-AstraZeneca (do Reino Unido), a Moderna (EUA), a Janssen (elaborada pela Johnson & Johnson), a indiana Covaxin e a Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.



Na corrida das vacinas, por enquanto, apenas três dessas citadas estão sendo aplicadas no Brasil ou em fase de testes pela Anvisa e apenas a Sputnik V foi, até o momento, descartada para uso em solo tupiniquim. Mais de 16 milhões de brasileiros em grupos prioritários (idosos, agentes de saúde) já foram totalmente imunizados com as duas doses das vacinas do Butantan e a AstraZeneca — a primeira pessoa vacinada no Brasil após a aprovação do uso emergencial pela Anvisa aconteceu no dia 17 de janeiro —, o que equivale a pouco menos do que 8% da população do país. 

A enfermeira Mônica Calazans
A enfermeira Mônica Calazans, a primeira brasileira a ser vacinada no país


É possível acompanhar o avanço da vacinação nacional direto pelo Google diariamente, mas infelizmente o processo só não está sendo mais rápido como em outros países por conta da demora das negociações entre o governo federal e os laboratórios. Além disso, tanto o Butantan quanto a Fiocruz vêm sofrendo com os atrasos no recebimento do denominado IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) para a fabricação das vacinas em território nacional, que nos dois casos são importados da China e da Índia.

Comparativo da eficácia das vacinas contra o Coronavírus


39 milhões de doses da americana Janssen devem chegar ao Brasil até dezembro de 2021 após negociação com o governo para tentar agilizar a imunização no país, porém, é de conhecimento público que as coisas poderiam ter andado bem mais agilmente se o Ministério da Saúde tivesse criado um plano de imunização nacional desde o início da pandemia. Após a fracassada tentativa de comprar 2 milhões de doses diretamente da Índia da vacina AstraZeneca, o governo e seus vários ministros — só nesse período de pandemia já estamos no quarto homem à frente da pasta da saúde — patinaram na condução das negociações com os laboratórios estrangeiros, o que acabou ocasionando nesses meses milhares de mortes por falta de vacina. A maioria delas, com grandes chances de serem evitadas. Hoje, o Brasil tem quase meio milhão de mortos por conta do Covid-19, um número estarrecedor.

meio milhão de CPFs cancelados
Quase meio milhão de CPFs cancelados: Do jeito que o Diabo gosta!


Além da importação de todos esses imunizantes e insumos, o Brasil trabalha nesse momento em duas vacinas próprias, o que vai garantir maior autonomia na aplicação de medicamentos injetáveis. Tanto a Butanvac (elaborada pelo Instituto Butantan de São Paulo) quanto a Versamune (da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo) estão em fase de testes pela Anvisa e a previsão é de que, sendo aprovadas, comecem a ser aplicadas a partir do segundo semestre do ano.

 

VARIANTE DO VÍRUS


Além dos atrasos na compra das vacinas e da demora da chegada dos insumos para a fabricação das mesmas em nosso território, o Brasil se viu em janeiro de 2021, também vítima de uma variante do Coronavírus, denominada por aqui de P.1.

Descoberta em Manaus (AM), a P.1 causa um agravamento rápido no quadro de saúde do infectado, além de atingir também pessoas mais jovens e aumentar o tempo de internação. Segundo dados levantados pela BBC, “essa variante do coronavírus é mais contagiosa, entre outros motivos, por causa de mutações que facilitaram a invasão de células humanas”

De acordo com a fonte, essa característica mais agressiva pode causar maior letalidade, mas estudos da Fundação Osvaldo Cruz do final de fevereiro de 2021 alegam que, apesar dos infectados com essa variante apresentarem carga viral 10 vezes maior que sua “versão” anterior, — ou seja, a pessoa é capaz de transmitir o vírus com mais facilidade — isso não quer dizer que em seu organismo a doença seja mais grave.

A variante ainda vem sendo analisada, e até o presente momento, as respostas quanto a proteção exercida pelas atuais vacinas são pouco claras. Baseado em testes realizados nos anticorpos de 35 vacinados, o Butantan anunciou que a Coronavac é sim capaz de neutralizar a variante P.1 e já no Reino Unido, todos os testes realizados com a AstraZeneca, a Pfizer e a Moderna também se mostraram eficientes contra a variante europeia da doença, denominada por lá de B.1.1.7.

Esperamos que quanto mais pessoas vacinadas no mundo, menos chances de serem criadas novas variantes do Covid-19 existam e que aqui no Brasil a imunização comece em breve num ritmo mais acelerado, afinal, somos mais de 211 milhões e quanto antes formos vacinados, melhor.


CONTINUA...


Fontes de Pesquisa:


5 de maio de 2021

Final BBB 21 o Big dos Bigs!

 




A noite da última terça-feira (04) foi bastante atribulada devido a triste passagem de Paulo Gustavo, mas como o show não podia parar, a Globo e a produção do Big Brother Brasil 21 continuaram com sua programação normal, apresentando a final do reality show.

Durante os 100 dias de confinamento dos participantes, o programa deu ao público altas doses de humor, brigas, demonstrações de amizade e muita, MUITA falsidade, ingredientes já bastante populares nas edições anteriores, mas que ganharam um tempero próprio com o elenco de 2021.

Os principais participantes... e a Kerline!
Os principais participantes... e a Kerline!


Mais uma vez, o diretor da produção Boninho optou por usar a fórmula que funcionou na edição passada, enchendo a “casa mais vigiada do Brasil” de subcelebridades (Camarote) e ilustres desconhecidos (Pipoca). Entre os famosos, além de Youtubers de grande expressão na internet, estavam nomes bem conhecidos como a cantora Karol Conká, o rapper Projota e o filho do Fábio Jr. ator/cantor Fiuk, o que causou um frisson nas redes sociais logo após o anúncio dos participantes em janeiro. Quem poderia imaginar toda a merda que ia dar com tantas celebridades juntas, hein?

Kobra Cai, Projócolis e o filho do Fábio Jr.
Jaque Patombá, Projócolis e o filho do Fábio Jr.


Não é incomum no BBB que, apesar de ser uma estratégia quase suicida — e 20 anos de programa já mostraram que não funciona —, parte dos “brothers” e “sisters” acabem se juntando para malhar o Judas da vez e logo nas primeiras semanas o escolhido foi o ator/rapper Lucas Penteado. A rage para cima dele foi tão forte por parte do "esquadrão do mau" formado por Karol Conká, o "comediante" Nego Di, Projota e a psicóloga Lumena, que o rapaz decidiu simplesmente abandonar o programa, não aguentando a pressão psicológica de ser excluído e acusado de várias coisas, entre elas o "oportunismo" em se assumir bissexual durante uma festa, beijando o participante do grupo Pipoca Gilberto. Com evidentes problemas com álcool e tendo “causado” em mais de uma ocasião por conta disso, o cara desistiu da competição e foi o segundo eliminado da casa em menos de uma semana.

Lucas Penteado sob a mira da Jaque


Sem Lucas para bater na casa, o grupão do terror escolheu outro alvo e foi a vez da paraibana Juliette começar a levar porrada de todos os lados. Ela já tinha se desentendido com Lumena — que entrou na casa com a fama de ser a defensora da causa negra, homossexual e feminista — e daí pra frente foi só ladeira abaixo, uma vez que ela estava sendo vítima, afinal, daqueles que eram vistos na casa como os mais fortes por já terem uma fama fora do reality e teoricamente uma torcida consolidada. 

Eis que surge o poderoso G3!
Eis que surge o poderoso G3!


Os ataques à Juliette, que aconteciam sobretudo por conta de sua personalidade forte, do seu sotaque e por supostamente ela estar se escondendo atrás da bandeira de suas raízes nordestinas, causou a criação do chamado G3, onde aliada com a brasiliense Sarah e com o economista PhD Gilberto Nogueira, Juliette se consolidou como jogadora, começando a eliminar um por um dos Mestres do Terror, criando uma empatia gigantesca com o público também por conta disso. O resultado dessa contenda entre o "bem e o mal" acabou gerando para Karol Conká o recorde quase absoluto de rejeição num paredão de todos os Big Brothers — 99,17% dos votos foram na paranaense que já teve até música na abertura de Malhação quando ainda tinha uma carreira! —, e para bater a Karoline daqui pra frente vai precisar aparecer talvez um novo Hitler ou um Mussolini nas próximas edições do BBB!

Jaque Patombá... Tombei!
Jaque Patombá... Tombei!


Nesse arranca-rabo, eu torci sem vergonha nenhuma para o G3 no começo e quebrei a cara quando Sarah e Gil acabaram se voltando contra a Juliette ao longo da edição, a marginalizando na casa mais uma vez por a considerarem falsa e tendenciosa com relação aos demais participantes do Camarote. Só faltou tocar a musiquinha triste do Hulk para a bichinha nessa época!

O fim do G3
O fim do G3


De todos os participantes da casa, Sarah provavelmente foi a minha maior decepção, já que além de criar várias situações injustas com Juliette — muitas delas inexistentes — ela se mostrou também uma baita mau-caráter como pessoa, defendendo não só o governo brasileiro em vigor dentro da casa como também alegando que durante a pandemia estava pouco se fodendo para os ditos protocolos de segurança — como todo bom negacionista — , não deixando de ir a baladinhas e festinhas com os amigos bolsominions. Antes da máscara cair, com suas estratégias apuradas de “espionagem”, ela demonstrou que tinha um conhecimento absurdo do que acontecia na casa e articulou muito bem o jogo a favor do G3, conseguindo assim eliminar os “vilões” a cada novo paredão. 



Quando já estávamos aos pés dela, Sarah mostrou ser a verdadeira vilã, tal qual um personagem de Scooby-Doo, aí não deu mais para torcer a favor, o que acabou queimando bastante o filme do Gil dentro do reality, já que ele era seu grande aliado e compactuava com todos seus planos (quase) infalíveis.

Sarah Cersei Lannister
"No jogo dos tronos ou você ganha ou você morre!"


A minha torcida por Juliette era escancarada desde o início devido as atitudes da advogada/maquiadora no BBB. Diferente da grande maioria dos participantes, ela era uma das únicas que evitava apontar dedos pra quem quer que fosse, além de sempre demonstrar carinho por todo mundo de maneira sincera, o que acabou sendo visto como estratégia de jogo por seus adversários. Todos em algum momento a acusaram de ser falsa, mentirosa ou enrustida e até mesmo aqueles que se mostraram seus amigos depois — como Camilla e a Viih Tube — chegaram a falar dela pelas costas. A nossa Chicken Little estava num verdadeiro ninho de cobras, mas o Brasil estava de olho e ficou a seu lado o tempo todo.

Camilla Braba e João
Camilla Braba e João


Erroneamente, eu cheguei a oscilar minha preferência num dado momento, me baseando em caráter e lealdade para o lado da dupla Camilla de Lucas e do professor de geografia João. Eu até considerei que Gil do Vigor merecia o prêmio mais que Juliette, mas acabei me rendendo totalmente ao charme da paraibana pouco depois. Enquanto muita gente nas torcidas rivais a enxergavam como chata, faladora, enjoada e até ególatra, sem necessariamente discordar desses adjetivos, eu via nela primeiramente uma sinceridade e um carisma que me fariam querer tê-la como amiga, além de outras características que eu valorizo muito nas pessoas da “vida real”. A lealdade que ela mostrou a Gil mesmo depois de tudo que ele falou de ruim às suas costas acabou comprovando que o prêmio de 1 milhão e meio deveria mesmo ser dela e que nossa torcida não tinha sido em vão.

Juliette rainha, Sarah nadinha
Juliette rainha, Sarah nadinha


E sim… em alguns momentos eu cheguei a pensar: “Caralho… eu estou torcendo para uma advogada se dar bem! Eu me tornei aquilo que jurei destruir! ”. Mas ainda bem que Juliette é mais maquiadora que advogada!

Juliette é pau


Torci sim para a linda paraibana que conquistou o Brasil batendo recordes de seguidores no Instagram24 milhões! —, que ganhou música do Carlinhos Brown, que encantou o Fábio Jr., que recebeu torcida de diversos outros famosos do lado de fora da casa, mas não tem como negar que, apesar de tudo isso, o protagonista da edição foi mesmo o Gil do Vigor e a sua cachorrada!

ai, Brasiiiiiiil! Em nome de Jesuuuus!
ai, Brasiiiiiiil! Em nome de Jesuuuus!


Num misto de evangélico fervoroso com gay escândalo, o economista se tornou febre nas redes sociais e monopolizou boa parte dos memes criados em homenagem ao BBB 21.

Porra! E como era engraçado ver esse cara dando chilique na tela!

“Eu estou INDIGNADO!”, “Gil da Cachorrada”, “Em nome de Jesuuus”, “O Brasil tá lascado!” e “Brasiiiiiiiil” se tornaram bordões inesquecíveis e marcaram muito o programa desse ano. Vai ser difícil pensar no Big dos Bigs sem lembrar imediatamente do Gil do Vigor. Depois das primeiras edições — talvez das cinco primeiras — eu confesso que enjoei do formato do programa e fiquei sem acompanhar por muito tempo, voltando apenas no BBB 20, mas não consigo me lembrar de um personagem que tenha sido tão marcante quanto o Rei da Cachorrada. Essa palavra, aliás, nunca mais vai ter o mesmo significado de antes pra mim e sempre que o Hino Nacional tocar, vai dar aquela vontade de gritar “pátria amada BRASIIIIIIL” no final!

O Rei da Cachorrada


Eu achei que ia ser difícil superar o sucesso do ano anterior com o elenco forte formado na época, mas o slogan “o Big dos Bigs” acabou se tornando a realidade do programa de 2021. As discussões levantadas — colorismo, preconceito racial, homofobia, aceitação —, os personagens, as situações, as provas pela liderança e até a rivalidade de alguns participantes foi muito gostoso de acompanhar. Num país tão afundado em excremento como o nosso nos últimos anos, foi bom dar esse suspiro de alegria pra variar, nem que tenha sido só por alguns meses e mesmo que seja acompanhando um bando de desocupados ganhando carros, viagens, vale-compras e muitos presentes na TV enquanto a gente se fode em dívidas aqui do lado de fora. Pelo menos fugíamos da realidade, não é mesmo?



Já está dando aquela saudade de dar uma espiadinha nos brothers e sisters, mas teremos que nos contentar em esperar os agora ex-BBBs aparecerem na tela novamente, mais ricos, mais famosos e distribuindo carisma — falo de Juliette, Gil e Camilla, o resto CAGUEI!

Queria eu ter ganhado 1 milhão e meio! Eu venderia o Blog por R$ 1,00, compraria uma casa na praia e vocês nunca mais iam ouvir falar de mim! HEHEHEHEHE!

Ainn, Rodman! Não ia fazer falta nenhuma!




P.S. – Eu queria ser amigo da Juliette… real! Ô bichinha charmosa e carismática… mesmo sendo realmente meio chatinha às vezes. Mas chato por chato eu também sou e você que está lendo provavelmente também é! #SomosTodosChatos

P.S. 2 - A guerra das torcidas nas redes sociais foi algo bem desagradável de acompanhar ao longo do programa e por pouco não acabou manchando a vitória merecida da Juliette. As agências que contratam os famosos do programa também deram um show de estupidez para promoverem seus contratados e seria bacana se a produção revisse esse tipo de coisa para o BBB 22. Assim como no futebol, ninguém quer ver torcidas de participantes se matando por causa de um time. Isso estraga o espetáculo. 

P.S. 3 - Seja pelo momento merda que estamos todos passando ou porque a sensibilidade está a mil, me emocionei e não foi pouco com a apresentação do Projota e do Lucas na final. Depois de tratar o moleque feito lixo na casa, foi bacana ver que o rapper resolveu ser homem e pedir desculpas depois da treta. Até o Thiago Leifert chorou!


ENQUETE:

Digamos que ainda estivéssemos em plenos anos 90 ou no início dos anos 2000, qual dos 20 BBBs 2021 você gostaria de ver nas páginas de uma revista (ou de um site) como veio ao mundo

Responde aí! É rápido, prático e só vai levar um minuto! (Envie para os amiguinhos participarem da enquete também!)




NAMASTE!

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