5 de junho de 2010

É a cara do pai!

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Tem filho que não aceita o pai que tem...

NAMASTE!

A percepção feminina e as "caixas" dos homens

Não sou muito de assistir comédias românticas, mas ontem me peguei interessado em uma que passou na televisão aberta e que me prendeu no sofá do início ao fim. Não tenho nada contra o gênero, absolutamente, já vi vários filmes com essa temática e eles são os melhores para se ver ao lado da namorada, mas decididamente não são meus preferidos.
"Como perder um homem em 10 dias" tem grandes méritos por nos fazer pensar (os homens, pelo menos) em como as mulheres podem ser crueis as vezes, e como elas sabem pisotear com talento em um homem.
Durante o filme mergulhei por várias vezes no universo feminino, e percebi como é fácil para uma mulher manipular um homem quando ela quer. Acabamos nos tornando presas fáceis diante do charme feminino, e por causa delas somos levados às mais variadas situações sem que percebamos. Em outras palavras, um cara apaixonado acaba se tornando marionete de uma bela mulher, e acaba sendo conduzido por um caminho quase sem volta até seu coração. Isso é, os sortudos, porque alguns nem conseguem chegar lá.
A guerra dos sexos sempre fora algo discutível. Enquanto houver um homem e uma mulher haverá divergências, tanto comportamentais quanto sentimentais. No filme é mostrada uma moça que após observar o comportamento de algumas amigas em relação aos parceiros, decide escrever uma matéria para uma revista feminina onde ela conta, por experiência própria, o que uma mulher não deve fazer para não perder um homem em 10 dias. No menu incluem, fazê-lo perder propositalmente os últimos minutos de um jogo, forçá-lo a ver filmes melosos, assistir a um show da Celine Dion e até mesmo estragar o pôquer de final de semana com os amigos dele.
Para um homem, algumas coisas são consideradas sagradas como o futebolzinho de domingo (seja na TV ou a pelada mesmo) e o momento com os amigos (no barzinho, por exemplo), e nessas horas a presença feminina é expressamente proibida. Nem o casamento parece conseguir acabar com velhos hábitos, e o macho parece precisar desse momento "a sós", mesmo que esse "a sós" seja com mais uma dúzia de outros machos (os peladeiros de fim de semana).
O final do filme é previsível, mas a forma como ele se dá é que é interessante. Na vida real, apesar do charme inegável da personagem (vivida por Kate Hudson), o relacionamento não teria durado os 10 dias do título, com certeza.
Particularmente nunca (até hoje) vivi nenhum dos perrengues que o personagem de Matthew McConaughey enfrentou por causa de uma aposta, mas não são coisas difíceis de acontecer, pelo menos em se tratando do futebolzinho de domingo (o da TV, claro), até porque não jogo pôquer com os amigos e duvido que tenha algum show da Celine Dion por perto nos próximos 20 anos!
Uma coisa que posso destacar, no entanto, é a apurada percepção que uma mulher pode ter. Elas enxergam os mínimos detalhes (aqueles que ignoramos na maioria das vezes), e para esse tipo de coisa nosso cérebro funciona muito (mas muito mesmo ) mais lento do que o delas. Dessa forma, é quase impossível tentar enganá-las. Sempre você fará algo que irá entregá-lo, e depois não adianta reclamar. Um recado no Orkut, um e-mail enviado ou uma mensagem de celular sempre vão te denunciar. A percepção delas é aguçada para esse tipo de coisa, por isso, se está pensando em traí-la saiba que mais cedo ou mais tarde ela irá descobrir.
O contrário é muito mais fácil de acontecer. Se ela é quem está pensando em pular a cerca, você só irá descobrir se ela der uma vacilada grande (mas grande mesmo), porque a atenção delas para os detalhes é tão superior quanto aquela que permite descobrir onde você esteve na sexta à noite sem que tenha um GPS escondido em sua roupa.
Eu admiro quem tem esse poder de percepção, até porque sou tão distraído que minha mãe pode passar por mim na rua sem que eu perceba (sim, isso já aconteceu)! Apesar na minha profissão exigir atenção aos detalhes (designer tem que sempre estar ligado), se não há algo artístico que me remeta a algo, dificilmente irei me lembrar posteriormente. Não me prendo a detalhes, e tenho dificuldades para me lembrar de algo dito por alguém, principalmente se o assunto não me interessa. Acho que tem a ver com as "caixas" em que o cérebro masculino é dividido:





A "caixa do nada" é bastante utilizada em situações em que a pessoa decide ficar tagarelando assuntos pouco interessantes a seu lado. Eu uso sempre. A mesma capacidade que a mulher tem de disparar milhões de palavras em poucos minutos, o homem tem de abstraí-las. É o chamado entra por um ouvido e sai pelo outro.

Nisso qualquer homem tem que concordar; seja para se prender a detalhes ou para ser mais multifuncional, as mulheres levam grande vantagens em relação a nós, e nem vale a pena discutir. Elas estão sempre 2 ou 3 passos a nossa frente e isso entra no assunto em que introduzi o post: a dominação feminina. É por causa dessa astúcia que elas podem nos dominar com facilidade, e fazem isso sem que a gente perceba.


Se você ainda não foi dominado, aguarde, a sua hora chegará.




O autor desse post não é dominado pela namorada (na verdade ele ainda não percebeu que é!)




NAMASTE!.

31 de maio de 2010

Dharma Day 3


No domingo (30/05) aconteceu na Livraria Da Vila do Shopping Cidade Jardim o terceiro Dharma Day, evento que reúne os fãs de LOST para discutir sobre a série. O evento começou às 14 horas, cheguei por lá meia hora depois e a discussão já estava acalorada entre os organizadores e o pessoal que estava participando. O assunto, claro, era o controverso final da sexta temporada, que dividiu os fãs. Muitos eram a favor do final religioso que a série recebeu, mas muitos eram contra, alegando que esperavam uma pegada mais científica, como eu mesmo já havia comentado por aqui.

Quando se reúne num mesmo lugar fãs ardorosos de algum gênero de ficção específico, a tendência é sair muita coisa interessante na discussão, e foi o que pude presenciar nas quase 5 horas que durou o evento. Alguns fãs ainda tinham dúvidas primárias como a função dos ursos polares na ilha (que eu mesmo já relacionei como sendo parte das pesquisas sobre teleporte para o exterior), sobre o fato de Vincent (o cão) ser uma das representações do MIB (Flocke, Black Smoke, Sem-Nome...) e sobre os passageiros estarem mortos desde o momento que o voo 815 caiu na ilha (o que acho forçado, uma vez que 6 deles chegaram a sair da ilha durante um período).

Saiu também muita coisa engraçada como "o que acontece com a mochila do Flocke quando ele vira fumaça?" ou mesmo que as aranhas que mataram Paulo e Nikki na 3ª temporada eram o próprio Flocke. Das teorias mais interessantes para se explicar a origem de Jacob e Sem-Nome, posso citar uma que diz que a mãe postiça dos dois (também conhecida como Rousseau 1.0) tinha dentro dela, como protetora da ilha os dois lados; o bom e o mau, e que ao morrer ela deixou com cada um de seus "filhos" uma dessas partes, que na verdade deveriam ter sido passadas para apenas uma só pessoa.

A surpresa de saber que a mãe verdadeira dos meninos estava grávida de gêmeos foi grande, e ao ver que poderia ter dois novos guardiões da ilha, a Rousseau 1.0 decidiu dar uma parte a cada um deles, tornando Jacob "bom" e o Sem Nome "mau".

O interessante dessa teoria é que explicaria muita coisa sobre LOST, principalmente a máxima de que não existe pessoa totalmente boa e nem totalmente má. Há um pouco de escuridão em todo ser humano, assim como há um pouco de luz, e a diferença é que você escolhe qual das duas vertentes você fará melhor uso. Assim como Jacob não era totalmente bom (no começo ele era mais ingênuo), o Sem Nome também não era totalmente mau e isso ficou bem claro no episódio "Across the sea", onde é mostrada a origem (ou quase isso) dos dois personagens.

Já que os criadores de LOST optaram por uma saída mais emocional pra história, o remédio foi procurar por si mesmo aquelas respostas que todos queriam da série, e várias pessoas pensando juntas renderam boas teorias para os mistérios que mais incomodavam, e valeu bastante a experiência de ter ido na reunião desse ano (que tende a ser a última).

LOST acabou, mas as discussões a respeito da série e o quebra-cabeça que ainda precisa ser montado para se entender a série como um todo ainda vai dar muito o que falar. Os fãs que estão se sentindo orfãos já estão pensando em rever toda a série (fiz isso quando a 5ª temporada acabou) e tentar encaixar aquelas peças que ficaram soltas. Duvido que outra série movimente tanto as pessoas ou cause tanto interesse quanto LOST o fez nesses 6 anos, e talvez o legado do seriado seja mesmo esse, continuarmos buscando respostas por muito tempo ainda.

Lembrando que o box da 6ª temporada chega em Outubro, recheado de extras. Será cofre na certa!

Abaixo o link da matéria sobre o Dharma Day de 2010 que saiu no portal R7 e entrevista com os organizadores:




I see you in another life, Brotha!

Aerosmith em São Paulo!


Agora eu posso morrer feliz!


Na noite de sábado, após muito tempo de espera (mais de 10 anos!!) eu tive o prazer de assistir ao vivo uma das melhores bandas de rock de todos os tempos, e os caras ainda estão em plena forma. O Aerosmith subiu ao palco do Palestra Itália por volta das 21:40 e levantou o público de quase 35 mil pessoas com "Eat the Rich" (sucesso de 1993) após surgirem de trás de uma bandeira enorme com o logo da banda. Nessa hora o coração foi a mil, e as palavras faltam para expressar a emoção de estar vendo a minha banda preferida detonando com tudo no palco.


Tive receio sim de que a banda estivesse num clima ruim após a quase separação do ano passado, mas essa impressão passou rapidamente quando Steven Tyler começou a interagir com o companheiro Joe Perry e os demais integrantes da banda no palco como se nada tivesse acontecido. Eles trocaram elogios rasgados durante a apresentação, o que prova que as mágoas ficaram para trás. Após o acidente em que Steven caiu do palco durante um show, o vocalista passou por problemas com o uso de analgésicos e chegou a ser expulso da banda. Para a alegria dos fãs, eles reataram e voltaram com tudo na turnê Cocked, locked, ready to rock que passou por diversos países da América do Sul antes de chegar ao Brasil.

Tyler por sua vez, continua mandando bem demais, para um senhor de 62 anos. Após entrar no palco com suas habituais roupas de travecão, ele provou para qualquer um que ainda tinha dúvidas que ele ainda tem uma das vozes mais poderosas do rock n' roll, e em nenhum momento ela falhou ou pareceu cansada demais nos agudos (os vários) que recheiam suas músicas.
Não havia também aquela famosa jogada, onde o vocalista empurra a responsabilidade de cantar um refrão para o público, e a única exceção foi na introdução de "What it takes" em que Steven deixou a plateia começar a música, propositalmente, claro. O resultado foi um coro emocionado cantando a balada para os ouvidos do líder da banda.

O playlist da noite continha músicas de várias épocas da banda, e as baladinhas ficaram de fora, o que reforça ainda mais o poder do Aerosmith, já que as músicas mais românticas são usadas no momento de "descanso" que toda banda ou ídolo pop utiliza durante seus shows. Descanso?? Não houve descanso!
A plateia quase veio abaixo ao som de "Livin' on the edge" e "Draw the line" que encerrou a primeira parte da apresentação antes do bis, e em nenhum momento o vocal de Steven pareceu fraquejar. A energia que a banda exala do palco é algo impressionante. Eles nem precisam de muita pirotecnia ou coisas do tipo. A banda faz todo o espetáculo por ela mesmo e faz muito bem diga-se de passagem.
Vi um show fenomenal com todos os elementos que devem ter um espetáculo de tamanha grandeza, e saí do Estádio com uma incrível sensação de "Valeu a pena a espera". Guardarei na memória para sempre a apresentação do Aerosmith em São Paulo e aguardo esperançoso um possível retorno dos sessentões ao país. Sonhar não custa nada. "Dream on"!



Antes do Show

A odisséia para ver o show começou por volta das 17 horas em frente ao estádio do Palmeiras. No caminho do Metrô até o estádio o clima de show já podia ser sentido enquanto eu encontrava com vendedores de camisetas, cambistas vendendo ingressos e muitos fãs, a maioria com o símbolo da banda no peito.


O ingresso do show não estava comigo, o que me deu um tremendo frio na espinha enquanto o público ia chegando e passando pelo corredor com acesso às cadeiras cobertas do estádio. Enquanto eu aguardava minha amiga com os ingressos, um pessoal a meu lado fazia muita bagunça oferecendo cerveja pra todo mundo que passava. Eles estavam com uma caixa de isopor lotada e não falavam de música um só momento, embora fossem fãs, todos na faixa dos trinta anos, creio eu.

Fora meus colegas beberrões, havia todo tipo de público presente. Os fãs comuns com camisetas da banda eram maioria, mas haviam também os mais "enfeitados" com chapéu de cowboy (!), coturnos até o joelho, meia-calça rasgada, maquiagem gótica e até sobretudo. Por um momento desconfiei se eles não estariam indo para um show errado, mas se gostam de Aerosmith, dou um desconto.

Quando minha amiga enfim chegou, bateu aquele alívio (não que eu tivesse desconfiando que ela não viria), e entramos após a passagem rotineira de revista, identificação e afins.

Lá dentro, nas cadeiras cobertas do lado direito do palco tive uma visão boa do restante do estádio e ele ainda não estava lotado. As cadeiras onde eu estava até tinham um bom público, mas a pista ainda se mantinha com vários espaços vazios, o que não era de se espantar, já que ainda faltava bastante tempo para o show começar. Enquanto o tempo passava a ansiedade só aumentava, e a adrenalina ia subindo.

A presença da banda de abertura Cachorro Grande foi interessante, e os gaúchos apresentaram durante quase meia hora seus maiores sucessos. O som estava perfeito e embora a acústica em espaço aberto não seja das melhores, deu pra curtir bem o show dos caras. O público não levantou muito com a presença da banda, o que deixou claro que todos estavam ali mesmo pra ver o Aerosmith.

Em suma, aquela foi uma noite perfeita e até mesmo o clima ajudou, já que nem fez muito calor e nem muito frio. As previsões de chuva para o horário do evento estavam erradas, e o show pode ser curtido em sua totalidade.



NAMASTE!

27 de maio de 2010

Os Mercenários: Novo Vídeo

Não parece o símbolo da Shadaloo?


Eu sempre gostei de um bom filme de ação, daqueles bem violentos mesmo com tiroteio, explosões, facas voando, voadoras nas costas e chutes no esôfago, e um dos meus sonhos de infância é que fossem reunidos num mesmo filme os três maiores ídolos do cinema pancadaria da época: Schwarzenegger, Stallone e Van Damme. Bem, em Agosto, esse sonho será realizado, ou quase, já que o karateca belga pulou fora quando o próprio Stallone o convidou para participar de seu projeto, o filme os Mercenários, que ganhou um novo comercial.

Os Mercenários junta a maior quantidade de brucutús por metro quadrado já visto na história do cinema, e se o filme virar uma franquia (se Deus existe vai virar), temos a chance de num segundo longa ter a presença de Chuck Norris, Steven Seagal (que não faz falta, nunca gostei de seus filmes) e quem sabe o próprio Van Damme, que deve ter se arrependido muito de não ter aceitado o papel, já que essa seria sua chance de voltar aos cinemas, coisa que ele não faz há muito tempo (seus filmes saem direto para DVD).

Além dos velhões que vem dando pancada a vários anos, temos os novos expoentes do cinema porrada Jet Li e Jason Statham, além do Terry "Pai do Chris" Crews, que deve ser o alívio cômico do filme. Somando com Mickey Rourke (curiosamente com o mesmo visual que em Homem de Ferro) que já era figurinha carimbada em diversos filmes de porradaria (com o próprio Stallone e com Van Damme), temos um filme recheado de grosseirões para nos entreter durante duas horas, algo que vai render uma boa quantidade de sangue e balas voando para todo lado! Como diriam os caras do MDM, vai ser Mássa, véio!

Claro que Scharzenegger não se arriscará em cenas de ação, e tanto ele quanto Bruce Willis farão apenas pontas no filme, o que já é bem mais do que podíamos esperar de um projeto dessa magnitude. Stallone, o vovô muito louco, no entanto, não quer saber de parar com os filmes de ação, e paga o preço da idade, já que se machucou bastante durante as gravações de seus últimos filmes (Rambo 4 e o próprio Mercenários).

Estarei esperando ansioso a estreia desse filme, e como grande fã farei o review aqui logo depois. Claro, não espere nenhuma análise fílmica, é apenas um filme de porradaria!



NAMASTE!

26 de maio de 2010

LOST: The End


Terminei de ver o último episódio de LOST às 3 horas da madrugada de segunda para terça. A imagem final congelou e eu me mantive ali ainda uns cinco minutos olhando para a tela do computador, tentando digerir tudo que havia me atingido nas últimas duas horas. Foram 3 anos em que virei fã incondicional, fiel seguidor fanático, e após aqueles 5 minutos depois do término do último episódio, enfim a ficha caiu: semana que vem não terá mais nenhum capítulo!

LOST acabou deixando ainda uma infinidade de perguntas sem respostas, mas a forma comovente como os personagens se despediram de seus espectadores nos deixa uma única verdade: A trama era apenas um pano de fundo e as respostas não são tão importantes. Será?

Se hoje alguém que nunca viu a série me perguntasse “sobre o que fala essa tal de LOST?” eu responderia de bate-pronto: Sobre pessoas encontrando seu caminho.

Foi sobre isso que LOST sempre tratou, e eu me lembrei que muito antes de querer saber o que raios a Iniciativa Dharma fazia com ursos polares na ilha, o que mais me atraía na série sempre fora o relacionamento entre os personagens, a forma como cada um conduzia sua vida e os erros que cada um cometia ou havia cometido até chegar à ilha. Com o passar do tempo a série começou a jogar vários elementos interessantes sobre ciência, experiências secretas, viagens no tempo e afins, e como um bom apreciador de ficção que sou comecei a querer respostas para aqueles mistérios que a cada fim de temporada surgiam aos montes, levando a imaginação e os “achismos” ao nível mais elevado. Fui um dos muitos seguidores da série que ficou sim decepcionado com o final que não explicou tudo que queríamos saber, mas fiquei feliz com o fim de cada personagem em particular, o que rendeu uma despedida bem emocionante.

Fé e Ciência

O que realmente é a ilha?

Em “Ab Aeterno” o episódio que explica a imortalidade de Richard, a ilha é citada como o inferno onde cada pessoa chega para expiar os próprios pecados. Por um bom tempo cheguei a considerar essa teoria, o que seria uma forma razoável de explicar certas coisas que aconteciam aos sobreviventes do vôo 815 da Oceanic, como o julgamento feito pela Black Smoke antes de matar as vítimas, entre outros. Até então não sabíamos a ligação entre o Sem-Nome com a fumaça, e também não sabíamos o que exatamente eram ele e Jacob. Semideuses numa disputa de vida e morte? Dois homens dotados de poderes místicos e com muito tempo livre para usar pessoas em seu jogo? Quem sabe um pouco dos dois. O fato é que tudo levava a crer que haveria uma explicação plausível para cada um desses fenômenos sobrenaturais que presenciamos junto com “nossos heróis” (como diria o Bial), mas alguns deles passaram totalmente batido, e nos fizeram acreditar no fim, que isso não era tão importante.

O que é possível presumir, é que a ilha era sim um lugar místico que atraía o interesse de pesquisadores e curiosos devido suas atividades anormais. Quando se descobriu o potencial eletromagnético do lugar(gerada imagino eu, pela gruta da luz) a cobiça sobre o pedaço de terra aumentou e os problemas de Jacob também, uma vez que quanto mais pessoas chegavam à ilha, mais vítimas seu irmão Sem-Nome podia fazer. A Iniciativa Dharma descobriu bem depois dos Outros (os liderados por Charles Widmore) o que as propriedades físicas da ilha eram capazes de fazer, mas seus membros não sobreviveram o bastante para desfrutar dela. Essa é a parte científica da coisa.

A parte espiritual da coisa é que a ilha era dotada de uma fonte de energia que em comunhão com certos visitantes causava até mesmo a cura (Locke e Rose que o digam), e todos os desafios de sobrevivência nela implícitos (além dos joguinhos do desocupado do Jacob) levavam os sobreviventes a um forçado auto-conhecimento, fato que levou muitos losties a se sentirem renovados como pessoas (Locke de novo e James são casos bem específicos) e os conduziram a novos rumos, como bem acreditava o próprio Jacob. Para ele, todo ser humano era capaz de evoluir e crescer como pessoa, e pudemos ver vários casos de redenção durante as seis temporadas.

De acordo com o próprio Damon Lindelof, o criador, roteirista e produtor-executivo de LOST “não é possível fazer um final que agrade a todos. E essa também não é a intenção”. Em entrevist a a Vanity Fair, Lindelof afirma ainda sobre a mitologia Lost “ela é 10 ou 15 por cento da série, e que o principal são os personagens”. De acordo com ele, "os personagens sabem quais são seus problemas, e que a ilha é uma oportunidade que todo ser humano procura de mudar algo em si mesmo", o que coincide com o que eu disse mais a cima, mas deixa muito vaga a essência da série ou a sua premissa que sempre fora algo científico.

OK, se devemos deixar de lado toda aquela busca pela verdade e a solução dos mistérios, o que resta a nós fãs órfãos dessa série que nos prendeu por tanto tempo agora que ela acabou? “Arrume uma vida”, diria Willian Shatner aos fãs de Jornada nas Estrelas quando perguntado sobre o fim da série, curto e grosso. Sim, e se mesmo assim, alguns de nós ainda quisermos respostas? E se não for o bastante aquilo que nos foi dado no último episódio de LOST?
Fé e ciência foram dois elementos que sempre conduziram LOST. A fé de que havia algo sobrenatural na ilha de Locke e a certeza cética de Jack de que não havia, e que sua queda ali não havia passado de um acidente, sempre nos levaram a imaginar em quem deveríamos acreditar. Quando a fé acabou levando Locke à ruína e deu um novo sentido a Jack (e também um novo rumo ao personagem) começamos a entender qual era o significado desses dois elementos aparecerem tanto em conflito desde os primórdios da série e porque alguns personagens eram movidos por ela.

Como bem disse Carol Almeida no portal Terra em seu artigo sobre LOST quem venceu com Lost foram os autores e produtores J. J. Abrams, Damon Lindelof, Carlton Cuse e todos aqueles que se dedicaram todos esses anos a manter jovens ansiosos com um roteiro que partia de lugar algum para lugar nenhum. E eles foram simplesmente geniais nessa missão, porque souberam usar suas próprias armadilhas narrativas para capturar corações e mentes de expectadores* (com x mesmo) que, assim como Locke no começo e Jack no final, acreditavam que havia um motivo.” Segundo ela, esse motivo só existia na nossa cabeça, e ele não foi importante no fim de tudo, quando a única coisa que nos foi dada exceto o destino dos personagens, foi a verdade de que estávamos nos preocupando a troco de nada. E ela prossegue “Não, não há motivos. A ilha foi tão somente uma memória dos expectadores. Memória daquilo que vivemos durante tanto tempo por pura projeção. Fomos nós, os fãs, que queríamos achar a saída, que acreditávamos na equação física de Daniel Faraday para explicar o que raios é a verdade e onde ela está”. Quem mandou termos fé?
O final de LOST foi sim comovente. Uma forma bem digna de nos despedirmos desses personagens tão queridos que nos levaram a várias reflexões e aprendizado, mas ele teria sido muito melhor, se uns dois episódios antes tivessem ao menos esclarecido as principais dúvidas, aquelas que povoaram nossa mente sedenta por tanto tempo. Sinto que se morrer agora, não vou descansar em paz de tanta coisa que ainda está vagando na cachola. Ô Damon Lindelof! Ô Carlton Cuse! Dá essa colher de chá aí, vai! Conta pelo menos quem era aquele dentro da cabana do Jacob! Hehehehe!


* Carol Almeida se refere a “expectadores” com x posto que estamos falando daqueles que por tanto tempo esperaram uma resposta. Ex... de não é mais.



Abaixo um Stand-Up de Bruno Motta sobre como o público médio encara LOST:




NAMASTE!

24 de maio de 2010

Análise: Os filmes do Justiceiro


O Justiceiro foi criado em 1974 por Gerry Conway, Ross Andru e John Romita (Pai), inserido numa história do Homem Aranha (no Brasil, uma das publicações foi em Teia do Aranha nº 25 da Editora Abril), e o motivo de sua cruzada contra o crime é o assassinato de sua família, esposa e dois filhos (uma menina e um menino) em pleno Central Park. Na ocasião, Frank Castle (o alter-ego do Justiceiro) e sua família presenciaram uma execução feita pela máfia e pagaram o preço ao serem baleados a fim de que não houvessem testemunhas do crime. Sendo o único a sobreviver, Frank decidiu utilizar seus conhecimentos adquiridos no exército para declarar guerra aos homens que mataram sua família, vingando-a dessa forma. Mais tarde ele resolveu estender sua vingança a todo tipo de criminoso que ousasse dar as caras nas ruas, tornando-se ele próprio o juiz e o carrasco.

No cinema o personagem já teve três encarnações, uma de 1989 onde ele era vivido pelo eterno Ivan Drago de Rocky 4 Dolph Lundgren (The Punisher), outra de 2004 vivido por Thomas Jane (The Punisher) e a versão mais recente de 2008 onde o personagem é interpretado por Ray Stevenson (The Punisher - War Zone).

Esse artigo se propõe a analisar as duas versões do século XXI onde o Justiceiro recebeu um tratamento mais, digamos, fiel aos quadrinhos, e a discussão gira em torno justamente disso: qual das duas versões cinematográficas chegou mais perto das histórias em quadrinhos e qual delas é uma opção de entretenimento mais palpável.






Para melhor entendimento durante o post, tratarei o filme de 2004 de Justiceiro 1 e o de 2008 como Justiceiro 2, embora um não seja exatamente a continuação do outro.
O Justiceiro 1 foi dirigido pelo estreante no ramo Jonathan Hensleigh, que até então só havia colaborado em roteiros de filmes como Armageddon e Duro de Matar 3 - A Vingança, ambos com Bruce Willis nos papeis principais. Considerados filmes “pipocas” dos anos 90 (ou Blockbusters) ambos possuem boa dosagem de ação e convencem naquilo que se propõem a fazer, embora no caso de Duro de Matar 3, os dois longas anteriores da série sejam mais originais. Armageddon foi dirigido pelo controverso Michael Bay, hoje em dia tão criticado por seus filmes descerebrados (Transformers, cof! Cof!), mas naquela época fora um filme de sucesso, já que o tema fim do mundo parecia ser novidade.
Jonathan Hensleigh jamais havia estado atrás das câmeras antes de Justiceiro 1 (e pela estréia, pelo jeito nunca mais estará!) e embora tenha acertado no tom de ação de algumas cenas errou na maioria delas, deixando Frank Castle menos sanguinário e mais sentimental. Como Hensleigh também colabora no roteiro ao lado de Michael Tolkin e Michael France, ele é culpado não só pela direção desastrosa, mas também pela história que vem do nada e segue para lugar nenhum.
Muitas coisas fazem de Justiceiro 1 um filme aquém do que os fãs esperavam, mas o ritmo com que a história é ditada é a pior delas. A trilha sonora é fraca, e não ajuda nas cenas mais trágicas (como na morte da família de Castle). Hensleigh opta por criar um mundo diferente pra Castle, onde ele só possui um menino como filho e onde toda a família (incluindo pai, mãe, parentes, amigos) é chacinada em retaliação a uma das ações policiais do soldado. Bem longe da fonte de onde o roteiro foi “inspirado”.



Justiceiro 2 é dirigido por Lexi Alexander que antes disso havia estado por trás das câmeras do bom e violento Hooligans, de 2005, protagonizado por Elijah Wood (sim, e eu disse violento mesmo). Com a missão de apagar o fraco desempenho do 1º filme e deixar uma marca mais sanguinolenta no personagem, que era o que todos esperavam de um filme intitulado “Justiceiro”, Alexander chutou o balde, e botou Castle para estourar miolos desenfreadamente em cenas pra lá de estúpidas, como bem estávamos acostumados nos filmes dos anos 80. O resultado? Justiceiro 2 é um filme bem mais sombrio que seu antecessor, mas a história mostra claramente que o Frank Castle desse, não é o mesmo que torturava informantes com picolés no 1º. Em um flashback rápido vemos os corpos de duas crianças no dia em que sua família foi morta, e Castle chega a citar que teve uma filha, fazendo com que o espectador desassocie os dois filmes.
Justiceiro 2 não chega a ter um roteiro impecável. A linha da história é bem tênue e mostra Castle como um alvo tanto da Polícia quanto da máfia, fazendo com que ele entre em conflito com as duas frentes. O erro desse longa é colocar alguns policiais como “amiguinhos” de Castle no fim, além de deixar o vilão Retalho meio abobalhado, se assemelhando em personalidade ao horrível Duas Caras do filme Batman Eternamente. Nada contra Tommy Lee Jones, que é um ótimo ator interpretando principalmente personagens cascas-grossas, mas o seu Duas Caras mais parecia um palhaço, graças ao “genial” Joel Schumacher que dirige o filme. Onde Hensleigh tirou o pé do acelerador para limitar seu filme ao PG-13 americano (limite de idade que acho um erro para um filme com esse tema), Lexi Alexander pisou até o limite e atropelou tudo pela frente, incluindo coerência no roteiro.


Em Justiceiro 1 temos um vilão que não existe nas HQs chamado Howard Saint (John Travolta). Em busca de vingança pela morte do filho (que ocorre durante uma falsa transação envolvendo drogas), Saint descobre que Frank Castle era um agente da Polícia infiltrado na negociação e resolve acabar com sua vida e a de sua família, a pedido da esposa Lívia (Laura Harring).
Na história do filme, o símbolo da caveira utilizado pelo anti-herói é na verdade de uma camiseta dada de presente por seu filho e ele a decide usar como símbolo após o massacre. Toda a família comemora a união em Porto Rico, num clima de sol e praia, diferente da escuridão característica de Nova York, representada como ambiente do personagem nas HQs, e logo são executados pelos capangas de Saint que são liderados por Quentin Glass (Will Patton), o braço direito do chefão da máfia.
Como alívio cômico do filme são usados dois vizinhos do apartamento onde Castle vai morar após a morte da família, Dave (Ben Foster) e Bumbo (John Pinette), e a belíssima Rebecca Romjin Stamos (A Mística de X-Men) faz as vezes da vizinha doce, que acaba tendo uma queda pelo soturno Frank ao longo do filme.

Em Justiceiro 2 é inserido (em pouquíssimas cenas) o ajudante de Frank nos quadrinhos Microchip (Wayne Knight), que é também seu fornecedor de armas e aparatos tecnológicos. O vilão da vez é Billy “o Belo” Russoti (Dominic West), um gangster que se aproveita da execução do chefão da máfia da cidade pelas mãos do Justiceiro para dominar o submundo e que tem o rosto desfigurado após enfrentar o anti-herói. Voltando pouco depois com a face costurada, ele se torna então o Retalho (que é um dos vilões clássicos do Justiceiro nas HQs) ao lado do irmão Billy Maluco (Doug Hutchison o Percy de À espera de um Milagre e o Horace da 5ª Temporada de LOST).

Após matar acidentalmente um agente do FBI, Castle tenta se aproximar de sua viúva Angela (Julie Benz) e a filha dele Grace (Stephanie Janusauskas), cheio de culpa, e mais tarde tem que salvá-las das garras de Retalho e sua gangue. Aliás, essa culpa ele carrega durante todo o filme, o que o torna as vezes sentimental demais.



Thomas Jane nunca fez filmes de muita expressão, o que torna difícil analisá-lo como ator só por esse trabalho. Ele interpreta Frank Castle de forma econômica e chega a beirar a canastrisse em algumas cenas. Em poucas cenas ele parece ameaçador ou um cara que está sofrendo pela morte da esposa e do filho, mas se por um lado ele deixa a desejar em cenas dramáticas ele se dá melhor em cenas de ação, e seu físico o deixa levemente semelhante ao personagem nos quadrinhos. Destaque para sua luta contra o russo (que se assemelha muito ao personagem Lápide dos quadrinhos) em sua casa:


Em muitos casos no cinema vemos os bandidos roubando a cena do herói como em Batman de Tim Burton onde Jack Nicholson como o Coringa consegue apagar o Bruce Wayne de Michael Keaton, mas no caso de Justiceiro 1, o vilão é tão sem graça quanto o herói.
John Travolta não convence como um cara mal nesse filme, diferente do show de interpretação que ele dá um Pulp Fiction de Quentin Tarantino, filme que o tirou do ostracismo. Se Thomas Jane é canastrão, Travolta consegue ser duas vezes mais, e o final de seu personagem é tão patético quanto muitas de suas cenas no decorrer do filme. No quesito maldade o personagem de Travolta até mostra serviço quando joga a própria esposa na linha do trem, demonstrando total desprezo a ela e nenhum remorso, mas novamente o ator parece mais constipado do que maldoso.
Will Patton consegue passar mais seriedade em seu papel, o braço direito de Saint, e a cena onde ele tortura o personagem de Ben Foster arrancando-lhe seus piercings é de causar aflição dado o sadismo que o ator consegue transmitir.

Se compararmos Ray Stevenson com Thomas Jane, incrivelmente Jane ainda leva uma certa vantagem dramaticamente falando, o que não faz seu Justiceiro melhor do que o de Stevenson. O ator inglês de 46 anos é a carranca de Frank Castle sem tirar e nem por, e sua caracterização ficou muito semelhante a das ilustrações de capa da revista Punisher feitas por Tim Bradstreet. O sotaque britânico do ator incomoda em algumas cenas (Castle é nova-iorquino), mas isso não é um problema nos 20 minutos iniciais, já que o personagem nem abre a boca. A falta de falas é substituída por uma chuva de balas que o Justiceiro despeja sobre a família da máfia e logo depois nas cenas em que Russoti se torna o Retalho. Diferente de Justiceiro 1, o 2º filme tem poucos combates físicos e as coisas são resolvidas mais nos tiros e facadas (como deve ser), portanto, não podemos ver muito do desempenho de Stevenson em lutas corporais, exceto quando o agente do FBI tenta prendê-lo e quando ele dá uma surra em Billy o Maluco. De qualquer forma, o inglês é sim um bom ator, e consegue convencer na pele de Castle mais do que Thomas Jane pelo menos.


Como disse anteriormente, o personagem Retalho me deixou incomodado (e não foi pela maquiagem muito bem feita em seu rosto), e seu ar “sou mal, mas sou engraçadinho” tirou o terror que alguém cujo rosto fora desfigurado poderia exercer sobre seus adversários. No início, quando ele ainda é “o Belo” seu personagem incomoda pela arrogância, mas depois cai na chacota deixando para seu irmão o papel do vilão malvado, coisa que Doug Hutchison sabe fazer muito bem por sinal. Agora o que dizer de um vilão maldoso e extremamente habilidoso na luta corporal? O dublê de Hutchison (claro, porque ninguém acredita que é ele ali saltando e dando aqueles golpes) deu show.





Como bem disse, Justiceiro 1 não possui trilha sonora (exceto a música do Seether e da Amy Lee do Evanescence). As cenas que deveriam causar comoção causam no máximo uma dobra na sobrancelha do expectador, e as de ação são totalmente abafadas pelos tiros e gritos. No caso de Justiceiro 2, até hoje rolam boatos que Lexi Alexander (a diretora) foi expulsa da produção muito antes dela ser concluída exatamente pela escolha da trilha sonora, que não estava muito de acordo com o clima do filme. Ela queria uma coisa, os produtores queriam outra. A solução foi encher todas as cenas com New Metal e deixar a gritaria ser o pano de fundo do tiroteio, o que no meu caso, agradou muito mais do que aquelas cenas silenciosas do 1º filme. Esse fato me fez lembrar do filme Mandando Bala (com Clive Owen), cujas cenas de tiroteio também são ao som de rock n’ roll, dois elementos que casam muito bem.




Desde que o velho Frank usava o colante azul com botas e luvas brancas, uniforme que o originou nas HQs, o elemento central de seu visual sempre fora a caveira no peito. Desenhada de forma padrão ou estilizada ela sempre foi a marca do personagem e era o que mais os fãs reclamavam do filme de Dolph Lundgren, que até tinha um ritmo legal, embora tenha sido feito (e tratado) como uma produção de fundo de quintal.



Se Thomas Jane usava sua camiseta suja com o símbolo de vez em quando no filme (depois ele adota um colete de kevlar com a marca), o Justiceiro de Stevenson a mantém no peito quase esmaecida, o que de certa forma a descaracteriza um pouco, já que ela é usada (assim como o símbolo do Batman no peito) como um chamariz para que os bandidos atirem nessa área (reforçada) ao em vez de na sua cabeça.




Qual dos dois filmes representa melhor a alma do personagem dos quadrinhos?
Embora tenha tido diversos problemas de produção e de ter sido tratado desde o início como um filme B da Marvel, diferente dos medalhões Homem Aranha e Homem de Ferro, Zona de Guerra faz muito mais jus ao nome Justiceiro do que seu antecessor, que quase chega a ser um filme pra se ver na Sessão da Tarde. Claro que a estupidez das cenas de tiroteio, as cabeças explodindo em meio à violência gratuita colaboraram para afastar o público médio dos cinemas (no Brasil nem no cinema ele foi lançado), e esse tipo de exagero costuma agradar mais os fãs do que o público em geral. Como disse no review do Homem de Ferro, na sessão em que assisti havia todo tipo de gente, desde os fãs aos completamente ignorantes sobre quadrinhos, e no caso do Justiceiro Zona de Guerra, quem mais deu público foram os fãs.

Nenhum dos filmes chega a uma nota 7 sequer, mas o 2º tem mais a cara de Justiceiro, enquanto o primeiro poderia ser sobre qualquer cara em busca de vingança, o que tem aos montes em Hollywood.

O filme Código de Conduta estrelado por Gerard Butler (o Rei Leônidas de 300) tem muito de Justiceiro, e é um filme de extrema qualidade que poderia muito bem ilustrar um Frank Castle se a Marvel apostasse no personagem tanto quanto aposta no já saturado Homem Aranha e na franquia X-Men, mas isso já é outra história...


NAMASTE!

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