2 de março de 2011

Mamonas Assassinas: 15 anos depois

 
Eu era criança quando eles surgiram nas rádios e na televisão e conquistaram o Brasil todo com aquele seu jeito despojado e desinibido de fazer música. Eles faziam o chamado "som risal" que cativava não só as crianças como também seus pais, seus avós e tios. Sem que ninguém soubesse, na época, era a alegria transmitida por esse quinteto de Guarulhos chamado Mamonas Assassinas que começava a dominar a mídia.
Muita gente, como é comum acontecer no caso de celebridades que vão embora no auge, virou "fã" dos caras após o acidente que ceifou a vida deles no fatídico 02 de Março de 1996, mas um ano antes, quando o sucesso deles já despontava, eu já integrava a fileira de fãs de verdade da banda, daqueles que já sentia que o quinteto tinha um diferencial e se destacava de tudo que existia até então (e olhe que naquela época ainda nem existiam os EMOS!).
Eu já ouvia as músicas dos caras numa velha fitinha cassete (daquelas de ouvir no rádio), decorava as letras de tanto que ouvia e cantava as minhas preferidas quase que o dia todo. A passagem deles foi tão marcante, que até hoje, 15 anos depois, ainda me pego cantando algum refrão das canções na hora do banho. Aquela era uma época muito boa. Os velhos amigos ainda estavam presentes em minha vida, havia toda aquela inocência de se pensar no futuro como algo misterioso e de certa forma havia muita esperança.
As letras dos Mamonas não eram profundas ou transmitiam mensagens de fé e esperança. Elas tinham o único intuito de entreter. Você ouvia e caía no riso. Era inevitável. 

 
Tinham trechos um tanto quanto obscenos nas músicas, elas citavam surubas, peito, "bazucas anais", cachorros que comem a própria mãe, pistolas de Robocop Gay e mais um monte de sacanagens, mas na época funcionava de forma tão natural que quase ninguém se importava com o politicamente incorreto. A minha mãe se divertia muito com eles, mesmo com todas aquelas besteiras que eles cantavam em suas letras, e não dava para ser diferente. Dinho e companhia eram muito irreverentes. Aquele tipo de turma do fundão da escola que só sabe sacanear todo mundo e que acima de tudo se diverte bastante com isso.
Hoje a meu ver, a música pop no geral vive uma fase meio decadente onde por necessidade de se ter ao que se apegar, tudo vira modinha e qualquer um vira ídolo instantâneo. Caras que fazem ao menos a gente dar risada, fazem falta atualmente, já que qualidade musical parece ser uma exigência um tanto quanto alta.

Fica aqui a minha homenagem a Dinho (vocal), Samuel (Baixo), Sérgio (Bateria), Júlio (Teclado e vocais) e Bento (guitarra) 15 anos depois que eles fizeram a passagem. Suas músicas continuam em minha memória e dificilmente sairão porque o que é bom sempre deve ser lembrado.


"Atenção Creuzebek. Vamos lá que vai começar a baixaria!"





NAMASTE!


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2 comentários:

  1. Tá de Parabéns por tudo que falaste sobre os MAMONAS, eu tinha 5 anos na época ano 1995, e cantava muito o Sabão Crá- Crá, a Brasilhia Amarela, o Vira-Vira, q eu tenho hj quase todas no celular, magina eu no prézinho (Jardim da Infância) até a profe se pegava cantando Sabão Crá-Crá, e ficando desconcertada, dizia acim "Opa, essa não pode." Tempos bons aqueles, em que eu tinha medo de ver filme de terror, não pq eram de terror (A volta dos mortos-vivos), mas pq tinha censura de 14 anos, e eu só tinha 5, 6, e achava q a pulícia ia me prender pq era crime assistir.
    O QUE É BOM DEVE SER LEMBRADO? NÃO, NUNCA DEVE SER ESQUECIDO...
    Luisa de Cruz Alta- RS

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  2. Luisa disse: Só por favor tira o NX ZERO da lista, que eu sou fã desde 16 anos, claro que eu amo os Mamonas desde os 5, e queria eles devolta, mas quetroca cruel pelo
    nx zero... Trocar o coração pelos 2 pulmões, mano? Não dá pra viver assim.... Com o Coração mais sem os pulmões, ou com os pulmões mais sem o coração...

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