29 de dezembro de 2010

TOP 10 - Filmes tristes

Todo homem já ouviu quando pequeno ou em algum momento da vida que não deve chorar na frente dos outros, nem tampouco demonstrar suas emoções. Homem que é homem não chora. Tem que tomar cerveja (no gargalo), tem que arrotar em público, coçar o saco e cuspir no chão, senão não é macho.
Se você é mulher não precisa seguir essas regras (embora algumas sigam mesmo assim), e chorar vendo um bom filme romântico é quase que uma obrigação. Ok, esse post é para quebrar essa regra que macho que é macho não chora e estou aqui para listar os 10 filmes que mais me fizeram chorar em toda a minha existência, e isso sem vergonha nenhuma. Por mais estranho que isso pareça, não são os amores impossíveis nem os beijos cinematográficos que mexem com minhas emoções, e sim filmes com cachorros (os grandes amigos do homem), demonstrações de amizade e superação.
Se o filme tem algum desses elementos mais uma trilha sonora triste, tem grandes chances de fazer essa pedra de insensibilidade aqui ir às lágrimas.
A seguir, o mais novo Top 10, provando que tem que ser muito macho para admitir que chora.


Eu não sei precisar quando exatamente vi Benji ou de qual filme da série exatamente é a cena que vou destacar (vários filmes Benji foram feitos ao longo das décadas), mas tenho certeza que essa foi a primeira vez que um filme me emocionou. A história é simples como todas focadas num cãozinho (e de lá da década de 80 pra cá tivemos vários exemplos), e é justamente essa simplicidade que me chama atenção. As vezes não é o ato heróico ou um resgate que o animal faz que me atrai, e sim um olhar ou um momento trágico que me comove.

A cena que destaquei mostra Benji tendo que levar por caminhos tortuosos 5 filhotinhos de puma perdidos da mãe, e é claro que o pobre cão é obrigado a enfrentar várias adversidades para chegar a seu destino e ainda proteger os filhotes, desde encarar lobos famintos a passar por desfiladeiros.

A cena mais triste do filme, a que fez meus olhos lacrimejarem é essa a seguir:


A cara de decepção do Benji quando a águia leva o filhotinho é triste pra caramba. Revendo o vídeo acabei me emocionando de novo.


Esse filme é mais recente que o anterior. Estrelado por Owen Wilson e Jennifer Aniston, dois atores acostumados com comédias, Marley & Eu conta toda a trajetória de vida do pior cão do mundo, e como ele se torna importante para uma família que vai crescendo ao longo do filme enquanto ele envelhece. Assisti Marley & Eu esperando por uma comédia e todo o clima criado em volta do filme diz que se trata realmente de uma comédia, desde o elenco até o trailler, mas o final é surpreendente, e a parte dramática acaba sendo o ponto forte do filme. Impossível conter as lágrimas quando o vigoroso e alegre Marley já não mais é capaz de realizar suas proezas na sequencia final da história.



Ok, Ok! Os filmes dos irmãos Wayans tem qualidade duvidosa, possuem um humor retardado e sempre apelam para escatologia, mas o 6º Homem é um daqueles filmes que você vê num dia qualquer e acaba surpreendido por uma única cena que te emociona, sabe-se Deus lá como! Na história, dois irmãos jogadores de basquete são obrigados a se separar quando um deles morre numa queda na quadra. Algum tempo depois esse irmão volta em espírito e começa a ajudar o time, fazendo com que eles comecem a ganhar uma partida atrás da outra. Nada demais, mas a cena em questão em que Antoine (Kadeem Hardison) morre e logo depois seu irmão Kenny Tyler (Marlon Wayans) se despede dele é emocionante pacas. Rola todo aquele sentimento de companheirismo entre irmãos e isso me comoveu:


Eu não conheço ninguém que tenha visto O Rei Leão da Disney quando criança que não se emocionou com a fatídica morte de Mufasa.

Embora se trate de um desenho infantil, a carga dramática empregada nessa cena é excessiva e é impossível não ir às lágrimas com o desespero do pequeno Simba ao ver seu pai morto no chão. Todo o clima criado pelo filme, aquela névoa ao redor de Mufasa, aquele eco dos desfiladeiros e a trilha sonora triste formam uma cena inesquecível para qualquer criança (e marmanjos também). Alguém me trás um lenço, por favor?

 

Antes da fama de "massa, véio" o pegar e não largar mais, Michael Bay fazia como ninguém filmes catástrofes, e Armageddon é um excelente exemplo disso. Regado com muito humor e cenas de ação impactantes o filme tem no elenco Bruce Willis, Ben Afleck, Liv Tyler e mais uma grande quantidade de atores que fazem com que esse filme seja um marco do cinema blockbuster dos anos 90.

A cena final em que o personagem de Bruce Willis se sacrifica para salvar a humanidade de um asteróide que ameaça acabar com o mundo segundos antes de se despedir da filha, é uma das mais marcantes do filme. Ver a lindíssima Liv Tyler se debulhando em lágrimas diante de uma tela apagada é de cortar o coração. O tema musical do filme não podia ser de outra banda senão Aerosmith. "I don't want to miss a thing" não só tem um arranjo sensacional como também contém uma das traduções mais lindas que já vi. Segue o clipe com legenda:

Sem sombra de dúvidas À espera de um milagre é um dos filmes mais tristes que já vi na vida. Contada pelo ponto de vista de Paul Edgecomb (Tom Hanks) a história se passa em 1935 e mostra o destino de um prisioneiro inocente que está no corredor da morte, pronto a ser executado na cadeira elétrica. Embora se passe num instituto prisional, o filme nos faz criar afeição por personagens condenados que em outras circunstâncias teríamos ódio ou algum outro sentimento desprezível.

Dois pontos fazem as lágrimas rolarem: A morte do ratinho Sr. Jingles (a cena é de uma crueldade incomum por parte do personagem Percy Wetmore, vivido por Doug Hutchison) e a execução do próprio John Coffey (Michael Clarke Duncan), um homem com poderes sobrenaturais de cura que está no corredor da morte acusado de ter matado uma criança.

Comovente é pouco para descrever esse belíssimo filme dirigido por Frank Darabont e adaptado da obra de Stephen King.

 

Devo admitir que até uns 3 anos atrás eu nunca tinha assistido qualquer Toy Story inteiro (e isso porque o 1º filme é de 1995!), e apenas hoje eu sei o quanto perdi por não ter conhecido esses personagens fantásticos desenvolvidos pela Pixar.

Não falarei aqui especificamente de nenhum dos três filmes, mas da série de um modo geral e o quanto cada um deles me comoveu de forma particular.
À grosso modo, se alguém ler a sinopse dos filmes não vai entender o porque deles causarem tanta emoção, mas quem já foi criança um dia (dã) e que ainda sente o coração pulsar deve entender do que estou falando.

Três cenas específicas me levaram às lágrimas:

No primeiro filme quando Woody (o cowboy) enfim percebe que a amizade tem muito mais validade do que seu medo em ser substituído por um brinquedo mais novo e recebe a ajuda de Buzz Lightyear para alcançar o carro de seu dono Andy.
No segundo filme quando a boneca vaqueira Jessie conta sua triste história de como sua antiga dona a abandonou depois que cresceu.

No terceiro filme quando Andy já crescido enfim se desfaz de seus bonecos e explica a importância que cada um deles tem em sua vida para a sua nova dona.

Nunca tinha visto uma animação tão carregada de emoção quanto Toy Story 3, mas isso fica para um post específico, senão vou começar a chorar aqui.

Quando comprei esse filme nunca antes tinha ouvido falar dele, portanto minha expectativa em relação à sua história era bem baixa. Me atraíram, no entanto, dois nomes: James M. Barrie e Peter Pan.

Em busca da Terra do Nunca narra a história do criador do famoso personagem Peter Pan, antes dele ter inventado o Menino que não queria crescer e como ele desenvolveu seu maior personagem.

Interpretado por Johnny Depp, James Barrie passava por uma crise artística quando então ele conhece uma mãe de família interpretada por Kate Winslet e sua adorável família. Fascinado por aquele mundo infantil que ele não estava mais acostumado, Barrie reencontrou a criança que havia dentro de si e criando as mais fantásticas brincadeiras para entreter seus pequenos amigos, ele reencontrou também a inspiração que precisava, desenvolvendo para o teatro a história de Peter Pan e a Terra do Nunca.

O filme é de uma singeleza impecável. O menino que inspira Barrie a criar seu Peter Pan dá um tom triste e ao mesmo tempo amargurado ao personagem, e nos momentos finais do filme fui às lágrimas como nunca antes havia acontecido vendo um filme. História mágica e comovente como o cinema atual tem carecido.

O DVD desse filme chegou em casa de repente, e à princípio não lhe dei o menor crédito por minha total ignorância sobre sua história. Hoje, no entanto, ele é o 2º lugar da minha lista de filmes mais lacrimejantes que já tive a honra de ver, e não só isso, claro. As interpretações (em especial a de Richard Gere, que vive um professor que acolhe o filhote de Akita perdido) são primorosas, além da direção magnífica de Lasse Hallstrom, que cria um filme simples e sublime de ponta a ponta, que emociona da forma mais sincera que é possível.

Hachi, o cãozinho da raça japonesa é encontrado numa estação de trem pelo personagem de Gere e a partir daí, embora à contragosto de sua esposa, cria uma relação de pura lealdade com seu novo dono. Ambos se ligam de tal forma que é impossível não se comover, e a história, que é baseada num fato real, se desenrola de tal forma que as lágrimas explodem dos olhos sem que a gente possa conter. Muito antes até do final extremamente triste. É até assustador. Essa foi a primeira vez que chorei aos prantos na frente de alguém de tão emocionado que fiquei, e minha namorada pode comprovar.

Sempre ao seu lado é um filme belíssimo que fala da lealdade de um cão e seu dono, que não o abandona nem depois da morte, indo dia após dia buscá-lo na estação de trem como sempre fazia com ele em vida. Extremamente tocante. Recomendo a qualquer um que goste realmente de cachorros e que acima disso goste de uma história bonita e singela. Nota 10!

  

Não tenho palavras para descrever o que o filme Forrest Gump representa para mim, mas vou tentar.

Devo tê-lo visto pela primeira vez na televisão em minha adolescência e nunca mais esqueci a história fantástica daquele menino de QI baixíssimo que acaba vivendo aventuras fantásticas pela vida, cativando a todos que encontra pelo caminho.

Vivido magistralmente por Tom Hanks(já é o terceiro filme da minha lista com ele, se contarmos Toy Story), Forrest Gump é um dos personagens mais encantadores que já tiveram espaço no cinema, e não há como não se comover com as perdas que ele sofre ao longo de sua vida e em especial com as demonstrações de superação que ele é capaz de dar, provando que embora não seja tão inteligente, seu coração e sua força de vontade é que mostram quem ele é de verdade.

A cena em que Forrest, ainda menino, se livra dos aparelhos que mantinham suas pernas firmes para correr dos garotos que ameaçam bater nele é uma das mais emblemáticas que já vi no cinema. Vou às lágrimas toda vez que vejo.

Não é a toa que esse filme de 1994 (ano importante para mim), dirigido por Robert Zemeckis (o mesmo de De volta para o Futuro) e vencedor de vários Oscar é meu filme preferido. Nenhum outro filme até hoje superou o que Forrest Gump representa para mim, e tenho certeza que muita gente também já foi inspirada pela história de inocência contada pelo valente Forrest.

"A vida é como uma caixa de chocolates... Nunca se sabe o que vai encontrar."

"Run, Forrest! Run!"

Agora me desculpem que vou ali enxugar as lágrimas de novo!

NAMASTE!

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