Eu me lembro da tensão na época que foi esperar pelo desfecho do arco “Negan” e como foi angustiante torcer para que o intervalo entre a sexta e a sétima temporada se encerrasse para saber, enfim, qual dos reféns do grupo de Rick Grimes (Andrew Lincoln) havia sido vitimado pela sede insaciável de Lucille, o bastão de beisebol do temível chefão de fase de The Walking Dead em 2017.
Mentira… Eu nem lembro o que comi hoje no almoço, mas acredito que tenha sido sacrificante sim esperar os seis meses que separavam uma temporada da outra, embora já soubéssemos pelos spoilers da obra original quem morreria ajoelhado diante de Negan (Jeffrey Dean Morgan).
Como eu enfatizei no review anterior, nada que eu tinha assistido em séries de TV, até então, havia me ferrado mentalmente mais do que as mortes brutais de Abraham (Michael Cudlitz) e de Glenn (Steven Yeun). A sequência em que Negan tortura física e psicologicamente os moradores de Alexandria não é só pesada graficamente — com miolos e sangue voando na cara do espectador —, mas é um show de horror completo digno dos filmes gore mais desgraçados já produzidos pela humanidade.
E quem em sã consciência não se imaginou ali naquele mesmíssimo lugar, ajoelhado, amarrado e pronto para ser esmurrado até a morte por um cara que não é só sórdido, mas, principalmente, sádico?
O que você faria no lugar de Rick, vendo os seus amigos e as pessoas que ama sendo ameaçadas tão covardemente e sem poder ter qualquer reação? Tentaria pular em cima de Negan, mesmo sabendo que os demais poderiam pagar por sua ousadia — como acaba acontecendo com Daryl, o único com coragem de tentar revidar às humilhações? Se sacrificaria para que ninguém mais fosse ferido? Ficaria lá olhando enquanto o maluco com o taco cheio de arame farpado executa uma a uma as pessoas com quem você conviveu todo aquele tempo desde que o mundo acabou?
Apesar de toda a revolta que a sequência de tortura na floresta causa em nós como espectadores, é possível enxergar nos olhos de Rick o quão abalado ele fica com toda a situação. Quando a câmera foca também nos demais reféns, nós conseguimos nos enxergar nos olhos de Rosita (Christian Serratos) e Sasha (Sonequa Martin-Green), ambas amantes de Abraham, que viram o ruivo ser golpeado na cabeça e massacrado até o fim. Nós nos enxergamos nos olhos de Maggie (Lauren Cohan), que vê o pai do filho que ela carrega no ventre ser sacrificado bem na sua frente e sem fazer nada. Nós nos vemos pela ótica de Daryl (Norman Reedus), cuja morte de Glenn acaba sendo, de certa forma, uma punição pela sua ousadia de ser ali o único com colhões de dar um socão na cara de Negan.
The Walking Dead perde muito da sua força e do seu potencial único com a repetição de roteiro à partir da quarta temporada, mas sem sombra de dúvida, entra para a história das adaptações com uma das sequências de tortura mais violentas e revoltantes que a TV já ousou produzir até então.
“Nós somos Negan”
Depois de ser arrastado para um vale infestado de zumbis e de ser colocado de joelhos diante de Negan a fim de que o cara prove o seu ponto de quem é que manda agora na porra toda, Rick é obrigado a lutar por sua sobrevivência a fim de recuperar a sua machadinha jogada sobre o teto do trailer.
Quando retorna para junto do seu povo na clareira da floresta, a decisão sobre o que fazer a respeito é muito clara: obedecer.
Como prova de que não está para brincadeira e querendo mostrar a Rick e aos outros que não há saída, Negan e seu comandado, Simon,(Steven Ogg) levam Daryl com ele e, logo, o arqueiro vira um escravo dentro do Santuário, local onde são concentradas as principais forças dos Salvadores.
Eu não via um personagem central de série ser tão humilhado desde que Ned Stark (Sean Bean) é acorrentado e obrigado a se declarar culpado de traição diante das pessoas ávidas por sangue diante da estátua de Baelor — do sádico rei Joffrey e das duas filhas Sansa e Arya — em Game of Thrones, ou desde que Walter White (Bryan Cranston) se vê obrigado a decidir entre trabalhar para Gus Fring (Giancarlo Esposito) ou ter os miolos espalhados pelo Mike (Jonathan Banks) no deserto em Breaking Bad.
Rick agora está de mãos atadas e, a partir de então, entra a fase mais agoniante de The Walking Dead que é ver o grupo de Alexandria tendo de buscar mantimentos na estrada para abastecer as despensas de Negan e seu povo, tudo isso a base de muito pescoção, xingos e zombaria.
O Reino
Enquanto isso, após ser baleada por um dos Salvadores na estrada enquanto tenta fugir para o mais longe possível da galera em Alexandria, Carol (Melissa McBride) é resgatada por Morgan (Lennie James) e por “cavaleiros” que surgem a fim de levar ambos ao que chamam de “o Reino”.
Murada e aparentemente segura, a colônia reúne um sem-número de pessoas normais — entre elas, crianças, fazendeiros e idosos — e é governada com mãos de ferro por um homem que se autodenomina “rei”, o excêntrico Rei Ezekiel (Khary Payton).
Após dias desacordada, mas quase recuperada dos ferimentos, Carol é, enfim, recepcionada pelo rei que, pasmem, possui uma tigresa como bicho de estimação chamada Shiva.
Após achar toda aquela encenação de “majestades”, cavaleiros” e “reinos” um grande circo, a moça decide que quer partir dali logo que se recuperar totalmente e, para isso, volta a encenar o seu papel da pacata e sorridente dona de casa simples que tantas vezes encenou ao chegar pela primeira vez em Alexandria.
Em segredo, Ezekiel acaba lhe confessando toda a razão daquele “circo” em que as pessoas o tratam como um membro da realeza, porém, mesmo assim, ela decide ir embora. O rei, então, lhe cede um terreno além dos portões do reino e lhe concede o seu desejo de ser deixada em paz. “Vá, mas não vá”.
Por sua vez, Morgan é convencido a ficar ao lado de Ezekiel e, com a sua filosofia de vida pacata concedida pelo Aikidô, logo ele se torna um grande aliado do rei, algo como o Lancelot de Arthur.
É nesse intervalo que conhecemos o garoto Benjamim (Logan Miller), um órfão que foi obrigado cedo demais a assumir a responsabilidade de cuidar do irmão mais novo e de servir como guerreiro do reino, ao lado de outros membros da guarda pessoal de Ezekiel. Sem qualquer habilidade no manejo de espadas ou armas de fogo, cabe a Morgan lhe transmitir os ensinamentos do Aikidô e o manejo do seu bastão.
Segura em Hilltop
Após os acontecimentos traumatizantes de seu trajeto de Alexandria até Hilltop, Maggie aceita a companhia de Sasha para chegar em segurança até a colônia comandada por Gregory (Xander Berkeley) e as duas moças carregam consigo os corpos de Glenn e Abraham — ou o que sobrou deles — para que sejam enterrados.
Após ser tratada pelo doutor Harlan Carson (R. Keith Harris), Maggie acaba tendo que ficar de repouso, porém, escondida dos Salvadores que, assim como em Alexandria, aparecem com regularidade para recolher o seu tributo direto da fonte.
Contra a vontade de Gregory, Maggie e Sasha acabam ficando na colônia, mas precisam se esconder quando os homens de Simon aparecem para “negociar” com o velho matreiro. Graças a Jesus (Tom Payne), as duas acabam se safando de serem descobertas — e, provavelmente, mortas —, mas não conseguem evitar de sofrer nas mãos do administrador da fazenda que quer vê-las pelas costas de qualquer maneira, sabendo o poder de liderança que a herdeira do velho Hershel Green possui.
Num daqueles episódios considerados “soft” de início de temporada, um deslize de roteiro acaba ocorrendo e deixando quem assiste à série com certas dúvidas quanto à distância geográfica entre Alexandria e Hilltop.
Se as duas colônias são tão próximas a ponto de Enid (Katelyn Nacon) e Carl (Chandler Riggs) se deslocarem parte a pé e parte de patins em menos de algumas horas até lá, por que tivemos que ver toda aquela jornada de trailer com a Maggie doente precisando chegar imediatamente a Hilltop para ser medicada pelo doutor Carson na temporada anterior?
A menina sai de bicicleta para visitar Maggie, depois Carl a alcança rapidamente e eles chegam A PÉ aos portões da fazenda! Rick e seu grupo não conseguiram chegar — mesmo considerando os bloqueios na pista — nem de trailer! What fuck???
Carl se arrisca, mas ele encontra Jesus
Depois de mentir para Enid que vai voltar para Alexandria após acompanhá-la até Hilltop, o garoto — com seu inseparável chapéu de xerife — se mete dentro de um dos caminhões de carga dos Salvadores com o intuito de chegar até o chefão dos caras e lá, executá-lo com as próprias mãos.
Sem contar que o safo Jesus já havia tido a mesma ideia, o garoto acaba aceitando a sua companhia até o QG dos Salvadores — o chamado Santuário —, mas uma vez próximo de lá, ele engana o cabeludo e segue sozinho até os portões, onde depois de matar alguns dos guardas de Negan, acaba sendo rendido e levado para além dos muros cercados de zumbis presos às grades.
Lá dentro, os roteiristas tentam humanizar um pouco o cara que MACETOU OS MIOLOS DO GLENN, O CARA MAIS GENTE BOA DA SÉRIE, COM UMA PORRA DE UM TACO DE BEISEBOL FARPADO, e nos mostra que, afinal, Negan é um cara misericordioso.
Depois de questionado por que ele simplesmente não mata o seu pai, Rick, e a ele mesmo, Negan responde a Carl que não há necessidade disso, sendo que vê-los de joelhos e acatando as suas ordens lhe é muito mais proveitoso. Afinal, enquanto Alexandria provê os recursos necessários para os Salvadores, as pessoas que respondem a Negan podem continuar sendo sustentadas e mantidas seguras além de seus portões.
Em nenhum momento Negan se vê como um ditador tirano e psicopata que elimina as suas vítimas apenas pelo seu bel-prazer. Embora ele admita que gosta de matar pessoas, o cara não o faz porque quer, mas sim pela necessidade de se manter no comando e manter as pessoas sob controle.
Depois de apresentar ao garoto as suas noivas — entre elas Sherry (Christine Evangelista), a ex-esposa de Dwight (Austin Amelio) que Daryl tentou resgatar na temporada anterior — e de dar uma “aula prática” de como as coisas funcionam por ali punindo com ferro em brasa um dos seus soldados que resolveu quebrar as regras e "molhar o biscoito" com outra das esposas de Negan, o cara resolve levar Carl de volta a Alexandria são e salvo, provando que ele não é o crápula sem alma que pareceu ser num primeiro momento.
De volta à Alexandria
Num dos episódios mais angustiantes da série nessa temporada, após voltar para Alexandria e não encontrar Rick — que está em missão com Aaron (Ross Marquand) em busca de mantimentos —, Negan resolve aceitar a hospitalidade dos cidadãos da colônia e toca o terror da vizinhança enquanto ameaça os seus moradores e nos deixa com o cu bem trancado ao descobrir a pequena Judith em seu quarto e passar boa parte do episódio com ela nos braços.
Um FILHO DA PUTA QUE MACETA CRÂNIOS COM UM TACO SEGURANDO UM BEBÊ NO COLO…
Toda a situação fica ainda mais tensa quando Rosita manda que Eugene (Josh McDermitt) lhe fabrique uma bala a fim de que ela exploda os miolos de Negan pessoalmente — lembrando que nesse momento, Alexandria está quase que totalmente desprovida de armamentos, levados pelos Salvadores anteriormente —, e o caldo entorna de vez quando Spencer (Austin Nichols) decide, por conta própria, se aproximar de Negan, se oferecendo, de bom grado, a assumir o lugar de Rick no comando de Alexandria.
Segundo o cara, desde que chegou ao lugar criado e conservado por sua mãe Deanna, o xerife de Atlanta não fez nada além de ocasionar as mortes de todos os seus familiares — mãe morta por zumbis, pai assassinado por Pete e irmão em missão com Glenn —, por isso, na frente dos moradores remanescentes, ele se declara capaz de assumir a liderança e depor Rick do cargo por achar que ele pode causar problemas ao reinado de Negan.
O resultado? Não poderia ser mais óbvio!
Negan tenta achar o estômago que parece faltar a Spencer em não confrontar diretamente Rick e, movida pelo calor do momento, Rosita, que tem uma arma escondida carregada com uma bala, atira em Negan… E ERRA!
COMO ESSA MULHER ERROU ESSE TIRO QUASE À QUEIMA-ROUPA?
Como resultado, Negan se recusa a matar uma das viúvas de Abraham, manda que uma de suas capangas execute Olivia (Ann Mahoney) em seu lugar e, além disso, ele leva Eugene para o Santuário, achando que os seus talentos científicos nunca antes aproveitados por Rick podem vir bem a calhar para o seu lado.
A situação dos amigos de Rick parece que vai de mal a pior.
O sumiço do padre
O desaparecimento do padre Gabriel (Seth Gilliam) na calada da noite faz com que Rick e seus amigos se mobilizem no intuito de encontrá-lo, e os rastros do homem de Deus — que antes de sumir fez a limpa na comida da despensa — os levam até um lixão onde, é claro, eles são rendidos pela 167ª vez desde o começo de The Walking Dead.
Não sei como, o padre tinha sido abordado durante a noite em sua vigília no muro de Alexandria e obrigado a levar de volta os mantimentos que Aaron e Rick encontraram em um esconderijo alagado. Lá, além de armas, os dois encontraram latas de comida que pertenciam aos comandados de Jadis (Pollyana McIntosh), a líder de um povo que vive de escarafunchar lixo e recolher tudo, como ela mesma diz, “sem esforço”.
Em pró de um acordo que beneficie a ambos os lados, Rick e Jadis concordam unir forças contra os Salvadores e é quando o público de casa começa a tomar um fôlego achando que, talvez, e apenas talvez, haja alguma chance de eles vingarem as mortes de Abraham, Glenn, Olivia e Spencer. Bem… talvez ninguém se importe com o Spencer!
Tara visita Themyscira
Em suas viagens em busca de mantimentos pela estrada, Tara (Alanna Masterson) e Heath (Corey Hawkins) acabam alcançando um povoado na costa, onde os dois são separados por uma horda de zumbis praieiros. Cabeludos, tatuados, com pranchas de surfe… Não, zoeira!
Desacordada, Tara é levada até a praia, onde é encontrada por duas garotas locais, a mais velha Cyndie (Sydney Park) e a pequena — e feroz — Rachel (Mimi Kirkland).
Ao segui-las pela praia, Tara descobre um povoado governado apenas por mulheres guerreiras armadas até os dentes chamado de Oceanside. Após conhecê-las melhor, descobre que aquelas mulheres também já foram vítimas dos Salvadores, e que estão ali justamente para sumir do radar de Negan e sua gangue. Apesar de, aparentemente, simpatizar com Tara, a avó da garota Cyndie, que é quem comanda as coisas por ali, ordena que as suas “amazonas” levem a moça de volta para a praia e a execute.
Em acordo de boca com a garota Cyndie, que desde o começo a ajuda a ficar viva em Themyscira Oceanside, Tara parte de volta ao cais de onde se perdeu do parceiro Heath, mas não o encontra mais. Provando que qualquer distância é pequena o suficiente para se ir a pé mesmo — menos quando Maggie estava morrendo dentro do trailer na sexta temporada! —, ela logo chega a Alexandria e jura não contar o segredo sobre a Ilha Paraíso a mais ninguém.
O desfecho de merda
A tão aguardada revanche do povo de Rick contra os Salvadores chega ao seu clímax no episódio “O primeiro dia do resto das suas vidas” (7x16) quando, aliado ao povo do lixão da Mãe Lucinda — "Oioioi" — e em posse das armas roubadas em Oceanside, o xerife barbudo tenta emboscar Negan nos portões de Alexandria .
Enquanto Maggie assume o comando provisório de Hilltop com a fuga de Gregory — que não concorda com a estadia da moça ali —, é ao lado de Jesus e Enid que ela decide unir forças com Alexandria no intuito de derrotar os Salvadores.
Depois da morte injusta do garoto Benjamim — num dos episódios mais comoventes da temporada, “Me enterre aqui”, (7x13) — Morgan deixa de lado os seus ensinamentos de não matar e conta toda a verdade sobre o massacre de seus amigos promovido por Negan a Carol que, até então, ignorava o assunto.
É com o apoio dela que o rei Ezekiel decide entrar na briga contra os Salvadores, e feito a batalha dos Campos de Pelennor em O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei — mas com um orçamento beeeeem menor e efeitos visuais mais de acordo com a TV, óbvio! — as três forças — Alexandria, Hilltop e o Reino — se encontram para deflagrar guerra contra Negan.
Falando assim parece épico, não é?
Mas a verdade é que, apesar da expectativa enorme em cima desse momento na série, a realização do plano de Rick em emboscar Negan é bem mequetrefe!
Primeiro que não é nem a traição de Jadis que me deixou broxado, mas sim a disposição das “tropas” diante dos portões de Alexandria apenas esperando lá de peito aberto os caminhões do Negan chegarem.
Segundo, que apesar de saberem de tudo que o cara é capaz de fazer e do seu poder bélico, Rick não arma UM MALDITO PLANO B sequer para caso dê merda.
Em terceiro... que sequência de ação mais malfeita deles trocando tiros com os caras do Negan, hein?! Parecia Corra que a Polícia vem aí, com o Leslie Nielsen atirando no adversário atrás de um barril! Que bosta!
Quarto, a única que realmente parecia saber o que estava fazendo ali era a Sasha, que precisou se sacrificar, virar uma zumbi e atacar Negan de cima do caminhão para dar pelo menos um susto no cara.
É impressionante como Negan se arrisca o tempo todo e ninguém sequer ameaça dar um tiro de estilingue no sujeito!
Bastava UM SNIPER bem posicionado — missão dada a Michonne (Danai Gurira), mas que podia ter sido confiada a mais pessoas — para EXPLODIR A CABEÇA DE NEGAN enquanto ele, feito um imbecil, se expunha ao sair do caminhão depois de Rick ser rendido pela Jadis.
Aiiiiin, Rodman, mas a Michonne e o Carl já tinham sido rendidos também, não tinha ninguém para atirar e mimimimi…
E a Rosita que estava o tempo todo ali querendo se sacrificar que não apertou a PORRA DO DETONADOR PARA MANDAR TODO MUNDO PRO CACETE? Na hora do pega pra capá, pra onde foi o Daryl com a Tara, o Aaron e o padre?
Quando MAIS UMA VEZ Negan bota o cuzão do Rick de joelhos e ameaça macetar a cabeça do filho dele na sua frente, eu já tava cuspindo ofensas para a tela da TV. DE NOVO? ESSA MERDA DE NOVO?
“Eu vou te matar… não hoje, não amanhã… mas eu vou te matar”.
Mano, quando o Rick repetiu o discursinho pós-morte do Glenn para o Negan e o féladapota disse, de novo, com aquele sorrisinho irritante na cara “Jesus, Rick!”, como desdenhando do rancor do outro, eu quis dar um bico na TV. Que isso? cena repetida?
Será possível que esse lazarento cuzão desse xerife de merda não é capaz de dar uma cabeçada pelo menos na cara desse desgraçado, só pra gente ter pelo que gritar em casa?
O fato é que, desde que tomou uma coça do Governador no mano-a-mano lá na terceira temporada — ou foi na segunda, sei lá! — não dá pra confiar que o Rick vai saber se virar sozinho numa porradaria. Ele parece o Moisés do Silvio Santos, “não consegue”, não adianta.
O fato é que Ezekiel e Shiva surgem DO NADA — imagina um tigre de uns trezentos quilos aparecer do nada, de repente, sem ninguém perceber — para salvar o couro do Carl que, com certeza, encerraria mais cedo a sua participação em The Walking Dead se só dependesse do próprio pai. O grupo do rei de ébano aparece com o reforço de Morgan e Carol para botar os Salvadores para correr e é Maggie com Jesus que garantem que, dos personagens principais, apenas a pobre Sasha vá com Deus.
Nos últimos segundos do episódio, fica bem claro que, apesar da união de Alexandria, Hilltop e do Reino, que o terror proporcionado por Negan vai continuar na temporada a seguir, mas difícil é tirar o gosto amargo que esse último episódio me deixou na boca.
Até a próxima!
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